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Geografia Humana de Portugal

Sistemas Urbanos
Dinâmica económica e estrutura urbana

Na dinamização económica e na estrutura urbana, poderemos


encontrar as seguintes situações:
- Difícil articulação entre as dinâmicas urbanas e económicas;
- Suburbanização residencial é acompanhada pela relocalização
de atividades económicas;
- Novas especializações espaciais estão a construir uma nova
geografia das atividades económicas com implicações no sistema
urbano nacional;
- A industrialização levou a uma reorganização maciça do país;
-Determinou um desenvolvimento concentrado de algumas
áreas, outras permaneceram intocadas;
Disto resultou:
- Um padrão intrancional de desigualdades territoriais;
- Formaram-se grandes aglomerações que se tornaram pólos de
crescimento nacional;
- Processo de urbanização das últimas décadas, acompanhados
de processos de industrialização mais periféricos e terceirização
das atividades económicas;
- Identificação de processos de especialização diversificação, em
termos territoriais, detetando-se níveis de turbulência, em
termos de criação/destruição de emprego mais ou menos
intensos de acordo com os processos dinâmicos em curso;
Concentração da população:
-Mais ativa e qualificada e produtiva do que a média nacional na
AML;
- Concentração de emprego na AML de 30% do valor
acrescentado bruto produzido nos serviços, que corresponde a
44%;
-No volume de vendas das sociedades 51%;
-Na localização das maiores empresas portuguesas 68%;
- Na atratividade sobre os investimentos estrangeiros (73% das
instalações de investimento entre 1996 e 2000);
- Concentração de quadros mais qualificados;
- Maior capacidade de formação e qualificação;
- Níveis médios de rendimento mais elevados;
- A AML em conjunto com a AMP, concentram mais de 40% dos
recursos humanos, da produção e dos rendimentos;
- Embora a faixa litoral tenha sido privilegiada pelos processos
de modernização iniciados nos anos 60, a oposição entre um
interior subdesenvolvido e um litoral moderno, não é
suficientemente precisa;
-Na década de 90 os processos de criação de relocalização das
diferentes atividades económicas, não alteraram os níveis de
concentração do emprego em Portugal;
Dados de 2001, revelam:
- As duas áreas metropolitanas concentram 44% do emprego
total do continente (43% em 1991);
- As duas regiões metropolitanas 59% (58%, em 1991);
- Os concelhos das cidades médias, localizados fora das AM’s
somam 20% do emprego total do continente (19%, em 1991);
- 80% do emprego está concentrado nas regiões metropolitanas
e nas cidades médias;
Na década de 90, assistiu-se a enormes alterações nas estruturas
de atividades e de emprego nos centros das cidades, porque foram
criados novos espaços de emprego nas periferias urbanas e o
desenvolvimento dos serviços nos centros urbanos mais periféricos.
Lisboa decola de toda a sua área envolvente e do resto do
território nacional, porque:
- Quantidade e diversidade de emprego que concentra;
- Forte concentração da estrutura de atividades e de emprego;
- Elevada densidade institucional e empresarial
(pública/privada)
- Capacidade de atração/retenção de comércio e serviços, de
emprego público e de atividades mais exigentes em pessoal
qualificado;
- As dinâmicas de 90 acentuam o perfil de excelência nacional,
mesmo, se, globalmente os modelos territoriais das duas
metrópoles, não se alteraram muito nas suas diferenças.
Nos concelhos de Lisboa e Porto os empregos na indústria e no
comércio diminuíram drasticamente e os serviços a empresas, serviços
públicos e sociais amentaram.
Alterou-se o perfil das atividades nas áreas metropolitanas.
Lisboa evoluiu no sentido de concentrar mais serviços às empresas. O
Porto mantém um registo mais industrial.
A estrutura de atividades no concelho do Porto, é em 2001 muito
semelhante à estrutura de Lisboa, em 1991, que pode significar uma
décalge de 10 anos nos processos de industrialização e terceriazição.
As periferias metropolitanas foram as grandes ganhadoras de
emprego na útima década, resultado dos processos de suburbanização
das atividades económicas.
Entre 1991 e 2001, os concelhos periféricos da AML, vêm o
emprego aumentar em 33% e a AMP 20,5%.
O emprego público, o comércio e os serviços públicos e sociais,
são um suporte crucial para a sustentabilidade das cidades médias do
interior, que são elementos estruturadores do mundo rural, devido à
oferta e diversidade de emprego e pelo dinaminsmo que conseguem
manter.
São importantes para aqueles que ficaram e para aqueles que
optam por aí residir, tendo em conta a fraca empregabilidade
existente.
Têm uma massa crítica de emprego muito débil, mostrando
grandes dificuldades na atração de novas atividades e empregos.
Na década de 90, destacaram-se pelo volume de empregos
criados: Vila Real, Viseu, Guarda e Évora.
A terceirização que aconteceu em todas as cidades médias
contribui para uma desespecialização e não para novas especializações
que fossem capazes de constituir como redes complementares e
cooperação urbana.
Na região centro a estrutura encontra-se articulada pelas cidades
de Aveiro, Coimbra, Leiria, Viseu, Guarda, Covilhã e Castelo Branco.
Sendo que as dinâmicas de emprego foram sobretudo visíveis em
Leiria-Pombal-Ourém, Coimbra, Aveiro, Viseu e Guarda.
No Algarve, o sistema polinucleado do litoral foi reforçado em
termos de emprego sobretudo em Faro, Loulé, Albufeira e Portimão.

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