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Técnico|a de Massagem de
Saída Profissional
Estética e Bem-estar
Modalidade EFA
9177 - Técnicas de
UFCD
Massagem Tailandesa
Formador Andreia Carneiro
Edição
Data 09-09-2022
Edição: 2ª
MANUAL DE FORMAÇÃO Página 2 de
42
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................6
1. MASSAGEM THAI - ORIGEM, FUNDAMENTOS E FILOSOFIA .......................................................................7
1.1 CANAIS SEN SIB .........................................................................................................................................9
2. INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES ........................................................................................................11
3. ZONAS DE PERIGO .................................................................................................................................... 12
4. ORGANIZAÇÃO FÍSICA DO ESPAÇO ...........................................................................................................14
4.1 O ESPAÇO: CONDIÇÕES E DISTRIBUIÇÃO ............................................................................................. 144
4.2 EQUIPAMENTO E MATERIAL: CARACTERÍSTICAS, EFEITOS E CUIDADOS ............................................. 155
5. O CLIENTE: PROTOCOLO DE INSTALAÇÃO ................................................................................................17
5.1 PREPARAÇÃO DA SESSÃO ..................................................................................................................... 177
5.2 FICHA TÉCNICA, RECOLHA DE DADOS E PLANO DE TRATAMENTO ......................................................199
6. PREPARAÇÃO PARA INÍCIO DO TRATAMENTO .......................................................................................221
6.1. O TERAPEUTA ...................................................................................................................................... 221
6.2. PESSOA A TRATAR ................................................................................................................................221
7. MANOBRAS E ALONGAMENTOS ...............................................................................................................22
7.1. POSIÇÕES DO TERAPEUTA .....................................................................................................................22
7.2. POSIÇÃO DOS POLEGARES .....................................................................................................................23
7.3. TÉCNICAS DE PRESSÃO .......................................................................................................................... 23
7.4. PREPARAÇÃO PARA A MASSAGEM TAILANDESA .................................................................................. 25
7.5. PRINCIPIOS DA MASSAGEM TAILANDESA ............................................................................................. 25
7.6. SEQUÊNCIA DAS TÉCNICAS THAI MASSAGE .......................................................................................... 26
7.7. APÓS A MASSAGEM - RECOMENDAÇÕES ............................................................................................. 39
CONCLUSÃO ..................................................................................................................................................40
BLIBLIOGRAFIA ..............................................................................................................................................41
OBJECTIVOS DO CURSO
Objectivos gerais:
Identificar a origem e fundamentos da massagem tailandesa.
Identificar as indicações, contraindicações e zonas de perigo.
Adequar as condições ambientais do local de trabalho à aplicação da massagem na cadeira.
Aplicar o protocolo de instalação do cliente.
Reconhecer e aplicar as manobras e alongamentos inerentes à prática de massagem tailandesa.
INTRODUÇÃO
Com o conhecimento desta massagem, será possivel perceber que todas as terapias orientais se conjugam e
os seus ensinamentos e filosofias coincidem, apesar de terem origem e serem praticadas em países diferentes.
O estudo da Massagem Tailandesa ou Thai Massage como é muito conhecida, permitirá conhecer várias
técnicas fundamentais para libertar o corpo e a mente de dificuldades e bloqueios, tendo como principal
objetivo o equilibrio energético, pois no oriente a doença ou a dor é encarada por um problema energético
que já se manifesta em sintomas.
Com o conhecimento dos canais Sen (conhecidos também como meridianos), manobras de pressão e
alongamentos, os terapeutas poderão com esta ferramenta promover o bem-estar geral e a saúde de cada
indivíduo, além da particularidade de ser igualmente um tratamento que ajuda o terapeuta pois em algumas
técnicas será necessário que o terapeuta execute igualmente alongamentos e manobras no próprio corpo.
A Massagem Thai é chamada de Nuad Bo Rarn. A palavra Nuad significa “o toque realizado com o
propósito de curar”. Bo-Rarn deriva do sânscrito, refere-se a algo antigo e venerado. Muitas vezes Nuad é
traduzida como “Massagem”.
As origens da massagem tailandesa podem datar de três ou quatro mil anos e está interligada com a história
do povo Tailandês e o desenvolvimento da sua cultura única e valores tradicionais.
A massagem Tailandesa foi desenvolvida pelo povo de um modo muito orgânico e caseiro para acalmar
certas maleitas e tratar condições físicas como doenças, dores, ou desconforto muscular.
Obstetrícia
Medicina ortopédica
Com exceção da massagem Tailandesa terapêutica, todos os ramos da medicina tradicional Tailandesa e
como são utilizados pelo povo Tailandês podem ser rastreados através da história da Tailândia. O modo de
vida Thai e os seus métodos de cura estão interligados com o Budismo e com um sentido de espiritualidade
assim como sentido de bem estar pessoal.
A maioria dos tailandeses segue o Budismo Hinayana. O surgimento do Budismo na região que mais tarde se
tornou conhecida como Tailândia precede a chegada dos Tailandeses. Rotas mercantes atravessavam a região
e tornaram-se caminhos de disseminação de ensinamentos religiosos por parte de Indianos e Chineses.
Os ensinamentos Budistas em relação à medicina tradicional estão bem documentados no Canon Budista.
Explicações detalhadas de tratamentos com a medicina tradicional usando ervas, partes de animais e órgãos
assim como técnicas e debates acerca da aplicação da medicina e métodos de cura para certas doenças estão
contidas em escrituras religiosas. Este conhecimento extensivo foi compilado por meio de diversos canais
importantes e ligados à religião:
O conhecimento de monges Indianos que eram igualmente médicos antes da sua ordenação;
O Buda implementou regras e/ou remédios para tratamentos baseados nas apresentações dos monges ou
dando as suas próprias receitas. Estas últimas tornaram-se regras para tratamentos e receitas para tratar
monges doentes e depois disso alastraram-se para as comunidades.
A medicina tradicional Tailandesa (MTT) é uma combinação do conhecimento retirado dos ensinamentos
Budistas e conhecimento reunido pelos Tailandeses em diferentes regiões do País que aprenderam
observando a natureza e por meio da tentativa e erro, adaptando depois esse conhecimento para responder às
necessidades e condição dos pacientes.
Um elo em comum na base de ambas as massagens Chinesa e Tailandesa poderá ser rastreada na origem do
povo Thai na China. É pratico assumir que o desenvolvimento e uso da massagem como uma terapia para
doenças data de um período em que os Tailandeses estiveram na China, e a semelhança entre os dois tipos de
massagem pode ser explicada pelo contacto e interação dessas duas culturas por muitos séculos..
Na altura em que os tailandeses se acomodavam no local da Tailândia dos dias de hoje, foram expostos às
tradições intelectuais e espirituais da índia por via da religião. Por via desta influência a arte da massagem
Tailandesa adotou os nomes espirituais para as dez linhas (Sen Sib) que são a base da massagem Tailandesa .
São eles:
Pingkla – Um tipo de flor Tailandesa conhecida por “Chang Sri Sad”, cor-de-laranja vivo;
Os restantes são Itha, Kanlataree, Tawaree, Juntapusank e Sikinee - não tem uma tradução em Tailandês.
A falta de uma relação entre os nomes em sânscrito das Sen Sib e as suas entradas e saídas no corpo podem
indicar que os Tailandeses ancestrais descobriram as linhas da energia da vida e deram-lhes um nome de
acordo com a sua preferência tal como dão nomes aos seus filhos.
A arte da massagem tailandesa é verdadeiramente única, e embora a medicina tradicional Tailandesa tenha
sido influenciada pelas tradições Indianas, a massagem tailandesa diverge substancialmente das técnicas
usadas na massagem Indiana.
A Tradicional Massagem Tailandesa, também conhecida como Massagem Meditativa Thai, Massagem Thai
Yoga, ou simplesmente Massagem Thai, tem um enfoque mais energético que físico que reúne várias
terapêuticas: Ayurveda, Medicina Tradicional Chinesa e Yoga.
A Massagem Tradicional Thai diferencia-se pelo ritmo cadenciado e harmonioso, pelos alongamentos
complexos (influenciado pela Yoga), pela grande interação entre quem aplica e quem recebe, em virtude de
usar técnicas de compressão e alavancas, mobilizando toda a estrutura do corpo e utilizando-se dos pés,
joelhos, cotovelos, antebraços, mãos e dedos, trabalhando a pessoa no chão em diversas posturas corporais.
Ao mesmo tempo em que o próprio terapeuta é beneficiado pelo ritmo e posturas que a Massagem Thai
exige.
Esta massagem tem como objetivo principal despertar o equilíbrio e a harmonia do corpo físico/energético.
Funciona como uma meditação profunda, estabilizando o ritmo dos batimentos cardíacos. Diminui a
frequência das ondas cerebrais, levando a um profundo relaxamento e revitalização do ser como um todo.
O corpo físico tem memória emocional. Muitas vezes quando tocamos alguém, estamos tocando os pais e a
família e toda a influência deles na pessoa. Estas memórias estão enraizadas nos músculos, tendões, olhar,
postura, respiração. A intenção da Massagem Thai é, através do toque, dissolver memórias emocionais que
possam estar limitando o crescimento da pessoa.
A Massagem Thai possibilita pressionar músculos, mover articulações equilibrando os níveis de energia,
aumentando a flexibilidade e uniformizando o efeito em ambos os lados do corpo. O tempo todo durante a
massagem há um sentido de fluidez, de cadência e integração. Cada manobra se dissolve na seguinte como
numa coreografia.
É realizada num tapete ou tatame e isto permite muitos movimentos e procedimentos que não são práticos ou
eficientes no trabalho sobre a marquesa, ou são simplesmente impossíveis. Permite o uso mais eficiente do
peso do corpo do terapeuta, ao invés da força muscular, para a transmissão de pressão, o que cria um efeito
altamente terapêutico. Quem recebe permanece vestido em trajes confortáveis durante o atendimento. Não
são utilizados óleos ou outros lubrificantes para a pele.
Dentro a imensa rede de canais subtis, por onde circula energia vital, existem 10 canais principais para a
abordagem terapêutica. O corpo físico é o veículo através do qual se trabalha para restabelecer o fluxo
energético e a cura em todos os demais corpos.
Através de pressões profundas ao longo destes canais-meridianos (linhas Sen), alongamentos musculares,
manipulações articulares e torções, busca-se liberar os bloqueios e estagnações da energia vital dando, desta
forma, equilíbrio, harmonia e bem estar ao corpo. Incentivando a saúde física, assim como a qualidade de
vida como um todo. As várias manobras utilizadas nesta massagem foram concebidas para facilitar e
estimular as correntes de energia intrínsecas, liberando os bloqueios que impedem o equilíbrio essencial à
manutenção de um indivíduo saudável e livre de dores.
2. INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES
Trata lesões nos tecidos moles: contraturas, tendinites, hérnias discais, etc...
Elimina toxinas;
As contraindicações da massagem Tailandesa, ao contrário das restantes terapias orientais e massagens, não
dependem da avaliação de cada paciente. Estes casos são absolutamente excluídos desta forma de tratamento:
Doentes debilitados;
Febre e infeções;
Cancro;
Cardiopatias graves;
Forte dor, dormência, formigueiro ao longo dos braços ou pernas que podem indicar hérnia discal
Problemas vasculares, por exemplo varizes, tromboses, ulceração, placa aterosclerótica, aneurisma
Problemas sérios nas articulações ou nos ossos, por exemplo osso partido, luxação, osteoporose severa,
mieloma múltiplo, espondilite anquisolante, artrite reumatóide com deformidade ou desvio;
3. ZONAS DE PERIGO
Anatómicamente, o corpo humano possui estruturas com movimentos limitados e de extrema sensibilidade.
Assim, existem algumas áreas do corpo que devemos prestar especial atenção:
O ambiente, a organização e as condições numa sala de massagem são fundamentais para o sucesso da
terapia. É o primeiro contacto do cliente com o terapeuta, representando a primeira impressão e o reflexo do
terapeuta. Assim, é importante ter em conta alguns aspetos importantes para que o cliente se sinta bem
recebido, tranquilo e que deposite no profissional a confiança da sua saúde.
Disposição: o mobiliário e equipamentos devem estar dispostos de forma a que o terapeuta possa
circular livremente durante a sessão;
Luminosidade: deve ser indireta, de preferência natural podendo optar por velas de forma a tornar o
local mais harmonioso e acolhedor;
Música: o som deve ser relativamente baixo, com melodias suaves que induzam o relaxamento;
Temperatura: deve ser quente o suficiente para promover um relaxamento físico e mental sem ser
sufocante, quer para o terapeuta quer para o cliente visto que durante a sessão a temperatura do cliente
vai baixando à medida que vai relaxando ao contrário do terapeuta, que à medida que vai executando as
técnicas, o esforço físico aumenta bom como a sua temperatura corporal;
Limpeza: o ar tem de ser puro, sem odores fortes, o material deve ser higienizado apos cada utilização /
troca de paciente e deve ser feita limpeza regular do chão e mobiliário.
A massagem Tailandesa é geralmente realizada com o cliente no tapete ou tatame, podendo ainda ser
adaptada à cadeira. É fundamental o terapeuta dispor do seguinte material:
Toalhas grandes podem ser usadas na cobertura das áreas do corpo do cliente. Elas devem ser do
tamanho de pelo menos uma toalha de banho e ter a textura macia. Com toalhas menores, o cliente pode
se sentir mais exposto, por isso é recomendável o uso de toalhas grandes.
O terapeuta deve usar lençóis de algodão ou lençóis descartáveis, para cobrir a marquesa e devem ser
trocados entre clientes;
O uso de toalha de apoio aos membros ou suporte é também recomendado, já que alguns clientes se
sentem mais confortáveis sendo também necessário trocar no final de cada sessão;
Algumas pessoas são alérgicas às variações do algodão, que podem irritar a pele. Se o cliente tiver a
pele sensível, o profissional deve usar lençóis de algodão puro para diminuir o risco de uma reação. Se
for possível, escolher cores suaves em tom pastel para os lençóis e toalhas;
Seguem-se alguns equipamentos que podem ser utilizados na execução desta técnica.:
Antes de recebermos o cliente ou no intervalo de cada sessão, o local deve ser preparado para a próxima
sessão para que o cliente sinta ao entrar que o espaço está preparado para o receber e para que o terapeuta
possa direcionar toda a sua atenção à pessoa que tem à sua frente sem dispersar ou criar agitação: a terapia
inicia-se a partir do momento em que o cliente entra na sala.
O local onde se vai desenrolar a sessão de massagem desempenha sem qualquer dúvida um papel muito
importante devendo estar limpo e acolhedor, para transmitir confiança à pessoa tratada. Além da luz e
luminosidade, é também interessante a utilização de florais, aromas ou incensos adaptados às necessidades
ou gostos do doente. É importante reter que a escolha destes aromas ou incensos devem ser do agrado do
doente e não do terapeuta. A pessoa que vai receber a terapia deve estar bem posicionada de preferência
deitada, relaxada e sem adornos metálicos ou vestuário apertado ou incomodativo para não condicionar os
efeitos pretendidos.
Outro fator importante é a calma e a confiança que o terapeuta deve transmitir e iniciar o tratamento apenas
quando as mãos estiverem quentes. Não devem ser descuradas a normas ergonómicas, devendo o terapeuta
respeitar as posições corretas durante a sessão e de preferência descalço para poder estar em contacto direto
com o solo. Finalmente, todos os utensílios necessários durante a sessão devem estar ao alcance do terapeuta,
para que este não quebre o ambiente nem se desconcentre.
A ficha técnica, também denominada como ficha de anamnese, consiste na recolha de dados do cliente
importantes para elaborar um diagnostico correto e elaborar um plano de tratamento adequado a cada cliente.
Cada terapeuta pode criar a “sua” ficha com todos os campos que considerar fundamentais, no entanto
existem alguns que são obrigatórios e transversais a qualquer cliente:
Seguem-se outras sugestões que podem completar a ficha do paciente com informações que complementam
e em certos casos facilitam o diagnóstico:
Atividade profissional;
Estado civil;
Filhos;
Qualidade do sono;
Ciclo menstrual (no caso das mulheres);
Peso;
Alimentação e atividade física;
Observações do terapeuta (postura, discurso, comportamento, etc….);
Após a recolha de toda a informação, o terapeuta efetuar um diagnóstico personalizado e elaborar um plano
de tratamento adequado à situação específica. Assim, poderemos definir quais as áreas a tratar, quais o
meridianos afetados e desenvolver um plano de tratamento a executar, aplicando as técnicas nos meridianos
selecionados e respeitando o tempo e ordem das técnicas.
Exemplo:
6.1. O TERAPEUTA
Nesta terapia a principal ferramenta de trabalho são as mãos e o corpo do terapeuta. Para que esteja sempre
apto a trabalhar, este deve seguir uma espécie de “ritual” de modo a prevenir lesões futuras:
7. MANOBRAS E ALONGAMENTOS
C. Balanço em remoinho;
D. Série do diamante;
E. Série do gato;
F. Respiração;
A. B. C.
D.
E.
F.
O polegar
Pressão com a almofada do polegar durante os
alongamentos para ajudar o fluxo de energia,
drenagem linfática e maior extensão muscular;
Polegar móvel
Usado para estimular a energia dos canais
energéticos e o movimento pode ser feito ao longo
das linhas. São utilzados os dois polegares
efetuando pressão alternada ao longo dos canais.
Pressão palmar
Pode ser aplicada apenas com uma mão ou com as duas (sobrepostas ou em borboleta). Apenas com uma
mão é aplicavel em situação que exijam pressão mais suave (costas, nádegas e coxas). Com as duas mão é
aplicável quando pretendemos aumentar a intensidade.
O cotovelo
Recorre-se quando o objetivo é atingir uma pressão e intensidade maior que
não é possivel atingir com as mãos.
O Joelho
Esta pressão liberta as mãos para que possam segurar algum
membro ou dar apoio à manobra, permitindo executar uma
pressão profunda ao mesmo tempo. É aplicada nas nádegas
e parte posterior da coxa.
Os pés
É o ideal pressionar as maiores áreas do corpo. A curvatura da planta do pé facilmente se adapta às nadegas e
regiões similares, como os gémeos por exemplo. Algumas técnicas exigem que o membro seja puxado contra
o pé para aumentar a força e intensidade. Outra forma de executar a pressão com o pé é com o terapeuta
levantado, com o máximo de gentileza para não ser desconfortável. Pode ser aplicado nas costas, glúteos,
coxas e pés.
Os glúteos
O terapeuta senta-se de forma controlada, colocando maior ou menor
pressão, desta forma é possivel criar uma ancoragem durante a técnica.
1) 2) 3) 4)
1. Iniciar sempre o tratamento pelas extremidades, trabalhar o centro do corpo e voltar às extemidades.
2. Começar sempre pela parte inferior do corpo, seguindo para o topo até à cabeça (a energia é puficada
e move-se para o topo, tal como os chackras).
4. Aplicar uma massagem equilibrada em ambos os lados do corpo. Ainda que pretenda aliviar uma área
superior, pressione sempre os pés.
A. Nos pés:
1. Com os braços esticados, pressionar os pés e tornozelos, rodando para fora. Este movimento deve ser
gradual, aumentando a rotação cada vez que é aplicada a rotação. Após atingir a amplitude máxima, aplica-se
o mesmo movimento mas com rotação interna e cruzada.
3. Movimentar os pés para a frente e para trás, finalizando com pressão dos 3 pontos do joelhos.
5. Alongar as pernas, aplicando tração e rotação nos pés, terminando com pressão na planta dos pés.
B. Nas pernas:
1. Pressão palmar na face interna frontal das pernas, seguido de pressão com o polegar pelos meridianos
figado, baço, rim (face interna) e estômago (frontal).
5. Apertar a coxa com os pés e executar movimentos vai-vem com os pés alternadamente. Posicionar o pé
atrás do joelho, fechando a coxa e empurrando o calcanha (técnica em Z)
6. Puxar a parte inferior da perna para nós, apertar a coxa com a palma das mãos e empurrar o joelho em
direção ao peito.
7. Alongar a face interna da coxa, empurrar em direção ao peito e rotação passiva do membro
8. Pressão com o joelho na parte posterior da coxa e do gémeo, aplicando a técnica da alavanca com o
braço
9. Alongar a coxa com o pé, colocando tração com o tornozelo, alongar fletindo a perna para o lado
externo e torção lateral com a perna cruzada.
10. Torção lateral com a perna esticada, torção frontal e erguer a perna.
2. Fletir os joelhos e mover em rotações, seguido de ondulação e meia-lua com as pernas esticadas
3. Levantar os pés, com o joelho esticado e depois com o joelho fletido, de modo a levantar os glúteos.
4. Com o joelho, estimular o ponto refleto do nervo ciático, aplicar alongamento alternado do glúteo e
lombar, aplicando levantamento das costas.
D. Peito e Abdómen:
1. Pressão palmar no peito, ombros e braços. Pressionar o esterno e costelas.
2. Pressionar o abdómen com o polegar ao longo dos canais Sen e aplicar pressão palmar. Pressionar o
estômago com os pés
3. Pressionar os tendões das mãos com o polegar, seguido de rotação, tração e pressão dos dedos.
4. Alongar o braço apoiando e empurrando a mão contra o joelho e efetuar pressão na palma das mãos.
7. Aplicar deslizamento com o polegar na face e executar pressão (30s) nas orelhas e puxar fazendo vácuo.
2. Alongar a parte posterior da perna fletida empurando com a planta dos pés.
3. Pressão palmar nas costas, rotação do ombro e alongamento, pressionando o cotovelo contra as costas.
4. Alongar braço e peitoral , apoiando o antebraço no joelho e puxar para trás e para cima.
G. Em decúbito ventral
1. Com o calcanhar, pressionar a planta dos pés, seguido de pressão palmar pelas pernas e alongamento
com o joelho fletido.
2. Puxando pelo tornozelo, efetuar pressão com a planta do pé sobre a parte posterior da coxa, levantar o
membro e alongamento com as pernas cruzadas e empurrar em direção ao glúteo.
3. Meia lótus com flexão do outro joelho, levantamento do membro com o pé ou mão a apoiar a lombar.
4. Extensão dos gémeos, separando os antebraços, pressão palmar em borboleta na lombar, alongamento
em U e alongamento do peitoral.
H. Em posição sentado:
1. Apertar os ombros, deslizar com os antebraços nos ombros, pescoço e pressão na nuna e frontal.
2. Fletir o braço e alongar com a mão colocada na cervical, empurrar o cotovelo, percussão na cervical e
alongamento lateral do braço.
3. Alongar as costas, empurrando o tronco para frente com a ajuda das mão, abertura do peito e
alongamento da lombar.
Por vezes, mesmo com a melhor das intenções do terapeuta, o cliente pode ou o próprio terapeuta podem
experênciar uma sensação de desiquilibrio, como se a “balança” não estivesse equilibrada após receber a
massagem tailandesa mostrando sinais de “sensação esquisita”, insónias, tonturas e cansaço. Isto pode ser
causado por um tratamento desigual nos dois lados do corpo ou porque o corpo inteiro não foi trabalhado ou
não seguiram os principios desta terapia. Outra reação que a massagem pode desencadear é um processo
emocional que pode inciar ainda durante o tratamento e manter-se nos dias seguintes como fruto do trabalho
energético, sendo uma reação positiva.
Em suma, recomenda-se sempre ao cliente que aceite o tratamento, flua com a energia a ser trabalhada e se
liberte de qualquer bloqueio ou crença que possa impedir o sucesso do tratamento.
CONCLUSÃO
A massagem tailandesa é aplicada há mais de 2500 anos com base em várias terapeuticas: Ayurveda,
Budismo, Yoga e Medicina Chinesa.
Esta vertente veio mostrar uma espécie de pratica de Yoga passivo, com recurso a manobras e alongamentos
que restauram o fluxo energético do corpo, mente e espírito. São trabalhados canais energéticos, à
semelhança dos meridianos conhecido na Medicina Chinesa e na Tailândia é uma filosofia de vida, seguindo
os principios do Budismo.
Assim, esta massagem é uma terapia que reúne o conhecimento de várias vertentes, tornando-se bastante
eficaz na prevenção da doença e manutenção da saúde.
BIBLIOGRAFIA
MERCATI, M. (1998). Thai Massage Manual. New York; Sterling Publishing Co., Inc.
SMIYH, N. (2012). Thai Step by Step Massage. New York; Anness Publishing.
RICHARD, G. (2000). Massagem Thai - Uma técnica médica tradicional. Manole.