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BIBLIOGRAFIA:
Manual de Direito do Consumidor – Flávio Tartuce (Editora Átlas)
Cláudia Lima Marques
CDC
STJ: Súmula 130. “A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou
furto de veículo ocorridos em seu estacionamento.”
Ministra Isabel Gallotti: entendeu que não é possível responsabilizar a lanchonete por um
roubo que ocorreu em área aberta, sem controle de acesso.
Ela reconheceu a existência de decisões em sentido diverso nas turmas de direito privado do
tribunal.
Isabel Gallotti ressaltou que “o STJ, conferindo interpretação extensiva à Súmula 130,
entende que estabelecimentos comerciais, tais como grandes shoppings centers e
hipermercados, ao oferecerem estacionamento, ainda que gratuito, respondem pelos assaltos
à mão armada praticados contra os clientes quando, apesar de o estacionamento não ser
inerente à natureza do serviço prestado, gera legítima expectativa de segurança ao cliente
em troca dos benefícios financeiros indiretos decorrentes desse acréscimo de conforto aos
consumidores”.
A relatora disse que tal entendimento não pode ser estendido às hipóteses nas quais o
estacionamento representa mera comodidade e é área aberta, gratuita e sem controle de
acesso, como no caso dos embargos de divergência apreciados pela Segunda Seção.
Fonte: STJ - Notícias: Roubo em estacionamento aberto e de livre acesso não gera
responsabilidade para o comerciante
2 – João está em uma casa noturna com os amigos. Após três horas de consumo,
João resolve ir embora, mas nota que perdeu a sua comanda de consumos. No
verso da comanda havia a informação de que a perda importaria na cobrança de
R$ 150,00. Indignado, João questiona o valor que lhe foi cobrado, dizendo que
consumiu apenas a quantia de R$ 30,00. O proprietário da casa noturna disse para
João que o mesmo não poderia sair do estabelecimento enquanto não pagasse a
multa pela perda da comanda. Pergunta-se: João deve pagar os R$ 150,00? É lícito
ao fornecedor essa cobrança dos R$ 150,00, considerando que previamente deixou
expresso na própria comanda?
1. Provado que a cliente tinha em seu poder e sob sua vigilância, todos os seus
pertences, inclusive uma bolsa que veio a ser furtada, não pode o restaurante do
hotel onde se hospedara ser responsabilizado pelo prejuízo.
5 – CDC.
“Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de
sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a
contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do
estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.”
Aplicabilidade absoluta ou relativa?
1. PRINCIPAIS FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS DA TUTELA
CONSUMERISTA:
Art. 1º CDC.
Arts. 1º, III, 5º, XXXII, 170, caput da CF/88 e art. 48 do ADCT.
3 RELAÇÃO DE CONSUMO:
3.1 CONCEITO: para fins de aplicação das normas do Código de Defesa do Consumidor,
relação de consumo é aquela formada entre fornecedor e consumidor, tendo por objetivo
produtos e/ou serviços.
a) CONSUMIDOR:
ARTIGO 2º: Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto
ou serviço como destinatário final.
1ª Teoria finalista:
Para essa teoria, destinatário final é o destinatário fático e econômico do produto ou
serviço, ou seja, não basta simplesmente alguém adquirir ou utilizar um produto ou
serviço, retirando-o do mercado (ser destinatário fático), mas, essencialmente, ser o
destinatário econômico. Não será destinatário econômico aquele que, por exemplo,
adquire um bem para revenda, isso porque este estaria inserindo o bem, novamente, na
cadeia de produção. Não pode haver lucratividade com o bem adquirido.
Caso exemplificativo:
“(...) À luz do que prevê a teoria finalista, disposta no artigo 2º do Código de Defesa
do Consumidor, o código consumerista não é aplicável às relações entre
instituição financeira e pessoa jurídica que obtém empréstimo com a finalidade de
incrementar sua atividade, não sendo a destinatária final do produto. Segundo
ensinamentos de José Geraldo Brito Filomeno (Manual de Direitos do Consumidor. São
Paulo: Atlas, 2007, p. 24-26), citado por Antônio Carlos Fontes Cintra (Direito do
Consumidor. Niterói: Impetus, 2013, p. 5): ‘[...] pessoa jurídica será consumidora quando
os bens adquiridos sejam de consumo e não de capital e, no caso de serviços, quando
contrata para satisfação de uma necessidade que lhe é própria ou que lhe é imposta por
lei ou é da natureza de seu negócio, sem qualquer ligação com os insumos da produção.
É o caso da aquisição de alimentos para os funcionários ou a compra de máscaras de
proteção contra poeiras tóxicas ou ainda a dedetização de um galpão industrial ou
serviços de educação para a creche que assiste aos filhos dos funcionários.’ “. (grifamos)
2ª Teoria maximalista:
Para essa teoria, destinatário final seria simplesmente o destinatário fático do bem, ou
seja, toda e qualquer relação, em que se verifica aquisição ou utilização de produtos ou
serviços, restaria configurada como relação de consumo.
Exemplo:
- serviços de provedor de internet ou telefonia: mesmo uma grande indústria deve ser
considerada como consumidora, por se tratar de vulnerável tecnicamente em relação ao
serviço.
Caso exemplificativo:
b) FORNECEDOR:
c) PRODUTO:
ART. 3º, § 1º: Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
d) SERVIÇO:
ART. 3º, § 2º: Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante
remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária.
SERVIÇO PÚBLICO