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Métodos Numéricos para Engenheiros

Derivação Numérica

MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHEIROS

DERIVAÇÃO NUMÉRICA

0 VITOR M. R. PONTE
2018
Vitor Moreira da Rocha
Métodos Ponte
Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHEIROS

DERIVAÇÃO NUMÉRICA
1ª Edição

Fortaleza
Edição do Autor
2018 1
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

P813m Ponte, Vitor M. R.


Métodos numéricos para engenheiros –
Derivação numérica/ Vitor Moreira da Rocha
Ponte. Editor Autor, Fortaleza, 1ª. Edição, 2018.
57p,

ISBN: 978-85-924405-1-0

1 – Matemática. 2 - Métodos Numéricos.


1 – Título
CDD: 510
CDU: 51

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Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

PREFÁCIO
Em 2010, recém ingressado na Universidade Federal do Ceará,
desta vez na condição de docente, me deparei com o desafio
de ministrar a disciplina de métodos numéricos para a
engenharia química. Desde então, me vejo compilando
informações e desenvolvendo aplicações. Desta lida nasceu o
desejo de formalizar em documento os conceitos trabalhados
em sala de aula.

Esta “coleção de métodos numéricos aplicado às engenharias”,


foi idealizada como material de apoio dos estudantes da
disciplina de análise numérica, caracterizando-se por:

• Utilizar planilhas eletrônica como ambiente de trabalho.


• Apresentar problemas relacionados com as engenharias.

A adoção da planilha eletrônica Excel® da Microsoft como


ambiente de trabalho apresenta três vantagens principais: i) do
ponto de vista didático, todo o procedimento de cálculo é
implementado sem grandes dificuldades, sendo facilmente
inteligível os procedimentos adotados; ii) diversos pacotes de
cálculo especializados estão disponíveis no próprio Excel®, a
exemplo do “análise de dados” e do “solver”, ou podem ser
programados via VBA; e iii) o software é bastante difundido,
estando presente em grande quantidade de máquinas.

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Esta coleção é composta por catorze (14) livros:

• Livro 01 – Erros e Séries de Potências


• Livro 02 – Derivação Numérica
• Livro 04 - Integração Numérica
• Livro 05 – Solução de Equações
• Livro 06 – Solução de Sistemas de Equações
• Livro 07 – Regressão Multivariada
• Livro 08 – Aplicações de Regressão Multivariada
• Livro 09 – Modelos de Otimização
• Livro 10 – Otimização em Redes de Distribuição de Água
• Livro 11 – Soluções de EDO’s
• Livro 12 – Soluções de EDP’s por Diferenças Finitas
• Livro 13 – Soluções de EDP’s por Volumes de Controle
• Livro 14 – Soluções de EDP’s por Elementos Finitos

O presente livro, “Derivação Numérica”, tem por objetivo


apresentar metodologias/ formulações numéricas para o cálculo
de derivadas, com diferentes níveis de precisão, dos tipos:
“Avante”, “A Ré”, e “Centrada”.

Este não é um trabalho finalizado, muito pelo contrário, é apenas


o início de uma longa caminhada. Muito há por fazer.
Anualmente esperamos disponibilizar atualizações e
agradecemos desde já as sugestões e críticas dos usuários deste
trabalho.

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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO
2. LIMITES
3. APLICAÇÃO DE LIMITES
4. SÉRIE DE TAYLOR
5. DERIVADAS DE 1a ORDEM
6. DERIVADAS DE 1a ORDEM APRIMORADAS
7. DERIVADAS DE 2a ORDEM
8. COEFICIENTES DE DERIVADAS
9. DERIVAÇÃO DE EQUAÇÕES PARCIAIS
10. APLICAÇÃO DE DERIVADAS PARCIAIS
ANEXO 01 – POLINÔMIO DE LAGRANGE
ANEXO 02 – ATIVIDADES PROPOSTAS

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INTRODUÇÃO
O cálculo diferencial e integral é um importante ramo da
matemática que trabalha com taxa de variação de grandezas,
seja a inclinação de uma reta – derivação–, seja na acumulação
de quantidade – integração.

No cálculo, a derivada em um ponto de uma função, 𝑦 = 𝑓(𝑥) ,


representa a taxa de variação instantânea da variável
dependente, 𝑦, em relação a variável independente, 𝑥.

Quando aplicado solução analítica – cálculo –, para determinar


a derivada de uma equação, o que obtemos é uma nova
equação que representa as derivadas para qualquer valor da
variável independente, como observado abaixo.

• Dada a equação:

𝑦 = 𝑥2 + 𝑥 + 1

• Sua derivada é dada por:

𝑦 ′ = 2𝑥 + 1.
𝑑(𝑦)
• Esta equação fornecer valores de derivadas, 𝑦 ′ = ,
𝑑(𝑥)
para qualquer valor numérico de "𝑥".

Neste trabalho serão apresentadas metodologias para a


determinação numérica do valor das derivadas.

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Numericamente, a derivada é determinada ponto-a-ponto,


estando associada a um erro, o qual deve ser adequadamente
trabalhado.

Na tabela abaixo é apresentada uma comparação entre as


características das soluções analíticas das soluções numéricas.

Método
Métodos
Característica Analítico
Numéricos
(cálculo)
Unicidade – Solução única Sim Não
Exatidão – Inexiste erros Sim Não
Preferência de utilização Preferível Alternativo
Uso de computadores Opcional Indispensável
Técnicas Utilizadas Diversas Diversas
Simplicidade de uso Variável Variável
Custo – Tempo Variável Alto
Crítica quanto ao método Não há Pode existir
Problemas Complexos Difícil solução Soluciona
Valor
Numérico
Resposta apresentada Equação
ponto-a-
ponto

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Ao longo deste documento trabalharemos com os seguintes


conceitos:

• Iniciaremos o estudo com a resolução numérica de limites.


Neste tipo de problema será observado o aparecimento
de erros de truncamento. São exemplos de limites a serem
trabalhadas:

√𝑥 2 + 4 − 2
lim ( ) = 25
x→0 𝑥2

𝑒𝑥 − 1
lim ( )=1
x→0 𝑥

1 𝑛
lim (1 + ) = 𝑒
𝑛→∞ 𝑛

𝑠𝑖𝑛(𝑥)
lim ( )=1
𝑥→0 𝑥

• A partir da Série de Taylor, apresentada abaixo, será


possível determinar equações numéricas para o cálculo
das derivadas de diversas ordens.


𝑓 (𝑛) (𝑥)
𝑓(𝑥 + ∆𝑥) = ∑ ( . ∆𝑥 𝑛 )
𝑛!
𝑛=0

Onde 𝑓 (𝑛) (𝑥) é a derivada de ordem "𝑛" no ponto "𝑥".

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• O polinômio de Lagrange, apresentado abaixo, também


será utilizado na determinação de soluções numéricas das
derivadas.
𝑘

𝑝(𝑥) = ∑ 𝑦𝑗 . 𝑙𝑗
𝑗=0
𝑘
𝑥 − 𝑥𝑚
𝑙𝑗 (𝑥) = ∏
𝑥𝑗 − 𝑥𝑚
𝑚=0
𝑚≠𝑗

• Os conceitos desenvolvidos são capazes de determinar as


derivadas tanto de Equações Diferenciais Ordinárias
(EDO), quanto de Equações Diferencias Parciais (EDP).
• São Exemplos de EDO:

𝑓(𝑥) = 𝑠𝑖𝑛(𝑥). 𝑐𝑜𝑠(𝑥)

𝑓(𝑥) = 𝑠𝑖𝑛(𝑥) + 𝑥 2 + 𝑒 𝑥

• São Exemplos de EDP.

𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑠𝑖𝑛(𝑥). 𝑐𝑜𝑠(𝑦)

𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑠𝑖𝑛(𝑥) + 𝑦 2 + 𝑒 𝑧

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LIMITES
Considerando o seguinte problema de limite:

𝑦 = lim(𝑓(𝑥))
x→a

Onde "𝑦" é o limite da função 𝑓(𝑥) quando "𝑥" tende a "𝑎".

A solução mais simples ocorre quando for possível adotar 𝑥 = 𝑎,


resolvendo assim a função 𝑓(𝑥). Infelizmente, para muitos casos,
como o apresentado abaixo, isto não é matematicamente
possível, devido a impossibilidade de divisão por “zero”.

√𝑥 2 + 4 − 2
𝑦 = lim ( )
x→0 𝑥2

Nestes casos, a solução consiste em adotar um valor de "𝑥"


suficientemente próximo de zero para o cálculo do limite, sem
incorrer em erros significativos – erro inferior ao previamente
estipulado.

Atenção especial dada à introdução de erros de truncamento.


Valores de "x" excessivamente próximos de "a" podem apresentar
erros aritméticos devido à limitação quanto ao número de casas
decimais consideradas pelo software/ computador.

Em resumo, o valor de "x" deve ser suficientemente próximo de


"a" para permitir o adequado cálculo do limite, mas não
excessivamente próximo, evitando o aparecimento de erros de
truncamento.

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Problema 01: Determine o limite da função apresentada


baixo:

√𝑥 2 + 4 − 2
𝑦 = lim ( )
x→0 𝑥2

A tabela abaixo apresenta a solução do problema


quando adotado ∆𝑥 variando em uma ordem de
grandeza – 10 – com valor inicial de 10 (excessivamente
alto) até 10-7 (excessivamente pequeno).
Erros Envoltórias
Δx x lim f(x)
Absoluto Relativo Inferior Superior
10 10 0,08198
1 1 0,23607 1,5E-01 6,5E-01 0,08198 0,39016
0,1 0,1 0,24984 1,4E-02 5,5E-02 0,23607 0,26362
0,01 0,01 0,25000 1,5E-04 6,2E-04 0,24984 0,25015
0,001 0,001 0,25000 1,5E-06 6,2E-06 0,25000 0,25000
0,0001 0,0001 0,25000 8,0E-09 3,2E-08 0,25000 0,25000
0,00001 0,00001 0,25000 4,4E-08 1,8E-07 0,25000 0,25000
0,000001 0,000001 0,25002 2,2E-05 8,9E-05 0,25000 0,25004
1E-07 1E-07 0,26645 1,6E-02 6,2E-02 0,25002 0,28288
• A primeira coluna representa o valor de ∆𝑥
considerado, ou seja, o quão distante este valor
encontra-se do valor "𝑎" (𝑎 = 0). Inicia-se na
primeira linha com "∆𝑥 = 10” e linha a linha este
valor é reduzido em uma ordem de grandeza
(dividido por 10)
• A segunda coluna apresenta o valor de "𝑥" a ser
considerado (𝑥 = ∆𝑥 − 𝑎). Neste caso, como "𝑎 =
0”, tem-se que “𝑥 = ∆𝑥”.

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• A terceira coluna é o cálculo do limite, ou seja, da


√𝑥 2 +4−2
sua proxy, a função: 𝑓(𝑥) = 𝑥2
.
• As demais colunas apresentam os erros – absoluto
e relativo – e as envoltórias da solução – inferior e
superior.

A representação gráfica, como a apresentada abaixo, é


sempre uma excelente opção para a análise global do
problema.

Este gráfico deve ser lido da direita para a esquerda, ou seja, dos
maiores valores de "∆𝑥" aos menores. Cabe lembrar que o eixo-x
encontra-se em escala logarítmica para melhor visualização.

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Conclui-se a partir dos resultados, numérico e gráfico, que:

• A solução deste limite é: 0,25000


• Os erros, absolutos e relativos, tendem a reduzir à
medida que são considerados valores menores
para "∆x" – ao percorrer o gráfico da direita para
a esquerda – até o limite de ∆𝑥 = 10−4. Para valores
menores de "∆x" – valores mais à esquerda – os
erros de truncamento tornam-se significantes,
fazendo com que o erro calculado tenda a
crescer fortemente. Neste caso específico, deve-
se evita a adoção de valores de ∆𝑥 < 10−4.
• As envoltórias delimitam adequadamente o limite
de validade de cada valor calculado.

O problema anterior foi calculado com valores de “𝑥" positivos


(da direita para a esquerda), ou seja:

𝑥 = 10 → 𝑥 = 1 → 𝑥 = 0,1 → 𝑥 = 0,01 …

Resultado similar será obtido caso calculado com valores de "𝑥"


negativos (da esquerda para a direita), ou seja:

𝑥 = −10 → 𝑥 = −1 → 𝑥 = −0,1 → 𝑥 = −0,01 …

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APLICAÇÕES DE LIMITES
Problema 02: Determine o limite da função apresentada
baixo, só que desta vez da esquerda para a direita:

√𝑥 2 + 4 − 2
𝑦 = lim ( )
x→0 𝑥2

Por questão de representação, o valor de "∆𝑥” foi


mantido positivo e "𝑥 = ∆𝑥 − 𝑎". Os resultados, como
observado abaixo, não diferem dos reportados no
problema da seção anterior.
Erros Envoltórias
Δx x lim f(x)
Absoluto Relativo Inferior Superior
10 -10 0,08198
1 -1 0,23607 1,5E-01 6,5E-01 0,081980 0,390156
0,1 -0,1 0,24984 1,4E-02 5,5E-02 0,236068 0,263620
0,01 -0,01 0,25000 1,5E-04 6,2E-04 0,249844 0,250153
0,001 -0,001 0,25000 1,5E-06 6,2E-06 0,249998 0,250002
0,0001 -0,0001 0,25000 8,0E-09 3,2E-08 0,250000 0,250000
0,00001 -0,00001 0,25000 4,4E-08 1,8E-07 0,250000 0,250000
0,000001 -1E-06 0,25002 2,2E-05 8,9E-05 0,250000 0,250044
1E-07 -1E-07 0,26645 1,6E-02 6,2E-02 0,250022 0,282885

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Problema 03: Determine o limite da função apresentada


baixo:

𝑒𝑋 − 1
𝑦 = lim ( )
x→0 𝑥

O comportamento deste problema é similar aos demais


anteriormente apresentados – Prob. 01 e 02. O valor deste
limite é: 1,00000, com erros decrescentes até ∆𝑥 = 10−9 .
Erros Envoltórias
Δx x lim f(x)
Absoluto Relativo Inferior Superior
10 -10 0,10000
1 -1 0,63212 5,3E-01 8,4E-01 0,099995 1,164246
0,1 -0,1 0,95163 3,2E-01 3,4E-01 0,632121 1,271131
0,01 -0,01 0,99502 4,3E-02 4,4E-02 0,951626 1,038407
0,001 -0,001 0,99950 4,5E-03 4,5E-03 0,995017 1,003984
0,0001 -0,0001 0,99995 4,5E-04 4,5E-04 0,999500 1,000400
0,00001 -0,00001 1,00000 4,5E-05 4,5E-05 0,999950 1,000040
0,000001 -1E-06 1,00000 4,5E-06 4,5E-06 0,999995 1,000004
1E-07 -1E-07 1,00000 4,5E-07 4,5E-07 0,999999 1,000000
1E-08 -1E-08 1,00000 4,4E-08 4,4E-08 1,000000 1,000000
1E-09 -1E-09 1,00000 2,2E-08 2,2E-08 1,000000 1,000000
1E-10 -1E-10 1,00000 1,1E-07 1,1E-07 1,000000 1,000000

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Problema 04: Determine o limite da função apresentada


baixo:

3𝑥 2 − 4𝑥 + 5
𝑦 = lim ( )
x→∞ −𝑥 2 − 8𝑥 + 2

A solução parte do princípio da adoção de valores de ∆𝑥


sucessivamente maiores. A análise gráfica é realizada da
esquerda para a direita. A solução do problema é:
3,0000. Não são observados problemas de truncamento.
Erros Envoltórias
Δx x lim f(x)
Absoluto Relativo Inferior Superior
1 1 -0,80000
10 10 12,04545 1,3E+01 1,1E+00 -0,80000 24,89091
100 100 3,21724 8,8E+00 2,7E+00 -5,61098 12,04545
1000 1000 3,02016 2,0E-01 6,5E-02 2,82309 3,21724
10000 10000 3,00200 1,8E-02 6,0E-03 2,98384 3,02016
100000 100000 3,00020 1,8E-03 6,0E-04 2,99840 3,00200
1000000 1000000 3,00002 1,8E-04 6,0E-05 2,99984 3,00020
10000000 10000000 3,00000 1,8E-05 6,0E-06 2,99998 3,00002
1E+08 1E+08 3,00000 1,8E-06 6,0E-07 3,00000 3,00000
1E+09 1E+09 3,00000 1,8E-07 6,0E-08 3,00000 3,00000
1E+10 1E+10 3,00000 1,8E-08 6,0E-09 3,00000 3,00000
1E+11 1E+11 3,00000 1,8E-09 6,0E-10 3,00000 3,00000
1E+12 1E+12 3,00000 1,8E-10 6,0E-11 3,00000 3,00000

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Problema 05: Determine o limite da função apresentada


baixo:

1
𝑦 = lim ( )
x→−∞ 𝑥

A solução parte do princípio da adoção de valores de ∆𝑥


sucessivamente maiores. A análise gráfica é realizada da
esquerda para a direita. A solução do problema é:
0,0000. Não são observados problemas de truncamento.

Δx .x lim f(x)
Erros Envoltórias
Absoluto Relativo Inferior Superior
1 -1 -1,00000
10 -10 -0,10000 9,0E-01 9,0E+00 -1,00000 0,80000
100 -100 -0,01000 9,0E-02 9,0E+00 -0,10000 0,08000
1000 -1000 -0,00100 9,0E-03 9,0E+00 -0,01000 0,00800
10000 -10000 -0,00010 9,0E-04 9,0E+00 -0,00100 0,00080
100000 -100000 -0,00001 9,0E-05 9,0E+00 -0,00010 0,00008
1000000 -1000000 0,00000 9,0E-06 9,0E+00 -0,00001 0,00001
10000000 -1E+07 0,00000 9,0E-07 9,0E+00 0,00000 0,00000
1E+08 -1E+08 0,00000 9,0E-08 9,0E+00 0,00000 0,00000
1E+09 -1E+09 0,00000 9,0E-09 9,0E+00 0,00000 0,00000
1E+10 -1E+10 0,00000 9,0E-10 9,0E+00 0,00000 0,00000
1E+11 -1E+11 0,00000 9,0E-11 9,0E+00 0,00000 0,00000
1E+12 -1E+12 0,00000 9,0E-12 9,0E+00 0,00000 0,00000
1,00 1,E+01
0,80 1,E+00
1,E-01
0,60
1,E-02
Valor da Função

0,40
Erro Absoluto
Erro Relativo

1,E-03
Envoltórias

0,20 1,E-04
0,00 1,E-05
-0,201,E+00 1,E+02 1,E+04 1,E+06 1,E+08 1,E+10 1,E+121,E-06
-0,40 1,E-07
1,E-08
-0,60
1,E-09
-0,80 1,E-10
-1,00 1,E-11
-1,20 1,E-12
Δx
Solução Envoltória Inferior Envoltória Superior
Erro Relativo Erro Absoluto

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SÉRIE DE TAYLOR
A Série de Taylor é uma expansão de uma série de funções ao
redor de um ponto, sendo definida como:

𝑓 (𝑛) (𝑥)
𝑓(𝑥 + ∆𝑥) = ∑ ( . ∆𝑥 𝑛 )
𝑛!
𝑛=0

Onde:
• 𝑓 (𝑛) (𝑥) é a derivada de ordem "𝑛" no ponto "𝑥".
• "𝑥" é o ponto em torno do qual ocorre a expansão
• 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) é o valor da função em um ponto
distante de (∆𝑥) do ponto "𝑥"

A Série de Taylor permite o cálculo do valor da função em um


determinado ponto 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) a partir do valor da função "𝑓" e de
suas derivadas em outro ponto "𝑥" distante de "∆𝑥".

O procedimento de cálculo será exato quando computado toda


a série de derivadas da função "𝑓" no ponto "𝑥". Isto será possível
quando existir um número finito de derivadas para a função "𝑓"
em análise, como no caso de um polinômio.

Por outro lado, o procedimento de cálculo NÃO será exato, ou


seja, conterá erro, quando computado apenas uma parcela das
derivadas da função "𝑓" no ponto "𝑥". Esta condição ocorrerá
quando existir um número infinito de derivadas para a função "𝑓"
em análise, como no caso das funções trigonométricas.

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Derivação Numérica

O truncamento da série de Taylor, com a respectiva


incorporação de erros, será aplicado nas seções vindouras para
a determinação dos equacionamentos numéricos de cálculo de
derivadas.

Expandindo o somatório da Série de Taylor, para melhor


visualização:

𝑓 ′ (𝑥). ∆𝑥 𝑓′′(𝑥). ∆𝑥 2 𝑓 (3) (𝑥). ∆𝑥 3


𝑓(𝑥 + ∆𝑥) = 𝑓(𝑥) + + +
1! 2! 3!
(4) 4 (𝑛) 𝑛
𝑓 . ∆𝑥 𝑓 (𝑥). ∆𝑥
+ + ⋯+
4! 𝑛!

Onde:

• 𝑓 (0) (𝑥) = 𝑓(𝑥), valor da função no ponto "𝑥"


• 𝑓 (1) (𝑥) = 𝑓′(𝑥), valor da derivada 1ª da função no ponto "𝑥"
• 𝑓 (2) (𝑥) = 𝑓 ′′ (𝑥), valor da derivada 2ª da função no ponto "𝑥"
• 𝑓 (3) (𝑥) , valor da derivada 3ª da função no ponto "𝑥"
• 𝑓 (𝑛) (𝑥), valor da enésima derivada da função no ponto "𝑥"
• 𝑓(𝑥 + ∆𝑥), valor da função no ponto "𝑥 + ∆𝑥"
• ∆𝑥 é a distância entre o ponto conhecido”𝑥” e o ponto a ser
calculado "𝑥 + ∆𝑥".

A seguir são apresentadas duas aplicações da série de Taylor.

Problema 06: Dado o polinômio abaixo. Sabendo


conhecido o seu valor e o das suas derivadas no ponto
𝑥 = 1, pede-se: Determinar o valor do polinômio no ponto
𝑥 = 10 aplicando a série de Taylor.

𝑦 = 𝑥 3 + 2𝑥 2 + 3𝑥 + 4

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Lógico que mais simples seria aplicar diretamente os


valores de 𝑥 = 10 no polinômio e obter a resposta,
mas não é esta a questão posta. Trabalhemos um
pouco com a série de Taylor.

Conhecidos os valores da função e das derivadas


em 𝑥 = 1:

𝑦(1) = 10

𝑦 ′ (1) = 3𝑥 2 + 4𝑥 + 3 = 10

𝑦 ′′ (1) = 6𝑥 + 4 = 10

𝑦 (3) (1) = 6

𝑦 (4) = 𝑦 (5) = ⋯ 𝑦 (𝑛) = 0

Aplicando Taylor:

10. (10 − 1)0 10. (10 − 1)1 10. (10 − 1)2 6. (10 − 1)3
𝑓(10) = + + +
0! 1! 2! 3!

𝑓(10) = 10 + 90 + 405 + 729

𝑓(10) = 1234

Apesar de mais complexa, ou pelo menos mais trabalhoso,


devemos nos atentar a quão poderoso é esta série. Das
informações de um único ponto é possível construir todos os
outros pontos de uma função qualquer sem recorrer à equação.

20
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

Problema 07: Dado o valor de uma função, cujo


equacionamento é desconhecido, no ponto 𝑥 = 0, assim
como o valor de todas as suas derivadas, como
apresentado abaixo, pede-se para calcular o valor da
função em: 𝑥 = −10 𝑒 𝑥 = 10.

𝑦(0) = 1

𝑦 ′ (0) = 1

𝑦 ′′ (0) = 2

Aplicando Taylor:

1. (−10 − 0)0 1. (−10 − 0)1 2. (−10 − 0)2


𝑓(−10) + +
0! 1! 2!

𝑓(−10) = 91

1. (10 − 0)0 1. (10 − 0)1 2. (10 − 0)2


𝑓(10) + +
0! 1! 2!

𝑓(10) = 111

Mesmo desconhecendo o equacionamento foi possível


gerar pontos da curva com o uso da série de Taylor. A
título de curiosidade, a equação considerada foi a: 𝑦 =
𝑥 2 + 𝑥 + 1.

21
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

DERIVADAS DE 1ª ÓRDEM

Tomemos a série de Taylor:



𝑓 (𝑛) (𝑥)
𝑓(𝑥 + ∆𝑥) = ∑ ( . ∆𝑥 𝑛 )
𝑛!
𝑛=0

Que expandida se torna:

𝑓 ′ (𝑥). ∆𝑥 𝑓′′(𝑥). ∆𝑥 2 𝑓 (3) (𝑥). ∆𝑥 3 𝑓 (4) (𝑥). ∆𝑥 4


𝑓(𝑥 + ∆𝑥) = 𝑓(𝑥) + + + +
1! 2! 3! 4!
𝑓 (𝑛) (𝑥). ∆𝑥 𝑛
+ ⋯+
𝑛!

Truncando a série entre o segundo e o terceiro termos – entre os


termos da 1ª e 2ª derivada – resulta em duas equações: i) a
primeira contendo a solução da série de potência, e ii) a
segunda contendo o valor do termo de “erro”.

𝑓 ′ (𝑥). ∆𝑥
𝑓(𝑥 + ∆𝑥) = 𝑓(𝑥) + + erro
1!

𝑓′′(𝑥). ∆𝑥 2 𝑓 (3) (𝑥). ∆𝑥 3 𝑓 (4) (𝑥). ∆𝑥 4 𝑓 (𝑛) (𝑥). ∆𝑥 𝑛


𝑒𝑟𝑟𝑜 = + + + ⋯+
2! 3! 4! 𝑛!

Deste equacionamento é possível determinar três formulações


para a derivada primeira como observado na página seguinte.

22
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

Isolando a derivada 1ª, obtém-se a Derivada 1ª Avante:

Representação Gráfica
𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥)
𝑓 ′ (𝑥) = + erro
∆𝑥 f(x+Δx)
𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥)
𝑓 ′ (𝑥) = f(x)
∆𝑥
f(x-Δx)
x-Δx x X+Δx

Derivada 1ª A Ré, é determinada fazendo "∆𝑥" negativo:

𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥 − ∆𝑥) Representação Gráfica


𝑓 ′ (𝑥) = + erro
∆𝑥
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥 − ∆𝑥) f(x+Δx)
𝑓 ′ (𝑥) =
∆𝑥
f(x)
f(x-Δx)
x-Δx x X+Δx

A média das duas equações acimas resulta na Derivada 1ª


Centrada”.
Representação Gráfica
𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥 − ∆𝑥)
𝑓 ′ (𝑥) = +
2. ∆𝑥
f(x+Δx)
+ erro
f(x)
𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥 − ∆𝑥) f(x-Δx)
𝑓 ′ (𝑥) =
2. ∆𝑥 x-Δx x X+Δx

23
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

Com relação ao componente “𝑒𝑟𝑟𝑜" deve-se observar que:

• Seu valor não pode ser calculado, apenas estimado.


• É fortemente influenciado pelo valor de ∆𝑥, mais
especificamente pelo valor de ∆𝑥 2 (1º componente da
série da função “𝑒𝑟𝑟𝑜"). Exemplificando: reduzindo ∆𝑥 pela
metade (1⁄2), implicará na redução do erro na ordem de
1⁄ , salvo se introduzido erro de truncamento.
4

Problema 08: Determine numericamente o valor da


derivada primeira da função: 𝑦 = 𝑠𝑖𝑛(𝑥) no ponto: 𝑥 =
1 𝑟𝑎𝑑, pelos equacionamentos: i) “Avante”; ii) “A Ré”; e
“Centrada”. Condição de parada: Erro absoluto máximo
de 10-6.

Aplicando o equacionamento para diferentes


valores de ∆𝑥, tem-se como resultados – gráfico e
trabulado:

24
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

O equacionamento utilizado é apresentado abaixo:


𝑠𝑖𝑛(1+∆𝑥)−𝑠𝑖𝑛(1)
• Derivada “Avante”: 𝑓𝐴𝑣𝑎𝑛𝑡𝑒
′ (1) =
∆𝑥
;
𝑠𝑖𝑛(1)−𝑠𝑖𝑛(1−∆𝑥)
• Derivada “A Ré”: 𝑓𝑟é

(1) =
∆𝑥
𝑠𝑖𝑛(1+∆𝑥)−𝑠𝑖𝑛(1−∆𝑥)
• Derivada “Centrada”: 𝑓𝐶𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 (1) =

2 ×∆𝑥

Avante A Ré Centrada
Δx Valor Erro Valor Erro Valor Erro
Derivada Absoluto Derivada Absoluto Derivada Absoluto
1 0,0678 0,8415 0,4546
0,1 0,4974 4,3E-01 0,5814 2,6E-01 0,5394 8,5E-02
0,01 0,5361 3,9E-02 0,5445 3,7E-02 0,5403 8,9E-04
0,001 0,5399 3,8E-03 0,5407 3,8E-03 0,5403 8,9E-06
0,0001 0,5403 3,8E-04 0,5403 3,8E-04 0,5403 8,9E-08
0,00001 0,5403 3,8E-05 0,5403 3,8E-05 0,5403 8,9E-10
0,000001 0,5403 3,8E-06 0,5403 3,8E-06 0,5403 3,9E-11
1E-07 0,5403 3,8E-07 0,5403 3,8E-07 0,5403 2,2E-10
1E-08 0,5403 3,9E-08 0,5403 3,3E-08 0,5403 2,8E-09
1E-09 0,5403 5,6E-08 0,5403 6,7E-08 0,5403 5,6E-09
1E-10 0,5403 1,1E-07 0,5403 0,0E+00 0,5403 5,6E-08
1E-11 0,5403 1,1E-06 0,5403 1,1E-06 0,5403 1,1E-06
1E-12 0,5403 4,4E-05 0,5402 6,7E-05 0,5403 1,1E-05
1E-13 0,5396 7,8E-04 0,5407 4,4E-04 0,5401 1,7E-04
1E-14 0,5440 4,4E-03 0,5440 3,3E-03 0,5440 3,9E-03
Conclui-se que:
• O equacionamento “Avante” e “A Ré”
apresentaram comportamento similares. Ambos
retornaram erro inferior a 10-6 quando adotado
∆𝑥 = 10−7
• A derivada “Centrada” apresentou melhor
comportamento. Erro inferior a 10-6 foi obtido
quando adotado ∆𝑥 = 10−4 (3 ordens de
magnitude de diferença).

25
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

DERIVADAS DE 1ª ÓRDEM APRIMORADAS

O equacionamento desenvolvido na seção anterior considera


dois pontos para o cálculo da derivada primeira – fórmulas
diferenciais a dois pontos. O desenvolvimento de
equacionamento que faça uso de informações de três pontos –
fórmulas diferenciais a três pontos –, ou a quatro pontos – fórmulas
diferenciais a quatro pontos – trará resultados mais precisos.

Para a determinação do equacionamento a três pontos:

Conhecidos três pares de valores:

[𝑥, 𝑓(𝑥𝑖 )]
[𝑥 + ∆𝑥, 𝑓(𝑥 + ∆𝑥)]
[𝑥 + 2. ∆𝑥, 𝑓(𝑥 + 2. ∆𝑥)]
Ajusta-se um polinômio de segundo grau onde "𝑎", "𝑏" e "𝑐" são
constantes desconhecidas.

𝑓(𝑥) = 𝑎. 𝑥 2 + 𝑏. 𝑥 + 𝑐

Obtendo:

𝐴 𝑓(𝑥) = 𝑎. (𝑥)2 + 𝑏. (𝑥) + 𝑐


𝐵 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) = 𝑎. (𝑥 + ∆𝑥)2 + 𝑏. (𝑥 + ∆𝑥) + 𝑐
𝐶 𝑓(𝑥 + 2. ∆𝑥) = 𝑎. (𝑥 + 2. ∆𝑥)2 + 𝑏. (𝑥 + 2. ∆𝑥) + 𝑐

26
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

Multiplicando a primeira equação "𝐴" por “-3”, a segunda


equação "𝐵" por “4” e a terceira equação "𝐶" por “-1”, e
realizando o somatório destas, ou seja: “−3𝐴 + 4𝐵 − 𝐶", obtêm-se:

−3. 𝑓(𝑥) + 4. 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥 + 2. ∆𝑥) = 4. 𝑎. 𝑥. ∆𝑥 + 2. 𝑏. ∆𝑥

Dividindo ambos os termos da equação por: "2. ∆𝑥":

−3. 𝑓(𝑥) + 4. 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥 + 2. ∆𝑥)


= 2. 𝑎. 𝑥 + 𝑏
2. ∆𝑥

Como a derivada da função “𝑓(𝑥) = 𝑎. 𝑥 2 + 𝑏. 𝑥 + 𝑐” é:

𝑓 ′ (𝑥) = 2. 𝑎. 𝑥 + 𝑏

Tem-se a equação da Derivada 1ª Avante com Três Pontos:

−3. 𝑓(𝑥) + 4. 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥 + 2∆𝑥)


𝑓′(𝑥) =
2. ∆𝑥

Realizando o mesmo procedimento para os pontos:


[𝑥, 𝑓(𝑥𝑖 )]; [𝑥 − ∆𝑥, 𝑓(𝑥 − ∆𝑥)]; [𝑥 − 2. ∆𝑥, 𝑓(𝑥 − 2. ∆𝑥)]; obtém-se o
seguinte equacionamento para a Derivada 1ª A Ré com Três
Pontos:

3. 𝑓(𝑥) − 4. 𝑓(𝑥 − ∆𝑥) + 𝑓(𝑥 − 2∆𝑥)


𝑓 ′ (𝑥) =
2. ∆𝑥

27
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

Para o cálculo da primeira derivada centrada com quatro


pontos será utilizado a série de Taylor truncada entre a terceira e
a quarta derivada – no quarto termo. Aplicando esta série aos
seguintes quatro pontos (𝑥 + ∆𝑥); (𝑥 − ∆𝑥); (𝑥 + 2. ∆𝑥); (𝑥 − 2. ∆𝑥),
obtêm-se:

𝑓 ′ (𝑥). ∆𝑥 𝑓 ′′ (𝑥). ∆𝑥 2 𝑓 (3) (𝑥). ∆𝑥 3


𝐴 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) = 𝑓(𝑥) + + +
1! 2! 3!
𝑓 ′ (𝑥). ∆𝑥 𝑓 ′′ (𝑥). ∆𝑥 2 𝑓 (3) (𝑥). ∆𝑥 3
𝐵 𝑓(𝑥 − ∆𝑥) = 𝑓(𝑥) − + −
1! 2! 3!
2. 𝑓 ′ (𝑥). ∆𝑥 4. 𝑓 ′′ (𝑥). ∆𝑥 2 8. 𝑓 (3) (𝑥). ∆𝑥 3
𝐶 𝑓(𝑥 + 2. ∆𝑥) = 𝑓(𝑥) + + +
1! 2! 3!
2. 𝑓 ′ (𝑥). ∆𝑥 𝑓 ′′ 4. (𝑥). ∆𝑥 2 8. 𝑓 (3) (𝑥). ∆𝑥 3
𝐷 𝑓(𝑥 − 2. ∆𝑥) = 𝑓(𝑥) − + −
1! 2! 3!

Multiplicando a primeira equação "𝐴" por “8”, a segunda


equação "𝐵" por “-8”, a terceira equação "𝐶" por “-1” e a quarta
equação "𝐷" por “1”, e em seguida aplicado o somatório, ou seja:
“ 8.A -8.B -C +D", resulta em:

8. 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 8. 𝑓(𝑥 − ∆𝑥) − 𝑓(𝑥 + 2∆𝑥) + 𝑓(𝑥 − 2∆𝑥) = 12. 𝑓 ′ (𝑥). ∆𝑥

Isolando 𝑓′(𝑥), obtém-se a Derivada 1ª Centrada com Quatro


Pontos:

𝑓(𝑥 − 2∆𝑥) − 8. 𝑓(𝑥 − ∆𝑥) + 8. 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥 + 2∆𝑥)


𝑓′(𝑥) =
12. ∆𝑥

28
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

Problema 09: Determine numericamente o valor da


derivada primeira da função: 𝑦 = 𝑠𝑖𝑛(𝑥) no ponto: 𝑥 =
1 𝑟𝑎𝑑, pelos equacionamentos: i) 3 Pontos Avante; ii) 3
Pontos a Ré; e iii) 4 Pontos Centrada. Considere a
condição de parada: erro absoluto máximo de 10-6.

Aplicando o equacionamento para diferentes


valores de ∆𝑥, tem-se como resultados (gráfico e
trabulado)
−3.𝑠𝑖𝑛(1)+4.𝑠𝑖𝑛(1+∆𝑥)−𝑠𝑖𝑛(1+2∆𝑥)
• “Avante”: 𝑓′(1) = 2.∆𝑥
3.𝑠𝑖𝑛(1)−4.𝑠𝑖𝑛(1−∆𝑥)+𝑠𝑖𝑛(1−2∆𝑥)
• “A Ré”: 𝑓′(1) = 2.∆𝑥
𝑠𝑖𝑛(1−2∆𝑥)−8.𝑠𝑖𝑛(1−∆𝑥)+8.𝑠𝑖𝑛(1+∆𝑥)−𝑠𝑖𝑛(1+2∆𝑥)
• “ Centrada”: 𝑓′(1) = 12.∆𝑥

29
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

Conclui-se que:
• Os equacionamentos “Avante” e “A Ré” com três
pontos apresentaram performance similares,
retornando erros inferior a 10 quando adotado ∆𝑥 =
-6

10−4.
• O equacionamento centrado (4-pontos) apresentou
melhor performance, retornando erros inferior a 10-6
quando adotado ∆𝑥 = 10−3 (uma ordem de
magnitude melhor)

De forma alternativa, o desenvolvimento do equacionamento


“Avante” (3 pontos) e “A Ré” (3 pontos) pode ser realizado a
partir do polinômio Interpolado de Lagrange, como
demonstrado no Anexo 01.

30
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

DERIVADAS DE 2ª ÓRDEM

Tomemos a série de Taylor:



𝑓 (𝑛) (𝑥)
𝑓(𝑥 + ∆𝑥) = ∑ ( . ∆𝑥 𝑛 )
𝑛!
𝑛=0

Que na forma expandida:

𝑓 ′ (𝑥). ∆𝑥 𝑓′′(𝑥). ∆𝑥 2 𝑓 (3) (𝑥). ∆𝑥 3 𝑓 (4) (𝑥). ∆𝑥 4


𝑓(𝑥 + ∆𝑥) = 𝑓(𝑥) + + + +
1! 2! 3! 4!
𝑓 (𝑛) (𝑥). ∆𝑥 𝑛
+ ⋯+
𝑛!

Truncando a série entre o terceiro e o quarto termo – entre os


termos da 2ª e 3ª derivada –, resulta em duas equações: i) a
primeira contendo a solução da série de potência, e ii) a
segunda equação contendo o valor do termo de “erro”.

𝑓 ′ (𝑥). ∆𝑥 𝑓′′(𝑥). ∆𝑥 2
𝑓(𝑥 + ∆𝑥) = 𝑓(𝑥) + + + erro
1! 2!

𝑓 (3) (𝑥). ∆𝑥 3 𝑓 (4) (𝑥). ∆𝑥 4 𝑓 (𝑛) (𝑥). ∆𝑥 𝑛


𝑒𝑟𝑟𝑜 = + + ⋯+
3! 4! 𝑛!

Deste equacionamento é possível determinar a formulação para


a derivada segunda, como observado na página seguinte:

31
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

𝑓 ′ (𝑥). ∆𝑥 𝑓′′(𝑥). ∆𝑥 2
𝑓(𝑥 + ∆𝑥) = 𝑓(𝑥) + + + 𝑒𝑟𝑟𝑜
1! 2!

Isolando a derivada segunda da equação acima:

[𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥) − 𝑓 ′ (𝑥). ∆𝑥]


𝑓 ′′ (𝑥) =
∆𝑥 2

Substituindo a Derivada Primeira pela Derivada Centrada, tem-


se:

𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥 − ∆𝑥)


2 × [𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥) − [ ] . ∆𝑥]
2. ∆𝑥
𝑓 ′′ (𝑥) =
∆𝑥 2

Obstem-se a equação final da Derivada 2ª Centrada:

𝑓(𝑥 − ∆𝑥) − 2. 𝑓(𝑥) + 𝑓(𝑥 + ∆𝑥)


𝑓 ′′ (𝑥) =
∆𝑥 2

Por analogia determina-se a Derivada 2ª Avante:

𝑓(𝑥) − 2. 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) + 𝑓(𝑥 + 2. ∆𝑥)


𝑓 ′′ (𝑥) =
∆𝑥 2

E a Derivada 2ª A Ré:

𝑓(𝑥) − 2. 𝑓(𝑥 − ∆𝑥) + 𝑓(𝑥 − 2. ∆𝑥)


𝑓 ′′ (𝑥) =
∆𝑥 2

32
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

Com relação ao componente “𝑒𝑟𝑟𝑜" deve-se observar que:

• Seu valor não pode ser calculado, apenas estimado.


• É fortemente influenciado pelo valor de ∆𝑥, mais
especificamente pelo valor de ∆𝑥 3 (1º componente da
série da função “𝑒𝑟𝑟𝑜"). Exemplificando: reduzindo ∆𝑥 pela
metade (1⁄2), implicará na redução do erro na ordem de
1⁄ , salvo se introduzido erro de truncamento.
8

Problema 10: Determine numericamente o valor da


derivada segunda da função: 𝑦 = 𝑠𝑖𝑛(𝑥) em 𝑥 = 1 𝑟𝑎𝑑
pelos equacionamentos: i) Avante; ii) A Ré; e iii)
Centrada. Condição de parada: erro absoluto
máximo de 10-6.

Aplicando o equacionamento para diferentes


valores de ∆𝑥, tem-se como resultados – gráfico e
trabulado:

33
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

O equacionamento utilizado está apresentado abaixo:


𝑠𝑖𝑛(1)−2.𝑠𝑖𝑛(1+∆𝑥)+𝑠𝑖𝑛(1+2∆𝑥)
• “Avante”: 𝑓 ′′ (1) = ∆𝑥 2
𝑠𝑖𝑛(1)−2.𝑠𝑖𝑛(1−∆𝑥)+𝑠𝑖𝑛(1−2∆𝑥)
• “A Ré”: 𝑓′′′(1) = ∆𝑥 2
𝑠𝑖𝑛(1−∆𝑥)−2.𝑠𝑖𝑛(1)+𝑠𝑖𝑛(1+∆𝑥)
• “ Centrada”: 𝑓′′(1) = ∆𝑥 2

Conclui-se que:
• Os equacionamentos “Avante” e “A Ré”
apresentaram performance similares. Estas duas
metodologias não retornaram solução com erros
inferior a 10-6.
• O equacionamento centrado apresentou melhor
performance, retornando erros inferior a 10-6
quando adotado ∆𝑥 = 10−4.
• Observa-se um impacto muito maior dos erros de
truncamento em comparação com os métodos
de primeira ordem devido ao termo divisor: ∆𝑥 2 .

34
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

COEFICIENTES DE DERIVADAS

Equacionamentos mais precisos para a determinação de


derivada de diversas ordens foram desenvolvidos, sendo
apresentado abaixo os obtidos por Fomberg. (“Generation of
finite difference formulas on arbitrary spaced grids” ISSN 0025-
5718, doi:10.1090/S0025-5718-1988-0935077-0).

Nas páginas seguintes são apresentadas três tabelas de


coeficientes, correspondendo às derivadas: i) Centrada; ii)
Avante; e iii) A Ré.

A utilização destas tabelas se dá da seguinte forma:

1. Identificar a Tabela a ser utilizada (Centrada, Avante ou Ré)


2. Identificar os coeficientes correspondente à ordem da
derivada e à precisão requerida.
3. Somar o produto destes coeficientes pelos valores da
função 𝑓 do ponto correspondente indicado no cabeçalho
da tabela.
4. Dividir o resultado da soma do produto pelo ∆𝑥 elevado à
ordem da derivada.

Para o equacionamento “Centrado” Utilizar:


4
(𝑛)
1
𝑓 (𝑥) = 𝑛 ∑ [𝑐𝑛 × 𝑓(𝑥 + 𝑛. ∆𝑥)]
∆𝑥
𝑛=−4

Onde: "𝑐𝑛 " é o coeficiente da derivada


numérica para a ordem e a precisão requerida.

35
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

Coeficientes das derivadas numéricas “Centrada”

n -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
Ordem
Precisão f(x - 4Δx) f(x - 3Δx) f(x - 2Δx) f(x - Δx) f(x) f(x + Δx) f(x + 2Δx) f(x + 3Δx) f(x + 4Δx)
Derivada
2 -1/2 0 1/2
4 1/12 -2/3 0 2/3 -1/12
1
6 -1/60 3/20 -3/4 0 3/4 -3/20 1/60
8 1/280 -4/105 1/5 -4/5 0 4/5 -1/5 4/105 -1/280
2 1 −2 1
4 −1/12 4/3 −5/2 4/3 −1/12
2
6 1/90 −3/20 3/2 −49/18 3/2 −3/20 1/90
8 −1/560 8/315 −1/5 8/5 −205/72 8/5 −1/5 8/315 −1/560
2 −1/2 1 0 −1 1/2
3 4 1/8 −1 13/8 0 −13/8 1 −1/8
6 −7/240 3/10 −169/120 61/30 0 −61/30 169/120 −3/10 7/240
2 1 −4 6 −4 1
4 4 −1/6 2 −13/2 28/3 −13/2 2 −1/6
6 7/240 −2/5 169/60 −122/15 91/8 −122/15 169/60 −2/5 7/240
5 2 −1/2 2 −5/2 0 5/2 −2 1/2
6 2 1 −6 15 −20 15 −6 1

Problema 11: Determine o equacionamento para a derivada


segunda com precisão 4 a partir dos valores de coeficientes
tabelados:

1 4 −5 4 1
− 𝑓(𝑥 − 2∆𝑥) + 𝑓(𝑥 − ∆𝑥) − 𝑓(𝑥) + 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥 + 2∆𝑥)
𝑓 ′′ (𝑥)
= 12 3 2 3 12
∆𝑥 2

A qual pode ser reescrita como:

−𝑓(𝑥 − 2∆𝑥) − 16𝑓(𝑥 − ∆𝑥) − 30𝑓(𝑥) + 16𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥 + 2∆𝑥)


𝑓 ′′ (𝑥) =
12. ∆𝑥 2

36
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

Coeficientes das derivadas numéricas “Avante”

n 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Ordem
Precisão f(x) f(x + Δx) f(x + 2Δx) f(x + 3Δx) f(x + 4Δx) f(x + 5Δx) f(x + 6Δx) f(x + 7Δx) f(x + 8Δx)
Derivada
1 −1 1

2 −3/2 2 −1/2

3 −11/6 3 −3/2 1/3


1
4 −25/12 4 −3 4/3 −1/4

5 −137/60 5 −5 10/3 −5/4 1/5

6 −49/20 6 −15/2 20/3 −15/4 6/5 −1/6

1 1 −2 1

2 2 −5 4 −1

3 35/12 −26/3 19/2 −14/3 11/12


2
4 15/4 −77/6 107/6 −13 61/12 −5/6

5 203/45 −87/5 117/4 −254/9 33/2 −27/5 137/180

6 469/90 −223/10 879/20 −949/18 41 −201/10 1019/180 −7/10

1 −1 3 −3 1

2 −5/2 9 −12 7 −3/2

3 −17/4 71/4 −59/2 49/2 −41/4 7/4


3
4 −49/8 29 −461/8 62 −307/8 13 −15/8

5 −967/120 638/15 −3929/40 389/3 −2545/24 268/5 −1849/120 29/15

6 −801/80 349/6 −18353/120 2391/10 −1457/6 4891/30 −561/8 527/30 −469/240

1 1 −4 6 −4 1

2 3 −14 26 −24 11 −2
4 3 35/6 −31 137/2 −242/3 107/2 −19 17/6

4 28/3 −111/2 142 −1219/6 176 −185/2 82/3 −7/2


5 1069/80 −1316/15 15289/60 −2144/5 10993/24 −4772/15 2803/20 −536/15 967/240

8
(𝑛)
1
𝑓 (𝑥) = ∑[𝑐𝑛 × 𝑓(𝑥 + 𝑛. ∆𝑥)]
∆𝑥 𝑛
𝑛=0
Onde: "𝑐𝑛 " é o coeficiente da derivada
numérica para a ordem e a precisão
requerida.

37
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

Coeficientes das derivadas numéricas “Ré”

n 8 7 6 5 4 3 2 1 0
Ordem
Precisão f(x - 8Δx) f(x - 7Δx) f(x - 6Δx) f(x - 5Δx) f(x - 4Δx) f(x - 3Δx) f(x - 2Δx) f(x - 1Δx) f(x)
Derivada

1 -1 1

2 1/2 -2 3/2

3 -1/3 3/2 -3 11/6


1
4 1/4 -4/3 3 -4 25/12

5 -1/5 5/4 -10/3 5 -5 137/60

6 1/6 -6/5 15/4 -20/3 15/2 -6 49/20

1 1 −2 1

2 −1 4 −5 2

3 11/12 −14/3 19/2 −26/3 35/12


2
4 −5/6 61/12 −13 107/6 −77/6 15/4

5 137/180 −27/5 33/2 −254/9 117/4 −87/5 203/45

6 −7/10 1019/180 −201/10 41 −949/18 879/20 −223/10 469/90

1 1 3 -3 1

2 3/2 -7 12 -9 5/2

3 -7/4 41/4 -49/2 59/2 -71/4 17/4


3
4 15/8 -13 307/8 -62 461/8 -29 49/8

5 -29/15 1849/120 -268/5 2545/24 -389/3 3929/40 -638/15 967/120

6 469/240 -527/30 561/8 -4891/30 1457/6 -2391/10 18353/120 -349/6 801/80

1 1 −4 6 −4 1

2 −2 11 −24 26 −14 3
4 3 17/6 −19 107/2 −242/3 137/2 −31 35/6

4 −7/2 82/3 −185/2 176 −1219/6 142 −111/2 28/3

5 967/240 −536/15 2803/20 −4772/15 10993/24 −2144/5 15289/60 −1316/15 1069/80

8
(𝑛)
1
𝑓 (𝑥) = 𝑛 ∑[𝑐𝑛 × 𝑓(𝑥 − 𝑛. ∆𝑥)]
∆𝑥
𝑛=0

Onde: "𝑐𝑛 " é o coeficiente da derivada


numérica para a ordem e a precisão
requerida.

38
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

DERIVAÇÃO DE EQUAÇÕES PARCIAIS

As derivadas desenvolvidas nas seções anteriores, aplicáveis às


Equação Diferencial Ordinária (EDO), podem ser facilmente
adaptadas às Equações Diferenciais Parciais (EDP).

Considerando uma EDP do tipo 𝑓(𝑥, 𝑦). O processo de obtenção


de algumas derivadas parciais é apresentado abaixo:

• Derivada Primeira Centrada em função de “x”. Varia-se


“x”, mantendo constante “y”:

𝜕𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑓(𝑥 + ∆𝑥, 𝑦) − 𝑓(𝑥 − ∆𝑥, 𝑦)


=
𝜕𝑥 2. ∆𝑥

• Derivando Primeira Centrada em função de "y". Varia-se


“y”, mantendo constante “x”:

𝜕𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑓(𝑥, 𝑦 + ∆𝑦) − 𝑓(𝑥, 𝑦 − ∆𝑦)


=
𝜕𝑦 2. ∆𝑦

• Derivando Centrada em função de "x" e de "y". Aplica-se


incialmente a derivada primeira parcial em relação à “y”
e posteriormente em relação à “x”.

𝑓(𝑥, 𝑦 + ∆𝑦) − 𝑓(𝑥, 𝑦 − ∆𝑦)


𝜕𝑓(𝑥, 𝑦) 2. ∆𝑦
=
𝜕𝑥. 𝜕𝑦 𝜕𝑥

39
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

𝜕𝑓(𝑥, 𝑦)
𝜕𝑥. 𝜕𝑦
𝑓(𝑥 + ∆𝑥, 𝑦 + ∆𝑦) − 𝑓(𝑥 + ∆𝑥, 𝑦 − ∆𝑦) 𝑓(𝑥 − ∆𝑥, 𝑦 + ∆𝑦) − 𝑓(𝑥 − ∆𝑥, 𝑦 −
2. ∆𝑦 − 2. ∆𝑦
=
2. ∆𝑥

Resultando em:

𝜕𝑓(𝑥, 𝑦) 1
= . [𝑓(𝑥 + ∆𝑥, 𝑦 + ∆𝑦)
𝜕𝑥. 𝜕𝑦 4. ∆𝑥. ∆𝑦
− 𝑓(𝑥 + ∆𝑥, 𝑦 − ∆𝑦)
− 𝑓(𝑥 − ∆𝑥, 𝑦 + ∆𝑦)
+ 𝑓(𝑥 − ∆𝑥, 𝑦 − ∆𝑦)]

• Derivando Segunda Centrada em função de "x". Varia-se


“x”, mantendo constante “y”:

𝜕 2 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑓(𝑥 − ∆𝑥, 𝑦) − 2. 𝑓(𝑥, 𝑦) + 𝑓(𝑥 + ∆𝑥, 𝑦)


=
𝜕𝑥 2 ∆𝑥 2

• Derivando Segunda Centrada em função de "y". Varia-se


“y”, mantendo constante “x”:

𝜕 2 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑓(𝑥, 𝑦 − ∆𝑦) − 2. 𝑓(𝑥, 𝑦) + 𝑓(𝑥, 𝑦 + ∆𝑦)


=
𝜕𝑦 2 ∆𝑦 2

Outros equacionamentos podem ser facilmente desenvolvidos


por analogia.

40
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

Considerando uma outra EDP do tipo 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧):

• Derivada Primeira Centrada em função de “x”. Varia-se


“x”, mantendo constante “y” e “z”:

𝜕𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝑓(𝑥 + ∆𝑥, 𝑦, 𝑧) − 𝑓(𝑥 − ∆𝑥, 𝑦, 𝑧)


=
𝜕𝑥 2. ∆𝑥

• Derivando Primeira Centrada em função de "y". Varia-se


“y”, mantendo constante “x” e “z”:

𝜕𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝑓(𝑥, 𝑦 + ∆𝑦, 𝑧) − 𝑓(𝑥, 𝑦 − ∆𝑦, 𝑧)


=
𝜕𝑦 2. ∆𝑦

• Derivando Primeira Centrada em função de "z". Varia-se


“z”, mantendo constante “x” e “y”:

𝜕𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧 + ∆𝑧) − 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧 − ∆𝑧)


=
𝜕𝑧 2. ∆𝑧

• Derivando Segunda Centrada em função de "x". Varia-se


“x”, mantendo constante “y” e “z”:

𝜕 2 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝑓(𝑥 − ∆𝑥, 𝑦, 𝑧) − 2. 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) + 𝑓(𝑥 + ∆𝑥, 𝑦, 𝑧)


=
𝜕𝑥 2 ∆𝑥 2

41
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

• Derivando Segunda Centrada em função de "y". Varia-se


“y”, mantendo constante “x” e “z”:

𝜕 2 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝑓(𝑥, 𝑦 − ∆𝑦, 𝑧) − 2. 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) + 𝑓(𝑥, 𝑦 + ∆𝑦, 𝑧)


=
𝜕𝑦 2 ∆𝑦 2

• Derivando Segunda Centrada em função de "z". Varia-se


“z”, mantendo constante “x” e “y”:

𝜕 2 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧 − ∆𝑧) − 2. 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) + 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧 + ∆𝑧)


=
𝜕𝑧 2 ∆𝑧 2

• Derivando Centrada em função de "x", "y" e de "z". Aplica-


se incialmente a derivada primeira parcial em relação à
“z” e posteriormente em relação à “y” e “x”:
𝜕 3 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) 1
= . [𝑓(𝑥 + ∆𝑥, 𝑦 + ∆𝑦, 𝑧 + ∆𝑧)
𝜕𝑥. 𝜕𝑦. 𝜕𝑧 8. ∆𝑥. ∆𝑦. ∆𝑧
− 𝑓(𝑥 + ∆𝑥, 𝑦 − ∆𝑦, 𝑧 + ∆𝑧)
− 𝑓(𝑥 − ∆𝑥, 𝑦 + ∆𝑦, 𝑧 + ∆𝑧)
+ 𝑓(𝑥 − ∆𝑥, 𝑦 − ∆𝑦, 𝑧 + ∆𝑧)
− 𝑓(𝑥 + ∆𝑥, 𝑦 + ∆𝑦, 𝑧 − ∆𝑧)
+ 𝑓(𝑥 + ∆𝑥, 𝑦 − ∆𝑦, 𝑧 − ∆𝑧)
+ 𝑓(𝑥 − ∆𝑥, 𝑦 + ∆𝑦, 𝑧 − ∆𝑧)
− 𝑓(𝑥 − ∆𝑥, 𝑦 − ∆𝑦, 𝑧 − ∆𝑧)]

Outros equacionamentos, incluindo funções com mais de três


variáveis podem ser facilmente desenvolvidos por analogia.

42
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

APLICAÇÃO DE DERIVADAS PARCIAIS

Problema 12: Dada a função 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥. 𝑠𝑖𝑛(𝑦) determine


𝜕𝑓(𝑥,𝑦) 𝜕𝑓(𝑥,𝑦) 𝜕2 𝑓(𝑥,𝑦) 𝜕2 𝑓(𝑥,𝑦) 𝜕2 𝑓(𝑥,𝑦)
sua derivadas: , , , , , nos
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑥 2 𝜕𝑦 2 𝜕𝑥.𝜕𝑦
pontos: “(𝑥 = 1; 𝑦 = 2)”

Considerando ∆𝑥 = ∆𝑦, aplica-se o equacionamento


desenvolvido na seção anterior para diferentes valores
incrementais. Os resultados são apresentados na tabela
abaixo, sendo o erro representado em escala de cores.

∂f(x,y)/∂x ∂f(x,y)/∂y ∂^2 f(x,y))/(∂x^2 ) (∂^2 f(x,y))/(∂y^2 ) (∂^2 f(x,y))/(∂x.∂y)


Δx=Δy Valor Erro Valor Erro Valor Erro Valor Erro Valor Erro
Derivada Absoluto Derivada Absoluto Derivada Absoluto Derivada Absoluto Derivada Absoluto
1 0,9093 -0,3502 0,0000 -0,8360 -0,3502
0,1 0,9093 2,2E-16 -0,4155 6,5E-02 0,0000 0,0E+00 -0,9085 7,3E-02 -0,4155 6,5E-02
0,01 0,9093 2,2E-15 -0,4161 6,9E-04 0,0000 0,0E+00 -0,9093 7,5E-04 -0,4161 6,9E-04
0,001 0,9093 7,8E-14 -0,4161 6,9E-06 0,0000 1,1E-10 -0,9093 7,5E-06 -0,4161 6,9E-06
0,0001 0,9093 1,7E-13 -0,4161 6,9E-08 0,0000 1,1E-10 -0,9093 8,6E-08 -0,4161 7,2E-08
0,00001 0,9093 1,1E-12 -0,4161 6,9E-10 0,0000 1,1E-06 -0,9093 7,5E-07 -0,4161 2,8E-07
0,000001 0,9093 2,8E-11 -0,4161 5,6E-12 0,0000 1,1E-06 -0,9095 2,0E-04 -0,4162 2,0E-05
1E-07 0,9093 1,1E-16 -0,4161 1,1E-10 0,0111 1,1E-02 -0,8993 1,0E-02 -0,4136 2,6E-03
1E-08 0,9093 5,6E-10 -0,4161 2,8E-09 0,0000 1,1E-02 -1,1102 2,1E-01 -0,5551 1,4E-01
1E-09 0,9093 4,4E-08 -0,4161 6,1E-08 111,0223 1,1E+02 0,0000 1,1E+00 0,0000 5,6E-01
1E-10 0,9093 3,9E-07 -0,4161 2,2E-07
1E-11 0,9093 2,2E-06 -0,4161 2,2E-06
1E-12 0,9093 3,3E-05 -0,4162 7,8E-05
1E-13 0,9087 6,1E-04 -0,4158 4,4E-04
1E-14 0,9104 1,7E-03 -0,4163 5,6E-04

𝜕𝑓(1, 2) 𝜕𝑓(1, 2)
= 0,9093; = −0,4164
𝜕𝑥 𝜕𝑦

𝜕 2 𝑓(1, 2) 𝜕 2 𝑓(1, 2) 𝜕 2 𝑓(1, 2)


= 0; = −0,9093; = −0,4161
𝜕𝑥 2 𝜕𝑦 2 𝜕𝑥. 𝜕𝑦

43
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

Problema 13: Dada a função 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥 3 + 𝑥. 𝑦 + 𝑦 4


determine sua derivadas:
𝜕𝑓(𝑥,𝑦) 𝜕𝑓(𝑥,𝑦) 𝜕2 𝑓(𝑥,𝑦) 𝜕2 𝑓(𝑥,𝑦) 𝜕2 𝑓(𝑥,𝑦)
𝜕𝑥
, 𝜕𝑦 , 𝜕𝑥 2 , 𝜕𝑦2 , 𝜕𝑥.𝜕𝑦 , no ponto: “(1; 2)”

Considerando ∆𝑥 = ∆𝑦, aplica-se o equacionamento


desenvolvido na seção anterior para diferentes valores
incrementais. Os resultados são apresentados na tabela
abaixo, sendo o erro representado em escala de cores.

𝜕𝑓(𝑥, 𝑦) 𝜕𝑓(𝑥, 𝑦)
= 5; = 33
𝜕𝑥 𝜕𝑦

𝜕 2 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝜕 2 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝜕 2 𝑓(𝑥, 𝑦)


= 6; = 48; =1
𝜕𝑥 2 𝜕𝑦 2 𝜕𝑥. 𝜕𝑦

44
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

Problema 14: Dada a função 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) = 𝑥 2 . 𝑠𝑖𝑛(𝑦). 𝑐𝑜𝑠(𝑧),


𝜕𝑓(𝑥,𝑦,𝑧) 𝜕𝑓(𝑥,𝑦,𝑧) 𝜕𝑓(𝑥,𝑦,𝑧) 𝜕2 𝑓(𝑥,𝑦,𝑧) 𝜕2 𝑓(𝑥,𝑦,𝑧) 𝜕2 𝑓(𝑥,𝑦,𝑧)
determine: 𝜕𝑥
, 𝜕𝑦 , 𝜕𝑧 , 𝜕𝑥 2 , 𝜕𝑦2 , 𝜕𝑥 2
𝜕3 𝑓(𝑥,𝑦,𝑧)
e 𝜕𝑥.𝜕𝑦.𝜕𝑧
no ponto: “(2; 3; 4)”

Considerando ∆𝑥 = ∆𝑦 = ∆𝑧, aplica-se o


equacionamento desenvolvido na seção anterior
para diferentes valores incrementais. Os resultados são
apresentados na tabela abaixo, sendo o erro
representado em escala de cores.

∂f(x,y,z)/∂x ∂f(x,y,z)/∂y ∂f(x,y,z)/∂z


Δx=Δy=Δz Valor Erro Valor Erro Valor Erro
Derivada Absoluto Derivada Absoluto Derivada Absoluto
10 -0,3690 -0,1408 -0,0232
1 -0,3690 0,0E+00 2,1781 2,3E+00 0,3595 3,8E-01
0,1 -0,3690 0,0E+00 2,5841 4,1E-01 0,4265 6,7E-02
0,01 -0,3690 1,0E-14 2,5884 4,3E-03 0,4272 7,0E-04
0,001 -0,3690 5,3E-14 2,5884 4,3E-05 0,4272 7,0E-06
0,0001 -0,3690 4,7E-13 2,5884 4,3E-07 0,4272 7,0E-08
0,00001 -0,3690 3,9E-12 2,5884 4,3E-09 0,4272 7,0E-10
0,000001 -0,3690 1,9E-11 2,5884 3,7E-10 0,4272 1,0E-10
1E-07 -0,3690 2,8E-10 2,5884 4,8E-09 0,4272 8,3E-11
1E-08 -0,3690 2,8E-10 2,5884 1,2E-08 0,4272 2,2E-09
1E-09 -0,3690 8,3E-08 2,5884 2,4E-07 0,4272 4,7E-08
1E-10 -0,3690 3,9E-07 2,5884 1,4E-07 0,4272 0,0E+00
1E-11 -0,3690 3,1E-06 2,5884 8,3E-07 0,4272 0,0E+00
1E-12 -0,3690 3,9E-05 2,5886 2,1E-04 0,4272 4,2E-05
1E-13 -0,3686 4,2E-04 2,5863 2,4E-03 0,4277 4,7E-04

45
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

(∂^2 f(x,y,z))/(∂x^2 ) (∂^2 f(x,y,z))/(∂y^2 ) (∂^2 f(x,y,z))/(∂z^2 ) (∂^3 f(x,y,z))/(∂x.∂y.∂z )


Δx=Δy=Δz Valor Erro Valor Erro Valor Erro Valor Erro
Derivada Absoluto Derivada Absoluto Derivada Absoluto Derivada Absoluto
10 -0,1845 0,0136 0,0136 -127,7157
1 -0,1845 5,6E-17 0,3392 3,3E-01 0,3392 3,3E-01 -18,8331 1,1E+02
0,1 -0,1845 6,4E-15 0,3687 2,9E-02 0,3687 2,9E-02 13,3468 3,2E+01
0,01 -0,1845 3,4E-13 0,3690 3,0E-04 0,3690 3,0E-04 148,3449 1,3E+02
0,001 -0,1845 1,2E-11 0,3690 3,0E-06 0,3690 3,0E-06 1497 1,3E+03
0,0001 -0,1845 8,3E-09 0,3690 3,6E-08 0,3690 1,4E-08 14983 1,3E+04
0,00001 -0,1845 2,6E-07 0,3690 5,9E-07 0,3690 5,7E-07 149844 1,3E+05
0,000001 -0,1846 1,5E-04 0,3689 4,1E-05 0,3689 4,1E-05
1E-07 -0,1665 1,8E-02 0,3664 2,6E-03 0,3997 3,1E-02
1E-08 0,0000 1,7E-01 0,0000 3,7E-01 1,1102 7,1E-01

𝜕𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝜕𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝜕𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧)


= −0,3690, = 2,5884, = 0,4272
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧

𝜕 2 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝜕 2 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝜕 2 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧)


= −0,1845, = = 0,3690,
𝜕𝑥 2 𝜕𝑦 2 𝜕𝑥 2

𝜕3 𝑓(𝑥,𝑦,𝑧)
𝜕𝑥.𝜕𝑦.𝜕𝑧
= Sem solução.

Com erro absoluto máximo de 10-6 foi possível determinar as


𝜕3 𝑓(𝑥,𝑦,𝑧)
derivadas parciais com exceção à equação: 𝜕𝑥.𝜕𝑦.𝜕𝑧
, cujo menor
erro absoluto obtido foi de 32. A não convergência decorreu dos
erros de truncamento, ou seja, das limitações de casas decimais
do software utilizado, o Excel. O valor desta derivada calculado
analiticamente é: -2,99692...

46
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

ANEXO 01
POLINOMIO DE LAGRANGE
O equacionamento da derivada primeira com três pontos pode
ser obtido pela aplicação do Polinômio Interpolado de Lagrange,
apresentado abaixo:
𝑘

𝑝(𝑥) = ∑ 𝑦𝑗 . 𝑙𝑗
𝑗=0

𝑘
𝑥 − 𝑥𝑚
𝑙𝑗 (𝑥) = ∏
𝑥𝑗 − 𝑥𝑚
𝑚=0
𝑚≠𝑗

Desenvolvendo o polinômio de Lagrange para três pontos:


(𝑥𝑖−1 , 𝑦𝑖−1 ); (𝑥𝑖 , 𝑦𝑖 ) 𝑒 (𝑥𝑖+1 , 𝑦𝑖+1 ), obtêm-se a seguinte equação:

(𝑥 − 𝑥𝑖 ). (𝑥 − 𝑥𝑖+1 )
𝑝(𝑥) = 𝑦𝑖−1 i=1
(𝑥𝑖−1 − 𝑥𝑖 ). (𝑥𝑖−1 − 𝑥𝑖+1 )
(𝑥 − 𝑥𝑖−1 ). (𝑥 − 𝑥𝑖+1 )
+ 𝑦𝑖 i=2
(𝑥𝑖 − 𝑥𝑖−1 ). (𝑥𝑖 − 𝑥𝑖+1 )
(𝑥 − 𝑥𝑖−1 ). (𝑥 − 𝑥𝑖 )
+ 𝑦𝑖+1
(𝑥𝑖+1 − 𝑥𝑖−1 ). (𝑥𝑖+1 − 𝑥𝑖 ) i=3

47
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

Derivando o polinômio em relação a 𝑥:

(𝑥 − 𝑥𝑖 ) + (𝑥 − 𝑥𝑖+1 )
𝑝′(𝑥) = 𝑦𝑖−1
(𝑥𝑖−1 − 𝑥𝑖 ). (𝑥𝑖−1 − 𝑥𝑖+1 )
(𝑥 − 𝑥𝑖−1 ) + (𝑥 − 𝑥𝑖+1 )
+ 𝑦𝑖
(𝑥𝑖 − 𝑥𝑖−1 ). (𝑥𝑖 − 𝑥𝑖+1 )
(𝑥 − 𝑥𝑖−1 ) + (𝑥 − 𝑥𝑖 )
+ 𝑦𝑖+1
(𝑥𝑖+1 − 𝑥𝑖−1 ). (𝑥𝑖+1 − 𝑥𝑖 )

Aplicando o equacionamento anterior para: "𝑥 = 𝑥𝑖−1 "

(𝑥𝑖−1 − 𝑥𝑖 ) + (𝑥𝑖−1 − 𝑥𝑖+1 )


𝑝′(𝑥𝑖−1 ) = 𝑦𝑖−1
(𝑥𝑖−1 − 𝑥𝑖 ). (𝑥𝑖−1 − 𝑥𝑖+1 )
(𝑥𝑖−1 − 𝑥𝑖−1 ) + (𝑥𝑖−1 − 𝑥𝑖+1 )
+ 𝑦𝑖
(𝑥𝑖 − 𝑥𝑖−1 ). (𝑥𝑖 − 𝑥𝑖+1 )
(𝑥𝑖−1 − 𝑥𝑖−1 ) + (𝑥𝑖−1 − 𝑥𝑖 )
+ 𝑦𝑖+1
(𝑥𝑖+1 − 𝑥𝑖−1 ). (𝑥𝑖+1 − 𝑥𝑖 )

𝑥𝑖+1 −𝑥𝑖−1
Substituindo ∆𝑥, onde: ∆𝑥 = 𝑥𝑖+1 − 𝑥𝑖 = 𝑥𝑖 − 𝑥𝑖−1 = 2
:

−3∆𝑥 −2. ∆𝑥 −∆𝑥


𝑝′ (𝑥𝑖−1 ) = 𝑦𝑖−1 + 𝑦𝑖 + 𝑦𝑖+1
(∆𝑥). (2. ∆𝑥) (∆𝑥). (−∆𝑥) (2. ∆𝑥). (∆𝑥)

48
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

Rearranjando os termos e fazendo: "𝑓(𝑥𝑖−1 ) = 𝑦𝑖−1 "; "𝑓(𝑥𝑖 ) =


𝑦𝑖 "; 𝑒 "𝑓(𝑥𝑖+1 ) = 𝑦𝑖+1 ", obtem-se:

−3. 𝑓(𝑥𝑖−1 ) + 4. 𝑓(𝑥𝑖 ) − 𝑓(𝑥𝑖+1 )


𝑝′(𝑥𝑖−1 ) =
2. ∆𝑥

Tendo em vista que: "𝑥𝑖 = 𝑥𝑖−1 + ∆𝑥"; 𝑒 "𝑥𝑖+1 = 𝑥𝑖−1 + 2∆𝑥":

−3. 𝑓(𝑥𝑖−1 ) + 4. 𝑓(𝑥𝑖−1 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥𝑖−1 + 2∆𝑥)


𝑝′(𝑥𝑖−1 ) =
2. ∆𝑥

Substituindo: “𝑓′(𝑥) = 𝑝′(𝑥)" e fazendo "𝑥 = 𝑥𝑖−1 ", obtem-se a


derivada 1ª avante com três pontos

−3. 𝑓(𝑥) + 4. 𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥 + 2∆𝑥)


𝑓′(𝑥) =
2. ∆𝑥

De forma análoga (adotando "𝑥 = 𝑥𝑖+1 ") determina-se a


derivada 1ª a ré com três pontos:

3. 𝑦𝑖 − 4. 𝑦𝑖−1 + 𝑦𝑖−2
𝑓′(𝑥) =
2. ∆𝑥

49
Métodos Numéricos para Engenheiros
Derivação Numérica

ANEXO 02
ATIVIDADES PROPOSTAS

Problema Proposto 01 - Dada a função 𝑓(𝑥) = 𝑠𝑖𝑛(𝑥) determine


numericamente suas derivadas no ponto “𝑥 = 5", como requerido
abaixo.

Derivadas a serem determinadas:

1. Derivada Primeira (avante, a ré, centrada)


2. Derivada segunda (avante, a ré, centrada)

Considere a seguintes condição de parada:

1. Erro absoluto = 0,0001. N máximo de 100.

Apresente como resultado as seguintes informações

1. Solução numérica, valor numérico da função


2. Número de interações executadas até a obtenção da
solução
3. Tabela com os resultados
a. Valor da derivada
b. Erro Absoluto
c. Escala de cores nos erros (Formatação condicional)

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Derivação Numérica

Problema Proposto 02 - Dada a função 𝑓(𝑥) = 𝑡𝑎𝑛𝑔(𝑥) determine


numericamente suas derivadas no ponto “𝑥 = 5", como requerido
abaixo.

Derivadas a serem determinadas:

3. Derivada Primeira (avante, a ré, centrada)


4. Derivada segunda (avante, a ré, centrada)

Considere a seguintes condição de parada:

2. Erro absoluto = 0,0001. N máximo de 100.

Apresente como resultado as seguintes informações

4. Solução numérica, valor numérico da função


5. Número de interações executadas até a obtenção da
solução
6. Tabela com os resultados
a. Valor da derivada
b. Erro Absoluto

Escala de cores nos erros (Formatação condicional)

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Derivação Numérica

Problema Proposto 03 - Dada a função 𝑓(𝑥) = 𝑒 𝑥 determine


numericamente suas derivadas no ponto “𝑥 = 0", como requerido
abaixo.

Derivadas a serem determinadas:

1. Derivada Primeira (avante, a ré, centrada 4 termos)


2. Derivada segunda (avante, a ré, centrada 4 termos)

Considere a seguintes condição de parada:

3. Erro absoluto = 0,0001. N máximo de 100.

Apresente como resultado as seguintes informações

7. Solução numérica, valor numérico da função


8. Número de interações executadas até a obtenção da
solução
9. Tabela com os resultados
a. Valor da derivada
b. Erro Absoluto
c. Escala de cores nos erros (Formatação condicional)

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Problema Proposto 04 - Dada a função 𝑓(𝑥) = 𝑒 𝑥 determine


numericamente suas derivadas no ponto “𝑥 = 2", como requerido
abaixo.

Derivadas a serem determinadas:

3. Derivada Primeira (avante, a ré, centrada 4 termos)


4. Derivada segunda (avante, a ré, centrada 4 termos)

Considere a seguintes condição de parada:

4. Erro absoluto = 0,0001. N máximo de 100.

Apresente como resultado as seguintes informações

10. Solução numérica, valor numérico da função


11. Número de interações executadas até a obtenção da
solução
12. Tabela com os resultados
a. Valor da derivada
b. Erro Absoluto

Escala de cores nos erros (Formatação condicional)

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Problema Proposto 05 - Dada a função 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑠𝑖𝑛(𝑥). 𝑒 𝑦


determine numericamente suas derivadas no ponto (0; 0), como
requerido abaixo.

Derivadas a serem determinadas:

𝜕𝑓(𝑥,𝑦) 𝜕𝑓(𝑥,𝑦) 𝜕2 𝑓(𝑥,𝑦) 𝜕2 𝑓(𝑥,𝑦) 𝜕2 𝑓(𝑥,𝑦)


1. 𝜕𝑥 𝜕𝑦
, 𝜕𝑥 2 , 𝜕𝑦2 , 𝜕𝑥.𝜕𝑦 ,

Considere a seguintes condição de parada:

1. Erro absoluto = 0,0001. N máximo de 100.

Apresente como resultado as seguintes informações

1. Solução numérica, valor numérico da função


2. Número de interações executadas até a obtenção da
solução
3. Tabela com os resultados
a. Valor da derivada
b. Erro Absoluto
c. Escala de cores nos erros (Formatação condicional)

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Derivação Numérica

Problema Proposto 06 - Dada a função 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑠𝑖𝑛(𝑥). 𝑒 𝑦


determine numericamente suas derivadas no ponto (5; 2), como
requerido abaixo.

Derivadas a serem determinadas:

𝜕𝑓(𝑥,𝑦) 𝜕𝑓(𝑥,𝑦) 𝜕2 𝑓(𝑥,𝑦) 𝜕2 𝑓(𝑥,𝑦) 𝜕2 𝑓(𝑥,𝑦)


2. 𝜕𝑥 𝜕𝑦
, 𝜕𝑥 2 , 𝜕𝑦2 , 𝜕𝑥.𝜕𝑦 ,

Considere a seguintes condição de parada:

2. Erro absoluto = 0,0001. N máximo de 100.

Apresente como resultado as seguintes informações

4. Solução numérica, valor numérico da função


5. Número de interações executadas até a obtenção da
solução
6. Tabela com os resultados
a. Valor da derivada
b. Erro Absoluto
c. Escala de cores nos erros (Formatação condicional)

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Derivação Numérica

Problema Proposto 07 - Dada a função 𝒇(𝒙, 𝒚, 𝒛) = 𝒙. 𝒚𝟐 . 𝒛𝟑


determine numericamente sua derivada no ponto (0; 0; 0), como
requerido abaixo.

Derivadas a serem determinadas:


𝜕𝑓(𝑥,𝑦,𝑧) 𝜕𝑓(𝑥,𝑦,𝑧) 𝜕𝑓(𝑥,𝑦,𝑧)
1. , , ,
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
𝜕2 𝑓(𝑥,𝑦,𝑧) 𝜕2 𝑓(𝑥,𝑦,𝑧) 𝜕2 𝑓(𝑥,𝑦,𝑧)
2. 𝜕𝑥 2
, 𝜕𝑦2 , 𝜕𝑧2 ,

Considere a seguintes condição de parada:

1. Erro absoluto = 0,0001. N máximo de 100.

Apresente como resultado as seguintes informações

1. Solução numérica, valor numérico da função


2. Número de interações executadas até a obtenção da
solução
3. Tabela com os resultados
a. Valor da derivada
b. Erro Absoluto
c. Escala de cores nos erros (Formatação condicional)

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Problema Proposto 08 - Dada a função 𝒇(𝒙, 𝒚, 𝒛) = 𝒙. 𝒚𝟐 . 𝒛𝟑


determine numericamente sua derivada no ponto (1; 2; 3), como
requerido abaixo.

Derivadas a serem determinadas:


𝜕𝑓(𝑥,𝑦,𝑧) 𝜕𝑓(𝑥,𝑦,𝑧) 𝜕𝑓(𝑥,𝑦,𝑧)
3. 𝜕𝑥
, 𝜕𝑦 , 𝜕𝑧 ,
𝜕2 𝑓(𝑥,𝑦,𝑧) 𝜕2 𝑓(𝑥,𝑦,𝑧) 𝜕2 𝑓(𝑥,𝑦,𝑧)
4. , , ,
𝜕𝑥 2 𝜕𝑦 2 𝜕𝑧 2

Considere a seguintes condição de parada:

2. Erro absoluto = 0,0001. N máximo de 100.

Apresente como resultado as seguintes informações

4. Solução numérica, valor numérico da função


5. Número de interações executadas até a obtenção da
solução
6. Tabela com os resultados
a. Valor da derivada
b. Erro Absoluto
c. Escala de cores nos erros (Formatação condicional)

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Derivação Numérica

Mãos à obra!

É através da árdua aplicação dos conceitos teóricos


que o aluno realmente assimila o conteúdo,
aprimorando sua forma de pensar a engenharia.

Este
58 não é um trabalho finalizado, muito pelo contrário, é apenas o início de uma
longa caminhada. Muito há por fazer. Agradecemos desde já as sugestões e as
críticas dos alunos. Só assim podemos aprimorar este documento.

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