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23/10/22, 20:20 Versão para impressão - DOCUMENTAÇÃO, FILESYSTEM, TIPOS DE ARQUIVOS E PROCESSOS DO LINUX

DOCUMENTAÇÃO,
FILESYSTEM,
TIPOS DE
ARQUIVOS E
PROCESSOS
DO LINUX

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Apresentação 
Olá, seja bem-vindo (a)! 

Esta unidade de estudo apresentará sobre como acessar a


documentação do sistema e recuperar suas principais informações.
Enfatizará sobre os importantes editores de texto em modo Shell, o
vi e nano, fundamentais para a configuração do sistema quando só
tem  o Shell (terminal).

Serão elucidados os principais tipos de arquivos. Abordará,


também, um assunto de grande importância no mundo Linux, as
permissões, indispensáveis para manter o sistema robusto e
blindado contra invasões . Além disso, destacará sobre os
processos do Linux.

Para melhor organização e compreensão, os conteúdos estão


subdivididos em tópicos:

Documentação, informações do Sistema e Editores de Texto.


Sistema de Arquivos ou filesystem.
Links e Tipos de Arquivos.
Processos Linux.

Objetivos

Conhecer a documentação do sistema , o processo para


recuperar as principais informações do Linux e os editores
Nano e Vi.
Entender o conceito de Filesystem e também o conceito de
processos.
Compreender a estrutura de diretórios Linux e o conceito de
propriedade de arquivos e diretórios.
Diferenciar os tipos de arquivos e links.
Reconhecer a importância , os tipos de permissões no Linux e
as facilidades do Shell.
Identificar os estados dos processos.
Analisar os processos no Linux.

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Desafio 
Como desafio para essa unidade é a prática, então, proceda
conforme as seguintes orientações:

1. Acesse a sua instalação Linux e faça um primeiro


entendimento dos principais comandos abordados na
Unidade I e II.
2. Obtenha as informações do seu sistema.
3. Abra, crie e salve arquivos com os editores vi e nano.
4. Com o Editor vi, teste os principais comandos internos.
5. Visite o diretório virtual /proc e explore as principais
informações em tempo real do sistema.
6. Crie links para arquivos.
7. Observe os processos do Linux com as formas ensinadas na
unidade.

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Conteúdo 
Documentação, informações do Sistema e
Editores de Texto

Documentação do Sistema

Inicie pelo comando shell, man ele exibe a página de manual de um


comando ou tópico.

Sintaxe: man <seção> <comando ou tópico>

Esta é a forma mais direta de ter informações sobre o que um


determinado comando faz. Além disso, você pode conferir todas as
opções e argumentos que ele pode aceitar. Toda distribuição do
Linux vem com um grande conjunto de documentos que são
acessíveis pelo comando man. São as chamadas páginas de
manual (man pages).

Figura 1- comando man

Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

Ao encontrar o tópico solicitado, o man apresenta o conteúdo na


tela e aguarda comandos do teclado. Os principais comandos são :

H ou h - Mostra o help do man.

q, :q ou :Q - Finaliza a execução do comando man.

Z - Ir para a próxima janela.

W - Volta uma janela.

/texto - Procura pela ocorrência do texto especificado, após /.

Aproveite e teste averiguando a página de manual de todos os


comandos citados.

Informações do sistema

Para obter outras informações básicas do sistema LINUX, você


poderá usar os seguintes comandos:

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uname –a: mostra várias informações sobre o sistema atual


(versão do Kernel, nome da máquina, e outros).

Figura 2 – Comando uname

Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

whoami – mostra o usuário logado no terminal.

Figura 3 – Comando whoami

Elaborada pelo autor, 2020.

dmesg: mostra as mensagens emitidas pelo Kernel. Muito


usado para analisar o processo de boot, já que as mensagens
emitidas pelo Kernel na inicialização do sistema podem ser
vistas. Este comando só é permitido para o root.

Figura 4 – Comando dmesg

Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

date: exibe ou altera (somente o root) a data configurada n do


sistema.
uptime: exibe o tempo do sistema desde o último boot, além
da carga de trabalho da máquina.
free – mostra a utilização de memória da máquina.

Figura 5 – Comando date, uptim e free

Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

Algumas Facilidades na Digitação de Comandos


no Shell

Sempre que um comando é dado na linha de comando, ele fica


registrado no shell. É possível recuperar comandos dados
anteriormente , pois são guardados em um arquivo de histórico.
Além disso, poderão ser reutilizados, utiliza ndo setas do teclado,
para cima e para baixo.

Outra dica importante é a utilização da tecla tab para


complementar as informações que estão sendo digitadas. Se o
comando estiver sendo digitado corretamente, quando o tab for

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pressionado, o interpretador de comandos tentará completar da


melhor forma possível, ou dará as opções (figura 6) ao pressionar a
tecla tab duas vezes, para que você elimine as ocorrências iguais.

Figura 6 – Comando cal

Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

history

Como já foi dito, comandos que entram no interpretador de


comandos são armazenados para uso posterior. O comando history
é um dos métodos disponíveis para este fim.

Sintaxe: history [opções] [arquivo] [argumento] [linha]

algumas opções:

n - número de linhas a serem apresentadas contando o último


comando.
-c - limpa todo o histórico.
-d linha - deleta a linha indicada.
-r arquivo - não registra a entrada do comando, utilizando o
history existente.

Figura 7 – Comando history

Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

Um determinado comando poderá ser executado novamente, basta


digitar"!comando", assim a última linha que esse comando foi
realizado será executada novamente.

Exemplo:

$!cd

Observe que utilizando o comando cd, o sistema fará uma busca


nos comandos executados pelo último"cd" do usuário, caso entre-o,
o mesmo comando será utilizado.

No seguinte exemplo, o comando 9 é equivalente à ls:

Figura 8 – Comando history repetição

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Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

.bash_history

O .bash_history é o arquivo que serve de armazenamento do


histórico de comandos do usuário. Por se tratar de dados de um
usuário em específico, este fica localizado no diretório pessoal do
usuário em questão (/home/nomeDoUsuário). Por ser um arquivo
que contém informações manipuladas apenas de maneira indireta,
possui um nome que o mantém oculto (todo arquivo oculto inicia
com um".").

Figura 9 – Localização do history

Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

Editor de texto vi

O vi é o editor padrão do sistema UNIX e pode ser usado nas várias


tarefas de edição de arquivos de configuração, log e outros. Ele não
é um formatador de textos.

Para editar um determinado arquivo us e o comando:

$ vi [arquivo]

Figura 10 – Editor vi

Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

O editor apresentará o arquivo especificado, conforme a figura  10 .


Para criar um arquivo novo, basta chamar o vi sem argumentos.
Existem 3 modos de operação do vi. Em cada um, o editor
responderá de uma forma.

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Modo insert: modo usado para a digitação onde entra com os


caracteres que compõem o texto. Esse modo é acionado com
a tecla"a" (append) e"i" (insert).
Modo escape: é acionado pela tecla ESC e usado para a
movimentação de caracteres e volta para o modo insert. Isto é
feito a partir de comandos simples. Seus comandos não
aparecem na tela.
Modo last line: é acionado com: (dois pontos). Usado para a
entrada de comandos especiais, diferentes dos comandos do
modo escape . S ão comandos para substituição, localização,
movimentação de texto, gravar e executar comandos do shell
sem sair do vi. Após teclar: aparecerá na última linha esse
sinal para a digitação dos comandos.

Dentro do vi é necessário memorizar pelos menos um conjunto de


comandos básicos que realizam as tarefas mais rotineiras:

Conheça as principais opções do vi.

i – Opção que insere texto antes do cursor"I""I".


r - Opção que insere o texto no início da linha onde está o
cursor"I""I".
a - Opção que insere o texto depois do cursor"I".
A - Opção que insere o texto no final da linha onde se encontra
o cursor"I".
o – Opção utilizada para adicionar linha abaixo da linha
corrente.
O - Opção utilizada para adicionar na linha acima da linha
corrente.
x – Opção utilizada para deletar um caractere que está sob o
cursor"I".
dw – Opção utilizada para deletar a palavra, do início do
cursor"I".
dd – Opção utilizada para deletar a linha inteira onde o
cursor"I" estiver posicionado.
D – Opção utilizada para deletar a linha a partir da posição do
cursor"I" em diante.
u – Opção utilizada para desfazer a última modificação.
/palavra – Opção utilizada para procurar uma palavra no
texto.
Ctrl+g - Opção utilizada para mostrar o nome do arquivo e
total de linhas que ele possui.
Ctrl+f - Opção utilizada para passar para a tela seguinte.
Ctrl+b - Opção utilizada para passar para a tela anterior .
Comandos a serem dados no modo de dois pontos:
wq – Para salvar as mudanças.
w - Salva o arquivo.
q – P ara sair do vi.
q! – Força a saída sem salvar nada.

Editor nano

O editor nano é um outro editor de textos em linha de comando que


apresenta uma interface mais amigável com o usuário.

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Figura 11 – Editor nano

Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

Todas as opções dentro do nano estão apresentadas no menu logo


abaixo do texto que está sendo editado, o que evita a memorização
de comandos e opções.

Para abrir o nano, basta digitar no shell nano

Sistema de Arquivos ou filesystem


O sistema de arquivos (SA) é o conjunto de estruturas utilizado para


administrar arquivos em um determinado hardware , ou seja, é o
mecanismo de organização que oferece operações, como a de
leitura e/ou escrita, em arquivos.

O dispositivo mais comum para o armazenamento do SA é o disco


rígido (o HD), localizado dentro do computador, embora um SA
possa existir em qualquer dispositivo de armazenamento como nos
antigos disquetes, CDs, DVDs ou pen drives.

Note que para utilizar um Sistema de Arquivo (pen drive, Hd, e


outros), ele deve estar disponível para utilização. No Linux, o
comando mount  é que faz a montagem . Ao chamá-lo é preciso
que o dispositivo de armazenamento esteja inicializado, também é
necessário que crie o diretório onde ele será montado . E sse
diretório recebe o nome de ponto de montagem.

Por exemplo:

$ mount /dev/hda2 /home

Esse comando tem pelo menos dois argumentos. O primeiro é o


arquivo de dispositivo /dev/hda2 (a letra a indica primeiro HD do
computador e o número 2 indica a segunda partição)
correspondente ao hardware que contém o sistema de arquivos. O
segundo é o diretório sob o qual será montado (/home).

Após esse comando , o conteúdo do sistema de arquivos parecerá


simplesmente no diretório /home. E ntão, pode-se dizer que
/dev/hda2 está montado em /home.
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É importante perceber a diferença entre os arquivos /dev/hda2 e


/home. O primeiro dá acesso aos dados brutos do disco (arquivo de
dispositivo do HD – é a representação em arquivo da partição do
HD), permitindo o acesso aos arquivos organizados contidos na
partição do disco.

O segundo é um diretório e foi criado e está pronto para ser usado


pelos programas. É apenas um diretório (ponto) na árvore de
diretórios para disponibilizar os arquivos da partição.

Montar e desmontar SAs é uma tarefa, normalmente, somente


permitida para administradores de sistemas. Caso contrário é
possível criar um grande buraco na segurança, por permitir que
qualquer usuário copie programas para o Linux.

Conheça alguns sistemas de arquivos comuns:

Ext4 - o mais popular no Linux e usado nos Hds e SSDs.


Oferece journalling.

ext3 – versão anterior ao ext4, também oferece journalling.


ext2 – versão mais antigo do ext, padrão anterior para o
Linux.
NTFS – SA das versões mais recentes do Microsoft Windows.
VFAT – SA do Microsoft Windows (versões mais antigas).
msdos – SA compatível com o MS-DOS e Windows também.
iso9660 – SA usado em CD-ROMs. São usados para
disponibilizar os arquivos do CD-ROM.

Para obter informações quantitativas sobre um sistema de arquivos


e diretórios ou arquivos, pode ser executado cada um dos dois
comandos seguintes:

du (disk usage): mostra o espaço ocupado no diretório,


varrendo os subdiretórios e mostrando valores nas unidades
adequadas .

Figura 12 – Comando du

Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

df (disk free): mostra o espaço ainda livre em cada partição.


Nota: cada partição, normalmente, é um SA independente.

Figura 13 – Comando df

Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

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Hierarquia de Diretórios

A organização lógica básica dos SAs do Linux é uma estrutura


hierárquica iniciada no diretório / (barra), o chamado diretório root
(o mesmo que o c:\> do Windows). Abaixo desse diretório, vários
outros podem ser criados como subdiretórios. Veja a seguinte
figura.

Figura 14 – Hierarquia de Diretórios

Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

A estrutura de diretórios apresenta a estrutura hierárquica rígida


definida pela Filesystem Hierarchy Standard 
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Filesystem_Hierarchy_Standard ),
contida na Linux System Base, que é o conjunto de padrões
definidos para a estrutura do Linux e a forma de manipular seus
arquivos. Mais adiante, pode-se encontrar uma divisão
característica da estrutura de diretórios do Linux.

Mesmo assim, algumas distribuições customizam essa hierarquia.


Assim, é possível encontrar uma organização dessa estrutura que
difere do padrão. Vale ressaltar que essa árvore de diretórios pode
ser alocada em dispositivos, ou partições de dispositivos, diferentes
no momento da instalação ou com ferramentas depois do sistema
operacional instalado.

O primeiro SA (raiz-root filesystem), que contém o diretório raiz (/) é


montado de forma automática. O SA raiz é montado
automaticamente durante a inicialização do sistema e sempre
estará disponível, pois de outra forma o sistema não poderia ser
inicializado. O nome do SA que é montado como / é compilado
juntamente com o kernel do sistema ou configurado no gerenciador
de boot .

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Descrição dos Diretórios


/bin - Armazena os comandos binários executáveis (arquivo)


imprescindíveis durante a inicialização, reparo, arquivos
necessários para executar no modo de usuário único e outros
comandos básicos importantes , como cat, du, df, tar, rpm, wc,
history e outros.
/boot - Armazena arquivos importantes durante o processo de
inicialização, incluindo o Linux Kernel.
/dev - Armazena arquivos de dispositivos para todos os
dispositivos de hardware da máquina, por exemplo, cdrom,
cpu e outros.
/etc - Armazena arquivos de configuração do aplicativo,
inicialização, desligamento, início, script de parada para cada
programa individual.
/home - Diretório dos usuários do sistema. Sempre que um
novo usuário é criado, um diretório em nome do usuário é
criado no diretório inicial, que contém outros diretórios, como
Área de Trabalho, Downloads, Documentos e outros.
/root - Diretório home para o super usuário (root).
/lib - Armazena as bibliotecas essenciais para os arquivos
binários contidos nos diretórios /bin/ e /sbin/.
/mnt - Diretório de montagem temporário para montar o
sistema de arquivos.
/sbin - Armazena programas executáveis binários, exigidos
pelo administrador , para manutenção. Iptables, fdisk, ifconfig,
swapon, reinicialização e outros .
/tmp - Destinados aos arquivos temporários.
/usr - Contém arquivos binários executáveis, documentação,
código fonte, bibliotecas para o programa de segundo nível.
/var - Destinado aos arquivos variáveis. O conteúdo deste
arquivo deve aumentar. Este diretório contém arquivos de log,
bloqueio, spool, correio e temp.

O diretório /proc 

O diretório /proc é uma particularidade do Linux. Ele não é um


sistema de arquivos real, na verdade, é a simulação de um sistema
de arquivos em memória RAM. As informações contidas nos seus
arquivos e subdiretórios refletem perfeitamente a realidade do
kernel do sistema naquele momento. Alguns dispositivos do
sistema operacional Linux possuem seus arquivos de dispositivo
dentro desse diretório, por exemplo, as placas de rede.

Esse diretório oferece acesso mais simples às estruturas do Kernel


como a lista de processos em execução. Isso faz com que a
estrutura de dados possa ser manipulada, facilmente, com as
ferramentas habituais.

Conheça alguns arquivos do diretório /proc:

cpuinfo - Apresenta informações sobre a CPU, como


velocidade, fabricante e tamanho da memória cache interna.

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interrupts - Contém informações sobre quais interrupções


(IRQ) estão sendo utilizadas e por qual dispositivo.
ioports - Mostra os endereços de entrada e saída (I/O) que
estão sendo utilizados e os dispositivos que estão usando
esses endereços.
meminfo - Mostra informações sobre a quantidade de
memória total, sua utilização, quantidade de memória de
troca (swap), e outros.
partitions - Contém informações sobre como está
particionado cada disco do sistema, informando também o
tamanho de cada partição.

Organização dos arquivos no disco rígido (HD)


A maneira como os arquivos são armazenados em disco é baseada


em estruturas de ados chamadas de i-nodes (abreviatura para nó de
índice – i-node). A estrutura contendo as informações sobre i-nodes
chama-se superblock (superbloco).

O i-node armazena os atributos de um arquivo. Quando uma


partição é inicializada, cria-se um número de i-nodes que será o
limite máximo de arquivos possíveis de qualquer tipo a serem
armazenados nessa partição. Na média, é criado um i-node para
cada 2 a 8 kbytes de espaço e cada um possui um número próprio e
único. Quando um novo arquivo é criado, um i-node vazio é alocado
para ele.Um i-node armazena as seguintes informações:

O usuário dono do arquivo e o grupo do arquivo.


O tipo do arquivo.
Os modos de acesso ao arquivo (permissões).
A data de criação, acesso e modificação.
O tamanho do arquivo.
Endereços físicos no disco dos vários"pedaços" do arquivo.

A seguinte figura exemplifica a estrutura de um i-node.

Figura 15 – Estrutura de um i-node

Fonte: GNU Brasil, 2020.

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Uma entrada de diretório é formada pelo nome do arquivo e pelo


seu i-node. Um nome de arquivo é armazenado no seu diretório"pai".
Outros diretórios podem ter referências a esse mesmo arquivo. Isto
é feito por meio da criação de vários nomes de arquivos apontando
para o mesmo i-node, essas referências são chamadas de hard
links. Este método faz com que um arquivo exista em vários lugares
ao mesmo tempo e o Linux armazena contadores de quantas
referências ao arquivo existem.

Links e Tipos de Arquivos

Links

Hard links não podem ultrapassar as fronteiras entre sistemas de


arquivos (devido à numeração dos i-nodes) e cada uma das
referências herda os atributos do arquivo, já que o i-node é o
mesmo. Eles são criados com o comando ln e removidos com o
comando rm. Teoricamente, todos os arquivos comuns são hard
links, conforme representado na figura 16.

Figura 16 – Comando ln

Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

Observe que se você alterar um dos arquivos, como eles são o


mesmo, os outros também serão alterados.

Links simbólicos são também chamados de soft links ou simbolic


link. Estes arquivos contêm paths para outros arquivos ou
diretórios. Ao contrário dos hard links, os links simbólicos apenas
apontam para o nome do arquivo. Em caso de remoção do arquivo,
o link simbólico perderá sua referência. Pode-se criar links
simbólicos com o comando ln –s, veja a descrição.

Figura 17 – Comando ln –s

Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

ln: cria um link ou simbolic link para um arquivo. O comando ln sem


a opção -s, cria hardlinks. Com o uso do ln não é permitido criar
hardlinks para diretórios. Se o nome do link for um diretório, vários
nomes de arquivos podem ser especificados.

sintaxe: ln [opções] <arquivo> <nome-do-link>

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Veja algumas opções:

-f       força a sobreposição de um arquivos, caso o nome do link


seja o mesmo do arquivo existente.

-s      cria um link simbólico.

$ ln <nome-do-arquivo> <link-do-arquivo>

Observe, na figura 18, que os números antes do proprietário


wrodrigues indicam a quantidade de I-nodes que existem para o
mesmo arquivo.

Figura 18 – Quantidade de i-nodes

Fonte: Elaborada pelo autpr, 2020.

Lembre-se que para criar um soft link, é necessário utilizar a opção"-


s".

Quando se apaga um arquivo com o comando rm, você está


apagando somente um link para um arquivo (inode). Observe que
para apagar o arquivo, verdadeiramente, ele não deve mais possuir
ligação para ele, ou seja, nenhum hard link. Na maioria das vezes,
os arquivos possuem apenas 01 link, portanto o uso do comando
rm apagará o arquivo.

É possível verificar o número de links que um arquivo possui


utilizando o comando ls, com a opção -l.

Tipos de arquivos

O comando ls -l, dado anteriormente, mostra informações mais


completas dos arquivos nos diretórios em questão. Uma das
informações é o tipo de arquivo que é dado pela primeira letra da
linha do arquivo, conforme apresentado na figura 19.

Figura 19 – Lista de diretórios

Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

Observe que o item Planilhas é um diretório podendo ser percebido


pela letra"d", logo no início da linha.

Os itens iniciados com um"-" são arquivos comuns e com"l" é um


link simbólico.

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Note, então, que no Linux existem basicamente os seguintes tipos


de arquivos:

"-" - Arquivos comuns: sem estrutura definida, por exemplo,


texto, programas e bibliotecas.
"d" - Diretórios: arquivos que contêm os nomes dos arquivos
dentro do diretório.
"l" - links simbólicos (soft links).

Arquivos especiais - São os arquivos de dispositivo que oferecem


acesso ao sistema para dispositivos de caractere ou de bloco. Para
criar novos arquivos especiais basta utilizar o comando mknod que
é um item avançado. Conheça as principais opções:

"b" - arquivos especiais de Bloco.


"c" - arquivos especiais de Caractere.
"s" - sockets: são conexões formais entre
processos, normalmente entre máquinas
diferentes ligadas em rede.
"p" - named pipes (FIFO's): arquivos especiais que
implementam a comunicação entre processos na
mesma máquina. São como túneis de dados entre
programas independentes. Também, o comando
mknod pode ser usado para a criação de novos
arquivos FIFO's.

É importante lembrar que há o comando file, usado para determinar


qual tipo de arquivo é passado por parâmetro, por exemplo:

# file install.log

install.log: ASCII text

O comando file faz a análise com base no conteúdo do arquivo.

Permissões sobre arquivos e diretórios


Cada arquivo possui atributos que o diferenciam dos outros. Esses


atributos detalham os níveis de acesso ao arquivo, seu dono e
grupo, data e outras informações, que estão no i-node do arquivo.

Os sistemas de arquivos do Linux permitem que seja definido, para


cada arquivo ou diretório, os três tipos básicos de controle de
acesso. Veja a seguinte tabela.

Tipo de acesso Aplicado em arquivos Aplicado em diretórios

r (read) Permite ler o conteúdo do arquivo. Permite listar o conteúdo do


diretório.

w (write) Permite alterar o conteúdo do arquivo. Permite alterar o conteúdo do


diretório.

x (execute) Permite executar o arquivo. Permite pesquisar o diretório.

Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

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Alguns comandos do sistema Linux requerem algumas permissões


específicas para acessar programas ou arquivos. Por exemplo, para
executar o comando cat em um arquivo, a permissão de leitura é
necessária, pois esse comando deve ser capaz de ler o conteúdo do
arquivo, para mostrá-lo, na saída-padrão. Da mesma maneira, o
comando ls requer a permissão de leitura de um diretório, para listar
o seu conteúdo.

Existe três contextos aos quais essas permissões são aplicadas. A


primeira combinação refere-se ao usuário que é dono do arquivo. A
segunda, aos usuários pertencentes ao grupo do arquivo. E a
terceira, refere-se a qualquer usuário do sistema.

O mode de arquivo é, então, a combinação entre os três tipos de


permissão (r, w, x), conforme indicado na seguinte figura.

Figura 20 – Permissões no Linux

Fonte: Roberto’s Blog, 2020.

O sistema operacional Linux e seus sistemas de arquivos permitem


restringir o acesso aos arquivos e diretórios. Ou seja, somente a
quem for atribuída a permissão será dado o direito de acesso,
indicando os usuários que podem ler, escrever ou alterar um
arquivo.

Cada arquivo pertence a um usuário e a um grupo. O comando


chown modifica o proprietário de um arquivo ou diretório, cuja
sintaxe é:

chown [-R] <proprietário> <nome-do-arquivo>.

A indicação "proprietário" especifica o proprietário do arquivo, esse


argumento deve ser um número decimal especificando o userid do
usuário ou o nome de login no S.O do usuário em qustão. Somente
o dono do arquivo (ou o superusuário) pode modificar o
atributo"proprietário" de um arquivo.

Veja a seguinte, na figura 21, a alteração de wrodrigues para


weslley no arquivo números.

Figura 21 – Comando chown

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23/10/22, 20:20 Versão para impressão - DOCUMENTAÇÃO, FILESYSTEM, TIPOS DE ARQUIVOS E PROCESSOS DO LINUX

Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

O comando chgrp modifica o grupo de um arquivo ou diretório, cuja


sintaxe é:

chgrp [-f] [-h] [-R] gid nome-do-arquivo

O comando chgrp, indicado na figura 22, muda o grupo de cada


ARQUIVO para GRUPO referenciado.

Figura 22 – Comando chgrp

Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

Cada arquivo possui atributos que se relacionam com a maneira


pela qual o arquivo será executado (no caso de ele ser um binário
executável). Dessa forma, quando um usuário executa um
programa (arquivo executável), o processo de execução terá como
proprietários o usuário que executou o arquivo e seu grupo atual.
Ainda, o processo de execução do arquivo estará sujeito aos
mesmos privilégios impostos ao usuário e grupo correspondente.

O comando chmod, por sua vez, modifica as permissões de um


arquivo ou diretório. É importante informar que o usuário deve ser o
proprietário do arquivo ou diretório, ou ter acesso ao root, para
modificar as suas permissões. A sintaxe do comando é:

chmod <permissões> <nome do arquivo>

obs: <permissões> são as (permissões a serem modificadas, <nome


do arquivo> é o nome do arquivo ou diretório cujas permissões
serão afetadas.

As permissões são especificadas de várias maneiras (existe essa


possiblidade),   mas a abordagem será uma das formas mais
simples. Inicialmente, o uso de uma ou mais letras representando-
os:

u (para o usuário).

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g (para o grupo).
o (para "outros").
a (para todas as categorias acima).

Posteriormente, a indicação se as permissões serão acrescidas


representadas pelo sinal de (+) ou removidas (-). São utilizadas
letras com os seguintes significados:

r (para read - ler).


w (para write - escrever).
x (para execute - executar).
s (para setuid/setgid em arquivos executáveis).

No exemplo a seguir, a permissão de escrita é adicionada ao


diretório Planilhas para usuários pertencentes ao mesmo grupo.
(Portanto, o argumento "permissões" é g+w e o argumento "nome" é
Planilhas). A figura 23 apresenta o passo a passo.

Figura 23 – Comando chmod

Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

O hífen (-) no conjunto de caracteres para grupo foi modificado


adicionando a permissão de escrita (w) como resultado desse
comando.

Ainda, existem os chamados sticky bit, SUID e GUID, que são como
bits extras. O primeiro, é associado aos diretórios e possui como
identificação a letra"t". Se este bit estiver ativado com o valor 1, o
diretório não pode ser removido, mesmo que possua todas as
permissões de acesso, o que implica que os arquivos criados dentro
desse diretório só podem ser apagados por seus donos.
https://www.dicas-
l.com.br/arquivo/permissoes_em_unix_e_linux.php 

Um exemplo é o diretório /tmp. Para ativar essa opção, basta


atribuir a opção 1777 ao diretório, por meio do comando chmod, por
exemplo:

# chmod 1777 /tmp | ls -ld /tmp/

Figura 24 – Suid e guid

Fonte: Elaborada pelo oautor, 2020.

O SUID é muito útil quando um usuário precisa alterar um arquivo


por meio de alguma ferramenta, cujo dono é o root, mas sem
possuir demais acessos a esse arquivo. Por exemplo, para alterar

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sua senha, o usuário precisa alterar o arquivo /etc/password, cujo


dono é o root. Dessa forma, o usuário comum só conseguirá
escrever neste arquivo por meio da ferramenta passwd. Esta
ferramenta, só pode alterar o arquivo porque ela possui o SUID
ligado, ou seja, com valor igual a 1. Assim, o usuário comum roda a
ferramenta como se fosse o root. Por exemplo:

#chmod 4755 teste | ls -l teste

-rwsr-xr-x 1 usuario usuario 0 <data> <hora> teste

Por último, o GUID permite que o arquivo seja executado com os


privilégios do grupo ao qual ele pertence, e não com os privilégios
do seu dono. Por exemplo:

#chmod 2755 teste | ls -l teste

-rwxr-sr-x 1 usuario usuario 0 <data> <hora> teste

O comando umask define a máscara de criação de novos arquivos.


Essa máscara são três números que definem as permissões iniciais,
que são aplicadas no arquivo para o seu do dono, grupo e para os
outros usuários, quando esse for criado ou copiado. Seus valores
são baseados no valor 666, ou seja, a saída e a entrada do
comando umask são subtraídas desse valor.

No UNIX, a máscara padrão é 022, isto é, 666-022=644, que indica


permissões de leitura e escrita para o usuário, e a apenas a
permissão de leitura para o grupo e para outros usuários.

Para o dono, grupo e outros a numeração equivalente às


permissões são:

0 --> Nenhuma Permissão

1 --> Execução

2 --> Escrita

3 --> Execução e escrita

4 --> Leitura

5 --> Execução e leitura

6 --> Leitura e escrita

7 --> Leitura, escrita e execução

Processos Linux

Processos no Linux

Cada processo no ambiente Linux é uma instância de um programa


em execução. Nos sistemas operacionais multitarefa vários
processos podem executar, concorrentemente ou simultaneamente.

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Os processos podem ser inicializados no terminal do computador,


podendo interagir com os usuários e exibir sua execução no
monitor de vídeo, ou podem ser inicializados em segundo plano
automaticamente ou em resposta a configurações prévias, por
exemplo, agendados para determinada data e horário.

Um processo que interage com os usuários e exibe a sua execução


no monitor de vídeo é um processo em foreground (fg - primeiro
plano). Por outro lado, um processo que está rodando, mas não
permite interação com o usuário é um processo em background (bg
- segundo plano).

Existe a possibilidade de um processo ser enviado para o modo


background (bg). Um processo pode ir para background com a
combinação das teclas: CTRL + Z.

Quando um processo está no bg, ele não está, necessariamente,


parado. Processos no bg podem continuar rodando e depois serem
novamente trazidos para o fg com o comando de mesmo nome
(fg). É como se houvesse uma janela e fosse sobreposta por outra
temporariamente até que o usuário a traga de volta novamente.

Identificação e Estados dos Processos no Linux


Um processo em execução é identificado por um número chamado


PID (Process Identification Number). Cabe ao kernel do Linux
atribuir um número único a cada processo.

À medida que um processo é executado, o estado em que ele se


encontra é alterado de acordo com a atividade que está sendo
efetuada. Os processos podem se encontrar em vários estados que
variam de sistema operacional para sistema operacional, mas, de
uma maneira geral, são:

executando (running): também chamado de estado ativo. Um


processo está no estado executando, como o próprio nome diz,
quando ele está sendo executado pelo processador. Em ambientes
com um único processador, somente um processo pode estar sendo
executado em um certo instante, mas isto é feito de forma tão
rápida que dá a impressão que todos os processos estão sendo
executados ao mesmo tempo.

pronto (ready): temporariamente parado para que outro processo


seja executado. Ele se encontra pronto para entrar em execução.

bloqueado (blocked): um processo está no estado bloqueado


quando aguarda a ocorrência de algum evento externo para poder
prosseguir, como o término de uma operação de E/S com leitura de
um arquivo num CDROM.

Gerenciamento de processos

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Os processos em execução, no sistema Linux, são também


descritos em arquivos  que ficam armazenados no sistema de
arquivos do /proc. Neste diretório, cada processo possui seu
diretório identificado com o número PID (Process Identification),
contendo informações referentes aos processos, tais como:
memória utilizada, bibliotecas ativas, processos filhos, dispositivos
montados pelo processo, enfim, toda atividade que o processo está
realizando.

Existem alguns comandos que permitem a visualização e o


gerenciamento dos processos em execução no ambiente. São eles:
o ps e kill:

ps (process status): identifica os processos sendo executados no


momento e dá informações sobre eles.

Sintaxe: ps [opções]

A figura 25 exemplifica o camondo ps.

Figura 25 – Comando ps

Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

Mostra informações sobre o PID, a carga na CPU, o tamanho da


memória virtual que está sendo usada pelo processo, o terminal ao
qual ele está ligado (se estiver) o tempo que o processo está
rodando e o nome do seu executável com suas opções.

Figura 26 – Comando ps –aux

Fonte: Elaborada pelo autor, 2020.

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Mostra informações mais técnicas, como o PID, o PPID, o UID do


usuário que disparou o processo e o status do processo.

kill: envia sinais para processos, inclusive sinais para


encerramento.

Sintaxe: kill [número do sinal] [número do processo]

Se o número do sinal for omitido, é considerado o TERM (pedido de


encerramento do processo). É importante lembrar que existem
vários outros sinais. O número do processo pode ser visto com o
comando ps. Caso um processo"teime" não seja encerrado, use o
sinal KILL (9) para"forçar a barra".

Por exemplo, o comando kill –9 syslogd encerra o processo


syslogd. Este comando é diferente do comando kill syslogd que
envia um sinal de TERM para o processo.

Outro comando interessante para você ter uma ideia geral de como
está o uso do computador pelos processos, é o comando top.

top: mostra uma lista permanente com os processos e o que ele


está consumindo dos recursos do computador. Ele dá também a
utilização geral de memória e CPU.

Sintaxe: top (para sair use a tecla "q")

Por outro lado, um programa rodando pode ser interrompido com a


combinação Ctrl+C. Um programa pode ser suspenso com Ctrl+z,
isso significa que ele pode voltar à operação no terminal do usuário
com fg ou à operação em background com bg.

O kernel do Linux tenta ser o mais justo possível na hora de


distribuir o tempo do processador, pois verifica o quanto o processo
está esperando para ter o seu processamento e o quanto de CPU ele
já teve. Além disso, o usuário pode ajustar um valor administrativo
chamado de nice number."Nice" significa gentil em inglês e o valor
de nice descreve o quanto este processo será gentil com os outros
(não tomando muito o tempo da CPU). Valores menores de nice
representam prioridades maiores para o processo. Normalmente, o
valor de nice é herdado do processo pai. Cabe lembrar que o dono
do processo pode aumentar o valor ou voltar ao inicial, mas nunca
poderá diminuir o valor, aumentando sua prioridade no sistema.
Somente o usuário root fará o que quiser com os valores de nice de
qualquer processo.

Assim, os outros dois comandos completam o conjunto para


manipulação de processos: nice e renice.

nice e renice: O nice indica uma prioridade para o processo que


pode ser variada entre -20, indicando a maior prioridade, até 19,
indicando a menor prioridade. Lembrando que o padrão de
prioridade é o valor 10, por exemplo:

# nice -n -1 find / -name lib*

Aqui, o comando find será executado com prioridade maior que


teria, se fosse chamado diretamente na linha de comando.

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O comando renice, por outro lado, altera a prioridade de um


processo já iniciado. Podem ser alterados todos os processos
pertencentes ao usuário, grupo ou individualmente, por exemplo:

# renice +1 987 -u deamon root -p 32

Neste exemplo, modifica-se a prioridade do processo 987 e 32, além


de todos os processos cujo dono é o usuário deamon ou o root.

Processos pai e filhos


Os sistemas baseados no Linux criam esses novos processos


copiando de um processo existente, ou seja, aquele no qual existe
uma iniciativa de criação do processo (comando de criação ou
instrução). Nessa ocorrência, o processo que foi copiado recebe o
nome de "processo pai", enquanto que o novo denomina-se
"processo filho".

A criação de um novo processo no Linux é baseada em


relacionamentos de paternidade entre processos. Os processos são
criados por meio de uma chamada ao sistema (fork) que dá origem
a um novo processo. O processo"filho" é uma réplica do processo
que invocou o fork, designado processo"pai". Após o fork, o
processo "pai" e o processo "filho" são executados de forma
independente.

O processo filho receberá um novo PID e iniciará sua execução por


meio do procedimento exec. Esta nova execução pode ser um
programa completamente diferente do que era o pai. Desta forma,
além de um PID, cada processo possui um PPID (Parent Process
Identification Number).    

O usuário que requisitou a criação do novo processo cede a ele o


seu UID (User Identification).

Quando o sistema Linux é iniciado, o kernel inicia o primeiro


processo do sistema, o processo init. Este sempre estará rodando e
tem PID igual a 1.

Os relacionamentos entre processos pais e filhos podem ser vistos


com uso do comando pstree. Este mostra os processos já em
forma de árvore onde os processos filhos são ramos dos processos
pais.

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Finalizando a Unidade 

Nesta unidade, você estudou sobre como acessar a farta


documentação do Linux, comumente, utilizada quando o
administrador tem dúvidas sobre os comandos. De fato, as
opções mais usadas caem nas rotinas, entretanto, como foi
possível observar, cada comando guarda uma grande
quantidade de opções.

De forma objetiva, foram apresentados os dois importantes


editores de texto em modo shell o vi e o nano. Além disso,
evidenciou que a estrutura de diretórios do Linux é bem
diferente do Windows e guarda uma série de permissões,
fator essencial para a segurança do Linux.

E para finalizar, você teve contato com os famosos processos


e já sabe como identificá-los bem como gerenciá-los.

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Dica do Professor 
Para ampliar os conhecimentos, leia “Sistemas de arquivos -
Conceitos básicos ”.

Leia também:

Guia foca Linux . Este é o maior guia de comandos Linux


disponível na Internet.

Gerenciamento de Processos no GNU/Linux ,

Entendendo e configurando permissões de arquivos e pastas no


Linux. 

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©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da

Saiba Mais 
Para complementar os estudos, você poderá
assistir aos seguintes vídeos:

Bash e Editor GNU


Terminal Linux nano no Linux
- VII - - abrir, salvar,
Gerenciamento sair, alternar 01
de Processos


Bash …

Introdução ao Cadê o Disco


Sistema de "C:\" do Linux?
Arquivos do - Entenda a
GNU/Linux estrutura de
diretórios!

Intr…
Intr…
Ca…
Ca …

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Referências 
FERREIRA, Rubem E. Linux: guia do administrador do sistema.
2. ed., rev. e ampl. São Paulo, SP: Novatec, 2008, 716p.

GRAÇA, Andreia Alexandra Serra Martins da. Ataques


fulminantes a sistemas operativos de base Debian Linux.
2017. Tese de Doutorado. Disponível em:
<https://repositorio.ipbeja.pt/handle/20.500.12207/4713 >.
Acesso em: 19 dez. 2019.

MOTA FILHO, João Eriberto. Descobrindo o Linux: entenda o


sistema operacional GNU/Linux. 3. ed., rev. e ampl. São Paulo,
SP: Novatec, 2012, 924p.

SIQUEIRA, Luciano Antonio. LPI-1: 101-102. 5. ed. Rio de


Janeiro, RJ: Alta Books, 2015, 247p. (Coleção Linux Pro.)

TOLEDO, Marcelo, Gerenciamento de Processos no Linux.


Disponível em:
<http://marcelotoledo.com/stuff/artigos/processos_no_linux/gerenciamento_de_processos_no_
>. Acesso em: 20 dez. 2019.

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