Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação
pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada
A Importância do Ato de Ler - em três artigos que se completam
Paulo Freire
CRITICA DO AUTOR:
•A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não
mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita.
•A quantidade de páginas lidas ainda supera a qualidade da leitura. Contudo, é importante também lembrar que não
•podemos tirar a importância da necessidade que temos educadores e educandos, de ler, sempre e seriamente, os clássicos
neste ou naquele compõem especial.
•A ALFABETIZAÇÃO É A CRIAÇÃO OU A MONTAGEM DA EXPRESSÃO ESCRITA , DA EXPRESSÃO ORAL.
•ESTA MONTAGEM NÃO PODE SER FEITA PELO EDUCADOR PARA OU SOBRE O ALFABETIZANDO.
NÃO É POSSÍVEL PENSAR, SEQUER, A EDUCAÇÃO, SEM QUE SE ESTEJA ATENTO À QUESTÃO DO PODER
O fato do educador não ser um agente neutro, não significa, que deve ser manipulador.
A opção realmente libertadora nem se realiza através de uma prática manipuladora, nem tampouco por meio de uma prática
espontaneista licencioso, irresponsável. O que deve ser feito pelos educadores é aclarar, assumindo a opção política e ser
coerente a ela, na prática.
Sabendo que não é o discurso que ajuíza a prática, mais a prática que ajuíza o discurso.
•Os educadores precisam saber ouvir os alunos, escutá-los correspondente ao direito de falar.
•Não é aceitável de forma algum impôr a compreensão em nome da libertaçãoe é como aceitar soluções autoritárias como
caminhos de liberdade.
•É necessário que assumam a ingenuidade dos educandos. A educação modela as almas e recriam os corações, ela é a alavanca
das mudanças sociais.
• O analfabeto, porque não a tem, e é um “homem perdido”, cego, quase fora da realidade. É preciso, pois, salvá-lo e sua
salvação está em passividade receber a palavra.
• Do ponto de vista nevrálgico e democrático, o alfabetizando e não o analfabeto, e se insere num processo criador de que ele é
também sujeito.
•O Brasil foi “inventado” de cima para baixo. Precisamos reinventá-lo em outros termos. O povo diz a sua palavra é a parte
importante da pratica da educação.
•Experiência de alfabetização de alunos em São Tomé e PríncipeÉ relatado que seria impossível fazer uma campanha de
alfabetização de adultos promovida por um governo antipopular e a colaboração não pode ser uma invasão disfarçada, tem que
ser um terreno comum entre ambos.
•Os cadernos não são livros neutros, nem manipuladores estimulam o educando a participação crítica e democrática no
ato de conhecimento de que são também sujeitos.
alfabetização de adultos e na pós-alfabetização a serviço da reconstrução nacionalcontribuam para que o povo,
tomando mais e mais a sua história nas mãos, se refaça na feitura da história e no reverso da história.
•Para se fazer uma história mais consciente é estar presente nela e não simplesmente estar representado.
• Na etapa da alfabetização o que se pretende não é uma compreensão profunda da realidade que se está analisando
• Desenvolver e estimular a capacidade crítica dos alfabetizandos enquanto sujeitos do conhecimento, desafiados pelo
objeto a ser reconhecidoExperiência sistemática relação
•Estudar é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema em seu primeiro ato.
•Estudar exige disciplina é criar e recriar é não repetir o que os outros dizem.
•O ato de estudar, de caráter social X não apenas individual X independentemente de estarem seus sujeitos conscientes
disto ou não.
• RECONSTRUÇÃO NACIONAL é um esforço no qual o nosso povo está empenhado para criar uma sociedade nova. Uma
sociedade de trabalhadores. Exige – unidade, disciplina, trabalho e vigilância.
1 - De acordo com Paulo Freire quando trata da importância do ato de ler, para a construção da visão crítica são
indispensáveis:
(A) Trabalhar a alfabetização espontânea, totalmente ligada aos setores político e social.
(B) Trabalhar a alfabetização, neutralizando a política e as classes sociais.
(C) Trabalhar a alfabetização, considerando a política com coerência, vivenciando, na prática, o reconhecimento
óbvio, sabendo ouvir, falar e assumindo a ingenuidade dos educandos para poder saber o que estão aprendendo.
(D) Trabalhar a alfabetização, assumindo a ingenuidade dos educandos, partindo do ensino da realidade social de
seus alunos para, posteriormente, ensinar o desconhecido.
2- “A leitura do mundo precede a leitura da palavra.”
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Ed. Cortez, 1992.
a) Letramento.
b) Psicogênese da língua escrita.
c) Aquisição da linguagem.
d) Alfabetização.
e) Oralidade.
3 - Leia o texto
(…) Mas, é importante dizer, a “leitura" do meu mundo, que me foi sempre fundamental, não fez de
mim um menino antecipado em homem, um racionalista de calças curtas. A curiosidade do menino
não iria se distorcer pelo simples fato de ser exercida, no que fui mais ajudado do que desajudado
por meus pais. E foi com eles, precisamente, em certo momento dessa rica experiência de
compreensão do meu mundo imediato, sem que tal compreensão tivesse significado malquerenças
ao que ele tinha de encantadoramente misterioso, que eu comecei a ser introduzido na leitura da
palavra.
A decifração da palavra fluía naturalmente da “leitura" do mundo particular. Não era algo que se
estivesse dando superpostamente a ele. Fui alfabetizado no chão do quintal de minha casa, à sombra
das mangueiras, com palavras do meu mundo e não do mundo maior dos meus pais. O chão foi o
meu quadro-negro; gravetos, o meu giz (…)
Estão CORRETAS:
a) II, III, V.
b) IV, V.
c) I, III, IV
d) II, III.
e) I, II, V.
4- Paulo Freire afirma que o educador deve ler sempre e seriamente livros que interessem,
que favoreçam a mudança de sua prática, procurando adentrar nos textos, criando aos
poucos uma disciplina intelectual que o levará, enquanto professor, não somente a fazer
uma leitura do mundo, mas escrevê-lo ou reescrevê-lo, ou seja, transformá-lo por meio de
sua prática consciente.
(A) é transferir, depositar, oferecer, doar ao outro tomado como paciente de seu pensar, a
inteligibilidade das coisas, dos fatos, dos conceitos.
(B) implica a existência de sujeitos que pensam mediados por objeto ou objetos sobre que incide o
próprio pensar dos sujeitos.
(C) corresponde à sensibilização para a aprendizagem e à exploração do conteúdo a partir de um
material de apoio.
(D) compreende a exploração do conteúdo a partir das vivências dos alunos e a avaliação dos
conhecimentos adquiridos.
(E) está dividido em dois momentos, o primeiro, aquele no qual o professor ensina um determinado
conteúdo, e o segundo, aquele no qual o aluno aprende.
6 - Para Freire, a leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir
da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser
alcançada por sua leitura crítica implica a:
(A) a importância da compreensão crítica do ato de ler centrada na decodificação pura da palavra escrita.
(B) que a leitura do mundo precede a leitura da palavra, e a posterior leitura desta implica a continuidade da leitura
daquele.
(C) a necessidade de se considerar a dicotomia presente no ato de ler e de escrever.
(D) que a memorização mecânica da descrição de um objeto, quando da leitura de um texto, constitui-se em real
leitura, da qual resulta o pleno conhecimento do objeto.
(E) que a necessária aquisição de uma visão mágica da palavra escrita pelos estudantes pressupõe que os professores
insistam na leitura de muitos capítulos de livros por semestre letivo.
8. Para Paulo Freire, a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra; por sua vez, a leitura da palavra implica a
continuidade da leitura do mundo. Para o autor, esse movimento dinâmico é um dos aspectos centrais do processo de
alfabetização. Nesse sentido, enfatiza o autor que as palavras a serem trabalhadas em um programa de alfabetização
deveriam vir: