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INDICADORES DE APRENDIZAGEM

SÉCULO XIX - REVISÕES

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
 Define Revolução
Revolução é uma mudança abrupta no poder político ou na organização estrutural de uma sociedade que
ocorre em um período relativamente curto de tempo.
 Define “Revolução Industrial”.

Foi uma mudança nas técnicas de produção. A manufatura é substituída pela maquinofatura em resultado
da descoberta da máquina a vapor por James Watt.
 Situa no tempo e no espaço o arranque da 1.ª revolução Industrial

A Revolução Industrial deu-se em Inglaterra nos finais do séc. XVIII.


 Refere as consequências, positivas e negativas, da revolução industrial a nível económico e
social.

Económicas: aumento da produção aumento das exportações alargamento dos mercados; balança
comercial positiva (maior o número de exportações); acumulação de capital capitalismo industrial.
Sociais: capitalistas – possuem os meios de produção (ex. máquinas, matérias-primas…); classes médias;
proletários – a única riqueza que possuem é a força de trabalho para vender (salário).
Sociedade de classes – alta burguesia, média e baixa burguesia, trabalhadores operários e camponeses.
 Relaciona essas consequências com o liberalismo económico1.
O liberalismo económico permitiu uma maior acumulação de capitais e o capitalismo industrial uma vez
que os capitalistas não tiveram restrições que não lhes permitisse obter o máximo lucro através da
exploração dos trabalhadores. Por esse motivo aumentaram as desigualdades sociais, enriquecendo os
capitalistas e empobrecendo os proletários.
 Relaciona as consequências sociais da Revolução Industrial, na primeira metade do século
XIX, com o aparecimento do movimento operário2 e com as doutrinas socialistas3.
Entre finais do século XVIII e meados do século XIX, a indústria inglesa desenvolveu-se em dois sectores:
têxtil e metalúrgico.
Têxtil - produzia grandes quantidades de pano para a Europa e para a América, exigia pouco capital e
mão-de-obra não tinha de ser especializada.
Metalúrgica - devido à revolução de transportes, sectores como a indústria química e metalúrgica
passaram a ter um papel muito importante na economia.

1
O liberalismo económico é uma doutrina surgida no século XVIII. O seu principal representante é Adam Smith. Esta
doutrina defende a não intervenção do Estado na economia. Tudo fica nas mãos da iniciativa privada, da livre
concorrência e da lei do mercado.
2
Conjunto de ações desenvolvidas pelos trabalhadores no sentido de melhorarem as suas condições de vida e de
trabalho
3
As doutrinas socialistas têm como objetivo encontrar soluções para resolver a “Questão Social Inglesa”, ou seja, o
problema que resulta da exploração dos trabalhadores e da má distribuição da riqueza.
A manufatura deu lugar à maquinofatura que permitiu a produção em série, produtos com mais qualidade
e mais baratos.
As oficinas foram gradualmente substituídas pelas fábricas
- Artesão especializado deu lugar ao operário que não precisava de especialização.
- O operário só faz uma parte do “todo” pelo que não há identificação com o produto final.
- O mestre artesão dá lugar ao patrão (capitalista) distante do operário.

- Direito ao voto universal ou direto


- O aparecimento das doutrinas socialistas3. Dentro das doutrinas socialistas surgiram: o socialismo
utópico, o socialismo científico ou marxismo (Karl Marx) e o socialismo reformista.
- A rivalidade entre potências industrializadas.

REVOLUÇÕES LIBERAIS
 Define Revolução liberal.
Conjunto de mutações políticas e sociais ocorridas na sequência do legado ideológico da Revolução
Francesa e Americana. Representaram o fim das estruturas do Antigo Regime, no que concerne à classe
dominante, instituições, ordem internacional, etc.
 Situa no tempo o início da Revolução Francesa e da Revolução Liberal Portuguesa.
A Revolução Francesa foi em 1789 e a Revolução Liberal Portuguesa foi em 1820.
 Mostra a importância da aprovação das Constituições 4 liberais (alterações que se
verificaram a nível político e social).

ANTIGO REGIME REGIMES LIBERAIS

MONARQUIA ABSOLUTA MONARQUIA CONSTITUCIONAL


REGIME POLÍTICO

- O poder vem de Deus para o rei que o - O Rei tem que se submeter à Constituição (estabelece
exerce sem o consentimento dos súbditos e direitos e obrigações de governantes e governados)
não presta contas a não ser a Deus - O poder vai do povo para o Rei (eleições)
- O rei concentra todos os poderes - Há divisão tripartida de poderes: Executivo (Rei)
Legislativo ( Assembleia eleita pelo povo) e Judicial
(Tribunais)

4
Contrato entre governantes e governados, elaborado por uma assembleia eleita (soberania da Nação). Nele se
definem direitos e deveres de ambas as partes. Este princípio é base de das democracias atuais – o poder é do povo
que elege os seus representantes.
SOCIEDADE DE ORDENS (clero nobreza e SOCIEDADE DE CLASSES (alta burguesia, média
povo) burguesia, camponeses, operários…)
ORGANIZAÇÃO SOCIAL

- Existem classes privilegiadas - Perante a lei somos todos livres e iguais em direitos
- A lei fixava à nascença para cada uma das ( não classes privilegiadas)
ordens direitos e obrigações, - O individuo vale por si e não pelo grupo social a que
- O indivíduo não vale por si, mas sim pelo pertence. A diferenciação social é feita com base na
grupo social a que pertence riqueza, no prestigio das funções que exerce, etc.
- Não há mobilidade social - Há mobilidade social.
- O clero e a nobreza são as classes - A classe dominante é a burguesia
dominantes

Põe em evidência o papel de Napoleão para a França e para a Europa


A ascensão de Napoleão foi uma consequência direta da crise ocorrida em França no final do séc. XVIII.
Coube-lhe a tarefa de consolidar internamente algumas das principais conquistas da Revolução Francesa.
A expansão territorial da “Era Napoleónica” teve como objetivo o fortalecimento do Estado francês. Desta
maneira eram divulgadas ideias liberais que enfraqueciam os seus adversários (monarquias) e criava-se
um grande mercado para os produtos franceses. Conseguiu dominar grande parte da Europa, exceto a
Inglaterra.
As novas “ideias francesas”:
- igualdade Estas ideias revolucionárias assustaram alguns reis absolutistas da Europa. Uniram-se
- liberdade e declaram guerra à França.
- fraternidade
Refere as consequências do Bloqueio Continental.
O Bloqueio Continental foi a ordem de Napoleão que interditou os países europeus de transacionarem
com os ingleses, no sentido de provocar a sua ruina e a França vencer a Inglaterra.
Consequências:
- Fortalecimento do império francês na Europa.
- Início do processo de independência das colónias portuguesas e espanholas na América.

PORTUGAL NO SÉCULO XIX – O CASO PORTUGUÊS.


 Carateriza a situação política, económica e social de Portugal na primeira metade do século XIX.
No início do séc. XIX, Portugal mantinha as estruturas do Antigo Regime intactas, escapando aos ventos
do liberalismo que sopravam da França revolucionária. Porém, sucedeu uma série de acontecimentos que
alteraram a situação política do país:
- entre 1807 e 1811, Portugal sofreu três invasões dos exércitos franceses, devido à indecisão em aderir
ao Bloqueio Continental.
- na sequência da primeira invasão, a família real e a corte fugiram para o Brasil, para não ficarem reféns
dos franceses. A governação do reino ficou entregue a um governo de regência.
- os cargos mais importantes eram exercidos por ingleses, causando descontentamento entre os
portugueses.
Perante o agravamento da situação económica (agricultura, indústria e comércio em ruína) e política
(permanência da família real no Brasil e forte presença britânica no país), a associação secreta Sinédrio
preparou uma revolta que que eclodiu no Porto dia 24 de agosto de 1820 e rapidamente se alastrou por
todo o país – Revolução Liberal. O liberalismo estava em marcha com o primeiro objetivo de elaborar
uma Constituição para acabar com a monarquia absoluta em Portugal.
 Refere as causas que justificam a situação que então se vivia.
(misturado na de cima)
 Diz o que entendes por regeneração.
Depois de um período de agitação política que marcou a primeira metade do século XIX, teve início em
1851 uma nova etapa da monarquia constitucional portuguesa, esse período foi chamado Regeneração.
Foi um período de paz pois os governos tentaram recuperar o atraso em que Portugal vivia em relação a
outros países da Europa, através da modernização da administração e do desenvolvimento económico do
país. Deste período destaca-se a ação política de Fontes Pereira de Melo – o Fontismo.
 Diz o que entendes por Fontismo.
Período da história portuguesa posterior à Regeneração, que corresponde ao período de governação
(1871-1887) de Fontes Pereira de Melo.
 Descreve a ação de Fontes Pereira de Melo.
Medidas:
- Criação de caminhos de ferro, estradas pontes e novos portos (revolução dos transportes).
- A criação dos telégrafos e na criação de centros postais.
- Incremento na agricultura: incremento na mecanização, novos adubos, criação de gado, novas culturas
como o arroz o vinho e a batata.
Na indústria a introdução da máquina a vapor.
 Põe em evidência os aspetos positivos e negativos dessa ação.
Esta ação renovou o país, no entanto exigiu a contração de muitas dividas que o país se revelou incapaz
de pagar. Assim, o país teve de abrir bancarrota.

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