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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS – CCSA


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO E ESTRATÉGIA EMPRESARIAL – PPGDEE

LISTA DE EXERCÍCIOS – CAPÍTULO 01 - VARIAN

Aluna: Sarah Dantas Rabelo Mota.


Disciplina: Microeconomia.

1) Suponhamos que haja 25 pessoas com preço de reserva de $ 500 e que a 26ª pessoa tem o
preço de reserva de $ 200. Qual será a aparência da curva de demanda?

R: Nesse caso, o gráfico se manterá constante até a 25° pessoa que apresenta um preço de
reserva de US$ 500. Depois disso, apresenta um declínio, já que a 26° pessoa apresenta um
preço de reserva abaixo de US$ 500.

2) No exemplo anterior, qual seria o preço de equilíbrio caso houvesse 24 apartamentos para
alugar? E se houvesse 26 apartamentos para alugar? E se houvesse 25 apartamentos?

R: Caso exista para locação 24 apartamentos, com uma demanda de 26 apartamentos, o preço
de equilíbrio permaneceria o mesmo, já que 25 pessoas no mercado possuem o preço de reserva
de $500 (24 dispostos a pagar esse valor). Se houver 25 apartamentos, com a mesma de manda
de 26, o preço de equilíbrio figuraria entre $200 e $500. Já no caso de oferta de 26
apartamentos, com demanda equivalente, haveria diminuição no preço para o preço de reserva
$200 (não é mais constante).

3) Se as pessoas possuem preços de reserva distintos, porque a curva de demanda de mercado


tem inclinação negativa?

R: A inclinação da curva de demanda é negativa porque, ceteris paribus, o consumidor


responde a uma queda nos preços com uma maior quantidade demandada; e a um aumento nos
preços com a diminuição da quantidade demandada. No caso específico dos apartamentos, o
preço de reserva aumentará na medida em que o preço pedido pelo aluguel desses apartamentos
reduza.
4) No texto, partimos do pressuposto de que os compradores de apartamentos eram pessoas
do círculo interno, isto é, as que já alugavam os apartamentos. O que aconteceria com o
preço dos apartamentos do círculo interno se todos os compradores fossem do círculo
externo; ou seja, pessoas que não eram locatárias de apartamento do círculo interno?

R: Caso todos os compradores de apartamentos do círculo interno fossem do círculo externo,


não sendo, portanto, locatários do círculo interno, aumentar-se-ia o preço de equilíbrio dos
apartamentos localizados no círculo interno. Isso acontece porque, nesse caso, a oferta por
apartamentos reduz, mas a demanda permanece constante.

5) Suponhamos agora que todos os compradores de apartamentos sejam pessoas do círculo


interno, mas que cada apartamento vendido tenha sido construído a partir de dois
apartamentos de aluguel. O que acontecerá com preço de locação dos apartamentos?

R: Nesse caso haverá diminuição na oferta de apartamento para os locatários, com a demanda
mantida constante. Assim, o preço dos alugueis aumentará.

6) Em sua opinião, qual será o efeito de um imposto sobre o número de apartamentos a serem
construídos no longo prazo?

R: No longo prazo, a taxação adicional sobre a construção de apartamentos pode afetar a curva
de oferta, que será deslocada para esquerda (diminuição da oferta; maiores custos de produção).
Pode, também, aumentar o preço final do apartamento, já que o valor adicional do imposto
seria repassado para o locatário/comprador. Nesse caso, a demanda por apartamentos
diminuiria no longo prazo.

7) Suponhamos que a curva de demanda seja D (P) = 100 – 2. Que preço monopolista fixaria
se ele tivesse 60 apartamentos? Quantos ele alugaria? Que preço ele fixaria se tivesse 40
apartamentos? Quantos ele alugaria?

R: O monopolista visa maximizar sua Receita Total (RT). Para isso, deve-se calcular a Receita
Total (onde RT = Q x P) e a derivada da Receita Total (d’RT), que demonstrará em qual
situação de preço cobrado e quantidade ofertada o monopolista conseguirá auferir maiores
ganhos.

Sendo assim,

D (P) = 100 – 2P => P = 100 – D / 2

RT = (100 – 2P) x P => RT = 100P – 2P² => d’(RT) = 100 – 4P


 Igualando a derivada da RT a 0:
100 – 4P = 0 => 100 = 4P => P = 25
 De outra maneira, considerando a oferta de 60 apartamentos:
60 = 100 – 2P => 50 = 2P => P = 25
 Substituindo P na equação original:
Q = 100 – 2P => Q = 100 – 2 (25) => Q = 50
 Receita Total:
RT = 50 x 25 = $1250

O monopolista alugará 50 apartamentos à $25, pois essa é a condição que maximiza sua
Receita Total ($1.250). Caso possua apenas 40 apartamentos disponíveis para locação, ofertará
ao maior preço possível, que é $30 (substituição na equação de demanda), já que possui a
quantidade de apartamentos inferior àquela necessária para maximização de sua Receita Total.

8) Se nosso modelo de controle de alugueis possibilitasse a sublocação irrestrita, quem


acabaria por obter os apartamentos do círculo interior? O resultado seria eficiente no
sentido de Pareto?

R: Caso houvesse possibilidade de sublocação irrestrita dos apartamentos, as pessoas que


possuírem preço de reserva superior ao preço de equilíbrio conseguirão obter os apartamentos
do círculo interno. O resultado seria eficiente no sentido de Pareto.
Princípio 1 (É necessário fazes escolhas porque os recursos são escassos) – Não é possível ter
tudo que se quer. Ou você opta por pagar mais e ter garantia da sua preferência ou arrisca ficar
sem a sua opção preferida a fim de conseguir melhores preços.

Princípio 2 (O custo real de algo é seu custo de oportunidade) – O consumidor pode optar por
pagar menores preços, desde que esteja disposto a esperar para fazer a reserva da sua viagem.
Dessa forma, o custo de oportunidade é exatamente igual ao tempo que deverá esperar para
fazer sua compra, correndo risco de não conseguir efetuá-la (ou, pelo menos, não da forma
como desejaria).
Princípio 3 (“Quanto” é uma decisão na margem) – Sob a perspectiva do consumidor, esperar
mais tempo para decidir envolve benefícios (pagar menores preços) e custos (abrir mão de
algumas preferências e/ou arriscar não conseguir efetuar a reserva). Sob a perspectiva do
empresário, da mesma forma, envolve benefícios (conseguir ocupar a capacidade que antes
estava ociosa, ainda que a preços mais baixos) e custos (talvez alguns clientes comprariam de
qualquer forma antecipadamente, pagando mais caro; mas, devido à possibilidade de reduzir
seus gastos, opta por esperar).

Princípio 4 (As pessoas geralmente respondem a incentivos, explorando oportunidades de


melhorar a situação) – Diante da crescente concorrência no ramo, a PRICELINE.COM
diagnosticou que precisava rever seu mercado. Assim, percebeu que o mercado Europeu era
pouco explorado e tinha grande potencial. Aproveitaram, então, a oportunidade, respondendo
ao incentivo do mercado.
Princípio 5 (Há ganhos do comércio) – A PRICELINE.COM, após diagnosticar qual era seu
nicho de mercado, o europeu, com pequenos hotéis, especializou-se nele. Conseguiu, então,
obter maiores lucros a partir da maior eficiência.

Princípio 6 (Os mercados caminham para o equilíbrio): Visando menores custos, há pessoas
que estão mais propensas ao risco de não conseguir efetuar sua reserva de acordo com suas
preferências. O mercado caminha em direção ao equilíbrio; e, a partir dele, os consumidores
conseguem pautar suas decisões. Elas esperarão até determinado ponto, onde não haverá maior
redução no preço nem maior variedade na oferta de serviços. A PRICELINE.COM tem seu
sucesso na capacidade de prospectar oportunidades exploráveis para seus clientes.

Princípio 7 (Os recursos devem ser usados de forma eficiente para atingir os objetivos da
sociedade): A PRICELINE.COM conseguiu solucionar, além do seu próprio problema, o
problema dos consumidores e das empresas que ofertam serviços hoteleiro-aéreos e de turismo.
Ao cobrar uma pequena taxa por facilitar o processo, resolve o seu problema de dificuldades
financeiras, quando não conseguia se firmar no mercado. Ao realizar parcerias com as
prestadoras de serviços, conseguiu aumentar a demanda para esses serviços, que operavam com
capacidade ociosa, melhorando, também, a situação das mesmas. Isso tudo se deu com
melhores preços ao consumidor.

Princípio 8 (Os mercados geralmente levam à eficiência) – Há uma lista de desejos de clientes e
empresas. A PRICELINE.COM identificou o problema e o resolveu através de maior
eficiência: informação mais precisa que beneficia todos os lados (empresas com capacidade
ociosa; Priceline como facilitadora e o cliente que tem possibilidade de pagar menos). A
Priceline (mercado) conseguiu ajustar a oferta e demanda nesse mercado específico, sem
precisar de interferência estatal. Vale ressaltar que o mesmo não ocorreu com empresas aéreas.

Princípio 9 (Quando os mercados não alcançam a eficiência, a intervenção governamental pode


melhorar o bem-estar da sociedade) – A partir do atentado terrorista de 11 de setembro de 2011,
houve uma queda vertiginosa na demanda por passagens aéreas. O setor, então, entrou em crise,
perdendo bilhões de dólares. O Congresso americano, então, interveio através de empréstimos
para evitar que houvesse um colapso no setor; o que impactaria diretamente na economia e,
portanto, na sociedade americana como um todo.
Princípio 10 (O gasto de uma pessoa é a renda de outra pessoa) – As medidas e os
investimentos feitos pela PRICELINE.COM permitiram que ela se estabilizasse no mercado e,
posteriormente, começasse a crescer e auferir lucros cada vez maiores. A empresa, porém, não
ganhou sozinha, já que conseguiu formatar um novo modelo que ajudou na recuperação de
várias outras empresas, revolucionando a indústria de viagens.

Princípio 11 (O gasto total, às vezes, fica fora de alinhamento com a capacidade produtiva da
economia) – Com a crise no setor aéreo em 2001, disparada pelo atentado terrorista aos Estados
Unidos à época, houve grande redução na demanda por viagens aéreas. Assim, as empresas do
setor trabalhavam com grande capacidade ociosa, amargando prejuízos cada vez maiores.
Nessa situação, a oferta de serviço foi muito superior à demanda por eles.

Princípio 12 (As políticas governamentais podem alterar os gastos) – Houve um grande gasto
governamental para recuperação e fomento do setor de companhias aéreas à época, visando
restabelecer as condições para manutenção dos serviços.

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