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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

BACHARELADO EM ARQUEOLOGIA

LUCAS CUNHA SANTOS

CULTURA: UMA PERSPECTIVA A PARTIR DO EVOLUCIONISMO


CULTURAL

Professor: Dr. Fernando Ozório de Almeida

Laranjeiras/SE
2017.1
INTRODUÇÃO

O conceito de Cultura é bastante complexo, são muitas as suas definições e todas elas
são baseadas em uma ou mais correntes teóricas que figuravam no tempo de cada autor. A
Cultura também é diversa: pelos muitos modos de comportamento existentes entre os
diferentes grupos humanos que dividem a Terra; e dinâmica: por manifestar o que o ser
humano vive, sente, pensa e faz, e essas ações se modificam continuamente.
A definição formal de Cultura é atribuída a Edward Burnett Tylor, que a conceituou
pela primeira vez no livro “Primitive Culture”, em 1871; em uma de suas passagens, ele
defende que “Cultura ou civilização, tomada em seu mais amplo sentido etnográfico, é aquele
todo complexo que inclui conhecimento, arte, moral, lei, costume e quaisquer outras
capacidades e hábitos adquiridos pelo homem na condição de membro da sociedade” (p. 69).
Nas palavras de Nepomuceno e Assis (2008, p. 2), “a compreensão antropológica de
cultura foi gradativamente construída”, resulta de um processo de construção histórica e do
amadurecimento científico no campo da análise social, fruto da necessidade de entendimento
do que é ser humano. É um conceito que passou por uma infinidade de modificações, mas
sempre esteve relacionado à concepção de algo que se opunha ao natural, ao biológico.
Veiga-Neto (2003, p. 7), dá a ideia de que a modernidade aceitou sem muitos
questionamentos a designação de cultura para tudo aquilo que a humanidade havia produzido
de melhor em termos materiais, artísticos, filosóficos, científicos, literários, etc., de modo que
por muito tempo ela foi pensada como sendo única e universal. Para o autor, o que evidencia
o conceito de cultura é o uso que se faz dele, e em muitos casos é tido como um “ elemento de
diferenciação assimétrica e de justificação para a dominação e a exploração”.
Nessa perspectiva, ainda na linha de raciocínio do autor, a busca de todos os povos
devia ser por “formas mais elevadas da Cultura, tendo por modelo as conquistas já
realizadas pelos grupos sociais mais cultos”. E essa ideia de Cultura ainda vigora em muitas
sociedades, inclusive em grande parte da brasileira; não é raro atribuir a um sujeito que
entende de diferentes áreas do conhecimento como alguém “culto”, enquanto subestima os
conhecimentos de outro, em muitos casos, o tratando por “inculto”, e isso quase sempre está
associado às distinções de classes sociais geradas pelo capitalismo.
Já para Laraia (1986, p. 105), “não resta dúvida que grande parte dos padrões
culturais de um dado sistema não foram criados por um processo autóctone, foram copiados
de outros sistemas culturais”. A antropologia denomina esses “empréstimos culturais” de
difusão, e muitos antropólogos parecem convencidos de que essa difusão cultural é a
responsável pelo “desenvolvimento” que o ser humano vive atualmente.
E esse pensamento remete a ideia das diferentes culturas que através do processo de
difusão foram adquirindo e incorporando elementos de uma cultura para outra, como modo de
garantir a sua própria sobrevivência e alcançando com isso um melhoramento em suas
práticas sociais.
Entrementes, Laraia (1986), em sua discussão sobre o que chamou de “dilema: a
conciliação da unidade biológica e a grande diversidade cultural da espécie humana”,
afirma que as diferenças de comportamentos entre povos distintos “não podem ser explicadas
através das diversidades somatológicas ou mesológicas”, pois os determinismos geográfico e
biológico se mostraram incapazes de resolver “o dilema”.
Como pode ser visto, a cultura tem sido objeto de estudo de diversas áreas do
conhecimento e, como tal, foi conceituada por muitos pesquisadores. Entretanto, ainda que
considerando a complexidade de suas definições, o foco objetivo deste trabalho é apresentar
os conceitos de cultura numa perspectiva a partir da escola antropológica evolucionista,
baseando-se nos pensamentos de seus principais representantes, também considerados os pais
da Antropologia: Edward Burnett Tylor, Lewis Henry Morgan e James George Frazer; e é sobre as
suas ideias a respeito da Cultura que vamos discutir a partir de agora.
A CULTURA NUMA PERSPECTIVA EVOLUCIONISTA

Ao buscar compreender o conhecimento já produzido sobre a Cultura, considerando-a


uma característica essencialmente humana, se faz necessário também entender, mesmo que
minimamente, qual o contexto histórico que figurava quando surgiu o saber científico que
toma ‘o homem’ como seu objeto de estudo: a Antropologia.
Desse modo, se torna auspicioso saber que, quando a Antropologia nasceu para a área
do conhecimento humano, já no final do século XIX, dominava no mundo científico a teoria
evolucionista consagrada com a publicação de “On the Origins of Species by Means of
Natural Selection; or, The Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life (Sobre a
origem das espécies por meio da seleção natural; ou, a preservação das raças favorecidas na
luta pela vida), de Charles Darwin, no ano 1859, e que influenciou fortemente a nova ciência.
Correto? – Apenas em partes! Vamos aos fatos.
Tratando desse tipo de estudo, é muito importante também entender que, sobretudo na
Europa e na América do Norte, embora a maior parte das pessoas já tivessem aceito as ideias
de Darwin, a compreensão de suas teorias era um tanto “vaga e superficial”, pois, de acordo
com Castro (2005, p. 12), “um dos fatores fundamentais para a aceitação da ideia de
evolução estava associada a ideia de progresso”. E para complicar ainda mais, alguns grupos
humanos passaram a sentir-se “a raça favorecida” diante das outras, ainda que da mesma
espécie, e interpretavam “a preservação das raças favorecidas na luta pela vida”, do famoso
naturalista, numa perspectiva de superioridade que viria a justificar a sua ‘dominação’ sobre
outros povos, considerados inferiores.
Não se pretende levantar aqui uma discussão sobre o relativismo nas interpretações
que nós, seres humanos, fazemos das coisas, nem tampouco polemizar a respeito da
seletividade inconsciente pela qual direcionamos nossa atenção, sobretudo para o que está de
acordo com o que mais acreditamos/interessamos. Mas é possível que essas características
inerentes ao ser humano tenham reforçado a falsa ideia de evolução cultural tida entre esses
grupos que se consideravam (ou consideram) superiores aos outros.
Em seu livro, o que Darwin argumentou foi que “as espécies existentes haviam se
desenvolvido lentamente a partir de formas de vida anteriores, e apontou como mecanismo
principal desse processo a teoria da ‘seleção natural’ através de variações acidentais”
(Castro, 2005, p. 12).
Ainda de acordo com o autor, foi Herbert Spencer, com a publicação do seu texto
“Progress: Its Law and Cause” (Progresso: Sua Lei e Causa), no ano 1857, quem generalizou
a ideia de evolução para explicar todo o Universo. Foram suas ideias que implicaram na
disposição das sociedades já conhecidas numa escala evolutiva e essa se tornou a ideia
fundamental do evolucionismo na antropologia.
Os antropólogos evolucionistas, viam os diferentes grupos humanos como sujeitos em
constante desenvolvimento, e essas distintas sociedades evoluiriam na mesma direção,
passando pelas mesmas etapas de desenvolvimento e suas diferenças culturais seguiriam uma
transformação que ia do simples ao complexo, do irracional ao irracional, etc., e todos esses
grupos teriam que necessariamente atravessar as mesmas etapas de desenvolvimento; e todas
as sociedades contemporâneas seriam consequências desses diferentes ritmos da evolução.
Como já citado, os antropólogos mais influentes do evolucionismo cultural foram
Edward Burnett Tylor, Lewis Henry Morgan e James George Frazer. Mas, como afirma
Castro (2005), “[...] não se deve reduzir as obras desses autores ao rótulo de ‘evolucionistas’,
embora os três tenham de fato sido expoentes dessa corrente de ideias [...]”, e nem considerá-
los os únicos pensadores da escola evolucionista; porém “[...] eles sintetizam as ideias-chave
da teoria e método característicos do evolucionismo cultural” (p. 4).
A Edward Burnett Tylor é atribuída a primeira definição formal de cultura, publicada
em seu livro “Primitive Culture: Researches into the Development of Mythology, Philosophy,
Religion, Language, Artand Custom (Cultura primitiva: pesquisas sobre o desenvolvimento da
mitologia, filosofia, religião linguagem, arte e costume), em 1871, onde defendeu que:
“Cultura ou civilização, tomada em seu mais amplo sentido etnográfico, é aquele todo
complexo que inclui conhecimento, arte, moral, lei, costume e quaisquer outras capacidades
e hábitos adquiridos pelo homem na condição de membro da sociedade” (p. 69).
Tylor também é considerado o pai da antropologia cultural. Infelizmente, depois de
um trauma familiar enquanto estava numa pesquisa de campo, decidiu se afastar da parte
prática, tornando-se assim um chamado “antropólogo de gabinete”, dedicando-se a teorizar os
dados obtidos por terceiros. Ele teve como referência de suas produções intelectuais diferentes
correntes do pensamento europeu, como o Evolucionismo de Darwin, a Filologia
comparativa, o Romantismo alemão e o Iluminismo francês.
Em “A Ciência da Cultura” (1871), Tylor explica que a cultura entre as várias
sociedades humanas deve ser investigada de acordo com as leis do pensamento e da ação, e
para explica-la, diz:
De um lado, a uniformidade que tão amplamente permeia a civilização pode ser
atribuída, em grande medida, à ação uniforme de causas uniformes; de outro, seus
vários graus podem ser vistos como estágios de desenvolvimento ou evolução, cada
um resultando da história prévia e pronto para desempenhar seu próprio papel na
modelagem da história do futuro (p. 31).

Para ele, todos os grupos que estão no mesmo grau civilizatório têm algo em comum.
E analisando cuidadosamente suas culturas é fácil notar as diversas semelhanças entre
diferentes povos, mesmo estando há quilômetros de distância uns dos outros, vivendo em
ambientes totalmente diferentes.
Nesta obra o autor cita o provérbio italiano: “o mundo todo é uma aldeia” (tutto il
mondo è paese) para falar da semelhança geral na natureza humana que podem ser notadas
quando estudadas focando na “comparação de raças que se encontram em torno do mesmo
grau de civilização” (p.75).
E esse é um ponto interessantes, inclusive as comparações que ele usa para explicar
essa ideia faz, de certo modo, até muito sentido:

Machadinha, enxó, cinzel, faca, serra, raspadeira, broca, agulha, lança e cabeça de
flecha, e, desses a maior parte, se não a totalidade, pertence, com pequenas
diferenças de detalhe, às mais variadas raças. O mesmo se passa com as ocupações
selvagens: cortar madeira, pescar com rede e linha, caçar com funda e lança, fazer
fogo, cozinha, enrolar fios e trançar cestas repetem-se com maravilhosa
uniformidade nas prateleiras dos museus que ilustram a vida das raças inferiores,
de Kamchatka à Terra do fogo, e do Daomé ao Havaí (Tylor, 1871, p.75).

Para ele, o progresso, a degradação, a sobrevivência, o renascimento e a modificação


são aspectos da conexão que liga a complexa rede da civilização; e nos leva ainda a refletir
sobre o quanto somos nós realmente seus originadores e o quanto somos apenas os
transmissores e modificadores dos resultados de Eras mais antigas.
Nessa reflexão ele considera, se utilizando de obras de artes para exemplificar seu
pensamento, que mesmo transformados, deslocados ou mutilados, esses elementos de arte
ainda carregam consigo suas histórias amplamente estampadas.
Ainda de acordo com ele, os estágios de culturas podem ser comparados sem se levar
em conta o quanto tribos que usam o mesmo implemento, seguem o mesmo costume e
acreditam no mesmo mito podem diferir em sua configuração corporal e na cor de pele e
cabelo. A cultura faz parte do processo racional humano, e isso toca os grupos.
Por fim, nesta obra ele “apresenta uma grande quantidade de evidências de todas as
regiões do mundo, mostrando o significado da Filosofia da Religião e traçando sua
transmissão, expansão e modificação ao longo do curso da história até o centro do nosso
pensamento moderno”. E este seu trabalho foi genial, na minha humilde opinião.
Lewis Henry Morgan (1818-1881) foi um dos fundadores da antropologia científica
moderna, em 1871 ele elaborou em “Systems of Consanguinity and Affiniy of the Human
Family” (Sistemas de consanguinidade e afinidade da família humana) uma classificação
universal dos sistemas de parentesco, e em 1877 publicou “Ancient Society (Sociedade
Antiga: ou investigações sobre as linhas do progresso humano desde a selvageria, através da
barbárie até a civilização), onde elaborou a teoria geral da evolução da sociedade, que
segundo ele, se deu em três etapas: selvageria, barbárie e civilização, onde em cada uma delas
predominava certas técnicas e instituições e a aquisição de nova técnica ou capacidade
marcaria o fim de uma e início de outra etapa. A exemplo: com a invenção da cerâmica,
iniciou-se a fase da barbárie, com a invenção da escrita, iniciou-se a civilização.
É inegável que partes da família humana tenha existido num estado de selvageria,
outras partes num estado de barbárie outras num estado de civilização, parece
também que essas três distintas condições estão conectadas umas às outras numa
sequência de progresso que é tanto natural como necessária. Além disso, é possível
supor que essa consequência tenha sido historicamente verdadeira para toda a
família humana, até o status respectivo atingido por cada ramo (MORGAN,
1877, p. 49).

Nesta obra ele defende que a medida que avançamos na direção do passado da
humanidade, seguindo o que ele chama de “as diversas linhas de progresso”, temos as
invenções e descobertas de um lado e as instituições de outro, de modo que as primeiras tem
uma relação progressiva entre si, enquanto as últimas foram se desdobrando, estando as
instituições plantadas desde a barbárie, e suas origens foram transmitidas a partir do período
anterior de selvageria.
Segundo ele, os fatos que indicam a formação gradual e o desenvolvimento das ideias,
aspirações e paixões humanas estão organizadas da seguinte forma:
I – Subsistência: aumentada e aperfeiçoada por uma série de artes sucessivas,
introduzidas ao longo do tempo e conectadas com as invenções e descobertas;
II – Governo: buscado por gentes no status de selvageria, em formas cada vez mais
avançada até se estabelecer a sociedade política;
III – Linguagem: desenvolvida a partir de formas mais rudes e de expressões mais
simples (gestos e sinais);
IV – Família: Sistema de consanguinidade e afinidade nos costumes, como os
casamentos, onde a história da família pode ser seguramente traçada;
V – Religião: tratando da natureza imaginativa e emocional humana;
VI – Vida doméstica e arquitetura: ligadas a forma da família e o plano de vida
doméstica, ilustrando o progresso da selvageria até a civilização;
VII – Propriedade: surgida durante a selvageria e requereu experiência até a barbárie
para desenvolver e preparar o cérebro humano para aceitar sua influência controladora.
Ele também deu status de inferior, intermediário ou superior tanto da selvageria
quanto da barbárie como formas de marcar o começo de diversos períodos e encontrar os
testes de progresso que expliquem essas fases em todos os continentes.
Ao finalizar seu livro, ele nos lembra que ao estudar as condições de tribos e nações
nos diferentes períodos étnicos, estamos lidando com as antigas histórias e tradições de nossos
próprios ancestrais.

James George Frazer (1854-1941), foi o influente antropólogo evolucionista, que


analisou a evolução histórica do pensamento humano através do estudo comparativo do
folclore, da mitologia e das religiões.
Em 1908 ele publicou “O Escopo da Antropologia Social”, onde ele apresenta a
disciplina Antropologia Social, tida num consenso geral como “o estudo do homem em
sociedade”. Entretanto, ele vê claramente a distinção entre as duas e nos explica que o nome
sociologia deve ser reservado ao estudo da sociedade humana no sentido mais abrangente da
palavra, enquanto antropologia social pode ser restringida ao estudo particular deste imenso
campo do conhecimento
Ele polemiza em sua colocação sobre os conhecimentos desta disciplina no estudo das
sociedades primitivas, pois, em sua opinião, não se conhece definitivamente nada sobre ela e
possivelmente jamais saberemos. Será o nosso autor fatalista ou realista?
Para ele, construir uma história da sociedade humana começando do homem
primordial através de milhares de milhões de anos até as instituições selvagens existentes têm
mais mérito no mundo das ideias que no mundo da ciência.
Este livro traz ideias bastantes interessantes, escrita de modo claro e bem
argumentativo. Em suas conclusões o autor aponta que no conjunto total do conhecimento
humano hoje existente, “não há necessidade mais urgente do que a de registrar a inestimável
evidência da história primitiva humana antes que seja tarde demais, pois logo as
oportunidades que temos terão desaparecido para sempre” (p.124). Forte, né? Mas ele tem
razão.
E em 1978, ele publicou “O ramo de ouro”, realizando um grande estudo sobre magia
e religião, onde analisou profundamente os ritos e costumes nas sociedades. Em sua teoria
geral, a mente humana evoluiu do mágico ao religioso e depois ao científico.
Na magia, os princípios lógicos se resumem em dois: “o primeiro que o semelhante
produz o semelhante, ou o efeito se assemelha à sua causa; e, segundo, que as coisas que
estiverem em contato continuam em contato mesmo à distância, depois de cortados o contato
físico” (p. 34).
Já no sentido religioso, ele conta que na sociedade selvagem, habitualmente se
encontra a prática de “ritos mágicos e encantamentos praticados para beneficiar ou
prejudicar as pessoas” e também a magia pública, que favorece toda a comunidade, tornando
o mago em funcionário público, numa classe de “grande importância, tanto política quanto
religiosa, da sociedade”, pois quando “o bem-estar da tribo depende da realização desses
ritos, o mago se eleva a uma posição muito influente e de grande reputação, podendo
alcançar dignidade e autoridade de um rei” (p. 45).

Enfim, os antropólogos evolucionistas aceitavam a ideia de que todo ser humano teria
uma origem comum e explicavam a diversidade cultural entre os povos baseados na evolução,
onde havia um caminho obrigatória a ser trilhado pelas sociedades, partindo do estágio
selvagem, passando pela barbárie até chegar à civilização.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como tudo é relativo, os conceitos dado a “cultura” não poderiam ser diferentes, assim
como a forma de vê-la, a relatividade sempre está presente. Os pensadores das diferentes
escolas antropológicas buscavam, dentro de suas possibilidades temporais, estudar os diversos
grupos humanos baseados em suas crenças e influenciados por outros teóricos na tentativa de
explicar como se dava as diferenças e semelhanças entre os povos, suas organizações sociais e
visão de mundo.
Ainda hoje o conceito de cultura é amplo, e talvez por isso ao iniciar este trabalho
trazia em mente discutir o conceito dado a Cultura na perspectiva de autores que condissesse
com as minhas próprias ideias a respeito do tema, entretanto, e ao pesquisar mais compreendi
que é enriquecedor saber também como pensam os que pensam diferentes de nós, e sobretudo,
respeitar isso.
Sendo assim, a escolha do tema; embora pareça ter ficado explícito minha aversão às
ideias evolucionistas sobre a cultura; se justifica na crença pessoal de que é necessário
compreender, de um modo geral, todas as hipóteses possíveis antes de descarta-las, e se
tratando de um objeto específico de estudo, aqui representada pela Cultura, é imprescindível
que se conheça todo o seu histórico. Desse modo, a dedicação a esta pesquisa teve a missão de
expandir o universo de conhecimento disponível para o ser humano aprender, e essa missão
me foi fielmente cumprida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASTRO, C. Evolucionismo cultural. Zahar Editora. Rio de Janeiro, 2005.

LARAIA, R. B. Cultura: um conceito antropológico. – 14. ed. – Rio de Janeiro, Jorge


Zahrar Ed., 2011, p.113.

NEPOMUCENO, C. M.; ASSIS, C. L. Cultura: uma abordagem antropológica. Estudos


contemporâneos de cultura. Campina Grande: UEPB/UFRN, 2008. 15 fasc. – (Curso de
Licenciatura em Geografia – EaD) 236 p.

NETO, A. V. Culturas, Cultura e Educação. RBE - Revista Brasileira de Educação, nº 23,


2003, p. 15.

SILVA, C. A. A. Apresentação Edward Burnett Tylor e a linguagem gestual. Ponto Urbe


- Revista do Núcleo de Antropologia Urbana da USP, nº 4, 2009, p. 8. Disponível em:
https://pontourbe.revues.org/1724

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