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u
. x (1)
x
i ( x x, t )
v( x x, t ) v( x, t ) L.x r.x .i ( x x, t ) (2)
t
v( x, t )
i ( x x, t ) i ( x, t ) g .x.v( x, t ) C.x (3)
t
i ( x, t )
i ( x x, t ) i ( x, t ) .x (4)
x
i( x x, t ) i( x, t ) 2i( x, t )
.x (5)
t t xt
9
v( x x, t ) v( x, t ) v( x, t )
lim (7)
x 2 x1 x2 x1 x
v i
.x ( r.x ).i ( L..x ). (8)
x x
i
Foi usado o sinal negativo em (8) devido aos valores positivos de i e , que
t
v i
r .i L. (9)
x t
i v
.x ( g .x).v (C.x). (10)
x t
i v
g .v C. (11)
x t
2v i 2i
2 r. L. (12)
x x xt
2i v 2v
g . C. 2 (13)
tx t t
2v i 2i
r. L. 2 (14)
tx t t
2i v 2v
g . C . (15)
x 2 x xt
No entanto, tem-se que:
2i 2i
(16)
xt tx
11
2v 2v
(17)
xt tx
2v i v 2v
r . g .L. L.C . (18)
x 2 x t t 2
2i v i 2i
g . r .C . L.C . (19)
x 2 x t t 2
Para concluir a solução, as equações (9) e (11) foram substituídas nas equações
(18) e (19) respectivamente, e encontrou-se:
2v v 2v
r . g .v ( r .C L. g ). L.C . (20)
x 2 t t 2
2i i 2i
r . g .i ( r .C L. g ). L.C . (21)
x 2 t t 2
sem perdas, ou seja, faz-se r = 0 e g = 0 nas equações (20) e (21). Assim têm-se as
seguintes equações:
2u 2u
L.C . (22)
x 2 t 2
2i 2i
L.C . (23)
x 2 t 2
A solução analítica das equações diferenciais da linha de transmissão não pode ser
facilmente obtida se as perdas na linha são levadas em consideração. No entanto, as
equações de linhas sem perdas são bem conhecidas e permitem o estudo do
comportamento das ondas de tensões e correntes que se propagam ao longo da mesma.
Conforme mostrado no capítulo 2, sabe-se que a tensão ao longo de uma linha
sem perdas pode ser descrita, no domínio do tempo, de acordo com uma equação
diferencial do tipo:
2v 2v
L.C . (24)
x 2 t 2
2i 2i
L.C . (25)
x 2 t 2
2V ( s, x)
s 2 .L.C.V ( s, x) (26)
x 2
2 I ( s, x )
s 2 .L.C.I ( s, x) (27)
x 2
13
V ( s, x) A( s ) .e s. L.C . x
B ( s ) .e s. L.C . x
(28)
A( s ) s. B( s) s .
I ( s, x ) .e L.C . x
.e L.C . x
(29)
z0 z0
L
z0 (30)
C
Nas equações (28) e (29), uma descrição espacial completa para a porção, que é
função de x, está contida na exponencial, enquanto que a solução no tempo, ou da parte
que é função do tempo, está contida tanto nas constantes arbitrárias A(s), B(s), D(s) e
E(s) como na exponencial.
A expressão e-x.s, quando transformada para o domínio do tempo, resulta em um
degrau unitário u(t-x) atrasado. Demonstra-se também que u(t-x) é uma representação
matemática da onda viajante.
Para obter a solução no domínio do tempo, aplica-se a transformada inversa de
Laplace nas equações (28) e (29). Desta maneira obtém-se:
v(t , x) A(t L.C .x).u (t L.C.x) B(t L.C .x).u (t L.C .x) (31)
i(t , x) D(t L.C .x).u (t L.C .x) E (t L.C .x).u (t L.C .x) (32)
A equação (31) mostra que a tensão comporta-se como duas ondas viajantes, uma
direta na direção +x e a outra na direção -x. A mesma interpretação vale para a equação
(32), que descreve a corrente ao longo da linha.
14
1
v m s 1 (33)
L.C
As equações (34) e (35) representam duas ondas viajantes, sendo que a função
A(t L.C x) u (t L.C x) representa uma onda propagando-se na direção
vT v f v r (36)
iT i f ir (37)
v f z0 i f (38)
16
v r z 0 ir (39)
i Chave S iT
A C
B
v R vT
Solo
d
vT v f vr (40)
iT i f ir (41)
iT .R vT (42)
17
v f z 0 .i f (43)
vr z 0 .ir (44)
Nas equações (40) a (44) existem cinco incógnitas, portanto, a solução para o
sistema de equações é possível, e podem ser manipuladas da seguinte maneira:
vf vr
i f ir iT (45)
z0 z0
v f v r iT .R (46)
ou
R R
v f vr .v f .v r (47)
z0 z0
R R
v r .1 v f . 1 (48)
z0 z0
ou
R z0
vr .v f (49)
R z0
R z0
v (50)
R z0
R z0
ir .i f (51)
R z0
R z0
i (52)
R z0
i Chave S iT
A C
B
v vT
B’ Solo
A’ C’
d
Vt
x Solo
v 1 (53)
i 1 (54)
20
Portanto, para uma linha com o terminal em aberto, a onda da tensão incidente é
igual à onda da tensão refletida, com a mesma magnitude e sinal, ou seja:
v f vr (55)
vT 2.v f (56)
A expressão (56) mostra que, para uma linha em aberto, a tensão no terminal da
linha atinge duas vezes o valor da tensão incidente no terminal da mesma. Analogamente,
obtém-se:
i f ir (57)
iT 0 (58)
linha de transmissão, a tensão do terminal é igual a duas vezes a tensão que está
chegando. A tensão refletida é igual à tensão chegando e a corrente refletida é igual a
menos a corrente chegando.
A Figura 5 mostra, esquematicamente, as correntes e tensões em uma linha cujo
terminal está em aberto. Nota-se que esse efeito de tensão dupla propaga-se de volta ao
longo da linha de transmissão e, para o caso de um degrau unitário, eventualmente,
carregaria completamente a linha com uma tensão cujo valor seria duas vezes o valor da
tensão da fonte. Analogamente, a corrente chegando com a onda direta, é “eliminada”
pela corrente negativa refletida, deixando a linha com corrente zero, entre o terminal
aberto e a onda refletida.
21
2 Onda
refletida
vr vT 2v f
1
vf Onda
incidente
1 Onda incidente
if iT 0
Onda refletida ir 1
-1 invertida
Desde que a onda de tensão original se propague pela linha para a extremidade
aberta, a energia desta onda é armazenada nos campos magnético e elétrico em torno da
linha de transmissão. Metade da energia é armazenada no campo elétrico (1 / 2 C.v 2 ) e a
i Chave S iT
A C
B
v vT
Solo
d
A partir das equações (50) e (52) para R tendendo a zero, o coeficiente de reflexão
da tensão é negativo e o coeficiente de reflexão da corrente é positivo. A tensão refletida
é igual à tensão incidente em magnitude, mas é inversa, conforme a equação (59), e com
isso a tensão no terminal da linha de transmissão é nula, pois a tensão incidente é anulada
pela tensão refletida, demonstrada em (60).
v f vr (59)
vT 0 (60)
i f ir (61)
iT 2.i f (62)
1
vf Onda incidente
vT 0
vr
Onda refletida
-1
2
ir
Onda refletida iT 2.i f
1
if Onda incidente
Como toda energia que estava armazenada no campo elétrico não pode ser
armazenada pelo mesmo, ela é cedida ao campo magnético, que também recebe toda a
energia que a fonte continua a fornecer, aumentando assim seu valor até um valor
máximo de saturação (FUCHS, 1979).
i Chave S iT
A C
B
v R vT
Solo
d
iT
R VT
solo
x
A tensão no terminal da linha tem a mesma amplitude que a onda incidente, que é
a tensão de energização, conforme a equação (63):
vT v f (63)
A corrente também não tem onda refletida, assim a corrente no terminal da linha
de transmissão é igual a corrente incidente, conforme a equação (64):
iT i f (64)
1
vf Onda incidente vT v f
1
if Onda incidente
iT i f
R’ L’
2 2 2 2
d
R R' (65)
n
d
L L' (66)
n
d
G G' (67)
n
d
C C' (68)
n
R1 L1 Ln
C
i1(t) i n-1(t) G C
G
G C G C vn(t)
U(t) 2 2
V2(t) Vn-1(t) 2 2
Entre cada série de resistência e indutância não se tem a metade dos valores da
capacitância e condutância, isso ocorre devido a cada saída do seguimento de circuito π
conectar-se à entrada do circuito π seguinte, sendo que capacitâncias e condutâncias em
paralelo se somam.
u1(t) y1(t)
u2(t) Sistema y2(t)
Dinâmico
un(t) yn(t)
Seja o sistema mostrado na Figura 13, onde y1(t), y2(t),..., yn(t) são os sinais de
saída e u1(t), u2(t),..., un(t) são os sinais de entrada. Um conjunto de variáveis de estado
(x1, x2,..., xn) para o sistema mostrado na Figura 13 é um conjunto no qual o conhecimento
dos valores iniciais das variáveis de estado [x1(t0), x2(t0),..., xn(t0)] no instante t0 e dos
sinais de entrada u1(t), u2(t),..., un(t) para t ≥ t0, é suficiente para determinar os valores
futuros das saídas e das variáveis de estado.
A forma geral de um sistema dinâmico é esboçada na Figura 14.
Condições
Iniciais x(t)
Entrada Saída
Estado x(t) de um
u(t) y(t)
Sistema Dinâmico
[ x(t )] [ A].[ x(t )] [ B].u(t ) (69)
x1 a11.x1 a12 .x2 a1n .xn b11.u1 b1m .u m , (70)
x 2 a21.x1 a22 .x2 a2n .xn b21.u1 b2 m .u m , (71)
x n an1 .x1 an 2 .x2 ann .xn bn1 .u1 bnm .u m (72)
Onde x dx dt . Assim, este sistema de equações diferenciais simultâneas pode
ser escrito na forma matricial, como segue a seguir:
x1
x
x 2 (74)
xn
30
O vetor dos sinais de entrada é definido como u. Então, o sistema pode ser
representado através da notação compacta das equações diferenciais de estado, como na
equação (75).
x A.x B.u (75)
As variáveis de estado da Figura 13 serão as correntes longitudinais e as tensões
transversais da linha.
Onde o vetor x será a matriz contendo as equações diferenciais das correntes e
tensões, conforme a equação (76).
di1 (t )
dt
di (t )
n
x dt (76)
dv1 (t )
dt
dv (t )
n
dt
R 1
L 0
L1
0
0 R 1 1
A L Ln Ln (77)
1 1 G
0
C C C
0
2
0
G
C C
i1 (t )
in (t )
x (78)
v1 (t )
v n (t )
1
L
B (79)
0
O vetor u tem a mesma dimensão que o vetor B, e todos os seus valores são iguais
a tensão de energização u(t).
i(t)
C G C G
u(t) 2 2 2
v(t)
2
Na Figura 15, u(t) é a tensão que alimenta a linha, i(t) é a corrente longitudinal da
linha e v(t) é a tensão transversal da linha.
Para o circuito mostrado na Figura 15, podem-se escrever as seguintes equações:
32
di(t )
u (t ) Ri (t ) L v(t ) 0 (80)
d (t )
di(t )
L Ri (t ) v(t ) u (t ) (81)
dt
di(t ) R 1 1
i (t ) v(t ) u (t ) (82)
dt L L L
i(t ) iG (t ) iC (t ) (83)
G
iG v (t ) (84)
2
G
i (t ) v(t ) iC (t ) (85)
2
G
iC (t ) i (t ) v(t ) (86)
2
1
C
v (t ) iC (t ) dt (87)
1 G 2 G
v(t )
C
i (t ) v(t ) dt i (t ) v(t ) dt
2 C 2
(88)
2 G
d i (t ) v(t ) dt
C
dv(t ) 2
(89)
dt dt
dv(t ) 2 G 2 G
i (t ) v(t ) i (t ) v(t ) (90)
dt C 2 C C
[ x] i1 (t ) v1 (t ) t (91)
34
R 1
L
[ A] L
G
(92)
2
C C
t
1
[ B] 0 (93)
L
u = u(t) (94)
A obtenção das equações para dois circuitos é semelhante com as deduções das
equações para um único circuito , considerando alguns passos adicionais. A Figura 16
mostra a representação para uma linha de transmissão para dois circuitos .
R1 L1 R2 L2
i1(t) i2(t)
C G C G
u(t) C G
2 2 v1(t) 2 2 v2(t)
di1 (t )
u(t ) i1 (t ) R1 L1 v1 (t ) 0 (95)
dt
di2 (t )
v1 (t ) i2 (t ) R2 L2 v2 (t ) 0 (96)
dt
di1 (t ) R 1 1
1 i1 (t ) v1 (t ) u(t ) (97)
dt L1 L1 L1
di2 (t ) R 1 1
2 i1 (t ) v1 (t ) v2 (t ) (98)
dt L2 L2 L2
iC (t ) i1 (t ) v1 (t ).G i2 (t ) (99)
G
iC (t ) i2 (t ) v 2 (t ). (100)
2
1
C
v1 (t ) (iC (t )dt ) (101)
1
C
v1 (t ) (i1 (t ) i2 (t ) v1 (t ).G )dt (102)
1
C
v 2 (t ) iC (t )dt (103)
36
2 G
v2 (t )
C (i2 (t ) v2 (t )) dt
2
(104)
dv1 (t ) 1 1 G
i1 (t ) i2 (t ) v1 (t ) (105)
dt C C C
dv2 (t ) 2 G
i2 (t ) v2 (t ) (106)
dt C C
[ x] i1 (t ) i2 (t ) v1 (t ) v2 (t ) t (107)
R1 1
L 0
L1
0
1
0 R2 1 1
[ A] L2 L2 L2 (108)
1 1 G
0
C C C
0 2
0
G
C C
t
1
[ B] 0 0 0 (109)
L
u = u(t) (110)
R1 L1 R2 L2 R3 L3
di1 (t )
u (t ) R1i1 (t ) L1 v1 (t ) 0 (111)
dt
di2 (t )
v1 (t ) R2 i2 (t ) L2 v2 (t ) 0 (112)
dt
di3 (t )
v2 (t ) R3i3 (t ) L3 v3 (t ) 0 (113)
dt
di1 (t ) R 1 1
1 i1 (t ) v1 (t ) u(t ) (114)
dt L1 L1 L1
di2 (t ) R 1 1
2 i2 (t ) v1 (t ) v2 (t ) (115)
dt L2 L2 L2
di3 (t ) R 1 1
3 i3 (t ) v2 (t ) v3 (t ) (116)
dt L3 L3 L3
38
iC 2 (t ) i2 (t ) i3 (t ) Gv2 (t ) (118)
G
iC 3 (t ) i3 (t ) v3 (t ) (119)
2
1
C
v1 (t ) iC1 (t ) dt (120)
1
C
v1 (t ) (i1 (t ) i2 (t ) Gv1 (t ))dt (121)
1
C
v 2 (t ) iC 2 (t ) dt (122)
1
C
v 2 (t ) (i2 (t ) i3 (t ) Gv 2 (t ))dt (123)
1
C
v3 (t ) iC 3 (t )dt (124)
39
1 G 2 G
v3 (t )
C (i3 (t ) v3 (t ))dt (i3 (t ) v3 (t ))dt
2 C 2
(125)
dv1 (t ) 1 1 G
i1 (t ) i2 (t ) v1 (t ) (126)
dt C C C
dv2 (t ) 1 1 G
i2 (t ) i3 (t ) v2 (t ) (127)
dt C C C
dv3 (t ) 2 G
i3 (t ) v3 (t ) (128)
dt C C
[ x] i1 (t ) i2 (t ) i3 (t ) v1 (t ) v2 (t ) v3 (t ) t (129)
R1 1
L 0 0
L1
0 0
1
0 R2
0
1 1
0
L2 L2 L2
R3 1 1
0 0 0
[ A] L3 L3 L3 (130)
1 1 G
0 0 0
C C C
0 1 1 G
0 0
C C C
2 G
0 0 0 0
C C
40
t
1
[ B] 0 0 0 0 0 (131)
L1
u(t) R1 L1 R2 L2 Rn Ln vn(t)
Sendo o vetor [x] dado pela equação (132), o a matriz [B] expressa pela equação
(133) e a matriz [A] dada pela equação (134).
[ x] i1 (t ) i2 (t ) i3 (t ) in (t ) v1 (t ) v2 (t ) v3 (t ) vn (t ) t (132)
1
[ B] 0 0 0 0 0 0 0 (133)
L1
R1 1
L 0 0 0
L1
0 0 0
1
0 R2 1 1
0 0 0 0
L2 L2 L
R3 1 1
0 0 0 0 0
L3 L L3
R 1 1
0 0 0 n 0 0
[ A] Ln Ln Ln
1 1 G
0 0 0 0 0
C C C
0 1 1 G
0 0 0 0
C C C
1 1 G
0 0 0 0 0
C C C
2 G
0 0 0 0 0 0
C C (134)
certo número de vezes, e quanto mais iterações forem feitas dessa regra, mais próximo
chega-se à solução da equação. O computador é, portanto, a ferramenta para esse tipo de
trabalho tendo em vista a rapidez com que pode executar tarefas repetitivas.
Os métodos de cálculo aproximado são comumente chamados de métodos
numéricos e, no caso de uma equação diferencial, é um método de integração numérica
(BRUNNET, 2003).
y ' f (t , y ) (135)
y(t )
Função constante
A1
y (t k )
A2
tk tk+1
Figura 19. Aproximação da função y(t ) por uma função constante.
O método de Euler consiste em aproximar a área sob a curva y(t ) pela área de
tk 1 tk 1
y (t k 1 ) y (t k ) y (t k )(t k 1 t k ) (137)
h t k 1 t k (138)
y (t k 1 ) y (t k ) y (t k ).h (139)
Para y(t ) conhecido em todos os pontos do domínio em que a mesma é integrada,
é possível obter numericamente a função y (t ) a partir da equação (139). A equação (139)
é a fórmula de Euler para obter numericamente a solução de uma equação diferencial.
Para o sistema da equação (140), tem-se:
x(t k 1 ) x(t k ) x(t k 1 ).h (140)
Sendo a equação (140) uma equação de estado, a mesma pode ser escrita como
sendo:
x(t k ) [ A].x(t k ) [ B].u (t k ) (141)
y y(t )
y (t k 1 )
Função de 1º grau
y (t k )
A2
tk tk+1 t
Figura 20. Aproximação da função y(t ) por uma função de 1º grau no intervalo
h t k 1 t k .
t k 1
y (t ).dt A2 (143)
tk
tk 1
1
y (t )dt [ y (t k ) y (t k 1 )]h
2
(144)
tk
1
y(t k 1 ) y(t k ) [ y(t k ) y(t k 1 )]h (145)
2
46
Para y(t ) conhecido em todos os pontos do domínio em que a mesma é integrada,
é possível obter numericamente a função y (t ) a partir de (145). A equação (145) é a
fórmula de Heun para obter numericamente a solução de uma equação diferencial.
Para uma equação diferencial x (t ) , A solução desta equação através do método
de Heun é escrita como sendo:
1
x(t k 1 ) x(t k ) [ x(t k ) x(t k 1 )].h (146)
2
Sendo a equação x (t ) uma equação de estado de um sistema, a mesma pode ser
escrita como sendo:
x(t k 1 ) [ A].x(t k 1 ) [ B].u (t k 1 ) (147)
1
1 1 1
x(t k 1 ) I hA I hA.x(t k ) h.[ B].(u (t k ) u(t k 1 )) (148)
2 2 2
onde [I] é uma matriz identidade. A equação (148) é a solução da equação de estado
através do método de Heun.
m
Ki
Z ( ) F ( ) Z0 (150)
i 1 1 j..Qi
ri
Ki (151)
pi
1
Qi (152)
pi
m
Ki
Z ( ) R0 j..L0 j.. (153)
i 0 1 j..Qi
sendo
Ki
Ri (154)
Qi
Li Ki (155)
indutores da Figura 21 podem ser obtidos a partir de diversos métodos descritos por
SARTO et al. (2001) e LIMA et al. (2005), citados por KUROKAWA et al. (2006).
Considerando que os parâmetros de uma linha de transmissão podem ser
sintetizados por meio de um circuito do tipo mostrado na figura 21, pode-se utilizar uma
cascata de circuitos para representar uma linha de transmissão levando em conta o
efeito da freqüência sobre os parâmetros longitudinais da mesma, conforme o circuito
explícito na Figura 22:
di10 i10 m 1 m 1 1
. R j . R j .i1 j .u (t ) .v1 (t ) (156)
dt L0 j 1 L0 j 1 L0 L0
di11 R1 R
.i10 1 .i11 (157)
dt L1 L1
di12 R2 R
.i10 2 .i12 (158)
dt L2 L2
di1m Rm R
.i10 m .i1m (159)
dt Lm Lm
dv1 (t ) 2 G
.i10 .v1 (t ) (160)
dt C C
sendo:
j m
R j
R1 R2 Rm 1
j 0
L0 L0 L0 L0 L0
R1 R
1 0 0 0
L1 L1
A R2
0
R2
0 0
(162)
L2 L2
0 0
Rm
0 0
Rm
0
Lm Lm
2 G
0 0 0
C C
1
BT 0 0 0 0 (163)
L0
52
X T X 1 X 2 X n (167)
Em (166), [A] é uma matriz tridiagonal cujos elementos são matrizes quadradas
de ordem (m+2). Cada elemento genérico AKK de [A] é representado como descrito em
(168).
Considerando que a linha é representada por uma cascata de n circuitos , o vetor
[B] possui dimensão n(m+2).
53
j m
R j
R1 R2 Rm 1
j 0
L0 L0 L0 L0 L0
R1 R
1 0 0 0
L1 L1
A R2
0
R2
0 0
(168)
L2 L2
0 0
Rm
0 0
Rm
0
Lm Lm
1 G
0 0 0
C C
A equação de estado, que descreve uma linha representada por uma cascata de n
circuitos pode então ser resolvida por meio de métodos numéricos (KUROKAWA et
al., 2006), como o de Euler e de Heun.
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2. OBJETIVO
3. MATERIAL E MÉTODOS
foram obtidos utilizando o método proposto por TAVARES (1998). Os valores das
resistências e indutâncias obtidas através do método proposto por TAVARES (1998) são
encontrados em KUROKAWA et al. (2006). A capacitância e condutância longitudinais
são as mesmas citadas anteriormente e a linha é representada, como a representação sem
influência da freqüência, por uma cascata com 200 circuitos
Para análise de uma descarga elétrica atmosférica num dos terminais da linha,
considerou-se o terminal ligado a uma carga com impedância característica, tempo de
simulação de 70 s e passo de cálculo de 0.05 s, o que resultou num vetor de
amostragens de 1400 componentes. Foram analisadas as amostragens de tensões e
correntes em cinco pontos na extensão da linha: no início; no ponto a 2500 metros; a
5000 metros; 7500 metros e a 10000 metros.
Para resolução das equações de estado foi utilizado o método de integração
numérica trapezoidal (método de Heun).
Todos os algoritmos envolvidos nas simulações dos transitórios eletromagnéticos
deste trabalho foram desenvolvidos no software Matlab, nas versões 5.3, 6.1 e 7.1.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Figura 24. Tensão da linha de transmissão com terminal aberto, levando em conta
o efeito da freqüência.
Figura 26. Corrente da linha de transmissão com terminal aberto, considerando o efeito
da freqüência.
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Figura 31. Tensão da linha ligada a uma carga com impedância ZC , considerando o
efeito da freqüência.
Figura 33. Corrente da linha ligada a uma carga com impedância ZC , considerando o
efeito da freqüência.
Figura 34. Tensões na linha originadas por uma descarga elétrica atmosférica.
Figura 35. Correntes na linha originadas por uma descarga elétrica atmosférica.
5. CONCLUSÃO
corrente com mesma magnitude e sinais opostos, ou seja, as ondas se anulam resultando
em uma corrente igual a zero.
Nas simulações envolvendo o efeito da freqüência, para linha com terminal
aberto, foram obtidos resultados com comportamento muito parecido aos obtidos sem
considerar o efeito da freqüência. Os resultados, considerando os efeitos solo e pelicular,
foram muito parecidos nos picos de tensão e corrente durante os transitórios e na
magnitude dos valores esperados na estabilização do sistema, porém com menores
oscilações durante a simulação.
Nos resultados das simulações relativas a linha com terminal configurado em
curto-circuito foi possível observar a ocorrência duma corrente crescente em degraus,
com e sem o efeito da freqüência, e a tensão no terminal zero. È possível concluir a partir
dos resultados e a partir da teoria envolvendo as ondas viajantes em linhas de transmissão
que, as ondas incidentes e refletidas de tensão se anulam para uma linha curto-circuitada
e as ondas viajantes de corrente somam-se, duplicando o valor da corrente.
A partir dos resultados obtidos nas simulações da linha ligada a uma carga com
impedância ZC , verifica-se que as ondas refletidas são nulas, ou seja, não há reflexão das
ondas incidentes de tensão e corrente, resultando em uma tensão sobre a carga igual a
tensão gerada pela fonte, 20 kV, e corrente de aproximadamente 40 A. Os gráficos
obtidos a partir do método considerando o efeito da freqüência são bem próximos dos
obtidos sem o efeito da freqüência. Observa-se apenas uma pequena variação da corrente
nos resultados obtidos para corrente, uma variação de 5 A aproximadamente para a
corrente após 40 ms.
Nas simulações de uma descarga elétrica atmosférica sobre uma linha de
transmissão desenergizada é possível verificar a progressão das ondas de tensão e
corrente no decorrer da extensão da linha, em função do tempo. Conclui-se que as ondas
de tensão e corrente se propagam aproximadamente na velocidade da luz pelo condutor
da linha de transmissão.
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6. REFERÊNCIAS
MINEGISHI, S.; ECHIGO, H.; SATO, R. (1994). A Method for Measuring Transients
Caused by Impedance. IEEE Transactions on Electromagnetic Compatibility, Vol. 36, N.
3, pags. 244-247.