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A segunda parte que está na definição é o item “breve”. A resenha é um texto breve,
pequeno. Deve se fazer a analise e dizer sua opinião em um tempo consideravelmente
limitado (geralmente em torno de duas a três laudas em espaço duplo). Isso não quer dizer
a análise deve ser rasa, superficial, ou que a sua opinião possa ser precipitada, não é isso.
A principal implicação das limitações de tempo e espaço é que você deve ser seletivo. Você
sabe desde o início que não vai conseguir esgotar a obra, investigar todos os seus pontos,
examinar tudo detalhamento.
Logo você deve eleger um ou outro aspeto mais essencial do texto para analise, deve
investigar em detalhe apenas um dos pontos do objeto resenhado, em vez de tentar dar
conta de tudo.
Por fim, a definição apresenta uma terceira parte, a expressão “de um livro ou de um
artigo”. Este é um ponto discutido, porque o uso normal das resenhas ultrapassa muito o
“texto escrito”. É extremamente comum encontrarmos hoje nos jornais resenhas de filmes.
O objeto da resenha não é, portanto, apenas um texto escrito.
Para começar, qualquer objeto está sujeito a uma apreciação nos tipos de uma resenha. O
que é importante perceber aqui é que todas as resenhas têm um ponto de partida bastante
definido. Trata-se de um outro texto, ou de uma obra qualquer. Fazem-se resenhas de
textos e obras, e não de temas.
Você não deve jamais se esquecer do texto que serve de ponto de partida para a resenha:
esse texto é a própria razão de ser da sua resenha. Você deve retomá-lo sempre, você
deve dialogar com o autor do texto. Nas resenhas há mesmo um resumo do texto, em que
você recupera as ideias centrais do autor.
Mas não confunda: resenha não é resumo; o resumo é apenas uma parte da resenha, que
tem pelo menos duas outras partes: a parte da análise do texto e a parte do julgamento do
texto.
Elas podem existir de duas maneiras diferentes: enquanto resenhas descritivas e resenhas
críticas. É importante saber diferenciar exatamente uma da outra para não errar na hora de
produzir o texto.
A resenha crítica, como o nome já adianta, apresenta um ponto de vista explícito do autor a
respeito do objeto. Ele tem a liberdade de propor discussões a respeito de algum recorte
específico do material, ao contrário da resenha descritiva, onde o objetivo é analisar
estritamente o que o autor quis dizer, sem muito espaço para análises e relações externas.
Ao saber a diferença entre os principais tipos de resenha, será muito mais fácil seguir com a
produção do conteúdo.