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Tier Standard: Topologia para

infraestructura do site do data center


Resumo
O Tier Standard: Topologia do Uptime Institute é uma base objetiva para comparar a funcionalidade, a capacidade e
a disponibilidade (ou o desempenho) esperada de uma topologia de projeto de infraestrutura de um determinado site
em relação a outros sites, ou para comparar um grupo de sites. Este padrão descreve critérios para diferenciar quatro
classificações de topologia de infraestrutura do site com base em níveis crescentes de componentes de capacidade
redundantes e caminhos de distribuição. Este padrão enfoca as definições dos quatro Tiers e nos testes de confirmação
de desempenho para determinar a conformidade com as definições. O comentário, em uma seção separada, oferece
exemplos práticos de projetos e configurações de sistema de infraestrutura do site que satisfazem as definições do Tier
como um meio de esclarecer os critérios de classificação do Tier.

Palavras-chave
bulbo seco, bulbo úmido, classificação, Compartmentalization, Concurrent Maintenance, Concurrently Maintainable,
confiabilidade, Continuous Cooling, data center, desempenho, disponibilidade, distribuição crítica de energia, dupla
alimentaçãode energia, Fault Tolerance,Fault Tolerant, funcionalidade, infraestrutura, métricas, nível Tier, Operational
Sustainability, rede principal de energia elétrica, redundante, resposta autônoma, temperaturas ambiente, Tier, Tiers,
topologia

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1
Introdução
Esta introdução não faz parte do Tier Standard: Topologia para a infraestrutura do site do data center do Uptime Institute.
Ela fornece ao leitor um contexto para a aplicação do Standard.

Este Tier Standard: Topologia para a infraestrutura do site do data center é uma atualização do conteúdo publicado
anteriormente como a publicação do Uptime Institute intitulada Classificação Tier definem o desempenho da
infraestrutura do site (Tier Classifications Define Site Infrastructure Performance). O conteúdo selecionado nessa
publicação foi reeditado em um formato de modelo de padrões mais tradicionais. Alterações ou atualizações futuras
para o Tier Standard: Topologia do Uptime Institute deve ser feita por meio de um processo de revisão e recomendação
consistente com outros órgãos normativos reconhecidos.

As Classificações Tier foram criadas para descrever de maneira consistente o nível da infraestrutura do site necessária
para sustentar as operações do data center, e não as características individuais de sistemas ou subsistemas. Data
centers são dependentes da operação bem-sucedida e integrada de sistemas elétricos, mecânicos e de construção.
Todos os subsistemas e sistemas devem ser implementados de maneira consistente, com o mesmo objetivo de tempo
de operação do site, para satisfazer os diferentes requisitos do Tier. A perspectiva de tomada de decisão mais crítica
que os proprietários e projetistas devem considerar ao fazer substituições inevitáveis é o efeito que a decisão terá
sobre a operação integrada do ciclo de vida do ambiente de tecnologia da informação (TI) na sala de computadores.
Os proprietários mais bem-sucedidos alinham o investimento da infraestrutura do site do data center com o objetivo
de negócio para disponibilidade ou missões necessárias selecionadas. Essas organizações saberão os custos de uma
interrupção, geralmente em termos de dólares, o impacto sobre a participação de mercado e missões necessárias
continuadas. O custo da interrupção faz com que o investimento em infraestrutura de alta disponibilidade seja uma
decisão direta de negócios.

Simplificando, a classificação de topologia Tier de um site inteiro está limitada pela classificação do subsistema mais
vulnerável, que afetará a operação do site. Por exemplo, um site com uma configuração de fonte de alimentação
ininterrupta (UPS, na sigla em inglês) Tier IV robusta combinada com um sistema de água gelada Tier II resulta em uma
classificação de site Tier II.

Essa definição muito rigorosa é conduzida por executivos seniores que aprovam investimentos multimilionários
para um relatório objetivo de capacidades reais do site. Quaisquer exceções e exclusões feitas nos documentos de
aprovação serão perdidas e esquecidas rapidamente. Se um site tiver sido anunciado dentro de uma organização como
sendo Fault Tolerant (Tier IV), será incoerente ter de planejar um desligamento do site a qualquer momento no futuro,
independentemente de qualquer exclusão "pequena" que diligentemente identificou o risco. Por essa razão, não há
classificações de Tier parciais ou fracionadas. A classificação de Tier de um site não é a média das classificações dos
subsistemas críticos da infraestrutura do site. A classificação de Tier do site é a menor das classificações individuais dos
subsistemas.

Da mesma forma, a classificação Tier não pode ser definida utilizando a confiabilidade estatística do tempo médio
calculado entre falhas (MTBF, na sigla em inglês) para gerar disponibilidade preditiva e, em seguida, usando esse
número para coincidir com os resultados de disponibilidade empíricos com os dos sites que representam as diferentes
classificações Tier. Valores de componente estatisticamente válidos não estão disponibilizados, em parte, porque os
ciclos de vida do produto estão ficando menores e não há bancos de dados independentes em toda a indústria para
coletar dados de falha.

Por fim, este Standard se concentra na topologia e no desempenho de um único site. Níveis elevados de disponibilidade
do usuário final podem ser alcançados por meio da integração de arquiteturas de TI e configurações de rede complexas
que aproveitam aplicações síncronas executadas em vários sites. No entanto, este Standard é independente dos
sistemas de TI que operam no site.

2
Fatores e exposições adicionais
O Tier Standard: Topologia e o Tier Standard: Operational Sustainability do Uptime Institute estabelecem um conjunto
consistente de critérios de desempenho que podem ser satisfeitos e adjudicados em âmbito mundial. Para que o projeto,
a implementação e a operação sustentada do data center sejam bem-sucedidos, fatores e exposições adicionais
também deverão ser considerados pelo proprietário e pela equipe do projeto. Muitos desses fatores e exposições serão
determinados pelo local do site, bem como por considerações e/ou regulamentações locais, nacionais ou regionais.
Por exemplo, códigos de construção e Autoridades com Jurisdição (AHJs - Authorities Having Jurisdiction); sísmico,
condições meteorológicas extremas (ventos fortes, tornado); inundações; usos de propriedade adjacente; sindicato
ou outra força de trabalho organizada; e/ou segurança física (como política corporativa ou garantida pelas imediações).

Devido às diversas opções de projeto e gestão que podem ser determinadas pelo proprietário, reguladas pelo governo
local, recomendadas por grupos da indústria ou seguidas como prática geral, não é viável para o Tier Standard:
Topologia e o Tier Standard: Operational Sustainability para estabelecer critérios para estes fatores e exposições
adicionais em todo o mundo. E, o Uptime Institute não deseja substituir ou confundir a orientação de especialistas locais,
que são fundamentais para a entrega do projeto dentro do prazo, em conformidade com as normas e a implementação
de melhores práticas.

Para um projeto bem-sucedido, o Uptime Institute recomenda que a equipe de projeto crie um catálogo abrangente de
exigências de projeto que incorpore o Tier Standard: Topologia, Tier Standard: Operational Sustainability, e considerou
cuidadosamente as medidas de atenuação desses fatores e exposições adicionais. Esta abordagem vai garantir que
o projeto atenda aos objetivos de conformidade dos padrões internacionais do Uptime Institute, bem como às restrições
locais e o objetivo de negócios do proprietário.

3
Conteúdo

1.0 Visão geral  .......................................................................................................................................................... 5

1.1 Escopo 
.................................................................................................................................................................5

1.2 Finalidade 
............................................................................................................................................................5

1.3 Referências  ..........................................................................................................................................................5

1.4 Publicações relacionadas ..................................................................................................................................5

2.0 Definições de Classificação Tier ................................................................................................................................ 5

2.1 Tier I – Site do Data Center com infraestrutura básica .................................................................................. 5

2.2 Tier II – Componentes de Capacidade da infraestrutura do site redundantes ............................................... 6

2.3 Tier III – Infraestrutura do site Concurrently Maintainable  .............................................................................. 6

2.4 Tier IV – Infraestrutura do site Fault Tolerant ......................................................................................... 7

2.5 Sistemas de Geradores ............................................................................................................................ 8

2.6 Pontos de temperatura ambiente de projeto .......................................................................................... 8

2.7 Comunicações ........................................................................................................................................... 9

2.8 Água de reposição  .............................................................................................................................................. 9

2.9 Resumo dos requisitos do Tier ......................................................................................................................... 9

2.10 Serviços de redes públicas ................................................................................................................................ 9

3.0 Comentário sobre a aplicação do Tier Standard: Topologia ................................................................................ 10

3.1 Tier Standard baseado em resultados ........................................................................................................... 10

3.2 Impacto das condições ambientais de projeto  ............................................................................................. 10

3.3 Restrições contra limitações de tempo de operação do gerador (Tier III e Tier IV) ..................................... 10

3.4 Encaminhamento de comunicações ................................................................................................................ 11

3.5 Progressão da funcionalidade do Tier ............................................................................................................. 11

3.6 Classificação do Tier fracionada e gradual  ......................................................................................... 12

3.7 Tendências de não conformidade ........................................................................................................ 12

Modificações  ........................................................................................................................................................................... 12

4
1. Visão geral
1.1 Escopo
Este Standard estabelece quatro definições distintas de Classificações Tier para a infraestrutura do site do
data center (Tier I, Tier II, Tier III e Tier IV) e os testes de confirmação de desempenho para determinar a
conformidade com as definições. As Classificaçoes Tier descrevem a topologia da infraestrutura ao nível do
site necessária para manter as operações do data center e não as características de sistemas ou subsistemas
individuais. Este Standard se baseia no fato de os data centers serem dependentes da operação bem-sucedida
e integrada de vários subsistemas da infraestrutura do site separados, que, por sua vez, são dependentes de
tecnologias individuais (por exemplo, geração de energia, refrigeração, fontes de energia ininterruptas, etc.)
selecionadas para manter a operação.
Todos os subsistemas e sistemas integrados à infraestrutura do site do data center devem ser implementados
de maneira consistente com o mesmo objetivo de tempo de operação do site para satisfazer os diferentes
requisitos do Tier.
A conformidade com os requisitos de cada Tier é medida pelos testes de confirmação baseados em resultados
e impactos operacionais. Esse método de medição difere de uma abordagem de projeto prescritivo ou uma lista
de controle de equipamentos necessários.
Os comentários sobre este Standard estão em uma seção separada, que fornece exemplos para o projeto e
a configuração dos sistemas da instalação para cada nível de topologia Tier. A seção de comentários também
fornece orientações sobre a aplicação e a implementação das definições do Tier. Além disso, a seção de
comentários contém discussões e exemplos para auxiliar na compreensão de conceitos do Tier, bem como
informações sobre deficiências comuns de topologia de projeto.

1.2 Finalidade
A finalidade desse Standard é capacitar profissionais de projeto, operadores de data center e gerentes não
técnicos com um meio objetivo e eficaz para identificar o desempenho antecipado de diferentes topologias de
projeto da infraestrutura do site do data center.

1.3 Referências
American Society of Heating, Refrigerating, and Air-Conditioning Engineers, ASHRAE Handbook –
Fundamentals (versão mais recente).
Diretrizes térmicas da ASHRAE para ambientes de processamento de dados, terceira edição

1.4 Publicações relacionadas


Séries de artigos técnicos do Accredited Tier Designer

Mais informações podem ser encontradas em www.uptimeinstitute.com.

2. Padrões Tier para a infraestrutura de sites


2.1 Tier I: Site com infraestrutura básica
2.1.1 O requisito fundamental:

a) Um data center Tier I básico tem componentes de capacidade não redundantes e um único
caminho de distribuição não redundante para atender ao ambiente crítico. A infraestrutura Tier
I inclui: um espaço dedicado para sistemas de TI; uma UPS para filtrar picos, flutuações e quedas
de energia momentâneas; equipamentos de refrigeração dedicados e produção de energia no site
(por exemplo, grupo gerador, célula de combustível) para proteger as funções da TI contra quedas
prolongadas de energia.
b) Doze horas de armazenamento de combustível no site para produção de energia no site
(por exemplo, grupo gerador, célula de combustível).

2.1.2 Os testes de confirmação de desempenho:

a) Existe capacidade suficiente para atender às necessidades do site.


b) Serviços planejados exigirão que grande parte ou todos os sistemas da infraestrutura do site sejam
desligados, afetando ambientes e sistemas críticos e usuários finais.

5
2.1.3 Os impactos operacionais:

a) O site é suscetível a interrupção devido a atividades planejadas ou não planejadas. Os erros


(humanos) de operação dos componentes da infraestrutura do site causarão a interrupção de um
data center.
b) Uma interrupção ou falha não planejada de algum sistema e/ou componente de capacidade ou
elemento de distribuição impactará o ambiente crítico.
c) A infraestrutura do site deve ser completamente desligada anualmente para que os serviços
necessários de manutenção preventiva e reparo sejam realizados com segurança. Situações
urgentes podem exigir desligamentos mais frequentes. A não realização regular de manutenção
aumenta significativamente o risco de interrupção não planejada, bem como a gravidade de falhas
consequentes.

2.2 Tier II: Componentes de capacidade da infraestrutura do site redundantes


2.2.1 O requisito fundamental:

a) Um data center Tier II tem componentes de capacidade redundante e um único caminho de


distribuição não redundante para atender ao ambiente crítico. Os componentes redundantes são
geradores de energia no site (por exemplo, grupo gerador, célula de combustível), módulos de UPS
e armazenamento de energia, chillers, equipamentos de rejeição de calor, bombas, unidades de
refrigeração e tanques de combustível.
b) Doze horas de armazenamento de combustível no site para a capacidade ‘N’.

2.2.2 Os testes de confirmação de desempenho:

a) Os componentes de capacidade redundante podem ser removidos do serviço de maneira


planejada, sem causar o desligamento de nenhum ambiente crítico.
b) A remoção de caminhos de distribuição do serviço para manutenção ou outra atividade requer
o desligamento do ambiente crítico.
c) Existe capacidade suficiente instalada de modo permanente para atender às necessidades do site
quando componentes redundantes são removidos do serviço por algum motivo.

2.2.3 Os impactos operacionais:

a) O site é suscetível a interrupção devido a atividades planejadas ou eventos não planejados.


Os erros (humanos) na operação dos componentes da infraestrutura do site poderão causar
a interrupção de um data center.
b) Uma falha não planejada de um componente de capacidade poderá impactar o ambiente crítico.
Uma interrupção ou falha não planejada de algum sistema e/ou componente de capacidade ou
elemento de distribuição impactará o ambiente crítico.
c) A infraestrutura do site deve ser completamente desligada anualmente para que os serviços
de manutenção preventiva e reparo sejam realizados com segurança. Situações urgentes
podem exigir desligamentos mais frequentes. A não realização regular de manutenção aumenta
significativamente o risco de interrupção não planejada, bem como a gravidade de falhas
consequentes.

2.3 Tier III: Infraestrutura do site Concurrently Maintainable


2.3.1 Os requisitos fundamentais:

a) Um data center Concurrently Maintainable tem componentes de capacidade redundantes e vários


caminhos de distribuição independentes para atender ao ambiente crítico. Para a rede principal de
energia elétrica e o caminho de distribuição mecânica, somente um único caminho de distribuição
é necessário para atender ao ambiente crítico a qualquer momento.
A rede principal de energia elétrica é definida como o caminho de distribuição de energia elétrica,
desde a saída do sistema de geração de energia no site (por exemplo, grupo gerador, célula de
combustível) até a entrada da UPS de TI e o caminho de distribuição de energia que serve os
equipamentos mecânicos críticos. O caminho de distribuição mecânico é o caminho de distribuição
para mover o calor do espaço crítico para o ambiente externo. Por exemplo, tubulação do circuito
de água gelada, tubulação de água do condensador, tubulação de gás refrigerante, etc.
b) Todos os equipamentos de TI têm alimentação dupla e são devidamente instalados para serem
compatíveis com a topologia da arquitetura do site. Os dispositivos de transferência, como
comutadores locais, devem ser incorporados ao ambiente crítico que não atende a esse requisito.
c) Doze horas de armazenamento de combustível no site para capacidade ‘N’.

6
2.3.2 Os testes de confirmação de desempenho:

a) Todo e qualquer componente de capacidade e elemento nos caminhos de distribuição podem ser
removidos de maneira planejada, sem impactar nenhum ambiente crítico.
b) Existe suficiente capacidade instalada permanentemente para atender às necessidades do site
quando componentes redundantes ou caminhos de distribuição são desabilitados por algum motivo.

2.3.3 Os impactos operacionais:

a) O site é suscetível a interrupção devido a atividades não planejadas. Os erros de operação dos
componentes da infraestrutura do site podem causar a interrupção de computadores.
b) Uma interrupção ou falha não planejada de algum sistema de capacidade poderá impactar
o ambiente crítico.
c) Uma interrupção ou falha não planejada de algum componente de capacidade ou elemento de
distribuição poderá impactar o ambiente crítico.
d) A manutenção planejada da infraestrutura do site pode ser realizada por meio de componentes
de capacidade e caminhos de distribuição redundantes para trabalhar com segurança nos
equipamentos restantes.
e) Durante as atividades de manutenção, o risco de interrupção pode ser elevado. Essa condição de
manutenção não prejudica a classificação de Tier obtida em operações normais.

2.4 Tier IV: Infraestrutura do site Fault Tolerant


2.4.1 Os requisitos fundamentais:

a) Um data center Fault Tolerant tem vários sistemas independentes e fisicamente isolados
que fornecem componentes de capacidade redundantes e vários caminhos de distribuição
independentes, diversos e ativos que servem simultaneamente o ambiente crítico. Os componentes
de capacidade redundantes e os diversos caminhos de distribuição devem ser configurados de tal
forma que a capacidade ‘N’ forneça energia e refrigeração ao ambiente crítico após qualquer falha
da infraestrutura.
b) Todos os equipamentos de TI têm alimentação dupla, com um projeto de energia Fault Tolerant
interno à unidade e são devidamente instalados para serem compatíveis com a topologia
da arquitetura do site. Dispositivos de transferência, como comutadores locais, devem ser
incorporados ao ambiente crítico que não atende a essa especificação.
c) Sistemas e caminhos de distribuição complementares devem estar isolados fisicamente uns
dos outros (Compartmentalized) para impedir que um único evento impacte simultaneamente os
sistemas ou os caminhos de distribuição.
d) Continuous Cooling é necessária. A Continuous Cooling proporciona um ambiente estável para
todos os espaços críticos na alteração da temperatura máxima da ASHRAE para equipamentos
de TI, conforme definido nas Diretrizes térmicas para ambientes de processamento de dados,
terceira edição (Guidelines for Data Center Processing Environments, Third Edition). Além disso,
a Continuous Cooling deve durar de tal forma que ela forneça refrigeração até o sistema mecânico
fornecer uma refrigeração nominal nas condições ambientais extremas.
e) Doze horas de armazenamento de combustível no site para capacidade ‘N’.

2.4.2 Os testes de confirmação de desempenho:

a) Uma única falha de qualquer sistema e/ou componente de capacidade ou elemento de distribuição
não impactará o ambiente crítico.
b) O sistema de controles da infraestrutura demonstra resposta autônoma a uma falha e, ao mesmo
tempo, sustenta o ambiente crítico.
c) Todo e qualquer componente de capacidade e elemento nos caminhos de distribuição podem ser
desabilitados de maneira planejada, sem impactar nenhum ambiente crítico.
d) Existe capacidade suficiente para atender às necessidades do site quando componentes
redundantes ou caminhos de distribuição são removidos por algum motivo.
e) Qualquer falha potencial deve ser capaz de ser detectada, isolada e contida enquanto mantém
a capacidade N para a carga crítica.

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2.4.3 Os impactos operacionais:

a) O site não é suscetível a interrupção devido a um único evento não planejado.


b) O site não é suscetível a interrupção devido a qualquer atividade de serviço planejada.
c) A manutenção da infraestrutura do site pode ser realizada por meio de componentes de capacidade
redundante e caminhos de distribuição para trabalhar com segurança com os equipamentos
restantes.
d) Durante as atividades de manutenção, quando os componentes de capacidade ou os caminhos
de distribuição redundantes são desligados, o ambiente crítico é exposto a um risco maior de
interrupção em caso de falha no caminho restante. Essa configuração de manutenção não prejudica
a classificação de Tier obtida em operações normais.
e) A operação do alarme de incêndio, supressão de incêndio ou desligamento emergencial da energia
(EPO) pode causar interrupção de um data center.

2.5 Sistemas de grupo gerador


Os sistemas de geração de energia no site (por exemplo, grupo gerador, célula de combustível) são
considerados a fonte de energia primária para o data center. A rede elétrica pública é uma opção econômica.
Interrupções na rede elétrica pública não são consideradas falhas, mas uma condição operacional esperada
para a qual o site deve estar preparado. Logo, os sistemas de geração de energia no site devem ser
iniciados automaticamente e assumir a carga após a falta de energia da rede pública. Além disso, todos os
equipamentos críticos não suportados pela energia da UPS devem ser reiniciados de maneira autônoma após
o restabelecimento da energia. Apesar dos grupos geradores serem a única solução para a geração de energia
no site, as nuances das avaliações ditarão comentários adicionais para descrever os requisitos específicos que
devem ser atendidos durante o uso de um sistema de grupo gerador para a geração de energia no local.

2.5.1 Site com energia de grupo gerador

Um sistema de grupo gerador Tier III ou IV, juntamente com os seus caminhos de energia e outros
elementos de suporte, deve satisfazer os testes de confirmação de desempenho de "Concurrently
Maintainable" e/ou "Fault Tolerant" enquanto eles estão suportando o site com energia do grupo
gerador.

2.5.2 Limitação do tempo de operação dos fabricantes

Grupos geradores para sites Tier III e IV não devem ter limitação de horas consecutivas de operação
quando carregados para a demanda "N". Grupos geradores com limitação de horas consecutivas de
operação na demanda "N" são apropriados para Tier I ou II.

2.5.3 Limitação regulatória de tempo de operação

Frequentemente, sistemas de grupo gerador têm um limite regulatório anual de horas de operação
controlado por emissões. Esses limites ambientais não impactam a restrição de horas de operação
consecutivas estabelecida nesta seção.

2.6 Pontos de temperatura ambiente de projeto


A capacidade efetiva de equipamentos da infraestrutura das instalações do data center deve ser determinada
em condições de demanda máxima com base na região climatológica e nos pontos de controle operacionais em
condição estável referentes ao data center. Todas as capacidades de equipamentos dos fabricantes devem ser
ajustadas para refletir as temperaturas extremas e altitudes observadas sob as quais o equipamento operará
para suportar o data center.

2.6.1 Condições extremas anuais de projeto

A capacidade de todos os equipamentos que rejeitam calor para a atmosfera deve ser determinada
nas condições extremas anuais de projeto que melhor representam o local do data center na edição
mais recente da ASHRAE Handbook – Fundamentals. (Cada ASHRAE Handbook é revisado e
publicado a cada quatro anos.) Os valores máximos de projeto devem ser o valor para n=20 anos
para ambas as temperaturas de bulbo seco e bulbo úmido. Além disso, todos os sistemas devem
ter plena capacidade operacional em temperaturas mínimas extremas. Isso deve considerar a
temperatura mínima extrema de bulbo úmido para n=20 anos. A temperatura mínima extrema de
bulbo úmido para n=20 anos deve ser considerada se qualquer condição operacional ou de campo
afetar negativamente a capacidade ou a habilidade do equipamento operar.

8
2.6.2 Pontos de controle da sala de computadores
A capacidade de equipamentos de refrigeração da sala de computadores deve ser determinada para
a temperatura de ar de retorno e umidade relativa estabelecidas pelo proprietário para operações do
data center em condição estável.

2.6.3 Impactos adicionais

Condições ambientais extremas devem ser consideradas para tudo que possa causar impacto nas
capacidades, cargas e na operação dos equipamentos.

2.7 Comunicações
Os equipamentos que suportam os pontos de demarcação de comunicação também deverão ter sistemas de
energia e refrigeração de acordo com o objetivo do Tier, caso sejam essenciais para o suporte da funcionalidade
do data center. Logo, para os data centers Tier IV, os equipamentos críticos devem atender aos requisitos de
Compartmentalization.

2.8 Água de reposição


Para todos os sites Tier que usam o resfriamento evaporativo, a reserva de armazenamento da água de
reposição no site é exigida por 12 horas, de acordo com o objetivo do Tier. Logo, para os data centers Tier
III e Tier IV, o sistema de água de reposição também deve ser de Concurrently Maintainable e Fault Tolerant,
conforme exigido até o ponto de entrega por um período mínimo de 12 horas.

2.9 Resumo dos requisitos do Tier


Um resumo dos requisitos anteriores que definem os quatro níveis distintos de classificação Tier está na tabela
1. Na tabela, a distribuição de energia crítica é definida como a potência da saída da UPS para os ativos de TI.

Tier I Tier II Tier III Tier IV

Componentes de capacidade
N
mínimos para dar suporte à N N+1 N+1
Após qualquer falha
carga de TI
Caminhos de distribuição –
1 1 1 ativo e 1 alternativo 2 simultaneamente ativos
Rede principal de energia

Distribuição de energia crítica 1 1 2 simultaneamente ativos 2 simultaneamente ativos

Concurrently Maintainable Não Não Sim Sim

Fault Tolerance Não Não Não Sim

Compartmentalization Não Não Não Sim

Continuous Cooling Não Não Não Sim

Tabela 1: Resumo dos requisitos Tier

2.10 Serviços de redes públicas


Os serviços provenientes externos ao limite da propriedade do data center e que não estão no controle total da
organização do data center são considerados e tratados como um sistema de serviços de redes públicas. Isso
inclui, mas não estão limitados a, fontes de energia elétrica, abastecimento municipal de água, suprimentos de
gás natural, refrigeração distrital, etc. Esses serviços não são considerados confiáveis para o data center e não
são considerados para o cumprimento dos requisitos do Tier para o site.
Os serviços necessários para cumprir com os requisitos do Tier devem estar totalmente contidos na propriedade
do data center e com total controle da organização do data center. Além disso, nos locais em que os sistemas
de serviços de redes públicas são usados como uma alternativa econômica, os sistemas críticos do data center
devem ser capazes de detectar de forma autônoma a perda do serviço e de responder com sistemas no site
para o fornecimento do serviço. Isso também exige que os sistemas no site possam ser reiniciados de modo
autônomo após o restabelecimento do serviço no site. Por exemplo, após uma perda de energia da rede elétrica,
o sistema de grupo gerador deverá ser capaz de detectar a perda da entrada de energia da rede, iniciar o
sistema do grupo gerador, transferir a carga para o sistema do grupo gerador do site e reiniciar qualquer sistema
que tenha passado por uma interrupção temporária da energia elétrica sem intervenção de um operador.
3. Comentário sobre a aplicação do Tier Standard: Topologia

9
Este comentário não faz parte do Tier Standard: Topologia para a infraestrutura do site do data center. Ela fornece ao
leitor um contexto da aplicação do Standard.

3.1 Tier Standard baseado em resultados


As definições usadas no Tier Standard do Uptime Institute são necessária e intencionalmente muito amplas para
permitir inovação e preferências de clientes por fabricantes e equipamentos a fim de atingir o nível desejado de
desempenho da infraestrutura ou o tempo de atividade do site. Os Tiers individuais representam categorias de
topologia de infraestrutura do site que abordam conceitos operacionais cada vez mais sofisticados, resultando
em uma maior disponibilidade da infraestrutura do site.
Os resultados de desempenho operacional que definem os quatro Tiers da infraestrutura do site são muito
diretos. Muitos projetos submetidos a uma abordagem de lista de controle falharão em uma abordagem
de requisitos de desempenho operacional. Isso significa que, além da aplicação rigorosa de princípios de
engenharia, ainda há avaliação e flexibilidade considerável no projeto referente ao tempo de operação e ao
modo como os subsistemas estão integrados para permitir vários modos operacionais.

3.2 Impacto das condições ambientais de projeto


A capacidade efetiva sustentável da maioria dos equipamentos de refrigeração e geração de energia é afetada
pelas condições reais do ambiente em que opera. Geralmente, esses equipamentos requerem mais energia
para operar e fornecem menor capacidade útil à medida que a altitude e as temperaturas de ar ambiente
aumentam.
Uma prática comum de instalações convencionais é selecionar valores de projeto aplicáveis à maioria, mas
não a todas as horas de operação previstas dessas instalações. Isso resulta em uma escolha econômica de
equipamentos que atendem aos requisitos a maior parte do tempo. Isso não é adequado para data centers em
que é esperada operação ininterrupta.
Usar uma temperatura de bulbo seco (DB, sigle em inglês) para um projeto que excedeu 2% do tempo resulta
na seleção de um componente que está subdimensionado 175 horas ao ano. Embora isso pareça implicar
que o proprietário opere com um risco operacional de pouco mais de uma semana ao ano, na verdade, essas
horas ocorrem gradativamente dispersas ao longo de vários dias. O valor de projeto de 2% poderia resultar em
condições reais que excederiam os parâmetros de projeto dos equipamentos várias horas todas as tardes por
um período de 1 a 2 meses. Um valor de 0,4%, considerado conservador por muitos profissionais de projeto,
ainda resulta em desempenho de equipamentos abaixo dos requisitos, aproximadamente 35 horas ao ano.
Outro exemplo referente às condições ambientais surge na seleção dos sistemas de rejeição de calor para
sistemas de refrigeração de expansão direta (DX, sigla em inglês). Muitos fabricantes fornecem tabelas de
seleção de produtos com base em condições ambientais externas de 95 °F/35 °C. Esses componentes só
produzirão a capacidade nominal mencionada ao operarem em ar externo de até 95 °F/35 °C. As capacidades
desses componentes devem ser ajustadas para baixo para fornecer a capacidade necessária quando as
temperaturas excederem 95 °F/35 °C.
Um impacto geralmente negligenciado das condições ambientais é a temperatura mínima esperada. As
máquinas de água gelada refrigeradas a ar geralmente têm uma temperatura mínima na qual a unidade
pode não ser capaz de iniciar ou operar. As máquinas de água gelada refrigeradas a ar mais comuns são
classificadas para operarem até 0 °C e devem ser submetidas a critérios adicionais para operarem abaixo dessa
temperatura.

3.3 R
 estrições contra limitação do tempo de operação do grupo gerador (Tier III e Tier
IV)
O intuito da restrição contra limitação do tempo de operação do grupo gerador é assegurar que a planta do
grupo gerador seja capaz de suportar a carga do site de maneira contínua. A topologia do Tier exige que a
capacidade de carga dos grupos geradores com uma das três classificações ISO® 8528-1 (Continuous, Prime,
Standby) deve ser considerada de forma diferente, com base na classificação específica.
a) Os grupos geradores com classificação Continuous podem operar por um número ilimitado de
horas para os kilowatts nominais especificados.
b) Os grupos geradores com classificação Prime podem operar por um número limitado de horas
para os kilowatts nominais especificados. Essa capacidade não atende ao intuito da seção 2.5.
Conforme descrito na ISO 8528-1, a capacidade de um grupo gerador com classificação Prime deve
ser reduzida para 70% (rebaixada) para operar de maneira ilimitada. Alguns fabricantes declaram
uma capacidade reduzida diferente (pode ser maior ou menor que 70%) na qual o grupo gerador
pode operar de forma ilimitada, seja nas especificações do produto ou seja por carta independente.
A certificação de capacidade dos fabricantes para uma duração ilimitada será usada para determinar
a conformidade com os requisitos do Tier.

10
c) Por definição, os grupos geradores Standby têm uma limitação anual de horas de operação. Essa
limitação não atende ao intuito da seção 2.5. Alguns fabricantes declaram uma capacidade diferente
e reduzida na qual o grupo gerador pode operar de forma ilimitada, tanto nas especificações do
produto, quanto em uma carta independente. A certificação de capacidade dos fabricantes para uma
duração ilimitada será usada para determinar a conformidade com os requisitos do Tier.

3.4 Encaminhamento de comunicações


O Uptime Institute recomenda que os condutores para fibras ou conexões de comunicação vindas externamente
até a demarcação de comunicação do data center deve estar de acordo com os requisitos de "Concurrently
Maintainable" para Tier III e os requisitos de "Fault Tolerant", Compartmentalized, para Tier IV.

3.5 Progressão de funcionalidade do Tier


Os proprietários que optam por soluções Tier I e Tier II para suportar tecnologia de TI atual, geralmente buscam
uma solução para requisitos de curto prazo. Normalmente, Tier I e Tier II são soluções estratégicas; ou seja,
motivadas mais por requisitos de custo direto e prazo de comercialização do que por custo de ciclo vida e tempo
de operação (ou disponibilidade). Normalmente, requisitos rigorosos de tempo de operação e viabilidade a longo
prazo fazem com que as soluções estratégicas sejam encontradas mais frequentemente em infraestruturas
do site Tier III e Tier IV. Soluções de infraestrutura do site Tier III e Tier IV têm uma vida efetiva superior ao
requisito de TI atual. As soluções estratégicas de infraestrutura de site permitem que o proprietário tome
decisões comerciais estratégicas em relação ao crescimento e tecnologia, não limitadas pela topologia atual da
infraestrutura do site.

3.5.1 Tier I

Soluções Tier I reconhecem o desejo do proprietário por uma infraestrutura de site dedicada para
suportar sistemas de TI. A infraestrutura Tier I fornece um ambiente melhorado em comparação
com aquele de um ambiente de escritório simples e inclui: um espaço dedicado para sistemas de
TI; uma UPS para filtrar picos, flutuações e quedas de energia momentâneas; equipamentos de
refrigeração dedicados não desligados ao final do horário de expediente; e geração de energia no site
(por exemplo, grupo gerador, célula de combustível) para proteger as funções de TI contra quedas
prolongadas de energia.

3.5.2 Tier II

Soluções Tier II contêm componentes críticos de capacidade redundantes de energia e refrigeração


para fornecer uma margem de segurança maior contra interrupções de processos de TI devido a
falhas de equipamentos da infraestrutura do site. Geralmente, os componentes redundantes são
módulos de UPS, chillers, equipamentos de rejeição de calor, bombas, unidades de refrigeração
e geração de energia no site (por exemplo, grupo gerador, célula de combustível). Um mal
funcionamento ou manutenção normal resultará na perda de um componente de capacidade.

3.5.3 Tier III


A infraestrutura do site Tier III acrescenta o conceito de Concurrent Maintenance além do que está
disponível nas soluções Tier I e Tier II. A Concurrent Maintenance significa que todo e qualquer
componente de capacidade ou distribuição necessário para suportar o ambiente de processamento
de TI pode passar por manutenção planejada sem impactar o ambiente de TI. O efeito na topologia
da infraestrutura de site é que um caminho de entrega redundante de energia e refrigeração
é adicionado aos componentes críticos redundantes do Tier II. A manutenção permite que os
equipamentos e caminhos de distribuição retornem às condições de fábrica de maneira frequente
e regular.
Consequentemente, o sistema operará de forma confiável e previsível conforme pretendido
originalmente. Além disso, a possibilidade de permitir a manutenão da infraestrutura do site de
forma concomitante e a operação de TI exige que todo e cada um dos sistemas ou componentes
que suportem operações de TI possam ser removidos para manutenção agendada sem impactar o
ambiente de TI. Esse conceito se estende para subsistemas importantes, como sistemas de controle
para instalações mecânicas, sistemas de partida para geração de energia no site (por exemplo, grupo
gerador, célula de combustível), controles de EPO, fontes de alimentação de equipamentos e bombas
de refrigeração, válvulas de isolamento, etc.

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3.5.4 Tier IV
A infraestrutura do site Tier IV se baseia no Tier III adicionando o conceito de Fault Tolerance
à topologia da infraestrutura do site. Similar à aplicação do conceito de "Concurrent Maintenance",
a Fault Tolerance estende-se a todo e qualquer sistema ou componente que suporta operações
de TI. Tier IV considera que qualquer um desses sistemas ou componentes pode falhar ou sofrer
uma interrupção não programada em qualquer momento. A definição do Tier IV para Fault Tolerance
baseia-se na falha de um único componente ou caminho.
No entanto, o site deve ser projetado e operado para tolerar o impacto cumulativo de qualquer
componente, sistema e caminho de distribuição da infraestrutura do site interrompido pela falha.
Por exemplo, a falha de um único quadro de distribuição afetará todos os subpainéis e componentes
de equipamentos que recebem energia do quadro de distribuição. Uma instalação Tier IV tolerará
esses impactos cumulativos sem afetar a operação da sala de computadores.

3.6 Classificação Tier fracionada e gradual


As quatro classificações do Tier Standard abordam a topologia ou configuração da infraestrutura do site, em
vez de uma lista prescritiva de componentes para alcançar o resultado operacional desejado. Por exemplo,
o mesmo número de chillers e módulos de UPS podem ser organizados em caminhos de distribuição de energia
e refrigeração únicos, resultando em uma solução Tier II (Componentes Redundantes), ou em dois caminhos de
distribuição, que podem resultar em uma solução Tier III (Concurrently Maintainable).
A aplicação consistente e abrangente dos conceitos de topologia do Tier para subsistemas elétricos, mecânicos,
automação, etc. é necessária para que qualquer site satisfaça os Tier Standards que definem qualquer nível de
classificação. Selecionar a solução com topologia adequada baseada nos requisitos de disponibilidade de TI
para sustentar processos de negócios bem definidos e nas consequências financeiras substanciais do tempo
inoperante fornece a melhor base para o investimento em instalações de data center. É preferível que o foco do
proprietário durante o projeto e processo de entrega do data center esteja na aplicação consistente do Standard
de desempenho do Tier e não nos detalhes que compõem a infraestrutura do site do data center.
No entanto, a infraestrutura do site tem sido descrita ocasionalmente por outros profissionais na indústria em
termos de Tiers fracionados (por exemplo, Tier 2.5) ou Tiers graduais (Tier III +, Tier III aprimorado ou Tier IV-
lite). Descrições fracionadas ou graduais de infraestrutura do site não são apropriadas e são enganosas. Incluir
critérios ou um atributo de uma classificação Tier maior no projeto não aumenta a classificação Tier geral. No
entanto, o desvio em relação ao objetivo do Tier em qualquer subsistema impedirá que um site seja certificado
com nesse Tier.
a) Um site que tem um módulo de UPS extra (redundante), mas que precisa que todas as unidades
de refrigeração instaladas sejam operadas para a manutenção da temperatura da sala de
computadores, dentro dos limites, não atende os requisitos de redundância para o Tier II.
b) Um quadro de distribuição que não pode ser desligado sem afetar mais do que o número
redundante de bombas de água gelada secundárias(reduzindo a capacidade disponível para menos
de N) não permite a Concurrently Maintainable e não será certificado com Tier III.
c) A inclusão de um sistema de UPS que segue o padrão de um sistema Tier IV em um site com uma
base de distribuição de energia Tier II resulta em uma certificação Tier II.

3.7 Tendências de não conformidade


Os desvios mais significativos do Tier Standard encontrados na maioria dos sites podem ser resumidos como
soluções inconsistentes. Frequentemente, um site terá um sistema elétrico robusto, Fault Tolerant padronizado
após uma solução Tier IV, mas utilizará um sistema mecânico Tier II que não pode passar por manutenção sem
interromper as operações da sala de computadores. Isso resulta em uma classificação geral Tier II do site.
Muitas vezes, o sistema mecânico falha nos critérios de "Concurrent Maintenance" devido à coordenação
inadequada entre o número e a localização das válvulas de isolamento no caminho de distribuição de
água gelada. Outra negligência comum é o circuito de derivação de componentes mecânicos, que obriga o
desligamento de todo o sistema mecânico para realizar manutenções elétricas. Caso uma quantidade maior
do que o número redundante de chillers, torres ou bombas seja desenergizada para manutenções elétricas,
a refrigeração da sala de computadores é impactada.

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Os sistemas elétricos muitas vezes não conseguem alcançar os critérios do Tier III ou Tier IV devido às escolhas
de projeto feitas em relação à UPS e ao caminho crítico de distribuição de energia. As configurações de UPS
que utilizam comutadores comuns de entrada e saída quase sempre não são passíveis de manutenção sem que
causem interrupções do ambiente crítico e irão falhar nos requisitos do Tier III mesmo após o gasto de muitas
centenas de milhares de dólares. As topologias que incluem chaves de transferência estáticas no caminho de
energia crítico para dispositivos de TI com uma única alimentação provavelmente falharão tanto no critério de
Fault Tolerance quanto nos critérios de Concurrent Mainenance.
A aplicação consistente de padrões é necessária para ter uma solução integrada para um data center
específico. Evidentemente, a organização de TI investe pesado nos recursos oferecidos por tecnologias mais
novas de ambiente crítico. Muitas vezes, à medida que as infraestruturas elétricas e mecânicas são definidas
e as operações da instalação estão estabelecidas, há um grau crescente de inconsistências nas soluções
incorporadas em um site. Um investimento em um único segmento deve conciliar com um investimento similar
em cada um dos outros segmentos caso algum dos elementos na solução combinada for ter o efeito desejado
na disponibilidade de TI. Um plano diretor ou uma estratégia de data center bem executada deve solucionar de
forma consistente todo o leque de requisitos de TI e da instalação.

Modificações
Esse Standard incorpora os resultados da votação de 2010 do Comitê consultivo dos proprietários (Owners Advisory
Committee).
Os requisitos de armazenamento de combustível para geração de energia no site entraram em vigor em 1º de maio
de 2010.

As alterações incorporadas são resultado da discussão e votação de 2012 do Comitê consultivo dos proprietários
(Owners Advisory Committee). Todas as atualizações específicas desta versão entraram em vigor em 1º de agosto
de 2012.

As alterações incorporadas são resultado de esclarecimentos com base em comentários do setor industrial. Todas
as atualizações específicas desta versão entraram em vigor em 1º de janeiro de 2018.

As alterações incorporadas estão alinhadas com as revisões do ASHRAE Handbook – Fundamentals para fornecer
detalhe consistente de referência. Todas as atualizações específicas desta versão entram em vigor em 1 de outubro de
2018.

Sobre o Uptime Institute


O Uptime Institute é uma organização consultiva imparcial focada no aprimoramento do desempenho, eficiência
e disponibilidade de infraestrutura crítica de negócios por meio da inovação, colaboração e certificações independentes.
O Uptime Institute atende a todas as partes interessadas responsáveis pela disponibilidade de serviços de TI por meio
de padrões líderes na indústria, educação, rede ponto-a-ponto, consultoria e programas de premiação oferecidos
a organizações empresariais e operadores terceirizados, fabricantes e prestadores de serviços. O Uptime Institute
é reconhecido mundialmente pela criação e administração dos padrões e certificações Tier para projeto, construção
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