Discente: Bruno Figueiredo Pinto Sobrinho Docente: Alexsandra Laurindo Leite
Cascata de coagulação e Leucemias
Cascata de coagulação
O processo de coagulação que dá origem à hemóstase envolve um conjunto
complexo de reações envolvendo cerca de 30 proteínas diferentes. Essas reações convertem o fibrinogénio, uma proteína solúvel, em filamentos insolúveis de fibrina, que, em conjunto com as plaquetas, formam um trombo estável. Já foram propostos vários modelos para a cascata da coagulação. A coagulação pode ser dividida em duas vias: a extrínseca e a intrínseca. Na via extrínseca o fator tecidual liberado pelo tecido lesionado, causa a ativação do fator VII, que ativa o fator X. A ativação do fator X ocorre depois que o fator VII forma um complexo com o cálcio, e o fator III passa a agir enzimaticamente na presença de fosfolipídios para garantir a ativação. Já na via intrínseca, inicialmente, observa-se a fase de contato, que envolve quatro proteínas distintas. O fator XI adere-se à superfície exposta e é ativado na presença de cininogênio de alto peso molecular (CAPM) pelo fator XII ativado. O fator XI atua sobre o fator IX, ativando-o. O fator IX ativado estimula o fator X ao atuar com o fator VIII ativado, fosfolipídios plaquetários e o fator 3 plaquetário. Essas duas vias convergem para uma via comum onde ativação do fator X na via intrínseca e extrínseca leva à via comum. Nessa via, o fator X ativado combina-se com fosfolipídios e com o fator V para formar o complexo chamado de ativador de protrombina. Esse complexo inicia a ativação da protrombina (fator II) em trombina (fator II ativado). A trombina, por sua vez, converte o fibrinogênio (fator I) em monômeros de fibrina. O fator XII catalisa a transformação da fibrina solúvel em insolúvel na presença de cálcio.