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Principais teóricos da sociologia, não chegam ao um consenso do que é a sociologia.

Assim como acontece na filosofia não temos uma definição única do que é, ela
nasce no século XIX, quando a ciência começa a tomar mais corpo e surge esta
necessidade de criar um método científico para analisar e estudar a sociedade.

Neste contexto Auguste Comte vem do berço da modernidade e começa a


perceber a necessidade de se estudar a sociedade com espírito científico analisando-a de
forma objetiva, ele observa que a física a química e outras ciências estão avançando
muito nesta época, e começa a se questionar porque não há este mesmo avanço e
empenho na sociedade, e a partir destes questionamentos ele cria a então chamada
Física Social, e dá-se início a análise da sociedade de forma científica, por isso também é
conhecido como um dos pais da Sociologia.

Por influência de Augusto Comte, o filósofo Émile Durkheim (1858-1917)


preocupou-se especialmente com a sistematização da nova área do conhecimento, e em
uma de suas obras mais aclamadas, “As regras do método sociológico”, Ordenou e
delimitou as formas de abordagem dos estudos sociológicos além do campo de ação dos
estudos das ciências sociais. Émile Durkheim é visto como o autor das ideias basilares do
que viria a se chamar a área de estudos da “sociologia”, por isso é considerado um dos
pensadores fundadores da Sociologia moderna, pois foi pioneiro em sua forma de
abordagem de problemas relacionados com o meio social. As contribuições de seus
esforços ajudaram a estruturar o formato das pesquisas sociológicas e ainda hoje são
referência de interpelação científica para as demais ciências sociais. Os trabalhos de
Durkheim são majoritariamente no campo da Sociologia, pois seu interesse estava
centrado no estudo de fenômenos sociais observáveis.
Segundo a visão de Durkheim, à Sociologia caberia o estudo sistemático do mundo
social. Tanto para ele quanto Comte, a tarefa da sociólogia era apenas de interpretar a
realidade coletiva dos sujeitos utilizando o método científico e a observação empírica,
seguindo as demais ciências que a precediam, estudando os fatos sociais de maneira
neutra.
Já para o sociólogo, historiador e filósofo alemão do século XIX, Karl Heinrich
Marx, também considerado um dos pais da sociologia, esta ciência não deve apenas
estudar e entender a sociedade com neutralidade, mas deve estudar e transformar a
sociedade, deve servir de instrumento para transformação do meio social e os indivíduos.
Marx foi um dos primeiros pensadores a estudar e reconhecer o impacto da
economia e estratificação de classes na sociedade, principalmente aos efeitos do sistema
capitalista na vida das pessoas, em especial dos trabalhadores e a profunda relação entre
a desigualdade e cultura de classe, pois para ele, estas classes sociais, surgem a partir
da divisão social do trabalho, por isso a sociedade se divide em quem possui e detêm os
meios de produção e os não detentores dos meios de produção. Como forte opositor ao
capitalismo, Marx foi um dos fundadores do socialismo científico e desenvolveu uma
teoria comunista que modificou a linha dos estudos sociológicos.

Diferentemente deste sociólogos já citados, outro teórico muito importante, é o


Alemão Karl Emil Maximilian Weber o qual busca compreender os motivos da realização
de ações por parte dos indivíduos, deixando de focar na análise das estruturas sociais e
focando nas ações individuais, direcionando seus estudos mais para o comportamento
individual.
Weber também contribuiu com a formulação da “sociologia da teologia”, analisando
de forma mais profunda o capitalismo e o protestantismo, e desenvolveu uma reflexão da
sociologia postulada em métodos dos diferentes ramos do saber científico, e até então, as
ideias sociológicas predominantes eram baseadas na obra de Karl Marx e do sociólogo
francês Émile Durkheim, e a visão de Marx sobre o capitalismo é extremamente crítica,
mas Weber realizou uma análise mais positiva sobre a estrutura econômica do
capitalismo e baseou-se nas observações do desenvolvimento econômico de países
protestantes, realizando a comparação com demais países, e observou que as maiores
potências do século XX, eram nações cuja a maioria da população e seus lideres eram
protestantes.
Outro importante Teórico foi o filósofo Theodor Ludwig Wiesengrund-Adorno, que
além ser um dos expoentes da chamada Escola de Frankfurt, foi um sociólogo que
propões uma sociologia crítica, a qual não deveria ser nem como Durkheim pretendia,
mas também não deveria ser tratada como Marx vislumbrava. Na concepção de Theodor
Adorno a sociologia deveria estudar como a sociedade é, mas não só isso, pois deveria
pensar como a sociedade deveria ser, e isso é o que foi nomeado como sociologia crítica.

Assim como estes teóricos e sociólogos e tantos outros importantes pensadores


que destinaram seu tempo e suas vidas ao aprofundamento desta ciência, até os dias de
hoje não há uma hegemonia no pensamento do que é realmente a sociologia, mas a partir
do estudo destes teóricos é possível dizer que a sociologia é o esforço científico de
entender como as sociedades funcionam e como isso pode influenciar seus indivíduos.

Estudar a sociedade é de extrema necessidade para fujir da ideia de um


naturalismo humano, pois a sociedade dentro da sociologia é uma construção social e isto
é importante para podermos analisar outro ser humano de acordo com o meio que ele
vive, a fim de enxergarmos por uma nova perspectiva, conhecendo os pessoas através da
lente de outras realidades.

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