Comércio Eletrônico de Moda. IARA – Revista de Moda, Cultura e Arte, São Paulo, v.9, n°2, p.2-14, 2016.
No artigo cientifico intitulado “Comércio eletrônico de moda: como se dá o
comportamento do consumidor nesse tipo de mercado”, os autores Cézar Seffen – doutor em Comunicação Social pela PUC-RS e professor na Uniritter-RS, Liana Haussen – Bacharel em Design de Moda pelo Centro Universitário Metodista IPA-RS e Mestranda na Uniritter-RS, e Luciana Bulcão – Graduada em Administração com Ênfase em Produção do Vestuário pela UFPEL; Especialista em Moda Criatividade e Inovação pelo SENAC; Mestre em Direção e Gestão de Empresas de Moda - ESDEN/Madrid/ES e Mestranda em Design Estratégico na Unisinos-RS, abordam sobre as vantagens e desvantagens que o consumidor enxerga neste tipo de compra e quais os principais motivos que levam a este comportamento, dando foco principal ao crescimento constante das compras no que tange as lojas virtuais ou comércio eletrônico de moda. Os autores iniciam sua discussão apontando sobre a expansão e o avanço da tecnologia, para o estilo de vida, para os novos hábitos de consumo, e, sobretudo como essa forma de comprar e vender abriram novas oportunidades para os múltiplos setores da moda. Mesmo com toda a comodidade e facilidade que esse novo estilo de vida proporciona, alguns consumidores preferem pesquisar preços e promoções através das plataformas digitais, e ainda sim depois, ir às lojas físicas para analisar os produtos, experimentar, tocar e então comprá-los. Dentro disso, com base em Albertin, 2010, os autores apontam destaques para os dois tipos de modalidades que existe dentro do comércio eletrônico: o B2B - Business to Business, cujo formato se caracteriza em vendas de empresas para empresas. E o B2C - Business to consumer, que é caracterizado por vendas de empresas para consumidor. Para esse artigo o foco escolhido foi somente o B2C como objeto de pesquisa. O procedimento metodológico utilizado para desenvolver o artigo foi por meio do estudo de caso, através de um questionário online, enviado via e-mail e redes sociais com um total de setenta respondentes. Tendo por objetivo o conhecimento de como se comporta e o que interfere os consumidores que já estão acostumados com a internet, bem como as desvantagens e o que desestimula as compras por meio do comércio eletrônico de moda. Os autores também mencionaram que segundo os dados da E-Bit (empresa que classifica o comércio eletrônico no Brasil), desde 2013 o setor da moda – que inclui roupas, calçados e acessórios – estava em primeiro lugar nas vendas, passando os eletrônicos que antes, eram os que mais vendiam. E esse contexto permanece até hoje, em 2022. A moda segue na liderança em produtos mais vendidos, onde ganham destaques: a moda feminina, acessórios, moda masculina, infantil, plus size e moda sustentável. Os autores concluem que embora uma grande gama da pesquisa apresentasse o desestímulo da compra online, percebeu-se que existe um enorme crescimento das compras no que tange o comércio eletrônico de moda. O estudo também constata que o comportamento do consumidor de moda online, é definido pelo uso e frequência da internet, o que consequentemente aumenta o volume de consumidores. Por outro lado, essa modalidade também apresenta diversos riscos no que tange a compra online, pois alguns consumidores apontam como desvantagem essa nova forma de fazer compras, quando o mesmo não consegue informações oficiais do produto, sem poder tocar, experimentar se necessário, ter a percepção de tamanho, cor e textura do objeto. Não somente este detalhe, mas também o medo relacionado à insegurança sobre as transações realizadas de modo remoto, imersas em um elevado nível de riscos, assim como o medo relacionado ao fornecer números de cartão de crédito pela internet que possam ser interceptados por hackers, e consequentemente serem alvos de fraudes. Ao falar de fraudes e desvantagens, cabe aqui eu apontar que existe também uma grande parte de consumidores, que por sua vez, não se familiarizaram e/ou não aprenderam a consumir produtos por meio do e-commerce. Outro ponto importante é a falta de padronização na modelagem que não existe no Brasil, o que faz muitos consumidores não se identificarem com o tamanho da peça, fazendo com que desistam da compra. A venda no comércio eletrônico de moda também se depara com a desvantagem sobre a falta de organização de alguns sites, dificultando consumidores que não estão muito familiarizados com informações de “cookies” e outras tecnologias desnecessárias aparecendo no meio da tela. É importante destacar a constante evolução e crescimento deste meio de consumo. Existem hoje inúmeros motivos pelos quais as pessoas preferem comprar por meio da internet, e um dos principais motivos se destaca com a influência das redes sociais. O Instagram e o Tiktok, hoje, são as duas maiores plataformas de redes sociais, e dentro delas existem milhares de nichos voltados para o consumo de moda online. Outro ponto importante é que por meio da compra em loja virtual, os preços são evidentemente mais baratos, tornando mais atrativo do que pela loja física; a facilidade de poder comprar em qualquer lugar a qualquer hora do dia ou da noite; e também é que não há um vendedor “empurrando” o produto, o que faz uma grande parcela de consumidores optarem pelo online. Sendo assim com base no artigo, enquanto a estrutura do texto, esta favorece a compreensão, pois os argumentos dos autores são claros e as informações são pouco a pouco apresentadas através das pesquisas levantadas com os correspondentes, de maneira coerente e consistente. Apesar disso, a linguagem exige uma leitura atenciosa para o bom aproveitamento das importantes informações que o artigo apresenta. Esse artigo pode ser recomendado para jovens, adultos, e principalmente estudantes de Moda, Marketing, Administração, Publicidade e profissionais em geral.