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PROCESSOS

PSICOLÓGICOS
BÁSICOS
Tipos de memórias
Mariane Lopez Molina

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

> Explicar os tipos de memória e sua respectiva função.


> Classificar a memória de acordo com seu tempo de duração.
> Descrever tipos de memória a partir do seu conteúdo.

Introdução
Você já parou para refletir que grande parte do que somos e fazemos tem envol-
vimento da memória? A nossa memória é responsável por nos fazer reconhecer
familiares e pessoas conhecidas, falar nosso idioma e encontrar o caminho de
casa. Além disso, é por intermédio da memória que somos capazes de encontrar
coisas que precisamos nos locais adequados, como alimentos no supermercado
ou roupas nos departamentos de vestuário. Para a psicologia, a memória torna-
-se um componente imprescindível tanto para o acolhimento, atendimento e
acompanhamento quanto para o entendimento de qualquer indivíduo. É por
meio da memória que as pessoas conseguem descrever quem elas são e a sua
história de vida. Portanto, enquanto profissionais, necessitamos compreender de
forma mais detalhada como ocorre e de que forma se difere o armazenamento
das informações na memória.
Neste capítulo, você vai estudar a memória e sua função (memória de trabalho).
Além disso, vai ver o tempo de duração da memória (sensorial, de curta duração
e de longa duração). Por fim, vai identificar a memória a partir do seu conteúdo
(memória declarativa e memória procedural).
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Memória segundo sua função


Ao longo dos anos, os estudos sobre a memória constataram que ela pode
ser compreendida a partir de várias perspectivas. Nesse sentido, quando
falamos em memória, devemos destacar o trabalho do pesquisador Ivan
Izquierdo (1937‒2001). Nascido na Argentina, ele tornou-se referência mundial
a partir de seus estudos sobre memória e aprendizagem realizados no Brasil,
onde fez carreira. Izquierdo esteve à frente de descobertas relacionadas ao
principal mecanismo bioquímico da memória, em mais de 60 anos de pes-
quisas científicas na área das neurociências. Diante disso, para este capítulo,
seguimos a categorização de Izquierdo (2018), que divide os tipos de memória
quanto à sua função, ao tempo de duração e de acordo com seu conteúdo.
Nesta seção, abordaremos um dos tipos de memória segundo a sua função,
ou seja, a memória de trabalho.
Também chamada de memória operacional, a memória de trabalho é definida
por Izquierdo (2018) como uma memória on-line, que mantém a informação que
está sendo processada no momento durante sua aquisição e por, no máximo,
alguns segundos. Em relação a isso, Izquierdo (2018, documento on-line) com-
plementa: “a memória de trabalho diferencia-se das demais porque não deixa
traços, não tem uma base de sustentação bioquímica”. Por exemplo, pense
na situação em que alguém nos passa o número de telefone e o guardamos
pelo tempo necessário para anotá-lo ou discá-lo no celular. Ou então quando
sabemos o que estamos fazendo e o que fizemos minutos atrás. Esses casos
exemplificam situações em que utilizamos nossa memória de trabalho. Nesse
sentido, a memória de trabalho pode ser considerada um entendimento recente
da memória de curto prazo. Assim, seu foco está no processamento ativo e
consciente do que é recebido pela audição, pela percepção visuoespacial e
pelas informações recuperadas pela memória de longo prazo (MYERS, 2015).
Atualmente, entre as abordagens mais aplicadas no estudo da memória
está a da psicologia cognitiva, mais especificamente a teoria do processa-
mento da informação, que usa a metáfora ou o modelo mental do computador
para explicar os processos cognitivos. Baseando-se nessa teoria, o modelo
de memória de trabalho foi proposto inicialmente por Baddeley e Hitch nos
anos 1970 e revisto nos anos 1980 (EYSENCK; KEANE, 2017).

A expressão “memória de trabalho” tem sua origem na área da com-


putação, por se assemelhar a sistemas que desempenham essa
função no computador (IZQUIERDO, 2018).
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A memória de trabalho pode ser mensurada por intermédio da memória


imediata. Por isso, elas acabam sendo tratadas como sinônimos (IZQUIERDO,
2018). Considerando especificamente a avaliação da memória de trabalho,
um excelente teste que pode ser utilizado na clínica é o de lembrança de
números. No contexto brasileiro, esse teste é conhecido como digit span,
“composto de uma lista de elementos, dígitos ou palavras, a serem lembra-
dos em ordem, posteriormente à apresentação individual dos elementos”
(RIGATTI et al., 2017, p. 745).
Vale destacar que a parte do cérebro responsável pelo processamento
da memória de trabalho é o córtex pré-frontal (Figura 1), responsável por
receber axônios de regiões cerebrais vinculadas à regulação dos estados
de ânimo, dos níveis de consciência e das emoções. Os neurotransmissores
liberados por esses axônios modulam intensamente as células do lobo frontal
responsáveis pela memória de trabalho. Segundo Izquierdo (2018, documento
on-line), “os principais neurotransmissores moduladores da memória de
trabalho no córtex pré-frontal anterolateral são a acetilcolina, agindo sobre
receptores muscarínicos, e a dopamina, agindo sobre receptores D1”. Essa
questão justifica a possível influência negativa da depressão, da distração, do
cansaço e do desânimo em atividades que necessitam da memória de trabalho.

Figura 1. Cérebro, com destaque para o córtex pré-frontal, fortemente associado à memória
de trabalho.
Fonte: DBCLS (2010, documento on-line).
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Na psicologia, a memória de trabalho costuma ser mensurada por meio de


instrumentos que avaliam a capacidade de recordação quase que imediata.
Geralmente, ela costuma ser mensurada por uma sequência de números,
conhecidos como dígitos, compondo um grupo de tarefas que avaliam a
memória operacional em testes tanto de memória quanto de inteligência
(FIGUEIREDO; VIDAL; NASCIMENTO, 2015; MARTINS et al., 2019). Em um instru-
mento de avaliação cognitiva, por exemplo, uma pessoa com Alzheimer ou até
mesmo em estados mais graves da depressão provavelmente terá dificuldade
em repetir a sequência de números de forma correta.
Por fim, vale destacar que memória de trabalho se difere da memória
de curta duração (ou de curto prazo), visto que a memória de trabalho é
responsável por verificar se a informação é nova ou não, além de ter acesso
rápido às memórias preexistentes no indivíduo (de longo prazo). A seguir,
vamos estudar como se diferem a memória de trabalho, a memória de curto
e a memória de longo prazo.

Memória segundo o tempo de duração


Em relação ao tempo de duração, a nossa memória se divide em memória de
curto prazo e memória de longo prazo. Quando fora da memória de trabalho,
os acontecimentos e as informações podem durar horas, dias, meses e até
mesmo décadas. Segundo Myers (2015), na década de 1960, Atkinson e Shiffrin
propuseram que nossas memórias se formariam em três estágios; veja a seguir.

1. Memória sensorial passageira: é o primeiro registro da informação, a


detecção pelos órgãos sensoriais. A informação é registrada apenas
por alguns segundos. Um exemplo é quando uma imagem é captada
pelo sentido da visão.
2. Memória de curto prazo (ou de curta duração): é menos limitada que
a sensorial, mas ainda se trata de uma pequena fração da informação
que entra na consciência imediata. De modo geral, a literatura aponta
que a memória de curta duração é aquela que dura de 1 a 6 horas e tem
capacidade de armazenar, em geral, de cinco a nove itens. Por exemplo,
em uma lista de compras, provavelmente você não se lembraria de 10
itens, mas se lembraria com facilidade de cinco.
3. Memória de longo prazo (ou de longa duração): é aquela em que ocorre o
armazenamento relativamente permanente e ilimitado das informações.
Por isso, essas informações levam tempo para serem consolidadas. Esse
tipo de memória pode durar por meses ou anos e depende de fatores
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diversos, como habilidades, conhecimentos, experiências, condições


emocionais e psicológicas, traumatismos e até mesmo uso de substân-
cias e/ou medicamentos (IZQUIERDO, 2018; MYERS, 2015). Um exemplo é
quando, depois de adulto, você sente o cheiro de um bolo e se lembra de
anos atrás, quando era criança e sua avó fazia um bolo que você adorava.

A Figura 2 ilustra os estágios de formação da memória.

Figura 2. Estágios de formação da memória.


Fonte: Adaptada de Baddeley (2011).

Agora que já vimos os estágios da memória em relação ao seu tempo de du-


ração, se torna fundamental diferenciar de forma clara a memória de trabalho da
memória de curto prazo. Baddeley (2011) afirma que a memória de curta duração
está relacionada ao tempo de permanência da informação na memória, ou seja, a
retenção simples de pequenas quantidades de informação testadas imediatamente
ou após um pequeno intervalo. Já memória de trabalho, segundo o autor, não só
armazena a informação de forma temporária, mas também diz respeito à forma
como as pessoas utilizam a informação para a execução de tarefas complexas.
Por isso há a menção da memória de trabalho ao sistema operacional de um com-
putador, em que o indivíduo pode utilizar tanto informações temporárias quanto
informações da memória de longo prazo para a resolução de tarefas cotidianas.
Até agora, estudamos os tipos de memória relacionadas à função e ao
tempo. Mas como elas se formam? Já sabemos que as nossas memórias
não são definitivas e sofrem influência de outros fatores. Nesse sentido, as
neurociências têm buscado estudar e compreender melhor as estruturas
cerebrais envolvidas no processo de consolidação das informações que vão
formar, posteriormente, a memória de longo prazo.
A neuropsicologia tem como objeto de estudo várias funções neurológicas, den-
tre as quais se destacam a memória, a aprendizagem, a linguagem oral e a linguagem
escrita. Essa tem sido a área da psicologia responsável por buscar compreender
a formação das memórias (OLIVEIRA; FREITAS; VIANA, 2015). Há poucos anos, até
2012, a ciência acreditava que a formação da memória ocorria primariamente no
hipocampo, e depois ela era transferida para outros locais do cérebro. Contudo,
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experimentos observaram que alguns danos ligados à memória estavam relacio-


nados à remoção de outras áreas do cérebro (que não o hipocampo), surgindo a
teoria do processamento paralelo. Essa teoria afirmava que o processamento da
memória inicial não seria sequencial, mas sim paralelo. Os estudos “verificaram que
vários neurotransmissores e processos enzimáticos participam simultaneamente
na consolidação celular das memórias em hipocampo, amígdala basolateral, córtex
entorrinal e córtex parietal posterior” (IZQUIERDO, 2018, documento on-line).
Além das evidências científicas sobre o processamento paralelo e a me-
mória, tem sido encontrada relação da formação da memória com a plasti-
cidade neuronal, as interações do hipocampo com outras áreas cerebrais e
a saturação dos sistemas metabólicos das células piramidais. Esses achados
reforçam os avanços nos últimos anos referentes aos mecanismos fisiológicos
e moleculares da formação ou da consolidação das memórias. Além disso,
ressaltam a necessidade de dar continuidade aos estudos na área. A seguir,
vamos abordar a memória segundo seu conteúdo.

Memória segundo o conteúdo


Ao longo de nossos estudos, identificamos a memória de acordo com sua
função (memória de trabalho) e seu tempo de duração (sensorial, de curta
duração e de longa duração). Nesta seção, vamos classificá-la segundo o seu
conteúdo: memória declarativa e memória procedural.
A memória declarativa se refere a eventos, conceitos ou conhecimentos,
enquanto a memória procedural faz referência à execução de tarefas. Portanto,
a memória declarativa diz respeito ao “que”, enquanto a memória procedural diz
respeito ao “como”. Assim, retomando o exemplo do bolo, a memória do bolo que
você costumava comer na infância é diferente da memória de como fazer esse bolo.
A formulação teórica desses dois tipos distintos dos conteúdos de memória
é sustentada por evidências apresentadas em casos clínicos. Um desses casos
encontrou que pacientes que sofrem de amnésia costumam ter um prejuízo
grave na memória declarativa, mas não raramente têm intactas as memórias
procedurais. Isso se refere tanto à recuperação de memórias antigas quanto
à formação de novas memórias (EYSENCK; KEANE, 2017).
Entre as memórias declarativas, aquelas que conseguimos verificar que
existem e descrevê-las, podemos dividi-las em episódicas ou autobiográficas
e semânticas. As episódicas ou autobiográficas referem-se a eventos que
assistimos ou participamos. As memórias relacionadas a conhecimentos gerais
são chamadas de semânticas. Izquierdo (2018) exemplifica como episódicas
as lembranças de nossa formatura, de um rosto, de um filme ou de algo que
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lemos. Como memórias semânticas, o autor destaca os conhecimentos de


português, medicina, química e psicologia ou do perfume das rosas. Além
disso, ele destaca que, na maioria das vezes, as memórias semânticas são
adquiridas por intermédio das memórias episódicas.
O outro tipo de memória classificado segundo seu conteúdo são as proce-
durais. Essas memórias estão ligadas a hábitos e capacidades motoras e/ou
sensoriais, como andar de bicicleta, nadar, tocar teclado, etc. Nesse tipo de
memória não é possível “declarar” tais memórias, ou seja, é necessário que
elas sejam executadas. Vale destacar que na literatura é possível encontrar
outros termos que se referem a memórias procedurais, como “procedimental”,
“de procedimento” ou “processual”. Isso se deve a diferentes abordagens
teóricas e traduções, mas esses termos podem ser considerados sinônimos.
As memórias declarativas e procedurais podem ser divididas em explícitas
e implícitas. As declarativas são reconhecidas como explícitas, por estarem
em pleno estado de consciência e serem intencionais. Já as procedurais são
reconhecidas como implícitas, por estarem ligadas a procedimentos. Além
disso, há o fato de a informação ser extraída da memória de forma incons-
ciente, ou seja, não intencional (STERNBERG, 2008). Entretanto, vale destacar
que memórias semânticas (derivadas da declarativa) também são adquiridas
de forma implícita, como nossa língua materna. A Figura 3 ilustra os conceitos
discutidos até aqui sobre a classificação da memória.

Figura 3. Classificação da memória.


Fonte: Adaptada de Feltes e Fogaça (2019).
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Você já parou para pensar que há uma relação entre a localização das
memórias e a função cerebral? A literatura tem apontado que:

[...] de acordo com seu conteúdo, as memórias dividem-se em dois grandes grupos:
as declarativas (governadas fundamentalmente pelo hipocampo e por suas cone-
xões) e as procedurais, a cargo do núcleo caudado e suas conexões e também do
cerebelo, segundo muitos estudos (IZQUIERDO, 2018, documento on-line).

Isso demonstra a diferença entre ambas, inclusive na função cerebral, tor-


nando as memórias explícitas mais expostas à influência das emoções, da ansie-
dade e do estado de ânimo. Além disso, as amnésias estão relacionadas a falhas
nas memórias declarativas, por isso dificilmente há relatos de pacientes com
queixas de esquecimento em como fazer determinada atividade, como andar de
bicicleta. Geralmente, as queixas estão relacionadas ao esquecimento de rostos
familiares ou de dados importantes, e não às habilidades motoras e sensoriais.
Neste capítulo, vimos a classificação dos diferentes tipos de memória de
acordo com sua função, seu tempo de duração e seu conteúdo. Em relação à
função da memória, nos referimos à memória de trabalho ou memória opera-
cional, responsável por utilizar memórias novas e antigas para a execução de
tarefas. Quanto ao tempo de duração, vimos a memória sensorial, responsável
por ser a porta de entrada da informação, detectada pelos órgãos sensoriais.
Também vimos a memória de curto prazo, conhecida por reter uma quantidade
limitada de informações que serão ou não armazenadas na memória de longo
prazo. Essa última é caracterizada por ser ilimitada e conservar a informação
por um período longo, de meses ou até anos.
Ainda, abordamos a classificação da memória de acordo com seu conteúdo,
dividindo-se entre procedural (implícita) e declarativa (explícita), sendo a
declarativa subdividida entre memória episódica e semântica. Por fim, vale
destacar que os conceitos abordados sobre os tipos de memória tornam-se
relevantes para uma melhor compreensão dos casos em diversos contextos
de atuação do psicólogo. Esse conhecimento vai servir de base tanto para
ações de prevenção e promoção de saúde quanto para auxiliar na formulação
de prognósticos e diagnósticos em equipes multidisciplinares.

Referências
BADDELEY, A. O que é memória. In: BADDELEY, A.; ANDERSON, M. C.; EYSENCK, M. W.
(org.). Memória. Porto Alegre: Artmed, 2011. p. 13-30.
DATABASE CENTER FOR LIFE SCIENCE (DBCLS). Prefrontal cortex. Wikimedia Commons,
2010. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Prefrontal_cortex_
(left)_-_medial_view.png. Acesso em: 18 fev. 2022.
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EYSENCK, M. W.; KEANE, M. T. Manual de psicologia cognitiva. 7. ed. Porto Alegre: Art-
med, 2017.
FELTES, H. P. M.; FOGAÇA, F. B. Aprendizagem de línguas em neuropsicologia: a teoria
declarativa/procedural. Ciências & Cognição, v. 24, n. 2, p. 163-179, 2019.
FIGUEIREDO, V. L. M; VIDAL, F. A. S; NASCIMENTO, E. A quarta edição do teste WAIS.
Avaliação Psicológica, v. 14, n. 3, p. 413-416, 2015.
IZQUIERDO, I. Memória. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2018. E-book.
MARTINS, N. I. M. et al. Instrumentos de avaliação cognitiva utilizados nos últimos
cinco anos em idosos brasileiros. Ciência & Saúde Coletiva, v. 24, n. 7, p. 2513-2530, 2019.
MYERS, D. G. Psicologia. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015.
OLIVEIRA, I. G. A.; FREITAS, Y. M. F.; VIANA, D. N. M. Neuropsicologia e memória: uma
revisão sistemática. Revista Brasileira de Educação e Saúde, v. 4, n. 4, p. 13-17, 2015.
RIGATTI, P. C. et al. Tradução de teste de capacidade de memória de trabalho do inglês
para o português brasileiro. Letrônica, v. 10, n. 2, p. 743-757, 2017.
STERNBERG, R. J. Psicologia cognitiva. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.

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