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II – TRATADOS
INTERNACIONAIS
Profa. Dra. Andreza Smith
andrezapantoja@gmail.com
1. TERMINOLOGIA
Rebus sic stantibus (art. 62): possibilidade de suspensão ou extinção do tratado pela
ocorrência de evento que elemento essencial para o consentimento das partes e
modifica radicalmente as obrigações futuras. Casos impedidos:
quando o tratado estabelece limites
quando a mudança fundamental de circunstâncias alegada pela parte resulta de sua
própria violação do tratado ou de outra obrigação internacional.
1.3 CONDIÇÕES DE VALIDADE
b) Agentes habilitados
Art. 7º da CV/1969: isentos da carta de plenos poderes o Chefe de Estado e/ou de
Governo (representatividade originária), o Ministro das Relações Exteriores e,
somente para a adoção de um tratado, o Embaixador devidamente acreditado na
OI ou no país depositário do tratado (representatividade derivada).
Se o agente não tem plenos poderes, o ato será nulo, tendo consequências
jurídicas apenas se houver a sua confirmação pelo Estado (art. 8º).
Obs.: apenas o presidente da República e, extensivamente, o Ministro das
Relações Exteriores podem conceder a carta de plenos poderes
1.3 CONDIÇÕES DE VALIDADE
c) Consentimento mútuo
Art. 51, CV/69:
“Não produzirá qualquer efeito jurídico a manifestação do
consentimento de um Estado obrigar-se por um tratado que tenha
sido obtido pela coação de seu representante, por meio de atos ou
ameaças dirigidas contra ele.”
1.3 CONDIÇÕES DE VALIDADE
Não cuidou dos efeitos dos tratados na sucessão de Estados (CV/78) e no estado de
guerra.
Autoridade jurídica mesmo para aqueles Estados que dela não são signatários - norma
"declaratória de Direito Internacional geral“;
DEFINIÇÃO DE TRATADO NA CV/69
a) Formação do
d) Promulgação e
texto (negociações, b) Aprovação c) Ratificação ou
adoção, parlamentar adesão do texto publicação
autenticação) e (referendum) convencional (complementar /
assinatura aplicabilidade
interna)
FASES INTERNACIONAIS
4.1 FORMAÇÃO DO TEXTO E ASSINATURA
B) Adoção do texto
Ato jurídico que chancela o acordo das partes e põe fim às negociações (Art. 9°, §§ 1 °
e 2°, da Convenção de Viena de 1969)
Procedimento jurídico-diplomático que expressa o consenso e chancela à redação
definitiva do tratado internacional
Não é norma jurídica ainda. Exceção: Cláusulas finais - art. 24, § 4°, da Convenção de
Viena de 1969, segundo o qual:
"Aplicam-se desde o momento da adoção do texto de um tratado as disposições
relativas à autenticação do seu texto, à manifestação do consentimento dos Estados em
obrigarem-se pelo tratado, à maneira ou a data de sua entrada em vigor, às reservas, às
funções de depositário e aos outros assuntos que surjam necessariamente antes da
entrada em vigor do tratado".
4.1 FORMAÇÃO DO TEXTO E ASSINATURA
- Outros:
- regra do efeito útil (maior eficácia);
- interpretação funcional (de acordo com o objetivo para plenitude de efeitos);
- analogia, os costumes, os princípios gerais de direito
- a regra contra proferentem (em desfavor de quem a redigiu, benefício da dúvida
a outra parte do contrato)
10. INTERPRETAÇÃO
D. Sistemas de interpretação
Interpretação internacional:
Interpretação autêntica/coletiva – declaração interpretativa, todas as partes; simultânea
ou posterior à conclusão do tratado;
Declaração conjunta – apenas duas ou mais partes, mas não todos, acordo formal, só
tem valor para elas
Por órgão judicial externo ou outro órgão indicado (Ex: CIJ, CIDH, Cons. Seg. ONU, Cons.
Perm. OEA, opiniões consultivas das cortes) pelos Estados
Interpretação unilateral: feita por uma das partes, não vincula as demais, declaração
interpretativa
Interpretação interna: conforme regras da CV/69, pode ser política ou jurídica
Interpretação doutrinária: Estatuto da CIJ que reconhece ser a doutrina um "meio auxiliar
para a determinação das regras de direito" (are. 38, § 1°, alínea a).
11. NULIDADE
Nulidade
CV/69 – Seção 2 da Parte V (art. 46 ao art. 53):
(1) vícios que podem influir no consentimento do Estado em obrigar-se pelo tratado,
dividindo-os em anuláveis (arts. 46 a 50) e nulo (hipótese única do art. 51); e
(2) os casos de nulidade do tratado propriamente dito (arts. 52 e 53)
Três partes para estudo:
a) anulabilidade do consentimento; (relativa – poss. convalidação)
b) nulidade do consentimento; (absoluta – impossi. Conval.)
c) nulidade dos tratados (absoluta)
ANULABILIDADE DO CONSENTIMENTO