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Formulação Co-Rotacional de Pórticos Espaciais
Formulação Co-Rotacional de Pórticos Espaciais
Uma vez conhecida a matriz de rotação que descreve o movimento de um corpo rígido no
espaço, no presente capítulo será descrita uma formulação co-rotacional de pórticos
espaciais, capaz de permitir que formulações lineares de elementos finitos possam ser
utilizadas em análises não-lineares envolvendo rotações finitas. Este procedimento está
baseado na chamada formulação EICR (Element Independent Co-Rotational Formulation),
desenvolvida por Nour-Omid & Rankin (1991), na qual os movimentos de corpo rígido
(translações e rotações) são separados da parcela deformacional do movimento total. Esta
separação é possível graças à utilização de um sistema local de eixos fixo ao elemento, de
modo que o movimento do elemento em relação a este sistema local de eixos descreva
unicamente a deformação do mesmo.
58
Rθ2 B
z B0 2
y u2
2
x
C0 CR
T0
C
A0
Rθ1
1
T
u1
A
1
O sistema local de eixos T, definido na configuração inicial C0 como T0, pode ser expresso
pela seguinte equação:
i1 _ 0 T
T
T0 = i 2 _ 0 (5.1)
i3 _ 0 T
X 21 i1 _ 0 × v
i1 _ 0 = i3 _ 0 = i 2 _ 0 = i 3 _ 0 × i1 _ 0 (5.2)
X 21 i1 _ 0 × v
sendo X21 = X2 – X1, tal que o vetor Xi representa a posição inicial do nó i na configuração
C0 e v é um vetor contido no plano local x0y0 do elemento. No presente trabalho, a origem
do sistema local está localizada no nó 1 e o posicionamento de seus eixos locais coincide
com as direções principais de inércia do elemento.
T
A0 = B0 = T0 (5.3)
59
O movimento do elemento de pórtico entre as configurações inicial e atual pode ser
subdividido em duas etapas. Observando-se a Figura 5.1 novamente, inicialmente os nós 1
e 2 sofrem translações representadas por u1 e u2; sendo ui composto de uma parcela de
corpo rígido uir e uma parcela deformacional uid, resultando em deformações axiais do
elemento e em seguida, os sistemas nodais A e B sofrem rotações de θ1 e θ2 com relação a
referência inicial T0, gerando curvaturas no elemento. A posição final dos nós em C pode
então ser expressa por:
ao passo que a orientação dos eixos nodais pode ser obtida por:
O sistema co-rotacional T na configuração atual C, por sua vez, pode ser definido da
seguinte forma, segundo Rankin & Nour-Omid (1988):
i1T
T T
T = i 2 = RθT (5.6)
i3T
x 21 i1 × a 2
i1 = i3 = i 2 = i 3 × i1 (5.7)
x 21 i1 × a 2
observando-se que o eixo i1 aponta no sentido da corda que une os nós 1 e 2 e os demais
eixos são definidos de tal forma que seja garantido que as rotações em torno do eixo da
viga permaneçam da mesma ordem de grandeza das rotações que produzem torção.
x e = T .x X e = T . X .T T (5.8)
60
O próximo passo é a determinação dos deslocamentos e rotações deformacionais medidos
no sistema local, também denominados co-rotacionais, obtidos a partir dos deslocamentos
generalizados globais do elemento. Inicialmente, será calculada a posição do i-ésimo nó
do elemento genérico apresentado na Figura 5.2 em sua configuração atual C, designada
pelo vetor xic.
Rθi
Node i – C
ui
Node i - C0 uir uid Node i – CR
Rθd,i
Rθr
C0
Xi
xi
T0
C
CR
z
y T
x
61
Lembrando que o deslocamento corrente de rotação θi compõe-se de uma parcela rígida θr
seguida de uma parcela deformacional θd,i e que a rotação de corpo rígido do elemento é
por definição a rotação entre os eixos T0 e T, então:
T
(
Rθd ,i = Rθi .Rθr = Rθi . T T .T0 )
T
T
Rθd ,i = Rθi .T0 .T (5.14)
A rotação co-rotacional θic pode então ser obtida efetuando-se a mudança de coordenadas
proposta na Equação (5.8):
0
u 1 c
c
d1 = c u1
c
= 0
c
(
θ1 = rot T .Rθ1 .T0
T
) = rot (T .A) (5.16)
θ 1 0
L − L0
u c
c
d2 = 2 c u2
c
= 0
c
(
θ 2 = rot T .Rθ 2 .T0
T
) = rot (T .B ) (5.17)
θ 2 0
L0 = X 21 L = x 21 (5.18)
62
5.2 – EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO
Uma vez atingida uma configuração de equilíbrio, o trabalho virtual externo (δWe),
realizado pelas forças nodais generalizadas externas Fext sobre os deslocamentos virtuais
nodais generalizados de toda a estrutura δD, será igual ao trabalho virtual interno (δWi),
proveniente do somatório do trabalho virtual realizado pela distribuição de tensão que atua
em cada um dos elementos, de modo que a variação da energia total do sistema será nula:
63
Supondo uma relação deformação-deslocamento local linear, é possível escrever a seguinte
expressão para o campo de deformações ε em função dos deslocamentos co-rotacionais dc:
ε = Bd c. dc ε = ε(xe,ye,ze) (5.23)
∂ε
δε = c .δd c = Bd c .δd c (5.24)
∂d
( )
δWi = − ∑ ∫ (δd c ) . Bd c .σ.dV0 = −∑ (δd c ) . f c
T T T
(5.25)
Vo
∫ (B ) .σ.dV
c T
fc = d 0 σ = σ (xe,ye,ze) (5.26)
Vo
então:
δdc = P. G. δd (5.28)
64
sendo F o vetor de forças nodais generalizadas de toda a estrutura, obtido a partir da
contribuição f de cada elemento:
F= ∑G T
.P T . f c = ∑ G T . f e = ∑ f (5.30)
É importante ressaltar que a transformação P que aparece na Equação (5.27) atua como um
filtro para os deslocamentos deformacionais, uma vez que ao ser aplicada sobre o vetor de
deslocamentos virtuais nodais δde extrai-lhe apenas a sua parcela deformacional δdc.
Portanto, se P elimina a parcela de deslocamento rígido de δde, então ao ser aplicada sobre
a sua parcela deformacional, resulta nela mesma:
e conseqüentemente:
P = P2 (5.33)
65
Substituindo-se as Equações (5.29) e (5.20) em (5.19) e considerando a arbitrariedade de
δD, resulta no seguinte sistema não linear, cuja solução pode ser obtida pelo processo
incremental-iterativo de Newton-Raphson:
ao passo que a atualização para a rotação nodal, não podendo ser feita da mesma maneira,
é obtida atualizando-se a matriz de rotação associada. Dada a estimativa inconsistente
natural do método de Newton-Raphson:
sendo a variação δRθ calculada diferenciando a matriz de rotação definida pela fórmula de
Rodrigues na Equação (4.12) e considerando a identidade definida na Equação (5.38), que
pode ser facilmente obtida após manipulação algébrica:
δRθ = Se. Rθ. δθ + senθ. δSe + (1– cosθ).(δSe. Se + Se. δSe) (5.39)
66
5.3 – MUDANÇA DA VARIÁVEL ITERATIVA DE ROTAÇÃO
Nesta seção, será efetuada uma mudança na variável iterativa de rotação, de acordo com a
formulação co-rotacional EICR apresentada por Nour-Omid & Rankin (1991), segundo a
qual é importante diferenciar o deslocamento virtual de rotação δθi da rotação do sistema
nodal δ θ i , uma vez que esta última rotação virtual não está relacionada com a variação do
rotação no lugar do deslocamento virtual δθi. Com esta modificação, a variável de rotação
passa a ser θ , estando associada ao mesmo estado de rotação de θ:
Rθ = Rθ (5.40)
k +1 k k
Rθ i = Rδθ i .Rθ i (5.41)
{ψ } = Fext − F = 0 (5.42)
Conforme comentado por Nour-Omid & Rankin (1991), é importante mencionar que no
sistema local a matriz de rigidez constitutiva k c é não simétrica, uma vez que a energia
potencial do elemento é definida em função dos deslocamentos co-rotacionais dc, ou seja,
dos graus de liberdade do elemento na formulação elástico-linear, e não em termos dos
deslocamentos d c que dependem das variáveis associadas à rotação da tríade nodal.
Rθ i
k +1 k k
( k
) k k k
= Rδθ i .Rθ i = I + S δθ i .Rθ i = Rθ i + S δθ i .Rθ i
k
(5.43)
67
que, ao ser comparada com a Equação (5.37), fornece:
S δθ = δRθ .Rθ
T
(5.44)
δ θ = Λθ -1. δθ (5.46)
sendo:
δθ = Λθ . δ θ (5.48)
onde:
∂θ 1
= I − Sθ + ξ . Sθ
2
Λθ = (5.49)
∂θ 2
2 sen θ − θ (1 + cosθ )
ξ= (5.50)
2θ 2 sen θ
68
Uma vez feita a atualização dos deslocamentos nodais ui através da Equação (5.36) e da
matriz de rotação através da Equação (5.41), podem-se obter os deslocamentos co-
rotacionais do elemento utilizando-se as expressões (5.10) e (5.15). Conhecido o vetor de
deslocamentos co-rotacionais dc e a matriz de rigidez constitutiva clássica do elemento kc,
o vetor de forças co-rotacionais f c pode ser calculado na forma:
f c n c
f c = kc. dc f c = 1c
c
fi = i c (5.51)
f2 m i
Porém, como foi feita uma mudança da variável de rotação, torna-se necessário determinar
as quantidades f c e k c do elemento, sendo as forças f c obtidas diretamente a partir de f c
aplicando-se a regra da cadeia sobre a energia potencial do elemento φ :
T T T
∂φ ∂d c ∂φ
f = c = c
c T
[ ]
. c = H c . f c (5.52)
∂d ∂d ∂d
∂d c H c H 12
c
H c = c = 11 c c
(5.53)
∂d H 21 H 22
δ ij .I 0
c I 0
H ij
c
= ∂θ i = δ ij . (5.54)
0 δ ij . c 0 Λθ i c
∂ θ i
onde δij é o delta de Kronecker e 0 são matrizes quadradas 3x3 nulas. Já a matriz de
rigidez k c do elemento pode ser obtida da seguinte forma:
∂f c
kc = c =
∂d ∂d
∂
c
[
(H c )T . f c ] (5.55)
69
k = (H
c
)
c T ∂f c
. c +
∂d ∂d
∂
c
T
[( c
)
H c . f c = k1 + k 2
c
] (5.56)
c c
As parcelas simétrica k1 e não simétrica k 2 da matriz de rigidez podem ser expressas por:
∂f c ∂d c
c
( )
k1 = H c
T c T
c . c = H .k .H
c
( )
c
(5.57)
∂d ∂d
∂n1 c
c
∂d
( )
∂
((Λ ) .m ) T c
(( ) H c . f 1 c ∂d c c
T c
∂ ∂d c ∂
) θ1c 1
c c T
k2 = H . f c . c = 11 c .H = .H (5.58)
∂d c ∂d ∂d
c
(
H 22 )
T
. f 2
c
∂n2 c
c
∂d
∂
∂d c
((Λ ) .m )
θ 2c
T
2
c
lembrando que o vetor f c entra na derivada da equação acima como uma constante, tem-se:
∂n1 c ∂n2 c
c = c = [0 ]3 x12 (5.59)
∂d ∂d
ao passo que as demais sub-matrizes podem ser representadas após algebrismos por:
∂
∂d c
(( ) T c
Λθ c .m1 = 0 Ω1
1
c
) [ 0 0 ] Ω1 =
c
∂θ 1
∂
c
((Λ ) .m )
θ1c
T
1
c
(5.60)
∂
∂d c
(( ) T c
Λθ c .m 2 = 0 0 0 Ω2
2
c
) [ ] Ω2 =
c ∂
∂θ 2
c
((Λ ) .m )
θ 2c
T
2
c
(5.61)
sendo 0 matrizes quadradas 3x3 nulas, ao passo que as derivadas que aparecem nas
Equações (5.60) e (5.61) podem ser expressas pela seguinte equação, conforme demostrado
em detalhes por Monteiro (2004) e Nour-Omid & Rankin (1991):
70
∂
∂θ
( ) 2
( )
(Λθ )T m = − 1 S m + ξ θ T .m.I + θ .m T − 2.m.θ T + µ.Sθ 2 .m.θ T (5.62)
1 dξ θ .(sen θ + θ ) − 8 sen 2 (θ / 2)
µ= = (5.63)
θ dθ 4θ 2 sen(θ / 2)
0
Ωc
Ω =
c
k 2 = Ωc . H c c 1
(5.64)
0
c
Ω2 12 x12
cuja influência segundo Nour-Omid & Rankin (1991) é desprezível quando as rotações co-
rotacionais são moderadas ou quando a malha é refinada, para as quais a matriz k c do
elemento é simétrica para efeito prático.
∂u c ∂ui c
i e
∂d c P P12 ∂d ∂u j
c e
∂ θ j
P = e = 11 Pij = i e =
(5.65)
∂d P21 P22 12 x12 ∂d j ∂ θ i ∂θ c
c
∂u e
i
e
j ∂ θ j 6 x 6
71
Aplicando a propriedade estabelecida na Equação (5.44) à tríade local do elemento e
efetuando a mudança do sistema de coordenadas proposto na Equação (5.8), obtém-se:
δui c = −T .S δθ . x i1 + T .δui1
T
= −T .S δθT .T T T . x i1 + T .δui1
T
(
= − S δθ e . x i − x1 + δui − δu1
e e
) ( e e
) (5.67)
lembrando que o nó inicial 1 foi definido como a origem do sistema local e admitindo-se
que não existam modos espúrios de corpo rígido associados à translação da origem do
sistema local, têm-se que a sua posição e seus deslocamentos locais são nulos e portanto:
(
δRθi = − T .S δθ .Rθ i + T .S δθ i .Rθ i .T0 T
c
T
)
= (− T .S ) T
δθT
.T T .T + T .S δθ i .T T .T Rθ i .T0
= (− T .S δθT
) T
.T T + T .S δθ i .T T T .Rθ i .T0 = S δθ i e −δθ e .Rθi c ( T
) (5.70)
(S δθ i e −δθT e
) = δR θi c
.Rθi c
T
(5.71)
72
que resulta, considerando a Equação (5.44), na seguinte expressão:
δθ i c = δθ i e − δθT e (5.72)
∂ui c ∂θ e ∂ui e ∂θ e
e
= S x c . T
e
+ e
= S x c . T e + δ ij .I
∂u j i
∂u j ∂u j i
∂u j
∂ui c ∂θ e ∂ui e ∂θ e
e
= S xi c
. T
e
+
e
= S xi c
. Te
∂θ j ∂θ j ∂θ j ∂θ j
(5.73)
∂θ i c ∂θ i e ∂θ e ∂θ e
e
= e
− T
e
= − T e
∂u j ∂u j ∂u j ∂u j
∂θ i c ∂θ i e ∂θ e ∂θ e
e
=
e
−
T
e
= δ ij . I − Te
∂θ j ∂θ j ∂θ j ∂θ j
∂θ e ∂θ e
S x c . T e S x c . T e
I i ∂u j i
∂θ j
Pij = δ ij + (5.74)
I ∂θT e ∂θ e
− ∂u e −
T
e
j ∂θ j 6 x 6
Pij = δ ij I − Ψi .Γ j
T
(5.75)
sendo:
T T
− S c
[
Ψ i = xi = S x c I ]
T
∂θ e
Γ j = T e
∂u j
∂θ e ∂θ e
T e = T e (5.76)
I i
∂θ j ∂d j
73
Conseqüentemente, o operador de projeção do elemento pode então ser expresso por:
I Ψ1 .Γ1T Ψ1 .Γ 2
T
P = − T
(5.77)
I 12 x12 Ψ2 .Γ1T Ψ2 .Γ 2 12 x12
P =I – Ψ Γ T
(5.78)
sendo:
Ψ
Ψ = 1
Ψ
= Sx c [ I Sx c I ]
T
(5.79a)
12 x 3
2
i 2
T
0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0
Ψ = 0 0 0 0 1 0 0 0 − L 0 1 0 (5.79b)
0 0 0 0 0 1 0 L 0 0 0 1
T T
Γ ∂θ e ∂θ e ∂θ e
Γ = 1 = T e T e = Te (5.80)
Γ 2 12 x 3 ∂d 1 ∂d 2 ∂d
O próximo passo será a obtenção da matriz Γ definida acima, que depende da geometria
atual e da orientação dos eixos locais do elemento. Inicialmente, a propriedade (5.44) é
aplicada sobre a tríade local do elemento T e em seguida é efetuada a mudança de
coordenadas apresentada na Equação (5.8), tal que:
S δθT = δT T .T
T .S δθT .T T = T .δT T .T .T T
S δθ e = T .δT T (5.81)
T
( )
− i e T .δi e − [0 1 0].δi e
2 e T 3e
( )
3
e
δθT = − i 3 .δi1 = − [0 0 1].δi1
e
(5.82)
( )
+ i e T .δi e + [0 1 0].δi e
2 1
1
74
A seguir serão determinadas as variações δi1e e δi3e que aparecem na equação anterior. A
primeira variação pode ser obtida a partir das Equações (5.7) e (5.18):
δi1 =
1
L
1 1
δx 21 − 2 δL. x 21 = I − i 1 .i 1 T .δu21
L L
( ) (5.83)
0 0 0
δi 1 e 1
L
(
e eT e 1
L
)
= I − i 1 .i 1 .δu 21 = 0 1 0.δu 21
e
(5.84)
0 0 1
A variação δi3e pode também ser obtida a partir da Equação (5.7), no sistema local de
coordenadas, da seguinte forma:
δi 3 e = e
i1 × a2
1
e
(
.δ i 1 × a 2 −
e e
) e
1
i1 × a 2
e
( e e
)
.δ i 1 × a 2 .i 3
e
(5.85)
q3 = 0 (5.87)
1 q1 0
e e
i1 × a 2 = 0 × q 2 = 0 (5.88)
0 0 q
2
Portanto:
δi 3 e =
1
q2
( e e e e δq e
. δi 1 × a 2 + i 1 × δa 2 − 2 .i 3
q2
) (5.89)
75
A partir das Equações (5.3) e (5.5) tem-se:
0
T
a 2 = Rθ 1 .T0 .1 (5.90)
0
0 0
T
δa 2 = δRθ 1 .T0 .1 = S δθ 1 .Rθ 1 .T0 .1 = S δθ 1 .a 2
T
(5.91)
0 0
δa 2 e = S δθ e .a 2 e = − S a e .δ θ 1 e (5.92)
1 2
Definindo
α 1
= α 2
e
θ1 (5.93)
α
3
δq 2 = q1 .δα 3 (5.94)
δi 3 e =
1
q2
( e e e e q .δα e
q2
)
− a 2 × δi 1 + i 1 × δa 2 − 1 3 i 3 (5.95)
76
0 0 − 1 0 0 0
δu
e
δi 3 = 0 0
e
η . 21 + − 1 η 0 δθ1 e − η .δα 3 .i 3 e (5.96)
L
0 − η 0 0 0 η
Uma vez conhecidas as variações de δi1 e δi 3 definidas pelas Equações (5.84) e (5.96),
e e
δθ i1 e 0 0 − η 1 − η 0
e δu21 e
δθT = δθ i 2 = 0 0 − 1 0δθ1
e e
+ 0 0 (5.97)
δθ e 0 1 0 L 0 0 0
i3
T
T 0 0 η L − ηL 0 0 0 − η 0 0 0
∂θT
e
1
Γ = e = 0 0 1 0 0 0 0 0 − 1 0 0 0 (5.98)
∂d L
0 − 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
Γ = Υ 1 + Υ 2 .Ξ (5.99)
sendo
T
0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
Υ 1 = 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 (5.100)
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
T
0 0 0 0 − 1 0 0 0 0 0 0 0
Υ 2 = 0 0 1 0 0 0 0 0 − 1 0 0 0 (5.101)
0 − 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
T
ηL η 0
1
Ξ = 0 1 0 (5.102)
L
0 0 1
77
5.5 – VETOR DE FORÇAS INTERNAS E MATRIZ DE RIGIDEZ TANGENTE
F = ∑ G T .P T . f = ∑ G T . f e = ∑ f
c
(5.103)
∂F ∂f
Kt = = ∑ = ∑ kt (5.104)
∂D ∂d
sendo o vetor de forças internas do elemento no sistema global e a matriz GT definidos por:
T T
T
f = G T .P T . f c ; GT =
T
( )
= diag 4 T T (5.105)
TT
T T 12 x12
ao passo que a matriz de rigidez tangente pode ser obtida pela variação do vetor de forças
internas f do elemento, sendo composta por três parcelas:
δf1 = G T .P T .δf c
δf = δ (G T .P T . f c ) = δf1 + δf 2 + δf 3 δf 2 = G T .δP T . f c (5.106)
δf 3 = δG T .P T . f c
Inicialmente, será calculada a variação das forças co-rotacionais δf c , que em função das
Equações (5.27) e (5.55), pode ser expressa por:
∂f c ∂f c ∂d c ∂d e
δf c = c δd c = c . e . .δd (5.107a)
∂d ∂d ∂d ∂d
δf c = k c .P .G.δd (5.107b)
78
Substituindo-se a equação anterior na primeira parcela da Equação (5.106):
∂f e e
k t1 = 1 = G T .k t1 .G k t1 = P T .k c .P (5.109)
∂d
Ψ T .Υ 1 + Ψ T .Υ 2 .Ξ = I (5.111)
( T
)
δΞ = − Ψ .Υ 2 .δΨ .Γ
-1 T
(5.112)
( )
T
δP = −δΨ .Γ T + Ψ .Γ T .δΨ Ψ .Υ 2 .Υ T
T −1
2
( )
−1
= −δΨ .Γ T + Ψ .Γ T .δΨ Ψ .Υ 2
T T T
.Υ 2
−1
= −δΨ .Γ T + Ψ .Γ T .δΨ .Ψ (5.113)
δP = −δΨ .Γ T + Ψ .Γ T .δΨ .Ψ
−1
(Γ −T
.Γ T )
( )
= − I − Ψ..Γ T δΨ..Γ T = − P .δΨ..Γ T (5.114)
79
Substituindo-se a equação anterior na segunda parcela da Equação (5.106):
δf 2 = G T .(− P .δΨ .Γ T ) f c
T
= −G T .Γ .δΨ T .P T . f c
= −G T .Γ .δΨ T . f e (5.115)
(
δf 2 = G T .Γ S n .δx 1 c + S n .δx 2 c
1
e
2
e )
.Γ (S .δu1 + S n e .δu2 )
c c
= GT n1e
(5.116)
2
Sn e
1
~ ~ 0
δf 2 = −G T .Γ .F T .δd c F= (5.117)
S e
n2
0 12 x 3
~
δf 2 = −G T .Γ .F T .δd c
~ T ∂d c ∂d e
= −G .Γ .F . e . .δd
T
∂d ∂d
~
= −G T .Γ .F T .P .G.δd = k t 2 .δd (5.118)
sendo:
∂f e e ~
k t 2 = 2 = G T .k t 2 .G k t 2 = − Γ .F T .P (5.119)
∂d
80
Por último, será calculada a variação δGT no sistema local de coordenadas. Considerando
a Equação (5.81) e a matriz GT definida na Equação (5.105):
δT T
δG =
T
δT T
δT T
T
( )
= T T .diag 4 S δθ e (5.120)
δT T 12 x12
( )
δf 3 = δG T .P T . f c = δG T . f e = G T .diag 4 S δθ . f e = −G T .diag 4 S f .δθT e
T
e ( )e (5.121)
S n1e
~ ~ S m1e
δf 3 = −G T .H .δθT e H= (5.122)
Sn e
2
S m2 e 12 x 3
e considerando a identidade
∂θT e ∂d e
δθT e
= e . δd = Γ .G.δd
T
(5.123)
∂d ∂d
~
δf 3 = −G T .H .Γ T .G.δd = k t 3 .δd (5.124)
sendo:
∂f e e ~
k t 3 = 3 = G T .k t 3 .G k t 3 = − H .Γ T (5.125)
∂d
81
Finalmente, agrupando-se as Equações (5.109), (5.119) e (5.125) obtém-se a matriz de
rigidez tangente do elemento de pórtico espacial no sistema global de eixos:
e
k t = k t1 + k t 2 + k t 3 = G T .k t .G (5.126)
sendo as matrizes de rigidez tangente de pórtico espacial no sistema local definidas por:
e e e e ~ ~
k t = k t1 + k t 2 + k t 3 = P T .k c .P − Γ .F T .P − H .Γ T (5.127)
1
(
kt = . kt + kt
2
T
) (5.128)
E. A0 G.I x c
N = E. A0 .ε = d T= θx (5.129a)
L0 L
82
M 1y =
2.E.I y
L0
(2θ 1y
c
+θ2y
c
) M 2y =
2.E.I y
L0
(θ 1y
c
+ 2θ 2 y
c
) (5.129b)
M 1z =
2 .E .I z
L0
(
2θ 1z + θ 2 z
c c
) M 2z =
2 .E .I z
L0
(
θ 1z c + 2θ 2 z c ) (5.129c)
M 1z + M 2 z M 1z + M 2 z
V1 y = V2 y = − (5.129d)
L L
M 1y + M 2 y M 1y + M 2 y
V1z = − V2 z = (5.129e)
L L
y0 M2y
x0
V2z
T N
M1y
V1z
N M2z
V2y
T
V1y M1z z0
83