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W.R.BION OUTRAS OBRAS DE W. R. BION PUBLICADAS PELA INAGO 4 ATENGAO B INTERPRETACAO = © acesso cientifico a intuigo em psicanslise ¢ grupos — ‘Nova traduclo: Paulo Dias Corréa ransformacoes| DANCA DO APRENDER PARA O CRESCER, EXPERIENCIAS COM GRUPOS CONFERENCIAS BRASILEIRAS 1 - SP/1973 ESTUDOS PSICANAL{TICOS REVISADOS = Second Thoughts ~ PROXIMO LANGAMENTO: WILFRED R. BION = Vida © Obra, 1897-1979 ~ Gérard Bléandoms NOVA TRADUGAO 6 ‘PAULO DIAS CORREA imaco AS TRANSFORMACOES = A MUDANCA DO APRENDER PARA O CRESCER — WR. Bion © compromist que aeuén assume do ob- serv amente ham oreo no tia. Patee-lhe estar asomparhanco © que sconioe vile we ene ames, en rector contin ‘qe ssi oor, vives em compan eof, Desderan-erelaoeanents em Incosentes 6, de repr, softs desoberts {ue #0 vio tadinso por sows esis ms strtrases pis. 'N mane, por aparéciaa mess qual outa Istenocionl de Lave, trnsforms. S60 Inconio compere, por Ie ander 0 Pr defo mbjecee, asepar-Be seu smo de ena, 'A poses € now, outa ombors a mesma, seonre au snc tradional de volo “al ensigns, qua picnne faveecee promove se consele, bubialnente se 3 rest, conforme as perdarévesacpoes das [eins corrents mestat dese peasaneato ‘ta ob stendimento de allo vivo om a Pesomldae do analsnio. Fora de vida, este € quem representa © Intent © fone retiadors da elope erica pana. TIindneros, dere os mais distinguidos da cotstagfo = rvitizagio modemizndor, ‘eon © metooligin ce acpi, opr 0am, em obra eeirtot, dao recuse am tas aries, adios por mito © con ‘ends, pelo conesiment male erescnie e piqulo. Agel, cam ern tudo e sere, ‘ott, aps vie, esperum a ia prene © seria at ds, que for so agustdar ms an- teva assess fscanatien. transformacdes, [A MUDANGA DO APRENDER PARA OCRESCER. Ned ‘s FLSONALEXANORE ESCLAPES angeles, 238 ap, 128 ‘Mey ce: ra 200 ‘ent = S188 gu (C1P Brat, Catalogaio-n- font Sinica Navona dos Etors de Liv, RJ, Bion, W.R. (Wied Rupee), 1697-1979 side “Astrnsforagoesa nudanga do aprender para ocresst 1. WR. Bie: teat de Palo Din Crea, Ri de Seni Iago Ea, 19, (Ste Anaya) ‘radu de: Transformations change from aring to nowt Iie ISBN $5.512-0136-1 1. Pons. 1, Tilt. Se cop 616917 si-016 cou —6isasi.t W.R. BION LS transformacées AMUDANGA DO APRENDER PARA CRESCER = Série Analytica — Dineglo de JAYME SALOMAO “Tradugfo de PAULO DIAS CORREA g IMAGO EDITORA = Rio de Janeiro — “Tho Original "TRANSFORMATIONS ~ Change ftom Learning to Growth 2 1965 by W. R, Bion by arrangement wits Mark Paterson and Francesca Bion [Reviso: Silvia Perel de Abreu Direitos adguirdos por IMAGO EDITORA LTDA. ‘Rua Santos Rodrigues, 201-A — Estcio ‘CEP 20250 ~ Rio de Janeiro ~ RJ "Tels 293-1082 “Todos os tits de reprodusio,divulgato e wadugto ‘lo reservados. ‘Nenhunn parte deta obra poder se eproduzida por forocspi, Imicofime eu euro proceso fo1omectnico. impress no Brasil Printed in Brosit ‘Ay in the catalogue ye g0 for men; ‘Ax hounds, and geshounds, mongrls, spaniels, curs, ‘Shoughs, water-rugs, and demi-wolves are clept “All bythe name of dogs; ~ Shakespeare, Macbeth I, 1, 91 Macbeth, Sim, passis por homens 1a catalogago; como os sabujs, Mastns, podengos, gags, perdiguiros, (Ces de ru, cBeslobos ¢ cles dgu ‘Sa todos designatos sob 0 nome Decies; ‘Tradugho do Manvel Bandeira AGRADE ® = ‘Note | Aten-| Bele eye AGRADECIMENTOS 4 2 3) 4 aoiM A aE [ao Ra E, de novo, um praze, para mim, agradecer a contribaiséoe critica cate acm inc; ties cobpecteign oe poet scias | proms | i 10 Profesor Hot Jae, Sentra Bey Joep, Sechor Mn «| 31] 2] 53] o4| Bs] a6] ...Bn rey-Kyrle e 2 Dra. H. Segal todos ajodaram com sigestes eer | ae cas Teno wnt um io com or. J, Wi por inners c Grfices proven ibaon rear alors, ext coped © max. | ci cz| cs] cal cs] o6| ca |, Amener coma Experi, que persian volte is “itis ‘ra 8 dificuldades deste. Se, entanto, consegui evité-las € outro as- sono, Des agradecer «toot, entra sem les abr mins rage | P| 02] 03} v4! vs] 6] ...De thas — * Como sempre, perdura meu débito com minha esposa, a quem ayaa, mas nko poss ea. : WRB. sfe| | e| es] ws of, [afm] we] mw] rs} 6] om é a a H comin INTRODUGAO [Epperei escrver este livro de modo a ser lido indopendente do Aprender com a Experiéncia ¢ Elenentos em Psicandlise, ras logo vi que sera impossfvel sem grande nitnero de repetigées. (s dois livros, pois, sto necessérios & compreensio dest. La- mento 0 fato; hi coitus que disse antes que diria, agora, de modo di- ferente. O eitor, porém, que julgue, como eu, importante oassunto, sentinsesé compensado se puder repensar 0 pensament, no obs- tante a falhas de epresertagdo, WRB. CAPITULO PRIMEIRO Transformagbes « iivaridncia: colapso contolado: sub verso do sistema, invaridncia e voléncia: fases pré-€ pés-catastrficas. ‘Suponba o pintor que contempla trilha, em campo semeado de pa- poulas, ¢ © pint: num extremo da cadela de eventos, 0 campo de ‘papoulas, no outro, 0 pigmento disposto sobre a superficie da tele Podemes reconhecer que a dliima representa © primero, x modo ‘que, nfo obstante as dferensas entre o campo de papoulas © 0 peda- 0 de tela, a despeito da transformacéo que o artista efetua sobre 0 ‘que vé, para consegir que tome forma pictérica, supenbo que algo permaneceu inalterado, e, desse algo, vai depender o reconheci- Imento, Aos elementos responsiveis pelo aspect inalferad da trens- (G@ormecio,chamo invariances. © artista nfo € 0 nico envolvido no contemplar una pintare; reconhecer 0 que ela representa, no ocore, seo observador apenas confia no olfato, Maior experncia artstiea toma mais provével a ‘nerpretaso correta do quad. ‘Para certas pintures, a eficdcia da represontagéo repousa na perspectiva. Caracteristice singular de tal condigio € cue, por exen- lo, lagos pereitamente circular se representa pela clipes, ou a tilha de hordas paralels, pelo par de Tinhas que se juntam, O fato € que a represcatacio da lagos ou da tilha seria menos adequad, se foste feita pelo eéreulo ou pelasparalelas. Supemos, asim, na elipe I= has que intersectam, na lagon circular © bordes paraleles, certa ‘qualidade invasiante na criacio artisica. ‘Suponba, agora, que avistamos um trato de lina fre, eta a ‘onde a vista sleanga. Os trios parecer convergit. Se tntamos ve- -u- rificr, caninhando pela ferrvia, ao deparamos « convergénca: andaado, porém, um tanto, e olhando o techo percrrido, 14 est la ates de ns, comprovada por nossa vista: paralelas encontran- dose num pont. Onde, no entanto, estar ele? ‘ima teora apresenta, como ilusdo do Stica, © comergir apa rente, Ineliao-ne por nfo aeitar a explanacéo, de ver que, no do tninio em que 56 se uso sentido ds vista, no se utiliza a8 come Tages baseadas no consenso:'além disso, tal entender, conquanto élido, pan 0 setor, nia favorece o desenvelviment da Sea de in- vestiznsio. Em geometria evclidiana, definigGes de termes como “ponto”, “linha ret” e “eeu”, to inimanente se liam @ seus sinbolos, no papel ¢a realizages andlogas, queso aces, por constitutem escrigées realmente sugestivas. Os pontos e ets, definidos pela seometria euclidiana, nio sio coises-enrsi, O matemitico percebe ‘que tis defnigdes nfo se coadmam com a8 extensdes que 0 assunto requet. Descrevemse ponte ¢ rete pola toialidade de relacionamen- 1s que estes objeto tem com outros.* Deixo de lad o problema da ‘exiensio com que se examina ov ignoma a ttaidade de relacions- menfos © matemético investiga 05 invariantes, comuns a0 objeto circular © & lips, representando-os pela geometiaprojetiva algé- brice, Ao investiga, ele nio enconta, nos teoremas de geomesria pojetiva, as afirmagées sobre comprimento, angutos ou congrutn= cia, embora fagam pare da geometria excldiana; assim, 0s psice- nalstas nfo fam exceatvarsente desolados, s¢transparece no ha- ver, em suas teoras,espaco para mensuragies e demais exigén- ‘ias comuns &8 disciplines consderadas cientficss. Assim como Ter Bioo, W. Rs 0 Aprender com a Experts em que examina sii odo fermen cara * Ae sale de secennmentas deserts como “proridaler” dein ‘etna is wl come one. 2 Hlteber, Ws Pls nt Piso fo 82. = hn caructeritieas goonéiricas que so invariantes, em prospecsio, © utras no, também ha caracersticas que so invaantes, em psica- ‘ilise,e cutrat ao, Cunpre € encontrar, os invariantes, em psica- nélse, ea natureza do reacionamento de um com outro. ‘Qual a relagio do ponto em que as parlelas se enconram, com aqueles em que a nio-purlelas se juntar? Os tilhos, de meu ‘cxemplo, se encontram; o topgrafo © 0 neuroogista nfo 0 confit mara, Conquanto 0 problema ndo paca imporiante para 0 psicans- lisa, ssemelho-se a alguns que o slo. Para ests, volto-me agora 'No trabalho "Fragmento da Andlise de wn Caso de Histeri" (1905), Freud apresenta a paciente Dora, O escrito € anélogo a uma pintura, embor dela dif, por consti uma representazo verbal Ge enfise;tenos a impressio de experiéncia, tal a advinda do cam po de papoulas, se bem que a planacao original ou a andlise em ‘questo, nos seam desconhecdes. Algo, entio, do rlsto verbal da andlise,€ invariant, Antes que atuem os invariants do texo im ‘press, preexstem cortas condiges; leigoletrado: aos invaiantes, ‘ois, da expasicio de Freud, denomino “invariante ltrado" ‘Nic inuitosIeigos captam idfatica mensagem do relato impres- se: “invaritacia letrda”, no entanto, no configura linitago ade- ‘quada, Consideranes, pois, em sumdtio, alguns dos problemas im plicados n0 estabelecer as limtacOes do tema. Refere-nos Freud, vi tits de tas qusties, em Notas 2 Guisa de Preffcio, 20 escrito; centua que pode ser Tido como roman @ clef, para dete pessoal. 'A opsfo de semelhante Iitor repousa sobre invaranes lscives, alhcios intencio oferecida por Freud ao eto. [sto ele apont, em ‘mengdo, 00s Estos sobre a Histeriae deseavolvinentos ulteriores da técnica psicanalica: invariants letrados pod” sto sto inva- rianes psicanaltices. As artes visusis fomecem antlogi, de que, "Rod, Vo Vi tn » Veja Fed, Peftory Renal 10 "Pragment ofan Ans. ragment da Andie de um Caso de Hist” (1905), ESB, -B- invarianes fotogréicos nfo sfo invariantes de pinture impressio- nist, ara meu intento, convém consderar a psicandlise parte do gr po de transforagdes, O tems do quadro ou experéncia orginal, ‘ealizagio, no exemplo do pintor, , no caso do pscanaliss, a expe niéncia de psicanalisar 0 analisando, tansformas, pelo pinta, femum, e pelo analiser, no outro, respectivamento, em quadroe des crigGo pscanaica, A interretacdo psicaalitics que se fez durante 2 anilse, € desse mesmo grupo de transfomnactes, Intrpre‘as8o 6 transformacto; por revlar invariants, a expertncia, vivida e ex- Gor eum modo, énarada de outro, ‘A mengio de Freud, a desenvolvimento de tenica de prcané- lise, aponta, na busca, diego a seguir. De vez que a psicanlise ‘contiaun a se desenvolver, no podemos falar de invaiantes psica- rnalticos, tal se ela fossecondigio estéica. Em clinica, nfo se sban- ddonam teorits consagradss, por parecerem inadequadas a situegbes forwitas; semethante posta, talvezestinul tendéacia a elaborar ‘eoris ad hoe superticinis, quando melhor fora ater-se &orentagio ‘estabelecide, Recomenda-e, por conseguinte,stitude conservadors, quanto a postlados acits, ainda que, ntido,o carecerem ajust, ‘Para minha finalade presente, til 6 considerar, a teoras psicana- cas, includas na categoria de grupos de wansformagtes, técnica anfloga do pintor, em que fatos da experitacia anata (« reliza- ‘o) se transformam em interpreta (a representasSo). A inerpre= lagi pertece & clase de enorciadot que incluem invarintes de ‘cori psicanaliice; aqula, eno, se tora compreensiel por contr “invariants de tora da stuagho 6 Lipo,” (© empenho em identiticar as teoras pscanaitias, como per- tencentes a grupos de transformagées, fer examinado edits," em- bore, aqui, antecipe as ponderactes principals, Cracas a talento ar- * Veja Cup Sepundo ~~ tistico, 0 pintor transforma a paisagem, (a relizacéo) em pintura (a representagic). Fz sv, na base de invariants que tomam reconhe- cfvel sua representacéo. Os invarantes dependem da tecnica empre- sa: asim, ivariantes de escola impressionist nfo sho os da pin- ‘ara de alg, digamos,ligado a escola realists Iuaiment, a des ‘encia diet, isto 6, a experinciaerocional des sessbes de ands. [Nestas,desempenham papel de relevo cs conceitos de trnsformagio invaridne * Mencionado, ait como A. a Modangs de experiéneia anal, ads eo consutério, para ‘rise que inclui mais pessoas além do par analtico, importa, em fun ho de certas carctersticas. E catstasfiea, no sentido Tinitane do svoniceer, que acaretasubversto da ordem ou do universo pessoal: € caasfica, na acepcio de se acompanhsr, nos participants, de sentimentos de infcicidade; € catastrfica, na eircansténcia de romper stbite€ violenta, num mado quase fisico, Semelhante final epends da extensio em que 0 processoanaliico chega 20 colapso contolado. Como, para fins de desrigio, mais faclmentex¢ ida om as manifestagdes cxageradas dos fendmenos, prefiro relato de eventos peculiaes & episics analiticemente menos contulaes, ‘Convém, entanto, conservar em mente, que, & expresso analit ‘mente contolado, parece mais dificil de taba, pelo fato que, a8 reagdes sendo mis contids, os elementos do quacro se mostam cqivalentemente comedidose civ de reconhecer, Além disso, 20 {vento enlticamenie controlado, os elementos catasricos reve- lam, com os outros, 0 mesmo rlscionsmento que, em metabolism, as manifestagbes eatabicasspresentam com as snabslics. Negli- genio, assim, complicages qu, no momento, desejo nfo refer. Prossigo com meu exemplo: as carctriticas so tes, para que ‘me volto: subversio do sistema, invardnciae violencia, No estgio Pré-catstsfico, a anise difere do péscetastfico em reed des Seguites dados superfciais: € Agia, teérica e escassa de mudanga Pereeptvel. Sobrelevam 0s sinomes hipocondriacos. © quadro Dresta-se a inerpretagées, com base em teoras Klenianas de identi Scagdo projeiva © de objtosintemos ¢ extemos. A violEnciares- Uinge-se a fendmenos aleancéveis pela perspcicia psicanaliticn (rate, assim dizendo, de violencia trie. O paciente fale, como se sen comportamento, de apanciaafével,levase, pele vilénci, 8 destugo intense. O anaists, quando the parece © moment, i terpreta, em funcio do material, apontando dados que o pacientes Be violent. Na fase péscatestsfice, 20 contéro, embors falte 0 equivar -18- lente ideatvo, antes manifesto, sent-se compelido a manifestar emosio de violéociantida contra 0 analsta, Sto pouco reconhect- ves, os elementos hipocondrfaros. For ser aparene, a experiacia ‘emocional no tem de ser conjecturads, Na eventualidae, o analista busca, no quadto, os invariants de faves pré- e pos-catastrfices. AF, os encontra, represeniados, na ‘rea, pelasteorias de identficardo projeiva, ede objetes intemas © fextemos, Ao reformalar a situagio, em termos de matralclinico, pereebe e reconbece, que, eventos aparentemente exteros, frte- ‘mente impregnados de emosio, sto, 6 fto, os manifetos, no esté- io pré-caastrfien, sob réulos, pelo paciente, de dores no joel, eras, sdénen, ouvides etc, e, plo analista, como objets inter os. Em suma, 0 que se revela& percepco externa de anlistae pe ente, sob forma de families ansiosos, processos iminentes, mani- cOmios, iteraacio e mais eventsldads, em aparénca peulires & ‘udansa de conjuntura, sie, realmente, dores hipocondacas ¢ evi- <&ncias miltiplas de objtos interralizados, em epresentacio con- seatnes com 8 condigio nova de objetos externos, Tas so, pois, 0s invariantes ou os objetor em que se percebe a invaiéncia. Oct ome, agora, do relaconamento da violéncia com a mudange que ovome, da fase pré- para a ps-catasrica ‘A manga € mutacio vilenta, ¢ de sentiments violentos, violentamente expressos, na fase nova, 0 estado de emocdo violets éo paciente, andlogo a uma explosio, comunica xo analista (que no reconhece a presenga da trnsfrmasao projetva), © acs que, com 0 peciente se relacionam, eagées de tal superestinalacio de objetos internas que, desse modo, desencadeiam ampla extemalizacio des- te Em clinica, pressentose, na fase pré-catatéfice, « violencia "Em coats com oestado-dogue,cspraas sake pa dont dos “ecioe enti -19- das emosées, que, enti, explode no estigia péecatarétice © 0 colapso & analiticamente controlado. Adequada como tori, servi= nmo-tos de usar, como modelo, a explosio, e suas andes de pressio cexpensvas, Assim o fare. Desereve-e 0 evento catastrfico em termot de teria de trans- formegdes: importa considerar a transfornacho, envolida no wso dt ‘wor de transformacSes, como pertencendo ao grupo de transforms 8es, Isto significa afirmar que wransforo 0s fai que desrevo, exaninando-s, de certa manera. Minha desrigio & transformacio, aniloga & pinta do artista, produto de concepgio pessoal dele, Por comerigncia, denomino aqui, minha aproximacio, wansformagéo “A”, Em semelhante uso, empegoo temo “tansformagio”, de tes ‘maneias, que dferencio, uma da outa: 0 termo “transfrmacG0" se relacion a () operacio ftal que incl at transformador &o pro Auto final: uso, para este, 0 signo T: (i) o processo de transforma so: signo Ta; (i) 0 produto fia: sgn0 Tp. __Pararinimizar a ambiglidade, faze datngSessubseqientes £ possivel que, Gon! de guon rst comico io aa oeane am sporinsS a oe a eesi- ote Ua panflie~ oun te ab o gue 6 so amin, « case-nes © O;mecionanoy, opens, qe o amas 00 Slate aa qv cone, spacial ue epee por T Sate oust tip son que ems, 01 0S ‘So enol poate vraliao ania os pcews, ‘no que ouve. Em analogia com 0 modelo, decidimos se 0 uso de TB ina — (aa vtech aa inert) 00) ~ © esado eooconl pric pla socio on inerpasia. Toutnet, cabo doi so spied de xis ou inerpetacio& espa encinal&O, ov endeavor ou presets Send apn, pres oi TA came a pure 6 ropa ecco apenas teen. O deo So atten se ln, enbrs dort eons a ipa te sins carce de especie ou s mula, donde mais Abeer eu mina, Valor deat, aol signs até eae wr “thee even seis rs com al ints seo psc ve weet d cent, copies caps > stale, # const, # ane Sten uae de Edin, pee isi, redo nies peniana consti, Deft, connienos a 6, como acho Seve os sures que exating, aalisa tem alcance amp © conte a el da sxpernciaaalica cts Ge ue 7 Barameate flndo, a ctrpreaco aval ¢ enrdo past 0 ead x0 ‘onl etsent ete, pct, desea conto eons de esta ken Socsafocooional A dss, ata, doore des acamos qe anata ‘paces taco pleas ou com ene. -3- la se aproxima. A teoria de transformagées ¢ seu desenvolvimento io se refee ao corpo principal d tora psicanaltica, mas ao exer cio de observacdo psicanaltica. As totas psicanalica, os enun- cindos de paciente ou analistasio represeniagées de experitncia ‘mocional. Ao entender o processo de representcto, compreende- mos a representasio © 0 rposentado. A teria de tranlormagies scompanha uma cadeia de fendmenos, em que o entender um vin- cal, ou aspecto seu, favorece a compreensio de outs. indaga- ‘ho € principalmente quanto & natueza da transformas80 na sesso Pricunalic, Expressese TB por meio da palavra, Os psicanalistas concor- dam que a anise requer que a interpretagéo do aalista formule 0 {que 0 comportamento do paciente revel: pr out lado a avaliagéo o analista se consubstancia na interpreta!" ¢ no em descarga ‘emocional (por exemplo, a contaransferéncia ou a stun). Acres centese a ist0, n0 momento, consderar-se sua contebuigio como includa na madanca de estado emocional do paciente. Examino a tansformacio nas comunicagdescietiicas x6 para ilustrar a tansformacio na clinica analtica, Ao realizar a sessfo, 0 analista,insintivanente, reconhece & ‘atureza da comupicacSo que o paciente faz. Sugire, nos Elements en Psicanise, método de classifies que concorre para desen- volver tis discerimentos instintves que categorize na grade! Se 48 crigtncias da andlise requerem enfase sobre o crescer do pense- mento do paciente, a stengdo do analista se volta, principelment, ara a flera propria 8 categoria—o eixo vertical. Se a Gnfse, que 0 Pcieate faz da comunicago, esté no uso dela, a atengio do snalists ‘© dirge para o componente horizontal, © contotdo da communica fo, to importante em andlise, apenas eventualmente se mencions, EMF, 3, Ves contacpas no exame de transformagées; depende de O, ¢ fui do material & luz es pr-concepgiestedricas do pricatalisa, Se o contd, pis, for material edfico, io me volto para ele, mas para a tansformacéo ‘que softe, no esto de cresimento que revels, par 0 uso que faz pré-concope Este indicaria, af, uso, embora continue, no eixo vertical, represen tundo estégio de eescinento, Considerando.s, entanto, cada esté- ‘Bo, elemento que tanta € registro quanto pré-concepcto, poder-seia objetar serem ciapensiveis termos como “clemento-B”, “sonho”, “eonceta” ete. Na clfica no € assim: a psicandlise precisa indicar _graus de crescimentoe representtlos per estgios com signos pré- ros. Falo, até aqui, de “crescimento” € “sfistcssao ma refers a progresso de A até G: hvesia, para ais eros, ‘mais preciso? Consideroalgumas possibildades, [Néo se avalia bem o crescer de elementos, de uma filer para ‘outra, logo abaixo, pelo acréscino de ‘usos” que o elemento apre- senta (expressos pelas colunas do eixo horizontal, pois, imaging {ue 0 elemento, na qualidade de componente e fers, também r= vela atibuto de componente de qualquer coluna do eixo horizontal, «em elica, conv reter eta hipStse. Considerar a universalida- de de usos que a fileira compote, nio favorece, pois, critéio de creseimento, Ovore gue slgums fileras mais se adaptem ® rnti- plicidade de usos que outs. Fguslmente,certos us0s mals se reco tmendam & deteminadas fleas, que outos. Acentuo, por exerplo, ‘ue of elementos se prestam 2 idetificasso proetiva, quando tal Aispsitivo alcanca evacaar parte da personalidade, embor sjaine- ficaz, 0 até extremamente inadequado, pare us0 no pensar que, vale dizer, para nenhum uso oato que nio o de colunas 2 € 6. Con jctura possvelseia, pois, considerar a natureza da reunido de es tigio (04 fiers) com o uso que liga fileirae coluna, em termes de =. ‘adequacdo de una 2 outra, embora adie o problems, relegando-o & esto ulierior de exame, por necesstarcittos para avalianaade- ‘quai. Ceros riscos sé0 menos danosos em clisica de anslise que ra discusso abstata de problemas, Em clinic, asim, € ais fil sentir que os elementos-B no slo préprios ao pense, do que exami= nat, de modo abstrato, 0 critfio para tal. Afest a vantagem do ‘analsta sobre ofissof: elaiona sous enunciadot&relizages, © tas 2 tori psicanalitica,O pensar psicaralfico requer método de notagéo e norms de uso qu> favorecem o trabalho na auséncla do objeto, além de ainda faci na presence deste. Obsticulo a isso, se encontra no jogo deseavolto de fanasas doanaista de hf mito referidas:afirmagées rebuscadas, de par com o Snus de verbaliza- ‘Ges sem base na observao, indlcando ato potencial de desorien- {aco e juizo inexato, a ponto de perverter @ valor de trabalho de- senvolvido com tais acanhados recursos. Resarro a0 pivilégio de ‘mencionar a “incorporagio" dessa teora “dentro do corpo principal da teoriaanaltica” na acepeo requerida para emprego’ das teoras 4e objetos interns de Melanie Klein, O que indica exisiem inva antes psicanaltcos, que reir, varitveis prcanaltces © pane ‘ros psicaualitics, Termos matenicos usados, na fase, como mo- els, fileira C, esperam tansformagio que 08 adapte ao emprogo psicanalitico como elementos flera F, Ge H. Limito, 20 refers invariants, variveis © parketos “psicanal ticos", 0 universo de discurso; descreven-se, dentro deste, apenas, ais termos como representardo invacantes ou parkmetros. Se ito no for reconbecido, surge a ambiglidede;o tema “varigvel” des- seve alzoa qe, em determinado unverso de discuro, seat um valor constante gue © qualfica para a desiznagdo de paietro(co- ‘mo, em formulagio matemdic, dizemos ax + by~ c= 0 represen- ‘ando 0s signos ¢, é, ¢varfveis aque se atribui valor constant). Nascalngs 1,34 Segunio Hieber, vate, om in atic, susio om ue o iene nin sobre a aye comarent azeita gbe 0 pestis ea acess as fon, de Yer in cara, © p= pro exrckin da cargo os dace. Alem dso, observe 0 Ente, a rg de un fexdneno com oo, un exes im tea and go fninenos nen,” Ebi, por et eras ever ue tao interagem. ACEC oo geo re {5s cour ini eno are a ato sar, na lao ms th com as eliza go soot se osiamdouniveso Se dare ie seer tn senior Sere eet te eninfo. eno ier clo, de rate. Em vite, tv dese neo fo figure de valde dois,» menos ‘© acence no ex ela seespondeme univer & is cor ‘A ques pode no tr inpondoca indi, nore ao sem ce equocne contr pare do problems modo rca. poi do picnalia, ota prs asfoms- {Ber pics, seme & ques ail on ior mores. Ee ocue com ostlacnament ea gue ote mages fntas. As exes invariant, varie! e aimee picaralics Sm sgifeatvan nam ariveno de dar emu porno portant, no revel ez qe Ihe coesponde: 8 nepe- tes das tim caters ain com 0 ever de dscns Get, conquionio com os fendinenos qo ade, deve estes eel vuln, 6 agua Nf om ouivewo info Se S pace ian acer qe "nin consis com aio, porgr © amigo dle go cla d v0 no taco, viel, Toplist m afta eie dos formas hats a quem sos repos est fennenos, ete reloads, mum Unie in tit read en vm enacido,sethan #8, er 0 pe rar unveso Ge cu, qu xenina conpertiento cose, tals do inconcet, enor at crests erelcona: a

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