Rio de Janeiro
Março de 2019
ESTUDO DE ESTRUTURA DE PERFIS TUBULARES DE AÇO PARA
COBERTURA EM FORMATO DE CÚPULA
Examinado por:
______________________________________
Prof. Eduardo de Miranda Batista, D.Sc.
EP/UFRJ
______________________________________
______________________________________
Prof. Silvia Corbani, D.Sc.
EP/UFRJ
Rio de Janeiro
Março de 2019
Veloso, Pedro Henrique Hopf
Referências Bibliográficas: p. 85
i
Agradecimentos
Agradeço aos meus pais, Monica e Guilherme, à minha avó, Irena, e à minha
irmã, Anna Beatriz, pelo amor, carinho e pela transmissão de valores essências
para a minha formação como ser humano.
Agradeço aos meus amigos e colegas, que ajudaram a tornar essa caminhada
um pouco mais leve e muito mais rica em conhecimentos e experiências.
ii
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como
parte dos requisitos necessários para obtenção do grau de Engenheiro Civil.
Março/2018
iii
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of
the requirements for the degree of Civil Engineer.
March/2019
For centuries the solution of dome shaped roofs has been used, because of its
capacity of covering large spans with low use of material. Among the many developed
conceptions of steel structures, the tubular frame trusses are a very interesting
option, for the structural behavior of that type of frame. The present work aims to
design, in a preliminary state, the dome shaped roof of an arena utilizing a tubular
frame structure. From the spans of the architectural and engineering projects, the
main beams composed of tubular frame trusses, will be determined. The numerical
analysis will be performed by the finite element method software. The loads and
design methods will be developed by the prescriptions of the Brazilian regulations
form the Brazilian Association for Technical Codes, ABNT.
iv
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1
1.1 CONTEXTO HISTÓRICO .............................................................................. 1
1.2 MOTIVAÇÃO ................................................................................................. 3
1.3 OBJETIVOS .................................................................................................. 4
1.4 METODOLOGIA............................................................................................ 6
1.5 DESCRIÇÃO DOS CAPÍTULOS ................................................................... 7
4 CARREGAMENTOS ........................................................................................... 26
4.1 CARGAS PERMANENTES ......................................................................... 26
4.1.1 Peso próprio ............................................................................................ 26
4.1.2 Peso das telhas de cobertura .................................................................. 26
4.2 CARGAS VARIÁVEIS ................................................................................. 27
4.2.1 Sobrecarga .............................................................................................. 27
4.2.2 Temperatura ............................................................................................ 29
4.2.3 Ação de vento ......................................................................................... 30
v
5 ANÁLISE DA ESTRUTURA ............................................................................... 36
5.1.1 Diagramas de esforços ............................................................................ 37
5.1.2 Verificação de deslocamentos ................................................................. 39
vi
7.4.3 Definição do caso de compressão e tração ............................................. 81
7.4.4 Verificação quanto a formação de charneira plástica, para a
compressão ........................................................................................................ 81
7.4.5 Verificação quanto ao arrancamento do parafuso para a tração .............. 81
7.4.6 Verificação quanto ao esmagamento do concreto ................................... 82
7.4.7 Resistência da solda do perfil na chapa .................................................. 82
vii
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTO HISTÓRICO
A cúpula é uma estrutura com formato semelhante ao de uma semiesfera
gerada a partir da revolução de um arco, formando, em sua maioria, coberturas. As
primeiras utilizações das cúpulas foram em tumbas e pequenas estruturas como
cabanas (ENCICLOPAEDIA BRITÂNICA,2018).
1
cobertura de vencer grandes vãos e a utilização de concreto não reforçado
demonstra a atuação preponderante de esforços de compressão na estrutura de
abóbada hemisférica com óculo.
Figura 1.2 Panteão Romano em pintura de Giovanni Panini (JANELA ITÁLIA, 2014).
2
1.2 MOTIVAÇÃO
A utilização de perfis tubulares, de seção circular ou de seção retangular,
possui vantagens em relação aos perfis convencionais do tipo I, H ou L. Como
exemplo dessas vantagens, pode-se comparar as propriedades geométricas de
perfis de seção tubular com perfis convencionais H de mesma massa. O momento
de inércia do tubo de seção transversal circular é até 80% superior ao do perfil
equivalente, enquanto para perfis quadrados, o momento de inércia chega a ser
100% maior. Já o raio de giração de ambos os perfis tubulares é cerca de 1,4 vezes
o raio de giração do perfil equivalente (ARAÚJO, et al., 2016). Além das melhores
propriedades físicas das seções tubulares, o fato dessas propriedades serem iguais
em toda as direções contribui para um excelente comportamento das peças na
compressão axial e torção. Na Figura 1.4 e na Figura 1.5, pode-se observar a
comparação entre os perfis de forma ilustrada e um gráfico de autoria de ARAÚJO
et al. (2016) que compara a resistência à compressão axial de diferentes perfis,
tubulares e convencionais, em função de seus comprimentos de flambagem
definidos por norma.
Figura 1.4: Comparação gráfica de seção transversal tubular circular e quadrada com
seção H de mesma dimensão (ARAÚJO, et al., 2016, adaptado).
3
Figura 1.5: Gráfico comparativo de força axial resistente por comprimento de flambagem
(ARAÚJO, et al., 2016).
1.3 OBJETIVOS
O presente trabalho de conclusão de curso tem como objetivo a análise dos
esforços e dimensionamento em caráter preliminar de uma cobertura de uma arena
poliesportiva, valendo-se do uso de perfis tubulares de aço com ligações soldadas.
4
Figura 1.6: Concepção da arena (TINOCO, 2018).
5
Algumas das premissas adotadas anteriormente, na concepção estrutural da
cobertura anterior, serão modificadas para o presente projeto. O vão livre será
aumentado, sendo adotado 93,26 m, a altura será reduzida para 12,55 m e as vigas
principais serão idealizadas como vigas treliçadas em múltiplos planos, com forma
inspirada na treliça da Figura 1.9. Nas treliças principais serão utilizados perfis
tubulares de seção quadrada para os banzos superior e inferior, devido à não
existência da flambagem lateral com torção nesse tipo de perfil. Para as diagonais
serão utilizados perfis de seção circular, uma vez que as ligações entre diagonais
tubulares circulares e banzos tubulares quadrados só possuem dois modos de falha,
por plastificação da face do banzo e por ruptura ou plastificação das diagonais na
região da solda.
1.4 METODOLOGIA
A análise da estrutura será executada com auxílio do programa computacional
SAP 2000 versão 20.2.0 (CSI, 2019) de análise pelo método dos elementos finitos.
No programa serão modeladas a estrutura completa do domo e os carregamentos
nele atuantes: cargas permanentes, sobrecargas acidentais, ambas definidas
segundo a NBR 6120 (ABNT, 1980) e forças devidas ao vento atuantes na cobertura,
calculadas segundo as prescrições da NBR 6123 (ABNT, 1988) e do Eurocode 1
(CEN,2010).
6
O dimensionamento das barras do treliçado, das ligações, dos sistemas de
apoio e dos contraventamentos será realizado seguindo a sequência e
procedimentos propostos na NBR 8800 (ABNT, 2008) e NBR 16239 (ABNT, 2013).
Com todas as seções de aço utilizadas e verificadas será realizada a quantificação
do peso de aço utilizado para a execução da estrutura e a comparação com os
valores de taxa de utilização de aço por unidade de área contidos na literatura.
7
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 TIPOS DE SOLUÇÕES EM FORMATO DE CÚPULA
As cúpulas possuem um funcionamento semelhante ao dos arcos, no que diz
respeito a transmissão de forças gravitacionais sob forma de compressão axial.
Contudo, na estrutura espacial, existe uma força, normalmente de tração, atuante
na direção horizontal, sendo, então, absorvida pelos arcos circunferenciais. Na
Figura 2.1 retirada de VENDRAME (1999), é possível observar os esforços em suas
localizações na estrutura de casca.
8
Segundo SANTOS (2005), devido a grande diferença entre a rigidez entre os
meridianos e os arcos, o sistema de cobertura possui o funcionamento de um
conjunto de arcos independentes, em detrimento de um funcionamento de casca.
9
As diagonais presentes no modelo foram idealizadas para trabalhar somente
tracionadas. Por esse motivo, são adotadas barras com elevada esbeltez, de forma
a flambarem elasticamente sob compressão axial, voltando a trabalhar quando
solicitadas a tração.
10
Figura 2.4: Exemplo de cúpula lamelar (MAKOWSKI, 1989).
11
2.2 DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS DE AÇO DE PERIS
TUBULARES
No que diz respeito às formulações das forças axiais de compressão e tração
resistentes de projeto, 𝑁𝑐,𝑅𝑑 e 𝑁𝑡,𝑅𝑑 , respectivamente, às formulações dos
momentos resistentes de projeto, 𝑀𝑥,𝑅𝑑 e 𝑀𝑦,𝑅𝑑 e nas equações de interação de
barras flexo-comprimidas e flexo-tracionadas, os perfis tubulares seguem o prescrito
na NBR 8800 (ABNT, 2008). Contudo, a realização de estudos específicos sobre
tubos sugere a utilização de coeficientes redutores de flambagem global próprios
para esse tipo de perfil, conforme descrito na NBR 16239 (2013).
12
3 DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA
Como descrito no item 1.3, o vão livre a ser coberto pela cobertura será de
93,26 m e a altura de 12,55 m, tendo como base a forma de uma parábola do segundo
grau. A tipologia da cúpula utilizada no projeto será nervurada, com as nervuras
formadas por vigas principais de seção retangular, treliçadas em múltiplos planos,
ligadas por um anel de compressão central no topo da estrutura. Existirão
contraventamentos ligando as laterais das vigas principais, de forma a melhorar a
resposta de deslocamentos do sistema, para reduzir os comprimentos de flambagem
lateral das vigas principais e resistir aos esforços de tração horizontais. As terças
serão compostas por treliças de perfis formados a frio, do tipo Steel Joist, escolhidas
em função do vão e da carga das telhas da cobertura e sobrecarga. Por fim, os apoios
da base da estrutura serão idealizados como engastes perfeitos, formados pela solda
de placas de aço conectadas a blocos e concreto por meio de chumbadores. O
esquema unifilar da estrutura é mostrada na Figura 3.1. Nos tópicos a seguir, serão
descritas em detalhes cada parte da estrutura idealizada.
13
transporte da mesma como uma peça monolítica. Desse modo foi escolhida a
fabricação da viga em módulos.
A fabricação de cada um dos módulos das vigas principais foi idealizada como
sendo em 4 vãos de 9,00 m e um vão de 8,40 m, sendo então transportada até o
canteiro para que sejam conectadas por ligações flangeadas. Foi determinada a altura
da treliça como sendo por volta de 60% da altura proposta por TINOCO (2018), devido
à utilização de uma treliça tridimensional, capaz de distribuir melhor aos esforços pela
quantidade maior de barras, quando comparada as treliças planas. Dessa forma, o
seguinte esquema foi montado para o posicionamento das vigas principais em corte
(Figura 3.2).
𝑏0⁄ 150,0⁄
15,00 ≤ 𝑡0 = 6,40 = 23,4 ≤ 25,0
onde:
𝑏0 é a largura do banzo;
𝑡0 é a espessura da parede do banzo;
14
Figura 3.3: Seção transversal da viga treliçada principal e posicionamento dos cortes
auxiliares AA e BB.
15
Figura 3.5: Vista superior da viga treliçada principal.
16
Figura 3.7: Corte auxiliar BB
Figura 3.8: Modelo volumétrico (esquerda) e unifilar (direita) do módulo de 9 metros da viga
principal.
3.1.2 Anel Central
No centro da cobertura, está previsto um óculo, com diametro de
aproximadamente 8,70 m, logo, para manter a abertura do óculo e conectar as vigas
principais, será projetado um anel central de ligação treliçado plano.
17
10. Para as diagonais, foram utilizados perfis circulares TC 73 x 5. Verificando as
recomendações citadas no item 3.1.1:
100,0⁄
6,40 15,63
15,00 ≤ { }={ } ≤ 25,0;
180,0⁄ 18,00
10,00
As ligações escolhidas para o anel central foram ligações tipo K, soldadas com
solda de penetração total em todo perímetro dos tubos. O anel será fabricado
fracionado, como na vista da Figura 3.9 e chegará à obra soldado na extremidade do
trecho de 8,40 m da viga principal, dessa forma, deverão ser aparafusadas as ligações
flangeadas entre as extremidades dos banzos de anéis consecutivos.
18
Figura 3.10: Esquema unifilar da ligação entre arco central e vigas principais.
3.1.3 Terças
Para as escolhas das terças, foram levados em conta, o maior vão a ser
vencido entre duas vigas, obtendo, dessa forma, a distância de 15,22 metros. Vencer
essa distância com perfis em aço convencional, resultaria em terças antieconômicas
(FURTINI, 2005). Dessa forma, serão utilizadas terças treliçadas, do tipo Steel Joist,
constituídas por perfis formados a frio, da fabricante VULCRAFT (2019). Na Figura
3.12, a seguir, encontra-se um modelo da Steel Joist com exemplos de
contraventamento em X, fornecidos sob medida para cada projeto. Na Figura 3.13, é
19
possível observar o detalhe da ligação considerada rotulada da treliça com a viga
principal.
Figura 3.12: Exemplo de treliça Steel Joist com contraventamentos em forma de “X”
(VULCRAFT, 2019).
Figura 3.13: Detalhe da conexão da Steel Joist com a viga principal (VULCRAFT, 2019).
3.1.4 Contraventamentos
Para o sistema de contraventamentos da estrutura principal, foi procurado
limitar o comprimento destravado lateralmente das nervuras principais em 5,4 m, de
forma a não sofrer demasiada redução de esforço normal resistente por FLT. Não
foram consideradas as resistências a compressão dos contraventamentos, sendo os
mesmos como sugerido por BELLEI (2010), determinados de forma a manter a
esbeltez no valor de 𝐿/300.
20
O esquema em “Cruz de Santo André”, mostrado na Figura 3.14, posicionado
na vertical, foi escolhido para o projeto. Encontra-se, na Figura 3.15 e na Figura 3.16,
o esquema unifilar das ligações do contraventamento.
Figura 3.14: Contraventamento do tipo Cruz de Santo André (CARNEIRO et al, 2008).
21
Figura 3.16: Detalhe da ligação do contraventamento com a estrutura principal, em modelo
unifilar.
22
modelos treliçados tridimensionais tornam-se extremamente complexos e trabalhosos
para resolução manual. Para a análise no presente trabalho foi utilizado o programa
computacional SAP 2000, como citado no item 1.4, que utiliza o Método dos
Elementos Finitos para determinação dos esforços.
𝐿𝑖 /𝑑𝑖 ≥ 6 (3.1)
onde:
𝐿𝑖 é o comprimento da diagonal;
𝑑𝑖 é o diametro da diagonal.
23
Dessa forma, é determinada, com a Equação 3.1 e as seções transversais da
Figura 3.3 e da Figura 3.11, a forma de modelagem das diagonais do treliçado
principal e das diagonais:
24
Figura 3.20: Condição de vinculação das diagonais da viga principal (Vista Lateral).
Figura 3.21: Condição de ligação das diagonais da viga principal (Vista superior).
h b d t m A Ix Iy rx ry Wx Wy Zx Zy J
Perfil
mm mm mm mm kg/m cm² cm⁴ cm⁴ cm cm cm³ cm³ cm³ cm³ cm⁴
TQ 150 X150 X6,4 150 150 - 6,4 28,6 36,4 1189 1189 5,71 5,71 158 158 188 188 1949
TC 60,3 X 5,6 - - 60,3 5,6 7,55 9,62 36,4 36,4 1,94 1,94 12,1 12,1 16,8 16,8 72,7
88,9 X 4 - - 88,9 4 8,38 10,7 96,3 96,3 3 3 21,7 21,7 28,9 28,9 193
TC 73 x 4 - - 73 4 6,81 8,67 51,8 51,8 2,44 2,44 14,2 14,2 19,1 19,1 104
TC 73 X 5 - - 73 5 8,38 10,7 62,1 62,1 2,41 2,41 17 17 23,2 23,2 124
TR 200 X 100 X 6,4 200 100 - 6,4 28,6 36,4 1761 598 6,95 4,05 176 120 222 137 1503
TR 220 X 180 X 10 220 180 - 10 57,8 73,7 4900 3595 8,16 6,99 445 399 541 472 6915
25
4 CARREGAMENTOS
As ações que atuam sobre uma estrutura são definidas como qualquer tipo de
influência que desperte tensões, deformações ou movimentação de corpo rígido nas
estruturas. Levando em conta a frequência ou variabilidade com o tempo, elas podem
ser classificadas como: permanentes; variáveis e excepcionais.
26
Figura 4.1: Carregamento distribuído das telhas.
4.2.1 Sobrecarga
De acordo com a NBR 8800 (ABNT, 2008), o valor de sobrecarga para
coberturas não sujeitas a acumulo de material é de 𝑝𝑠𝑜𝑏 = 0,25 𝑘𝑁/𝑚² . A carga
27
aplicada na estrutura será calculada como em 4.1.2. Na Figura 4.3 e na Figura 4.4 são
apresentados os carregamentos na estrutura :
28
4.2.2 Temperatura
Segundo dados do INMET, pelo conjunto de dados desde 1961 a variação de
temperaturas médias no Rio de Janeiro é de 23,8𝑜 𝐶 à 42𝑜 𝐶. Segundo a NBR 8800
(ABNT, 2008), é recomendada a adoção de 60% da variação das temperaturas
médias, respeitando o valor mínimo de 10𝑜 𝐶 . Na Figura 4.5 e na Figura 4.6 são
representados os carregamentos na estrutura.
29
4.2.3 Ação de vento
A determinação das ações variáveis decorrentes do vento foi tomada como na
NBR 6123 (ABNT, 1988), sendo função da localização geográfica de implantação da
estrutura, de suas dimensões e do seu tipo de uso.
𝑉𝑘 = 𝑉0 × 𝑆1 × 𝑆2 × 𝑆3 (4.6)
A velocidade 𝑉0 , no rio de Janeiro é de 35 𝑚/𝑠, sendo obtida por meio de
interpolação no gráfico de isopletas contido na NBR 6123 (ABNT, 1988), mostrado na
Figura 4.7, abaixo.
30
• Para terrenos planos ou fracamente acidentados, tem-se 𝑆1 = 1,00;
• Para Estruturas com altura total aproximadamente 30 m ( 15 + 12,55 =
27,55), cujo maior comprimento é superior à 50 m (Classe C) e encontram-
se localizadas em conas urbanas (Categoria IV), tem-se 𝑆2 = 0,93;
• Para edificações com alto fator de ocupação, tem-se 𝑆3 = 1,00
A pressão dinâmica (𝑞) de vento é obtida, como na Equação 4.7 (ABNT, 1988)
a seguir:
sendo:
31
Figura 4.8: Dimensões consideradas para cálculo de 𝑐𝑝𝑒 (ABNT, 1988).
𝑓 12,55
= = 0,13 > 0,05 → 𝑂𝐾
𝑑 93,26
ℎ 15
= = 0,16 < 0,25 → 𝑁Ã𝑂 𝑂𝐾
𝑑 93,26
32
São obtidos, então os coeficientes de pressão externa da estrutura, gerando a
seguinte variação de coeficientes ao longo da cobertura:
33
A pressão de vento será aplicada nas quatro direções principais, como
mostrado na Figura 4.11 ,Figura 4.12, Figura 4.13 e Figura 4.14 .
34
Figura 4.13: Vento aplicado na direção Oeste → Leste.
35
5 ANÁLISE DA ESTRUTURA
De forma a considerar os efeitos simultâneos dos carregamentos atuantes,
considerando as probabilidades de ocorrência simultânea, são realizadas as
combinações de carga no E.L.U. para dimensionamento, E.L.S (𝐶𝑞𝑝 ) para verificação
do deslocamento das vigas de cobertura e dois casos especiais de E.L.S. ( 𝐶𝑟 ),
segundo prescrito na NBR 8800 (ABNT, 2008), para avaliar os deslocamentos nas
terças. Seguindo os coeficientes presentes nas Tabelas 1 e 2, do item 4.7.5 da NBR
8800 (ABNT, 2008) do presente trabalho, foram gerados 6 casos de combinação para
cada um dos estados limite. Os coeficientes estão apresentados na Tabela 5.1, Tabela
5.2 e na Tabela 5.3.
36
5.1.1 Diagramas de esforços
A seguir, da Figura 5.1 à Figura 5.9, são apresentadas as formas dos
diagramas de esforços normais para cada um dos carregamentos aplicados com seus
valores característicos, sendo mostrado apenas 1 viga principal e o arco central, uma
vez que os esforços possuem simetria axial. Na Figura 5.10 e na Figura 5.11 são
mostrados os esforços normais para a envoltória das combinações no E.L.U e no
E.L.S.
Figura 5.2: Diagrama de esforços normais causado pelo peso das telhas total.
37
Figura 5.4: Diagrama de esforços normais causado pela variação positiva de temperatura.
Figura 5.5: Diagrama de esforços normais causado pela variação negativa de temperatura.
Figura 5.6 Diagrama de esforços normais causado pelo vento Norte → Sul.
Figura 5.7 Diagrama de esforços normais causado pelo vento Sul → Norte.
38
Figura 5.8 Diagrama de esforços normais causado pelo vento Oeste → Leste.
Figura 5.9 Diagrama de esforços normais causado pelo vento Leste → Oeste.
39
cobertura foram utilizados os deslocamentos somente das combinações ELS VII e
ELS VIII. Na Figura 5.12, na Figura 5.13 e na Figura 5.14 são mostrados os
deslocamentos e posteriormente suas verificações conforme os valores presentes na
NBR 8800 (ABNT, 2008).
40
Figura 5.14: Deslocamentos nas terças na combinação E.L.S. 8.
41
Figura 5.15: Comparação de deslocamentos de arcos aproximados por intervalos retos de
9,0m (superior) e por intervalos retos de 4,5m (inferior).
Figura 5.16: Comparação de momentos fletores de arcos aproximados por intervalos retos
de 9,0 m (superior) e por intervalos retos de 4,5 m (inferior).
42
6 DIMENSIONAMENTO DOS PERFIS TUBULARES
6.1 BARRAS DO TRELIÇADO PRINCIPAL
6.1.1 Banzos
Os esforços de compressão solicitantes de projeto ( 𝑁𝑐,𝑆𝑑 ), de tração
solicitantes de projeto (𝑁𝑡,𝑆𝑑 ), de momentos fletores solicitantes de projeto (𝑀𝑥,𝑆𝑑 e
𝑀𝑦,𝑆𝑑 ), são obtidos do modelo computacional avaliado na envoltória de combinações
no E.L.U, e estão expostos na Figura 6.1 e na Figura 6.2. Na Figura 6.3, está
representado o esquema de eixos locais (x, y) utilizados para o dimensionamento.
43
Figura 6.3: Esquema de eixos locais considerados durante o dimensionamento
(VALLOUREC).
𝐿𝑑
𝜆𝑡 = ( ) ≤ 300 (6.1)
𝑟 𝑚𝑎𝑥
𝐾𝐿
𝜆𝑐 = ( ) ≤ 200 (6.2)
𝑟 𝑚𝑎𝑥
onde:
𝜆𝑡 o índice de esbeltez para tração;
𝜆𝑐 o índice de esbeltez para a compressão;
𝐿𝑑 o comprimento destravado da peça;
𝑟 o raio de giração da seção transversal;
𝐾 o coeficiente de flambagem;
𝐿 é o comprimento da barra.
540
𝜆𝑡 = = 94,57 < 300
5,71
1 × 540
𝜆= = 94,6 < 200
5,71
De acordo com a NBR 8800 (ABNT, 2008), são dois os modos de falha de
barras sob tração: escoamento da seção bruta e a ruptura da seção líquida.
44
No escoamento da seção bruta, são verificadas deformações tão excessivas
que inutilizam a estrutura, para que esse modo seja deflagrado a tração solicitante de
projeto precisa exceder a força de escoamento da seção bruta dada na Equação 6.3.
𝐴𝑔 𝑓𝑦 (6.3)
𝑁𝑡,𝑅𝑑 = ⁄𝛾
𝑎1
sendo:
𝑁𝑡,𝑅𝑑 a tração resistente de projeto;
𝐴𝑔 a área bruta da seção tubular;
𝑓𝑦 a tensão de escoamento característica do aço da seção;
𝛾𝑎1 = 1,1 o fator de fator de redução das resistências no escoamento.
36,4 × 25
𝑁𝑡,𝑅𝑑 = = 827 𝑘𝑁 > 𝑁𝑡,𝑆𝑑 = 207 𝑘𝑁
1,1
Como não existem recortes nas barras de ligação dos banzos em questão, não
é necessária a verificação do modo de ruptura da seção liquida. Portanto considera-
se atendido o critério de resistência à tração.
𝜒𝑄𝐴𝑔 𝑓𝑦 (6.4)
𝑁𝑐,𝑅𝑑 = ⁄𝛾
𝑎1
sendo:
𝑁𝑐,𝑅𝑑 a força de compressão resistente de projeto;
𝜒 o fator redutor devido à flambagem global;
𝑄 o fator redutor devido à flambagem local;
𝑓𝑦 é a resistência ao escoamento do aço;
𝛾𝑎1 = 1,1 o fator de fator de redução das resistências no escoamento.
45
A NBR8800 (ABNT, 2008) determina o valor do parâmetro de esbeltez da viga
de seção retangular ou quadrada para não ocorrência da flambagem local pela
Equação 6.5:
𝑏𝑝,𝑖 (6.5)
𝜆= ⁄𝑡 ≤ 1,4 √𝐸𝑎⁄
𝑓𝑦
onde:
𝑏𝑝𝑖 é a maior dimensão entre a largura e a altura do perfil, descontados os raios
externos;
𝑡 é a espessura da parede do perfil;
𝐸𝑎 é o módulo de elasticidade do aço;
𝑓𝑦 é a resistência ao escoamento do aço.
𝑄𝐴𝑔 𝑓𝑦 (6.6)
𝜆0 = √ ⁄𝑁 ≤ 3
𝑒
sendo:
𝑄 o fator redutor devido à flambagem local;
𝐴𝑔 a área bruta da seção transversal do perfil;
𝑓𝑦 é a resistência ao escoamento do aço;
𝑁𝑒 = a força axial de flambagem elástica, considerada o menor valor entre a força de
flambagem na direção x, 𝑁𝑒𝑥 e na direção y, 𝑁𝑒𝑦 .
46
𝜋 2 × 20000 × 1189
𝑁𝑒 = 𝑁𝑒𝑥 = 𝑁𝑒𝑦 = = 994 𝑘𝑁
(0,9 × 540)2
1 × 36,4 × 25
𝜆0 = √ = 0,957 < 3,0
994
𝜒 = 1⁄ 1/2,24 (6.7)
(1 + 𝜆4,48
0 )
em que:
𝜆0 é o índice de esbeltez reduzido
𝜒 = 1⁄ 1 = 0,765
(1 + 0,9574,48 )2,24
Por fim, é determinada a resistência a compressão dos banzos, pela Equação
6.4:
0,765 × 36,4 × 25
𝑁𝑐,𝑅𝑑 = = 633 𝑘𝑁
1,1
47
𝐸
𝜆 ≤ 𝜆𝑝 = 1,12√ 𝑎⁄𝑓 (6.8)
𝑦
onde:
𝜆𝑝 é o parâmetro correspondente à plastificação da seção;
𝐸𝑎 é o modulo de elasticidade do aço;
𝑓𝑦 é a resistência ao escoamento do aço;
O limite para a que não se configure a FLA é dado pela norma brasileira na
Equação 6.10.
𝐸
𝜆 ≤ 𝜆𝑝 = 2,42√ 𝑎⁄𝑓 (6.10)
𝑦
onde:
𝜆𝑝 é o parâmetro correspondente à plastificação da seção;
𝐸𝑎 é o modulo de elasticidade do aço;
𝑓𝑦 é a resistência ao escoamento do aço;
Com os valores referentes ao TC 150 x 150 x 6,4,
200000
𝜆 = 20,44 < 2,42 × √ = 68,45
250
Como não foi configurada a FLA, a Equação 6.9 é a utilizada para calcular o
momento resistente característico.
𝑀𝑥,𝑅𝑘 = 𝑀𝑦,𝑅𝑘 = 47,0 𝑘𝑁𝑚
48
Logo, determina-se o momento fletor resistente de projeto, pelo menor
momento resistente característico entre FLT, FLM e FLA pela Equação 6.11.
𝑀𝑖,𝑅𝑘
𝑀𝑖,𝑅𝑑 = ⁄𝛾 (6.11)
𝑎1
em que:
𝑀𝑖,𝑅𝑘 é o menor momento fletor resistente característico para FLT, FLM e FLA na
direção 𝑖 = 𝑥 ou 𝑖 = 𝑦;
𝛾𝑎1 = 1,100 o fator de fator de redução das resistências no escoamento.
A interação entre flexão e esforços normais nas vigas é dada, pela NBR 8800
(ABNT, 2008), pelas equações 6.12 e 6.13.
𝑁𝑠𝑑
Para ≥ 0,2
𝑁𝑟𝑑
𝑁𝑆𝑑 8 𝑀𝑥,𝑆𝑑 𝑀𝑦,𝑆𝑑
Tem-se + ( + ) ≤ 1,0 (6.12)
𝑁𝑅𝑑 9 𝑀𝑥,𝑅𝑑 𝑀𝑦,𝑅𝑑
𝑁𝑠𝑑
Para < 0,2
𝑁𝑟𝑑
𝑁𝑆𝑑 𝑀𝑥,𝑆𝑑 𝑀𝑦,𝑆𝑑
Tem-se +( + ) ≤ 1,0 (6.13)
2 𝑁𝑅𝑑 𝑀𝑥,𝑅𝑑 𝑀𝑦,𝑅𝑑
sendo:
𝑁𝑆𝑑 , 𝑀𝑥,𝑆𝑑 e 𝑀𝑦,𝑆𝑑 as normais o momentos fletores solicitantes;
𝑁𝑅𝑑 , 𝑀𝑥,𝑅𝑑 e 𝑀𝑦,𝑅𝑑 as normais o momentos fletores resistentes de projeto;
439
= 0,694 > 0,2
633
49
6.1.2 Diagonais
Os esforços solicitantes de projeto, retirados do modelo computacional, estão
expostos na Figura 6.4, abaixo, seguidos, na Figura 6.5 , pelos eixos locais utilizados
para referência.
50
Para ligações do tipo K, tem-se:
𝑑1 + 𝑑2
𝛽= ⁄2𝑏 (6.14)
0
sendo:
𝑑1 e 𝑑2 o diametro das diagonais tracionada e comprimida;
𝑏0 a largura do banzo;
60,3 + 60,3
𝛽= = 0,402 < 0,6
2 × 150
∴ 𝐾𝑑𝑖𝑎𝑔 = 0,75
0,75 × 106,1
𝜆= = 41,02 < 200
1,94
𝐿𝑑 106,1
= = 54,69 < 300
𝑟 1,94
9,62 × 25
𝑁𝑡,𝑅𝑑 = = 219 𝑘𝑁 > 𝑁𝑡,𝑆𝑑 = 63,8 𝑘𝑁
1,1
Como não existem recortes nas barras de ligação das diagonais em questão,
não é necessária a verificação do modo de ruptura da seção liquida. Portanto
considera-se atendido o critério de resistência à tração.
𝜆 = 𝑑⁄𝑡 (6.15)
𝑑⁄ ≤ 0,11 𝐸𝑎⁄ (6.16)
𝑡 𝑓𝑦
em que:
𝑑 é o diametro da diagonal;
𝑡 é a espessura da parede da diagonal;
51
𝐸𝑎 é o modulo de elasticidade do aço;
𝑓𝑦 é a resistência ao escoamento do aço;
Aplicando as dimensões do TC 60,3 x 5,6 na Equação 6.15 e comparando o
seu resultado na Equação 6.16, obtém-se:
∴ 𝑄=1
𝜋 2 × 𝐸𝑎 × 𝐼 𝜋 2 × 20000 × 36,4
𝑁𝑒 = = = 1135 𝑘𝑁
(𝐾 × 𝐿)2 (0,75 × 106,1)2
9,62 × 25
𝜆0 = √ = 0,46 < 3,0
1135
𝜒 = 1⁄ 1 = 0,986
(1 + 0,464,48 )2,24
0,986 × 9,62 × 25
𝑁𝑐,𝑅𝑑 = = 216 𝑘𝑁 > 69,3 𝑘𝑁
1,1
52
Figura 6.6: Esforços normais solicitantes de projeto nos banzos.
Figura 6.7: Momentos máximos (𝑀𝑦,𝑆𝑑 - esquerda) (𝑀𝑥,𝑆𝑑 - direita ) nas vigas principais.
53
1 × 153,6
𝜆= = 37,9 < 200
4,05
36,4 × 25
𝑁𝑡,𝑅𝑑 = = 827 𝑘𝑁 > 𝑁𝑡,𝑆𝑑 = 9,82 𝑘𝑁
1,1
∴ 𝑄=1
𝜋 2 × 𝐸𝑎 × 𝐼𝑦 𝜋 2 × 20000 × 598
𝑁𝑒 𝑦 = = = 5003 𝑘𝑁
(𝐾 × 𝐿)2 (1,0 × 153,6)2
36,4 × 25
𝜆0 = √ = 0,426 < 3,0
5003
1
𝜒= 1 = 0,990
(1 + 0,4264,48 )2,24
0,990 × 36,4 × 25
𝑁𝑐,𝑅𝑑 = = 819 𝑘𝑁
1,1
54
limite para a não ocorrência de flambagem, definidos na NBR 8800 (ABNT,2008) são
apresentados na Equação 6.17
𝐿𝑏 0,13 𝐸𝑎 √𝐽 𝐴𝑔
𝜆= ≤ 𝜆𝑝 = (6.17)
𝑟𝑦 𝑍𝑥 𝑓𝑦
sendo:
𝐿𝑏 o comprimento destravado da viga;
𝑟𝑦 é o raio de giração do eixo de menor inércia;
𝜆𝑝 é o parâmetro correspondente à plastificação da seção;
𝐽 é a constante de torção da seção transversal;
𝐴𝑔 a área bruta da seção tubular;
𝐸𝑎 é o módulo de elasticidade do aço;
𝑓𝑦 a tensão de escoamento característica do aço da seção;
55
Para a FLM,
200000
𝜆 = 28,25 < 1,12 × √ = 31,7
250
200000
𝜆 = 12,63 < 2,42 × √ = 68,4
250
56
Figura 6.10: Esforços cortantes solicitantes de projeto nos banzos.
Figura 6.11: Momentos máximos (𝑀𝑦 - esquerda) (𝑀𝑥 - direita ) nas vigas principais.
1 × 153,6
𝜆= = 22,0 < 200
6,99
73,7 × 25
𝑁𝑡,𝑅𝑑 = = 1675 𝑘𝑁 > 36,8 𝑘𝑁
1,1
𝜋 2 × 𝐸𝑎 × 𝐼𝑦 𝜋 2 × 20000 × 3595
𝑁𝑒 𝑦 = = = 30078 𝑘𝑁
(𝐾 × 𝐿)2 (1,0 × 153,6)2
57
O índice de esbeltez reduzido é calculado, com o valor da menor força de
flambagem:
73,7 × 25
𝜆0 = √ = 0,248 < 3,0
30078
𝜒 = 1⁄ 1 = 0,999
(1 + 0,2484,48 )2,24
0,999 × 73,7 × 25
𝑁𝑐,𝑅𝑑 = = 1673 𝑘𝑁
1,1
Para a FLM,
180 − 3 × 10 200000
𝜆= = 15 < 𝜆𝑝 = 1,12 × √ = 31,7
10 250
220 − 3 × 10 200000
𝜆= = 19 < 𝜆𝑝 = 2,42 × √ = 68,4
10 250
58
• Momento fletor resistente no eixo Y:
Para a FLM,
200000
𝜆 = 19 < 1,12 × √ = 31,7
250
200000
𝜆 = 15 < 2,42 × √ = 68,4
250
Sob ação do esforço cortante, nas vigas de seção retangular, é possível que
as compressões, causadas pelas tensões de cisalhamento, gerem instabilidade nas
almas dos perfis (ARAÚJO et al, 2016). É determinado o parâmetro de esbeltez 𝜆 e a
relação para que a instabilidade não seja configurada na Equação 6.18
ℎ𝑝 𝐸
𝜆= < 𝜆𝑝 = 2,46√ 𝑎⁄𝑓 (6.18)
𝑡 𝑦
180 − 3 × 10 200000
𝜆= = 15 < 𝜆𝑝 = 2,46 × √ = 69,6
10 250
para 𝜆 ≤ 𝜆𝑝
tem-se 𝑉𝑝𝑙 0,6 2 ℎ𝑝 𝑓𝑦 (6.19)
𝑉𝑅𝑑 = ⁄𝛾 = ⁄𝛾
𝑎1 𝑎1
59
sendo:
𝑉𝑝𝑙 é a força cortante correspondente à plastificação;
ℎ𝑝 é a altura plana da seção, no sentido da atuação do esforço cortante;
𝑓𝑦 a tensão de escoamento característica do aço da seção;
𝛾𝑎1 = 1,1 o fator de fator de redução das resistências no escoamento.
Aplicando a Equação 6.22, para o perfil TQ 220 x 180 x 10, é obtido o esforço
cortante resistente de projeto.
(180 − 3 × 10)
0,6 × 2 × 10 × 25
∴ 𝑉𝑅𝑑 = = 409 𝑘𝑁 > 141,7 𝑘𝑁
1,1
Portanto, aprova-se, preliminarmente, o perfil TR 220 x 180x 10 composto de
aço VMB 250 da VALLOUREC como banzo inferior do anel central.
6.2.3 Diagonais
Os esforços solicitantes de projeto, retirados do modelo computacional, estão
expostos na Figura 6.12, abaixo.
73 + 73
𝛽= = 0,73 > 0,6
2 × 100
∴ 𝐾𝑑𝑖𝑎𝑔 = 0,9
60
• Verificação da esbeltez de perfis comprimidos e tracionados:
0,9 × 99,1
𝜆= = 37,0 < 200
2,41
𝐿𝑑 99,1
= = 41,1 < 300
𝑟 2,41
10,7 × 25
𝑁𝑡,𝑅𝑑 = = 243 𝑘𝑁 > 𝑁𝑡,𝑆𝑑 = 63,8 𝑘𝑁
1,1
Como não existem recortes nas barras de ligação dos banzos em questão, não
é necessária a verificação do modo de ruptura da seção liquida. Portanto considera-
se atendido o critério de resistência à tração.
∴ 𝑄=1
𝜋 2 × 𝐸𝑎 × 𝐼 𝜋 2 × 20000 × 62,1
𝑁𝑒 = = = 1824 𝑘𝑁
(𝐾 × 𝐿)2 (0,9 × 91,1)2
10,70 × 25
𝜆0 = √ = 0,383 < 3,0
1824
𝜒 = 1⁄ 1 = 0,994
(1 + 0,3834,48 )2,24
61
0,994 × 10,70 × 25
𝑁𝑐,𝑅𝑑 = = 242 𝑘𝑁 > 16,18 𝑘𝑁
1,1
6.3 CONTRAVENTAMENTOS
Os esforços de tração solicitantes de projeto (𝑁𝑡,𝑆𝑑 ) nos contraventamentos,
são obtidos do modelo computacional avaliados na envoltória de combinações no
E.L.U, e está exposto na Figura 6.13.
8,67 × 25
𝑁𝑡,𝑅𝑑 = = 197 𝑘𝑁 > 32,7 𝑘𝑁
1,1
62
barras, a tração solicitante não pode exceder a tração resistente dada pela Equação
6.20:
𝐴𝑒 𝑓𝑢 𝐶𝑡 𝐴𝑔 𝑓𝑢
𝑁𝑡,𝑆𝑑 ≤ 𝑁𝑡,𝑅𝑑 = = (6.21)
𝛾𝑎2 𝛾𝑎2
em que:
𝐴𝑒 é a área liquida efetiva da seção;
𝐶𝑡 o fator de redução;
𝑓𝑢 é a tensão de ruptura característica do aço da seção;
𝛾𝑎2 = 1,35 é o fator de fator de redução das resistências na ruptura.
O coeficiente 𝐶𝑡 pode ser tomado de acordo com a NBR 16239 (ABNT, 2013),
como na Equação 6.22, para perfis tubulares circulares cuja divisão do diâmetro
da seção transversal ( 𝑑 ) pela sua espessura ( 𝑡 ), não supere 45 e que o
comprimento da ligação soldada (𝑙𝑐 ) não seja menor do que o 𝑑.
−10
𝑒𝑐 3,2
𝐶𝑡 = [1 + ( ) ] (6.22)
𝑙𝑐
sendo:
𝑒𝑐 a excentricidade da ligação;
Considerando as dimensões das barras de contraventamento nas relações
supracitadas:
𝑑 88,9
= = 22,2 < 45; 𝑙𝑐 = 88,9 𝑚𝑚 = 𝑑
𝑡 4
−10
73 4,5 3,2
− 2
𝐶𝑡 = [1 + ( 𝜋 ) ] = 0,832
73
0,832 × 8,67 × 40
𝑁𝑡,𝑅𝑑 = = 214 𝑘𝑁 > 32,7 𝑘𝑁
1,35
63
7 DIMENSIONAMENTO DAS LIGAÇÕES
As ligações soldadas utilizadas no presente trabalho são classificadas pela
NBR 16239 (ABNT, 2013), do tipo K uniplanares com afastamento (Figura 7.1
utilizadas no anel central e as ligações KK multiplanares com afastamento (Figura
7.2) utilizadas na viga principal treliçada.
Figura 7.1: Ligação soldada K uniplanares com afastamento (ARAÚJO et al, 2016).
64
A NBR 16329 (ABNT, 2013), define 5 modos de falha referentes às ligações
soldadas: Modos A, B, C, D, E, sendo cada um dos mecanismos de ruptura
explicitados na Tabela 7.1 e ilustrados na Figura 7.3.
Tabela 7.1: Modos de falha para ligações entre perfis tubulares soldados.
Modos Mecanismo de Ruptura
A Plastificação da face ou de toda a seção transversal do banzo
B Plastificação, amassamento ou instabilidade da face lateral do banzo
C Plastificação por instabilidade por cisalhamento do banzo
D Ruptura por punção da parede do banzo
E Ruptura ou plastificação das diagonais na região da solda
Figura 7.3: Modos de falha para atuação de esforços normais e de momento fletor (ABNT,
2013).
65
7.1 BARRAS DO TRELIÇADO PRINCIPAL
Como exposto nos itens 3.1.1 e 3.2, as ligações entre as diagonais de seção
circular e os banzos de seção quadrada serão do tipo KK com afastamento, soldada
com eletrodo E70 em todo o perímetro da diagonal.
Tabela 7.2: Condições de validade das ligações entre diagonais de perfis tubulares
circulares e banzos de perfis tubulares retangulares (ABNT, 2013, adaptada).
Condições de Validade de ligações K
Compressão Tração Tração ou compressão
𝑑𝑖 𝑔 ≤ 1,5 𝑏0 (1 − 𝛽)
≥ 0,4 50
𝑑𝑖 𝐸 𝑑𝑖 𝑏0 𝑏0 0,5 𝑏0 (1 − 𝛽)
≤ 0,05 ≤ 50 ≤ {0,05 𝐸 } 𝑔≥{ }
𝑡𝑖 𝑓𝑦 𝑡1 + 𝑡2
𝑡𝑖 𝑑𝑖 𝑡0 𝑓𝑦
≤ 0,8 ℎ0
𝑏0 0,5 ≤ ⁄𝑏 ≤ 2,0
0
Tabela 7.3: Parâmetros extras entre diagonais de perfis tubulares circulares e banzos
quadrados.
Parâmetros extras de ligações K
𝑑 + 𝑑2 𝑏0
0,6 ≤ ( 1 ⁄2𝑑 ) ≤ 1,3 ≥ 15
1 𝑡0
66
𝛾𝑎1 = 1,1 o fator de fator de redução das resistências no escoamento;
𝑑1 +𝑑2
𝛽= 2 𝑏0
para ligações K;
𝑏
𝛾 = 2𝑡0 para banzos de seção quadrada ou retangular;
0
2 2
𝑁0,𝑆𝑑 0,71 𝑉0,𝑆𝑑
[ ] +[ ] ≤1 (7.2)
𝑁𝑝𝑙,0,𝑅𝑑 𝑉𝑝𝑙,0,𝑅𝑑
sendo:
𝑁0,𝑆𝑑 a normal solicitante de projeto do banzo;
𝑁𝑝𝑙,0,𝑅𝑑 a normal de plastificação resistente do banzo;
𝑉0,𝑆𝑑 = 𝑁𝑖 𝑠𝑒𝑛𝜃𝑖 , sendo 𝑁𝑖 e 𝜃𝑖 o maior dos esforços de tração ou compressão nas
diagonais e suas inclinações respectivas;
𝑉𝑝𝑙,0,𝑅𝑑 = 1,2(ℎ0 − 4𝑡0 )𝑡0 𝑓𝑦0 /𝛾𝑎1, onde ℎ0 e 𝑡0 são a altura e espessura da parede do
banzo;
𝑓𝑦0 é a resistência ao escoamento do aço;
𝛾𝑎1 = 1,1 o fator de fator de redução das resistências no escoamento.
67
7.1.1 Esforços solicitantes de projeto
Figura 7.4: Momento fletor (esquerda) e esforço cortante (direita) no banzo, na região da
ligação.
68
7.1.2 Relações geométricas entre os perfis
𝑑1 𝑑2 60,3 200000
= = = 10,77 < { 0,05 × 250 = 40}
𝑡1 𝑡2 5,6
50
𝑑1
0,4 ≤ = 0,402 ≤ 0,8
𝑏0
𝑏0 150
= = 23,44 > 15
𝑡0 6,4
ℎ0 150
0,5 < = = 1,0 < 2,0
𝑏0 150
𝑑1 + 𝑑2
0,6 < = 1,0 < 1,3
2𝑑1
60,3 + 60,3
𝛽= = 0,402
2 × 150
150
𝛾= = 11,71
2 × 6,4
69
𝑁1,𝑅𝑑 = 𝑁2,𝑅𝑑 = 102,6 𝑘𝑁 > 72,5 𝑘𝑁
𝑓𝑦 (7.3)
𝑅𝑑,𝑚 = 𝑡𝑖 𝑙𝑒𝑓 ⁄𝛾
𝑎1
sendo:
𝑡𝑖 é a espessura da diagonal comprimida ou tracionada;
𝑙𝑒𝑓 o comprimento efetivo de solda;
𝑓𝑦 é a resistência ao escoamento do aço;
𝛾𝑎1 = 1,1 o fator de fator de redução das resistências do aço no escoamento.
𝑙𝑒𝑓 = 2 𝜋 𝑟𝑚 𝐾𝑎 (7.4)
em que:
𝑑𝑖 𝑡
𝑟𝑚 = − 𝑖, sendo 𝑑𝑖 o diâmetro da diagonal e 𝑏𝑤 a largura da solda;
2 2
1+1/𝑠𝑒𝑛𝜃
𝐾𝑎 = , sendo 𝜃 o ângulo entre o eixo das barras;
2
1
60,3 5,6 1+
𝑠𝑒𝑛(45)
𝑟𝑚 = − = 32,95 𝑚𝑚; 𝑘𝑎 = = 1,207;
2 2 2
0,250
𝐹𝑤,𝑅𝑑 = 250 × 5,6 × = 318 𝑘𝑁 > 72,5 𝑘𝑁
1,10
70
com eletrodo E70 em todo o perímetro da diagonal. As verificações geométricas das
ligações são as mesmas adotadas na Tabela 7.2, entretanto, a ligação de banzos
retangulares sofre influência de 4 modos possíveis de falha, A, C, E e D. Cujas
formulações se encontram resumidas na Tabela 7.4.
Tabela 7.4: Esforços Normais resistentes de projeto para banzos de perfis retangulares.
Modo de
Normais resistentes de projeto
falha
A 𝑁𝑖,𝑅𝑑 = Equação 7.1
0,66 𝑓𝑦0 𝐴𝑣
C 𝑁𝑖,𝑅𝑑 = ( ⁄𝑠𝑒𝑛 ) /𝛾𝑎1
𝜃𝑖
sendo:
𝑑𝑖 = (𝑑1 ou 𝑑2 ) é o diametro da diagonal analisada;
𝑡𝑖 = (𝑡1 ou 𝑡2 ) é a espessura da parede da diagonal analisada;
𝜃𝑖 é a inclinação da diagonal de seção circular;
𝑏𝑜 é a largura do perfil do banzo;
𝑡0 é a espessura da parede do banzo;
𝐸𝑎 é o modulo de elasticidade do aço;
𝑓𝑦0 é a resistência ao escoamento do aço do banzo;
𝑓𝑦𝑖 = (𝑓𝑦1 ou 𝑓𝑦2 ) é a resistência ao escoamento do aço da diagonal analisada;
𝛾𝑎1 = 1,1 o fator de fator de redução das resistências no escoamento;
𝐴𝑣 = 2ℎ0 × 𝑡0 , para diagonais de perfil circular;
10 𝑓𝑦0 𝑡0
𝑏𝑖,𝑒𝑓 = 𝑏 𝑑𝑖 ≤ 𝑑𝑖 ;
0 /𝑡0 𝑓𝑦𝑖
10
𝑑𝑖,𝑒,𝑝 = 𝑏 𝑑𝑖 ≤ 𝑑𝑖 ;
0 /𝑡0
71
7.2.1 Esforços solicitantes de projeto
72
180
𝑏0 = 18,00
10
= {100 } > 15
𝑡0
= 15,63
6,4
200
ℎ0 = 2,00
0,5 < = { 100 } ≤ 2,0
𝑏0 220
= 1,220
180
73
= 0,73
𝛽 = {100 }
73
= 0,41
180
73
10
𝑑1,𝑒.𝑝 = 𝑑2,𝑒,𝑝 = × 73 = 40,5 𝑚𝑚 < 73𝑚𝑚
180/10
𝜋 0,66 × 0,25 × 10 2 × 73
𝑁1,𝑅𝑑 = 𝑁2,𝑅𝑑 = × ( + 73 + 40,5) /1,1 = 468 𝑘𝑁
4 𝑠𝑒𝑛 50 𝑠𝑒𝑛 50
Por fim, utilizando o menor valor entre os 4 modos, é determinada a resistência
da ligação:
𝑁1,𝑅𝑑 = 𝑁2,𝑅𝑑 = 244 𝑘𝑁 > 22 𝑘𝑁
73 5 1 + 1/𝑠𝑒𝑛(50)
𝑟𝑚 = − = 34,0 𝑚𝑚; 𝑘𝑎 = = 1,153;
2 2 2
0,250
𝐹𝑤,𝑅𝑑 = 246 × 5 × = 280 𝑘𝑁 > 22 𝑘𝑁
1,10
7.3 CONTRAVENTAMENTOS
Como exposto em 3.1.4, a viga principal terá, soldada em sua alma, chapas
transversais do tipo Gusset de 4,5 mm de espessura de aço ASTM A36 para receber
a ligação aparafusada com o contraventamento.
74
Figura 7.8: Desenho esquemático mostrando a centralização dos eixos da ligação do
contraventamento.
𝜋 × 𝑑𝑝2 𝑓𝑢 41,5
𝑅𝑑 = 0,4 × × = 0,4 × 1,99 × = 24,4 𝑘𝑁
4 𝛾𝑎2 1,35
em que:
𝑑𝑃 é o diametro nominal do parafuso;
𝑓𝑢 é a resistência a ruptura do aço do parafuso;
𝛾𝑎2 = 1,35 o fator de fator de redução das resistências do aço na ruptura.
75
𝑓𝑢 40
𝑅𝑑 = 2,4 × 𝑑𝑝 × 𝑡𝑐ℎ × = 2,4 × 1,59 × 0,45 × = 50,88
𝛾𝑎2 1,35
sendo:
𝑑𝑃 é o diametro nominal do parafuso;
𝑡𝑐ℎ a espessura da chapa analisada;
𝑓𝑢 é a resistência a ruptura do aço do parafuso;
𝛾𝑎2 = 1,35 o fator de fator de redução das resistências do aço na ruptura.
𝑓𝑤 𝑓𝑤
𝐹𝑤,𝑅𝑑 = (0,6 𝐴𝑤 ) = 0,6 × 𝑙𝑤 × 0,707 × 𝑑𝑤 ×
𝛾𝑤2 𝛾𝑤2
onde:
𝑙𝑤 é o comprimento efetivo da solda;
𝑑𝑤 é a perna da solda;
𝑓𝑤 é a resistência a ruptura do metal da solda;
𝛾𝑤2 = 1,35 é o coeficiente de segurança na ruptura da solda.
Para o banzo:
10 0,25 × 6,4
𝑙𝑤 = 2 × ( )×( ) × 135 = 163,8 𝑚𝑚 < 2 × 135 = 270
150/6,4 0,25 × 4,5
0,485
𝐹𝑤,𝑅𝑑 = 0,6 × 163,8 × 0,707 × 3 × = 74,9 𝑘𝑁 > 32,7 𝑘𝑁
1,35
0,485
𝐹𝑤,𝑅𝑑 = 4 × 0,6 × 73 × 0,707 × 3 × = 133,5 𝑘𝑁 > 32,7 𝑘𝑁
1,35
76
𝑓𝑢 40
𝑅𝑑 = 𝐴𝑒𝑓 × = (11,20 − 2 × (1,59 + 0,35) ) × 0,45 × = 97,6 𝑘𝑁 > 32,7 𝑘𝑁
𝛾𝑎2 1,35
10 0,64
𝑁𝑐ℎ,𝑅𝑑 = (25 × 0,45 × × × 13,5) /1,1 = 83,8 𝑘𝑁 > 36,3 𝑘𝑁
150 0,45
6,4
77
1 𝑁𝑠𝑑 (7.4)
0 < 𝑒 < (𝑙𝑥 − )
2 𝜎𝑐,𝑅𝑑 𝑙𝑦
sendo:
𝑀𝑠𝑑
𝑒= , a excentricidade da ligação com ação de momento;
𝑁𝑠𝑑
2 × 𝜎𝑐,𝑆𝑑 (7.5)
𝑡𝑝,𝑚𝑖𝑛 = 𝑙𝑚𝑎𝑥 × √
(𝑓𝑦 /𝛾𝑎1 )
onde:
𝑁𝑠𝑑
𝜎𝑐,𝑆𝑑 = 𝑙 é a tensão de compressão solicitante no concreto;
𝑐 𝑙𝑦
𝑝 = √𝑙𝑐 (2𝑚 − 𝑙𝑐 ).
Para o caso T2, para o modo de falha referente à formação de rótula plástica
na placa de base e rompimento do parafuso, respectivamente, a NBR 16239
(ABNT,2013) define a Equação 7.7, para a espessura mínima da placa, e a Equação
7.8, para o diâmetro mínimo.
78
2𝑛𝑏 𝐹𝑡,𝑆𝑑 (𝑚 − 𝑎1 ) (7.7)
𝑡𝑝,𝑚𝑖𝑛 = √
𝑙𝑦,𝑒𝑞 (𝑓𝑦 /𝛾𝑎2 )
(7.8)
4 𝐹𝑡,𝑆𝑑
𝑑𝑏,𝑚𝑖𝑛 =√
0,75 𝜋 (𝑓𝑢𝑏 /𝛾𝑎2 )
sendo:
𝑛𝑏 é o número de chumbadores, limitado entre 4 e 8 por norma;
𝑎1 é a distância longitudinal entre parafusos;
𝑓𝑦 é a resistência ao escoamento do aço;
𝑁𝑠𝑑 𝑀 𝑠𝑑
𝐹𝑡,𝑆𝑑 = 𝑛𝑏
+ 𝑎 𝑛𝑏 ; em que 𝑛𝑏 é o número de chumbadores e 𝑎 é a distância entre os
79
Figura 7.10: Esquema da ligação de base do pilar
80
7.4.2 Cálculo dos parâmetros geométricos da ligação
8,65 8,06
𝑒𝑐 = 439
= 0,02 𝑚 = 2,00 𝑐𝑚; 𝑒𝑡 = 206
= 0,04 𝑚 = 4,00 𝑐𝑚;
𝑙𝑥 = 150 + 4 × 50 = 350 𝑚𝑚
2 × 0,404
∴ 𝑡𝑝,𝑚𝑖𝑛 = 103,75 × √ = 19,56 𝑚𝑚 < 𝑡𝑝 = 25 𝑚𝑚
25/1,1
2 × 6 × 39,7 × (10,38 − 5)
𝑡𝑝,𝑚𝑖𝑛 = √ = 1,80 𝑐𝑚 < 𝑡𝑝 = 25 𝑚𝑚
35 × (25/1,1)
4 × 39,7
𝑑𝑏,𝑚𝑖𝑛 = √ = 1,5 𝑐𝑚 > 𝑑𝑏 = 25 𝑚𝑚
0,75 × 𝜋 × (40/1,35)
81
7.4.6 Verificação quanto ao esmagamento do concreto
𝜎𝑐,𝑆𝑑 = 0,404 𝑘𝑁/𝑐𝑚2 < 1,02 𝑘𝑁/𝑐𝑚2
82
8 RESULTADO FINAL DO DIMENSIONAMENTO
8.1.1 Estimativa do consumo de aço estrutural
Após as verificações normativas de resistência, as seções transversais,
expostas na Tabela 8.1, possuem capacidade de resistir aos esforços solicitantes
calculados a partir de um modelo estrutural. Por meio do programa SAP 2000 (CSI,
2019), é possível determinar os comprimentos e pesos totais de cada seção utilizada
no projeto.
Taxa de
Taxa de
Massa de Taxa de utilização
Massa de Massa de aço Área utilização de
aço na utilização de de aço
aço VMB ASTM A572 gr coberta aço na
cobertura aço VMB ASTM A572
250 (kg) 50 (kg) (m²) cobertura
(kg) 250 (kg/m²) gr 50
(kg/m²)
(kg/m²)
83
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
9.1 CONCLUSÃO
Com o estudo realizado no presente projeto de graduação é possível concluir
que para a concepção arquitetônica utilizada, a solução proposta é segura, de
maneira preliminar, de acordo com os critérios normativos brasileiros, no que diz
respeito a resistências dos membros, geometria e resistências das ligações.
Entretanto vale ressaltar que a consideração de segmentos de viga principal de valor
menor do que 9 metros, pode resultar em combinações de esforços menores e
possível aumento de segurança, caso as seções sejam mantidas ou economia de
aço, caso sejam diminuídas as seções.
84
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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vão livre do mundo. Disponivel em: <http://blogaecweb.com.br/blog/estadio-em-
cingapura-tem-maior-estrutura-de-cupula-com-vao-livre-mundo/>. Acesso em: 5
Outubro 2018.
BELLEI, I.H., 2010. Edifícios Industriais em Aço: Projeto e cálculo. São Paulo:
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COMO, M. T., 2006. Analysis of the Statics of the Mycenaean Tholoi. Second
International Congress on Construction History. Cambridge: Short Run Press. p. 777
- 790.
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Inc.
FURTINI F.M., 2005. Estudo de CObertura para Grandes Vãos utilizando Perfis
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Ouro Preto. Ouro Preto.
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VULCRAFT, 2019. Nucor - Vulcraft Group. Joists & Joist Girders. Disponivel em:
<http://www.vulcraft.com/joists-joist-girders>. Acesso em: 15 janeiro 2019.
87