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FIL U3
FIL U3
A Filosofia procura levar o ser humano a buscar uma compreensão maior sobre o
conhecimento e a realidade. Nesta unidade, vamos explicitar as características
básicas do pensamento filosófico, destacando alguns dos principais sistemas da
história da Filosofia que ainda hoje permanecem atuais.Texto de abertura da unidade.
Objetivo
Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de:
Conteúdo Programático
Esta unidade está organizada de acordo com os seguintes temas:
Com efeito, foi pela admiração que os homens começaram a filosofar tanto
no princípio como agora; perplexos, de início, ante as dificuldades mais
óbvias, avançaram pouco a pouco e enunciaram problemas a respeito das
maiores, como os fenômenos da Lua, do Sol e das estrelas, assim como a
gênese do universo. (ARISTÓTELES. 1978, p. 40)
Platão criou uma alegoria, conhecida como Mito da Caverna, que serve para explicar a
evolução do processo de conhecimento. Segundo ele, a maioria dos seres humanos
se encontra como prisioneiro de uma caverna, permanecendo de costas para a
abertura luminosa e de frente para a parede escura do fundo. Devido a uma luz que
entra na caverna, o prisioneiro contempla as projeções dos seres que compõem a
realidade na parede do fundo. Acostumado a ver somente essas projeções, assume a
ilusão do que vê, as sombras do real, como se fosse a verdadeira realidade.
(COTRIM. 1999, p. 109)
Ou seja, para aqueles homens que só haviam contemplado as sombras, elas seriam a
própria realidade. Contudo, um prisioneiro se liberta e sai da caverna. Num primeiro
momento, ele tem grande dificuldade de adaptação à claridade, mas não desiste e
pode, enfim, contemplar a verdadeira realidade. A saída da caverna constitui uma
metáfora da busca do conhecimento, quando o mundo sensível é superado. É por isso
que, contemporaneamente, ainda podemos recorrer a Platão, principalmente quando
nos apresentam simulacros como sendo realidade concreta.
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Ato Potência
Aristóteles apresenta também a distinção entre matéria e forma. Clique nas imagens
do quadro abaixo para conhecer mais detalhes.
Matéria Forma
Observação
Aristóteles afirma [...] que os indivíduos são, por sua vez, compostos de
matéria (hyle) e forma (eidos). A matéria é o princípio de individuação e a
forma, a maneira como, em cada indivíduo, a matéria se organiza. [...]
Assim, todos os indivíduos de uma mesma espécie teriam a mesma forma,
mas difeririam do ponto de vista da matéria, já que se trata de indivíduos
diferentes, ao menos numericamente. É como se, de certo modo,
Aristóteles jogasse o dualismo platônico para dentro do indivíduo, da
substância individual. Matéria e forma são, entretanto, indissociáveis,
constituindo uma unidade (o sentido literal de “indivíduo”): a matéria só
existe na medida em que possui uma determinada forma, a forma, por sua
vez, é sempre a forma de um objeto material concreto. Não existem formas
ou ideias puras como no mundo inteligível platônico. (MARCONDES, 1997,
p. 72)
No entanto, a Filosofia não deixa de manter seu olhar cuidadoso e abrangente sobre a
realidade, sem desconsiderar esta nova etapa do conhecimento, até porque, como
vimos, o filósofo não pode desenvolver seu pensamento aleatoriamente, sem uma
base coerente e sem um caminho (em grego, methodos) lógico.
Observação
Racionalistas Empiristas
Locke retomava [...] a tese empirista, segundo a qual nada existe em nossa
mente que não tenha sua origem nos sentidos. Todas as ideias que
possuímos são adquiridas ao longo da vida mediante o exercício da
experiência sensorial e da reflexão. Locke utiliza o termo ideia no sentido de
todo conteúdo do processo do conhecimento. Para ele, nossas primeiras
ideias, as sensações, nos vêm à mente através dos sentidos (experiência
sensorial), sendo moldadas pelas qualidades próprias dos objetos externos.
Como exemplos de sensação citam-se: as ideias de amarelo, branco,
quente, frio, mole, duro, amargo, doce etc. (COTRIM. 1999, p. 163)
Observação
Hegel diz que ‘o que é real é racional’. Portanto, não se pode negar o real
sem negar também a razão. A filosofia (expressão mais alta do espírito
absoluto) terá a tarefa de compreender aquilo que é, mas não poderá dizer
como o mundo deve ser, porque ela vem sempre depois. Ela é como a
‘ave de Minerva’ (deusa da sabedoria), que ‘só levanta voo ao anoitecer’,
isto é, quando o curso da realidade já estiver concluído. (COTRIM. 1999, p.
181)
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Resumo da Unidade