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Meu filho tem

FEBRE.
E agora?
BÔNUS:
Um jeito fácil para encontrar
o remédio e
a dose certa

Dr. Flávio Melo


Autor do Blog Pediatra do Futuro
CRMPB 5239 - RQE 3065

Este produto não substitui o parecer


médico profissional. Sempre
consulte um médico para tratar
de assuntos relativos à saúde.
Febre 1 Decálogo da
FEBRE

A febre é um sinal de alerta, mas não deve


ser combatida excessivamente ou
insistentemente.

Remédio para febre em


excesso faz mal, pode
até piorar ou estender
certos quadros infecciosos,
segundo os estudos.

Porém, tratar a febre persistente, com sinais


de que seu filho não está bem, recusando
líquidos de forma total ou com muita
letargia, sem um diagnóstico médico,
também.
Febre 2 FEBRE
Febre é a temperatura axilar acima de
Decálogo da

37,5°C, isso não significa que nessa


temperatura a febre deve ser medicada.

Quem for estudar essa numerologia


da febre, verá que é uma grande
confusão. Desde o primeiro grande
estudo, realizado por Wunderlich,
aferindo cerca de 1 MILHÃO de tem-
peraturas, no século 19, a ciência
começou a tentar definir qual seria a temperatura cor-
poral normal e o que poderia se definir como febre.

O que se sabe, é que a temperatura varia ao longo do


dia, estando menor no início da manhã e maior no final
da tarde. Em geral, aceita-se que febre seria a tem-
peratura maior que 37,2 no período da manhã e maior
que 37,7 no período da tarde.

Mas para você não endoidar, e levando em conta que


a maioria dos termômetros podem ter uma variação
de precisão de 0,3 graus para mais ou para menos,
considera-se uma definição de bom senso, que tem-
peratura AXILAR ou ORAL maior que 37,5 graus seria
considerada FEBRE e merecerá atenção ao quadro a
partir daí. Essa é a definição da Sociedade Canadense
de Pediatria.
Febre 3 FEBRE
Medique a criança se a febre está causando
Decálogo da

desconforto ou vier acompanhada de dor, mas


se está febril e está aparentemente tranquila,
hidrate, coloque roupas confortáveis e observe.
A febre é um mecanismo de sobrevivência do organismo. Quando
um agente agressor externo (vírus, bactérias, etc), invade o organismo
do seu filho, o sistema imunológico envia um alerta para o cérebro.
É no hipotálamo que está o termostato que regula a temperatura
do corpo, e o desencadeamento da febre faz parte de uma reação
para chamar a cavalaria para atacar o inimigo. O hipotálamo então
manda “ordens” para que o corpo conserve e gere calor, para que
ocorra aumento da temperatura.
Em um primeiro momento, podem ocorrer dois eventos per-
ceptíveis antes da temperatura aumentada ser percebida na parte
externa: vasoconstrição, o que fará a pele do seu filho ficar fria, às
vezes até arroxeada e tremores/calafrios, que são maneiras de gerar e
conservar calor. Então, toda febre é primeiro interna, para depois ser
externa, ou seja, com o aumento da temperatura verificado na pele.
Esse mecanismo faz o corpo gastar mais energia, tendo como
consequência disso, aumento da frequência respiratória, cardíaca e da
taxa metabólica basal. Por isso, a cada um grau de aumento de tem-
peratura, aumenta o mal estar e a sensação de abatimento.
E é esse desconforto que precisa ser aliviado, de acordo com o
limiar de cada criança. Alguns estarão bem com 38,5 graus de temper-
atura, outros péssimos com 37,5.

De um lado, uma resposta que ajudará a combater


o agente agressor e do outro, as consequências
dela. Medicar deve envolver não suprimir a respos-
ta, nem fatigar excessivamente o organismo.
Febre 4 FEBRE Decálogo da

Bebês podem ter febre por ingesta insuficiente de líqui-


dos, mas sempre, sempre, sem exceção, menores de 30
dias de vida com febre devem ser avaliados por médico
e fazer exames para descartar uma infecção bacteriana.

Desde os anos 70, começou a se descrever na


literatura um fenômeno relativamente comum:
recém-nascidos retornando para a maternidade
com febre, naturalmente com pais em polvorosa.

A tentativa era entender porque aqueles bebês, que aparentemente


estavam bem, apresentavam febre, até pelo fato de sempre se consid-
erar preocupante a febre em menores de 30 dias de vida, pelo alto
risco de ser causada por uma infecção neonatal.

Em 2003, um artigo publicado no Archives of Disease in Childhood,


mostrou que a grande maioria dos recém-nascidos com febre na
primeira semana de vida, excetuando-se o primeiro dia de vida, com
bom aspecto, a tinham por baixa ingesta de leite materno e desidratação.

Solução: estimular a amamentação desde a primeira hora do nasci-


mento (golden hour) e aplicar as boas práticas para o estabelecimento
pleno da amamentação nos primeiros dias de vida.

Outra causa comum é o superaquecimento, decorrente daquela mania


que as avós têm de pensar que o bebê vai congelar e assim orientam
colocar aquela manta polar, por cima de 1000 camadas de roupa. O
bebê não sua, ele vai esquentar até dar sinal de desconforto por
aquela situação.

Porém, sempre, sempre, um bebê menor de 30 dias de vida deve ser


avaliado com exames e no ambiente hospitalar, antes de concluir
que seu diagnóstico é a chamada “FEBRE DA SEDE”.
Febre 5 FEBRE Decálogo da

Quando o médico prescreve a medicação para febre,


ela não precisa ser dada de 6/6 horas ou 4/4h de forma
fixa ou controlada.
O remédio deve ser dado SE necessá-
rio. Se a temperatura abaixa e a cri-
ança fica bem, só deve ser dado se
subir novamente e voltar a ficar des-
confortável (normalmente acima de
38 graus). As exceções, onde o
controle da febre deve
ser mais cuidadoso:
• Cardiopatas
• Portadores de Epilepsia/Neuropatias Crônicas
• Portadores de Imunodeficiências
• Crianças em uso de Imunossupressores
• Crianças com Anemia Falciforme
• Crianças em tratamento de Câncer .

Nesses casos, além de medicar mais precocemente,


SEMPRE devem ser avaliados pelo médico em caso de
febre. Se a criança vem apresentando febre por mais de
72h ou sempre que tiver acompanhada de:

• letargia intensa
• recusa alimentar e total de líquidos ou do leite materno
• manchas na pele
• vômitos persistentes
• dificuldade para respirar
SEMPRE deverá ser avaliada por médico, em caráter de
urgência, independentemente do tempo de febre.
E as crianças que já tiveram convulsão febril?
Você deve estar se perguntando. No final do Decálogo,
terá a resposta.
Febre 6 FEBRE
IBUPROFENO NÃO DEVE SER DADO:
Decálogo da

• para menores de 6 meses para febre (exceção - G6PD)


• para crianças com desidratação.
*Deve ser evitado em crianças com alterações na função
renal e com refluxo ou esofagite.

Tenho evitado recomendar o Ibuprofeno ou cetopro-


feno (maiores de 1 ano), como primeira escolha para febre
e dor, tendo em vista a endemicidade de Dengue/Chikun-
gunya/Zika, onde seu uso é contraindicado. Somente
podem ser usados na fase subaguda ou crônica da Chi-
kungunya.
A vantagem dessas drogas é seu tempo de ação ligei-
ramente maior (até 8 horas) e seu poder anti-inflamatório,
o que não ocorre com o paracetamol e a dipirona.
Aproveito para lembrar que não estou mencionando o
ácido acetilsalicílico para febre em menores de 12 anos, para
tratamento da febre, por risco de efeitos colaterais sérios.
Acabou a farra do AAS infantil, que era consumido
como uma balinha no meu tempo de criança, porque ele
pode induzir, em crianças com febre e algumas infecções
virais, um quadro raro chamado síndrome de Reye, com
insuficiência hepática e problemas neurológicos graves.

Ele pode ser usado em algumas situações


específicas, como crianças com problemas
cardíacos decorrentes da síndro-
me de Kawasaki e em algumas
condições cardíacas especí-
ficas, mas não para febre
isoladamente.
Febre 7 FEBRE
DIPIRONA só deve ser feita, idealmente, em maiores
Decálogo da

de 5 quilos de peso ou mais de 3 meses de idade.


Houve muito burburinho recentemente
sobre a dipirona, por conta da reclassificação
no site e-lactância para possível alto risco na
lactação. Minha visão resumida: o uso da dipi-
rona é motivo de controvérsia devido aos seus
prováveis efeitos colaterais hematológicos, com
risco aumentado de ocorrência de neutropenia,
anemia aplástica e agranulocitose.
Esse evento é raro, mas merece atenção. Os estudos indicam que
ele é dependente da DOSE e do TEMPO DE USO, portanto, é isso que
devemos ter cuidado.
Lembram que recentemente orientei para atenção à dose padrão
recomendada na formulação em gotas, em que 1 gota por quilo de
peso, significaria uma dose de 25mg/kg/dose e que seria excessiva?
Pois é, o relatório da EMA, autoridade de medicamentos da Europa,
recomenda exatamente o que escrevi, que se faça uma dose entre 10-15
mg/kg/dose, com dose máxima diária de 80mg/kg/dia. Doses maiores
podem ser feitas em contextos específicos, como cirurgias, emergências
e UTI, mas não na condução de febre em nível ambulatorial.
Não deve ser usada de rotina na gestação, especialmente no primeiro
trimestre, na lactação, sempre preferir outras alternativas e se for usada, com
dose e tempo controlados, após avaliação médica e não auto-medicada.
No caso das crianças acima de 3 meses ou cinco quilos de peso,
seu uso é seguro e tem a vantagem de uma potência analgésica e an-
titérmica melhor que o paracetamol e ao meu ver, como menor incidên-
cia potencial de efeitos colaterais que o ibuprofeno.
Existe a opção de Dipiriona em supositório, que pode ser uma
boa opção para crianças que não estão aceitando a medicação oral,
para evitar o trauma do injetável. Em bula, essa opção só seria libera-
da acima de 4 anos de idade, por conta da dose (300mg por unidade).
Seu uso deve sempre ser orientado pelo pediatra.
Febre 8 FEBRE
Paracetamol não liquefaz o fígado ou causa icterícia
Decálogo da

se não for usado em excesso!

É o medicamento de escolha para menores de 3 meses, na


gestação e lactação.

Muitas vezes, o reclame que ele não tem uma ação anal-
gésica ou antipirética boa tem a ver com a dose empregada.

Nos estudos comparativos com outros antitérmicos, o para-


cetamol foi feito na dose de 15mg/kg/dose e a dose normal
nas bulas e pipeta é de 10mg/kg/dose.

Normalmente, sempre recomendo, tal qual a dipirona, uma dose mais baixa para
desconforto/dor leve ou febre baixa (38-39) e a dose mais alta para desconforto/ dor
forte ou febre alta (acima de 39).

Essa dose pode ser repetida até de 4/4h, na dose mais baixa, tendo em vista que a
dose máxima seria de 75 mg/kg/dia.

Ao contrário do que vejo orientado por aí, o paracetamol, nas doses acima, é seguro
para os portadores de deficiência de G6PD, o trabalho de Youngster et al, de 2010,
atesta isso. O cuidado maior para os portadores de G6PD, é com a diprona.

Atenção com os dito remédios antigripais ou com descongestionantes associados que


se indicam para síndromes gripais. Eles podem conter paracetamol e seu uso com mais
paracetamol gotas/xarope pode levar à excesso do remédio e risco de intoxicação.
Uma DICA valiosa: alguns bebês menores de 1 ano rejeitam o paracetamol em solução
concentrada (bebê) ou xarope (criança). Nesse caso, tente o paracetamol em gotas,
inclusive podendo dar direto na boca ou misturado com algum líquido de preferência
da criança nos maiores de 1 ano de idade. Apesar dele ter gosto muito ruim, alguns
bebês e crianças aceitam mais que as opções adocicadas.

Entre os três analgésicos e antitérmicos comumente indicados, considero o


paracetamol a alternativa mais segura para todas as faixas etárias e reali-
dades epidemiológicas do país.
Febre 9 FEBRE Decálogo da

A CONVULSÃO FEBRIL
Remédios para febre não evitam convulsão febril. A evi-
dência científica mais atual é clara e robusta nesse sentido.
De mim, toda a solidariedade do mundo para famílias que já
passaram pelo problema. Não adianta tentar minimizar,
sempre é horrível.
Tentar convencer os pais do contrário, que o problema é simples, benigno
ou sem sequelas, é como tentar convencer alguém que perdeu um ente queri-
do, em um acidente de avião, que esse é o meio de transporte mais seguro que
existe. Porém, se formos focar nossa mente em nossos medos e nos números
negativos, provavelmente não dormiremos, nem viveremos tranquilos nunca.
A crise febril, nome mais atual, é incomum, incidindo em 5% das crianças
entre 6 meses e 5 anos. Então, independentemente do grau da febre, 95% das
crianças saudáveis nunca terão o problema.
Além disso, das que apresentam, apenas 30% terão crises subsequentes
e, mesmo assim, não há evidência de aumento na incidência do desenvolvi-
mento de epilepsia, nem de outros distúrbios recorrentes. Por isso, só estão
indicados exames adicionais em um pequeno grupo de casos, onde há chance
da crise ser causada por uma infecção (menores de 1 ano) ou crises muitos
prolongadas, persistentes ou recorrentes.
Os estudos não conseguem demonstrar que o uso de antitérmicos consi-
ga prevenir a primeira crise, mas há evidências que após um primeiro evento, o
uso de antitérmicos, logo após, pode prevenir uma crise sequencial.
Trocando em miúdos: se seu filho nunca teve uma crise, medicar preven-
tivamente não será eficaz. Se já teve, talvez seja uma estratégia que, de um
lado tranquilize os pais, e do outro possa evitar uma crise horas após a anteri-
or. O uso de anticonvulsivantes preventivos deve ser uma extrema exceção,
mas não é o que vemos por aí. Se forem usados, evitar ao máximo o uso
contínuo, sempre tentando antes o uso intermitente (diazepam retal ou cloba-
zam oral).
Com o exposto acima, talvez seja melhor tentar negociar com os pais
assustados, estratégias para diminuir o estresse frente ao problema, que é
um calo das famílias na primeira infância e na vida dos pediatras.
Febre 10 FEBRE
Decálogo da

ESTÁ FORMALMENTE CONTRAINDICADO:


> USO DE ENVOLTÓRIOS COM ÁLCOOL
> ÁGUA GELADA OU BANHO GELADO PARA
BAIXAR A TEMPERATURA.
Isso pode piorar o desconforto da criança,
causar intoxicação por álcool e ainda desenca-
dear fortes calafrios. Primeiro, dê uma olhada
na foto ao lado:
Segundo, tente da próxima vez que esti-
ver com febre entrar em um chuveiro e experi-
mentar o desconforto que isso pode gerar, para entender porque isso
não deveria ser feito com crianças febris. Terceiro, já está mais do que
atestada na literatura, a ineficácia dos métodos físicos, frente ao uso
dos antitérmicos, para tratamento da febre no contexto ambulatorial
ou domiciliar.
Há situações, em UTI, no pós-reanimação neonatal e pediátrico e
nos casos de hipertermia por insolação ou outras causas, onde o resfria-
mento corporal pode ser utilizado, mas não confunda com a febre corri-
queira do dia a dia.
E quando você resfria a pele, estando a temperatura interna alta,
ocorrerá uma sinalização confusa dos receptores de calor da superfície
corporal, que ao invés de dissiparem o calor, farão o contrário, de-
mandarão um aumento da temperatura.
Aí virão os calafrios e quem já teve, sabe o quanto podem ser des-
confortáveis
E você também já sabe que os antitérmicos não evitarão uma con-
vulsão febril em quem nunca teve, nem banhos ou compressas. No
máximo, durante um episódio febril, pode-se recomendar dar banhos
mornos e ingestão de muitos líquidos, porém sempre associados ao uso
dos antitérmicos.
Se a criança está com frio, aqueça até melhorar (sem excessos),
quando estiver com calor ou suando, coloque roupas confortáveis.
Mas parem de dar banhos gelados, frios ou compressas com álcool nas
crianças com febre. Isso é cruel!
BÔNUS:
Um jeito fácil para encontrar
o remédio e
a dose certa
PARACETAMOL SUSPENSÃO ORAL
CONCENTRADA
100MG/ML
Marca Referência:
RESTRIÇÕES: TYLENOL BEBÊ
• DEFICIÊNCIA DE G6PD
(CONVERSAR COM PEDIATRA
SOBRE LIBERAÇÃO EM CASOS LEVES)
• DOENÇA HEPÁTICA

PESO Temperatura Axilar: Temperatura Axilar:


37,5 - 38,9°C ou >38,9°C ou dor/
(KG) irritabilidade/dor leve irritabilidade severa
QUANTIDADE (10mg/Kg) INTERVALO QUANTIDADE (15mg/Kg) INTERVALO

3 0,3 ml 4h 0,4 ml 6h
4 0,4 ml 4h 0,6 ml 6h
5 0,5 ml 4h 0,8 ml 6h
6 0,6 ml 4h 0,9 ml 6h
7 0,7 ml 4h 1 ml 6h
8 0,8 ml 4h 1,2 ml 6h
9 0,9 ml 4h 1,4 ml 6h
10 1,0 ml 4h 1,5 ml 6h
11 1,1 ml 4h 1,7 ml 6h
12 1,2 ml 4h 1,8 ml 6h
13 1,3 ml 4h 2 ml 6h
14 1,4 ml 4h 2,1 ml 6h
15 1,5 ml 4h 2,3 ml 6h
16 1,6 ml 4h 2,4 ml 6h
17 1,7 ml 4h 2,6 ml 6h
18 1,8 ml 4h 2,7 ml 6h
19 1,9 ml 4h 2,9 ml 6h
20 2 ml 4h 3 ml 6h
PARACETAMOL SUSPENS ÃO ORAL
160MG/5ML
RESTRIÇÕES: Marca Referência:
• DEFICIÊNCIA DE G6PD (CONVERSAR
COM PEDIATRA SOBRE LIBERAÇÃO TYLENOL
EM CASOS LEVES)
•DOENÇA HEPÁTICA CRIANÇA
PESO Temperatura Axilar: Temperatura Axilar:
37,5 - 38,9°C ou >38,9°C ou dor/
(KG) irritabilidade/dor leve irritabilidade severa
QUANTIDADE (10mg/Kg) INTERVALO QUANTIDADE (15mg/Kg) INTERVALO

10 3 ml 4h 5 ml 6h
11 3,5 ml 4h 5 ml 6h
12 4 ml 4h 5,5 ml 6h
13 4 ml 4h 6 ml 6h
14 4,5 ml 4h 6,5 ml 6h
15 5 ml 4h 7 ml 6h
16 5 ml 4h 7,5 ml 6h
17 5,5 ml 4h 8 ml 6h
18 5,5 ml 4h 8 ml 6h
19 6 ml 4h 9 ml 6h
20 6 ml 4h 9 ml 6h
21 6,5 ml 4h 10 ml 6h
22 7 ml 4h 10 ml 6h
23 7 ml 4h 11 ml 6h
24 7,5 ml 4h 11 ml 6h
25 8 ml 4h 12 ml 6h
26 8 ml 4h 12 ml 6h
27 8,5 ml 4h 13 ml 6h
28 9 ml 4h 13 ml 6h
29 9 ml 4h 13,5 ml 6h
30 14 ml 4h 17,5 ml 6h
31 14,5 ml 4h 17,5 ml 6h
32 15 ml 4h 17,5 ml 6h
33 15 ml 4h 17,5 ml 6h
34 15 ml 4h 17,5 ml 6h
35 15 ml 4h 17,5 ml 6h
36 15 ml 4h 17,5 ml 6h
37 15 ml 4h 17,5 ml 6h
38 15 ml 4h 17,5 ml 6h
39 15 ml 4h 17,5 ml 6h
40 15 ml 4h 20 ml 6h
41 15 ml 4h 20 ml 6h
42 15 ml 4h 20 ml 6h
43 15 ml 4h 20 ml 6h
44 15 ml 4h 20 ml 6h
45 15 ml 4h 20 ml 6h
46 15 ml 4h 20 ml 6h
47 15 ml 4h 20 ml 6h
48 15 ml 4h 20 ml 6h
49 15 ml 4h 20 ml 6h
PARACETAMOL GOTAS
200MG/ML Marca Referência:
RESTRIÇÕES:
• DEFICIÊNCIA DE G6PD (CONVERSAR
TYLENOL GOTAS
COM PEDIATRA SOBRE LIBERAÇÃO
EM CASOS LEVES)
• DOENÇA HEPÁTICA

PESO Temperatura Axilar: Temperatura Axilar:


37,5 - 38,9°C ou >38,9°C ou dor/
(KG) irritabilidade/dor leve irritabilidade severa
QUANTIDADE (10mg/Kg) INTERVALO QUANTIDADE (15mg/Kg) INTERVALO

3 2 gts 4h 3 gts 6h
4 3 gts 4h 5 gts 6h
5 4 gts 4h 6 gts 6h
6 5 gts 4h 7 gts 6h
7 5 gts 4h 8 gts 6h
8 6 gts 4h 9 gts 6h
9 7 gts 4h 10 gts 6h
10 8 gts 4h 11 gts 6h
11 8 gts 4h 12 gts 6h
12 9 gts 4h 14 gts 6h
13 10 gts 4h 15 gts 6h
14 11 gts 4h 16 gts 6h
15 11 gts 4h 17 gts 6h
16 12 gts 4h 18 gts 6h
17 13 gts 4h 19 gts 6h
18 14 gts 4h 20 gts 6h
19 14 gts 4h 21 gts 6h
20 15 gts 4h 23 gts 6h
21 16 gts 4h 24 gts 6h
22 17 gts 4h 25 gts 6h
23 17 gts 4h 26 gts 6h
24 18 gts 4h 27 gts 6h
25 19 gts 4h 28 gts 6h
26 20 gts 4h 29 gts 6h
27 20 gts 4h 30 gts 6h
28 21 gts 4h 31 gts 6h
29 22 gts 4h 33 gts 6h
30 23 gts 4h 34 gts 6h
31 23 gts 4h 35 gts 6h
32 24 gts 4h 35 gts 6h
33 25 gts 4h 35 gts 6h
34 26 gts 4h 35 gts 6h
35 26 gts 4h 35 gts 6h
36 27 gts 4h 35 gts 6h
37 28 gts 4h 35 gts 6h
38 29 gts 4h 35 gts 6h
39 29 gts 4h 35 gts 6h
40 30 gts 4h 35 gts 6h
+ DE 40 35 gts 4h 40 gts 6h
+ DE 12 ANOS 40 gts 4h 50 gts 6h
DIPIRONA GOTAS
500MG/ML Marca Referência:
RESTRIÇÕES: NOVALGINA
• MENORES DE 5KG
• MENORES DE 3 MESES DE IDADE GOTAS
• DEFICIÊNCIA DE G6PD

PESO Temperatura Axilar: Temperatura Axilar:


37,5 - 38,9°C ou >38,9°C ou dor/
(KG) irritabilidade/dor leve irritabilidade severa
QUANTIDADE (15mg/Kg) INTERVALO QUANTIDADE (20mg/Kg) INTERVALO

5 3 gts 4h 4 gts 6h
6 4 gts 4h 5 gts 6h
7 4 gts 4h 6 gts 6h
8 5 gts 4h 6 gts 6h
9 5 gts 4h 7 gts 6h
10 6 gts 4h 8 gts 6h
11 7 gts 4h 9 gts 6h
12 7 gts 4h 10 gts 6h
13 8 gts 4h 10 gts 6h
14 8 gts 4h 11 gts 6h
15 9 gts 4h 12 gts 6h
16 10 gts 4h 13 gts 6h
17 10 gts 4h 14 gts 6h
18 11 gts 4h 14 gts 6h
19 11 gts 4h 15 gts 6h
20 12 gts 4h 16 gts 6h
21 13 gts 4h 17 gts 6h
22 13 gts 4h 18 gts 6h
23 14 gts 4h 18 gts 6h
24 14 gts 4h 19 gts 6h
25 15 gts 4h 20 gts 6h
26 16 gts 4h 21 gts 6h
27 16 gts 4h 22 gts 6h
28 17 gts 4h 22 gts 6h
29 17 gts 4h 23 gts 6h
30 18 gts 4h 24 gts 6h
31 19 gts 4h 25 gts 6h
32 19 gts 4h 26 gts 6h
33 20 gts 4h 26 gts 6h
34 20 gts 4h 27 gts 6h
35 21 gts 4h 28 gts 6h
36 22 gts 4h 29 gts 6h
37 22 gts 4h 30 gts 6h
38 23 gts 4h 30 gts 6h
39 23 gts 4h 31 gts 6h
40 24 gts 4h 32 gts 6h
+ DE 40 25 gts 4h 35 gts 6h
+ DE 12 ANOS 25 gts 4h 40 gts 6h
DIPIRONA SOLUÇÃO ORAL
250MG/5ML
Marca Referência:
RESTRIÇÕES:
• MENORES DE 5KG NOVALGINA
• MENORES DE 3 MESES DE IDADE
• DEFICIÊNCIA DE G6PD SOLUÇÃO ORAL

PESO Temperatura Axilar: Temperatura Axilar:


37,5 - 38,9°C ou >38,9°C ou dor/
(KG) irritabilidade/dor leve irritabilidade severa

QUANTIDADE (15mg/Kg) INTERVALO QUANTIDADE (20mg/Kg) INTERVALO

5 1,5 ml 4h 2 ml 6h
6 2 ml 4h 2,5 ml 6h
7 2 ml 4h 3 ml 6h
8 2,5 ml 4h 3 ml 6h
9 3 ml 4h 4 ml 6h
10 3 ml 4h 4 ml 6h
11 3,5 ml 4h 4,5 ml 6h
12 3,5 ml 4h 5 ml 6h
13 4 ml 4h 5 ml 6h
14 4 ml 4h 5,5 ml 6h
15 4,5 ml 4h 6 ml 6h
16 5 ml 4h 6,5 ml 6h
17 5 ml 4h 7 ml 6h
18 5,5 ml 4h 7 ml 6h
19 6 ml 4h 7,5 ml 6h
20 6 ml 4h 8 ml 6h
21 6,5 ml 4h 8,5 ml 6h
22 6,5 ml 4h 9 ml 6h
23 7 ml 4h 9 ml 6h
24 7 ml 4h 9,5 ml 6h
25 7,5 ml 4h 10 ml 6h
26 8 ml 4h 10,5 ml 6h
27 8 ml 4h 11 ml 6h
28 8,5 ml 4h 11 ml 6h
29 9 ml 4h 11,5 ml 6h
30 9 ml 4h 12 ml 6h
31 9,5 ml 4h 12,5 ml 6h
32 9,5 ml 4h 13 ml 6h
33 10 ml 4h 13 ml 6h
34 10 ml 4h 13,5 ml 6h
35 10,5 ml 4h 14 ml 6h
36 11 ml 4h 14,5 ml 6h
37 11 ml 4h 15 ml 6h
38 11,5 ml 4h 15 ml 6h
39 12 ml 4h 15 ml 6h
40 12 ml 4h 15 ml 6h
+ DE 40 12,5 ml 4h 12,5 ml 6h
DIPIRONA SUPOSITÓRIO
300 mg / unidade
Marca Referência:
RESTRIÇÕES:
• MENORES DE 5KG
NOVALGINA
• MENORES DE 3 MESES DE IDADE SUPOSITÓRIO
• DEFICIÊNCIA DE G6PD

EM BULA O USO É PARA MAIORES DE 4 ANOS DE IDADE, POR CONTA DA DOSE


CONTIDA EM 1 UNIDADE (300MG).
PORÉM, EM CRIANÇAS A PARTIR DE 10 KG DE PESO, QUE NÃO ESTEJAM ACEI-
TANDO AS MEDICAÇÕES ORAIS, MAS SEM SINAIS DE ALERTA, PODE SER USADO DE
ACORDO COM A TABELA ABAIXO:

PESO Temperatura Axilar: Temperatura Axilar:


37,5 - 38,9°C ou >38,9°C ou dor/
(KG) irritabilidade/dor leve irritabilidade severa
QUANTIDADE (15mg/Kg) INTERVALO QUANTIDADE (20mg/Kg) INTERVALO

10 X X MEIA UNIDADE 6h
11 X X MEIA UNIDADE 6h
12 X X MEIA UNIDADE 6h
13 X X MEIA UNIDADE 6h
14 X X MEIA UNIDADE 6h
15 MEIA UNIDADE 4h MEIA UNIDADE 6h
16 MEIA UNIDADE 4h MEIA UNIDADE 6h
17 MEIA UNIDADE 4h MEIA UNIDADE 6h
18 MEIA UNIDADE 4h MEIA UNIDADE 6h
19 MEIA UNIDADE 4h MEIA UNIDADE 6h
20 MEIA UNIDADE 4h MEIA UNIDADE 6h
21 MEIA UNIDADE 4h UMA UNIDADE 6h
22 MEIA UNIDADE 4h UMA UNIDADE 6h
23 MEIA UNIDADE 4h UMA UNIDADE 6h
24 MEIA UNIDADE 4h UMA UNIDADE 6h
25 MEIA UNIDADE 4h UMA UNIDADE 6h
26 MEIA UNIDADE 4h UMA UNIDADE 6h
27 MEIA UNIDADE 4h UMA UNIDADE 6h
28 MEIA UNIDADE 4h UMA UNIDADE 6h
29 MEIA UNIDADE 4h UMA UNIDADE 6h
30 UMA UNIDADE 4h UMA UNIDADE 6h

O SUPOSITÓRIO DEVE SER MANTIDO EM GELADEIRA E PARA OBTER MEIA


UNIDADE, DEVE SER CORTADO NO SENTIDO VERTICAL, EM DUAS PARTES IGUAIS
IBUPROFENO GOTAS
100MG/ML

RESTRIÇÕES:
Marca Referência:
• MENORES DE 6 MESES (EXCEÇÃO PARA DEFICIENTES DE
G6PD - PODEM USAR A PARTIR DE 3 MESES DE IDADE)
ALIVIUM 100
• SUSPEITA DE DENGUE
• GASTROENTERITE AGUDA (DIARREIA E VÔMITOS)

PESO Temperatura Axilar: Temperatura Axilar:


37,5 - 38,9°C ou >38,9°C ou dor/
(KG) irritabilidade/dor leve irritabilidade severa
QUANTIDADE (5mg/Kg) INTERVALO QUANTIDADE (10mg/Kg) INTERVALO

6 3 gts 6h 6 gts 6h
7 4 gts 6h 7 gts 6h
8 4 gts 6h 8 gts 6h
9 5 gts 6h 9 gts 6h
10 5 gts 6h 10 gts 6h
11 6 gts 6h 11 gts 6h
12 6 gts 6h 12 gts 6h
13 7 gts 6h 13 gts 6h
14 7 gts 6h 14 gts 6h
15 8 gts 6h 15 gts 6h
16 8 gts 6h 16 gts 6h
17 9 gts 6h 17 gts 6h
18 9 gts 6h 18 gts 6h
19 10 gts 6h 19 gts 6h
20 10 gts 6h 20 gts 6h
21 11 gts 6h 20 gts 6h
22 11 gts 6h 20 gts 6h
23 12 gts 6h 20 gts 6h
24 12 gts 6h 20 gts 6h
25 13 gts 6h 20 gts 6h
26 13 gts 6h 20 gts 6h
27 14 gts 6h 20 gts 6h
28 14 gts 6h 20 gts 6h
29 15 gts 6h 20 gts 6h
30 15 gts 6h 20 gts 6h
31 16 gts 6h 20 gts 6h
32 16 gts 6h 20 gts 6h
33 17 gts 6h 20 gts 6h
34 17 gts 6h 20 gts 6h
35 18 gts 6h 20 gts 6h
36 18 gts 6h 20 gts 6h
37 19 gts 6h 20 gts 6h
38 19 gts 6h 20 gts 6h
39 20 gts 6h 20 gts 6h
40 20 gts 6h 20 gts 6h
+ DE 40 20 gts 6h 20 gts 6h
IBUPROFENO SOLUÇÃO ORAL
100MG/5ML
Marca Referência:
RESTRIÇÕES:
• MENORES DE 6 MESES (EXCEÇÃO PARA DEFICIENTES DALSY
DE G6PD - PODEM USAR A PARTIR DE 3 MESES DE IDADE)
• SUSPEITA DE DENGUE SUSPENSÃO
• GASTROENTERITE AGUDA (DIARREIA E VÔMITOS)

PESO Temperatura Axilar: Temperatura Axilar:


37,5 - 38,9°C ou >38,9°C ou dor/
(KG) irritabilidade/dor leve irritabilidade severa
QUANTIDADE (5mg/Kg) INTERVALO QUANTIDADE (10mg/Kg) INTERVALO

6 1,5 ml 6h 3 ml 6h
7 2 ml 6h 3,5 ml 6h
8 2 ml 6h 4 ml 6h
9 2,5 ml 6h 4,5 ml 6h
10 2,5 ml 6h 5 ml 6h
11 3 ml 6h 5,5 ml 6h
12 3 ml 6h 6 ml 6h
13 3,5 ml 6h 6,5 ml 6h
14 3,5 ml 6h 7 ml 6h
15 4 ml 6h 7,5 ml 6h
16 4 ml 6h 8 ml 6h
17 4,5 ml 6h 8,5 ml 6h
18 4,5 ml 6h 9 ml 6h
19 5 ml 6h 9,5 ml 6h
20 5 ml 6h 10 ml 6h
21 5,5 ml 6h 10,5 ml 6h
22 5,5 ml 6h 10 ml 6h
23 6 ml 6h 10 ml 6h
24 6 ml 6h 10 ml 6h
25 6,5 ml 6h 10 ml 6h
26 6,5 ml 6h 10 ml 6h
27 7 ml 6h 10 ml 6h
28 7 ml 6h 10 ml 6h
29 7,5 ml 6h 10 ml 6h
30 7,5 ml 6h 10 ml 6h
31 8 ml 6h 10 ml 6h
32 8 ml 6h 10 ml 6h
33 8,5 ml 6h 10 ml 6h
34 8,5 ml 6h 10 ml 6h
35 9 ml 6h 10 ml 6h
36 9 ml 6h 10 ml 6h
37 9,5 ml 6h 10 ml 6h
38 9,5 ml 6h 10 ml 6h
39 10 ml 6h 10 ml 6h
40 10 ml 6h 10 ml 6h
+ DE 40 10 ml 6h 10 ml 6h
+ DE 12 ANOS 10 ml 6h 10 ml 6h
CETOPROFENO GOTAS
20MG/ML
Marca Referência:
RESTRIÇÕES: PROFENID
GOTAS
• MENORES DE 1 ANO DE IDADE
• SUSPEITA DE DENGUE
• GASTROENTERITE AGUDA
(DIARREIA E VÔMITOS)

PESO Temperatura Axilar: Temperatura Axilar:


37,5 - 38,9°C ou >38,9°C ou dor/
(KG) irritabilidade/dor leve irritabilidade severa
QUANTIDADE (5mg/Kg) INTERVALO QUANTIDADE (10mg/Kg) INTERVALO

9 9 gts 8h 9 gts 6h
10 10 gts 8h 10 gts 6h
11 11 gts 8h 11 gts 6h
12 12 gts 8h 12 gts 6h
13 13 gts 8h 13 gts 6h
14 14 gts 8h 14 gts 6h
15 15 gts 8h 15 gts 6h
16 16 gts 8h 16 gts 6h
17 17 gts 8h 17 gts 6h
18 18 gts 8h 18 gts 6h
19 19 gts 8h 19 gts 6h
20 20 gts 8h 20 gts 6h
21 21 gts 8h 21 gts 6h
22 22 gts 8h 22 gts 6h
23 23 gts 8h 23 gts 6h
24 24 gts 8h 24 gts 6h
25 25 gts 8h 25 gts 6h
26 25 gts 8h 25 gts 6h
27 25 gts 8h 25 gts 6h
28 25 gts 8h 25 gts 6h
29 25 gts 8h 25 gts 6h
30 25 gts 8h 25 gts 6h
31 25 gts 8h 25 gts 6h
32 25 gts 8h 25 gts 6h
33 25 gts 8h 25 gts 6h
34 25 gts 8h 25 gts 6h
35 25 gts 8h 25 gts 6h
36 25 gts 8h 25 gts 6h
37 25 gts 8h 25 gts 6h
38 25 gts 8h 25 gts 6h
39 25 gts 8h 25 gts 6h
40 25 gts 8h 25 gts 6h
+ DE 40 25 gts 8h 25 gts 6h
+ DE 12 ANOS 50 gts 8h 50 gts 6h

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