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Uretrocistografia Miccional:

O objetivo deste exame é avaliar a parte fisiológica da bexiga e


uretra. As fisiologias destes órgãos estão relacionadas á micção da
urina do meio interno para o meio externo do corpo. Desta forma,
fica claro que as radiografias deverão ser realizadas enquanto o
paciente “urina” o meio de contraste que estará em sua bexiga.

É muito comum o exame ser solicitado para o diagnóstico de


infecção urinária e para visualizar suspeita de refluxo ureteral. Por
esses motivos, a maioria dos pacientes são crianças. O exame de
Uretrocistrografia Miccional é realizado com maior freqüência
em pacientes do sexo feminino, já que, para os homens, é
comum ser solicitado a Uretrocistografia Retrógada, como vimos na
publicação anterior. Mas pacientes de ambos os sexos e de
diversas idades são submetidos também ao método miccional. O
exame também é solicitado para visualização de estenose no canal
da uretra, incontinência urinária, dentre outros motivos.
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Material:

Luvas, Sonda vesical; Gaze; Tópico; Pomada anestésica; Contraste


iodado, Equipo, Soro fisiológico (250 ml para crianças e 500 ml
para adultos) e toalhas. A concentração entre o contraste e o soro
fisiológico é a seguinte: 25 ml de contraste para o frasco de 250 ml
de soro fisiológico e 50 ml de contraste para um frasco de 500 ml de
soro fisiológico.

Procedimento da Uretrocistografia Miccional:

Paciente em decúbito dorsal, realizamos uma radiografia “piloto” da


região pélvica (localizada) em filme 18x24 sentido transversal para
visualização de técnica e posicionamento.

Em seguida, inicia-se o procedimento de assepsia. Após,


introduzimos a sonda vesical (ou de foley), pela uretra (o tamanho
da sonda utilizada deve seguir o critério da idade e tamanho do
paciente). Com a sonda na bexiga adaptamos o equipo e deixamos
que o contraste diluído ao soro fisiológico preencha a bexiga.

Em determinado momento (quando a bexiga estiver cheia),


realizamos uma radiografia localizada* (para comprovar que a
bexiga está cheia). A bexiga estando cheia, retiramos a sonda (o
objetivo é visualizar o trajeto natural, portanto não se deve
deixar a sonda durante a micção) e após, instruímos o paciente
para que o mesmo force para urinar. Quando o paciente estiver
urinando, é realizado as incidências radiográfica (em média de três
radiografias em AP).

Pode-se incluir também caso seja necessário, radiografias nas


posições oblíquas direito e esquerdo. Caso seja necessário é
recomendado que se realize uma radiografia pós-miccição. Alguns
pacientes, vão encontrar dificuldades de urinar deitados. Após
algumas tentativas sem sucesso de micção, pode-se realizar o
exame em ortostático, neste caso na estativa.
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*Observação: É muito importante não cortar a uretra e mais


importante ainda, é visualizar o contraste passando pela
mesma durante a micção.

Criança:
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Adulto:

Refluxo:

Síndrome de Williams:
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Bexiga Neurogênica:
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Uretrocistografia Retrógrada:

O objetivo da uretrocistografia retrógrada é demonstrar toda a


uretra. Dentre vários motivos que levam á indicação do exame, os
mais comuns, são para visualização de estenose e obstruções do
canal da uretra.

Sabemos que a uretra masculina “passa” por entre a próstata.


Sabendo disso, um aumento prostático resulta no estreitamento
(estenose), do canal da uretra, dificultando assim, a passagem da
urina. Existem outros fatores e indicações, mas praticamente , 90%
dos casos, se resultam a isso.
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Dentre os materiais utilizados para a realização do exame, devemos


destacar a Pinça de Brodney, a qual é acoplada no meato externo
da uretra e fixado ao pênis (o exame também pode ser realizado
com uma seringa de 20 ml comum ou ainda com uma sonda de
Foley).

Não irei abordar toda a descrição do procedimento, mas claro, deve


ser feita assepsia da região.

Paciente em Decúbito Dorsal. Coloca-se o paciente com rotação de


30º com a perna flexionada. O pênis deve ficar sobre a coxa
flexionada (posteriormente inverter os lados direito e esquerdo).
Após realização da assepsia, é acoplada em sua uretra a pinça de
Brodney, através da qual deve ser injetado o contraste.
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Com a pinça de Brodney acoplada ao meato externo na uretra,


iniciamos a aplicação do meio contraste que pode ser diluído ao
soro fisiológico (70-30%). A primeira aplicação (20 ml), é feita para
certificar que a pinça está bem acoplada, sem refluir o meio de
contraste e também, para dar volume a quantidade total aplicada
(uma vez que o contraste tem que chegar até a bexiga).
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Com o pênis tracionado, realizamos radiografia da pelve (com


visualização de toda uretra) durante a aplicação do contraste
(20ml para cada incidência). O orientado é visualizar a uretra em
três posições, OAD, AP e OPE.

Quando se trata de uma patologia, ela fica visível nas outras


incidências. Já um erro de posicionamento, dificilmente ocorrerá
nas três incidências. Portanto, já que se vai realizar o exame,
melhor fazê-lo completo, para que não se levantem dúvidas quanto
ao diagnóstico.
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Estenose do canal da uretra proveniente de aumento


prostático:

*Observação: É de extrema importância que o contraste


injetado pela uretra chegue até a bexiga. Caso isso não ocorra,
refaça a colocação da pinça ou tente mudar as posições do
pênis. Nunca force a aplicação e não introduza sondas até a
bexiga (não faz parte do procedimento deste exame e pode
causar sangramento e feridas internas).
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Uretrocistografia:

Realizado algumas vezes em pacientes do sexo masculino, para


demonstrar o comprimento total da uretra. É injetado
retrogradamente na uretra distal meio de contraste até que esta
esteja toda preenchida.

Indicações:

*Trauma;

*Obstrução da uretra.

Procedimentos:

*O Urologista faz uso da um instrumento chamado pinça de


Brodney que é conectado a parte distal do pênis;

*O posicionamento adequado é a oblíqua posterior direita a 30


graus, desta maneira a uretra fica sobreposta aos tecidos moles da
coxa direita e evita sobreposição de partes ósseas, exceto a pelve
inferior e o fêmur proximal;

*O raio central entra na sínfise púbica e o cateter é inserido na


uretra para injeção de contraste.

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