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ARACAJU-SE, SETEMBRO
2022
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Sumário
1. Introdução……………………………………………………………………...……..3
2. História Geológica……………………………………………………………….…..5
3. Limites atuais e os sentidos de movimentação e velocidade……………….…..9
4. Características que afetam a nossa sociedade atual……………………..……11
5. Considerações Finais………………………………………………………………12
6. Referências……………………………………………………………………….…13
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1. Introdução
A estrutura interna da terra é composta pela litosfera, que tem 50 a 60 km de
espessura; pelo manto, que tem 4.600 km de espessura; e o núcleo, que é dividido
pelo núcleo externo e interno, e tem 1.700 km de espessura. A terra é constituída
por camadas concêntricas e de materiais diferentes. Conhecer o interior do planeta
permite compreender sua natureza e, dessa forma, entender as forças que operam
internamente ou na sua superfície.
A crosta terrestre, ou a litosfera, forma a camada externa da terra, ela é rica
em silício, alumínio, magnésio e apresenta rochas basálticas, e sua temperatura
aumenta conforme a profundidade. O manto produz correntes de materiais que
ascendem a crosta terrestre, essas correntes são responsáveis por fenômenos
como a formação de montanhas, dos vulcões e movimentos continentais, numa
certa camada do manto, entre 100 e 350 km de profundidade, existe uma massa
plástica de minerais capaz de se deslocar em estado líquido, a astenosfera, sobre a
qual se assentam as placas tectônicas. O núcleo forma a camada mais interna da
terra, ele é rico em ferro, níquel e minerais de alta densidade (nife), e possui altas
temperaturas.
A Terra tem idade geológica calculada entre 4,5 e 5 bilhões de anos, durante
esse tempo o planeta vem sofrendo inúmeras transformações. A teoria da deriva
continental de Alfred Wegener (1880-1930), afirma que continentes ou terras
emersas flutuam sobre magma ou astenosfera. Para comprovar essa teoria,
Wegener citou a coincidência entre a linha de recorte do litoral oeste afriano e do
leste da América do Sul, mostrando que esses recortes se encaixam como peças de
um quebra-cabeças; a concordância entre estratos rochosos dos litorais da África e
do Brasil; a semelhança de flora e fauna, que não poderia existir caso os continentes
ou as terras emersas sempre tivessem sido como nos dias atuais. Wegener diz que
há cerca de 220 milhões de anos existia um supercontinente, a Pangeia, e um só
imenso oceano. A Pangeia teria sido dividida ao longo do tempo, em virtude das
forças internas da Terra.
Alfred Wegener não conseguiu explicar, em sua teoria, como os continentes
poderiam deslocar-se. No entanto, a teoria ganhou consistência nos anos de 1950,
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quando a geofísica, por meio de modernas técnicas de pesquisas, comprovou pela
teoria da tectônica de placas que os continentes se movimentam pelo magma. De
acordo com esta teoria, a litosfera é um envoltório não-contínuo dividido em partes
que se apoiam ou flutuam sobre a astenosfera. Com isso, as zonas sísmicas ou de
terremotos e vulcanismos encontram-se na faixa de contato entre as placas que são
áreas de instabilidade geológica.
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2. História Geológica
A placa de Nazca é uma placa oceânica que está localizada no leste do
Oceano Pacífico, próximo à costa oeste da América do Sul, mais especificamente à
frente dos países do Chile, Peru, Equador e parte da Colômbia. Esses países
formaram-se quando ocorreu um choque entre a Placa Nazca e a Placa
Sul-Americana.
A borda leste da placa fica dentro de uma zona de subducção sob a Placa
Sul-Americana, o que deu origem a Cordilheira dos Andes e a Trincheira
Peruano-Chilena, a subducção em andamento é em grande parte responsável pela
orogenia andina.
No oeste da Placa de Nazca, especificamente nas áreas onde as placas se
encontram, existem três microplacas, que estão localizadas na junção das Ilhas
Nazca, Pacífico e Cocos. Os limites com essas três placas oceânicas são
divergentes, embora também sejam abundantes caminhos transformadores. Ao
norte, o limite da Placa de Nazca com a de Cocos é formado em grande parte pelo
dorso Galápagos.
O movimento da Placa de Nazca sobre vários pontos quentes criou algumas
ilhas vulcânicas, bem como cadeias de montes submarinos leste-oeste que
subduzem sob a América do Sul, fazendo com que esta área fosse altamente
sísmica e vulcânica. Destaca-se o grande terremoto de Valdivia de 1960, cuja
magnitude ultrapassou os 9,5 MW, que tem sido o movimento mais forte telúrico
medido com instrumentos na história do humanidade, com a qual a zona sul do Chile
descobriu uma microplaca chamada Placa de Chiloé que se estende desde a
Península de Arauco norte até a península de Taitao no confluência da América do
Sul, Nazca e Antártica.
Nazca é uma placa relativamente jovem, tanto em termos da idade de suas
rochas quanto de sua existência como uma placa independente, tendo sido formada
a partir do rompimento da Placa Farallon há cerca de 23 milhões de anos, as rochas
mais antigas da placa têm cerca de 50 milhões de anos. O precursor da Placa de
Nazca, a Placa de Juan de Fuca, e a Placa de Cocos foi a Placa Farallon, que se
dividiu no final do Oligoceno, cerca de 22,8 Mya, uma data alcançada interpretando
anomalias magnéticas.
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A subducção sob o continente sul-americano começou por volta de 140 Mya,
embora a formação das partes altas dos Andes Centrais e da oroclina boliviana não
tenha ocorrido até 45 Mya. Foi sugerido que as montanhas foram forçadas pela
subducção das partes mais antigas e pesadas da placa, que afundou mais
rapidamente no manto.
A junção tripla do Chile ocorre no fundo do mar do Oceano Pacífico, ao largo
da Península de Taitao e Tres Montes, na costa sul do Chile. Aqui, três placas
tectônicas se encontram: a Placa de Nazca, a Placa Sul-Americana e a Placa
Antártica.
A margem oriental é uma zona de subducção da fronteira convergente sob a
Placa Sul-Americana e as Montanhas dos Andes, formando a Trincheira Peru-Chile.
O lado sul é uma fronteira é uma fronteira divergente com a Placa Antártica, a
Ascensão do Chile, onde a propagação do fundo do mar permite que o magma
suba. O lado ocidental é uma fronteira divergente com a Placa do Pacífico, formando
a Ascensão do Pacífico Oriental. O lado norte é um limite divergente com o Cocos
Plate, o Galápagos Rise.
Uma segunda junção tripla ocorre no canto noroeste da placa, onde as Placas
de Nazca, Cocos e Pacífico se unem ao largo da costa da Colômbia. Outra junção
tripla ocorre no canto sudoeste, no cruzamento das Placas de Nazca, Pacífico e
Antártica, na costa do sul do Chile. Em cada uma dessas junções triplas existe uma
microplaca anômala, a Microplaqueta de Galápagos na junção norte e a
Microplaqueta de Juan Fernandez na junção sul. A Microplaqueta da Ilha de Páscoa
é uma terceira microplaca localizada ao norte da Microplaca de Juan Fernandez e
fica a oeste da Ilha de Páscoa.
O Carnegie Ridge é um recurso de 1.350 quilômetros de comprimento (840
milhas) e até 300 quilômetros de largura (190 milhas) no fundo do oceano do norte
da Placa de Nazca, que inclui o arquipélago de Galápagos em seu extremo oeste.
Está sendo subduzido sob a América do Sul com o resto da Placa de Nazca.
A Darwin Gap é a área entre a Placa de Nazca e a costa do Chile, onde
Charles Darwin experimentou o terremoto de 1835. Espera-se que esta área seja o
epicentro de um grande terremoto em um futuro próximo. Algumas zonas de fratura:
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Zona de Fratura Challenger; Zona de Fratura do Chile; Zona de Fratura Mocha;
Zona de fratura de Valdivia; Zona de Fratura de Chiloé; Zona de Fratura Guafo;
Zona de Fratura de Guamblin; Zona de Fratura de Darwin.
No Brasil, há influência da Placa de Nazca. A placa em que o Brasil viaja é a
Placa Sul-Americana, que colide com a Placa de Nazca a oeste (Figura 1). A colisão
a oeste é do tipo zona de subducção (Figura 2), onde a placa de Nazca que é
oceânica e mais densa mergulha sob a placa Sul-Americana, que é continental e
menos densa.
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