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Índice

1. Introdução ............................................................................................................................. 2
2. O Direito dos Tratados Internacionais .................................................................................. 3
2.1 Introdução ......................................................................................................................... 3
2.2 Noção de tratado ............................................................................................................... 3
2.3 Classificação dos tratados ................................................................................................. 4
2.4 Conclusão dos tratados e suas fases .................................................................................. 6
3. Aprovação e ratificação ........................................................................................................ 8
3.1 Fase da entrada em vigor .................................................................................................. 9
3.2 Órgãos competentes para a ractificação .......................................................................... 10
3.3 As reservas dos Trarados ................................................................................................ 10
3.4 O depósito, o Registo e publicação dos Tratados ........................................................... 12
4. Efeitos dos Tratados perante Terceiros .............................................................................. 13
4.1 Modificação e Cessação dos Tratados ............................................................................ 14
4.2 Validade e Invalidade dos tratados ................................................................................. 15
5. Conclusão ........................................................................................................................... 17
6. Referências Bibliográficas .................................................................................................. 18

1
1. Introdução

Os tratados internacionais são acordos realizados em âmbito internacional e que visam proteger
ou fortalecer interesses em determinada área. Para que isso aconteça é necessário haver vontade
livre dos participantes de realizar aquele documento jurídico, além do objetivo do tratado ser
minimamente possível e específico, respeitando requisitos formais. No caso dos tratados de
natureza internacional, o direito internacional serve como um guia para a construção desse
documento.

Necessariamente, nunca será possivel falar dos Tratados internacionais de forma genérica, sem
de algum modo abordar sobre a conferência de Viena sobre o Direito dos Tratados, esta que tem
um papel preponderante no que concerne ao semblante dos Tratados existentes e consumados
actualmente. Esta foi adoptada em 22 de maio de 1969, e assinalada no dia seguinte, codificou o
Direito Internacional consuentudinário referente aos tratados, ao codificar normas costumeiras
aceitas e eficazes e buscar harmonizar os procedimentos de elaboração, ractificação, denúncia e
extinção dos tratados. Esta veio a entrar em vigor em 27 de Janeiro de 1980. Actualmente é trivial
dizer-se que os Tratados Internacionais são muito importantes no que concerne ao apoio bilateral
e multilateral entre os países ou para o cumprimento de um certo objectivo, e de certo modo, este
acto ou acordo de vontades, torna o Tratado como sendo uma fonte importantíssima para o
surgimento do próprio Direito Internacional, e sendo assim, cabe estudá-los detalhadamente.

A presente pesquisa procura abordar de forma genérica sobre os Tratados internacionais e qual
é sua importância no Direito Internacional, mas tambem dispõe de objectivos específicos, como é
o caso de:

• Perquerir amplamente sobre as tipologias dos Tratados existentes;


• Desmistificar o real sentido de Tratado fazendo a destrinça às suas figuras afins;
• Explicar sobre as etapas para a efectivação dos Tratados.

Palavras-chave: Tratado, Direito Internacional, Conferência de Viena, Convenção, Estados-


parte, Sujeitos Internacionais.

2
2. O Direito dos Tratados Internacionais
2.1 Introdução

Até ao sec. XIX, apesar de terem sido celebradas diversas convenções multilaterais, a fonte
predominante era o custume. A partir daquele século, diversos factores, nomeadamente a
muiltiplicação do número de Estados na cena internacional, desenvolvimento e intensificação das
relações internacionais, geraram um crescente recurso às técnicas convencionais, que
progressivamente aumentou a importancia destas nas relações internacionais contribuindo
decisivamente para que o Tratado viesse a assumir, em especial a partir do início do nosso século,
em papel preponderante na vida internacional.1

Os Estados e demais sujeitos de direito internacional celebram múltiplos tratados entre si,
replicando no direito internacional a importancia que os contratos assumem nas relações juríddicas
privadas. Importa considerar o modo como o direito internacional, edificando largamente sobre a
teoria do contrato, disciplina o procedimento de formação de convenções Internacionais,
genericamente designadas por tratados na Convenção de Viena do Direito dos tratados entre
Estados (CVT) de 1969.2

2.2 Noção de tratado

Poderemos definir o Tratado como um acordo de vontades, em forma escrita, entre sujeitos
de Direito Internacional, agindo nesta qualidade, de que resulta a produção de efeitos jurídicos.3

Por tratado ou convenção internacional entende-se um acordo de vontades entre sujeitos de


Direito Internacional constitutivo de direitos e deveres ou de outros efeitos nas relações entre eles;
o, de outra perspectiva, um acordo de vontades, regido pelo Direito Internacional, entre sujeitos de
Direito Internacional; ou, ainda, um acordo de vontades entre sujeitos de Direito Internacional,
agindo enquanto tais, de que derivam efeitos jurídico-internacionais ou jurídico-
internacionalmente relevantes.4

1
BRITO, Wladimir, Direito Internacional Público, 2ª ed. Coimbra editora, Coimbra, 2014, p. 144.
2
MACHADO, Jónatas, E. M., Direito Internacional, 4a ed, Coimbra Editora, Coimbra, 2013. p. 338.
3
PEREIRA, André Gonçalves, e QUADROS, de Fausto, Manual de Direito Internacional Público, 3a ed, Livraria
Almedina, Lisboa, 2015, p. 173.
4
MIRANDA, Jorge, Curso de Direito Internacional Público, 4a ed. Principia, Cascais, 2009, p.57.
3
Os tratados internacionais são a mais relevante das fontes internacionacionais, podendo
beneficiar de uma alusão directa no ETIJ, no qual se escreve o seguinte: ʺO tribunal, cuja função é
decidir em conformidade com o Direito Internacional as controvérsias que lhe forem submetidas,
aplicará as convenções internacionais, gerais ou especiais, que estabelecem regras expressamente
reconhecidos pelos Estados em litígio.5

2.3 Classificação dos tratados

Os tratados têm sido objecto de múltiplas classificações, algumas das quais já ultrapassadas
pela doutrina mais moderna. Falaremos, por conseguinte, apenas das mais importante ou mais úteis:

• Tratados leis e tratados-contratos

No tratados-lei dá-se a criação de uma regra de Direito pela vontade conforme das partes. No
tratado contrato as vontades são divergentes, não surgindo assim a criação de uma regra geral de
Direito, mas a estipulação recíproca das respectivas prestações e contra-prestações. O carácter
normativo do tratado é um dos elementos da definição do conceito de grande importância no estudo
da teoria dos tratados.6 Os tratados-leis estabelecem-se comandos de carácter geral e abstrato ou
geral e concreto ou as partes submetem-se a comandos pré-existentes, concretizando-os nas suas
relações. Os tratados-contratos estipulam-se prestações recíprocas e os tratados esgotam-se com a
sua realização.7

Para certo sector da doutrina, a dicotomia tratado-lei/tratado-contrato juntar-se-ia numa terceira


categoria, o contrato-Constituição. Esta qualificação seria reservada ao tratado que institui uma
organização interncaional e, por isso, contém regras fundamentais que regem aquela Organização.8
Tratados normativos ou tratados-leis, são aqueles que estabelecem uma regra de Direito
aplicável a uma generalidade de casos. Estes tratados têm assim por objecto a enunciação de uma
regra de direito objectivamente válida.9

5
GOUVEIA, Jorge Bacelar, Manual de Direito Internacional Público, 3a ed, Livraria Almedina, Coimbra,
2010.p.155.
6
PEREIRA, André Gonçalves, e QUADROS, de Fausto, Manual de Direito Internacional Público..., Ob. Cit, p. 182.
7
MIRANDA, Jorge, Curso de Direito Internacional Público...,Ob. Cit, p. 62.
8
PEREIRA, André Gonçalves, e QUADROS, de Fausto, Manual de Direito Internacional Público...,Ob. Cit, p. 183.
9
BRITO, Wladimir, Direito Internacional Público..., Ob. Cit, p. 149.
4
Os tratados Contratos são acordos por meio dos quais se realiza uma operação jurídica concreta,
esgotando-se imediatamente os seus efeitos. Estes tratados são, portanto, actos jurídicos de
natureza subjectiva geradores de prestações recíprocas entre as Partes, de conteúdo ou de natureza
diversa. Assim, por exemplo, certos Tratados de Comércio.10

• Tratados Bilaterais e tratados multilaterais; Tratados restritos e tratados gerais

Tratados Bilaterais são naturalmente os celebrados entre apenas duas partes, sendo
multilaterais, todos os demais. Mas há a notar que falamos em partes e não em Estados ou em
sujeitos de Direito Internacional: é que, tal como no negócio jurídico em geral, também aqui a
concidência de interesses pode fazer com que cada uma, ou apenas uma, das partes, sejam
constituída por mais de um sujeito jurídico.11 Os Bilaterais, estes são aqueles em que participam
apenas dois sujeitos de Direito Internacional.12

Os tratados Bilaterais, ou só com duas partes, em que se entremostra a reciprocidade dos


interesses; e Tratados multilaterais, ou com uma pluralidade de partes, em que avultam interesses
comuns. E estes ainda podem ser restritos ou gerais. Nos tratados Bilaterais gerais (ou colectivos)
há uma tendencial concidência com a totalidade dos Estados com acesso à comunidade
internacional porque são tratados entre Estados, embora às vezes aberto a outros sujeitos e é neles
que se manifesta mais o carácter normativo.13 Os multilaterais, acoplam a participação de mais de
dois sujeitos do Direito Internacional. Estes podem ser gerais, isto é, abertos a participação de
qualquer Estado, ou restritos, em que são aqueles em que só os Estados partes podem neles
participar.14

• Os tratados solenes e acordos em forma simplificada

Os tratados solenes são celebrados segundo a fórmula tradicional, necessitando sempre de


ractificação.

Os acordos em forma simplificada são, fundamentalmente tratados que não carecem de


ractificação. Assim, a presença ou ausência de rectificação parece ser, ao cabo de muitas hesitações

10
BRITO, Wladimir, Direito Internacional Público..., Ob. Cit, p. 149.
11
Idem, p. 183.
12
BRITO, Wladimir, Direito Internacional Público..., Ob. Cit, p. 151.
13
MIRANDA, Jorge, Curso de Direito Internacional Público..., Ob. Cit, p. 63.
14
BRITO, Wladimir, Direito Internacional Público..., Ob. Cit, p. 151.
5
da doutrina, a única característica capaz de em qualquer caso destrinçar estas duas espécies. 15 Os
tratados solenes, são aqueles cujo processo de elaboração e de conclusão é complexo e em que
exige a intervenção dos órgãos investidos no treaty making power, e necessitam de ser ractificados.

Acordos em forma simplificada: são convenções cujo processo de elaboração é simples


e que a partir da assinatura ficam perfeitos e aptos a entrar em vigor, não sendo portanto, necessária
a ratificação.16

2.4 Conclusão dos tratados e suas fases

A análise clássica destingue três fases no processo de conclusão dos tratados: A negociação,
a assinatura e ractificação.17

a) A negociação: a negociação dos tratados consiste na discussão e fixação (ou aprovação)


do conteúdo do Tratado ou, melhor, do ʺconteúdo das estipulações que constituem o
Tratadoʺ. E pode assumir distintas formas, conforme se trata de um Tratado bilateral ou
multilateral.18

Esta é a primeira fase da conclusão dos tratados. É nesta fase que o texto do tratado vai ser
concebido, elaborado e redigido. A negociação é normalmente levada a cabo através de
plenipotenciários, munidos de plenos poderes, os quais constam de documento emanado
19
geralmente pelo Chefe do Estado. Em virtude de suas funções, e sem terem de apresentar
instrumentos de plenos podres, são considerados representantes de cada Estado: o respectivo Chefe
de Estado, ou chefe de Governo, ou Ministro dos Negócios Estrangeiros; o chefe de missão
diplomática, para a adopção do texto de um tratado entre o Estado acreditante e o Estado acreditado;
e o representante acreditado do Estado numa conferência internacional ou junto de uma
organização internacional ou de um dos seus órgãos, para a adopção do texto de um tratado
celebrado nessa conferência ou por essa organização ou esse órgão.20

15
PEREIRA, André Gonçalves, e QUADROS, de Fausto, Manual de Direito Internacional Público..., Ob. Cit, p.
185.
16
BRITO, Wladimir, Direito Internacional Público..., Ob. Cit, p. 151.
17
PEREIRA, André Gonçalves, e QUADROS, de Fausto, Manual de Direito Internacional Público..., Ob. Cit, p.
186.
18
BRITO, Wladimir, Direito Internacional Público..., Ob. Cit, p. 155.
19
Idem, p. 187.
20
MIRANDA, Jorge, Curso de Direito Internacional Público...,Ob. Cit, p. 68.
6
O objectivo principal desta fase da celebração dos tratados é conseguir o acordo dos
plenipotenciários quanto ao texto do tratado. A aprovação do texto do tratado exige voto unânime
de todos os Estados que o negoceiam, salvo quanto aos tratados aprovados numa conferência
internacional, quanto aos quais basta a maioria de 2/3 dos Estados presentes e votantes, salvo se
estes, também por 2/3, decidirem fixar uma regra de votação diferente.21

Uma vez fixado o texto do tratado segue-se a redacção do texto deste tratado. Este consta
de um articulado, precedido normalmente de um preâmbulo onde se designam as partes
contraentes, os motivos do tratado, o seu objecto, o local da celebração, etc., por vezes seguidode
anexos ou definições, frequentes sobretudo nas convenções carácter técnico.22

b) Assinatura: Redigido o texto, este é assinado por todos os plenipotenciários. A


assinatura é um procedimento formal de autenticação desse texto.23

Após a redacção do texto, chega-se ao momento em que este é assinado pelos


plenipotenciários. A assinatura do tratado produz efeitos jurídicos diferentes conforme se trate de
um tratado solene ou de um acordo em forma simplificada.24 Importa referir que a assinatura não
é uma formalidade requerida pela Convenção para todos os casos, assim como, naturalmente, não
existe na vinculação por via de adesão. Mas em contrapartida, há tratados abertos que prevêem
assinatura deferida.

A consequência principal da assinatura é outra. Consiste em, fixado o texto, os Estados


contraentes ficarem adstritos, por imperativo de boa fé, a abster-se de actos (ou omissões) que
privem o tratado do seu objecto ou do seu fim.25

A assinatura não significa ainda a vinculação do Estado ao tratado, mas nem por isso deixa de
gerar uma multiplicidade de efeitos jurídicos, dos quais cabe assinalar os seguintes:

a) Exprime o acordo formal dos plenipotenciários quanto ao texto do tratado;


b) Produz para o Estado signatário o direito de ractificar o tratado;

21
PEREIRA, André Gonçalves, e QUADROS, de Fausto, Manual de Direito Internacional Público..., Ob. Cit, p.
189.
22
Idem, p. 189.
23
BRITO, Wladimir, Direito Internacional Público..., Ob. Cit, p. 157.
24
Idem, p. 195.
25
MIRANDA, Jorge, Curso de Direito Internacional Público...,Ob. Cit, p. 69.
7
c) Faz surgir o dever para os Estados signatários de se absterem de acções ou omissões que
privem o tratado do seu objecto ou do seu fim. Trata-se, no fundo, de um imperativo do
princípio da boa fé e encontra-se cpoonsagrado no art. 18 da CV.
d) Autentica o texto, que fica definitivamente fixado, conforme dispõe o art. 10, al.b da CV.
e) Marca a data e o local da celebração do tratado, uma vez que a ractificação vai ser feita
posteriormente em datas diferentes por cada um doos Estados.26

3. Aprovação e ratificação

A ratificação é um acto político ou de governo, portanto, insindicável pelos tribunais


administrativos. É, também, um acto livre, salvo a hipótese, aliás rara, de o dever de ratificar derivar
de um tratado anteriormente concluído.27 O texto tratado após a assinatura não é ainda obrigatório
nem vinculante para os Estados contratantes. Após a assinatura, o texto é apenas um projecto de
tratado com o qual, normalmente, se concluem as negociações e que deve ser aceite ou recusado
pelos Estados nos seus exactos termos, isto é, sem nele introduzir modificações. Torna-se assim
necessário ractificá-lo para que o projecto se transforme em tratado e este passe a ser obrigatório
para o Estado ou os Estados que o aprovaram, ractificando-o, tarefa que compete exclusivamente
aos órgãos internos dos Estados constitucionalmente competentes para o efeito.28

A vinculação ao texto do tratado internacional é a terceira fase no procedimento destinado


à sua conclusão, sendo porventura o momento mais relevante, ao nele o sujeito internacional
expremir a sua vontade de ficar obrigado pelas cláusulas que constam do respectivo articulado. No
plano do Direito Internacional, é curioso verificar que do facto de um Estado ter aceite encerrar as
negociações, com adopção do texto, não decorre qualquer obrigação de se vincular no futuro,
inversamente derivando mesmo um direito de o fazer através de um acto posteriori e que pode
nunca vir a praticar: o acto de vinculação internacional.29

26
PEREIRA, André Gonçalves, e QUADROS, de Fausto, Manual de Direito Internacional Público..., Ob. Cit. p.
196.
27
Idem, p.197.
28
BRITO, Wladimir, Direito Internacional Público..., Ob. Cit, p. 160.
29
GOUVEIA, Jorge Bacelar, Manual de Direito Internacional Público,...Ob. Cit, p.253.
8
A sua razão de ser parece óbvia: se o Estado se empenhou tanto na condução das negociações, que
atingiram a maturidade da adopção de um texto, é natural que depois tenha a possibilidade de
beneficiar da conjugação dos interesses que nele se plasmaram, obrigando-se ao respectivo texto.30

Quando prevista, a ractificação nunca é um acto obrigatório para quem tenha de a emitir. É
sempre um acto livre. Era um acto livre na Monarquia absoluta, por ser com ela que se manifestava
a vontade soberana do príncipe. E é um acto livre nas formas de governos posteriores, por envolver
o exercio de um poder próprio que acresce ao exercício dos poderes próprios dos órgãos de
negociação e de aprovação; um acto internacionalmente livre quanto ao tempo e a forma.31

O tratado assinado de antemão vale apenas como projecto de tratado. O único efeito jurídico
da assinatura é encerrar as negociações e colocar os Estados na situação de só poderem recusar ou
aceitar o texto, tal como foi assinado, vendando-lhes, portanto, a possibilidade de lhe introduzirem
alteerações. O texto só se torna obrigatório depois de solenemente aprovado, segundo os trâmites
do Direito interno de cada Estado, pelos órgão estaduais para esse fim competentes.32

3.1 Fase da entrada em vigor

A entrada em vigor é a quarta fase da elaboração dos tratados internacionais e implica que
os eefeitos jurídicos determinados nos respectivos articulados possam tornar-se eficazes, no
pressuposto de que já eram vinculativos para as partes. A dissociação entre a vinculaão sobre a
produção de efeitos, ao contrário de que sucede nos actos estaduais, tem uma outra motivação: a
de estabelecer uma plataforma comum, para que a entrada em vigor aconteça uniformemente para
todas as partes. Ou, pelo menos, para um seu apreciável conjunto. Utilizando a dogmática do
Direito Constitucional, que é aqui pertinente, ocorre a passagem de um momento de existencia e
de validade a um momento de eficácia dos Tratados concluídos.33

30
GOUVEIA, Jorge Bacelar, Manual de Direito Internacional Público..., Ob. Cit, p.253..
31
MIRANDA, Jorge, Curso de Direito Internacional Público...,Ob. Cit, p. 70.
32
CUNHA, Joaquim da Silva e PEREIRA, Maria da Assunção do Vale, Manual de Direito Internacional Público,
Livraria Almedina, Porto, 2000, pp. 228-229.
33
GOUVEIA, Jorge Bacelar, Manual de Direito Internacional Público, 4a ed, Livraria Almedina, Coimbra, 2013.pp.
239-240.
9
3.2 Órgãos competentes para a ractificação

É no Direito Interno de cada membro da sociedade internacional que se define a competencia


dos respectivos órgãos para ractificar tratados e se estabelecem as regras a que deve subordinar-se
o seu exercício. A este princípio não é, portanto, possível fazer mais do que apurar os principais
sistemas adoptados nas várias ordens jurídicas internas.34

Para além do que disponha qualquer tratado em concreto (art. 14 da Convenção de Viena), é o
Direito Interno de cada Estado que estabelece qual forma solene, simplificada, ultra-simplificada
que os tratados podem ou não assumir; e é também ele que determina qual dos órgãos competentes
para a vinculão internacional do Estado e o os respectivos tipos de actos. Estes órgãos e estes actos
situam-se no domínio da função política e, por isso, as normas de Direito Interno que os regem são,
naturalmente, normas de Direito Constitucional.35

O Direito interno de cada Estado tem o principal papel de procurar órgãos competentes para a
ractificação dos tratados, posto que é normalmente, o direito constitucional de cada Estado que
define, para o efeito, a competencia dos órgãos e estabelece as normas processuais a seguir. É
evidente que não nos é possível estudar aqui o Direito interno dos inúmeros Estados que constituem
a comunidade internacional para averiguá-lo qual ou quais os órgãos competentes para a ractificar
os tratados, contudo, podemos afirmar que os sistemas constitucionais adoptados nos vários países
atribuem, normalmente, competencias aos seguintes órgãos:

• Executivo: que tanto pode ser o Presidente da República como o Governo;


• Parlamento.
• Executivo e Parlamento. Aqui há uma divisão de competencias.36

3.3 As reservas dos Trarados

A reserva é um acto formal unilateral praticado por um Estado parte num tratado no
momento em que exprime o seu consentimento, em que declara que exclui ou modifica o efeito
jurídico de certas disposições dp Tratado. Esta declaração é feita com o objectivo de excluir a

34
CUNHA, Joaquim da Silva e PEREIRA, Maria da Assunção do Vale, Manual de Direito Internacional
Público...,Ob. Cit, p. 229.
35
MIRANDA, Jorge, Curso de Direito Internacional Público...,Ob. Cit, p. 71.
36
BRITO, Wladimir, Direito Internacional Público..., Ob. Cit, p. 165.
10
aplicação ao Estado que a faz de uma dada disposição do Tratado, ou de modificar ou atribuir um
dado sentido a uma disposição.37

Temos Estado a referir-nos a vinculação aos tratados, na pressuposição de que o Estado se


vai obrigar pelo texto integral que foi adoptado. No entanto, na prática ninternacional, existe uma
outra possibilidade, aliás sufragada pela doutrina e pela jurisprudencia. Ou seja, pode um Tratado
colectivo definir um determinado regime jurídico, mas permitir aos interessados que o não
apliquem integralmente. É o sistema denominado das reservas, que tem a vantagem de facilitar a
vinculaão dos Estados aos Tratados.38

Nas reservas há dois interesses contraditórios em presença. O primeiro é a extensão da


Convenção: deseja-se que ela valha para o maior número possível de Estados e, assim, tende-se a
aceitar os arranjos que permitamobter a sua participação. O segundo é a integridade da Convenção:
as mesmas regras devem, tanto quanto possível, valer para todas as partes, sem lacunas nem
excepções.39

Chama-se reserva a declaração feita por um Estado no momento da sua vinculação a uma
Convenção, da sua vontade de eximir a certas obrigações dela resultantes ou de definir o
entendimento que dá a certas ou a todas, dessas obrigações.40 A posição tradicional do Direito
Internacional ia no sentido de se recusar a possibilidade de introdução de reservas nos Tratados
sempre que com isso ficasse afectada a integridade das regras substanciais ou de fundo do Tratado.
A isso acrescia que a aceitação de reservas aos Tratados significava a limitação da soberania dos
outros Estados partes no Tratado.41 A aceitação das reservas pode ser tácita. A reserva será tida por
aceite por um Estado se este não tiver objectado a reserva no ano seguinte a sua notificação, nem
no momento em que tiver expresso o seu consentimento a vincular-se pelo Tratado, se o fez
posteriormente.42

37
BRITO, Wladimir, Direito Internacional Público..., Ob. Cit, p. 172.
38
CUNHA, Joaquim da Silva e PEREIRA, Maria da Assunção do Vale, Manual de Direito Internacional
Público...,Ob. Cit, p. 235.
39
MIRANDA, Jorge, Curso de Direito Internacional Público...,Ob. Cit, p. 74.
40
PEREIRA, André Gonçalves, e QUADROS, de Fausto, Manual de Direito Internacional Público..., Ob. Cit.p. 231.
41
Idem, p. 232.
42
MIRANDA, Jorge, Curso de Direito Internacional Público...,Ob. Cit, p. 77.
11
3.4 O depósito, o Registo e publicação dos Tratados

O depósito dos instrumentos que exprimem o consentimento dos Estados é importante para
se determinar a data da entrada em vigor dos Tratados multilaterais, data que pode não ser uma
única. Já que o depósito e o registo são duas condições processuais indispensáveis para que o
Tratado possa entrar em vigor na ordem jurídica Internacional.43

O registo é uma formalidade essencial para que o Tratado possa ser verdadeiramente eficaz
perante os órgãos da ONU e tem como objectivo, juntamente com a publicação, dar publicidade ao
Tratado e de facilitar ʺa fiscalização das negociações diplomáticas pela opinião pública, evitando
assim a prática de Tratados secretos, considerados perigosos para a Pazʺ.44

O Pacto da Sociedade das Nações estabelecia no seu artigo 18o. A obrigatoriedade do


registo dos Tratados, consagrando como sanção para a sua falta a absoluta ineficácia do Tratado.
Com s Carta das Nações Unidas o registo deixou de ser obrigatório, embora no no. 1 do artigo
102o. Se consagre o dever jurídico de registar todos os Tratados celebrados pelos membros das
Nações Unidas e se estabeleça como sanção para o imcumprimento a iniponibilidade do Tratado
não registado aos Terceiros Estados, mesmo que não sejam membros da ONU e aos órgãos desta
Organização Internacional, incluindo obviamente o Tribunal Internacional Justiça.45
Historicamente, os tratados secretos revelaram-se sempre perigosos para a paz e para a segurança
colectiva, e são inadmissíveis em forma de governo democrático. Por isso, e para maior certeza nas
relações internacionais, consagra-se a regra do registo dos tratados.46

O processo de elaboração dos tratados, na ordem jurídica internacional, considera-se,


portanto, concluído com a formação do mútuo consenso, ou acordo, dos Estados contraentes por
qualquer das formas expostas. Estas formalidades têm por fim dar publicidade aos tratados, na
sociedade internacional, facilitanto a fiscalização das negociações diplomáticas pela opinião
pública, evitando assim a prática de tratados secretos, considerados perigosos para a Paz.47 Em
virtude geral, todos os tratados e todos os acordos internacionais concluídos por qualquer membro

43
BRITO, Wladimir, Direito Internacional Público..., Ob. Cit, p. 181.
44
Idem, p. 181.
45
Idem, p. 181.
46
MIRANDA, Jorge, Curso de Direito Internacional Público...,Ob. Cit, p. 78.
47
CUNHA, Joaquim da Silva e PEREIRA, Maria da Assunção do Vale, Manual de Direito Internacional
Público...,Ob. Cit, p. 245.
12
das Nações Unidas depois da entrada em vigor da presente Carta devrão, dentro do mais breve
prazo possível, ser registados e publicados pelo Secretariado.48

No final do século passado, com a criação das primeiras organizações internacionais de


natureza universal, cria-se e alarga-se o interresse pela publicação dos tratados, chegando mesmo
o Instituto de Direito Internacional a recomendar a criação de uma União responsável pela
publicação de uma recolha internacional de tratados. Com a Sociedade das Nações, art. 18 o. do
Pacto e com a Organização das Nações Unidas, art. 102o. da Carta, a publicação dos tratados
surge como um complemento indispensável do registo e tem o mesmo objectivo evitar os
tratados secretos.49

4. Efeitos dos Tratados perante Terceiros

O postulado básico quanto aos efeitos dos Tratados é o da relatividade: Pacto tertiis nec
nocent nec prosunt. Um tratado não constitui nem direitos, nem deveres para o Estado que não seja
parte, a não ser com o seu consentimento (art. 34o. da Convenção de Viena).50 No caso de deveres,
é necessário que o terceiro Estado os aceite expressamente e por escrito (art. 35o.). Ao invés, no
caso de direitos, presume-se o consentimento enquanto não haja indicações em contrário, a menos
que o tratado disponha diversamente (art. 36o.). Os tratados abertos são, por definição, tratados que
conferem direitos a terceiros (o direito de aderir ou de se tornar parte supervinientemente).51

Constituído o dever ou o direito, a sua modificação ou revogação dependerá, doravante, do


consentimento das partes e do terceiro Estado, salvo se se tiver estabelecido ou se puder concluir
diversamente (art. 37o.). Poderá haver então também como que um tratado lateral ou acessório.
Problema diverso do da eficácia perante terceiros é o da oponibilidade dos tratados erga omnes ou
da eficácia externa dos tratados: todos os Estados devem respeitar os tratdos concluídos por outros
Estados e não interferir na sua execução.52 Em regra os tratados internacionais não produzem
efeitos perante terceiros. Todavia, em casos excepcionais o tratado pode produzir efeitos na esfera
jurídica de terceiros, ainda que só com o consentimento destes, é o que se encontra disposto no art.

48
CUNHA, Joaquim da Silva e PEREIRA, Maria da Assunção do Vale, Manual de Direito Internacional
Público...,Ob. Cit, p. 245.p. 245.
49
BRITO, Wladimir, Direito Internacional Público..., Ob. Cit, pp. 182-183.
50
MIRANDA, Jorge, Curso de Direito Internacional Público...,Ob. Cit, p. 79.
51
Idem, p. 79.
52
MIRANDA, Jorge, Curso de Direito Internacional Público...,Ob. Cit, p. 80.
13
34o. da CV: ʺUm tratado não cria nem obrigações nem direitos para um terceiro Estado sem o
consentimento desteʺ. O que pode variar é a forma do consentimento do terceiro Estado.
Compreende-se que, enquanto o artigo 36o., não obstante exigir, à partida, o consentimento
expresso, permite a presunção juris tantum deste consentimento quando se trata da atribuição de
direitos a terceiros, o artigo 35o. impõe, para a criação de uma obrigação para o terceiro Estado,
que o consentimento deste revista necessariamente a forma não só expressa mas também escrita.
Mas sempre o consentimento do terceiro, real ou presumido, é imprescindível.53

Deste modo, a produção de tal efeito, depende do consentimento dos terceiros, podendo até
considerar-se que estes efeitos emergem não do tratado mas do acordo bilateral, inominado, entre
o terceiro e os Estados partes num tratado, chamado por alguns acordo Colateral.54

4.1 Modificação e Cessação dos Tratados

Questões atinenetes a subsistencia ou a modificação de acordo de vontades aparecem em


todos os ordenamentos, em função de grandes princípios comuns e dos valores e interesses em
presença. No tocante aos tratados, há a considerar, naturalmente, as condições específicas derivadas
da estrutura da sociedade internacional e de fortíssimo peso de factores políticos conjunturais.55

O tema de revisão dos tratados internacionais esteve, por tanto, presente com toda a nitidez
muito antes da Convenção de Viena de 1969. Aliás, o Pacto da Sociedade das Nações tinha um
preceito através do qual se procurava descarregar algumas das tensões políticas suscitadas pelos
tratados celebrados em determinadas circunstâncias: a Assembleia podia, de tempos a tempos,
convidar os Estados-membros a procederem a novo exame dos tratados em vigor (art. 19o.). Antes
de 1945, de harmonia com as concepções dominantes e com os princípios mais gerais ou clássicos
de Direito, qualquer tratado só poderia ser modificado de acordo com a vontade de todos os Estados
que o tivessem estipulado. Feito um tratado, ele só poderia ser modificado com o consentimento
de todos os Estados-partes.56

53
PEREIRA, André Gonçalves, e QUADROS, de Fausto, Manual de Direito Internacional Público..., Ob. Cit. P.
246.
54
Idem, p. 246.
55
MIRANDA, Jorge, Curso de Direito Internacional Público...,Ob. Cit, p. 82.
56
Idem, p. 83.
14
Porém, quando as relações internacionais se tornam cada vez mais multilaterais e quando
tendem a institucionalizar-se, exigir o acordo de todas as partes para que este ou aquele tratado
multilateral pudesse ser modificado seria criar uma excessiva rigidez e, no limite, paralisar o
desenvolvimento do Direito Internacional. Daí, vir a admitir-se a possibilidade de modificação de
tratados multilaterais, não por unanimidadem, mas por maiorias agravadas, e entendendo-se que os
Estados não partes nos tratados de revisão também não ficam obrigados às cláusulas dela
decorrentes. As soluções nesta matéria são paralelas as adoptadas no domínio das reservas, estas,
ao fim e ao resto, também modificações de tratados, mas originárias e somente quanto a algum ou
alguns Estados contratantes. A diferença reside em que, através das revisões de tratados, não só se
modificam como podem ser aditados ou suprimidas disposições, ao passo que nas reservas não se
procede senão a modificações.57

4.2 Validade e Invalidade dos tratados

A principal força do actual Direito dos tratados, no domínio da validade e da invalidade, é


a salvaguarda, tanto quanto possível, da subsistencia dos tratados. Daí quatro regras básicas:

a) A validade de um tratado ou do consentimento de um Estado a ficar vinculado por um


tratado só pode ser contestada por aplicação da Convenção de Viena (art. 42o. no. 1), ao
passo que a extinção, a denúncia ou recesso podem dar-se também de harmonia com a
disposição do próprio tratado (art. 43o., no 2);
b) A anulabilidade de um tratado (bem como a sua extinção, a sua denúncia, o recesso de uma
das partes ou a sua suspensão), contanto que decorra da aplicação da Convenção ou da
disposição de um tratado, não afecta o dever do Estado de cumprir todas as obrigações
constantes do tratado as quais está adstrito em virtude do Direito Internacional
independentemente do tratado (art. 43o.);58
c) Em princípio, uma causa da nulidade de um tratado (bem como de extinção, de recesso ou
de supensão de aplicação) somente pode ser invocada em relação ao conjunto do tratado
(art. 44o., no 2);
d) Um Estado não pode alegar uma causa de nulidadede um tratado (ou um motivo para lhe
pôr fi ou para dele deixar de ser parte ou para suspender a sua aplicação) quando, depois de

57
MIRANDA, Jorge, Curso de Direito Internacional Público...,Ob. Cit, p. 83.
58
Idem, p. 88.
15
haver tomado conhecimento dos factos, esse Estado tiver aceitado expressamente
considerar que o tratado era válido ou quando, em razão do seu comportamento, dever
considerar-se como tendo aceitado a validade do tratado (art. 45o.).59

A primeira regra flui da função conformadora da Convenção de Viena. A segunda é uma regra
de coordenação do Direito Internacional convencional e do Direito Internacional Comum. A
terceira é uma regra de indivisibilideade, não obstante se admitir a redução. A quarta regra liga-
se a ideia, de origem inglesa, do estoppel (uma parte que aceita um facto não pode alegar a sua
invalidade); ou, doutra perspectiva, a ideia de que ninguém pode venir contra factum
proprium.60

E sendo que os tratados no final são de carácter diplomático, estes vigoram em cada Estado de
forma interina e é necessário que esta lei-mãe, a Constituição, de cada país emane sobre tal
maneira sobre o assunto. O nosso país não foge a regra e dispõe sobre o assunto no art. 18o. da
Constituição, vejamos.61

59
MIRANDA, Jorge, Curso de Direito Internacional Público...,Ob. Cit, p. 89.
60
Idem, p. 89.
61
Cfr. Artigo. 18 da Lei no 1 da revisão de 2018 de 12 de Junho, in Boletim da República.
16
5. Conclusão

Os tratados internacionais são instrumentos necessários para o estabelecimento do equilíbrio


entre as nações, sempre dependente da harmonia de expectativas. A existência de conflitos e
necessidade de solução de controvérsias é parte inseparável das relações entre os países, da mesma
forma que acontece no convívio entre as pessoas. Por esse motivo, entende-se que, desde os tempos
mais remotos da história humana, os povos criaram estruturas análogas aos modernos sistemas de
relações exteriores para comercializar bens, edificar obras ou terminar guerras. Com o propósito
de defender os elementos essenciais para a compreensão e equilíbrio entre as nações, a existência
dos tratados internacionais tem sido mencionada por diversos autores durante a história.

E estes surgiram baseados no direito consuetudinário, estabelecendo acordos entre as partes


envolvidas no respectivo tratado, sendo que inicialmente os tratados eram celebrados sempre entre
duas partes, ou seja, apenas de forma bilateral, comprometendo apenas as partes celebrantes. O que
podemos perceber é que estes têm estado a evoluir, acompanhando a evolução do mundo em todas
as suas tangentes. Possuem como função principal ordenar o entendimento entre as partes
envolvidas, a fim de equilibrar o atendimento às demandas de cada povo ou nação. Conforme
escreveu o Jurista francês Charles Rousseau em sua obra Direito Internacional Público, “o tratado
internacional impõe uma regra de conduta obrigatória para os Estados signatários”. Essa
capacidade de imposição define o papel que os tratados internacionais representam no conjunto das
leis que regem os países.

Necessário frisar que estes quando elaborados, dispoem de toda cautela no que concerne ao
respeito da lei-mãe de cada Estado, neste caso, a Constituição. E quando ractificados pelo país
membro, este tratado deve ser respeitado, mesmo que seja de carácter internacional.

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6. Referências Bibliográficas

Legislação:

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Lei no 1 da revisão de 2018 de 12 de Junho,


Constituição da República. in Boletim da República, I Série.

Doutrina:

BRITO, Wladimir, Direito Internacional Público, 2ª ed. Coimbra editora, Coimbra, 2014.

CUNHA, Joaquim da Silva e PEREIRA, Maria da Assunção do Vale, Manual de Direito


Internacional Público, Livraria Almedina, Porto, 2000.

GOUVEIA, Jorge Bacelar, Manual de Direito Internacional Público, 3a ed, Livraria


Almedina, Coimbra, 2010.

GOUVEIA, Jorge Bacelar, Manual de Direito Internacional Público, 4a ed, Livraria


Almedina, Coimbra, 2013.

MACHADO, Jónatas, E. M., Direito Internacional, 4a ed, Coimbra Editora, Coimbra,


2013.

MIRANDA, Jorge, Curso de Direito Internacional Público, 4a ed. Principia, Cascais,


2009.

PEREIRA, André Gonçalves, e QUADROS, de Fausto, Manual de Direito Internacional


Público, 3a ed, Livraria Almedina, Lisboa, 2015.

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