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ETEC DE ITAQUERA

ENSINO MÉDIO

ANA CAROLINA VIEIRA SANTOS


GUSTAVO BRITO DO NASCIMENTO
JOÃO LUCAS ALEXANDRE
RAFAEL MECHI DE OLIVEIRA

LEIS FEUDAIS

SÃO PAULO

2022
ANA CAROLINA VIEIRA SANTOS
GUSTAVO BRITO DO NASCIMENTO
JOÃO LUCAS ALEXANDRE
RAFAEL MECHI DE OLIVEIRA

LEIS FEUDAIS

Pesquisa apresentada ao curso de Ensino


Médio da ETEC Itaquera para obtenção de
conclusão de aprendizado.
Orientador: Ademilson Simoes

SÃO PAULO

2022
ANA CAROLINA VIEIRA SANTOS
GUSTAVO BRITO DO NASCIMENTO
JOÃO LUCAS ALEXANDRE
RAFAEL MECHI DE OLIVEIRA

LEIS FEUDAIS

Trabalho Avaliativo de Ensino


apresentado ao Ensino Médio, da área de
História, da ETEC de Itaquera, como
requisito parcial para a Obtenção do grau
de Ensino Médio com Habilitação
Profissional de Técnico em
Desenvolvimento de Sistemas.

São Paulo, 03 de agosto de


2022

BANCA
EXAMINADORA

Ademilson Simoes

ETEC de Itaquera
RESUMO

É de suma importância saber que o feudalismo foi uma forma de


organização social, ecônomica e política decorrida na Europa Ocidental nos
séculos V até XV, durante Idade Média. Era baseado na organização e divisão
de terras chamado feudo, seus proprietários eram chamados de Senhores
Feudais, e a mão de obra era servil (vassalo). De acordo com esse fato,
diversas abordagens de temas podem ser relacionadas ao termo feudalismo.
Uma delas é as Leis Feudais, que pode ser compreendida como uma forma
de organização e critérios a serem estabelecidos, e em sua maioria pagos, pelo
senhor feudal ao seu servo. Como autoridade em sua terra, o senhor feudal
estabelecia em sua maioria as leis, entratanto algumas leis eram iguais em
toda Europa Ocidental.
Grande parte das leis, eram tributos e taxas a serem pagas do vassalo ao
seu suserano, como: a corveia, banalidades, mão mosta, dízimo, entre outras.
Com a servidão e esses valores a serem pagos, essa pratica que se
prevaleceu no feudalismo se tornou um ciclo repentino sobre diversas
gerações.

Palavras Chaves: Feudalismo; Leis Feudais; Senhores Feudais, Servo.


ABSTRACT

It is very important to know that feudalism was a form of social, economic


and political organization that took place in Western Europe from the 5th to the
15th centuries, during the Middle Ages. It was based on the organization and
division of land called a fief, its owners were called Feudal Lords, and the labor
was servile (vassal). In accordance with this fact, several approaches to themes
can be related to the term feudalism.
One of them is the Feudal Laws, which can be understood as a form of
organization and criteria to be established, and mostly paid, by the feudal lord to
his servant. As an authority in his land, the feudal lord mostly established the
laws, although some laws were the same throughout Western Europe.
Most of the laws were tributes and fees to be paid from the vassal to his
suzerain, such as: the corvee, banalities, most hands, tithes, among others.
With servitude and these amounts to be paid, this practice that prevailed in
feudalism became a sudden cycle over several generations.

Keywords: Feudalism; Feudal Laws; Feudal Lords, Servant.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................7
2. LEIS FEUDAIS.............................................................................................8

3. JURAMENTOS............................................................................................8
4. DIREITO FEUDAL.......................................................................................8
5.O CASAMENTO..........................................................................................9
6. FORMARIAGE............................................................................................9
7. CONTRATO DE ENFEUDAÇÃO................................................................9
8. REGIMES JURÍDICOS DO DIREITO FEUDAL........................................10
9. CORVEIA..................................................................................................10
10.TALHA......................................................................................................11
11.BANALIDADES........................................................................................11
12.MÃO MORTA............................................................................................11
13.DÍZIMO OU TOSTÃO DE PEDRO...........................................................11
14.TAXA DE JUSTIÇA..................................................................................12
15.ALBERGAGEM........................................................................................12
16.ANÚDUVA................................................................................................12
17.AJUDAREIRA..........................................................................................12
18.ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA.............................................................12
19.PUNIÇÕES................................................................................................13
20.CONCLUSÃO...........................................................................................14
21.BIBLIOGRAFIA.........................................................................................15
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1. INTRODUÇÃO

O foco principal deste trabalho é contribuir com o conhecimento sobre o que


foi as leis feudais, visando reconhecer as praticas, costumes, obrigações e
compreender o contexto estudado.

É de suma importância que se tenha em mente todas as concepções que


envolvem a caracterização de leis feudais e suas atribuições, sejam elas todas as
diversificações de impostos e tradições. E é justamente nesta etapa de
desenvolvimento em que se encontra o enfoque e a formação de todo este trabalho.

A palavra "feudalismo" vem do latim "feudum", que significa "feudo".


Descreve um dos tipos mais proeminentes de sistemas políticos durante a Idade
Média e foi caracterizado por servos vinculados à terra em que trabalham, um código
de conduta para cavaleiros e senhorialismo.

Uma pirâmide feudal retrata as relações econômicas e sociais no feudalismo


de forma menos abstrata do que um diagrama de árvore genealógica.
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1. LEIS FEUDAIS

É de conhecimento geral, a partir das apresentações que foram e que serão


apresentadas o conceito de Feudalismo. Tendo como sua definição uma forma
de organização social e econômica instituída na Europa Ocidental entre os
séculos V a XV, durante a Idade Média, que se baseava em grandes
propriedades de terra, chamadas de feudos, que eram pertencentes aos
senhores feudais, e a mão de obra era destinada ao servo.
Antes de entrarmos no principal assunto “Leis Feudais”, será relatado algumas
caracteristicas para melhor compreensão do tema feudalismo:
➢ Economia agrícola;
➢ Servidão (vassalagem);
➢ Não existia possibilidade de mobilidade social;
➢ Presença de três principais camadas sociais: nobreza, clero (a Igreja) e os
servos;
➢ Relação de vassalagem e suserania;
➢ Poder jurídico, político e econômico concentrado nos senhores feudais;
➢ Servos eram obrigados a pagar impostos e tributos aos senhores feudais;
➢ Forte influência dos conceitos religiosos (Igreja Católica);
➢ Guerras para obter novas terras eram comuns entre os senhores feudais;
➢ O feudalismo era um sistema que imperava dentro do feudo, uma grande
propriedade rural, que abrigava um castelo fortificado, as aldeias, as terras
para cultivo, os pastos e os bosques.
A autoridade das terras, os senhores feudais, determinavam as leis e regras
para o convívio dentro de suas terras, por esse motivo, muitas vezes essas leis
eram feitas de forma que os interesses dos Senhores Feudais estivessem
presentes. A prática de um proprietário ceder suas terras em troca de serviços
e tributos, está diretamente relacionada a tradição antiga germânica,
beneficium.

2. JURAMENTOS

No período feudal os servos eram protegidos pelos senhores feudais em


troca de seus serviços, Porém seus senhores também precisavam de proteção,
assim, surgiu o sistema de suserania e os juramentos de fidelidade. Nestes o
responsável pela segurança do senhor feudal eram os cavalheiros, que
juravam proteje-los. O juramento era feito sobre a bíblias, e o compromisso era
firmado com um beijo entre o guerreiro e o senhor feudal.
Os feudos eram de responsabilidade autônoma do senhor feudal, que
também administrava a política, a economia e a justiça de sua terra, de forma
em que ele fosse abundantemente favorecido.
O vassalo, ajoelhado, colocava as suas mãos entre as mãos do senhor e
jurava-lhe fidelidade. O vassalo também devia ao senhor feudal, ou suserano,
serviço militar e 50% de sua colheita, ou seja, parte do que o servo plantava
era para o senhor feudal.
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O senhor feudal também tinha um juramento com seu servo, lhe prometia
proteção e claro, lhe concedia a terra.

3. DIRETO FEUDAL
O direto feudal era o conjunto de normas que regiam as relações sociais do
sistema feudal de produção. Surgiu no reino franco e posteriormente foi se
tonando comum por toda Europa ocidental.
Foi criado com total independência dos direitos germânicos e romanos, que
eram a base da maioria dos costumes feudais.
Suas características principais, destacadamente mais germânicas que
romanas, eram a valorização das relações pessoais e da propriedade fundiária
e a ausência de qualquer concepção abstrata de Estado.
Durante a Idade Média não havia hierarquia, aplicando-se um sistema de
jurisdições locais. Dessa forma, não havia centralização nem apelação, sendo
que os juízes eram ocasionais, sem qualquer formação jurídica.

4. O CASAMENTO

É impossível tratar das famílias medievais sem tratar da sexualidade. Ambas


estão ligadas à instituição do casamento, que submete a sexualidade a
proibições e regras final a sexualidade e reprodução passam a ser regidas
pelas regras culturais criadas pelas sociedades humanas.
Na idade média, O casamento não era baseado no amor, mas sim na
condição financeira das famílias e por arranjes políticos.
A mulher não podia escolher com qual homem ela iria se casar, apenas o
homem tinha esse direito, e muitas vezes, nem sabiam quem seria o seu futuro
marido.
Quando o jovem rapaz vinha de uma família rica, os pais ofereciam suas
filhas para poder se casar com o homem, e o mesmo tinha o poder de escolha.
Uma vez que ambas famílias concordavam com o casamento, o pai do noivo
passava o comunicado para a igreja, e um aviso era colocado na frente da
porta, indicando que não havia proibições para a cerimônia. No aviso, estava
escrito os nomes dos pais, E dizia que se alguém soubesse de alguma razão
para que os dois não pudessem se casar, que apresentassem o motivo. Se o
motivo fosse válido, o casamento seria proibido. Havia várias razões para
proibir o casamento, os principais motivos eram se o casal fosse parente de
sangue, se um dos 2 haviam matado uma pessoa, se fossem menores de 12
para as meninas ou 14 para os meninos etc.
A cerimônia era feita do lado de fora da igreja, e a noiva se vestia de azul,
não branco como hoje. O padre começava a cerimônia perguntando se alguém,
presente, sabia de alguma razão para ambos não se casarem, e é daí que vem
a expressão “fale agora, ou cale-se para sempre”.

5. FORMARIAGE
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A Formariage era um imposto pago pelos servos, para que ele conseguisse
se casar com uma mulher de outro feudo. A taxa era pago aos senhores
feudais para que ele autorizasse o casamento.

Quando um parente de um nobre fosse casar ele também tinha a obrigação


de pagar a taxa. Todos os casamentos tinham quer ser autorizada pelo senhor.
Na frança o senhor poderia até decidir se as núpcias de uma serva seria
realizada por ele ou pelo marido da noiva. Algo muito contestado pela igreja.

7. CONTRATO DE ENFEUDAÇÃO

O contrato de enfeudação consistia em duas regras: a homenagem e a


investidura.
Na homenagem o vassalo, tinha que jurar fidelidade ao suserano, o mais
poderoso do sistema feudal, ao receber a terra. Prometendo-lhe e realizando
diversas obrigações. O vassalo deveria: prestar serviço militar periódico ao
suserano, auxiliando-o militarmente, judiciálmente e financeiramente hospedar
o suserano quando necessário; dotar a filha do senhor de bens quando essa
fosse se casar; ajudar na formação do equipamento do filho do suserano que
fosse ser armado cavaleiro; e, sempre, preparar a guerra.
A investidura era a cerimônia da passagem de um feudo de um suserano
para um vassalo. O evento acontecia nas igrejas, e era realizado pelos
membros do clero.
Se caso, o vassalo traísse seu suserano perderia todos seus direitos, posses
e títulos. Durante a cerimônia, a submissão do vassalo perante seu suserano
era selada com um tapa no rosto do vassalo. Se recebia a investidura, que era
um ramo de folhas ou outro objeto entregue pelo suserano ao vassalo, que
funcionavam como símbolo das terras que a eles estavam sendo concedida.

8. REGIMES JURÍDICOS DO DIREITO FEUDAL

Existiam no sistema feudal dois regimes jurídicos: propriedade e


relações de trabalho.

Em relação à propriedade, a unidade de terras para produção era


pertencente ao senhor feudal, a posse possuía três forma:

I. Posse coletiva - que incidia sobre bosques e pastos, onde se


desenvolvia a coleta.

II. Reserva ou Manso Senhorial - propriedade privada do senhor, que


correspondia à metade da terra cultivada;

III. Manso Servil ou Tenência - sobre o qual o senhor detinha o direito de


uso (a propriedade e o servo)
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As relações de trabalho eram os costumes, as obrigações e as taxas


sofridas pelos servos, como:

9. CORVEIA

Na Corveia o servo era obrigado a prestar serviços para o seu Senhor


Feudal. Eram cerca de 3 a 4 dias serviço gratuito por semana. Tinham como
obrigação fazer a manutenção do castelo, construir muros, limpar o fosso do
castelo, limpar o moinho. também realizavam trabalhos de plantio e colheita no
manso senhorial.

A Corveia era um costume europeu, mas ,principalmente, francês que ao


decorrer dos Séculos XI e XII com o avanço no uso das moedas sob a Europa
foi ganhando cada vez menos força, os servos começaram a ser remunerado
com elas, deixando assim, poucos países com a tal prática, como, por
exemplo, a França que só à aboliu em 1789, durante a Revolução Francesa.

10. TALHA

Na Talha 50% dos produtos plantados pelos servos no manso servil, tinham
que ser entregues aos senhores feudais, como forma de impostos.
Considerado um dos mais importantes, foi de suma importância para a
economia da França, pois se tornou o mais rentável do período.

11. BANALIDADES

Também dentro do repositório de impostos, as banalidades eram tributos da


época feudal pagos pelo servo para a utilização de bens de propriedade do
senhor feudal, pela utilização de equipamentos e instalações do senhorio, pois
o senhor feudal detinha todos estes equipamentos.
As banalidades abrangiam desde os equipamentos de produção, como
moinhos, azenhas, lagares para vinho e para azeite, fornos de telha, até
barcos, lojas etc.
Leva o nome de banalidades, pois os objetos de produção eram
considerados banais, a população se via constrangida a usar mediante o
pagamento de um certo foro ou renda.

O foral de Anobra (1275) determina que pela utilização dos moinhos se paga
1/4 ao rei. Outros forais, como os de Centocelas (1194), Benavente (1200),
Pinhel (1209) e Elvas (1229), tornavam isentos de foros as tendas, moinhos e
fornos, ou então isentavam-nos em grande parte (foral de Ourém de 1180, foral
de Tavira, dado por D. Afonso III, etc.).
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Com o crescimento da Burguesia a Banalidade foi se esvaindo, persistiam


em poucos países como Portugal, para acabar com a prática com o Decreto de
20 de Março de 1821 e com a Lei de 22 de Fevereiro de 1846 a Banalidade foi
abolida.

12. MÃO MORTA

Mesmo quando o patriarca da família composta por servos falecia, a família


não poderia deixar o feudo, continuavam servindo aos senhores feudais e
contribuindo nas suas obrigações, a obrigatoriedade de trabalhar para os
senhores era hereditária .

Então toda vez que algum servo morria a Mão-morta era paga, para que os
restantes continuassem morando e trabalhando nas terras.

13. DÍZIMO OU TOSTÃO DE PEDRO

Tostão de Pedro era um imposto pago pelos servos mensalmente à igreja,


era 10% de toda a produção do camponês, parte do pagamento era enviado
diretamente para a Roma. O servo pagava, na maioria das vezes, com
produtos (batatas, trigo, pães, ovos, etc.) que produzia nas terras em que
trabalhava.

Começou a ser cobrada pelos saxões na Inglaterra e se espalhou pelo


continente europeu, até hoje a prática do dízimo é presente em algumas
igrejas, porém de uma forma menos feroz.

14. TAXA DE JUSTIÇA

Era o imposto pago pelos servos que queriam mover uma ação judicial
contra o seu senhor feudal, então caso o senhor não cumprisse algum acordo
ou, até mesmo, por outros motivos, como o servo também poderia cometer
algo.

Eles pagavam para que acontecesse justiça dentro dos feudos, o senhor
cobrava a taxa para que o julgamento existisse, e o tribunal presidido pelo o
senhor feudal.

15. ALBERGAGEM
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Era a obrigatoriedade de um servo à hospedar um senhor feudal em sua


residência, caso fosse necessário. Essa lei valia por toda a Europa, todos os
nobres tinham esse direito e todos os civis tinham que hospitaliza-los.

16. ANÚDUVA

A anúduva era um imposto direto, e consistia na obrigação de trabalhar na


construção e reparação de castelos, de cavas, torres, muros etc. Essa
obrigação tinha o intuíto de executar essas obras afim necessárias à defesa da
terra.

Essa obrigação, com o passar do tempo, passou a ser resgatado por meio
de dinheiro, os peões e outros pequenos proprietários.

D. Afonso lll, na reforma tributária que teve início em 1272, regulamentou


este tributo, fixando as condições da sua efectivação e isentando do seu
cumprimento vários tipos de pessoas. A obrigação da anúduva, além de
representar um pesado ónus para os povos, dava com frequência lugar a
muitos abusos.

17. AJUDADEIRA

A ajudandeira também era um imposto ou um foro medieval. Essa obrigação


consistia no auxílio a dar pelo soberano ao enfiteuta ou senhorio em
circunstâncias singulares com as despesas do príncipe ou o soberano.

Tais contribuições, são: Quando casava a primeira filha, quando armava


cavaleiro o filho primogênito, para resgate de algum familiar cativo, etc.

18. ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

A administração da justiça, está relacionada a criação de um sistema de


tribunais feudais, do qual faziam parte os tribunais senhoriais, que consistiam
na reunião dos vassalos sob a presidência do senhor feudal, para a
composição de disputas entre vassalos ou sobre feudos.

Não havia uma formação jurídica hierárquica solida durante a idade média,
então paralelamente ao direito feudal surgiu um sistema de tribunais feudais,
que tinha como tribunais os Senhoriais, os eclesiásticos e os municipais. Nos
Senhoriais aconteciam as reuniões entre os vassalos sobre a presidência do
senhor feudal, tratavam sobre disputas ou sobre feudos.

Para resolver um tal problema jurídico os casos eram expostos


publicamente, e o provo participava, dando suas opiniões sobre os fatos
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expostos ali, tando negativas como positivas. O procedimento era oral, e as


autoridades exerciam somente o controle formal da disputa e a ratificação da
solução encontrada. Caso não houvesse uma decisão certeira sobre os casos,
era determinado que os julgados duelassem entre si. Possuíam alguns meios
para que acontecem os duelos, tinham provas em sua maioria irracionais, que
eram baseados em poderes divinos, sobrenaturais ou físico para a luta
corporal.

Provas documentais e testemunhais eram raras, e o juiz não as validavas ,


de modo que, havendo dúvida, recorria-se também aí ao duelo. Além do duelo
utilizava-se o ordálio, ou "prova de Deus" em que a parte era submetida a uma
prova e, dependendo do resultado, considerava-se que falava a verdade ou
mentia (por exemplo, passar por uma fogueira sem queimar os pés era prova
de que a alegação era verdadeira).

19. PUNIÇÕES

Na idade Media havia o cárcere, que servia como um lugar pra conservar
aqueles que futuramente seriam punidos de forma brutal, como, por exemplo
teriam seus corpos castigados ou até mesmo a pena de morte.

Naquele período não havia um local específico para o cárcere, os punidos


poderiam ficar em porões, calabouços, mosteiros, acorrentados nos castelos e
entre outros.

Assim como os julgamentos as punições também eram realizadas em


público, trazendo assim uma enormidade de pessoas às ruas, todas elas para
presenciarem o tal espetáculo, entretenimento.

Os diferentes tipos de pena eram: a amputação dos braços, a degola, a


forca, o suplício na fogueira, queimaduras a ferro em brasa, a roda e a
guilhotina eram as formas de punição que causavam dor extrema.

Vale destacar que a igreja católica tinha grande influência nesses castigos,
pois eram a soberania da época. Ela ordenava, por exemplo, as inquisições a
instituição formada pelos tribunais da Igreja Católica que perseguiam, julgavam
e puniam pessoas acusadas de se desviar de suas normas de conduta.

Existiam dois tipos de encarceramentos: cárcere de Estado e o cárcere


eclesiástico. Cárcere de Estado: era utilizado quando o cenário em um que o
indivíduo estava num estado de espera de condenação.

Cárcere eclesiástico: era destinado aos rebeldes, que ficavam presos


sofrendo penitências, até que se arrependessem do crime cometido e assim
houvesse a lição.
Neste momento surge o termo “penitenciária,” que tem precedentes no Direito
Penal Canônico, que é a fonte primária das prisões.
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20. CONCLUSÃO

O feudalismo foi uma forma popular de governo durante a Idade Média na Europa. Começou
no século VII, floresceu nos séculos X e XI e declinou lentamente ao longo dos séculos XII e
XIII. Em seu lugar havia dois novos sistemas de governo: "cavalaria" (ou "cavalaria") e
administrações monárquicas ou centralizadas.

Na Europa Ocidental, o feudalismo teve origem na Alemanha, Itália e França. O feudalismo


como sistema se espalhou pela Europa, mas também pela Inglaterra, Irlanda, Escócia, Islândia,
Portugal, Espanha e partes da Hungria.

Podemos concluir que, essa forma popular de governo se espalhou por toda a Europa,
causando uma fixação de costumes, tradições e níveis de soberania (nobres estão acima, em
seguida vem o clero sendo este a igreja e por último os servos.
Portanto a sustentação dos dois primeiros poderes, era feita pelo terceiro poder, os
servos, que pagavam diversos impostos e taxas para seus senhor, sendo até mesmo
algum deles a igreja, além de sua Servidão hereditária ao seu senhor feudal.

21. BIBLIOGRAFIA
16

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https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/feudalismo-servidao-impostos-
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ARIANE, Cris. Obrigações feudais – Idade Média. SlideShare. Disponível em:


https://pt.slideshare.net/ariaeillynn/obrigaes-feudais-idade-mdia. Acesso em 16
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em: https://youtu.be/5giogaq8C1Q. Acesso em 17 de julho de 2017.

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casamento medieval. Diário de Biologia e História. Disponível em:
https://youtu.be/RgEk3VtW0jc. Acesso em 17 de junho de 2020.

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17

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