Você está na página 1de 12

a. Defina homeostasia, e identifique o papel do sistema nervoso no controle da homeostasia.

 A homeostasia é a condição de equilíbrio no ambiente corporal interno resultante da interação constante


entre os muitos processos regulatórios corporais.
 A homeostasia é uma condição dinâmica.
 Em resposta às condições variáveis, o equilíbrio corporal pode deslocar-se entre pontos em um intervalo
estreito compatível com a manutenção da vida.

Exemplo I – níveis de glicose


os níveis de glicose sanguínea normalmente se encontram entre 70 e 110 miligramas de glicose por 100
mililitros de sangue.
Cada estrutura, desde o nível celular até o nível sistêmico, contribui de algum modo para a manutenção do
ambiente corporal interno dentro dos limites normais.

Exemplo II - o papel do hipotálamo

O hipotálamo recebe informações dos sistemas nervoso e endócrino e faz integração de todos estes sinais de modo
a tornar possível o controle das várias funções do organismo, como por exemplo:

• termorregulação
• equilíbrio de energia
• regulação dos fluidos corporais
• comportamento (por exemplo, o hipotálamo é responsável pela sensação de sede e fome)

Retroalimentação negativa e positiva

b. Quais são as estruturas que compõem o Sistema Nervoso Central? Quais as principais funções dessas
estruturas?

 O sistema nervoso central (SNC), denominado parte central do sistema nervoso, é composto pelo encéfalo e
pela medula espinal.
 O encéfalo é a parte do SNC que está localizada no crânio e contém cerca de 85 bilhões de neurônios.
 A medula espinal conecta-se com o encéfalo por meio do forame magno do occipital e está envolvida pelos
ossos da coluna vertebral.
 A medula espinal possui cerca de 100 milhões de neurônios.
 O SNC processa muitos tipos diferentes de informações sensitivas.
 Também é a fonte dos pensamentos, das emoções e das memórias.
 A maioria dos sinais que estimulam a contração muscular e a liberação das secreções glandulares se origina
no SNC.

Bulbo

O bulbo é contínuo com a parte superior da medula espinal; ele forma a parte inferior do tronco encefálico. O bulbo
se inicia na altura do forame magno e se estende até a margem inferior da ponte por uma distância de
aproximadamente 3 cm. Além de regular os batimentos cardíacos, o diâmetro dos vasos sanguíneos e o ritmo
respiratório, os núcleos bulbares também controlam os reflexos de vômito, da deglutição, do espirro, da tosse e do
soluço. O centro do vômito é responsável pelo vômito, a expulsão forçada do conteúdo da parte alta do sistema
digestório pela boca. O centro da deglutição controla a deglutição do bolo alimentar da cavidade oral em direção à
faringe. O ato de espirrar envolve a contração espasmódica de músculos ventilatórios que expelem forçadamente o
ar pelo nariz e pela boca. Tossir envolve inspiração longa e profunda sucedida por uma forte expiração que expele
um jato de ar pelos orifícios respiratórios superiores. O soluço é causado por contrações espasmódicas do diafragma
que geram um som agudo durante a inspiração.
Ponte

A ponte está logo acima do bulbo e anterior ao cerebelo, com cerca de 2,5 cm de comprimento. Assim como o
bulbo, a ponte é formada por núcleos e tratos. Como diz o próprio nome, a ponte liga partes do encéfalo entre si.
Estas conexões são possíveis graças a feixes de axônios. A ponte é dividida em duas estruturas principais: uma região
ventral e outra dorsal. A região ventral da ponte forma uma grande estação de transmissão sináptica composta por
centros dispersos de substância cinzenta conhecidos como núcleos pontinos. Vários tratos de substância branca
entram e saem destes núcleos, e cada um deles conecta o córtex de um hemisfério cerebral com o córtex do
hemisfério do cerebelo contralateral. Este complexo conjunto de circuitos tem um papel essencial na coordenação e
na otimização da eficiência da atividade motora voluntária em todo o corpo. A região dorsal da ponte é semelhante
às demais regiões do tronco encefálico – bulbo e mesencéfalo. Ela contém tratos ascendentes e descendentes e
núcleos de nervos cranianos. Também na ponte está localizado o centro respiratório pontino. Junto com o centro
respiratório bulbar, ele auxilia no controle da respiração.

Mesencéfalo

O mesencéfalo se estende da ponte ao diencéfalo e tem cerca de 2,5 cm de comprimento. O aqueduto do


mesencéfalo (aqueduto de Silvio) passa pelo mesencéfalo, conectando o terceiro ventrículo (acima) com o quarto
ventrículo (abaixo). Da mesma forma que o bulbo e a ponte, o mesencéfalo contém núcleos e tratos. A parte
posterior do mesencéfalo, chamada de teto, contém quatro projeções arredondadas. As duas projeções superiores,
conhecidas como colículos superiores, funcionam como centros reflexos para certas atividades visuais. Por meio de
circuitos neurais que partem da retina, se dirigem aos colículos superiores e posteriormente voltam para a
musculatura extrínseca do bulbo do olho, os estímulos visuais desencadeiam movimentos oculares de perseguição
de objetos em movimento (como um carro em deslocamento) e de imagens estacionárias (como você está fazendo
ao ler esta frase). Os colículos superiores também são responsáveis por reflexos que controlam os movimentos da
cabeça, dos olhos e do tronco em resposta a estímulos visuais. As duas projeções inferiores, chamadas de colículos
inferiores, fazem parte da via auditiva, transmitindo impulsos dos receptores auditivos da orelha interna para o
encéfalo. Estes dois núcleos também são responsáveis pelo reflexo de susto – movimentos súbitos da cabeça, dos
olhos e do tronco que ocorrem quando você é surpreendido pelo barulho muito alto, como o de um disparo de arma
de fogo.

O mesencéfalo contém vários outros núcleos, incluindo a substância negra esquerda e direita, que é grande e
apresenta pigmentação escura. Neurônios que liberam dopamina e se estendem da substância negra para os
núcleos da base auxiliam no controle da atividade motora subconsciente. A perda destes neurônios está associada à
doença de Parkinson. Os núcleos rubros esquerdo e direito também se encontram no mesencéfalo e parecem
avermelhados devido a sua farta irrigação sanguínea e à pigmentação rica em ferro presente em seus corpos
celulares neuronais. Axônios do cerebelo e do córtex cerebral fazem sinapses nos núcleos rubros, que ajudam no
controle dos movimentos musculares.

Diencéfalo

O diencéfalo forma o núcleo central de tecido encefálico logo acima do cerebelo. Ele é quase completamente
circundado pelos hemisférios cerebrais e contém vários núcleos envolvidos com processamento sensitivo e motor
entre os centros encefálicos superiores e inferiores. O diencéfalo se estende do tronco encefálico até o telencéfalo
(cérebro) e circunda o terceiro ventrículo; ele inclui o tálamo, o hipotálamo e o epitálamo. Do hipotálamo se projeta
a glândula hipófise. Partes do diencéfalo na parede do terceiro ventrículo são chamadas de órgãos
circunventriculares e serão discutidas a seguir. Os tratos ópticos, que apresentam neurônios da retina, passam pelo
diencéfalo.

Telencéfalo

O telencéfalo (cérebro) é a “sede da inteligência”. Ele é responsável por nossa capacidade de ler, escrever e falar; de
fazer cálculos e compor músicas; e de lembrar o passado, planejar o futuro e imaginar coisas que nunca existiram. O
telencéfalo (cérebro) é composto por um córtex cerebral externo, uma região interna de substância branca e núcleos
de substância cinzenta localizados profundamente na substância branca.

c. Quais são as estruturas que compõem o sistema nervoso periférico? Como esses sistemas são subdivididos?
 O sistema nervoso periférico (SNP, é formado por todo o tecido nervoso fora do SNC).
 Os componentes do SNP incluem os nervos, os gânglios, os plexos entéricos e os receptores sensitivos.

 Nervo é um feixe composto por centenas de milhares de axônios, associados a seu tecido conjuntivo e seus
vasos sanguíneos, que se situa fora do encéfalo e da medula espinal.
 Doze pares de nervos cranianos emergem do encéfalo e 31 pares de nervos espinais emergem da medula
espinal.
 Cada nervo segue um caminho definido e supre uma região específica do corpo.

 Os gânglios são pequenas massas de tecido nervoso compostas primariamente por corpos celulares que se
localizam fora do encéfalo e da medula espinal.

 Estas estruturas têm íntima associação com os nervos cranianos e espinais.

 Os plexos entéricos são extensas redes neuronais localizadas nas paredes de órgãos do sistema digestório.
Os neurônios destes plexos ajudam a regular o sistema digestório.

 O termo receptor sensitivo refere-se à estrutura do sistema nervoso que monitora as mudanças nos
ambientes externo ou interno.

 São exemplos de receptores sensitivos os receptores táteis da pele, os fotorreceptores do olho e os


receptores olfatórios do nariz.

 O SNP é dividido em sistema nervoso somático (SNS), sistema nervoso autônomo (SNA, divisão autônoma do
sistema nervoso segundo a Terminologia Anatômica) e sistema nervoso entérico (SNE).

d. O que é sistema nervoso autônomo? Como ele é subdividido?

 O sistema nervoso autônomo é a porção do sistema nervoso central que controla a maioria das funções
viscerais do organismo.

 Esse sistema ajuda a controlar a pressão arterial, a motilidade gastrointestinal, a secreção gastrointestinal, o
esvaziamento da bexiga, a sudorese, a temperatura corporal e muitas outras atividades. Algumas delas são
quase inteiramente controladas, e outras, apenas parcialmente.

 Uma das características mais acentuadas do sistema nervoso autônomo é a rapidez e a intensidade com que
ele pode alterar as funções viscerais.

 A divisão autônoma do sistema nervoso ou SNA é formado por


 (1) neurônios sensitivos que levam informações de receptores sensitivos autônomos – localizados
especialmente em órgãos viscerais como o estômago e os pulmões – para o SNC, e por
 (2) neurônios motores que conduzem os impulsos nervosos do SNC para o músculo liso, o músculo cardíaco
e as glândulas.
 Como suas respostas motoras não estão, de modo geral, sob controle consciente, a atuação do SNA é
involuntária.

e. Quais são as principais diferenças entre o sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático?
 Esses sistemas são denominados a parte motora do SNA que é composta por esses dois ramos, a divisão
simpática e a divisão parassimpática.

 Com poucas exceções, eles recebem nervos de ambas as divisões, e geralmente têm ações opostas.

 Por exemplo, os neurônios simpáticos aumentam a frequência cardíaca, enquanto os parassimpáticos a


diminuem.

 De modo geral, a divisão simpática está relacionada com o exercício ou ações de emergência – as respostas
de “luta ou fuga” – e a divisão parassimpática se concentra nas ações de “repouso e digestão”.

f. As fibras pré e pós-ganglionares são do mesmo tamanho nos dois sistemas? Quais são as diferenças dessas
fibras?

 Não são do mesmo tamanho, as fibras pré-ganglionares são curtas e as pós-ganglionares são longas
 O primeiro neurônio em qualquer via motora autônoma é chamado de neurônio pré-ganglionar.
 Seu corpo celular está localizado no encéfalo ou na medula espinal; seu axônio sai do SNC como parte de
um nervo craniano ou espinal. O axônio de um neurônio pré-ganglionar é uma fibra B mielinizada de
diâmetro pequeno que geralmente se estende até um gânglio autônomo, onde faz sinapse com um
neurônio pós-ganglionar, o segundo neurônio em uma via motora autônoma.

 Note que o neurônio pós-ganglionar se encontra totalmente fora do SNC. Seu corpo celular e seus
dendritos estão dentro de um gânglio autônomo, onde fazem sinapses com um ou mais neurônios pré-
ganglionares. O axônio de um neurônio pós-ganglionar é uma fibra tipo C não mielinizada de diâmetro
pequeno que termina em um efetor visceral. Desse modo, os neurônios pré-ganglionares transmitem
impulsos nervosos do SNC para os gânglios autônomos, e os neurônios pós-ganglionares enviam
impulsos dos gânglios autônomos para os efetores viscerais.

g. Imaginem que vocês estão em uma situação de estresse, luta ou fuga. Como ficará sua respiração, FC nesta
situação? Quem atua nesta situação? Sistema Nervoso Autônomo Simpático ou Parassimpático?

 Em uma situação de luta ou fuga o SNA, tende a elevar a respiração e a frequência cardíaca em até duas
vezes mais que o normal, ou seja, a FC e a respiração tendem a ficar aceleradas.
 Quem atua é o Sistema Nervoso Autônomo Simpático.

h. O que é bainha de mielina? Quais são suas funções? Qual é a diferença entre um neurônio mielinizado e um
neurônio desmielinizado?

 A bainha de mielina é uma cobertura lipoproteica multicamada que envolve e isola alguns axônios e
aumenta a velocidade da condução do impulso nervoso. Tais axônios são classificados como mielinizados.

 A bainha isola eletricamente o axônio e aumenta a velocidade da condução do impulso nervoso.

 Os axônios que não possuem esta capa são classificados como não mielinizados.

A condução é mais rápida em axônios mielinizados


 A condução dos potenciais de ação ao longo do axônio é mais rápida em fibras nervosas que possuem
membranas altamente resistentes, assim minimizando o vazamento do fluxo corrente para fora da célula.

 O axônio não mielinizado possui uma baixa resistência ao vazamento de corrente, uma vez que toda a
membrana do axônio está em contato com o líquido extracelular e contém canais iônicos pelos quais a
corrente pode vazar.

 Em contrapartida, os axônios mielinizados limitam a quantidade de membrana em contato com o líquido


extracelular.
 Nesses axônios, pequenas porções da membrana exposta – os nódulos de Ranvier – alternam-se com
segmentos mais longos envoltos por múltiplas camadas de membrana (bainha de mielina).
 A bainha de mielina cria uma barreira de alta resistência que impede o fluxo de íons para fora do citoplasma.
 As membranas de mielina são análogas às capas de plástico que envolvem os fios elétricos, uma vez que
elas aumentam a espessura efetiva da membrana do axônio em até 100 vezes.

i. O que é uma doença neurodegenerativa? O que é desmielinização?

 Uma doença neurodegenerativa se dá por condições debilitantes e incuráveis, que resultam na degeneração
progressiva e/ou na morte excessiva e prematura das células nervosas em regiões focais do cérebro,
resultando em atrofia focal das regiões afetadas.

 Essa degradação causa problemas com os movimentos, ataxias, ou com o funcionamento cerebral.

Exemplos de doenças neurodegenerativas são: Esclerose Múltipla, Alzheimer, Neuromielite, Encefalomielite.

 Desmielinização: Consiste na degradação da bainha de mielina.

j. O que são cicatrizes gliais? E substância cinzenta do SNC?

 A cicatriz glial se apresenta enquanto uma verdadeira cicatriz no tecido nervoso medular após uma lesão.
 Consiste em uma acumulação de astrócitos fibrosos hipertróficos (astrócitos reativos) na região onde houve
grande taxa de morte neuronal e glial, que gera uma cavidade cística, isso na fase mais adiantada da lesão.
Representa a intenção do sistema nervoso de isolar a região lesionada das influências incontroladas do resto
do organismo, se apresentando enquanto o maior obstáculo para a reconstituição das conexões lesionadas.

 A substância cinzenta do sistema nervoso contém corpos celulares neuronais, dendritos, axônios não
mielinizados, terminais axônicos e neuróglia. Ela parece acinzentada porque os corpúsculos de Nissl são
acinzentados e há pouca ou nenhuma mielina nessas áreas. Os vasos sanguíneos estão presentes tanto na
substância branca quanto na cinzenta. Na medula espinal, a substância branca envolve uma região interna
composta por substância cinzenta que, dependendo do quão imaginativo você é, parece uma borboleta ou a
letra H em um corte transverso; no encéfalo, uma fina camada de substância cinzenta cobre a superfície de
suas porções mais extensas, o cérebro e o cerebelo

k. O que são axônios? Como eles são morfologicamente descritos? Qual é a função dessa estrutura neuronal?

 O axônio de um neurônio é um prolongamento cilíndrico, fino e único que pode ser muito longo. Ele é a
porção de saída do neurônio, conduzindo impulsos nervosos para outro neurônio ou para outro tecido.

l. O que é sinapse? Quais são os tipos? O que as diferencia?


 A sinapse é uma região onde ocorre a comunicação entre dois neurônios ou entre um neurônio e uma célula
efetora (célula muscular ou glandular). O termo neurônio pré-sináptico se refere a uma célula nervosa que
conduz o impulso nervoso em direção a uma sinapse. É a célula que leva o sinal. Uma célula pós-sináptica é
aquela que recebe o sinal. Ela pode ser um neurônio chamado neurônio pós-sináptico, que leva o impulso
nervoso para longe de uma sinapse, ou uma célula efetora, que responde ao impulso da sinapse.

 A maioria das sinapses entre neurônios é axodendrítica (entre o axônio e um dendrito), enquanto outras são
axossomáticas (entre um axônio e uma célula) ou axoaxônicas (entre dois axônios). Além disso, as sinapses
podem ser elétricas ou químicas, apresentando diferenças estruturais e funcionais entre si.

 Uma sinapse elétrica trata-se de uma ligação mecânica e eletricamente condutiva realizada dois neurônios
vizinhos, gerada em uma lacuna estreita entre os neurônios pré e pós- sinápticos, em um local denominado
de gap. Nas mesmas, os neurônios se aproximam de tal forma a distarem cerca de 3,8 nm um do outro
durante a sinapse.

 Já as sinapses químicas consistem em junções especializadas onde as células do sistema nervoso se


comunicam umas com as outras e com células não neuronais, como o que ocorre, por exemplo, nos
músculos ou glândulas. O local onde a sinapse química acontece é chamada de junção neuromuscular. Além
disso, nas sinapses químicas a distância dos neurônios é de 20 a 40 nm um do outro.

m. O que é a neurotransmissão? Como ela ocorre?

 Neurotransmissão, propagação ou envio do sinal nervoso por intermédio da liberação de substâncias


químicas (neurotransmissores) nas sinapses nervosas.

 Os potenciais de ação abrem os canais de cálcio axônico. O cálcio ativa a liberação dos
neurotransmissores das vesículas onde eles são armazenados. As moléculas de neurotransmissores
enchem a fenda sináptica. Algumas se lugam aps receptores pós-sinápticos, iniciando a resposta. As
outras são bombeadas de volta ára dentro do axônio e armazenadas ou difundidas nos tecidos
circundantes.

n. Para que possamos sentir (estímulos táteis, gustativos, olfativos, visuais etc.) a informação deve ser
conduzida até o Sistema Nervoso Central. Como essa condução é feita?

 As vias sensitivas somáticas levam informações dos receptores sensitivos somáticos para a área
somatossensorial primária no córtex cerebral e para o cerebelo.

 As vias para o córtex cerebral consistem em milhares de conjuntos de três neurônios: um neurônio
de primeira ordem, um neurônio de segunda ordem e um neurônio de terceira ordem.

1.Os neurônios de primeira ordem conduzem impulsos dos receptores somáticos para o tronco
encefálico ou a medula espinal. A partir da face, da boca, dos dentes e dos olhos, os impulsos
sensitivos somáticos são propagados pelos nervos cranianos para o tronco encefálico. A partir do
pescoço, do tronco, dos membros e da face posterior da cabeça, os impulsos sensitivos somáticos se
propagam pelos nervos espinais para a medula espinal.

2.Os neurônios de segunda ordem conduzem impulsos do tronco encefálico e da medula espinal
para o tálamo. Axônios dos neurônios de segunda ordem fazem decussação no tronco encefálico ou
na medula espinal antes de ascenderem para os núcleos posteriores do tálamo. Desse modo, todas
as informações sensitivas somáticas de um lado do corpo alcançam o tálamo no lado oposto.

3.Os neurônios de terceira ordem conduzem impulsos do tálamo para a área somatossensorial
primária do córtex no mesmo lado.

 As regiões no SNC onde os neurônios formam sinapses com outros neurônios que são parte de uma
via sensitiva ou motora específica são conhecidas como estações de relé porque os sinais neurais
estão sendo transmitidos de uma região do SNC para outra. Por exemplo, os neurônios de muitas
vias sensitivas formam sinapses com neurônios no tálamo; portanto, o tálamo funciona como uma
grande estação de relé. Além do tálamo, muitas outras regiões do SNC, incluindo a medula espinal e
o tronco encefálico, podem agir como estações de relé.

 Os impulsos sensitivos somáticos ascendem para o córtex cerebral através de três vias gerais:
a via funículo posterior–lemnisco medial,
a via anterolateral (espinotalâmica) e
a via trigeminotalâmica.
 Os impulsos sensitivos somáticos chegam ao cerebelo através dos tratos espinocerebelares.

Via funículo posterior–lemnisco medial para o córtex

Impulsos nervosos de tato, pressão, vibração e a propriocepção consciente dos membros, tronco, pescoço e parte
posterior da cabeça ascendem para o córtex cerebral através da via funículo posterior–lemnisco medial. O nome
dessa via surge a partir dos nomes dos dois conjuntos de substância branca que carregam os impulsos: o funículo
posterior da medula espinal e o lemnisco medial do tronco encefálico.

Os neurônios de primeira ordem da via funículo posterior–lemnisco medial se estendem dos receptores sensitivos
nos membros, no tronco, no pescoço e na parte posterior da cabeça para a medula espinal e ascendem para o bulbo
no mesmo lado do corpo. Os corpos celulares desses neurônios de primeira ordem se encontram nos gânglios
sensitivos dos nervos espinais, na raiz posterior. Na medula espinal, seus axônios formam o funículo posterior
(dorsal), que consiste em duas partes: o fascículo grácil e o fascículo cuneiforme. Os axônios formam sinapses com
os dendritos dos neurônios de segunda ordem cujos corpos celulares estão localizados no núcleo grácil ou no núcleo
cuneiforme do bulbo. Impulsos nervosos de tato, pressão, vibração e propriocepção consciente dos membros
superiores, da parte superior do tronco, do pescoço e da parte posterior da cabeça se propagam por axônios para o
fascículo cuneiforme e alcançam o núcleo cuneiforme. Impulsos nervosos de tato, pressão e vibração provenientes
dos membros inferiores e da parte inferior do tronco se propagam por axônios no fascículo grácil e alcançam o
núcleo grácil.

Os axônios dos neurônios de segunda ordem atravessam para o lado oposto do bulbo e entram no lemnisco medial,
uma projeção em formato de fita que se estende do bulbo até o núcleo posterior ventral do tálamo. No tálamo, os
terminais axônicos dos neurônios de segunda ordem formam sinapses com os neurônios de terceira ordem, que por
sua vez projetam seus axônios para a área somatossensorial primária do córtex cerebral.

Via anterolateral para o córtex

Os impulsos nervosos de dor, temperatura, prurido e cócegas provenientes dos membros, do tronco, do pescoço e
da parte posterior da cabeça ascendem para o córtex cerebral através da via anterolateral (espinotalâmica).

Assim como a via funículo posterior–lemnisco medial, a via anterolateral é composta por três conjuntos de
neurônios. Os neurônios de primeira ordem conectam os receptores dos membros, tronco, pescoço ou parte
posterior da cabeça com a medula espinal. Os corpos celulares dos neurônios de primeira ordem se encontram no
gânglio sensitivo do nervo espinal. Os terminais axônicos dos neurônios de primeira ordem formam sinapse com os
neurônios de segunda ordem, cujos corpos celulares estão localizados no corno posterior da medula espinal. Os
axônios dos neurônios de segunda ordem atravessam para o lado oposto da medula espinal. Então, eles passam para
cima para o tronco encefálico através do trato espinotalâmico. Os axônios dos neurônios de segunda ordem
terminam nos núcleos ventrais posteriores do tálamo, onde formam sinapses com os neurônios de terceira ordem.
Os axônios dos neurônios de terceira ordem formam projeções para a área somatossensorial primária no mesmo
lado do córtex cerebral em que eles se encontram no tálamo.

Via trigeminotalâmica para o córtex cerebral

Os impulsos nervosos para a maior parte das sensações somáticas (táteis, térmicas e dolorosas) provenientes da
face, da cavidade oral, da cavidade nasal e dos dentes ascendem para o córtex cerebral através da via
trigeminotalâmica. Assim como as outras vias somatossensoriais descritas, a via trigeminotalâmica consiste em três
conjuntos de neurônios. Os neurônios de primeira ordem se estendem dos receptores sensitivos somáticos na face,
na cavidade nasal, na cavidade oral e nos dentes para a ponte através dos nervos trigêmeos (V). Os corpos celulares
desses neurônios de primeira ordem se encontram no gânglio trigeminal. Os terminais axônicos de alguns neurônios
de primeira ordem formam sinapses com neurônios de segunda ordem na ponte. Os axônios dos outros neurônios
de primeira ordem descem para o bulbo, formando sinapses com neurônios de segunda ordem. Os axônios dos
neurônios de segunda ordem atravessam para o lado oposto da ponte e do bulbo e, então, ascendem como o trato
trigeminotalâmico para os núcleos ventrais do tálamo. No tálamo, os terminais axônicos dos neurônios de segunda
ordem formam sinapses com neurônios de terceira ordem, que projetam seus axônios para a área somatossensorial
primária no córtex cerebral no mesmo lado do tálamo.

o. O que é o potencial de ação? Qual é a sua importância? Como ele ocorre?

 Um potencial de ação (impulso nervoso) é um sinal elétrico que se propaga pela superfície da
membrana de um neurônio. Ele começa e se propaga devido à passagem de íons (como sódio e
potássio) entre o líquido intersticial e a parte interna de um neurônio por meio de canais iônicos
específicos em sua membrana plasmática. Uma vez iniciado, o impulso nervoso é transmitido
rapidamente e em uma velocidade constante.

 Um potencial de ação aocorre no axolema quando a despolarização atinge um certo nível, conhecido
como limiar (acima de −55 mV na maioria dos neurônios). Neurônios diferentes podem ter limiares
diferentes para a geração um potencial de ação, mas o limiar em um determinado neurônio é, de
modo geral, constante. A formação de um potencial de ação depende da capacidade de um estímulo
específico em elevar o potencial de ação até o seu limiar. Um potencial de ação não acontecerá em
resposta a um estímulo sublimiar, uma fraca despolarização que não leva o potencial de membrana
a seu limiar. No entanto, ele ocorrerá em resposta a um estímulo limiar, o qual é intenso o suficiente
para despolarizar a membrana até o seu limiar. Vários potenciais de ação serão gerados em resposta
a um estímulo supralimiar, que é intenso o suficiente para despolarizar a membrana acima do limiar.
Cada um dos potenciais de ação formados a partir de um estímulo supralimiar tem a mesma
amplitude (tamanho) que um potencial de ação gerado a partir de um estímulo limiar. Portanto,
uma vez que seja gerado um potencial de ação, sua amplitude será sempre a mesma e ela não
depende da intensidade do estímulo. Por outro lado, quanto maior for a intensidade do estímulo
acima do limiar, maior será a frequência dos potenciais de ação, até que seja atingida uma
frequência máxima de acordo com o período refratário absoluto.

p. Quais são as fases básicas de um potencial de ação neuronal? Quais íons estão envolvidos em cada uma
dessas fases?

 Um potencial de ação tem duas fases principais: a fase de despolarização e a fase de


hiperpolarização.
Na fase de despolarização os íons de Na+ (sódio) são dependentes
Na fase de hiperpolarização são os íons de K+ (potássio)
E ainda existe a fase de pós – hiperpolarização ocorre quando os canais de K+ dependentes de
voltagem permanecem abertos após o término da fase de repolarização.
q. O que são os períodos refratários absoluto e relativo?

 O período de tempo após o início do potencial de ação durante o qual uma célula excitável não
consegue gerar outro potencial de ação em resposta a um estímulo limiar normal é chamado
período refratário.
 Durante o período refratário absoluto, mesmo um estímulo muito intenso não conseguirá gerar um
segundo potencial de ação. Este período coincide com o período de ativação e inativação do canal
de Na+ (etapas 2 a 4 na Figura 12.20).
 Os canais de Na+ inativos não conseguem se reabrir; eles primeiro devem voltar ao estado de
repouso.
 Diferentemente dos potenciais de ação, os potenciais graduados não apresentam um período
refratário.
 Axônios de maior diâmetro têm uma superfície maior e um período refratário absoluto curto, de
cerca de 0,4 ms.
 Como um segundo impulso nervoso pode surgir rapidamente, nestes axônios podem acontecer até
1.000 impulsos por segundo.
 Axônios com diâmetro menor têm períodos refratários de até 4 ms, o que os permite transmitir um
máximo de 250 impulsos por segundo.
 Em condições fisiológicas, a frequência máxima de impulsos nervosos nos axônios se situa entre 10 e
1.000 por segundo.

 O período refratário relativo é o período de tempo durante o qual um segundo potencial de ação
pode ser gerado, mas apenas por um estímulo maior que o usual. Ele coincide com o período no qual
os canais de K+ dependentes de voltagem ainda estão abertos, após a volta dos canais de Na+
inativos para o repouso.

r. O que é hiperpolarização? O que ocorre nessa fase? E despolarização?

 A hiperpolarização é quando ocorre quando a diferença no potencial elétrico entre os dois lados de uma
membrana celular muda significativamente, resultando em um grande potencial elétrico através da
membrana.

 Após a abertura das comportas de ativação dos canais de Na+ dependentes de voltagem, os canais de
inativação se fecham. Agora o canal de Na+ está em seu estado inativo. Além da abertura dos canais de Na+
dependentes de voltagem, uma despolarização limiar também abre os canais de K+ dependentes de
voltagem. Como estes canais se abrem mais lentamente, sua abertura ocorre aproximadamente no mesmo
momento em que os canais de Na+ estão se fechando. A abertura mais lenta dos canais de K+ dependentes
de voltagem e o fechamento dos canais de Na+ dependentes de voltagem previamente abertos geram a fase
de repolarização do potencial de ação. Como os canais de Na+ estão inativos, o influxo de Na+ se torna mais
lento. Ao mesmo tempo, os canais de K+ estão se abrindo, acelerando a saída de K+. A diminuição do ritmo
do influxo de Na+ e a aceleração da saída de K+ fazem com que o potencial de membrana passe de +30 para
−70 mV. A repolarização também permite que os canais de Na+ inativos voltem ao seu estado de repouso.

Fase de despolarização

 Quando um potencial graduado despolarizante ou algum outro estímulo faz com que a membrana de um
axônio se despolarize até seu limiar, os canais de Na+ dependentes de voltagem se abrem rapidamente.
Tanto o gradiente elétrico quanto o químico favorecem a entrada de Na+ para a célula, e isto gera a fase de
despolarização do potencial de ação. O influxo de Na+ muda o potencial de ação de −55 para +30 mV. No
pico do potencial de ação, a parte interna da membrana é 30 mV mais positiva que a externa.
 Cada canal de Na+ dependente de voltagem tem duas comportas separadas, uma de ativação e outra de
desativação. Durante o repouso de um canal de Na+ dependente de voltagem, a comporta de desativação
está aberta, mas a de ativação está fechada (etapa 1 na Figura 12.20). Consequentemente, o Na+ não
consegue entrar na célula por estes canais. Quando se atinge o limiar, os canais de Na+ dependentes de
voltagem são ativados. Em seu estado ativo, tanto os canais de ativação quanto os de inativação estão
abertos e se inicia a entrada de Na+ (etapa 2 na Figura 12.20). À medida que se abrem mais canais, o influxo
de Na+ aumenta, a membrana se despolariza ainda mais, e maior quantidade de canais de Na+ se abre. Este
é um exemplo de um sistema de retroalimentação positiva. Durante os milésimos de segundo em que o
canal de Na+ dependente de voltagem permanece aberto, cerca de 20.000 íons Na+ atravessam a
membrana e modificam significativamente o potencial de membrana. No entanto, a concentração de Na+
mal se modifica devido à presença de milhões de íons Na+ no líquido extracelular. As bombas de sódio-
potássio retiram facilmente os cerca de 20.000 íons Na+ que entram para a célula durante um único
potencial de ação, mantendo assim a baixa concentração de Na+ dentro da célula.

s. O que é sensibilidade? Qual é a diferença entre sensação e percepção?

 Em sua definição mais ampla, a sensibilidade (sensação) é a detecção consciente ou subconsciente


de mudanças nos ambientes interno e externo.
 A natureza da sensibilidade e o tipo de reação gerada variam de acordo com a destinação final dos
impulsos nervosos que carregam a informação sensitiva para o SNC.

 E percepção é a interpretação consciente das sensações e é uma função principalmente do córtex


cerebral. Nós não temos percepção de algumas informações sensitivas porque elas nunca alcançam
o córtex cerebral.

t. Como a sensação térmica é percebida na mão? Nós possuímos células/estruturas responsáveis pela
captação desse estímulo? Que células/ estruturas são essas? Elas ficam localizadas apenas na mão? Onde
mais essas estruturas estão presentes?

 Por receptores chamados de exteroreceptores.

 Os exteroceptores estão localizados na superfície externa do corpo ou próximos a ela; eles são
sensíveis a estímulos que se originam fora do corpo e fornecem informações a respeito do ambiente
externo.

 As células responsáveis são os termoceptores detectam mudanças na temperatura.

 Estão presentes em todo o corpo.

u. Além da sensação térmica, que outras sensações podem ser percebidas em uma situação como esta?

 gustação, tato, pressão, vibração, temperatura e dor também são transmitidas por exteroceptores.

v. Quais estruturas/ células são responsáveis pela captação desses estímulos? Onde elas se localizam?
 Receptores.

Exteroceptores: Localizados na superfície corporal ou próximo a ela; são sensíveis a estímulos originados fora do
corpo; fornecem informações a respeito do ambiente externo; produzem as sensações visuais,
olfatórias, gustatórias, táteis, pressóricas, vibratórias, térmicas e dolorosas.
Interoceptores: Localizados nos vasos sanguíneos, nos órgãos viscerais e no sistema nervoso; fornecem
informações a respeito do ambiente interno; seus impulsos em geral não são percebidos
conscientemente, porém ocasionalmente são percebidos como dor ou pressão.

Proprioceptores: Localizados nos músculos, tendões, articulações e orelha interna; fornecem informações sobre a
posição do corpo, a força e a tensão musculares, a posição e o movimento das articulações e o
equilíbrio.

w. Todas as sensações são percebidas pelo mesmo tipo de célula? Ou existem células receptoras específicas
para cada tipo de estímulo?

 Não, cada estímulo recebido possuem células especificas para determinados tipos de estimulo.

x. Depois de detectado o estímulo, o que acontece com ele? Para qual parte do Sistema Nervoso as
informações precisam ser conduzidas para que haja interpretação?

1.Estimulação do receptor sensitivo. Um estímulo adequado deve ocorrer dentro do campo


receptivo do receptor sensitivo, ou seja, a região do corpo em que a estimulação é capaz de ativar o
receptor e produzir uma resposta.

2.Transdução do estímulo. Um receptor sensitivo faz a transdução (conversão) de energia em um


estímulo para um potencial graduado. Lembre-se de que os potenciais graduados variam em
amplitude (tamanho), dependendo da força do estímulo que os causa, e eles não são propagados.
(Ver a Seção 12.3 para uma revisão sobre as diferenças entre os potenciais de ação e os potenciais
graduados.) Cada tipo de receptor sensitivo apresenta seletividade: ele é capaz de fazer a
transdução de apenas um tipo de estímulo. Por exemplo, as moléculas de odor no ar estimulam os
receptores olfatórios (de odor) no nariz, que fazem a transdução da energia química das moléculas
em energia elétrica na forma de um potencial graduado.

3.Geração de impulsos nervosos. Quando um potencial graduado em um neurônio sensitivo alcança


o limiar, ele dispara um ou mais impulsos nervosos, que, então, se propagam para o SNC. Os
neurônios sensitivos que conduzem impulsos do SNP para o SNC são chamados de neurônios de
primeira ordem.

4.Integração da informação sensitiva. Uma região particular do SNC recebe e integra os impulsos
nervosos sensitivos. As sensações conscientes ou percepções são integradas no córtex cerebral.
Parece que você vê com seus olhos, escuta com suas orelhas e sente dor em uma parte lesada do
seu corpo porque os impulsos sensitivos de cada parte do seu corpo chegam a uma região específica
do córtex cerebral, que interpreta a sensação como proveniente dos receptores sensitivos
estimulados.

y. Quais são os receptores para cada tipo de neurotransmissor?

Receptores ionotrópicos

 Um receptor ionotrópico é um tipo de receptor que contém um sítio de ligação para um


neurotransmissor e um canal iônico. Em outras palavras, estes componentes fazem parte da mesma
proteína. O receptor ionotrópico é um tipo de canal ativado por ligante. Na ausência do
neurotransmissor (o ligante), o canal iônico do receptor ionotrópico permanece fechado. Quando o
neurotransmissor correto se liga a este receptor, o canal iônico se abre, e acontece um PPSE ou um
PPSI na célula pós-sináptica.
 Muitos neurotransmissores excitatórios se ligam a receptores ionotrópicos que contêm canais
catiônicos. São gerados PPSE a partir da abertura destes canais. Quando os canais catiônicos se
abrem, eles permitem a passagem dos três cátions mais abundantes (Na+, K+ e Ca2+) pela
membrana da célula pós-sináptica, mas o influxo de Na+ é maior que o de K+ ou de Ca2+ e a parte
interna da célula pós-sináptica se torna menos negativa (despolarizada).
 Muitos neurotransmissores inibitórios se ligam a receptores ionotrópicos que contêm canais de
cloreto. São gerados PPSI a partir da abertura destes canais. Quando os canais de Cl– se abrem, um
maior número de íons cloreto entra na célula. Este influxo de Cl– torna a parte interna da célula pós-
sináptica mais negativa (hiperpolarizada).

Receptores metabotrópicos

 Um receptor metabotrópico é um tipo de receptor que apresenta um sítio de ligação, mas não tem um canal
iônico como parte de sua estrutura. Entretanto, este receptor está acoplado a um canal iônico separado por
meio de uma proteína de membrana chamada proteína G. Quando um neurotransmissor se liga a um
receptor metabotrópico, a proteína G abre (ou fecha) diretamente o canal iônico ou pode agir indiretamente
por meio da ativação de outra molécula, um “segundo mensageiro” no citosol, o qual pode abrir (ou fechar)
o canal iônico. Assim, o receptor metabotrópico é diferente do ionotrópico, pois o sítio de ligação do
neurotransmissor e o canal iônico fazem parte de proteínas distintas.
 Alguns neurotransmissores inibitórios se ligam a receptores metabotrópicos relacionados com canais de K+.
A abertura destes canais permite a formação de PPSI. Quando os canais de K+ se abrem, uma quantidade
maior de íons potássio se difunde para fora da célula. Esta saída de íons K+ torna a parte a interna da célula
pós-sináptica mais negativa (hiperpolarizada).

Fontes:

TORTORA. Princípios de Anatomia e Fisiologia. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2016. 9788527728867.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867/. Acesso em: 03 out. 2021.

Nunes, Diogo Marani et al. “FISIOPATOLOGIA DA LESÃO MEDULAR: UMA REVISÃO SOBRE OS ASPECTOS EVOLUTIVOS
DA DOENÇA.” (2017).

John E. Hall. Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2017.
9788595151567. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151567/. Acesso em:
04 out. 2021.

Você também pode gostar