Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
São Paulo
2019
VINÍCIUS DOKKEDAL SILVA
Orientador:
Profa. Dra. Monica Levy Andersen
Coorientador:
Prof. Dr. José Carlos Fernandes Galduróz
São Paulo
2019
FICHA CATALOGRÁFICA
iii
VINÍCIUS DOKKEDAL SILVA
Presidente da Banca
Profa. Dra. Monica Levy Andersen
Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (São Paulo, SP)
iv
Esta dissertação foi realizada no Departamento de Psicobiologia, área de Medicina e
v
Não é vergonha cair, vergonha é não se levantar.
(Provérbio Dinamarquês)
“Sucesso não é o final, falhar não é fatal: é a coragem para continuar que conta.”
(Winston Churchill)
vi
Dedicatória
vii
Agradecimentos
mundo natural, para ela vai meu primeiro agradecimento. E se essa força maior
Aos meus pais, Clidemar Ramos Silva Júnior e Olga Cristina Dokkedal
Silva, por além de serem o motivo de eu existir, são o motivo de eu continuar aqui,
firme e forte, no fim desta trajetória. Vocês aguentaram cada vez em que eu quis jogar
tudo para o alto, cada vez que eu me desesperei, e mesmo com tudo isso, acreditaram
em mim. Eu ainda sou muito pequeno como pessoa, quando me coloco ao lado de
vocês.
paciência interminável com todas as etapas deste projeto e todos os dias e noites que
não pude estar presente. Não sei para onde a vida está nos levando, mas espero que
Ao meu Coorientador, José Carlos Fernandes Galduróz, que foi uma fonte
Aos meus tios, Anne Lígia Dokkedal Bosqueiro e José Roberto Bosqueiro
que foram as duas primeiras pessoas a me dar algum Norte quando escolhi começar
essa estrada difícil e árida que é a ciência, e ainda estão aqui, me apoiando.
viii
Aos meus padrinhos Mário Ernesto Silva e Beatriz Erlenne Dokkedal, e à
minha querida avó Erlenne Jensen Dokkedal, que mesmo com a distância, estiveram
aqui torcendo por mim e vibrando com cada pequena conquista que veio ao longo
dessa trajetória.
amizade foi uma das coisas mais valiosas que a vida me proporcionou.
A todos os amigos da USP, sejam eles os 010, 011, 012 e assim por diante.
fonte inesgotável de inspiração para aqueles que trabalham com pesquisa, sempre
que me orientou nos meus primeiros passos dentro deste grupo, à Rachel, pela
até o último momento com conselhos valiosos para melhorar essa tese.
ix
Ao pessoal do Centro de Microscopia Eletrônica (CEME), Dra. Rita Sinigaglia,
o André, o Marçal, a Paty e o Lú, por terem me acolhido mesmo com minha rápida
convite para participar dessas etapas, e pelas inestimáveis dicas que ajudaram a
Gostaria de dedicar este último parágrafo aos 90 ratos que participaram deste
experimento, por terem sido a base e o cerne deste projeto. Estes animais foram a
dádiva mais valiosa de meu Mestrado. Não posso agradecer à altura por terem cedido
o único bem que possuíam durante este projeto, a vida. Mas que eles sejam a
x
Resumo
Introdução: O uso de substâncias psicotrópicas de forma recreativa é um problema
crescente, tanto na sociedade brasileira, como ao redor do mundo. Recentemente, o
uso do clonazepam para minimizar efeitos colaterais do uso da cocaína tem sido
relatado. Objetivos: Avaliar os efeitos da combinação da cocaína e do clonazepam
sobre o comportamento tipo-ansioso, o sono e a neurogênese em ratos. Métodos: No
experimento 1, os animais foram submetidos a 16 dias de tratamento com diferentes
doses de cocaína e clonazepam, e tiveram seu comportamento avaliado em campo
aberto e labirinto em cruz elevado, antes e depois da etapa de tratamento. No
experimento 2, os animais foram tratados por 16 dias com cocaína, clonazepam ou
ambas as drogas, recebendo doses escolhidas com base nos resultados do
experimento 1. Os efeitos agudos sobre o sono foram avaliados durante o primeiro dia
de tratamento. No dia seguinte ao término dos tratamentos, os animais passaram por
testes para avaliação do comportamento tipo-ansioso. Após estes procedimentos, os
animais foram submetidos à perfusão transcardíaca e tiveram seus cérebros
coletados para análise da neurogênese no giro denteado do hipocampo. Resultados:
No experimento 1, as doses que provocaram aumento mais significativo nos
comportamentos tipo-ansioso foram as de 1,25 mg/kg para o clonazepam e 15 mg/kg
para a cocaína. No experimento 2, os testes comportamentais encontraram alterações
nas atividades locomotora e exploratória. Os animais tratados de forma conjunta com
cocaína e clonazepam apresentaram, no registro de sono agudo, redução no sono
REM durante a fase clara e aumento da latência para início do sono REM, indicando
alterações na arquitetura do sono, o que foi observado no grupo tratado apenas com
cocaína. O grupo tratado exclusivamente com clonazepam não apresentou diferenças
significativas quanto a esses parâmetros. As análises imunohistoquímicas não
obtiveram resultados significativos. É possível que outros fatores participem das vias
pelas quais a cocaína e o clonazepam afetam esse processo, e modulem os efeitos
que ambas as substâncias podem ter na neurogênese. Conclusões: Os resultados
deste estudo mostram que a interação entre cocaína e clonazepam reduz o sono REM
em modelos animais, afetando a arquitetura do sono, e aumenta a frequência de
comportamentos tipo-ansioso, relacionados à instauração da dependência e à
síndrome de abstinência.
Palavras-chave: cocaína; clonazepam; comportamento tipo-ansioso; sono;
neurogênese.
xi
Abstract
Introduction: The recreational use of psychotropic substances is a growing problem
in the Brazilian society and around the world. Recently, the use of clonazepam to
ameliorate side-effects from cocaine use has been reported. Objectives: To evaluate
the effects of the combination of cocaine and clonazepam in the anxiety-like behavior,
sleep and neurogenesis in rats. Methods: In experiment 1, animals were treated for
16 days with different doses of cocaine and clonazepam and had their behavior
evaluated in open field and elevated plus-maze tests before and after the treatment
phase. In experiment 2, animals were treated for 16 days with cocaine, clonazepam or
both drugs, receiving doses based in the results from experiment 1. The acute effects
on sleep were evaluated during the first day of treatment. At the end of the treatment
phase, animals underwent tests for evaluation of anxiety-like behavior. After these
procedures, rats were subjected to transcardial perfusion and their brains were
collected for analysis of neurogenesis in the dentate gyrus of the hippocampus.
Results: In experiment 1, the doses which elicited the appearance of more
pronounced anxiety-like behaviors were 1.25 mg/kg of clonazepam and 15 mg/kg of
cocaine. In experiment 2, the behavioral tests found alterations in locomotor and
exploratory activities, indicating the emergence of withdrawal syndrome and
consequently, anxiety-like behavior. Animals treated with both cocaine and
clonazepam presented, in acute sleep recording, reduction of REM sleep during the
light phase and increase in REM sleep onset latency, indicating alterations in sleep
architecture, which was also observed in the group treated solely with cocaine. The
group treated solely with clonazepam did not present significant differences regarding
these parameters. Neurogenesis analyses did not find significant results. It is possible
that other factors participate in the pathways by which cocaine and clonazepam affect
this process and modulate the effects that both substances can have in neurogenesis.
Conclusions: The results from this study show that the interaction between cocaine
and clonazepam can have negative effects on different aspects of the organism in an
animal model, justifying more in-depth studies about this interaction.
Keywords: cocaine; clonazepam; anxiety-like behavior; sleep; neurogenesis.
xii
Lista de Figuras
aberto .........................................................................................................................32
xiii
Figura 12 Resultados para o registro de sono após tratamento agudo durante fase de
claridade ....................................................................................................................43
Figura 13 Resultados para o registro de sono após tratamento agudo durante fase de
escuridão ...................................................................................................................44
xiv
Lista de Tabelas
elevado.......................................................................................................................45
Tabela 6 Médias dos parâmetros de sono avaliados durante o registro agudo – fase
de claridade................................................................................................................46
Tabela 7 Médias dos parâmetros de sono avaliados durante o registro agudo – fase
de escuridão...............................................................................................................46
hipocampo..................................................................................................................47
xv
Lista de Abreviaturas
BrDU - 5-bromo-2’-deoxiuridina
CLN – clonazepam
COC – cocaína
CTRL – controle
elevado
elevado
xvi
LSD – least significant difference
NAT2 - n-acetiltransferase 2
OF – open field
elevado
elevado
TI – tempo de imobilidade
xvii
TTS – tempo total de sono
xviii
SUMÁRIO
Dedicatória .............................................................................................................................vii
Agradecimentos ...................................................................................................................viii
Resumo ...................................................................................................................................xi
Abstract ..................................................................................................................................xii
1 Introdução .........................................................................................................................1
2 Hipótese ............................................................................................................................ 21
3 Objetivos ........................................................................................................................... 23
4 Métodos ............................................................................................................................ 25
xix
4.3.2 Experimento 2: Efeitos do Tratamento Conjunto Entre Clonazepam e Cocaína no
Comportamento, Sono e Neurogênese..........................................................................30
5 Resultados …………………….................................................................................................... 38
6 Discussão ........................................................................................................................... 49
7 Conclusões ......................................................................................................................... 60
Referências .............................................................................................................................. 63
Anexos ..................................................................................................................................... 78
xx
Introdução
Introdução
__________________________________________________________________________________
1 INTRODUÇÃO
2
Introdução
__________________________________________________________________________________
3
Introdução
__________________________________________________________________________________
4
Introdução
__________________________________________________________________________________
5
Introdução
__________________________________________________________________________________
6
Introdução
__________________________________________________________________________________
ratos (Schmidt et al., 2017), o que pode trazer implicações promissoras no uso de
antagonistas noradrenérgicos no tratamento à dependência a cocaína.
Efeitos da cocaína sobre comportamento, como a euforia e a perda de controle
devem-se às suas ações sobre o sistema límbico, rico em células dopaminérgicas e
do qual o núcleo accumbens (NAc), envolvido no processo de reforço positivo do
abuso de drogas, faz parte. O NAc, com sua capacidade de nos fazer sentir satisfação,
ajuda no desempenho de funções de sobrevivência e reprodução, já que é estimulado
em atividades como tomar água quando se sente sede, ou realizar atividade sexual.
Dessa forma, pode-se dizer que, ao aumentar a disponibilidade de dopamina nas
fendas sinápticas do NAc, a cocaína desencadeia uma forma exagerada dessa
sensação de satisfação (Nestler, 2005).
O córtex pré-frontal, por sua vez, serve como uma área opositora ao NAc,
sendo relacionado à avaliação das ações do indivíduo. Essa região é a que permite
uma pessoa sem transtorno de uso de substância avaliar os riscos envolvidos antes
de atender aos impulsos de uso da droga. Com o desenvolvimento do transtorno de
uso de cocaína, no entanto, o indivíduo apresentará falhas no controle exercido pelo
córtex pré-frontal sobre o sistema de recompensa nessa região, o que está
relacionado com uma dificuldade em refrear seus impulsos (Volkow et al., 2003).
O desencadeamento de sensações prazerosas pela cocaína afeta o
armazenamento de memórias, pois certas partes do hipocampo e da amígdala
acumulam memórias associadas às formas pelas quais essas sensações foram
atingidas. Essas memórias auxiliam o cérebro a manter a informação de como voltar
a sentir essas sensações. A cocaína, provocando seus picos de dopamina, leva a uma
deturpação desse mecanismo, fazendo com que memórias associadas ao intenso
prazer gerado pela cocaína resultem em uma compulsão por obter mais droga (Grant
et al., 1996). Isso leva às chamadas pistas ambientais que ativam a compulsão pela
cocaína, como, por exemplo, uma pessoa visitar o local onde consumiu a droga pelas
últimas vezes, sentindo uma intensa vontade de consumir a droga (Childress et al.,
1999). Dessa forma, as pistas ambientais condicionadas ao efeito da droga
representam um fator importante no favorecimento da recaída ao abuso de drogas.
A cocaína também tem suas ações baseadas em mecanismos genéticos,
alterando, por exemplo, a expressão gênica nos neurônios do NAc. Uma proteína cuja
expressão pode ser significativamente afetada pela cocaína é a ΔFosB (Nestler et al.,
7
Introdução
__________________________________________________________________________________
8
Introdução
__________________________________________________________________________________
9
Introdução
__________________________________________________________________________________
10
Introdução
__________________________________________________________________________________
11
Introdução
__________________________________________________________________________________
12
Introdução
__________________________________________________________________________________
13
Introdução
__________________________________________________________________________________
14
Introdução
__________________________________________________________________________________
15
Introdução
__________________________________________________________________________________
sono causada pelo medicamento, e aumento nos eventos de apneia obstrutiva (Placidi
et al., 2000). O clonazepam também já foi investigado como tratamento adjunto para
depressão administrado em combinação à fluoxetina (revisado por Minkel e Krystal,
2013; Smith et al. 1998; Londborg et al., 2000; Smith et al., 2002). Nessas situações,
seu uso melhorou o sono dos pacientes e em certos casos também contribuiu para
melhora dos sintomas depressivos, embora o tratamento prolongado não tenha
trazido benefícios (Smith et al., 2002). Efeitos residuais também são comuns, com
sonolência e prejuízo na função motora se manifestando no dia seguinte ao uso do
medicamento (Wildin, 1990). Outros usos já identificados para o clonazepam
envolvem o tratamento de síndrome de pernas inquietas (Saletu et al., 2001; Manconi
et al., 2012). Pesquisas com animais avaliando o sono após a administração de
clonazepam, no entanto, ainda não foram descritas.
Pode-se observar, portanto, que o uso do clonazepam para tratamento de
problemas de sono tem se mostrado eficaz em casos como o distúrbio
comportamental de sono REM e certos casos de insônia. No entanto, há pouca
evidência concreta que reforçaria sua utilidade como hipnótico, e uma série de efeitos
colaterais devem ser considerados no uso desse medicamento para essa finalidade.
16
Introdução
__________________________________________________________________________________
17
Introdução
__________________________________________________________________________________
18
Introdução
__________________________________________________________________________________
19
Introdução
__________________________________________________________________________________
ser prejudicados. Assim, este estudo verificou a possível amplificação dos efeitos
negativos dessas 2 drogas.
20
Hipótese
Hipótese
__________________________________________________________________________________
2 Hipótese
22
Objetivos
Objetivos
__________________________________________________________________________________
3 Objetivos
24
Métodos
Métodos
__________________________________________________________________________________
4 Métodos
26
Métodos
__________________________________________________________________________________
Figura 1: Esquematização do Experimento 1. Entre os dias 2 e 17 os animais receberam diariamente doses de cocaína,
clonazepam ou salina, de acordo com o grupo ao qual foram designados.
Figuras 2 e 3: Aparatos utilizados para avaliação comportamental dos animais, o campo aberto e o labirinto em cruz elevado.
28
Métodos
__________________________________________________________________________________
29
Métodos
__________________________________________________________________________________
Figura 4: delineamento experimental do experimento 2. Após período de adaptação, os animais foram submetidos à cirurgia
estereotáxica para implante de eletrodos para registro de sono. Entre os dias 1 e 16 os animais receberam tratamentos diários
com as doses de cocaína e/ou clonazepam selecionadas no experimento 1, por injeção intraperitoneal. No primeiro dia de
tratamento, os animais foram submetidos a registro de sono por 24 horas. Após a realização dos testes comportamentais, no dia
seguinte ao término do tratamento, os animais foram submetidos à eutanásia e seus cérebros foram coletados para realização
da análise imunohistoquímica.
30
Métodos
__________________________________________________________________________________
31
Métodos
__________________________________________________________________________________
Figuras 5 e 6: Ilustração de ratos inseridos, durante teste comportamental, no labirinto em cruz elevado (A) e no campo aberto
(B).
32
Métodos
__________________________________________________________________________________
33
Métodos
__________________________________________________________________________________
Latência para Sono REM (LREM) Tempo decorrido até o primeiro episódio
de sono REM ocorrer, a partir do início
do registro.
34
Métodos
__________________________________________________________________________________
Figuras 7 e 8: Ilustração da extremidade do giro denteado do hipocampo de um rato corado com diaminobenzidina. Nesta região
foi determinada a área de contagem de células, realizada manualmente.
35
Métodos
__________________________________________________________________________________
as de aumento 10x (UPlanSP N) e 40x (UPlanSApo) com o qual foi possível avaliar a
densidade de células passando por replicação na zona sub-granular do hipocampo.
36
Métodos
__________________________________________________________________________________
37
Resultados
Resultados
__________________________________________________________________________________
5 Resultados
5.1 Experimento 1
R a z ã o d e lo c o m o ç ã o e m c a m p o a b e r t o
150
R a z ã o ( q u a d r a n t e s t o t a is /
CTRL
q u a d r a n t e s c e n t r a is )
CLN 1
100 CLN 2
CLN 3
50
0
B asal F in a l
M o m e n t o d o te s te
T e m p o d e im o b ilid a d e ( la b ir in t o e m c r u z e le v a d o )
80
CTRL
T e m p o m é d io ( s )
CLN 1
60
CLN 2
40 CLN 3
20
0
B asal F in a l
M o m e n t o d o te s te
39
Resultados
__________________________________________________________________________________
N ú m e ro d e e n tra d a s e m b ra ç o s a b e rto s
8
CTRL
N ú m e ro d e e n tra d a s
COC 1
6
COC 2
4 COC 3
0
B asal F in a l
M o m e n t o d o te s te
T e m p o d e im o b ilid a d e ( c a m p o a b e r t o )
80
CTRL
T e m p o m é d io ( s )
COC 1
60
COC 2
40 COC 3
20
0
B asal F in a l
M o m e n t o d o te s te
Figura 9a-9d: Gráficos representando a variação, entre o teste comportamental basal e final, dos resultados encontrados para
os grupos experimentais avaliados no Experimento 1.
5.2 Experimento 2
40
Resultados
__________________________________________________________________________________
Figura 10a-10d: Resultados obtidos para o número de quadrantes centrais (A), quadrantes periféricos (B) percorridos, tempo de
imobilidade (C) e número de bolos fecais produzidos (D) em campo aberto, no experimento 2. *=diferença significativa em relação
ao grupo CTRL; #=diferença significativa em relação ao grupo COC; §=diferença significativa em relação ao grupo CLN.
Para o teste de campo aberto, não foi encontrada diferença significativa entre
os grupos considerando-se a latência para início da locomoção, tempo gasto nos
quadrantes centrais ou periféricos, ou número de episódios de rearing (levantamento)
(Figura 10). Houve, no entanto, uma diferença significativa quanto ao número de
quadrantes periféricos percorridos, entre os Grupos COC, que percorreu um número
maior de quadrantes periféricos, e CLN (Exp(B)= -0,34; IC 95%= 0,52 – 0,97; p= 0,03).
Foram observadas diferenças também quanto ao tempo de imobilidade, entre os
Grupos COC e CLN (Exp(B)= -0,17; IC 95%= 0,77-0,94; p= 0,001), COC e COCCLN
(Exp(B)= -2,54; IC 95%= 0,70-0,86; p= 0,001) e COC e CTRL (Exp(B)= -0,03; IC 95%=
0,80-0,97; p= 0,01). O Grupo COC apresentou o menor tempo de imobilidade dentre
todos os grupos. Em relação ao número de bolos fecais produzidos, houve diferença
significativa entre os Grupos CTRL e COC (Exp(B)= -0,86; IC 95%= 0,18-0,96; p=
0,03).
41
Resultados
__________________________________________________________________________________
Figura 11a-11c: Resultados obtidos para o tempo de permanência em braços abertos (A), número de episódios de avaliação de
risco (B) e tempo de imobilidade (C) no labirinto em cruz elevado no experimento 2. *=diferença significativa em relação ao grupo
CTRL; #=diferença significativa em relação ao grupo COC; §=diferença significativa em relação ao grupo CLN.
B
T e m p o d e s o n o R E M ( f a s e c la r a )
100
80
*
M in u to s
60
40
20
0
L C N N
R O L L
T C C C
C C
O
C
G ru p o
Figura 12a-12c: Resultados obtidos para o tempo de sono total (A), tempo de sono REM (B) e latência para início do primeiro
episódio de sono REM (C) na fase de claridade do registro de sono agudo, no experimento 2. *=diferença significativa em relação
ao grupo CTRL; #=diferença significativa em relação ao grupo COC; §=diferença significativa em relação ao grupo CLN.
A
Tem po de sono REM (fa s e e s c u ra )
80
*
*
60
M in u to s
40
20
0
N
C
N
L
R
L
O
C
T
C
C
C
O
C
G ru p o
Figura 13: Resultados obtidos para o tempo de sono REM (A) na fase de escuridão do registro de sono agudo, no experimento
2. *=diferença significativa em relação ao grupo CTRL; #=diferença significativa em relação ao grupo COC; §=diferença
significativa em relação ao grupo CLN.
44
Resultados
__________________________________________________________________________________
CTRL 14,40±21,72 17,90±13,96 267,70±21,80 7,30±7,59 72,00±27,72b 79,30±33,45 25,10±8,92 0,06± 0,05 13,00±18,47 1,90±2,47
63,40±15,32a,
COCCLN 5,70±3,33 21,30±15,13 273,00±17,19 8,50±6,45 b 71,90±17,41 22,50±6,55 0,07± 0,05 10,60±7,81c 1,70±2,16
CLN 9,27±17,93 24,00±19,18 266,73±24,47 6,55±6,11b 69,18±28,36b 75,73±31,88 22,55±8,78 0,08± 0,07 13,73±21,19 1,09±1,45
COC 5,70±7,09 23,20±11,79 271,10±14,39 9,20±6,36 81,70±19,41 90,90±19,90 24,70±8,38 0,08± 0,04 5,90±6,28 0,80±1,93a
Valores mostrados como média ± desvio padrão de número de eventos ou tempo em segundos. LL=latência para início da
locomoção; TempoQC=tempo gasto em quadrantes centrais; TempoQP=tempo gasto em quadrantes periféricos; QC=número
de quadrantes centrais percorridos; QP=número de quadrantes periféricos percorridos; TotalQ=número total de quadrantes
percorridos; Levantamentos=número de episódios de levantamento; TI=tempo de imobilidade; Bolos fecais=número de bolos
fecais produzidos.
CTRL=controle (n=10); COC=cocaína (n=10); CLN=clonazepam (n=11); COCCLN=cocaína, seguida por clonazepam 1 hora
depois (n=10); a=diferença significativa em relação ao Grupo controle; b=diferença significativa em relação ao Grupo COC;
c
=diferença significativa em relação ao Grupo CLN.
Bolos
Grupo LL PermaBA PermaBF PermaC Levantamento MC AR TI
fecais
CTRL 12,00±11,81 37,90±39,74 208,50±50,90 41,60±24,28 19,70±4,97 9,10±5,38 7,00±4,71 6,50±11,15 0,70±1,34
COCCLN 7,80±4,59 49,20±33,83a 188,10±40,38 54,90±23,62 17,50±3,69 9,90±4,01 3,60±1,26a,c 6,20±3,58 0,30±0,67
CLN 9,45±5,79 48,00±38,53a 198,00±47,07 44,55±17,74 17,09±4,30 9,91±6,47 5,45±3,01 3,18±4,29 0,27±0,65
COC 13,80±8,13 52,40±40,99a 185,00±34,96 48,80±26,00 17,80±4,94 11,20±4,26 4,40±2,91a 3,20±3,71 0,30±0,67
45
Resultados
__________________________________________________________________________________
Valores mostrados como média ± desvio padrão de número de eventos ou tempo em segundos. LL=latência para início da
locomoção; PermaBA=tempo gasto em braços abertos; PermaBF=tempo gasto em braços fechados; PermaC=tempo gasto na
área central; EntradasBA=número de entradas em braços abertos; EntradasBF=número de entradas em braços fechados;
Levantamentos=número de episódios de levantamento; MC=número de episódios de mergulho de cabeça; AR=número de
episódios de avaliação de risco; TI=tempo de imobilidade; Bolos fecais=número de bolos fecais produzidos; CruzaBA=número
de cruzamentos entre braços abertos; CruzaBF=número de cruzamentos entre braços fechados.
CTRL=controle (n=10); COC=cocaína (n=10); CLN=clonazepam (n=11); COCCLN=cocaína, seguida por clonazepam 1 hora
depois (n=10); a=diferença significativa em relação ao Grupo controle; b=diferença significativa em relação ao Grupo COC;
c
=diferença significativa em relação ao Grupo CLN.
114,86±78,49a,
COCCLN 349,10±61,98b 50,92±59,42 41,31±9,68a c
Latência é considerada a partir do início do registro. Valores mostrados como média ± desvio padrão de tempo em minutos.
TTS=tempo de sono total; TSI=tempo de sono intermediário ou pré-paradoxal; TREM=tempo de sono REM ou paradoxal;
LREM=latência para o primeiro episódio de sono REM.
CTRL=controle (n=13); COC=cocaína (n=11); CLN=clonazepam (n=13); COCCLN=cocaína, seguida por clonazepam 1 hora
depois (n=12); a=diferença significativa em relação ao Grupo controle; b=diferença significativa em relação ao Grupo COC;
c
=diferença significativa em relação ao Grupo CLN.
Latência é considerada a partir do início do registro. Valores mostrados como média ± desvio padrão de tempo em minutos.
TTS=tempo de sono total; TSI=tempo de sono intermediário ou pré-paradoxal; TREM=tempo de sono REM ou paradoxal.
CTRL=controle (n=13); COC=cocaína (n=11); CLN=clonazepam (n=13); COCCLN=cocaína, seguida por clonazepam 1 hora
depois (n=12); a=diferença significativa em relação ao Grupo controle; b=diferença significativa em relação ao Grupo COC;
c=diferença significativa em relação ao Grupo CLN.
46
Resultados
__________________________________________________________________________________
Figura 14: Resultados obtidos para a densidade de células por mm2. Foram considerados, neste gráfico, as médias de todos
os animais utilizados no experimento.
Valores mostrados como média ± desvio padrão da densidade de células em proliferação neuronal/mm3.
47
Resultados
__________________________________________________________________________________
48
Discussão
Discussão
__________________________________________________________________________________
6 Discussão
6.1 Experimento 1
Para o experimento piloto, a escolha das doses utilizadas teve como critério a
observação de uma maior alteração nos parâmetros comportamentais avaliados em
testes no campo aberto e labirinto em cruz elevado. Embora as diferenças tenham
sido visualmente localizadas, os resultados estatísticos não detectaram diferenças
significativas entre os grupos. Portanto, o critério visual foi utilizado para seleção da
dose para realização do experimento principal. Além disso, o N amostral (5 animais
por grupo) pode ter influenciado na falta de resultados significativos, nos testes
estatísticos. O uso de critério visual para escolha das doses das substâncias e o N
amostral diminuto podem constituir duas limitações do presente estudo, portanto.
Para o Grupo Cocaína (COC), foi observada a presença de uma resposta
comportamental mais acentuada para a dose intermediária, de 15 mg/kg, o que
corresponde a resultados obtidos em estudos prévios na literatura para outros
estimulantes (Berro et al., 2016) assim como para os demais experimentos
envolvendo diferentes doses de cocaína (Nader e Reboussin, 1994). A presença de
uma curva em forma de “U” invertido para dose-resposta de determinada substância
recebe o nome de hormese e é caracterizada pelas doses mais baixa e mais alta de
uma substância se assemelharem em seus efeitos, enquanto que a dose intermediária
da mesma substância se destaca das outras 2. A presença de uma curva em “U”
invertido pode estar relacionada a 2 hipóteses diferentes: em um dos cenários
possíveis, a dose mais elevada se torna demasiado tóxica, comprometendo a
resposta comportamental; em outro possível cenário, a dose mais elevada de uma
substância iria provocar uma ativação diferencial de receptores no sistema nervoso
central do animal, o que alteraria suas respostas comportamentais (Calabrese e
Baldwin, 2001).
Para os Grupos Clonazepam (CLN), foi escolhida a dose mais elevada, de 1,25
mg/kg. Novamente, diante da ausência de diferenças estatisticamente significantes, a
escolha da dose ficou a critério visual. Houve diferença discreta entre as doses de
0,75 e 1,25 mg/kg, e frequentemente as duas doses desencadeavam,
quantitativamente, respostas idênticas.
50
Discussão
__________________________________________________________________________________
6.2 Experimento 2
51
Discussão
__________________________________________________________________________________
52
Discussão
__________________________________________________________________________________
53
Discussão
__________________________________________________________________________________
Para a fase de claridade, observa-se que ratos que receberam cocaína (grupo
COC) apresentaram o menor tempo de sono total dentre todos os grupos. Apesar da
popularização do clonazepam como tratamento para a insônia (Contreras-Gonzalez
et a., 2016), estudos avaliando diretamente seus efeitos sobre parâmetros de sono
são muito escassos, sobretudo comparando-se com suas utilidades nos tratamentos
de diferentes distúrbios de sono (Schenck et al., 2002; Açikel et al., 2916; Sakai et al.,
2017). Um estudo por Kales e colaboradores (1991), no entanto, investigou
54
Discussão
__________________________________________________________________________________
55
Discussão
__________________________________________________________________________________
comparação com ratos dos Grupos CLN e CTRL, e marginalmente maior quando
comparados com animais que receberam apenas cocaína (Grupo COC).
Os efeitos dos benzodiazepínicos em geral quando utilizados em associação à
cocaína ou outro estimulante sobre padrões de sono ainda carece de mais
investigações. Dugovic e colaboradores (1992) relataram resultados semelhantes ao
que observamos, ou seja, um antagonismo entre cocaína e clordiazepóxido, um
benzodiazepínico menos potente do que o clonazepam. O tratamento conjunto
também levou a uma redução no sono REM dos animais. Em relação ao sono de
ondas lentas, o estudo de Dugovic (1992) encontrou resultados que sugeririam
antagonismo entre as duas substâncias.
As duas substâncias analisadas afetam de forma diferente o sono REM e a
arquitetura do sono em geral, ativando vias de neurotransmissores distintas. Com
base em uma das teorias mais difundidas acerca dos mecanismos pelos quais
estimulantes afetam o sono, a cocaína reduz o tempo total de sono ao promover uma
inibição da recaptação de dopamina, aumentando os níveis deste neurotransmissor e
de noradrenalina no cérebro, gerando uma estimulação que, por consequência, afeta
o sono REM. No entanto, outra teoria que vem sendo defendida é a de que o sistema
serotonérgico seria o principal responsável pelos efeitos deletérios de estimulantes
sobre o sono (Berro et al., 2017, Perez Diaz et al., 2017). No trabalho de Perez Diaz
e colaboradores, o uso de um antagonista do receptor serotonérgico 5HT2A foi capaz
de reverter efeitos deletérios da metanfetamina sobre o sono. O clonazepam, por sua
vez, é um modulador alostérico do receptor GABA-A, e sua ação sobre esse sítio
desencadeia redução do sono REM e do sono de ondas lentas (Kales et al., 1991). A
redução do sono REM, no entanto, não foi observada nos animais do grupo CLN. Isso
sugere que a interação entre as duas substâncias opera de forma relativamente
complexa, com a redução no sono REM sendo exacerbada devido a ativação de vias
neuronais de forma diferenciada quando as duas drogas se encontram juntas. As vias
afetadas em questão, no entanto, ainda não estão estabelecidas, e para a
possibilidade de identificação desses mecanismos, torna necessária a realização de
mais estudos.
Segundo um estudo de Wiers e colaboradores (2016), a privação de sono
potencializa a transmissão dopaminérgica em usuários de cocaína, o que está
associado a um maior comportamento de risco e busca pela droga. É sabido que
56
Discussão
__________________________________________________________________________________
57
Discussão
__________________________________________________________________________________
leva a um aumento nos níveis de serotonina (Lima et al., 1993). Somam-se a isso
possíveis efeitos do receptor GABA-A sobre a neurogênese. Alguns estudos apontam
que a ativação deste receptor específico pode levar ao aumento da diferenciação
celular (Tozuka et al., 2005). Dessa forma, o clonazepam poderia estar levando a uma
intensificação dos processos relacionados à neurogênese devido aos receptores por
ele ativados. No entanto, seria necessária a avaliação dos níveis serotoninérgicos e
GABAérgicos no momento da eutanásia do animal, para uma correlação com os
processos neurogênicos observados. Deve-se considerar se após 1 dia de abstinência
da droga (uma vez que mais de 24 horas haviam se passado desde a última injeção,
quando a eutanásia foi realizada) algum efeito diferenciado sobre a neurogênese
poderia ser encontrado. Há evidências, por sua vez, de que a interrupção de
tratamento com a cocaína pode resultar não apenas em uma retomada do processo
neurogênico, mas também na sua exacerbação, levando a uma proliferação neuronal
ainda mais intensa do que anteriormente ao tratamento com cocaína (Castilla-Ortega
et al., 2016). Adicionalmente, a dopamina está relacionada com a proliferação
neuronal na região subventricular do giro denteado, por meio do estímulo da secreção
de fator de crescimento epidérmico (Craig et al., 1996). Estudos relacionando o efeito
desse neurônio sobre a região subgranular seriam de grande valia para identificar se
algo semelhante não ocorreria nessa região também.
Deve-se considerar também a presença de controvérsias acerca do efeito da
cocaína sobre a neurogênese. Apesar de evidências que mostram a redução da
neurogênese, como previamente mencionado, alguns estudos encontraram ressalvas
a esta afirmação. A cocaína pode reduzir a proliferação neuronal, mas não prejudicar
a maturação ou a sobrevivência dos neurônios gerados, após administração por 24
dias de cocaína em ratos (Domínguez-Escribá et al., 2006). Outro experimento,
utilizando camundongos, separou, para análise, o hipocampo em porção dorsal e
ventral, encontrando, para a porção dorsal, uma maior quantidade de células
marcadas com BrDU, quando comparado com a porção ventral, e em comparação
com animais controle (Lloyd et al., 2010).
Deve-se considerar, no entanto, aspectos metodológicos que podem ter
influenciado nos resultados, como o uso de contagem manual para obtenção do
número de células, ou a utilização de um setor específico do giro denteado para
realização da análise.
58
Discussão
__________________________________________________________________________________
59
Conclusões
Conclusões
__________________________________________________________________________________
7 Conclusões
7.1 Implicações
61
Conclusões
__________________________________________________________________________________
62
Referências
7 Referências
64
Berro LF, Andersen ML, Tufik S, Howell LL. Actigraphy-based sleep parameters during
the reinstatement of methamphetamine self-administration in rhesus monkeys.
Exp Clin Psychopharmacol. 2016; 24:142-6.
Berro LF, Andersen ML, Tufik S, Howell LL. GABA(A) receptor positive allosteric
modulators modify the abuse-related behavioral and neurochemical effects of
methamphetamine in rhesus monkeys. Neuropharmacology. 2017; 123:299-309.
Bibb JA, Chen J, Taylor JR, Svenningsson P, Nishi A, Snyder GL, Yan Z, Sagawa ZK,
Ouimet CC, Nairn AC, Nestler EJ, Greengard P. Effects of chronic exposure to
cocaine are regulated by the neuronal protein Cdk5. Nature. 2001; 410:376-80.
Boldrini M, Butt TH, Santiago AN, Tamir H, Dwork AJ, Rosoklija GB, Arango V, Hen R,
Mann JJ. Benzodiazepines and the potential trophic effect of antidepressants on
dentate gyrus cells in mood disorders. Int J Neuropsychopharmacol. 2014;
17:1923-1933.
Borowsky B, Kuhn CM. Chronic cocaine administration sensitizes behavioral but not
neuroendocrine responses. Brain Res. 1991; 543:301-6.
Burrows DL, Hagardorn AN, Harlan GC, Wallen ED, Ferslew KE. A fatal drug interaction
between oxycodone and clonazepam. J Forensic Sci. 2003; 48:683-6.
Calabrese EJ, Baldwin LA. U-shaped dose-responses in biology, toxicology, and public
health. Annu Rev Public Health. 2001; 22:15-33.
Calipari ES, Beveridge TJ, Jones SR, Porrino LJ. Withdrawal from extended-access
cocaine self-administration results in dysregulated functional activity and altered
locomotor activity in rats. Eur J Neurosci. 2013; 38:3749-57.
Carlini EA, Nappo SA., Galduróz JCF, Noto AR. Drogas psicotrópicas: o que são e como
agem. Revista Imesc, 2001; 3:9-35.
Carobrez AP, Bertoglio LJ. Ethological and temporal analyses of anxiety-like behavior:
The elevated plus-maze model 20 years on, in: Neurosci. Biobehav. Rev. 2005;
29:1193–1205.
Carroll ME, Lac ST. Cocaine withdrawal produces behavioral disruptions in rats. Life
Sci. 1987; 40:2183-90.
Castilla-Ortega E, Serrano A, Blanco E, Araos P, Suárez J, Pavón FJ, Rodríguez de
Fonseca F, Santín LJ. A place for the hippocampus in the cocaine addiction
circuit: Potential roles for adult hippocampal neurogenesis. Neurosci Biobehav
Rev. 2016; 66:15-32.
65
Chacur C, Raymond R, Hipólide DC, Giugliano EB, Leite JR, Nobrega JN. Immediate
increase in benzodiazepine binding in rat brain after a single brief experience in
the plus maze: a paradoxical effect. Neurosci Lett. 1999; 269:29-32.
Chaki S, Kawashima N, Suzuki Y, Shimazaki T, Okuyama S. Cocaine- and
amphetamine-regulated transcript peptide produces anxiety-like behavior in
rodents. Eur J Pharmacol. 2003; 464:49-54.
Chandra R, Engeln M, Francis TC, Konkalmatt P, Patel D, Lobo MK. A Role for
Peroxisome Proliferator-Activated Receptor Gamma Coactivator-1α in Nucleus
Accumbens Neuron Subtypes in Cocaine Action. Biol Psychiatry. 2017; 81:564
572.
Chen J, Cai F, Cao J, Zhang X, Li S. Long‐term antiepileptic drug administration during
early life inhibits hippocampal neurogenesis in the developing brain. J Neurosci
Res. 2009; 87:2898- 2907.
Childress AR, Mozley PD, McElgin W, Fitzgerald J, Reivich M, O'Brien CP. Limbic
activation during cue-induced cocaine craving. Am J Psychiatry. 1999; 156:11-8.
Contreras-González N, Téllez-Alanís B, Haro R, Jiménez-Correa U, Poblano A.
Executive dysfunction in patients with chronic primary insomnia treated with
clonazepam. Neurol Res. 2015; 37:1047-53.
Craig CG, Tropepe V, Morshead CM, Reynolds BA, Weiss S, van der Kooy D. In vivo
growth factor expansion of endogenous subependymal neural precursor cell
populations in the adult mouse brain. J Neurosci. 1996; 16:2649-58.
Crawley J, Goodwin FK. Preliminary report of a simple animal behavior model for the
anxiolytic effects of benzodiazepines. Pharmacol Biochem Behav. 1980; 13:167-
70.
Dackis CA, Gold MS. New concepts in cocaine addiction: the dopamine depletion
hypothesis. Neurosci Biobehav Rev. 1985; 9:469-77.
Dall C, Weikop P, Dencker D, Molander AC, Wörtwein G, Conn PJ, Fink-Jensen A,
Thomsen M. Muscarinic receptor M(4) positive allosteric modulators attenuate
central effects of cocaine. Drug Alcohol Depend. 2017; 176:154-161.
de Oliveira Citó Mdo C, da Silva FC, Silva MI, Moura BA, Macêdo DS, Woods DJ,
Fonteles MM, de Vasconcelos SM, de Sousa FC. Reversal of cocaine
withdrawal-induced anxiety by ondansetron, buspirone and propranolol. Behav
Brain Res. 2012; 231:116-23.
66
Deroche-Gamonet V, Revest JM, Fiancette JF, Balado E, Koehl M, Grosjean N, Abrous
DN, Piazza PV. Depleting adult dentate gyrus neurogenesis increases cocaine-
seeking behavior. Mol Psychiatry. 2019; 24:312-320.
Dias JC, Pinto IM. Substâncias Psicoativas: Classificações, Mecanismos De Ação E
Efeitos Sobre O Organismo. Em: Panorama Atual De Drogas E Dependencias,
1a Edição, pp. 39-49. São Paulo, Atheneu, 2006.
Domínguez-Escribà L, Hernández-Rabaza V, Soriano-Navarro M, Barcia JA, Romero
FJ, García-Verdugo JM, Canales JJ. Chronic cocaine exposure impairs
progenitor proliferation but spares survival and maturation of neural precursors in
adult rat dentate gyrus. Eur J Neurosci. 2006; 24:586-94.
Dugovic C, Meert TF, Ashton D, Clincke GHC. Effects of ritanserin and chlordiazepoxide
on sleep-wakefulness alterations in rats following chronic cocaine treatment.
Psychopharmacology (Berl). 1991; 108:263–270.
Duveau V, Laustela S, Barth L, Gianolini F, Vogt KE, Keist R, Chandra D, Homanics
GE, Rudolph U, Fritschy JM. Spatiotemporal specificity of GABAA receptor-
mediated regulation of adult hippocampal neurogenesis. Eur J Neurosci. 2011;
34:362-373.
Earnheart JC, Schweizer C, Crestani F, Iwasato T, Itohara S, Mohler H, Lüscher B.
GABAergic control of adult hippocampal neurogenesis in relation to behavior
indicative of trait anxiety and depression states. J Neurosci. 2007; 27:3845-54.
Emmett-Oglesby MW, Lane JD. Tolerance to the reinforcing effects of
cocaine. Behavioural pharmacology, 1992; 3:193-200
Erhardt E, Zibetti LCE, Godinho JM, Bacchieri B, Barros HMT. Behavioral changes
induced by cocaine in mice are modified by a hyperlipidic diet or recombinant
leptin. Brazilian J. Med. Biol. Res. 2006; 39:1625–1635.
Febo M, Ferris CF, Segarra AC. Estrogen influences cocaine-induced blood oxygen
level-dependent signal changes in female rats. J Neurosci. 2005; 25:1132-6.
File SE, Baldwin HA, Aranko K. Anxiogenic effects in benzodiazepine withdrawal are
linked to the development of tolerance. Brain Res Bull. 1987; 19:607-10.
Fiorentin TR, Logan BK. Toxicological findings in 1000 cases of suspected drug
facilitated sexual assault in the United States. J Forensic Leg Med. 2019; 61:56-
64.
Fischman MW, Schuster CR. Cocaine effects in sleep-deprived humans.
Psychopharmacology (Berl). 1980; 72:1-8.
67
Francis TC, Gantz SC, Moussawi K, Bonci A. Synaptic and intrinsic plasticity in the
ventral tegmental area after chronic cocaine. Curr Opin Neurobiol. 2019; 54:66-
72. doi: 10.1016/j.conb.2018.08.013.
Frauger E, Nordmann S, Orleans V, Pradel V, Pauly V, Thirion X, Micallef J; réseau des
CEIPs. Which psychoactive prescription drugs are illegally obtained and through
which ways of acquisition? About OPPIDUM survey. Fundam Clin Pharmacol.
2012; 26:549-56.
Frauger E, Pauly V, Pradel V, Rouby F, Arditti J, Thirion X, Lapeyre Mestre M, Micallef
J. Evidence of clonazepam abuse liability: results of the tools developed by the
French Centers for Evaluation and Information on Pharmacodependence (CEIP)
network. Fundam Clin Pharmacol. 2011; 25:633-41.
Frussa-Filho R, Fukushiro DF, Patti C de L, Chinen CC, Kameda SR, Carvalho R de C.
Assessment of motor function in Rodents: Behavioral models sharing simplicity
and multifaceted applicability: Part 2: The Catalepsy Test, in: Rodent Model as
Tools in Ethical Biomedical Research. pp. 459–485. 2015.
Galpern WR, Lumpkin M, Greenblatt DJ, Shader RI, Miller LG. Chronic benzodiazepine
administration - VII. Behavioral tolerance and withdrawal and receptor alterations
associated with clonazepam administration. Psychopharmacology (Berl). 1991;
04:225–230.
García-Cabrerizo R, Keller B, García-Fuster MJ. Hippocampal cell fate regulation by
chronic cocaine during periods of adolescent vulnerability: Consequences of
cocaine exposure during adolescence on behavioral despair in adulthood.
Neuroscience. 2015; 304:302-15.
Gasior M, Ungard JT, Witkin JM. Chlormethiazole: effectiveness against toxic effects of
cocaine in mice. J Pharmacol Exp Ther. 2000; 295:153-161.
Ge S, Pradhan DA, Ming GL, Song H. GABA sets the tempo for activity-dependent adult
neurogenesis. Trends Neurosci. 2007; 30:1-8.
Gelernter J, Sherva R, Koesterer R, Almasy L, Zhao H, Kranzler HR, et al. Genomewide
association study of cocaine dependence and related traits: FAM53B identified
as a risk gene. Mol Psychiatry. 2014;19:717–23.
Gjerde H, Nordfjærn T, Bretteville-Jensen AL, Edland-Gryt M, Furuhaugen H, Karinen
R, Øiestad EL. Comparison of drugs used by nightclub patrons and criminal
offenders in Oslo, Norway. Forensic Sci Int. 2015; 265:1-5.
68
Grant S, London ED, Newlin DB, Villemagne VL, Liu X, Contoreggi C, Phillips RL, Kimes
AS, Margolin A. Activation of memory circuits during cue-elicited cocaine craving.
Proc Natl Acad Sci U S A. 1996; 93:12040-5.
Griffin CE 3rd, Kaye AM, Bueno FR, Kaye AD. Benzodiazepine pharmacology and
central nervous system-mediated effects. Ochsner J. 2013; 13:214-23.
Gusel'nikova VV, Korzhevskiy DE. NeuN As a Neuronal Nuclear Antigen and Neuron
Differentiation Marker. Acta Naturae. 2015; 7:42-7.
Guzman-Marin R, Bashir T, Suntsova N, Szymusiak R, McGinty D. Hippocampal
neurogenesis is reduced by sleep fragmentation in the adult rat. Neuroscience.
2007; 148:325-333
Hadfield MG, Mott DE, Ismay JA. Cocaine: effect of in vivo administration on
synaptosomal uptake of norepinephrine. Biochem Pharmacol. 1980; 29:1861-3.
Hedaya MA, Pan WJ. Cocaine pharmacokinetics/pharmacodynamics in awake freely
moving rats. Pharm Res. 1997; 14:1099-102.
Hikida T, Kaneko S, Isobe T, Kitabatake Y, Watanabe D, Pastan I, Nakanishi S.
Increased sensitivity to cocaine by cholinergic cell ablation in nucleus
accumbens. Proc Natl Acad Sci U S A. 2001; 98:13351-4.
Ito K, Ohmori T, Abekawa T, Koyama T. Clonazepam prevents the development of
sensitization to methamphetamine. Pharmacol Biochem Behav. 1997; 58:875-9.
Iudici A, Castelnuovo G, Faccio E. New drugs and polydrug use: implications for clinical
psychology. Front Psychol. 2015; 6:267.
Izenwasser S, Cox BM. Inhibition of dopamine uptake by cocaine and nicotine: tolerance
to chronic treatments. Brain Res. 1992;573:119-25.
Johnson LC. Effects of Anti-Convulsant Medication on Sleep Patterns. NAVAL HEALTH
RESEARCH CENTER SAN DIEGO CA; 1981
Jones JD, Mogali S, Comer SD. Polydrug abuse: a review of opioid and benzodiazepine
combination use. Drug Alcohol Depend. 2012; 125:8-18.
Joseph L, Thomsen M. Effects of muscarinic receptor antagonists on cocaine
discrimination in wild-type mice and in muscarinic receptor M(1), M(2), and M(4)
receptor knockout mice. Behav Brain Res. 2017; 329:75-83.
Joy MS. Clonazepam: benzodiazepine therapy for the restless legs syndrome. ANNA J.
1997; 24:686-9.
69
Kales A, Manfredi RL, Vgontzas AN, Baldassano CF, Kostakos K, Kales JD.
Clonazepam: sleep laboratory study of efficacy and withdrawal. J. Clin.
Psychopharmacol. 1991; 11:189–193
Karoum F, Suddath RL, Wyatt RJ. Chronic cocaine and rat brain catecholamines: long-
term reduction in hypothalamic and frontal cortex dopamine metabolism. Eur J
Pharmacol. 1990; 186:1-8.
Kelly C, Zuo XN, Gotimer K, Cox CL, Lynch L, Brock D, Imperati D, Garavan H, Rotrosen
J, Castellanos FX, Milham MP. Reduced interhemispheric resting state functional
connectivity in cocaine addiction. Biol Psychiatry. 2011; 69:684-92. doi:
10.1016/j.biopsych.2010.11.022.
Kerridge BT, Chou SP, Pickering RP, Ruan WJ, Huang B, Jung J, Zhang H, Fan AZ,
Saha TD, Grant BF, Hasin DS. Changes in the prevalence and correlates of
cocaine use and cocaine use disorder in the United States, 2001-2002 and 2012-
2013. Addict Behav. 2019; 90:250-257.
King GR, Xiong Z, Douglass S, Ellinwood EH. Long-term blockade of the expression of
cocaine sensitization by ondansetron, a 5-HT(3) receptor antagonist. Eur J
Pharmacol. 2000; 394:97-101.
Knapp CM, Datta S, Ciraulo DA, Kornetsky C. Effects of low dose cocaine on REM sleep
in the freely moving rat. Sleep Biol. Rhythms 2007; 5:55–62.
Lader M. Benzodiazepines revisited--will we ever learn? Addiction. 2011; 106:2086-109
Ladrón de Guevara-Miranda D, Moreno-Fernández RD, Gil-Rodríguez S, Rosell-Valle
C, Estivill-Torrús G, Serrano A, Pavón FJ, Rodríguez de Fonseca F, Santín LJ,
Castilla-Ortega E. Lysophosphatidic acid-induced increase in adult hippocampal
neurogenesis facilitates the forgetting of cocaine-contextual memory. Addict Biol.
2018 Feb 26.
Laranjeira R, Madruga CS, Pinsky I, Caetano R, Mitsuhiro SS. II levantamento nacional
de álcool e drogas (LENAD)-2012. São Paulo: Instituto Nacional de Ciência e
Tecnologia para Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas/Universidade
Federal de São Paulo. 2014.
Lima L, Salazar M, Trejo E. Modulation of 5HT1A receptors in the hippocampus and the
raphe area of rats treated with clonazepam. Prog Neuropsychopharmacol Biol
Psychiatry. 1993 Jul;17(4):663-77.
Lloyd SA, Balest ZR, Corotto FS, Smeyne RJ. Cocaine selectively increases
proliferation in the adult murine hippocampus. Neurosci Lett. 2010; 485:112-6.
70
Londborg PD, Smith WT, Glaudin V, Painter JR. Short-term cotherapy with clonazepam
and fluoxetine: anxiety, sleep disturbance and core symptoms of depression. J
Affect Disord. 2000; 61:73-9.
Lyphout C, Yates C, Margolin ZR, Dargan PI, Dines AM, Heyerdahl F, Hovda KE,
Giraudon I, Bucher-Bartelson B, Green JL; Euro-DEN Research Group, Wood
DM. Presentations to the emergency department with non-medical use of
benzodiazepines and Z-drugs: profiling and relation to sales data. Eur J Clin
Pharmacol. 2019; 75:77-85.
Manconi M, Ferri R, Zucconi M, Bassetti CL, Fulda S, Aricò D, Ferini-Strambi L.
Dissociation of periodic leg movements from arousals in restless legs syndrome.
Ann Neurol. 2012; 71:834-44.
Mccabe SE, Cranford JA, Morales M, Young A. Simultaneous and concurrent polydrug
use of alcohol and prescription drugs: prevalence, correlates, and consequences.
Journal of Studies on Alcohol. 2006; 67:529.
Meeus M, Ickmans K, De Clerck LS, Moorkens G, Hans G, Grosemans S, Nijs J.
Serotonergic descending inhibition in chronic pain: design, preliminary results
and early cessation of a randomized controlled trial. In Vivo. 2011; 25:1019-25.
Messas, Guilherme. Alcool E Drogas: Uma Visão Fenômeno. Casa do Psicólogo, 2006.
Michelini S, Cassano GB, Frare F, Perugi G. Long-term use of benzodiazepines:
tolerance, dependence and clinical problems in anxiety and mood disorders.
Pharmacopsychiatry. 1996; 29:127-134.
Minkel J, Krystal AD. Optimizing the Pharmacologic Treatment of Insomnia: Current
Status and Future Horizons. Sleep Med Clin. 2013; 8:333-350.
Mitchell MR, Balodis IM, Devito EE, Lacadie CM, Yeston J, Scheinost D, Constable RT,
Carroll KM, Potenza MN. A preliminary investigation of Stroop-related intrinsic
connectivity in cocaine dependence: associations with treatment outcomes. Am
J Drug Alcohol Abuse. 2013; 39:392-402.
Mohamed TM, Ghaffar HM, El Husseiny RM. Effects of tramadol, clonazepam, and their
combination on brain mitochondrial complexes. Toxicol Ind Health. 2015;
31:1325-33.
Molnar MZ, Novak M, Mucsi I. Management of restless legs syndrome in patients on
dialysis. Drugs. 2006; 66:607-24.
71
Moody D. "Drug interactions with benzodiazepines". Em: Raymon LP, Mozayani A.
Handbook of Drug Interactions: a Clinical and Forensic Guide, pp. 3–88. Humana
Press, New York, USA, 2004.
Morishita S. Clonazepam as a therapeutic adjunct to improve the management of
depression: a brief review. Hum Psychopharmacol. 2009; 24:191-8.
Nader MA, Reboussin DM. The effects of behavioral history on cocaine self-
administration by rhesus monkeys. Psychopharmacology (Berl). 1994;115:53-8.
Nestler EJ, Barrot M, Self DW. DeltaFosB: a sustained molecular switch for addiction.
Proc Natl Acad Sci U S A. 2001; 98:11042-6.
Nestler EJ. The neurobiology of cocaine addiction. Sci Pract Perspect. 2005;3(1):4-10.
Nin MS, Couto-Pereira NS, Souza MF, Azeredo LA, Ferri MK, Dalprá WL, Gomez R,
Barros HMT. Anxiolytic effect of clonazepam in female rats: Grooming
microstructure and elevated plus maze tests. Eur. J. Pharmacol. 2012; 684:95–
101.
Noonan MA, Bulin SE, Fuller DC, Eisch AJ. Reduction of adult hippocampal
neurogenesis confers vulnerability in an animal model of cocaine addiction. J
Neurosci. 2010; 30:304-315.
Norrholm SD, Bibb JA, Nestler EJ, Ouimet CC, Taylor JR, Greengard P. Cocaine
induced proliferation of dendritic spines in nucleus accumbens is dependent on
the activity of cyclin-dependent kinase-5. Neuroscience. 2003; 116:19-22.
Erratum in: Neuroscience. 2003; 119:619.
Pace-Schott EF, Stickgold R, Muzur A, Wigren PE, Ward AS, Hart CL, Clarke D, Morgan
A, Hobson JA. Sleep quality deteriorates over a binge-abstinence cycle in chronic
smoked cocaine users. Psychopharmacology (Berl). 2005; 179:873–883.
Pallotto M, Deprez F. Regulation of adult neurogenesis by GABAergic transmission:
signaling beyond GABAA-receptors. Front Cell Neurosci. 2014; 8:166.
Patriquin MA, Hamon SC, Harding MJ, Nielsen EM, Newton TF, De La Garza R 2nd,
Nielsen DA. Genetic moderation of cocaine subjective effects by variation in the
TPH1, TPH2, and SLC6A4 serotonin genes. Psychiatr Genet. 2017; 27:178-186.
Pellow S, Chopin P, File SE, Briley M. Validation of open:closed arm entries in an
elevated plus-maze as a measure of anxiety in the rat. J Neurosci Methods. 1985;
14:149-67.
Perez Diaz M, Andersen ML, Rice KC, Howell LL. Effects of a Serotonin 2C Agonist and
a 2A Antagonist on Actigraphy-Based Sleep Parameters Disrupted by
72
Methamphetamine Self-Administration in Rhesus Monkeys.
Neuropsychopharmacology. 2017; 42:1531-1538.
Perrine SA, Sheikh IS, Nwaneshiudu CA, Schroeder JA, Unterwald EM. Withdrawal
from chronic administration of cocaine decreases delta opioid receptor signaling
and increases anxiety- and depression-like behaviors in the rat.
Neuropharmacology 2008; 54:355–364.
Pétursson H. The benzodiazepine withdrawal syndrome. Addiction. 1994; 89:1455-9.
Pierce RC, Fant B, Swinford-Jackson SE, Heller EA, Berrettini WH, Wimmer ME.
Environmental, genetic and epigenetic contributions to cocaine addiction.
Neuropsychopharmacology. 2018; 43:1471-1480.
Pires GN, Bezerra AG, Tufik S, Andersen ML. Effects of acute sleep deprivation on state
anxiety levels: a systematic review and meta-analysis. Sleep Med. 2016; 24:109-
118.
Placidi F, Scalise A, Marciani MG, Romigi A, Diomedi M, Gigli GL. Effect of antiepileptic
drugs on sleep. Clin Neurophysiol. 2000; 111 Suppl 2: S115-9.
Pomara C, Cassano T, D'Errico S, Bello S, Romano AD, Riezzo I, Serviddio G. Data
available on the extent of cocaine use and dependence: biochemistry,
pharmacologic effects and global burden of disease of cocaine abusers. Curr
Med Chem. 2012;19(33):5647-57.
Poyares D, Guilleminault C, Ohayon MM, Tufik S. Chronic benzodiazepine usage and
withdrawal in insomnia patients. J Psychiatr Res. 2004; 38:327-34.
Pujalte D, Bottaï T, Huë B, Alric R, Pouget R, Blayac JP, Petit P. A double-blind
comparison of clonazepam and placebo in the treatment of neuroleptic-induced
akathisia. Clin Neuropharmacol. 1994; 17:236-42
Ramos A. Animal models of anxiety: do I need multiple tests? Trends in pharmacological
sciences. 2008; 29:493-498.
Reith ME. 5-HT3 receptor antagonists attenuate cocaine-induced locomotion in mice.
Eur J Pharmacol. 1990; 186:327-30.
Revest JM, Dupret D, Koehl M, Funk-Reiter C, Grosjean N, Piazza PV, Abrous DN.
Adult hippocampal neurogenesis is involved in anxiety-related behaviors. Mol
Psychiatry. 2009; 14:959-967.
Rogerio R, Takahashi RN. Anxiogenic properties of cocaine in the rat evaluated with the
elevated plus-maze. Pharmacol Biochem Behav. 1992; 43:631-3.
73
Russell WMS, Burch RL. The Principles of Humane Experimental Technique, Methuen,
London, 1959.
Sakai T, Kato T, Yoshizawa S, Suganuma T, Takaba M, Ono Y, Yoshizawa A, Yoshida
Y, Kurihara T, Ishii M, Kawana F, Kiuchi Y, Baba K. Effect of clonazepam and
clonidine on primary sleep bruxism: a double-blind, crossover, placebo-controlled
trial. J. Sleep Res. 2017; 26:73–83.
Salazar-Juárez A, Barbosa-Méndez S, Jurado N, Hernández-Miramontes R, Leff P,
Antón B. Mirtazapine prevents induction and expression of cocaine-induced
behavioral sensitization in rats. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry.
2016; 68:15-24. doi: 10.1016/j.pnpbp.2016.02.010.
Saletu M, Anderer P, Saletu-Zyhlarz G, Prause W, Semler B, Zoghlami A, Gruber G,
Hauer C, Saletu B. Restless legs syndrome (RLS) and periodic limb movement
disorder (PLMD): acute placebo-controlled sleep laboratory studies with
clonazepam. Eur Neuropsychopharmacol. 2001; 11:153-161.
Sanchez, ZVDM; Santos, MGR. Classificação e Efeitos Farmacológicos das Drogas. In:
Telmo Mota Ronzani. (Org.). Ações Integradas Sobre Drogas: Prevenção,
Abordagens E Políticas Públicas. 1ed.Juiz De Fora: EFJF, 2013, v. 1, p. 17-51.
Santarelli L, Saxe M, Gross C, Surget A, Battaglia F, Dulawa S, Weisstaub N, Lee J,
Duman R, Arancio O, Belzung C, Hen R. Requirement of hippocampal
neurogenesis for the behavioral effects of antidepressants. Science. 2003;
301:805-809.
Schenck CH, Bundlie SR, Mahowald MW. Delayed emergence of a parkinsonian
disorder in 38% of 29 older men initially diagnosed with idiopathic rapid eye
movement sleep behaviour disorder. Neurology. 1996; 46:388-393. Erratum in:
Neurology 1996; 46:1787
Schenck CH, Mahowald MW: REM sleep behavior disorder: clinical, developmental, and
neuroscience perspectives 16 years after its formal identification in SLEEP. Sleep
2002; 25:120-38.
Schierenbeck T, Riemann D, Berger M, Hornyak M. Effect of illicit recreational drugs
upon sleep: Cocaine, ecstasy and marijuana. Sleep Med. Rev. 2008; 12:381-389.
Schmidt KT, Schroeder JP, Foster SL, Squires K, Smith BM, Pitts EG, Epstein MP,
Weinshenker D. Norepinephrine regulates cocaine-primed reinstatement via α1-
adrenergic receptors in the medial prefrontal cortex. Neuropharmacology. 2017;
119:134-140. doi: 10.1016/j.neuropharm.2017.04.005.
74
Schuckit M. Drug and alcohol abuse: a clinical guide to diagnosis and treatment. 5ª ed.
New York: Plenum Publishers, 2000.
Siciliano CA, Fordahl SC, Jones SR. Cocaine Self-Administration Produces Long-
Lasting Alterations in Dopamine Transporter Responses to Cocaine. J Neurosci.
2016 Jul 27; 36:7807-16.
Simonsen KW, Steentoft A, Bernhoft IM, Hels T, Rasmussen BS, Linnet K. Psychoactive
substances in seriously injured drivers in Denmark. Forensic science
international. 2013; 224:44-50.
Sinha R, Lacadie C, Skudlarski P, Fulbright RK, Rounsaville BJ, Kosten TR, Wexler BE.
Neural activity associated with stress-induced cocaine craving: a functional
magnetic resonance imaging study. Psychopharmacology (Berl). 2005; 183:171-
80.
Sjö O, Hvidberg EF, Naestoft J, Lund M. Pharmacokinetics and side-effects of
clonazepam and its 7-amino-metabolite in man. Eur J Clin Pharmacol. 1975;
8:249-54.
Smith WT, Londborg PD, Glaudin V, Painter JR. Short-term augmentation of fluoxetine
with clonazepam in the treatment of depression: a double-blind study. Am J
Psychiatry. 1998; 155:1339-45.
Smith WT, Londborg PD, Glaudin V, Painter JR; Summit Research Network. Is extended
clonazepam cotherapy of fluoxetine effective for outpatients with major
depression? J Affect Disord. 2002; 70:251-9.
Steiner N, Rossetti C, Sakurai T, Yanagisawa M, de Lecea L, Magistretti PJ, Halfon O,
Boutrel B. Hypocretin/orexin deficiency decreases cocaine abuse liability.
Neuropharmacology. 2018; 133:395-403. doi:
10.1016/j.neuropharm.2018.02.010.
Sudai E, Croitoru O, Shaldubina A, Abraham L, Gispan I, Flaumenhaft Y, Roth-Deri I,
Kinor N, Aharoni S, Ben-Tzion M, Yadid G. High cocaine dosage decreases
neurogenesis in the hippocampus and impairs working memory. Addict boil.
2011; 16:251-260.
Tang M, Kuribara H, Falk JL. Anxiolytic effect of caffeine and caffeine-clonazepam
interaction: Evaluation by NaCl solution intake. Pharmacol. Biochem. Behav.
1989; 32:773–776.
75
Teplin D, Raz B, Daiter J, Varenbut M, Tyrrell M. Screening for substance use patterns
among patients referred for a variety of sleep complaints. Am J Drug Alcohol
Abuse. 2006; 32:111-20.
Tóth K, Csukly G, Sirok D, Belic A, Kiss Á, Háfra E, Déri M, Menus Á, Bitter I, Monostory
K. Optimization of Clonazepam Therapy Adjusted to Patient's CYP3A Status and
NAT2 Genotype. Int J Neuropsychopharmacol. 2016;19.
Tozuka Y, Fukuda S, Namba T, Seki T, Hisatsune T. GABAergic excitation promotes
neuronal differentiation in adult hippocampal progenitor cells. Neuron. 2005;
47:803-15.
understanding sex differences in cocaine abuse. Exp Clin Psychopharmacol. 2012;
20:2-15. doi: 10.1037/a0025219.
Valladares EM, Irwin MR. Polysomnographic sleep dysregulation in cocaine
dependence. ScientificWorldJournal. 2007; 7:213-216.
Van Dyke C, Ungerer J, Jatlow P, Barash P, Byck R. Intranasal cocaine: dose
relationships of psychological effects and plasma levels. Int J Psychiatry Med.
1982;12:1-13.
Volkow ND, Fowler JS, Wang GJ. The addicted human brain: insights from
imagingstudies. J Clin Invest. 2003; 111:1444-51.
Vroegop MP, Franssen EJ, Van der Voort PH, Van den Berg TN, Langeweg RJ,
Kramers C. The emergency care of cocaine intoxications. Neth J Med. 2009;
67:122-126.
Walf AA, Frye CA. The use of the elevated plus maze as an assay of anxiety-related
behavior in rodents. Nat Protoc. 2007; 2:322-328.
Watson R, Bakos L, Compton P, Gawin F. Cocaine use and withdrawal: the effect on
sleep and mood. Am J Drug Alcohol Abus. 1992; 18:21–28.
Whisler K, Kelz MB, Chen JS, Nestler EJ, Self DW. Effects of conditional overexpression
of FosB in nucleus accumbens on cocaine self-administration and relapse to
cocaine-seeking behavior. Soc. Neurosci., 1999; 25:811.
White SL, Vassoler FM, Schmidt HD, Pierce RC, Wimmer ME. Enhanced anxiety in the
male offspring of sires that self-administered cocaine. Addict Biol. 2016;21:802-
810.
Wiers CE, Shumay E, Cabrera E, Shokri-Kojori E, Gladwin TE, Skarda E, Cunningham
SI, Kim SW, Wong TC, Tomasi D, Wang GJ, Volkow ND. Reduced sleep duration
76
mediates decreases in striatal D2/D3 receptor availability in cocaine abusers.
Transl Psychiatry. 2016; 6:e752.
Wildin JD, Pleuvry BJ, Mawer GE, Onon T, Millington L. Respiratory and sedative effects
of clobazam and clonazepam in volunteers. Br J Clin Pharmacol. 1990; 29:169-
177.
Willuhn I, Burgeno LM, Groblewski PA, Phillips PE. Excessive cocaine use results from
decreased phasic dopamine signaling in the striatum. Nat Neurosci. 2014;
17:704-9. doi: 10.1038/nn.3694.
Wise RA, Koob GF. The development and maintenance of drug addiction.
Neuropsychopharmacology. 2014; 39:254-62.
Yamaguchi M, Suzuki T, Seki T, Namba T, Juan R, Arai H, Hori T, Asada T. Repetitive
cocaine administration decreases neurogenesis in adult rat hippocampus. Ann N
Y Acad Sci. 2004; 1025:351-362.
Yang XM, Gorman AL, Dunn AJ, Goeders NE. Anxiogenic effects of acute and chronic
cocaine administration: neurochemical and behavioral studies. Pharmacol
Biochem Behav. 1992; 41:643-650.
Yeh SY, Haertzen CA. Cocaine-induced locomotor activity in rats. Pharmacol. Biochem.
Behav. 1991; 39:723–727.
Zacarias MS, Ramos AC, Alves DR, Galduróz JC. Biperiden (an M1 antagonist) reduces
memory consolidation of cocaine-conditioned place preference. Neurosci Lett.
2012 Apr 4;513(2):129-31. doi: 10.1016/j.neulet.2012.01.073.
Zhang Y, Loonam TM, Noailles PA, Angulo JA. Comparison of cocaine- and
methamphetamine-evoked dopamine and glutamate overflow in somatodendritic
and terminal field regions of the rat brain during acute, chronic, and early
withdrawal conditions. Ann N Y Acad Sci. 2001; 937:93-120.
Zimmerman, JL. Cocaine intoxication. Critical Care Clinics 2012; 28:517-526.
77
Anexos
Anexos
79
80
Anexo 2 Publicações Científicas
81