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-estrutura interna e caracterização do amigo em cada uma das partes.

- sentidos do refrão (emissores)


-Recurso presente nas últimas quatro estrofes e respetiva expressividade;
-valor documental
-caracterização formal

Apresentação oral

As cantigas de amigo fazem parte das primeiras manifestações do património lírico


medieval, as mais antigas foram escritas no séc.XII. Esta cantiga “ Ai flores, ai flores do
verde pino” foi escrita por D.Dinis, rei que ficou conhecido como “O Lavrador'' pelo impulso
que deu à agricultura e “O Poeta” pelo amor às letras e às artes e pela obra literária que
deixou.

Esta cantiga é composta por duas partes. Na primeira parte, que é constituída pelas
estrofes 1 a 4, o assunto abordado é o desencontro amoroso, a donzela interpela o amigo a
Natureza na procura do amigo que partiu e ainda não voltou. Além disso, o amigo é
caracterizado como mentiroso, uma vez que não cumpriu o combinado. Nesta parte, o
refrão “Ai Deus, e u é?” evidencia o desespero da donzela sobre a segurança e estado do
amado.

Numa segunda parte, que é constituída pelas estrofes 5 a 8, a Natureza é personificada no


diálogo com a donzela, uma vez que a um elemento natural são atribuídas à características
humanas. Este recurso expressivo é utilizado para acentuar o papel da Natureza como
confidente para confortar a donzela. A Natureza responde à donzela dizendo que o amigo
está vivo e de boa saúde, e que não a enganou, deixando de ser considerado mentiroso,
pois cumprirá o prazo. Nesta parte, o refrão deixa transparecer a curiosidade e a esperança
da donzela.

Esta cantiga é composta por 8 dísticos seguidos do refrão pode observar-se paralelismo
perfeito, uma vez que o último verso de cada par de estrofes é retomado no par de estrofes
seguintes. Além disso, em cada par de estrofes os dísticos são repetidos, alterando apenas
as palavras finais.

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