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A IMPORTÂNCIA E DIFICULDADES ENCONTRADAS NA ASSISTÊNCIA


FARMACÊUTICA NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE BRASILEIRO

Luzia Sousa Mendes Neta¹; Márcia Farias Cardoso²; Jadiane Ingrid da Silva³
¹ - Discente do curso de farmácia do Centro Universitário Maurício de Nassau
² - Discente do curso de farmácia do Centro Universitário Maurício de Nassau
³ - Docente do curso de farmácia do Centro Universitário Maurício de Nassau

E-mail para correspondência:

RESUMO
Segundo a Constituição Federal de 1988 a saúde é um direito de todos e dever do
Estado que por intermédio de medidas políticas, sociais e econômicas todos possam
ter acesso realizando a sua promoção, proteção e recuperação. Os profissionais
farmacêuticos possuem importância no sistema único de saúde pois são responsáveis
pelo cuidado ao paciente, desenvolvimento, produção, compra, distribuição de
medicamentos, instrução ao paciente. Contudo no atual cenário brasileiro não possui
uma devida assistência farmacêutica, principalmente nas unidades básicas de saúde.
Visto isso o estudo possui como objetivo caracterizar a assistência farmacêutica no
SUS e discutir a importância e dificuldades encontradas na assistência farmacêutica
no sistema público de saúde brasileiro, por meio de uma revisão bibliográfica.
Contendo como resultados e conclusão que é necessário um maior investimento na
saúde pública brasileira, para que assim a equidade seja colocada em prática.

Palavras-chave: Assistência Farmacêutica. Saúde. Sistema Público.

INTRODUÇÃO
No Brasil, o sistema público de saúde, chamado de Sistema Único de Saúde
(SUS), é apontado como uma grande conquista da sociedade, tendo em vista o seu
caráter de política estatal que promoveu ampla inclusão social. O SUS, criado pela
Constituição Federal de 1988 e institucionalizado pela Lei Orgânica da Saúde, é
reconhecido em decorrência de seus princípios de universalidade e igualdade no
atendimento e de integralidade das ações e serviços de saúde. A integralidade
pressupõe que as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde não podem
ser separadas; assim, as unidades prestadoras de serviço devem contemplar os
vários graus de complexidade da assistência à saúde.1
A política nacional de medicamentos (PNM), de 1998, foi formulada com a
finalidade precípua de garantir o acesso da população aos medicamentos
considerados essenciail.2 Duas das diretrizes e prioridades da PNM são a
reorientação da assistência farmacêutica e a adoção da Relação Nacional de
2

Medicamentos Essenciais (Rename). Tais diretrizes foram posteriormente


reafirmadas pela política nacional de assistência farmacêutica (PNAF). 3 Destaca-se
aqui a ênfase dada pelos gestores da saúde à necessidade de promover ações
estruturantes da assistência farmacêutica para a execução das ações e serviços de
saúde fundamentados nos princípios da universalidade, integralidade e equidade,
fixados na LOS.
Entretanto, mesmo com os avanços na assistência farmacêutica, muitos
problemas persistem e comprometem a missão de garantir o acesso da população
aos medicamentos e a racionalidade do uso. Dessa maneira, observa-se que ainda
existe a ideia inserida na sociedade em que o serviço farmacêutico com o modelo
curativo, concentrando apenas nessas demandas.
A distribuição de medicamentos na Atenção Básica à Saúde (ABS) é parte
integrante do processo de cura, reabilitação e prevenção de doenças. Os
medicamentos distribuídos neste nível de atenção são os chamados medicamentos
essenciais, que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) são aqueles que
satisfazem as necessidades de cuidados de saúde básica da maioria da população.
São selecionados de acordo com a sua relevância na saúde pública, evidência sobre
a eficácia e segurança e os estudos comparativos de custo efetividade. 4 Vários
autores, dentre eles Donabedian, referem a eficácia como o efeito potencial ou o efeito
em determinadas condições experimentais. Já a efetividade e o impacto traduziriam o
efeito real num sistema operacional, e a eficiência corresponde às relações entre
custos e resultados, ou entre resultados e insumos5.
Nesse contexto, a ampliação do acesso da população ao sistema de saúde
público, principalmente através da ABS, exigiu, ao longo dos últimos anos, mudanças
na organização da Assistência Farmacêutica (AF) dentro do SUS, de maneira a
aumentar a cobertura da distribuição gratuita de medicamentos e ao mesmo tempo
minimizar custos. Além disso, foi necessária a construção de um arcabouço legal para
sustentar o processo de descentralização da gestão das ações da AF e assim garantir
o acesso da população a medicamentos considerados essenciais.

Com base no que foi exposto, o presente estudo tem como objetivo caracterizar
a Assistência Farmacêutica no SUS e discutir a importância e dificuldades
encontradas na assistência farmacêutica no sistema público de saúde brasileiro.
Apontando por intermédio de uma análise das características do dia-a-dia quais
3

podem ser as melhorias realizadas para o atendimento desses profissionais de saúde


que trabalham no SUS.

MATERIAIS E MÉTODOS

O desenho do estudo consiste em uma revisão sistemática da literatura (RSL).


A RSL segue algumas etapas, que o pesquisador precisa entender e seguir para que
o trabalho de revisão seja bem-feito, tendo em vista a minimização dos problemas que
podem atrapalhar, ou mesmo deturpar o relatório final6.

Entre as etapas que foram seguidas, os autores mencionam que o pesquisador-


autor deve em primeiro lugar entender o papel dos stakeholders – partes interessadas
– no desenvolvimento da pesquisa. Posterior a isso é foram seguidas as seguintes
etapas: a) fontes de busca da temática, b) estratégias para o viés da pesquisa, c)
avaliação dos estudos, da literatura selecionados para serem utilizados na RSL, d)
ferramentas a serem utilizadas na síntese dos resultados e por fim e) a apresentação
do estudo6.

É válido ressaltar que a RSL é “crucial para que possamos obter as informações
desejadas em um crescente volume de resultados publicados, algumas vezes
similares; outras, contraditórios”. Os autores acrescentam que a RSL, por seguir um
método, um planejamento, responsável e justificável, é de extrema relevância para
uma boa pesquisa sobre uma determinada temática, haja vista, que servem para
“mapear, encontrar, avaliar criticamente, consolidar e agregar os resultados de
estudos6.

O presente estudo consiste em uma revisão sistemática da literatura. Essa


escolha se justificava na medida em que se trata de um estudo para apresentar a
importância e as dificuldades encontradas na assistência farmacêutica no sistema
público de saúde brasileiro. Desta forma, esse instrumento mostrou ser o mais
adequado para fornecer as informações necessárias.

Por se tratar de uma pesquisa bibliográfica não houve pesquisa de campo. Os


critérios de inclusão adotados para os estudos encontrados foram as resoluções
atualizadas do Conselho de Farmácia, artigos que apresentaram os parâmetros e
medidas que o profissional deve se ter no ato da prescrição, artigos originais, com ano
4

de publicação de 2010 a 2022, como o recorte temporal de 12 anos, e publicações


completas com resumos disponíveis e indexados nas bases de dados supracitadas
divulgados em inglês e português.

O desenvolvimento da pesquisa se deu através da consulta de artigos


científicos nas plataformas de maior relevância no que concerne a temática, como:
Banco de dados da Scielo, Revista Brasileira de Ciência Farmacêutica, Revista
Eletrônica de Farmácia, Revista Pharmacia Brasileira dente outros. Não obstante,
para um melhor embasamento dos conceitos relacionados a área, foram utilizadas
dissertações e teses de mestrado e doutorado que denotem afinidade ao tema. A
busca de dados acontecerá conforme as terminologias cadastradas nos Descritores
em Ciências da Saúde utilizando as seguintes palavras-chaves: assistência
farmacêutica, assistência farmacêutica no sistema público, dificuldades da assistência
farmacêutica. Posteriormente, será realizado a tabulação dos dados coletados e a
explanação dos tópicos mais pertinentes nos resultados e discussões do artigo.

RESULTADOS

A seleção dos artigos foi feita a partir de uma análise sistemática dos artigos
que resultou no total de 18 arquivos. Os resumos foram lidos e, após aplicados os
critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 05 artigos dentro da temática
escolhida, publicados nos últimos 12 anos.

Os artigos selecionados foram organizados no Quadro 1, abaixo, onde é


possível encontrar o ano de publicação, título, resultados e autores dos mesmos. Para
a seleção foram consideradas a parte metodológica, abrangendo pesquisas
quantitativas, qualitativas e descritivas.

Quadro 1: Artigos selecionados.


AUTORES TÍTULO ANO RESULTADOS
Nos três sistemas
O papel do analisados identificaram-se
farmacêutico em alternativas distintas, tanto
sistemas públicos e para incorporação do
CONILL, E. M. universais de saúde: profissional farmacêutico na
2019
DAMASCENO, M. A. um panorama atenção básica como para a
comparado do adequação da assistência
Brasil, Canadá e farmacêutica. O Brasil é o
Portugal. país com o sistema mais
generoso do ponto de vista
5

de oferta de medicamentos,
com um grande número de
normas que regulam esse
campo.
A Atenção Farmacêutica
com orientação
farmacoterapêutica e
acompanhamento do
tratamento pode promover
a prevenção de
SANTANA, D. P. H. A Importância da
problemas de saúde,
TAVEIRA, J. de C. F. Atenção Farmacêutica
2019 devido ao conhecimento
EDUARDO, A. M. de L. e na Prevenção de
dos medicamentos que
N. Problemas de Saúde
estão sendo utilizados no
paciente e, dessa maneira,
reduzindo os erros de
medicação e reações
adversas, além da interação
com a equipe de saúde.
As principais dificuldades
levantadas pelos
participantes indicam que a
Principais dificuldades educação farmacêutica está
FREITAS, G. R. M. de
enfrentadas por diretamente envolvida na
PINTO, R. S.
farmacêuticos para execução dos serviços
LUNA-LEITE, M. dos A. 2016
exercerem suas clínicos. Uma reforma
CASTRO, M. S. de
atribuições clínicas no educacional, tanto nos
HEINECK, I.
Brasil. cursos de graduação como
pós-graduação, se faz
necessária para a mudança
no cenário no país.
A efetiva implementação da
Atenção Farmacêutica,
prática que permite a
interação direta do
farmacêutico com o usuário
de maneira a atender suas
necessidades relacionadas
aos medicamentos, no setor
Dificuldades na gestão público pode ser uma
da política de alternativa para redução de
TREVIZAN, H. assistência 2015 custos para o sistema de
farmacêutica: uma saúde e melhora da
revisão bibliográfica. qualidade de vida dos
usuários. Há evidências que
esta atividade aumenta a
efetividade dos tratamentos
sanitários e melhora a
qualidade de vida dos
usuários que fazem uso,
além de reduzir custos com
tratamento.
CAVALCANTI, E. L. de M. Desafios para a Dentre os diversos
FREITAS, R. A. de assistência 2013 obstáculos para a oferta de
BORBA, A. K. T. farmacêutica na uma Assistência
6

FARIAS, R. L. G. P. de Atenção Básica à Farmacêutica de qualidade


AGUIAR, F. B. de saúde para a comunidade foram
HIRSCH-MONTEIRO, C. identificados como pontos
chave: irregularidade no
fornecimento dos
medicamentos, ausência do
profissional farmacêutico na
Equipe, falta de condições
físicas adequadas para o
armazenamento e
dispensação dos fármacos,
sobrecarga de funções para
os profissionais da Equipe.
Com muita criatividade e
jogo de cintura, a Equipe vai
contornando estes
problemas e buscando junto
à comunidade e à gestão a
solução para os mesmos.
FONTE: Autores, 2022.

DISCUSSÃO

A atenção terapêutica integral, incluindo a assistência farmacêutica, também é


uma área de atuação do SUS. A Política Nacional de Medicamentos (PNM) definiu
assistência farmacêutica como "um conjunto de atividades relacionadas a
medicamentos destinadas a apoiar ações de saúde solicitadas pela comunidade".
Para o Brasil, o termo Assistência Farmacêutica refere-se a atividades de caráter
integral, multidisciplinar e intersetorial, cujo objeto é a organização de ações e serviços
relacionados a medicamentos sob diferentes aspectos, com foco no relacionamento
com os pacientes e a comunidade dentro da visão de melhorar a saúde”7.

- Importância da Atenção Básica Farmacêutica no Sistema Único de Saúde

Além do suporte universal, abrangente e equitativo, as responsabilidades


incluem monitoramento, treinamento de recursos humanos, política de medicamentos,
dispositivos, imunobiológicos e outros insumos, desenvolvimento e implementação de
política de sangue e derivados. Os recursos vêm de fontes financeiras e são
compartilhados entre os governos federal, estadual e municipal, com hierarquia
político-administrativa, mas com um comando único em cada área de governo.
Espera-se que haja cooperação das unidades sindicais na organização da Rede de
Atenção à Saúde com os diversos serviços necessários à atenção integral 8.
7

A Política Nacional de Atenção Farmacêutica (PNAF) faz parte de uma política


nacional de saúde e seus eixos estratégicos preconizam: acesso e equidade com a
manutenção dos serviços de atenção farmacêutica na rede pública nos diferentes
níveis de atenção; qualidade desses serviços com o desenvolvimento de recursos
humanos, descentralização e definição unificada de responsabilidades, utilização da
Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) e política de vigilância
sanitária para produtos seguros e eficazes. Inclui também a modernização e
ampliação da produção de Laboratórios Farmacêuticos oficiais para fornecer ao SUS
e referências de custo e qualidade para a produção de medicamentos, inclusive
fitoterápicos. Estão previstas atividades interdisciplinares para o uso de plantas
medicinais e fitoterápicas para estimular a produção e a biodiversidade existente no
país8,9.
O componente estratégico da Assistência Farmacêutica (AF) visa garantir o
acesso equitativo a medicamentos e materiais para prevenção, diagnóstico,
tratamento e controle de doenças e agravos de importância epidemiológica, impacto
socioeconômico ou perfil endêmico que afetem populações vulneráveis,
contempladas em programas estratégicos. Saúde SUS. O fornecimento dos
medicamentos incluídos na componente estratégica é realizado de forma centralizada
e sob a responsabilidade do Ministério da Saúde e são repassados aos Estados para
distribuição aos municípios. Esses produtos estratégicos são utilizados no controle de
doenças endêmicas como tuberculose, hanseníase, cólera, malária, leishmaniose,
doença de Chagas e outras doenças como as retrovirais do programa IST/AIDS 10.
Como a oferta e a demanda por serviços farmacêuticos são amplas, é essencial
conhecer os prontuários dos pacientes para avaliar o risco ou orientar o
gerenciamento, a programação e o planejamento médicos. Na Atenção Primária, essa
avaliação é feita por meio de observação de prontuários internos, assistência
farmacêutica ou no processo de preparo, busca direta de informações do paciente ou
análise de prescrições. Com isso, problemas relacionados ao uso inadequado de
medicamentos podem ser minimizados, possibilitando aos pacientes uma melhor
qualidade de vida9.

- Dificuldades e desafios da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica.


8

Uma das principais dificuldade é a falta do profissional farmacêutico as Unidade


Básicas de Saúde (UBS), o que acarreta no desvio de função entre técnicos de
enfermagem, serviços gerais, enfermeiros ou técnicos administrativos alocados para
a dispensação de medicamentos, os quais fazem um treinamento básico de atendente
de farmácia10.
Em 2017 o COFEN/BA divulgou a Resolução nº 56411, onde descreve os
direitos e deveres do profissional da Enfermagem, inclusive determina que o mesmo
deve se recusar a exercer função que não sejam da sua competência, entre elas a
dispensação de medicamentos, sendo vetada a enfermeiros e técnicos de
enfermagem.
É válido ressaltar que o Conselho Federal de Farmácia (CFF), através da
Resolução nº 357/200112, regulamenta o Manual de Boas Práticas de Farmácia e
determina, no artigo 20 e 26, que é imprescindível a presença e atuação do
farmacêutico na dispensação de medicamentos, conforme trecho destacado abaixo:
Art. 20 – A presença e atuação do farmacêutico é requisito
essencial para a dispensação de medicamentos aos pacientes,
cuja atribuição é indelegável, não podendo ser exercida por
mandato nem representação.
(...)
Art. 26 – No ato de dispensação ao paciente, o farmacêutico
deve assegurar as condições de estabilidade do medicamento e
ainda verificar o estado da embalagem e o prazo de validade.
(p.1)

É importante lembrar que, para que a AF seja efetiva na atenção básica, é


necessário um acolhimento de qualidade, pois essa ação estabelece uma relação de
confiança e compromisso com o paciente. É importante ressaltar que quando o
respeito e a consideração dispensados pelos farmacêuticos são conhecidos na
comunicação, o usuário se sente mais à vontade para explicar seu problema e com
segurança em continuar sua farmacoterapia. Dessa forma, o profissional farmacêutico
melhora sua inserção e sua responsabilidade no setor público nos diferentes níveis
de atenção e atividades relacionadas à acessibilidade de medicamentos 13.
Por outro lado, a AF na atenção básica ainda enfrenta desafios que precisam
ser analisados, discutidos e enfrentados pela sociedade. Dentre esses desafios, o
elevado número de usuários afeta negativamente o tempo de espera e o
direcionamento do uso correto dos medicamentos, tornando a simples entrega do
produto o principal serviço oferecido. Além disso, o espaço físico da farmácia é um
problema muito sério, pois na maioria das UBS é relativamente pequeno e o
9

atendimento é realizado por meio de pequenas janelas, dificultando a interação dos


atendentes com as pessoas14,15.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Visto isso, observa-se que mesmo com a existência do PNAF e todos os


benefícios que em teoria promovem, principalmente no que se refere a qualidade e
manutenção dos serviços prestados para a população. Aliado a isso o componente
estratégico da Assistência Farmacêutica busca cumprir a distribuição dos
medicamentos de forma igualitária para pessoas de baixa renda por intermédio dos
estados e municípios.
Contudo, pode-se observar por intermédio da pesquisa realizada que no Brasil
ocorre um grande déficit no Sistema Público de Saúde, não somente no âmbito
farmacêutico, mas sim em toda sua estrutura onde durante o período de pandemia
que ganha mais destaque diversas pessoas não possuíram acesso a um atendimento
de qualidade, além de não conseguirem os devidos remédios para o tratamento. Desta
forma, muitos vieram a óbito.
No que tange ao profissional farmacêutico, notou-se que diversas unidades
básicas de saúde não possuem, deixando assim a responsabilidade para enfermeiros
técnicos ou até mesmo técnicos administrativos que fazem a função de dispensação
de medicamentos, como um atendente. Desta maneira, infringindo os direitos da
sociedade pois é necessário um atendimento de qualidade com os devidos
conhecimentos técnicos e análise dos problemas do paciente. Com isso conclui-se
que é necessário um melhor investimento do Estado perante ao sistema de saúde
para que assim, possa-se investir na contratação de farmacêuticos e medicamentos
para a sociedade.

REFERÊNCIAS
1. Brasil, Ministério da Saúde. ABC do SUS. Doutrinas e princípios. Brasília:
Ministério da Saúde; 1990.

2. Brasil, Conselho Nacional de Saúde. Resolução 338/2004. Disponível em: dtr


2004.saude.gov.br/susdeaz/legislacao/ arquivo/portaria_338.pdf. Acessado em 23
de março de 2022.

3. Peña JP. Marco lógico para la selección de medicamentos. Rev Cubana Med
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10

4. World Health Organization. WHO Medicines Strategy-countries the core: 2004-


2007. Geneva: WHO; 2004. [acessado 2006 jun 12]. Disponível em:
http://www.who.int/medicines

5. Donabedian A. La capacidade de la atención médica: definición e métodos de


evaluación. Cidade do México: La Prensa Médica Mexicana; 1984.

6. MORANDI, Maria Isabel W. Motta; CAMARGO, Luis F. Riehs. Revisão


sistemática da literatura. In: DRESCH, Aline; LACERDA, Daniel P.; ANTUNES
JR, José A. Valle. Design sciencie research: método e pesquisa para avanço da
ciência e da tecnologia. Porto Alegre: Bookman, 2015.

7. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Medicamentos. 2001.


Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_medicamentos.pdf. Acessado
em 01 de outubro de 2022.

8. CONILL, Eleanor Minho; DAMASCENO, Mônica Alves. O papel do farmacêutico


em sistemas públicos e universais de saúde: um panorama comparado do
Brasil, Canadá e Portugal. 2019. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.18569/tempus.v13i2.2656. Acessado em 01 de outubro de 2022.

9. SANTANA, Danúbia Pereira Honório.; TAVEIRA, Janaína de Castro Ferrão;


EDUARDO, Anna Maly de Leão e Neves. A Importância da Atenção Farmacêutica
na Prevenção de Problemas de Saúde. Revista de Iniciação Científica e
Extensão. Faculdade de Sena Aires. 2019. 2 (Esp.1):59-60. Disponível em:
https://revistasfacesa.senaaires.com.br/index.php/iniciacao-
cientifica/article/view/235/176. Acessado em 01 de outubro de 2022.

10. CAVALCANTI, Ednamarah Luana de Medeiros; FREITAS, Rafael Alves de;


BORBA, Ana Karoline Targino; FARIAS, Regina Lúcia Guedes Pereira de; AGUIAR,
Fernanda Burle de; HIRSCH-MONTEIRO, Cristine. Desafios para a Assistência
Farmacêutica na Atenção Básica à Saúde. 2013. Disponível em:
http://www.prac.ufpb.br/enex/trabalhos/6CCSDFPPROBEX2013266.pdf. Acessado
em 01 de outubro de 2022.

11. COFEN. Conselho Federal de Enfermagem Resolução nº 564/2017. Disponível


em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-5642017_59145.html. Acessado em
01 de outubro de 2022.

12. CFF. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 357/2001. Disponível em:


https://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/357.pdf. Acessado em 01 de outubro
de 2022.

13. FREITAS, Gabriel Rodrigues Martins de; PINTO, Rodrigo Silveira; LUNA-LEITE,
Márcia dos Angeles; CASTRO, Mauro Silveira de; HEINECK, Isabela. Principais
dificuldades enfrentadas por farmacêuticos para exercerem suas atribuições
clínicas no Brasil. 2016. Disponível em:
http://www.sbrafh.org.br/v1/public/artigos/2016070306000982BR.pdf. Acessado em
01 de outubro de 2022.
11

14. TREVIZAN, Henrique. Dificuldades na gestão da política de assistência


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Universidade Federal de Santa Maria. Disponível em:
https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/11705/Trevizan_Henrique.pdf?isAllowe
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