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Não podemos deixar de reparar nas profundas modificações que a escola tem
vindo a sofrer, não só no que respeita à sua estrutura organizacional mas também à
população a que se destina. Deste modo, também a maneira de ensinar Matemática tem
vindo a sofrer alterações. Influenciada pela nova tecnologia, hoje a Matemática envolve
muito mais do que cálculo rotineiro.
Há já algum tempo que o recurso às TIC’s, e em particular à calculadora gráfica,
é considerado bastante adequado ao processo de ensino-aprendizagem da Matemática.
Segundo o Ministério da Educação, “As calculadora gráficas (…) devem ser entendidas
não só como instrumentos de cálculo mas, também como meios incentivadores do
espírito de pesquisa. O seu uso é obrigatório (…)” ([a]).
Papel do professor
O aluno
“Todos os alunos devem aprender a utilizar, não só a calculadora elementar, mas
também, à medida que progride na educação básica, os modelos científicos e gráficos”
(Ministério da Educação, 2001, p. 71).
A partir da revisão de literatura, verificamos que os alunos, geralmente, não
apresentam muitos entraves à utilização da calculadora gráfica. Deste modo, podemos
Conteúdos/Tarefas
A introdução da tecnologia no ensino obriga a mudanças a nível do currículo.
Particularmente, a introdução da calculadora gráfica proporciona alterações curriculares
em domínios como o traçado do gráfico no estudo de funções. Mesmo que não sejam
excluídos alguns tópicos tradicionalmente leccionados, é necessário reconsiderar a
forma como são abordados alguns conteúdos. As capacidades gráficas das novas
tecnologias viabilizam uma mudança na abordagem das funções, “(…) valorizando
aspectos intuitivos na construção de conceitos e na respectiva formalização.” (Ponte,
Canavarro, 1997, p. 105).
Para Veloso (2001), a educação matemática deve ser orientada segundo a “Regra
dos Quatro”, isto é, o processo de ensino-aprendizagem de Matemática deve basear-se
em quatro perspectivas: a numérica, a analítica, a geométrica ou gráfica e a verbal. No
passado um gráfico representava o final de um longo processo de trabalho. Com a
calculadora gráfica este passa, muitas vezes, a ser o ponto de partida e não o final.
Num outro estudo realizado por Traas (1996), averiguou-se a influencia do uso
da calculadora nos métodos de resolução dos alunos. Quando os professores permitiram
a utilização deste recurso verificou-se uma alteração na metodologia adoptada, sendo
mais voltada para a resolução de problemas, uso de métodos gráficos e descoberta de
conceitos pelos alunos. (Bisschop, 2000, p. 103).
A variedade de tarefas que um professor pode propor torna-se, assim, mais
alargado. A calculadora gráfica constitui um importante contributo para o
Recurso
A chegada das calculadoras gráficas às escolas permitiu uma abordagem
diferente para várias áreas. A primeira e, mais evidente, é o estudo de funções.
Em Portugal, é no capítulo das funções do 10º ano que os alunos usam, pela
primeira vez obrigatoriamente, as calculadoras gráficas.
A utilização da tecnologia que, além de ferramenta, é fonte de actividade, de
investigação e de aprendizagem, pretende também preparar os estudantes para uma
sociedade em que os recursos terão um papel considerável na resolução de problemas de
índole científica.
Podemos pensar em argumentos que favoreçam o uso das calculadoras nas aulas
de matemática, por essa ordem de ideias, sabemos que existem professores (e não só)
que defendem o uso de calculadoras como instrumento de apoio à resolução de
problemas matemáticos. Acreditam que estas máquinas libertam o ensino da
preocupação de procurar problemas com resultados “fáceis”, ou números exactos,
evitando certas situações muito artificiais. Consideram que o ensino tornou-se mais ágil
e interessante podendo utilizar elementos da realidade e “atenuar” cálculos muito
complexos, sem esquecer o elevado grau de exactidão que a máquina confere.
Consequentemente, permite dedicar mais tempo na busca de estratégias para a resolução
de problemas.
Em particular, as calculadoras gráficas permitem visualizar, rapidamente, um
gráfico facilitando a leitura da evolução das abcissas e das ordenadas, nomeadamente as
Modos de trabalho/Interacção
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