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CENTRO EDUCACIONAL SOUZA FERREIRA

NAYDSON KALLYL AQUINO DIAS


MATHEUS SILVA

ANÁLISE POLÍTICA E ÉTICA


ARISTÓTELES E (TEMA DO MATHEUS)

Euclides da Cunha
2022
NAYDSON KALLYL AQUINO DIAS
MATHEUS SILVA

ANÁLISE POLÍTICA E ÉTICA


ARISTÓTELES E (TEMA DO MATHEUS)

Trabalho analise de texto apresentado ao Centro


Educacional Souza Ferreira, para a disciplina de Filosofia
do professor Ivan Carlos. Para obtenção de nota da I
Unidade. Serie 3º

Prof. Me. Ivan Carlos Reis de Oliveira.

Euclides da Cunha
2022
FICHAMENTO DE CONTEÚDO
Aristóteles: Politica (p.58-79)
Livro: MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de Textos Filosóficos. Curitiba: SEED - PR, 2009. 736
p.

Na Grécia Antiga, cada cidade-estado ou Polis tinha sua própria


organização. Aristóteles, que cresceu na Macedônia e estudou em
Atenas, conhecia bem o conceito da Polis grega, e diferente de seu
mestre Platão, Aristóteles acreditava que o conhecimento era adquirido
por meio da observação e da experimentação e não pelo raciocínio
intelectual, e que a ciência política deveria ser baseada em dados
empíricos, sendo estudada e organizada. Aristóteles percebeu que as
pessoas tinham uma tendência natural para formarem vilas e aldeias, e
que essas vilas formavam cidades, e o objetivo dessas pessoas ao se
organizarem era, principalmente, levar uma vida digna. E essa era a
função dessas cidades: elas eram desenvolvidas para proporcionarem
aos indivíduos uma vida digna. Viver em uma sociedade organizada pela
razão e pela política é o que nos diferencia dos outros animais, nos torna
humanos e, segundo Aristóteles, qualquer um que viva fora de uma Polis
ou é um animal selvagem ou é um Deus. Por isso, para Aristóteles, o
homem é por natureza um animal político. Dessa forma, Aristóteles
estava tentando dizer que a Polis é tanto uma criação da natureza quanto
um formigueiro, e esse pensamento contrasta com as ideias de
sociedade civil com uma construção artificial, onde os homens são
arrancados de seu estado de natureza para, posteriormente, ser
estabelecido um contrato social. Essa ideia da Polis como um fenômeno
natural e não algo feito pelo homem, sustentou as ideias de Aristóteles
sobre ética e a política na cidade-estado, e a partir de seus estudos ele
concluiu que tudo que existe tem uma meta ou propósito para existir, e
para o homem, esse
propósito, como vimos, seria levar uma vida digna. Isso significa buscar
por virtudes, tais como justiça, bondade e fraternidade, e o propósito da
Polis seria nos capacitar a viver. Para Aristóteles, existe um papel
fundamental dentro da Polis, que é o papel do homem político Aristóteles
direciona sua obra "política" para o homem comum, contudo, vale frisar
que o homem comum para Aristóteles, é o homem que possua o ócio
criativo necessário para sua instrução. A palavra ócio significa a
cessação do trabalho, folga ou repouso, tanto que a palavra negócio é a
negação do ócio. Interpretamos essa palavra como estar fazendo algum
tipo de atividade produtiva e, para possuir esse ócio criativo na Polis
grega, era necessário que o homem tivesse posses o suficiente para que
não precisasse trabalhar. Na visão de Aristóteles, somente o cidadão que
tivesse posses, que possibilitassem o ócio criativo, teriam possibilidade
de estudar e se tornar um ser bem instruindo e apto a participar da
política, e assim, fica traçado o perfil do homem comum da época, que é
o alvo dessa obra Aristóteles. Enquanto Platão pensava, teoricamente,
sobre qual a forma ideal de governo, Aristóteles escolheu examinar os
regimes existentes para analisar suas forças e fraquezas e, por fim, ao
analisar diversas construções existentes na época, identificou seis
espécies principais de governo: a monarquia é o governo exercido por
um indivíduo a favor de todos, já o modelo em que apenas um indivíduo
governa e em seu próprio interesse é a tirania, que é a monarquia
corrompida. O modelo praticado por uma aristocracia é o governo por
muitos em a favor de todos. O governo por alguns em interesse próprio é
a oligarquia. A Politeia, ou República, é o governo por muitos em favor de
todos, visando o bem comum da cidade-estado. E, por fim, temos a
democracia. Aristóteles via a democracia como uma forma corrompida da
Politeia, já que na prática ela prevê o governo em favor de todos ao invés
de tratar cada indivíduo separadamente. Ele não quer dizer que a
democracia é um horror e que deve ser banida, mas sim, que a
democracia tem seus problemas, e mesmo estando entre os piores tipo
de governo, a democracia ainda é melhor opção. Na prática, nas cidades-
estado que Aristóteles estudou, nenhuma se encaixava perfeitamente em
apenas uma categoria, mas exibiam características de vários tipos.
Aristóteles também examinou o papel do indivíduo dentro da cidade-
estado: para ele, o cidadão exerce um papel político na Polis, pois,
mesmo não participar da atividade política é uma decisão política.
Quando a participação do cidadão ocorre dentro de uma forma de
governo boa, ela amplia possibilidade do cidadão de ter uma vida
virtuosa, e sobre um regime falho, o cidadão desenvolve características
como egoísmo interesse próprio e iniquidade, e como vimos, de todos os
tipos de regimes, Aristóteles concluiu que a Politeia provia melhor
oportunidade para um cidadão levar uma vida digna. Segundo ele,
enquanto o cidadão individual talvez não tenha a sabedoria e virtude de
um bom governante, coletivamente os muitos, talvez, possam ser
melhores governantes que o único.
Palavras-Chaves: Cidade - Estado

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