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INTRODUÇÃO DO DIREITO DO CONSUMIDOR

BIBLIOGRAFIA:
Manual de Direito do Consumidor – Flávio Tartuce (Editora Átlas)
Cláudia Lima Marques

CDC

OUTROS: SÉRGIO CAVALIERI FILHO / FABRÍCIO BOLZAN DE ALMEIDA


(ESQUEMATIZADO) / LEONARDO DE MEDEIROS GARCIA

CASOS CONCRETOS INTRODUTÓRIOS:

1 – Joana estacionou seu veículo no estacionamento do Supermercado Super Bom,


e foi realizar suas compras. Ao voltar ao estacionamento, percebe que seus
pertences que estavam no veículo foram roubados, inclusive o rádio que estava
instalado no automóvel. Ocorre que foi constatado que Joana havia esquecido
aberto o vidro traseiro esquerdo no veículo. Pergunta-se: Há responsabilidade do
fornecedor pelo roubo? Justifique:

STJ: Súmula 130. “A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou
furto de veículo ocorridos em seu estacionamento.”

E SE O SUPERMERCADO DEIXOU AQUELE COMUMENTE USADO AVISO DE QUE


NÃO SE RESPONSABILIZA PELOS PERTENCES DOS CONSUMIDORES?

Ministra Isabel Gallotti: entendeu que não é possível responsabilizar a lanchonete por um
roubo que ocorreu em área aberta, sem controle de acesso.

“Entendimento diverso transferiria a responsabilidade pela guarda da coisa – a qual cabe, em


princípio, ao respectivo proprietário – e pela segurança pública – incumbência do Estado –
para comerciantes em geral, onerando, sem causa legítima e razoável, o custo de suas
atividades, em detrimento da atividade econômica nacional”.

Ela reconheceu a existência de decisões em sentido diverso nas turmas de direito privado do
tribunal.

Isabel Gallotti ressaltou que “o STJ, conferindo interpretação extensiva à Súmula 130,
entende que estabelecimentos comerciais, tais como grandes shoppings centers e
hipermercados, ao oferecerem estacionamento, ainda que gratuito, respondem pelos assaltos
à mão armada praticados contra os clientes quando, apesar de o estacionamento não ser
inerente à natureza do serviço prestado, gera legítima expectativa de segurança ao cliente
em troca dos benefícios financeiros indiretos decorrentes desse acréscimo de conforto aos
consumidores”.

A relatora disse que tal entendimento não pode ser estendido às hipóteses nas quais o
estacionamento representa mera comodidade e é área aberta, gratuita e sem controle de
acesso, como no caso dos embargos de divergência apreciados pela Segunda Seção.

Fonte: STJ - Notícias: Roubo em estacionamento aberto e de livre acesso não gera
responsabilidade para o comerciante

2 – João está em uma casa noturna com os amigos. Após três horas de consumo,
João resolve ir embora, mas nota que perdeu a sua comanda de consumos. No
verso da comanda havia a informação de que a perda importaria na cobrança de
R$ 150,00. Indignado, João questiona o valor que lhe foi cobrado, dizendo que
consumiu apenas a quantia de R$ 30,00. O proprietário da casa noturna disse para
João que o mesmo não poderia sair do estabelecimento enquanto não pagasse a
multa pela perda da comanda. Pergunta-se: João deve pagar os R$ 150,00? É lícito
ao fornecedor essa cobrança dos R$ 150,00, considerando que previamente deixou
expresso na própria comanda?

3 – STJ: SÚMULA 385: “Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito,


não cabe indenização por dano moral quando preexistente legítima inscrição,
ressalvado o direito ao cancelamento”.
4 – FURTO DE BOLSA EM HOTEL: EMENTA. CIVIL – CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR – RELAÇÃO DE CONSUMO – INDENIZAÇÃO POR DANOS
MATERIAIS E MORAIS – FURTO DE BOLSA EM RESTAURANTE DE HOTEL –
CULPA DO HÓSPEDE QUE NEGLIGENCIA A GUARDA DE SEUS PERTENCES –
CESSAÇÃO DA RESPONSABILIDADE – SITUAÇÃO QUE NÃO CONFIGURA
RELAÇÃO DE DEPÓSITO – DANO MORAL NÃO CONFIGURADO.

1. Provado que a cliente tinha em seu poder e sob sua vigilância, todos os seus
pertences, inclusive uma bolsa que veio a ser furtada, não pode o restaurante do
hotel onde se hospedara ser responsabilizado pelo prejuízo.

2. A culpa exclusiva do hóspede elide a responsabilidade de depositário, se


demonstrado que tudo se deu, não por ação de empregados ou admitidos na sua
casa, mas em razão de fatos que não podia evitar ou em decorrência de força maior.

3. Ocorrido o fato por culpa exclusiva do consumidor, que se mostrara negligente


na guarda e vigilância de seus bens, tem-se por excluído o nexo causal que ligaria
o fornecedor aos danos experimentados pelo consumidor, inexistindo, portanto, a
responsabilidade da empresa fornecedora de indenizar os danos materiais.
Apelação Cível 20060110335549APC. Apte.: MÁRCIA CRISTINA PEREIRA MUNDIM;
Apdo.: BLUE TREE TOWERS HOTELS E OUTROS.

5 – CDC.
“Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de
sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a
contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do
estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.”
Aplicabilidade absoluta ou relativa?
1. PRINCIPAIS FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS DA TUTELA
CONSUMERISTA:

Art. 1º CDC.

Arts. 1º, III, 5º, XXXII, 170, caput da CF/88 e art. 48 do ADCT.

2. NORMAS DE ORDEM PÚBLICA E INTERESSE SOCIAL:

O direito que o consumidor possui à proteção estatal nas relações de consumo, é


inviolável, figurando no texto constitucional como cláusula pétrea (art. 5º, XXXII da CF).
ART. 1º DO CDC: dispõe que as normas contidas no CDC são de ordem pública e
interesse social. São de ordem pública, pois embora regrem uma relação de direito
privado, as normas do CDC são de interesse público, logo, são indisponíveis. E são de
interesse social, pois as normas possuem relevante função social, eis que tutelam um
mercado de consumo com dignidade.

3 RELAÇÃO DE CONSUMO:

3.1 CONCEITO: para fins de aplicação das normas do Código de Defesa do Consumidor,
relação de consumo é aquela formada entre fornecedor e consumidor, tendo por objetivo
produtos e/ou serviços.

a) CONSUMIDOR:

ARTIGO 2º: Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto
ou serviço como destinatário final.

Em alguns países, especialmente na Europa (Ex: França e Alemanha), somente pessoa


física é consumidora. No Brasil pode ser tanto pessoa física como pessoa jurídica.

3.2.1 Destinatário Final do produto e/ou serviço:

Existem três correntes acerca da concepção hermenêutica de destinatário final:

1ª Teoria finalista:
Para essa teoria, destinatário final é o destinatário fático e econômico do produto ou
serviço, ou seja, não basta simplesmente alguém adquirir ou utilizar um produto ou
serviço, retirando-o do mercado (ser destinatário fático), mas, essencialmente, ser o
destinatário econômico. Não será destinatário econômico aquele que, por exemplo,
adquire um bem para revenda, isso porque este estaria inserindo o bem, novamente, na
cadeia de produção. Não pode haver lucratividade com o bem adquirido.
Caso exemplificativo:

“(...) À luz do que prevê a teoria finalista, disposta no artigo 2º do Código de Defesa
do Consumidor, o código consumerista não é aplicável às relações entre
instituição financeira e pessoa jurídica que obtém empréstimo com a finalidade de
incrementar sua atividade, não sendo a destinatária final do produto. Segundo
ensinamentos de José Geraldo Brito Filomeno (Manual de Direitos do Consumidor. São
Paulo: Atlas, 2007, p. 24-26), citado por Antônio Carlos Fontes Cintra (Direito do
Consumidor. Niterói: Impetus, 2013, p. 5): ‘[...] pessoa jurídica será consumidora quando
os bens adquiridos sejam de consumo e não de capital e, no caso de serviços, quando
contrata para satisfação de uma necessidade que lhe é própria ou que lhe é imposta por
lei ou é da natureza de seu negócio, sem qualquer ligação com os insumos da produção.
É o caso da aquisição de alimentos para os funcionários ou a compra de máscaras de
proteção contra poeiras tóxicas ou ainda a dedetização de um galpão industrial ou
serviços de educação para a creche que assiste aos filhos dos funcionários.’ “. (grifamos)

Acórdão 1191912, 07106743720188070020, Relator: ESDRAS NEVES, 6ª Turma Cível,


data de julgamento: 8/8/2019, publicado no PJe: 19/8/2019.

2ª Teoria maximalista:
Para essa teoria, destinatário final seria simplesmente o destinatário fático do bem, ou
seja, toda e qualquer relação, em que se verifica aquisição ou utilização de produtos ou
serviços, restaria configurada como relação de consumo.

CRÍTICA AO MAXIMALISMO: a adoção da teoria maximalista praticamente elimina a


aplicação do Código Civil para a imensa maioria dos contratos comerciais, visto que em
muitos casos estaríamos protegendo um profissional em situações em que não há
vulnerabilidade de sua parte, ou prejudicando um particular que estiver vendendo um
bem.

3ª Teoria mista (finalismo aprofundado):


Reconhece como consumidor a pessoa física ou jurídica que adquire o produto ou utiliza
o serviço, mesmo em razão de sua atividade e até mesmo em razão de equipamentos
ou serviços que sejam auxiliadores de sua atividade econômica, mas desde que além de
destinatário final, o sujeito seja também vulnerável em relação ao fornecedor. (princípio
da vulnerabilidade)

POSIÇÃO JURISPRUDENCIAL: O STJ tem decidido aplicando a teoria mista. Ainda há


uma diversidade de análises entre os Tribunais. Há um consenso nos serviços públicos
de consumo, como energia elétrica e tratamento de água e esgoto. Porém, em contratos
privados, surge a necessidade de análise caso a caso.
Note-se que, se o produto ou serviço tratar-se de espécie de insumo para implemento
de atividade econômica, a relação jurídica será civilista, e não consumerista.

Exemplo:

- o taxista autônomo em relação à concessionária e a grande empresa de transporte


coletivo em relação à concessionária. o primeiro é vulnerável, logo, é CDC, já a segunda
não é vulnerável.

- serviços de provedor de internet ou telefonia: mesmo uma grande indústria deve ser
considerada como consumidora, por se tratar de vulnerável tecnicamente em relação ao
serviço.

Caso exemplificativo:

TJDF “1. A teoria finalista aprofundada ou mitigada amplia o conceito de


consumidor, incluindo todo aquele que possua vulnerabilidade em face do
fornecedor. Decorre da mitigação dos rigores da teoria finalista para autorizar a
incidência do CDC nas hipóteses em que a parte, pessoa física ou jurídica, embora
não seja tecnicamente a destinatária final do produto ou serviço, se apresenta em
situação de vulnerabilidade. (...). 2. Ao adquirir veículo novo 'zero quilômetro', o
adquirente cria a justa expectativa sobre a fruição regular do bem, pois é aguardada a
atuação pautada na boa-fé, que estabelece deveres entre fornecedor e consumidor a fim
de que o contrato de compra e venda de um produto durável seja legitimamente
adimplido com a entrega de um produto de razoável qualidade. (...). 4. Comprovada a
existência de vício no produto adquirido pelo consumidor, não tendo, para tanto,
concorrido qualquer utilização indevida do automóvel, deve o conserto ser coberto pela
garantia.” (grifamos)

Acórdão n.1188548, 07104893320178070020, Relator: MARIA DE LOURDES ABREU,


3ª Turma Cível, Data de Julgamento: 25/07/2019, Publicado no DJE: 02/08/2019.

3.2.2 MODALIDADES DE CONSUMIDOR EXISTENTES NO CDC:

a) Consumidor próprio ou em sentido estrito: é o descrito no “caput” do artigo 2º.


É o chamado consumidor padrão ou próprio.

b) Consumidor em sentido coletivo: é o descrito no parágrafo único do artigo 2º.


Trata-se de toda a coletividade de pessoas sujeitas ao mercado de consumo.
c) Consumidores equiparados :
1º “bystander”: é o descrito no artigo 17. No mencionado dispositivo legal estão
abrigadas todas as pessoas que foram vitimadas pelos denominados acidentes de
consumo (fato do produto ou do serviço).
Ex: na explosão do Shopping, aqueles que estavam apenas de passagem pelas
dependências do estabelecimento são considerados ao consumidores para efeito de
reparação de danos
2º Consumidor em sentido amplo ou exposto: é o descrito no artigo 29 do CDC.
Nesta hipótese estão abrigados os consumidores expostos à oferta, à publicidade, às
práticas abusivas nas relações contratuais, ou seja, trata-se do consumidor potencial,
que ainda não realizou, concretamente, a relação de consumo, mas que está exposto a
uma prática comercial ou contratual irregular e abusiva.
Ex: panfleto com publicidade enganosa ao consumidor

b) FORNECEDOR:

ARTIGO 3º: O conceito trazido pelo artigo 3º do CDC, é a concepção ampla de


fornecedor. “Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços”.

ELEMENTO TIPIFICANTE: o elemento nuclear e tipificante da noção de fornecedor


é o desenvolvimento de uma atividade tipicamente profissional, logo, um ato isolado, a
princípio, não configura relação de consumo, não havendo a figura de fornecedor. É
necessário, portanto, o desenvolvimento de atividade profissional pelo fornecedor.

OBS.: Fornecedor é gênero, do qual são espécies o fabricante, o produtor, o construtor,


o importador, os prestadores de serviços, dentre outros (art. 12 e art. 14 do CDC).

c) PRODUTO:

ART. 3º, § 1º: Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.

IMPORTANTE: O produto, diferentemente da prestação de serviços, não precisa ser


remunerado (pode ser gratuito) para merecer abrigo do CDC, tanto que a legislação não
faz essa exigência, estando incluída, portanto, a chamada “amostra grátis”.

d) SERVIÇO:
ART. 3º, § 2º: Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante
remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária.

ENQUADRAMENTO: A enumeração contida no art. 3º é exemplificativa, portanto,


qualquer atividade prestada no mercado de consumo está enquadrada, exceção apenas
feita àquela de caráter trabalhista.

CARÁTER ONEROSO: A prestação de serviços, para receber abrigo consumerista,


deve ser remunerada, podendo essa remuneração ser direta (é a contraprestação direta
pelo serviço prestado) ou indireta (exemplo: lavagem grátis do veículo como brinde pelo
abastecimento).

RELAÇÃO CLIENTE/ADVOGADO: embora seja relação de consumo, estando


abrigada no art. 3º “caput” e § 2º do CDC, o STJ entende que essa relação está regida
pela Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia). (Resp. 539.077/MS e Resp 757.867/RS).

SERVIÇO PÚBLICO

ENQUADRAMENTO DO SERVIÇO PÚBLICO COMO RELAÇÃO DE


CONSUMO: artigos 3º, “caput”; 4º, VII; 6º X; e 22 DO CDC.

QUAIS SÃO OS SERVIÇOS PÚBLICOS SUJEITOS À LEGISLAÇÃO


CONSUMERISTA?
Existem três correntes:
1ª – todos os serviços públicos estão sujeitos ao CDC;
2ª – estão sujeitos ao CDC os serviços públicos remunerados por taxas ou tarifas;
3ª – somente serviços públicos remunerados por tarifa (ou preço público) merecem a
proteção do CDC.

POSIÇÃO MAJORITÁRIA: entende que somente aqueles casos em que a


remuneração se dá por tarifa ou preço público será relação de consumo, visto que
quando um serviço público é remunerado por taxas, o destinatário do serviço não é
consumidor, mas sim contribuinte, pois a taxa, por ser um tributo, é uma imposição
estatal, não existindo para o destinatário a faculdade de optar ou não pelo fornecimento
do serviço.

ZONA AZUL, PEDÁGIOS E MANUTENÇÃO DAS RODOVIAS:


ACIDENTE DE TRÂNSITO. CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. OBJETO NA
PISTA. Aplicação do CDC e do art. 37, § 6º da CF. É objetiva a responsabilidade civil da
concessionária que explora rodovia pela reparação de danos causados aos usuários por
falha na prestação do serviço. Recurso desprovido. ( TJ-SP - APL:
10434955220158260002 SP 1043495-52.2015.8.26.0002, Relator: Milton Carvalho,
Data de Julgamento: 19/06/2017, 36ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação:
19/06/2017
APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – EMPRESA CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO
– RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA – INEXISTÊNCIA DE CULPA E SINALIZAÇÃO EM
CONFORMIDADE COM O CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO – IRRELEVÂNCIA – NEXO CAUSAL
EVIDENCIADO – TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO – INTELIGÊNCIA DO ART. 37, § 6º, DA CF. A
responsabilidade civil da empresa concessionária de serviço público é objetiva, eis que fulcrada
na teoria do risco administrativo, consubstanciada no art. 37, § 6º, da CF e corroborada pela
doutrina e jurisprudência, independentemente de culpa, bastando para caracterizá-la o nexo
causal entre a atividade desempenhada pela empresa e o dano causado ao particular. (ACV nº
02.026942-0, de Blumenau, rel. Des. Wilson Augusto do Nascimento)

RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. FURTO DE VEÍCULO EM ÁREA AZUL. CIDADE


DE RIO GRANDE. Ocorrendo o furto de veículo em “área azul”, onde o estacionamento possui a
finalidade de garantir o uso rotativo das vagas, não está presente o dever de indenizar. O
Município e a empresa que administra o serviço não possuem o dever de guarda e conservação
dos veículos estacionados. Obrigação de indenizar não reconhecida. Apelação não provida. (TJRS
– Apelação Cível Nº 70070800644, Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Marcelo Cezar Muller, Julgado em 15/12/2016)

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