Você está na página 1de 5

EDIFÍCIO LIBERDADE

Em 25/01/2012 o Edifício Liberdade, situado na Rua 13 de Maio nº 44, no


Centro do Rio de Janeiro - RJ, desabou envolvendo também os Edifícios Treze
de Maio (4 andares) e Colombo (10 andares), e levando à óbito 22 pessoas –
os corpos de cinco vítimas nunca foram encontrados.

Existem várias hipóteses sobre a causa do desmoronamento do Ed. Liberdade.


dentre elas, existe a hipótese de que a mudança da arquitetura tenha
interferido na estrutura do edifício, o projeto inicial de 1938 previa 15
pavimentos, em 1939 o projeto foi modificado e adaptado antes do inicio da
construção, acrescentando um subsolo, garagem e três pavimentos adicionais.
A partir do 16º pavimento, o prédio era escalonado: os andares tinham
tamanhos diferentes, com formato decrescente até o topo. Quando finalizado, o
edifício contava com 20 pavimentos e na década de 50, o escalonamento
acabou: os pavimentos escalonados foram ocupados e o edifício assumiu um
formato completamente vertical. Na mesma época, um terraço no 8º andar foi
coberto por uma laje, dando condições para maior ocupação do 9º andar,
exatamente o andar da transição.

Se essa hipótese fosse verdadeira a edificação apresentaria algum indicio de


deformação e fissuração, o que não é o caso. Além disso, o processo ocorreria
por falência estrutural de forma súbita devido a sobrecarga, ocasionando a
ruptura dos pilares de sustentação à compressão.

Outra hipótese levantada, foi de uma possível explosão e vazamento de gás,


porém essa possibilidade foi descartada pois não foi constatado fornecimento
de gás pela CEG/NaturgyBrasil ao edifício Liberdade. A perícia não encontrou
vestígios de expansão instantânea de gases e nem arremesso de materiais a
distâncias que evidenciasse esta hipótese.

Também foi levantada a suspeita de que a queda do edifício foi influenciada


pelas obras do metrô nos anos 70, uma vez que o Edifício Liberdade estava
situado entre as estações Carioca e Cinelândia. No entanto, foi comprovado
que os projetos dos prédios próximos ao metrô foram estudados para prever
possíveis impactos, principalmente deslocamentos e recalques. O Edifício
Liberdade não apresentava riscos nesse sentido, além disso não foram
identificadas no Liberdade trincas, vazamentos e outros sinais de que a
estrutura estava impactada.

No entanto, conforme consta em relatório da Polícia Federal, de 2012, o


desastre foi causado por uma agressão aos pilares do 9º andar durante
reforma promovida pela empresa TO Tecnologia Organizacional, iniciada uma
semana antes da queda. A reforma da TO, em janeiro de 2012, não foi feita por
um profissional da engenharia e nela os pilares de sustentação foram
removidos, causando a queda.

Trata-se de um caso de falência sequencial das peças estruturais,


o desabamento foi provocado pela derrubada de pilares estruturais no 9º andar
do edifício durante tal reforma, o objetivo era tornar o espaço do pavimento
mais amplo e livre de paredes, conforme os modernos ambientes corporativos,
mas a alteração acabou comprometendo a segurança da estrutura de todo o
Liberdade, localizado na Avenida Treze de Maio, próximo ao Teatro Municipal.

Em 27/01/2012, a empresa TO-Tecnologia Organizacional admitiu que infringiu


uma série de normas ao fazer reformas nos 3º e 9º andares do edifício
Liberdade. As obras começaram sem a apresentação de uma planta ou de um
laudo técnico assinado por um arquiteto ou engenheiro. De acordo com
especialistas, a empresa, que havia feito outra obra no 3º andar, não percebeu
uma especificidade no 9º andar, pois era o pavimento da "transição” do
escalonamento do edifício, e continha pilares de sustentação do "prisma" do
prédio.

Em 2017, Sérgio Alves de Oliveira e Cristiane do Carmo Azevedo, sócios da


empresa Tecnologia Organizacional, a TO Brasil, foram absolvidos da
acusação criminal após serem denunciados pelo Ministério Público. No ano
passado, A 3ª Vara da Fazenda Pública do Rio de Janeiro condenou o
Município do Rio ao pagamento de pensões e indenizações às famílias das
vítimas do desabamento do Edifício Liberdade, ocorrido em 2012. A decisão
veio a partir de uma ação da Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ), e a
TO Brasil novamente foi considerada isenta de culpa, porém o órgão pediu a
revisão do caso para que a TO Brasil também fosse condenada.
Desde o desastre, a Defensoria Pública vem solicitando à Justiça a
responsabilização e obrigação de pagamento de pensões e indenizações às
famílias das vítimas por parte do município e da empresa TO Brasil. Os
documentos apontam diversas falhas no processo de reforma, entre elas, a
falta de fiscalização das obras por parte do Município do Rio e a falta de
profissionais habilitados para a reformulação do andar.

Atualmente o processo ainda tramita na Justiça e passada uma década, parentes


de vítimas ainda lutam por seus direitos. Entre diferentes laudos e perícias, uma
pergunta continua sem resposta: quem são os responsáveis pela tragédia? O caso se
arrasta desde 2012 e ainda não teve um desfecho definitivo, o pagamento das
indenizações e pensões vitalícias aos parentes das vítimas só deve acontecer quando
o processo transitar em julgado, ou seja, quando os recursos forem esgotados.
SLIDE 1:

 Edifício Liberdade com 20 pavimentos


 Edifício 13 de Maio com 4 pavimentos
 Edifício Colombo com 10 pavimentos
 Todos eram edifícios comerciais
 O desabamento ocorreu dia 25 de janeiro de 2012 e os primeiros corpos
foram encontrados na manhã do dia 26
SLIDE 2:

 Existem algumas hipóteses sobre a causa do desabamento, como por


exemplo:
 Modificação no projeto
 Explosão de gás
 Reformas irregulares
 Obras no metrô

SLIDE 3:

 O projeto inicial previa 15 pavimentos, porém foi modificado e adaptado


antes da construção
 Foram adicionados mais 5 pavimentos, sendo um subsolo, garagem e 3
pavimentos adicionais
 A partir do 16º andar o prédio era escalonado, ou seja, os pavimentos
tinham tamanhos diferentes
 Na década de 50 o escalonamento acabou e o prédio assumiu um
formato completamente vertical com 20 pavimentos
 Essa causa foi descartada pois o Edifício Liberdade não apresentava
nenhum indicio de deformação ou fissuração
SLIDE 4:

 Outra hipótese foi uma possível explosão de gás, porém essa


possibilidade foi descartada
 Foi constatado que a companhia de gás não fazia o fornecimento de gás
para o Ed. Liberdade
 A perícia não encontrou vestígios de expansão de gás ou arremesso de
matérias que evidenciasse a hipótese
 Também foi levantada a suspeita de que as obras no metrô em 1970
tenham impactado na estrutura do prédio
 Essa causa também foi descartada pois foi comprovado que os projetos
dos prédios próximos ao metrô foram estudados para prever impactos,
principalmente deslocamentos e recalques
 O Ed. Liberdade não apresentava riscos e não foram identificados sinais
de que a estrutura estava impactada

Você também pode gostar