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Faculdade Economia
Licenciatura em Economia
Economia de Moçambique
Tema: Papel dos portos e caminhos-de-ferro na economia Moçambicana em 1975-1999
Discente:
Isabel Jasse
Docentes:
Dr Milagre Armando
1.1. Objectivos
2.1. Definições
Portos
Para se perceber melhor o conceito de porto será utilizada a definição de Dias (2005) citada
por Cabral(2014),¨ um porto é um local que possibilita adequadas condições de ancoragem e
permanência de navios, de forma relativamente segura, podendo estes abrigar-se de ventos e
tempestades. As embarcações e navios procedem a acostagem para embarque/desembarque
de passageiros e carga/descarga de mercadorias¨.
De acordo com os produtos manuseados nos portos os seus terminais devem estar providos de
equipamentos de movimentação próprios para as especificações de mercado de forma a
tornarem-se mais eficientes .
Ferrovias
Segundo (Fonseca, 1999) uma ferrovia (chamada também de via férrea, caminho de ferro
ou estrada de ferro ) é um sistema de transporte baseado em trens (comboio) correndo
sobre trilhos (carris) previamente dispostos.
As ferrovias são o meio de transporte terrestre com maior capacidade de transporte de carga e
de passageiros.
b) Desvantagens
A construção dos portos e caminhos-de-ferro de Maputo e Beira, data do século XIX e está
intimamente ligado à venda de mão-de-obra barata, trocas comerciais e utilização de entrada
e saída de mercadoria sul-africanas e dos países do interior, a Rodésia do Sul, Rodésia do
Norte (actual Zâmbia) e Niassalândia (actual Malawi) através de Moçambique. A partir de
1881, durante a implantação do capitalismo imperial na colónia, foi consistente a procura de
chineses para as obras de construção infraestrutural. A construção das duas principais
cidades, Beira e Lourenço Marques, os respectivos portos e caminhos-de-ferro, as açucareiras
do baixo Zambeze (Sena Sugar States) e do vale do rio Búzi (Companhia do Búzi) e outros
empreendimentos coloniais modernos careciam de artesãos mais ou menos hábeis e a baixo
preço que a mão-de-obra especializada proveniente da Europa não satisfazia pelo seu elevado
custo (Mendes, 2009).
Uma das razões da utilização do porto de Maputo por parte da África do Sul prende-se com a
perspectiva de ser mais viável e menos oneroso em relação aos portos sulafricanos de Durban
que se localiza a sudeste daquele país, e o porto Elizabeth que se localiza na cidade do Cabo a
sul da África do Sul. Relativamente ao porto da Beira, a sua construção está ligada às
companhias majestáticas no centro do país nomeadamente a Companhia de Moçambique. Em
1887, chegaram à região de Lourenço Marques os primeiros operário vindos de Cantão para a
construção dos caminhos-de-ferro de Lourenço Marques para a África do Sul,
empreendimento que se realizou entre 1887 e 1889, e para o território de Manica e Sofala,
mais a norte, sob administração da Companhia de Moçambique, também foram contratados
«coolies» chineses para a construção do porto e do caminho-de-ferro para a Rodésia (Beira-
Untali), 1892-1898 (Mendes, 2009).
A rede ferroviária de Moçambique é de 3.113 km dos quais somente 70% estão operacionais.
Decorre a reabilitação das restantes vias como forma de operacionalizar os transportes
ferroviários do país com destaque para a linha de Sena que liga o porto da Beira ao vizinho
Malawi. Este troço serve igualmente para o escoamento do carvão mineral das zonas mineiras
de Moatize-Tete para o porto da Beira. A reabilitação das infra-estruturas estender-se-á ao
corredor do norte visando a sua extensão à República Democrática do Congo como forma de
transformar Nacala num porto mais viável.
A elaboração foi feita com base nas obras dos autores das teorias em abordagem, uso de
livros, revistas e publicações de diversos autores para clarificação dos conceitos em caso.
O estudo foi feito com base em dados secundários que serão extraídos dos relatórios anuais
do Banco de Moçambique e da Associação Moçambicana de Bancos, dos Relatórios e Contas
dos Bancos Comerciais e do Instituto Nacional de Estatística.
4. Resultados
Gráfico 1- Cargas transportadas nas ferrovias moçambicanas de 1975 a 1989 de acordo
com os países vizinhos (10^3 Toneladas liquidas)
Acções institucionais como leis e medidas podem estimular ou frear o carácter poroso dos
territórios. Se até a independência moçambicana o seu território era intencionalmente aberto
ao recebimento e envio de mercadoria para os territórios vizinhos, sendo caracterizado por
uma economia de trânsito que tinha no estímulo institucional ao movimento nos portos e
ferrovias elementos centrais, com o fim do domínio colonial a porosidade territorial de
Moçambique sofreu uma alteração drástica.
O Comportamento do gráfico 2 é explicado pela assinatura dos acordos gerais de paz entre a
RENAMO e a FRELIMO (1992) e o Programa de Reabilitação Económica (PRE), sendo que
nesse contexto o governo moçambicano iniciou o processo de restruturação do sistema ferro-
portuário e os CFM defiram em 1991 algumas políticas de descentralização e de
envolvimento do sector privado na construção e expansão de infra-estruturas e na gestão de
algumas instalações
5. Conclusão
Apesar dos vários aspectos negativos o país apresenta um enorme potencial de crescimento,
comprometimento por parte do Governo tanto em recuperação das infra-estruturas como na
abertura para entrada de novos negócios no país e um crescente investimento estrangeiro.
São por esses motivos que é preciso repensar sobre a maneira como Moçambique trata o
modal portuários e ferroviário. E com certeza, ter profissionais qualificados nessa área
contribui para um maior desenvolvimento.
6. Referência Bibliografia