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DISCIPLINA

DE TRANSTORNOS MENTAIS II
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA DA PUC-RIO

Transtorno de Déficit de Atenção


PARTE 1

Marco Aurélio Negreiros


Doutor em Psiquiatria (UFRJ)
Mestre em Psicologia Clinica (PUC-Rio)
Especialista em Neurologia (UNIRIO)
Médico e Psicólogo
História Recente
•  Inicio do século: o comportamento desatento, impulsivo e hiperativo
era visto como deficiência moral
•  Década de 60/70:
–  usado o termo de “disfunção cerebral mínima”,
–  manejo parecido com manejo neurológico da epilepsia (“disritmia”)
–  foco na hiperatividade infantil
•  1975: movimento anti-Ritalina (usada desde 1955)
•  1987: DSM-III-R cria o termo ADHD
•  1997: modelo de R. Barkley –
–  doença do autocontrole (comprometimento na inibição de respostas)
•  A partir da década de 90/2000:
–  foco na desatenção, impulsividade, desregulação afetiva e funções executiva
–  Estudo sistemático das bases neurobiológicas
–  visto como transtorno de desenvolvimento
–  atenção terapêutica maior aos aspectos psicológicos do transtorno
Epidemiologia
•  Estudos encontram ampla faixa de variação
–  de 1 % (Alemanha, India, Coreia do Sul, Emirados Árabes)
–  A 20 % (Brasil, EUA)
•  Revisão sistemática de 102 estudos:
–  5.29 % de prevalência abaixo de 18 anos de idade
–  6,48 % em crianças em idade escolar
–  2,74 % de adolescentes
•  Estudos da OMS em adultos em 14 paises (n= 60,463)
–  0,3 % Itália e Alemanha
–  6,8 % EUA
•  NCS-R
–  4,4 % em adultos de 18 a 44 anos

•  Polanczyk G, de Lima MS, Horta BL, Biederman ), Rohde LA. The worldwide prevalence of ADHD: a systematic review and metaregression analysis. Am] Psychiatry. 2007;164(6):942-8.

•  Demyttenaere K, Bruffaerts R, Posada-Villa ), Gasquet 1, Kovess V, Lepine ]P, et al Prevalence, severity, and unmet need fortreatmentof mentaldisordersin the World Health
Drganization World Mental Health Surveys.]AMA. 2004;291 (21):2581 – 90.

•  Kessler RC, Adler L, Barkley R, Biederman ]. Conners CK, Demler O, et al.. The prevalence and correlates of adult ADHD in the United States: results from the National Comorbidity
Survey Replication. Am] Psychiatry. 2006;163(4):716-23.
Tríade do TDAH

•  Cognitiva: Desatenção
•  Volitiva: Impulsividade
•  Comportamental
(motora): Hiperatividade
Desatenção
•  Divagação em tarefas
•  Falta de persistência
•  Dificuldade de manter o foco e
desorganização
•  Não constitui consequência de
desafio ou falta de
compreensão
Hiperatividade
•  Atividade motora excessiva (como
uma criança que corre por tudo)
•  Remexer, batucar ou conversar
em excesso
•  Nos adultos:
•  A hiperatividade pode se
manifestar como inquietude
extrema ou esgotamento dos
outros com sua atividade.
Impulsividade
•  Ações precipitadas que ocorrem no momento
sem premeditação
•  Com elevado potencial para dano à pessoa (ex.
atravessar uma rua sem olhar)
•  Desejo de recompensas imediatas ou de
incapacidade de postergar a gratificação
•  Podem se manifestar com intromissão social
(ex. interromper os outros em excesso)
•  Tomada de decisões importantes sem
considerações acerca das consequências no
longo prazo (ex. assumir um emprego sem
informações adequadas)
Diagnóstico conforme DSM-V
Diagnóstico conforme DSM-V (cont.)
Diagnóstico conforme DSM-V (cont.)
Diagnóstico conforme DSM-V (cont.)
Diagnóstico conforme DSM-V (cont.)
Características
Associadas
•  Atraso de desenvolvimento de
habilidades
•  Baixa tolerância a frustração
•  Irritabilidade
•  Labilidade afetiva
•  Desempenho acadêmico
•  Comprometimento cognitivo detectado
em testes neuropsicológicos
–  Atenção
–  Funções Executivas
–  Memória

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