D DA INFECÇÃO:
6564 ESTERILIZAÇÃO
3.6 A esterilização……………………………………………………………………………………………….27
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4. A Preparação e empacotamento de Kits de material clínico………………………………34
Bibliografia…………………………………………………………………………………………………………....52
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1- Tipologia de Material Clínico.
O material clínico ou artigos são classificados em críticos, semi - críticos e não críticos.
Artigos críticos – são aqueles que penetram através da pele e mucosas, atingindo os
tecidos sub-epiteliais, sistema vascular, bem como todos os que estejam diretamente
conectados com este sistema. Ex: equipo de soro, bisturi, agulhas, pinças de biopsia....
Artigos semi - críticos – são todos aqueles que entram em contato com a pele não
íntegra ou com mucosas íntegras. Ex: especulo vaginal e otoscópio, alicate (pode ser
critico), termómetro.....
Artigos não críticos - são todos aqueles que entram em contato com a pele íntegra do
paciente Ex: escovas, lixas, estetoscópio, termómetro,......
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frequentemente. Limpar as superfícies com desinfetantes, para reduzir o número de
microrganismos.
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2- A recolha e transporte de material clínico contaminado
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- Armazenamento de materiais processados no Serviço central Esterilização;
Áreas funcionais:
- Descontaminação;
- Triagem;
- Preparação e embalagem;
- Preparação de têxteis;
- Esterilização;
- Armazém de estéreis
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Sala de Descontaminação: O que se faz?
Receção e Triagem
Lavagem
Secagem
Área de ensaio/funcionalidade
São recebidos os DM que saem das máquinas de lavar/ desinfetar assim como aqueles
DM lavados manualmente e na tina ultra sónica.
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Desenvolvem-se, nesta área, as tarefas de ensaio: verificação de deficiente limpeza,
da funcionalidade e estado de conservação, de lubrificação, da necessidade de
reparação e/ou inutilizações.
Área de empacotamento
As condições ambientais deste Armazém, sala de embalagens estéreis devem ser
documentadas e controladas periodicamente.
Distribuição de DM
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realizado em carros fechados. A existência de carros abertos exige a utilização de
contentores hermeticamente fechados.
• De fácil limpeza
• De fácil condução
• Resistentes ao choque
O serviço que utilizou o material clinico deve fazer uma triagem eliminando todos os
dispositivos de uso único, bem como solutos e desinfetantes utilizados. Os DM
corto/perfurantes devem ser separados e colocados em contentores apropriados.
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3-As fases do processo de esterilização do material clínico
- Instrumentos cirúrgicos,
- De vidro;
- Cânulas;
- Peças de equipamentos;
- Extensões de borracha;
Os contentores que trazem o material dos serviços devem ser abertos, triados, o
material contado e verificado de imediato a composição e se não existem faltas.
Perante a falta de peças, deve-se notificar para ser reposta a falta.
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É nesta área que se recebem e desinfetam os instrumentos, utensílios e equipamentos
reutilizáveis, bem como os respetivos carros de transporte. Os DM devem ser abertos
e desmontados para que aquando da lavagem, todas as superfícies do DM entrem em
contacto com a solução de limpeza.
A área deve estar separada fisicamente das outras zonas de trabalho com acesso a
partir de um corredor de serviço, tem de possuir iluminação adequada, tem de ter
infra estruturas para lavagem de mãos e mudança da roupa perto da zona de
descontaminação.
A lavagem do material tem várias funções, que se podem sintetizar em duas vertentes
distintas:
É importante ainda referir que a água que abastece o Serviço de esterilização deve ter
qualidade diferenciada. Para este setor não basta obedecer a padrões de potabilidade,
pois muitas vezes a água em uso é potável, porém está impregnada com metais e
cloro, o que acelera a corrosão dos DM metálicos.
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A lavagem manual está indicada para DM que não possam ser lavados em máquina,
com lúmenes e eventualmente em situações de avaria da máquina de lavar ou
situações em que os DM irão ser necessários dentro de um período de tempo limitado.
A lavagem dos DM pode ser realizada com imersão ou limpeza manual ( não imersão)
Este método não é muito eficiente, pois facilita acidentes com objetos perfuro-
cortantes, e por este motivo tem sido usado apenas como complemento do método
ultra-sónico.
- Colocar EPI
- Lavar todas as superfícies com escova macia, mantendo o objeto debaixo de água
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Nenhum instrumento deve ser esterilizado, quando sobre ele houver matéria orgânica;
sendo que essa matéria atua como fator de proteção dos microrganismos,
funcionando com barreira contra os agentes esterilizantes químicos, físicos ou físico-
químicos.
Pré-lavagem:
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- Cápsulas, tinas, bacias deverão ser colocadas sempre com a abertura virada
para baixo;
- Não colocar muito material por cesto para não diminuir a eficácia da lavagem;
- Ligar a máquina;
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- Enxaguar em grande volume de água os materiais contidos no cesto, removendo
assim toda a matéria orgânica desincrustada.
- Deve-se escovar toda a superfície dos instrumentos para remover os detritos ainda
aderidos para completar a limpeza.
- Água corrente.
- Lupa.
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Detergentes enzimáticos: são compostos por enzimas, geralmente lípases e amílases,
que promovem simultaneamente a dispersão, solubilização e emulsificação,
removendo substâncias orgânicas da superfície dos materiais. São biodegradáveis,
neutros, concentrados, não oxidantes, com ação bacteriostática e, portanto não
promovem a desinfeção.
A desinfeção é utilizada após a limpeza de materiais que teve contacto com matéria
orgânica. Definem-se como matéria orgânica todas as substâncias que contenham
sangue ou fluidos corporais. São exemplos: fezes, urina, vómito, entre outros.
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- Desinfeção de baixo nível: É capaz de eliminar todas as bactérias na forma
vegetativa, não tem ação contra os esporos, vírus não lipídicos e contra o bacilo da
tuberculose. Tem ação relativa contra os fungos.
A desinfeção de DM pode ser feita por métodos físicos, químicos e físicos químicos.
Agentes físicos - podem ser feitos pela imersão dos artigos em água a 100º (ebulição)
por 30 minutos. Preferencialmente utilizando lavadoras termo desinfetadoras, com
programas específicos, validados para cada grupo de artigos.
-Ácido Peracético
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seco para facilitar a penetração deste agente. É indicado para desinfeção de alto nível,
em artigos termo sensíveis, com tempo de exposição de 30 minutos em solução a 2º.
Também é indicado como esterilizante, com o tempo de exposição entre 8 a 10 horas.
O produto sofre alterações em temperaturas superiores a 25º. A solução deve ser
trocada de acordo com orientações do fabricante, na ocorrência de alteração da cor e
presença de depósito.
É tóxico, não biodegradável, portanto deve ser manipulado em local ventilado e com
uso de EPI.
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inativados rapidamente em presença de matéria orgânica (sangue, fezes e tecidos
orgânicos). Por ser corrosivo o seu uso está contraindicado em artigos metálicos.
Quando se utilizarem em forma não diluída, o tempo máximo de armazenamento é de
6 meses.
Os fenólicos: são desinfetantes de nível médio, que está em desuso por serem tóxicos,
estando inclusive contraindicados para desinfeção em Obstetrícia e berçários devido à
ocorrência de hiperbilirrubinémia em recém nascidos.
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matéria orgânica e não promove a formação de resíduos tóxicos. Como desvantagens
é corrosivo e instável após diluído.
Formaldeído
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3.2.4. Secagem do material clinico
Observam-se ainda micro- instrumentos, para detetar pequenas fendas, sendo para
tal útil a existência de lentes de aumento, espelhos dentais e iluminação específica.
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Tabela 2- exemplos de como deverá ser efetuada a inspeção de alguns DM.
Se algum artigo, após a inspeção, estiver danificado ou sujo deve ser feito o registo de
não conformidade, em folha própria que deverá existir no serviço (fig2: exemplo de
uma folha de registo de não conformidade). Nessa folha de verá constar o motivo de
rejeição (sujo ou danificado).
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Uma das maneiras mais fáceis e eficazes de manter os instrumentos em condições
excelentes de uso, é realizar a sua lubrificação após cada limpeza. Uma lubrificação
apropriada mantém os instrumentais cirúrgicos maleáveis durante o uso, além da
prevenção contra a oxidação. Devem lubrificar-se as partes móveis, junções e as
dobradiças das pinças, porta-agulhas e tesouras, pinças articuladas, afastadores
articulados, micro tesouras e micro porta agulhas, bem como todas as junções dos
demais instrumentais, com um lubrificante não oleoso, não pegajoso, não corrosivo e
sem silicone, deixando uma película sobre a articulação e juntas do instrumental. A
lubrificação dos instrumentais deve ser realizada regularmente, não somente após
cada limpeza, principalmente, quando o instrumental não é muito utilizado.
Existem vários tipos de lubrificantes mas os mais usados são a lubrificação líquida e a
gasosa.
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solúveis em água que contêm um inibidor de ferrugem, protegendo os DM contra
depósitos de materiais e permitindo a esterilização.
Os lubrificantes gasosos
Os lubrificantes gasosos são usados apenas em casos especiais, onde não é possível
aplicar os lubrificantes mais comuns como graxas ou óleos, em sistemas de altíssimas
rotações, onde possa haver a combustão ou congelamento dos demais lubrificantes ou
onde haja dificuldade de penetração por contas de folgas extremamente pequenas. É
necessário que o sistema seja provido de um dispositivo de alimentação constante que
o mantenha sob alta pressão na folga e estanqueidade perfeita.
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A finalidade da montagem consiste em:
- Facilitar o transporte;
Uma vez que existem matérias que atualmente são agrupados em caixas ou Kit(s) a
montagem dos mesmos requer conhecimento e perícia, sendo que muitas vezes o
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profissional responsável recorre à visualização de listas e imagens dos DM que
contém cada um dos respetivos Kit(s).
3.6 A esterilização
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Quando se fala em esterilização temos que abordar a assepsia, que é extremamente
importante na microbiologia. Entende-se por assepsia todas as condições, gestos e
atitudes tendentes a manterem o estado de ausência de microrganismos
contaminantes no meio em que atua.
A- Altas temperaturas:
Calor húmido (vapor saturado sob pressão)
Calor seco (não recomendado para DM)
O vapor saturado sob pressão é a opção preferida par esterilização de DM nos
hospitais. O vapor é um esterilizante eficaz por duas razões:
É um portador eficaz de energia térmica;
Destrói, por coagulação, as porções sensíveis internas dos microrganismos,
penetrando facilmente na sua camada resistente de proteção exterior.
Há, no entanto, alguns tipos de sujidade, nomeadamente produtos oleosos, ou
gordurosos, que podem proteger os microrganismos dos efeitos do vapor,
comprometendo a esterilização.
Dá-se o nome de calor saturado porque a sua temperatura equivale ao ponto de
ebulição da água, e produz-se pela combinação da energia que aquece a água com
níveis de pressão maiores que a pressão atmosférica, que aceleram o aquecimento
levando ao alcance de temperaturas próprias para a esterilização (121º a 135º) em
tempo mais rápido. Por isso as variáveis para avaliação do método são tempo,
temperatura e pressão. As autoclaves são programadas com uma razão
tempo/temperatura, isto é, aumentando a temperatura, o tempo necessário para a
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esterilização diminui e vice- versa. O vapor saturado é um gás que está sujeito às leis
da física, sendo assim não se altera a temperatura do vapor sem alterar a pressão e
vice –versa.
O princípio básico de esterilização por vapor, processado em autoclaves é expor os
materiais ao contacto direto com o vapor à temperatura, pressão e tempo requeridos.
a) VAPOR: O vapor ideal para a esterilização é saturado a 100%.
b) PRESSÃO: Esta tem como objetivo obter mais rapidamente as temperaturas ideais
para destruir microrganismos.
De acordo com a EN 285, o tempo de esterilização não deve ser inferior a 15 minutos e
3 minutos para temperaturas de esterilização de121ºC e 134ºC, respetivamente.
A esterilização por calor seco (estufas) são utilizados aparelhos elétricos equipados
com resistência, termostato para regular a temperatura, contador, termómetro e
interruptor. O calor é irradiado das paredes laterais e da base do equipamento. Este
processo requer grande tempo de exposição para que se atinjam altas temperaturas
nos DM e possa ocorrer morte microbiana.
B- Baixas temperaturas
Produtos químicos:
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Formaldeído,
Óxido de etileno,
Peróxido de hidrogénio,
Dióxido de cloro,
Ozono,
Ácido peracético.
Radiações:
Raios Gama
Eletrões
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O plasma, considerado um quarto estado da matéria, é definido como uma nuvem de
iões, eletrões e partículas neutras, altamente reativas. A geração de um campo
eletromagnético pela energia de radiofrequência produz a formação de plasma. O
processo de esterilização através de plasma de peroxido e hidrogénio está indicado
para esterilização de artigos termossensíveis, demorando cerca de uma hora. É
compatível com a maioria dos metais, plásticos, vidros, borrachas, acrílicos e
incompatível com o ferro e celulose. O produto final é água e oxigénio, não oferecendo
portanto toxicidade para os profissionais e utentes. O equipamento é automatizado e
computorizado e no final de cada ciclo emite relatório com controlo das pressões e
tempo alcançados nas diferentes fases. Seus parâmetros são tempo e pressão.
Esterilização a ozono, dióxido de cloro e ácido peracético quase não são utilizados
entre nós. O Ácido peracético Tem ação esporicida em temperaturas baixas e mesmo
em presença de matéria orgânica. Este método pode ser aplicado a artigos
termossensíveis, porém que possam ser totalmente mergulhados no líquido. Materiais
de alumínio anodizado não podem sofrer este processo de esterilização por
apresentarem incompatibilidade. Os materiais esterilizados por este meio devem ser
utilizados imediatamente.
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3.6.2. O Equipamento de proteção individual nas várias fases da esterilização
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A manipulação de agentes químicos, o contato com altas temperaturas e com matérias
contaminados com material biológico (sangue, secreções, etc) requer medidas de
segurança aos profissionais- as precauções padrão devem ser adotadas
independentemente do grau de sujidade do DM e da toxicidade dos produtos químicos
a serem manipulados. Portanto é imprescindível o uso de Equipamento de Proteção
individual (EPI). Tais equipamentos também devem ser utilizados em todas as etapas
do processo de esterilização. Devem ser utilizados para garantir a segurança do
profissional ao expor-se a substâncias químicas, gases tóxicos, riscos de perfuração e
corte e ao calor, prevenindo assim acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. A
tabela abaixo indica quais os EPI necessários para cada procedimento.
Todas as superfícies (pele, mucosas, mãos) devem ser lavadas imediatamente após
contacto acidental com os produtos biológicos referidos.
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4-A Preparação e empacotamento de Kits de material clínico
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• Ser apropriado para o artigo e para o método de esterilização, além de suportar as
condições físicas do processo;
• Não conter ingredientes tóxicos, alvejante, aditivo branco ótico, corante ou amido;
Tipos de embalagens:
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3. Polipropileno (bolsas, folhas e rolos)
4. Tecido não tecido
5. Contentores rígidos (metal e plástico)
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Preparação de têxteis:
Esta zona destina-se à preparação dos materiais (roupas e compressas) que pela sua
composição libertam um grande nº de partículas. Atualmente destinam-se
exclusivamente á inspeção e ao empacotamento de compressas, uma vez qua cada vez
menos se utiliza a roupa 100% algodão no bloco operatório, por não conferirem de
facto barreira antimicrobiana. Estudos recentes demonstram que, para além de
libertarem grande quantidade de partículas, ao fim de 25 ciclos de lavagem e
esterilização já são totalmente permeáveis a microrganismos. Por estas razões têm
vindo a ser lançados no mercado materiais alternativos como o tecido não tecido.
EXECUTANTE: Auxiliar
ATIVIDADES:
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- Colocar o material no centro do campo ou papel.
- Pegar uma das laterais do campo ou papel e fazer uma outra dobra sobrepondo à
primeira.
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-descrição do conteúdo, data do empacotamento, data da esterilização, data da
validade,
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Testes de Esterilidade de Controle Biológico;
Avaliação de esterilizantes químicos;
Controle de Esterilização por radiações ionizantes: gama ou cobalto 60;
1.Testes Físicos
Avaliador de desempenho do esterilizador:
Fazem parte do equipamento e servem para apontar as condições internas da
autoclave. Envolvem a observação dos parâmetros apresentados pelo menos durante
o processo. São eles: o termómetro, para medir a temperatura que deve estar no
mínimo em 121º, e o manómetro, para medir a pressão que deve estar em 28 libras de
vapor. Estes instrumentos devem ser validados técnica e periodicamente a leitura dos
mesmos deve ser feita a cada 3 minutos, durante a fase de esterilização.
Dosimetria de radiação
Consiste na avaliação da quantidade de energia absorvida pelo material tratado. São
utilizados dosímetros que indicam se a dose recebida foi compatível com o processo
de esterilização.
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São tiras de papel impregnadas de tinta termocrômica que mudam de cor quando
expostas à temperatura pelo tempo recomendado pelo fabricante. Devem ser
utilizadas dentro dos pacotes em locais de difícil acesso á penetração do vapor ou
dificuldade de remoção do ar em autoclaves.
Não devem ser utilizados como critério único de eficácia de esterilização, devendo ser
associados ao teste biológico. Os indicadores externos são fitas auto-adesivas
utilizadas unicamente para diferenciar os pacotes processados dos não processados.
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Teste de Bowie & Dick
Deve ser realizado no primeiro ciclo do dia da autoclave:
- Ligar a autoclave e submete-la a um ciclo completo vazio;
- Colocar a folha teste no meio de uma pilha de campos de tecido com 25-28 cm de
altura. Esta pilha pode ser embalada em tecido ou papel, podendo ser atada com fita
adesiva. Iniciar ciclo que pode ser interrompido antes da fase de secagem, e, após o
tempo determinado pela temperatura:
134º-3,5 a 4 minutos
127º-11 minutos
129º-15 minutos
Leitura do teste
Positivo (+) quando a folha de teste apresenta falhas na revelação, que é observada
por uma mudança incompleta na coloração, geralmente no centro da mesma.
Negativo(-) quando a mudança na coloração da folha for uniforme em toda a sua
extensão, demonstrando não haver ar residual.
3. Testes biológicos
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4.Teste de Esterilidade de controlo biológico
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Verificação da função do equipamento após consertos, reformas e grandes
mudanças no tipo de cargas e/ ou embalagens. Todos os procedimentos
executados, bem como as condições dos ciclos, disposição das cargas, tipos de
artigos e embalagens, devem fazer parte do relatório. O controlo rotineiro das
cargas e dos esterilizadores são de vital importância para a qualidade do
processamento. Este controle deve ser feito por:
o Meios mecânicos- observação da pressão, tempo, temperatura e
manutenção preventiva com aferição do equipamento;
o Meios químicos- teste Bowie & Dick em autoclaves pré-vácuo, integradores
químicos no interior e indicadores na parte externa da embalagem;
o Meios Biológicos- testes biológicos, disponíveis para leitura de 3 a 48 h de
incubação.
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aliam processos químicos e físicos. Deverá ser colocada uma tira teste por carga e
guardadas durante 6 meses. Por si só não constituem prova de esterilidade.
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O material estéril deve estar armazenado a uma altura de pelo menos 20-25
cm do chão, 45 cm do teto e, de pelo menos 5 cm da parede.
As embalagens estéreis armazenadas em estantes abertas devem estar longe
de locais que contenham grande movimentação de ar, grande movimento de
pessoas e fontes de calor e humidade.
Os recipientes para acondicionar os DM estéreis devem ter dimensões
adequadas aos níveis existentes, de modo a impedir que as embalagens fiquem
compridas e se danifiquem.
As embalagens estéreis não devem ser armazenadas junto das embalagens não
estéreis.
Esterilização.
Todos os DM médicos esterilizados não devem ser utilizados após ter expirado o prazo
de validade, quando a embalagem tiver sido furada, rasgada ou estiver molhada ou
tiver caído acidentalmente no chão (risco de microperfurações).
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- A entrega de uma caixa com material esterilizado implica a recolha da caixa vazia e,
na eventualidade de não se ter utilizado todo o material, a reposição apenas do
material de reposição.
- O material acondicionado nas caixas não pode ser comprimido (risco de perfuração)
Os registos são inerentes a todos os processos pois, a prática correta destes é que
torna possível o funcionamento de uma unidade hospitalar.
Uma unidade tem que ter sempre disponível um stock de material esterilizado, tem
que ser registado todo o material que entra na unidade e todo o material que irá ser
encaminhado para a esterilização, bem como o material que irá ser descartado.
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A complexidade dos processos de esterilização, o alto custo na aquisição de
instrumentos cirúrgicos cada vez mais sofisticados e a demanda cada vez maior no uso
desses materiais, exige investimentos na qualificação do profissional, na montagem e
na manutenção dos serviços de esterilização. Neste sentido o staf de profissionais do
serviço de esterilização deve ser composto por:
acondicionamento.
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• Aplicar as técnicas de tratamento, lavagem (manual e mecânica) e desinfeção
aos equipamentos e materiais utilizados na lavagem e higienização das instalações/
superfícies da unidade/serviço.
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Assegurar o cumprimento das normas estabelecidas aplicadas a cada zona do
serviço.
Colaborar com o responsável pelo serviço de Esterilização, em todas as
atividades, no âmbito das zonas que lhe reportam.
Bibliografia
Sites Consultados
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Ministério da saúde
http://portal.arsnorte.min-saude.pt/portal/page/portal/ARSNorte/Documentos/
Manuais/Manual_Controlo_Infecao.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
orientacoes_gerais_central_esterilizacao_p2.pdf, consultado em 6/01/2016
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