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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

Sociologia

Euller Vinicius Cruz Dias


Engenharia Civil

No conto a balada do black tom, conhecemos Charles Thomas Tester,


um rapaz jovial e um pouco acanhado que vive com seu pai Otis no Harlem,
habitual bairro americano habitado por imigrantes e afrodescendentes, mas
que também sofre os mais diversos preconceitos da sociedade branca. Entre
um serviço e outro, que geralmente só lhe dá dinheiro suficiente para
sobreviver poucas semanas, Thomas tenta passar sempre despercebido e
longe de conflitos. Ele sabe bem o que é ser abordado pela polícia sem
motivos, apenas por ser “de pele escura”. Ao longo do conto percebemos como
era a dura realidade de um negro vivendo em um mundo onde o preconceito
era fortemente difundido.

Em vários momentos o personagem fala sobre como se sente perdido naquele


lugar, desamparado e até mesmo assustado sem saber se voltará vivo para
casa. Mas ele precisava escolher entre viver o medo ou não ter o que comer, e
por isso, acabava aceitando qualquer tipo de trabalho, até mesmo os que
lidavam com forças obscuras e perigosas à nossa realidade. Com o passar do
tempo vemos que as suas ações são direcionadas à sua mudança de
personalidade e vemos então uma faceta latente do personagem. Todo o medo
e repressão que sofrera até aquele momento torna-se em ódio e revolta, uma
força maior do que ele próprio consegue controlar. A partir daí, o horror se
instala e uma porta ao submundo é aberta.

No conto do red hook, o Lovecraft utiliza o ódio contra negros e outras etnias
como mecanismos para movimentar a história. Algumas descrições
surpreendem por deixar explícito a inferioridade racial. O autor consegue criar
imagens magistralmente malditas e nos fazer imergir em suas imagens de
seres estranhos e bizarros e de homens capazes de vender suas almas diante
de um poder absoluto e além da imaginação.

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