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Ministério Público Federal pede

afastamento do diretor da PRF por 90


dias
MPF lista situações durante a campanha eleitoral em
que, na visão dos procuradores, Silvinei Vasques pediu
irregularmente votos para o presidente Jair Bolsonaro.
Por Camila Bomfim, GloboNews — Brasília

15/11/2022 10h53  Atualizado há 29 minutos

O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro pediu o afastamento do diretor da


Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, por 90 dias.
O MPF argumenta que Silvinei fez uso indevido do cargo e lista situações durante a
campanha eleitoral em que, no entendimento dos procuradores, o diretor pediu votos
irregularmente para o presidente Jair Bolsonaro.
"A vinculação constante de mensagens e falas em eventos oficiais, entrevista a meio de
comunicação e rede social privada, mas aberta ao público em geral, tudo facilmente
acessível na internet, sempre associando a própria pessoa do requerido à imagem da
instituição PRF e concomitantemente à imagem do Chefe do Poder Executivo federal e
candidato a reeleição para o mesmo cargo, denotam a intenção clara de promover, ainda
que por subterfúgios ou mal disfarçadas sobreposição de imagens, verdadeira
propaganda político-partidária e promoção pessoal de autoridade com fins eleitorais",
escreveu o Ministério Público.
Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Inspetor Silvinei Vasques, durante
evento em 25/03/2022 — Foto: Divulgação/PRF

O pedido lembra postagem de Silvinei nas redes sociais, na véspera da votação do


segundo turno, em que o diretor da PRF pediu voto para Bolsonaro.
"Não é possível [...] dissociar da narrativa desta inicial a possibilidade de que as
condutas do requerido, especialmente na véspera do pleito eleitoral, tenham contribuído
sobremodo para o clima de instabilidade e confronto instaurado durante o deslocamento
de eleitores no dia do segundo turno das eleições e após a divulgação oficial do
resultado pelo TSE", argumenta o MPF.
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Valdo Cruz: diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, não deve escapar de punição

Um inquérito aberto pela Polícia Federal investiga blitze da PRF no dia do segundo
turno da eleição. Contrariando determinação da Justiça, agentes pararam ônibus que
faziam transporte gratuito de eleitores. A corporação alega que fiscalizou questões
técnicas dos veículos, como condições de pneus.
Também é alvo de investigação a conduta de Silvinei diante dos bloqueios ilegais de
rodovias, promovidos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro depois que ele
perdeu a eleição. O MPF aponta que há indício de omissão da PRF por motivos
políticos.

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