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Parte2
De maneira geral, sua etiopatogenia pode ser subdividida em Maior frequência em mulheres e entre a sexta e sétima
dois grandes grupos: década de vida.
Bradiarritmias intrínsecas
Bradiarritmias extrínsecas
Classe I Manifestações
INTRÍNSECA EXTRÍNSECA documentadas de
Degeneração Autonômico – síncope, pré-sincopes
Idiopática neuro-cardíaco, ou tontura espontânea,
Doença de Lenègre vasovagal, irreversível ou
hipersensibilidade relacionada a fármacos
do seio carotídeo insubstituíveis
Infarto/ isquemia Drogas –
betabloqueador,
~2~
Sintomas
relacionados
de IC
a
Bradicardia sinusal
bradicardia
Incompetência Pode ser fisiológica – condicionamento físico de atletas – ou
cronotrópica maléficas – ex.: usi excessivo de drogas bradicardizantes /
sintomática
Classe IIa Manifestações não doença de degeneração do sistema de condução/
documentadas de coronariopatias/ vagotomias entre outras.
síncope, pré-sincope ou
tonturas, espontâneas, Nota-se ao ECG:
irreversíveis ou
relacionadas a fármacos
insubstituíveis Onda P sinusal positiva em DI e aVF
Síncope sem causa Aumento do intervalo RR (redução da FC)
aparente associada a DNS
documentada ao EEF
Classe IIb IC, angina ou
taquiarritmia
desencadeas ou
agravadas por bradi
sinusal
FC crônica < 40 bpm em
oligossintomáticos
Classe III Disfunção do nó sinusal
em assintomáticos
DNS secundária a
medicação não
necessária ou
substituível
Bloqueios sinoatriais
Hipersensibilidade do seio
Geralmente relacionados a uma doença degenerativa do nó
carotídeo
sinusal (destruição das células P marca-passo) ou da sua
Há síncope ou pré-síncope como resposta reflexa junção à parede atrial → gera pausas sinusais, com ou sem
exacerbada à estimulação do seio carotídeo. Se manifesta escapes. Pode ser:
em movimentos bruscos da cabeça. BSA tipo I de Wenckebach: redução progressiva do
Resposta pode ser cardioinibitória, vasodepressora ou intervalo PP até que há a pausa sinusal
mista.
Por si só não requer tratamento, mas pode estar associado Cada impulso atrial sucessivo encontra um retardo cada vez
ao aumento de risco de FA e necessidade subsequente de um mais longo até que um impulso geralmente falha (comum
marca-passo. terceiro ou quarto).
Bloqueio atrioventricular de
Nota-se ao ECG um alongamento progressivo do intervalo PR
segundo grau a cada batimento até que uma onda P não gera QRS. Após
esse bloqueio a sequencia se repete, sendo que o próximo
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Se proporção 2:1 – a cada batimento um é bloqueado – não Pode ser agudo ou crônico, contínuo ou intermitente, supra,
é possível determinar presença ou ausência de alargamento intra ou infra-hissiano (no nó ou mais abaixo)
do PR para definir se seria Mobitz I ou II.
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Contração ventricular
prematura x escape
ventricular
Ritmo de escape pode se assemelhar a um surto lente de
contração prematura venticular (CVPs) presente geralmente
em TV lenta.
Obs.: o ritmo de escape ventricular pode ser retardado – CVP – prematura – ocorre ANTES do próximo
onda P ativando átrio e sem atividade ventricular no ECG por batimento esperado → mesmo sendo uma TV lenta,
dois ou mais batimentos. Se houver mais de 4 batimentos com ainda é mais rápida do que o ritmo normal
ausência de atividade ventricular o paciente comumente Escape ventricular → nunca é prematuro, ocorre
apresenta um desmaio → episódios de Stokes-Adams – após pausa e é mais lento do que o ritmo normal.
geralmente indica marca-passo
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Obs.: É comum em pacientes com IAM e que receberam Obs.: Um mesmo paciente pode apresentar diferentes tipos de
superdose de medicação antiarrítmica um ritmo juncional BAV. Ademais, podem ser transitórios e ainda progredirem
acelerado – há dissociação AV por bloqueio alto no nó, mas (ex.: BAV de segundo grau → BAVT)
o estímulo do ventrículo é mais rápido do que o sinusal.
A despolarização ventricular
Causa comum de BAVT reversível → tratamento implica
corticoides,a ntibióticos e marca-passo temporário. Nó AV → feixe de His → ramo direito e esquerdo
(ventrículo direito e esquerdo respectivamente)
Largura do QRS
Configuração do QRS
Bloqueio de ramo e
repolarização
Nos bloqueios de ramo há alteração também da sequencia
de replarização.
Bloqueio de ramo esquerdo BRD: derivações precordiais direitas irão mostrar
depressão do ST e inversão da onda T (tal qual na
Há alteração da condução do ramo esquerdo →
hipertrofia ventricular)
despolarização ventricular esquerda retardada.
BRE: depressão de ST e inversão onda T nas
Ao ECG: derivações laterais esquerdas.
degenerativa do sistema de condução // doença isquêmica Obs.: em casos de distúrbios reversíveis ou emergência
das artérias coronárias por exemplo) pode-se usar marca-passo temporário.
Hemibloquio posterior
esquerdo: fascículo
posterior E bloqueado – BRD + Hemibloqueios
corrente flui pelo anterior
→ despolarização Pode ter concomitância do hemibloqueio com o bloqueio de
superior-inferior ramo direito → bloqueio bifascicular. No ECG nota-se
esquerda-direita → combinação das características de ambos.
eixo direcionado para baixo e direita → onda R
alta inferiormente e onda S profunda nas derivações
laterais esquerdas (oposto do anterior). O eixo é BRD:
desviado para direita
QRS mais lardo que 0,12s
Complexo QRS será negativo em D1 e
RSR’ em V1 e V2
positivo em aVF
Hemibloqueio anterior esquerdo
Desvio do eixo para esquerda entre -30 e
-90º
BRD
QRS > 0,12 s
RSR’ em V1 e V2
Hemibloqueio posterior esquerdo
Desvio para direita
sa
~ 10 ~
Bloqueios incompletos
Bloqueio que não atende a todos os critérios para BRD, BRE
ou bloqueios bifasciculares. Geralmente são de 2 tipos: Podem ser temporários ou permanentes e, quando bem
Retardo inerspecífico na condução intraventricular: indicados, alivia sintomas de DC inadequado e previne morte
alargamento QRS > 0,1 s sem os outros critérios súbita por bloqueio completo de condução ou taquiarritmias.
Bloquio incompleto de um ramo: traçado do ECG De maneira geral, são indicados em:
mostra aspecto de BRD ou BRE, mas duração do BAVT (terceiro grau)
QRS está entre 0,1 e 0,12s ( < 0,12) BAV de primeiro ou segundo grau ou bradicardia
Bradiarritmias estáveis
Dose inicial de 5-20 mcg/kg/min em infusão
Não há necessidade de tratamento imediato para continua
elevar FC Contraindicado se taquiarritmia ou feocromocitoma.
Manter paciente monitorado e avaliar ECG Não infundir com substancia alcalina
Em casos de BAV avançado, considerar marca-
passo transcutâneo
Pode ser passado À beira do leito com auxílio do ECG
Bradiarritmias instáveis endocavitário ou ecocardiograma ou fluoroscopia.
Monitorar paciente e obter acesso venoso central.
Para acesso pode-se usar veia jugular interna, subclávia, Há resposta com aumento da FC – bloqueio supra-
femoral e braquial, sendo a jugular interna direita a mais hissiano → benigno
recomendada (seguida pela subclávia E). Escolha deve Não há alteração da FC → bloqueio infra-hissiano
considerar fatores ligados ao paciente, experiencia do – verificar causa e pode ser necessário marca-
médico e rotina do serviço. passo
Ainda há disponível: