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Comunicação Empresarial

Manual

Formadora: Carla Costa

Outubro de 2022

Ativos Empregados
Objetivos da Aprendizagem:

• Conhecer as diferentes formas de comunicar numa organização.

• Elaborar os instrumentos de suporte aos diversos tipos de comunicação.

3. Âmbito dos Conteúdos

• Conceito de comunicação empresarial

• Tipologia de comunicação empresarial

- Interna

- Institucional

- Comercial

- Crise

- Financeira

• Instrumentos dos diferentes tipos de comunicação

- Comunicação interna

Reuniões

Briefing

Convocatória

Ata

Briefing

Circular

Memorando

Relatório

Jornal interno

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Relatório de contas / painel de bordo

- Comunicação Externa

Carta comercial

Fax comercial

E-mail

Telegrama

Newsletter

Press release

Dossier de apresentação

Vídeo institucional

Portfólio de produtos

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Conceito de comunicação

Comunicação é o processo pelo qual os seres humanos trocam entre si informações.

Nesta breve definição temos já implicitamente presentes os elementos nucleares do ato


comunicativo: o emissor, o recetor ("seres humanos") e a mensagem ("informações"). De facto,
em qualquer ato comunicativo encontramos alguém que procura transmitir a outrem uma dada
informação.

Além desses três elementos nucleares, é costume considerar outros três: o código, o canal e o
contexto. Nenhum ato comunicativo seria possível, na ausência de um qualquer desses
elementos.

 De facto, é necessária a intervenção de, pelo menos, dois indivíduos, um que emita,
outro que receba;
 Algo tem que ser transmitido pelo emissor ao recetor;
 Para que o emissor e o recetor comuniquem é necessário que esteja disponível um canal
de comunicação;
 A informação a transmitir tem que estar "traduzida" num código conhecido, quer pelo
emissor, quer pelo recetor;
 Finalmente todo o ato comunicativo se realiza num determinado contexto e é
determinado por esse contexto.

ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO:

 FONTE OU EMISSOR: É quem transmite a mensagem


 CÓDIGO: É conjunto de signos e suas regras de comunicação
 CANAL: É o meio físico, o veículo por meio do qual a mensagem é levada da fonte ao
recetor
 DECODIFICAÇÃO: É a compreensão da mensagem. A codificação, o entendimento.
 RECEPTOR: É quem recebe a mensagem. Pode ser uma máquina, um grupo de pessoas,
um animal. O fato de receber a mensagem não significa necessariamente em
compreendê-la.

1 – A COMUNICAÇÃO E OS SEUS ELEMENTOS

Conceito de comunicação

«O Homem é por si só um ser social”

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O modo como nos relacionamos com os outros, com maior ou menor eficácia no
relacionamento, depende do nosso poder e habilidade em comunicar. A comunicação é feita
através dos sentidos, que são como que a porta aberta para a perceção do que se passa à nossa
volta, através da utilização de signos linguísticos que são comuns.

A comunicação é o suporte de vida em sociedade, nenhum grupo poderia sobreviver se não


existisse uma troca de comunicações entre os seus elementos.

A palavra comunicar vem do latim “communis”, que significa “comum”, isto é, pôr em comum,
entrar em relação com.

A comunicação define-se como um processo através do qual duas ou mais pessoas se entendem,
consiste numa troca de ideias mútua, uma transmissão ou intercâmbio de pensamento, opiniões
ou informações através da escrita, da fala ou de símbolos.

Comunicar consiste em estabelecer uma relação de compreensão entre quem emite uma ideia
ou uma informação e quem a recebe. Sem compreensão, a comunicação tornar-se-ia imperfeita
e incompleta.

Portanto a primeira noção a ter em conta é que só há comunicação quando aquilo que é
comunicado tem um significado comum para os dois pólos: emissor e recetor.

Para se obter esse significado comum a uma ideia é necessário pô-la em termos compreensíveis
antes de a transmitir: é a codificação. Uma segunda noção a reter é que não se pode transmitir
uma ideia se não tivermos um meio (suporte).

Mas é necessário distinguir entre informação e comunicação.

Diferença entre comunicar e informar

Informar é um processo unilateral e irreversível; implica pôr alguém ao corrente de algo que
não conhece. Não permite retorno, e, por isso, gera subjetividade e perda de informação.

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Comunicar é bidirecional e interativo, ou seja, põe em relação dois ou vários pólos que trocam
informações, promovendo a reversibilidade de ideias e a objetividade.

A importância da comunicação numa organização

Ao longo dos tempos a comunicação tem sido um elemento fundamental para o relacionamento
entre os homens. Também na empresa a comunicação é um elemento vital e imprescindível,
aliás é a condição sem a qual não há vida social e vida empresarial. A comunicação vai permitir
que entre todos os seus membros se estabeleçam as relações indispensáveis ao bom
funcionamento da organização.

A ausência de comunicação significa não existir organização, gestão, cooperação, entre os


processos de trabalho. Por outro lado, a comunicação eficaz contribui decisivamente para o
sucesso da organização e gestão dos processos empresariais.

Os elementos da comunicação

Para que se estabeleça a comunicação é necessário a existência de vários elementos:

Emissor – é aquele que emite ou transmite a mensagem; é o ponto de partida de qualquer


mensagem.

Recetor – é aquele a quem se dirige a mensagem e entende o código do emissor (sintonizado),


para assim, entender a mensagem.

Mensagem – é a ideia, a informação a transmitir, é o conteúdo da comunicação. É o conjunto


de sinais com um significado. O emissor codifica a mensagem e o recetor interpreta a
mensagem, dá-lhe significado, descodificando-a.

Canal – é o” veículo” utilizado no transporte da mensagem e que assegura a ligação do emissor


e do recetor (a carta, o telefone, a rádio, a TV, etc.)

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Código – é o conjunto de sinais e regras que permitem transformar pensamentos em informação
capaz de ser entendida pelo recetor. Conjunto de signos com significado para os intervenientes
no processo comunicativo.

Para que a relação de compreensão exista é necessário que o código utilizado pelo emissor seja
conhecido do recetor. Se não conhecerem ambos a língua utilizada, a comunicação é dificultada
ou mesmo impossibilitada.

Ex: idiomas, a língua portuguesa, código morse, os sinais de trânsito, sinais sonoros, sinais de
fumo, a pintura.

Num processo de comunicação, as características do destinatário são fundamentais na escolha


do código e do canal a utilizar.

Ex: Não se pode exigir a um cego a descodificação de uma mensagem escrita, nem vai utilizar o
telefone para comunicar com um surdo.

Contexto - É o conjunto de relações entre o emissor e o recetor e ainda as circunstâncias de


lugar e tempo em que o ato de comunicar se desenrola.

Podemos esquematizar o processo de comunicação do seguinte modo:

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Feedback – consiste na mensagem de retorno que o recetor envia ao emissor. É a receção pelo
emissor das reações do recetor permitindo controlar se a mensagem foi recebida ou
interpretada corretamente e retificar de imediato imprecisões na ligação que estabeleceram.

Na comunicação oral direta (diálogo) é sempre possível o feedback. Na comunicação oral


indireta (telefone), tendo a mesma possibilidade de feedback já não dispõe do gesto como meio
complementar de comunicação.

Ruídos – Por último a questão dos ruídos, ou seja, tudo aquilo que poderá distorcer a mensagem
interferindo na comunicação. São interferências que impedem ou dificultam a efetividade da
comunicação.

Esses ruídos podem ser exteriores ou interiores ao processo de comunicação. Relativamente às


interferências externas, dificilmente o emissor e o recetor podem atuar no sentido de as
minimizar ou eliminar (o barulho do escape de um carro que passa, o corte de energia elétrica,
a mancha no ecrã da televisão, etc.).

Outras interferências (internas) podem estar relacionadas com os intervenientes (palavras mal
pronunciadas, erros ortográficos, entoação errada, utilização deficiente do código linguístico,
utilização de códigos diferentes.

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Linguagem verbal e não-verbal

O Homem tem várias formas de comunicar, isto é, pode utilizar a linguagem verbal, não-verbal
e mista.

Linguagem verbal – quando a comunicação é feita por meio e palavras. Esta pode ser escrita ou
oral.

Linguagem Verbal Oral Linguagem Verbal Escrita

Diálogo entre duas pessoas Livros

Rádio Cartazes

Televisão Revistas

Teatro Jornais

Telefone Cartas

Etc.,… Telegramas

Etc., …

Linguagem não-verbal – são as mensagens emitidas através de sinais sonoros e visuais. É através
deste tipo de comunicação que transmitimos muitas das nossas emoções e dos nossos
sentimentos. Apresenta um significado mais profundo e verdadeiro que a linguagem verbal.

Sinais sonoros Sinais visuais

Tambores Gestuais

Buzinas Cores

Sirenes Símbolos

Silêncios Postura

Tom de voz Bandeiras

Sinais luminosos

Expressões faciais

Roupas, adornos

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Mista – conjugação da linguagem verbal e não-verbal de que são exemplo a televisão e o cinema.

Comunicação não-verbal no processo de venda

“O corpo tem uma linguagem que, embora seja muda, é tão significante que
expressa mais do que as palavras.” (Terciotti & Macarenco, 2009)

A comunicação não-verbal é o processo de comunicação que envolve o envio e a receção de


mensagens sem palavras. Este tipo de comunicação processa-se através de gestos, expressões
faciais, contacto visual, postura e linguagem corporal, entoações de voz, etc.

Um sorriso, um acenar positivo de cabeça, um contacto com os olhos, o uso adequado do


silêncio e da voz, são sinais que auxiliam a comunicação verbal nos relacionamentos
interpessoais e contribuem para uma comunicação mais assertiva.

Segundo Birdwhistell (1970) a relevância das palavras numa interação interpessoal é apenas
indireta, pois grande parte da comunicação processa-se num nível abaixo da consciência.
Segundo este autor, apenas 35% do significado social de uma conversa corresponde às palavras
pronunciadas, os restantes 65% manifestam-se através dos canais de comunicação não-verbal.

Estas proporções evidenciam que a comunicação não-verbal tem maior impacto e influência na
interação com o cliente do que a comunicação verbal. Os sinais não-verbais “dizem” coisas que
as palavras não dizem. Assim, o sucesso da comunicação interpessoal não está tanto naquilo
que se diz, mas na forma como diz, o que significa que nem sempre o mais importante é o
conteúdo do que se diz (mensagem), mas sim as características de quem o diz (emissor).

Existem alguns aspetos essenciais que permitem controlar a comunicação não-verbal no


processo de venda, tornando-a mais assertiva:

 Espaço pessoal – Manter uma distância interpessoal confortável para si e para o


cliente (depende da situação e do grau de familiaridade); se sentir que a altura do
cliente o/a coloca em desvantagem, sugerir que ambos se sentem para falar.

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 Postura corporal – Deve ser estável e descontraída, direita mas não rígida ou
“pendurada”.
 Gestos – Devem ser expressivos mas não excessivos; evitar os gestos distrativos
como “tamborilar” os dedos na mesa e roer as unhas, e os gestos que perturbam a
comunicação, como colocar a mão à frente da boca ou cruzar os braços.
 Expressão facial – Deve ser concordante com aquilo que está a dizer e,
particularmente, com os sentimentos que está a expressar: se está zangado/a,
mostre-se zangado/a, se está feliz, sorria.
 Contacto visual – Deve ser direto mas não excessivo; evitar fugir ao contacto visual,
mas não ficar a olhar fixamente, com um ar “embasbacado” ou hostil, para o cliente.

Utilização da voz – Utilizar um discurso seguro e fluente, num ritmo adequado e estável e num
tom suficientemente alto para ser percetível, mas não tão alto que se torne irritante; usar uma
entoação consistente com o conteúdo verbal; procurar responder ao cliente com rapidez, mas
não demasiada (ou seja, sem hesitar durante muito tempo mas também sem o atropelar); fazer
silêncios quando for oportuno ou enquanto pensa no que vai dizer, e não preencher as pausas
com muletas discursivas ou não-palavras como “haaaaa”, “prontos”, “tás a ver”, etc.

A tabela seguinte estabelece a correspondência entre os sinais não-verbais mais comuns


(gestos, expressões, postura corporal, contacto visual, etc.) e os seus significados. Há situações
em que estes sinais podem assumir significados distintos (por exemplo, olhar fixamente pode
significar atenção, interesse e segurança, mas, pode também significar sentimento de ameaça).

Os sinais não-verbais mais comuns e os seus significados

Sinais não-verbais Significados


Ausência de gesticulação Comunicação desinteressante

Ausência de contacto físico Falta de identificação / submissão / timidez

Piscar de olhos com frequência e rapidez Mentira / tensão / nervosismo

Braços cruzados Autodefesa

Cabeça inclinada Afinidade / timidez / sedução / interesse

Cabeça e peito erguidos Domínio / segurança

Coçar a cabeça Dúvida / insegurança

Olhar distante Desinteresse / falta de atenção

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Corpo inclinado para a frente Aceitação / interesse / desinibição

Corpo inclinado para trás Desinteresse / rejeição

Cumprimentar baixando a cabeça Respeito / submissão

As duas mãos atrás da cabeça Domínio / superioridade

Coçar ou esfregar o nariz Desconfiança / desaprovação / mentira

Forte aperto de mão Franqueza / interesse / segurança

Fraco aperto de mão Desinteresse / insegurança / timidez

Lábios presos entre os dentes Ansiedade / insegurança

Manipulação contínua de objetos Ansiedade / impaciência

Mãos cruzadas atrás do corpo e queixo para cima Autoconfiança / arrogância

Mostrar as palmas das mãos Abertura / concordância

Olhar fixamente Atenção / interesse / segurança / ameaça

Olhar para baixo Insegurança / submissão / timidez

Olhar para cima Pensamento / reflexão

Palmas juntas com os dedos apontados para cima Autoconfiança / segurança / reflexão

Rejeição visual / desvio do olhar Desinteresse / desprezo / sentimento de ameaça / falta


de confiança

Rigidez corporal Tensão / inibição / nervosismo

Sobrancelhas levantadas Espanto / surpresa / desconfiança

Punhos cerrados Autodefesa / tensão

Sentar-se na ponta da cadeira Pressa / ansia de sair

Imitação de gestos ou expressões Identificação

Coçar o queixo / mão na face Avaliação / ponderação

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Coçar/puxar a garganta ou a orelha Nervosismo / tensão / indecisão

Esfregar/friccionar as mãos Antecipação / ansiedade

Estalar os dedos Autoridade

Batucar com os dedos e olhar para o relógio Impaciência

Mãos nos bolsos Reserva / timidez / insegurança /desmotivação

Fonte: Adaptado de Terciotti e Macarenco

2 – TIPOS DE COMUNICAÇÃO

2.1. De acordo com o sentido da comunicação podemos considerar os seguintes tipos de


comunicação:

- Comunicação unilateral – é a que se processa entre o emissor e o recetor sem que se verifique
“feedback” (é a que se processa num só sentido).

Emissor Receptor

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- Comunicação bilateral – é aquela em que se verifica uma alternância de papéis entre o emissor
e o receptor. (processa-se nos dois sentidos).

Emissor Receptor

2.1. A comunicação numa organização / empresa pode ser dividida em interna e externa:

 A COMUNICAÇÃO INTERNA - É a comunicação que se estabelece dentro da própria


empresa, envolvendo os vários níveis da hierarquia. Por exemplo:

- Os diretores dos diferentes departamentos comunicam entre si sobre a estratégia geral da


empresa e por sua vez, comunicam estes planos aos chefes de serviço que os comunicam
aos seus subordinados;

- A direção e os funcionários comunicam para negociar condições de trabalho;


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- A direção transmite instruções e ordena aos funcionários;

- Os funcionários comunicam entre si sobre a produção, os salários ou assuntos de higiene


e segurança.

Público interno: empregados, sócios/acionistas, gestores, etc.

Finalidades das comunicações internas:

- Transmitir diretrizes,

- Solicitar serviços;

- Fornecer ou transmitir informações;

- Convocar reuniões,

- Veicular documentação;

- Requisitar material;

-…

Meios utilizados:

As empresas recorrem a diversos meios – escrito, oral e visual, para efetuar a comunicação
interna. São exemplos:

 Cartas
 Memorandos,
 Notas e ordens de serviço,
 Avisos,
 Convocatórias e atas,
 Relatórios, circulares,
 Requerimentos,
 Faxes, correio eletrónico,
 Reuniões internas,
 Telefone, intercomunicador,
diálogo,
 Videoconferência,
 Jornal de empresa, cartazes,
quadros, gráficos, etc.

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 COMUNICAÇÃO EXTERNA – É a que se processa entre a empresa e o exterior. Resulta da
necessidade de contactar com os clientes, fornecedores, organismos oficiais, público em
geral.

Público externo: clientes, fornecedores, banca/seguros, organismos oficiais, organizações


profissionais, particulares, público em geral.

Uma comunicação externa positiva vai fornecer uma boa imagem organizativa da empresa,
mostrando bons utilizadores e meios técnicos adequados.

São exemplos de comunicação externa:

- O envio das informações financeiras e estatísticas para efeitos fiscais ou outros que os
departamentos governamentais solicitem;

- Informações solicitadas pelos clientes sobre as suas encomendas;

- As comunicações com os fornecedores para obter informações sobre novos produtos,


condições de pagamento, realização de encomendas, etc.

Finalidades das comunicações externas:

- Pedir informações, documentação, …

- Solicitar descontos, prorrogações, …

- Requerer certidões, alvarás, …

- Propor fornecimentos, serviços, produtos, …

- Enviar informações, documentos, …

- Suspender, anular, modificar encomendas, …

- Apresentar orçamentos, propostas, felicitações, …

- Agradecer atenções, colaboração prestada, …

Meios utilizados:
Ao nível da comunicação externa, as empresas fazem-no através de vários meios – escrito,
oral e visual. São exemplos:

 Cartas e ofícios, circulares,


 Relatórios,
 Requerimentos,
 Fax, correio eletrónico,
 Telefone,
 Reuniões,
 Conferências, entrevistas, videoconferência, etc.

2.3. Em termos organizacionais encontramos dois tipos de comunicação:

 Formal – a informação transmitida pelos canais oficiais da empresa, respeitando a


hierarquia estabelecida.
Estabelece-se entre os diferentes níveis da hierarquia e limita-se às comunicações ligadas às
tarefas a desempenhar pelos diferentes órgãos ou pessoas.

 Informal – Toda a informação que se processa fora do esquema oficial da empresa.


É a comunicação espontânea que nasce muitas vezes fruto do acaso e ocorre
independentemente dos circuitos hierarquizados ou dos canais oficiais. Efetua-se,
geralmente, por via oral, sendo por isso mais rápida, mas menos rigorosa.

Ex. As conversas ao almoço e no corredor

As comunicações formais podem ser verticais e horizontais:

 Verticais – aquela que se processa entre níveis hierárquicos diferentes. Une elementos
investidos de autoridade diferentes.

- Se têm sentido Descendente – Partem de um nível hierárquico mais elevado para um nível
mais baixo e visam informar, dirigir e instruir os subordinados, fornecendo informações
relacionadas com as tarefas a desempenhar. Fazem-se normalmente, através de ordens de
serviço, reuniões, regulamentos, memorandos, correio eletrónico, …
Ex: Chefias – subordinados

- Se têm sentido Ascendente – Partem de um nível hierárquico mais baixo para um mais
elevado. Tomam a forma de relatórios, exposições, caixas de sugestões, … e permitem
aos trabalhadores informar as chefias sobre o seu trabalho.

Ex: Subordinado – chefia

 Horizontais – aquela que se estabelece entre pessoas situadas no mesmo nível hierárquico.
Une elementos investidos de igual de autoridade. É o caso da comunicação estabelecida
entre o diretor comercial e o diretor financeiro.

Ex.: Reuniões de Coordenação entre o diretor comercial e o diretor financeiro

departamento departamento
Regras Básicas da Comunicação

Boa apresentação - A apresentação correta e agradável dos documentos é fator decisivo numa
correspondência formal para o estabelecimento de relações favoráveis.

Clareza – Apresente, sempre que possível, ideias claras que se percebam com facilidade.
Procure expressar-se de uma forma que não deixe dúvidas na interpretação. A obscuridade do
texto impede a comunicação imediata e dá margem a interpretações que podem levar a
desentendimentos e, mesmo, a prejuízos financeiros. Faça períodos curtos e diretos.

Precisão – A exposição dos assuntos deve ser precisa para evitar confusões na sua
interpretação, portanto o mais objetiva possível.

Concisão – falar e escrever apenas o necessário. Use somente as palavras necessárias ao


perfeito entendimento da mensagem

Delicadeza/cortesia – o assunto deve ser exposto com delicadeza. A ausência de delicadeza


motiva que, frequentemente, a mensagem não atinja o recetor da forma pretendida. Evite
palavras agressivas e sem cordialidade. Até as censuras são feitas com elevação, sem insultos.

Rigor ortográfico/correção - evite os erros gramaticais, as gírias e a linguagem complicada.


Consulte um dicionário e/ou uma boa gramática sempre que tiver dúvidas.
A carta comercial é um meio de comunicação muito utilizado na indústria e no comércio, e tem
por o objetivo iniciar, manter e encerrar transações comerciais.

É a comunicação escrita, acondicionada em envelope (ou semelhante) e endereçada a uma ou


várias pessoas, enviada pelo correio. Ultimamente, cartas comerciais também são enviadas por
fax ou correio eletrónico.

A importância da correspondência na comunicação empresarial

São um importante instrumento de comunicação escrita (interna e externa), em qualquer


empresa. É através deste tipo de comunicação que se estabelece a maior parte das relações
comerciais. As cartas comerciais são a imagem da empresa. Em altura de grande concorrência
a nível empresarial, é necessário um cuidado redobrado na sua elaboração, pois estas cartas
apresentam-se como o cartão-de-visita da entidade.

Requisitos da carta comercial

Por este facto, a elaboração de uma carta comercial deve obedecer a determinados requisitos.

 Boa apresentação - A apresentação correta e agradável dos documentos é fator decisivo


numa correspondência formal para o estabelecimento de relações favoráveis.
 Clareza – Apresente, sempre que possível, ideias claras que se percebam com facilidade.
Procure expressar-se de uma forma que não deixe dúvidas na interpretação. A
obscuridade do texto impede a comunicação imediata e dá margem a interpretações
que podem levar a desentendimentos e, mesmo, a prejuízos financeiros. Faça períodos
curtos e diretos.
 Precisão – A exposição dos assuntos deve ser precisa para evitar confusões na sua
interpretação, portanto o mais objetiva possível.
 Concisão – falar e escrever apenas o necessário. Use somente as palavras necessárias
ao perfeito entendimento da mensagem
 Delicadeza/cortesia – o assunto deve ser exposto com delicadeza. A ausência de
delicadeza motiva que, frequentemente, a mensagem não atinja o recetor da forma
pretendida. Evite palavras agressivas e sem cordialidade. Até as censuras são feitas
com elevação, sem insultos.
 Rigor ortográfico/correção - evite os erros gramaticais, as gírias e a linguagem
complicada. Consulte um dicionário e/ou uma boa gramática sempre que tiver
dúvidas.
A linguagem comercial e administrativa

O comércio e a administração têm uma linguagem, um vocabulário e um estilo que lhes são
próprios, e que variam ainda com o tipo de situação em causa.

Para facilitar e simplificar a redação, recorre-se frequentemente à utilização de:

 Correspondência normalizada
 Abreviaturas, códigos e formulários.

Como iniciar uma carta

Para o início da carta há uma série de fórmulas estereotipadas conforme se indica a seguir,
mas nada impede que se criem outras.

 Serve a presente para …


 Pela presente vimos junto de V. Exas. solicitar …
 Informamos V. Exa. que …
 Vimos por este meio, informar V. Exa. que …
 Temos o prazer de informar V. Exa. que …
 Junto enviamos …
 Lamentamos informar que …
 Lamentamos não nos ser possível …
 Cumpre-nos informar V. Exa. que é-nos de todo impossível …
 Em resposta à v/ carta de (data) …
 Em referência à vossa carta de (data) lamentamos …
 Na sequência da carta de V. Exa. de (data) temos o prazer de …
 Respondendo à carta de V. Exa. de (data) vimos pela presente confirmar …
 Acusamos a receção da sua carta de (data), que agradecemos, e …
 No seguimento da nossa conversa telefónica …, cumpre-nos informar que …
 Agradecemos a vossa encomenda de (data) e temos o prazer de comunicar a V. Exa.
que …
 Estando eventualmente interessados na aquisição dos v/ produtos, pedimos a V. Exas.
o envio de catálogos, listas de preços e condições de venda praticados pela vossa
empresa.

Como encerrar uma carta

O encerramento da carta depende do assunto que dá origem à carta e, seja qual for a situação,
deve ser sempre cordial.

Existem frases mais ou menos estereotipadas, cujo conhecimento evita perda de tempo na
elaboração.

 Apresentamos os nossos melhores cumprimentos,


 Com os nossos melhores cumprimentos, subscrevemo-nos,
 Sem outro assunto, subscrevemo-nos,
 Sem outro assunto de momento, apresentamos os nossos melhores conhecimentos,
 Na expectativa de uma resposta favorável, apresentamos os nossos melhores
cumprimentos,
 Esperando uma breve resposta, subscrevemo-nos com consideração,
 Gratos pela atenção dispensada, subscrevemo-nos com consideração,
 Agradecendo antecipadamente a atenção dispensada, ficamos a aguardar a vossa
resposta,
 Certos da vossa boa compreensão, apresentamos os nossos melhores cumprimentos.
 Na expectativa de merecer a continuação das vossa encomendas, subscrevo-me,
 Agradecendo a satisfação ao meu pedido com a possível urgência, subscrevo-me com
consideração,
 Aguardando a resposta de V. Exa., apresento os meus cumprimentos,
Atentamente

Como já aprendemos anteriormente a correspondência comercial, ou comunicação escrita, é


dividida em:

• Correspondência interna;

• Correspondência externa.

O objetivo principal do nosso estudo é aprendermos a lidar com este tipo de comunicação, com
o qual todos os dias nos deparamos nas empresas.

Já nos apercebemos que a atividade normal de uma empresa produz diariamente os mais
variados contactos escritos internos e externos; já percebemos que este tipo de contacto deve
ser sucinto e objetivo; já entendemos, igualmente, que a comunicação escrita para além de
salvaguardar competências funcionais dos órgãos emissores e recetores da mensagem, serve
para registo histórico de diversos factos ocorridos; falta-nos agora, aprender a lidar com a
comunicação escrita e a elaborar, na prática, as minutas de correspondência.

Adotando um estilo preferencialmente prático abordaremos questões variadas com que nos
poderemos deparar no nosso quotidiano dentro da empresa, na qualidade de empregado
administrativo.

MEMORANDOS

OS MEMORANDOS/COMUNICAÇÕES INTERNAS

É uma forma de comunicação escrita que dispensa determinados formalismos e que procura ser
a mais objetiva possível.
É um documento utilizado para transmitir ordens ou comunicar informações entre sectores ou
departamentos no interior da empresa, sendo frequente a sua utilização nas grandes e médias
empresas.

Este tipo de comunicação não deve ser enviado para o exterior.

O seu nome varia de empresa para empresa e segundo os fins a que se destinam e podem ser
designados por memorandos, avisos, comunicados, comunicações internas, notas e ordens de
serviço, etc.

Normalmente tem, como suporte um documento próprio com alguns elementos já impressos
(De, Para, Assunto, Data, Rubrica, etc.).

E-MAIL

O correio eletrónico, habitualmente designado por e-mail, é um meio de comunicação


fundamental nas relações comerciais. Devido ao seu baixo custo e rapidez, transformou-se na
principal forma de comunicação para transmissão de mensagens e documentos informatizados.
Esta forma de comunicação pressupõe uma ligação a Internet.

O e-mail é, também, considerado um meio informal para comunicar, devendo ser utilizado
apenas para troca de mensagens que não revistam caracter formal ou confidencial. Convém
salientar que este meio de comunicação está sujeito a uma eventual captação por terceiros.

Segundo a legislação em vigor, para que uma mensagem por correio eletrónico tenha valor
documental, e possa ser aceite como um documento original, é necessário que a entidade que
o emite esteja certificada para esse fim.

Noção de e-mail

É um sistema que permite a troca de mensagens de forma praticamente instantânea, entre


computadores que estão ligados eletronicamente a uma rede independentemente do espaço
geográfico.

Tipos de e-mails

INTRANET – Sistema de comunicação de mensagens entre departamentos numa determinada


empresa.

INTERNET – Sistema que permite a comunicação nacional e internacional. É uma rede de


computadores ligados entre si.
Principais vantagens do e-mail a nível administrativo

- Rapidez, quando comparado com outros meios;

- Possibilidade de enviar uma mensagem na ausência do destinatário;

- Permite o envio de ficheiros anexos;

- Económico, comparado com outros meios.


Bibliografia

NEVES, Roberto de Castro, Comunicação Empresarial Integrada. Ed Mauad,2009.


Dicionário de Teatro, Patrice Pavis.

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