Você está na página 1de 14
DESPERDICIO DE ALIMENTOS A populacéo mundial jé atingiu 7 bilhées de pessoas e, apesar da alta evolugdo tecnolégica que caracteriza 0 século XXI, a desigualdade social ainda provoca a fome, que mata milhares de pessoas a cada ano. Nesse cendrio, paradoxalmente, mais de 20% dos alimentos produzidos vao para o lixo. Os textos que se seguem prestam-se a uma reflexéo sobre o problema. Reproduzimos abaixo a primeira pagina do Jornal Estado de Minas de 24 de agosto de 2015 e dela ampliamos uma chamada, como se observa a seguir. TEXTO | DE MINAS ESTADO ov 0 PESO,DO DESPERDICIO van "450 TONELADAS 0: a.nt0s VEO PAR&0 1x0 1000 MES EM RAS ‘nas contos de Cunha Aro eee eoescnores TEXTO Il O PESO, DO DESPERDICIO 450 TONELADAS DE ALIMENTOS VAO PARA O LIXO TODO MES EM MINAS. comida suflcente pare garantira merenda ‘dos 60 mil alunos da rede publica de Belo Horizonte durante trés semanas isso] considerando somente a quantidade de fratas, legumes everduras desprezada nos Pontos devenda devido a perda do valor ‘comercial Nas contas da Associagio Mineira dos Supermercados, si RS 750 milhoes Jogados fora por ano Segundo vareistas, rigor da lel impede ‘que os produtos sejam doados sob argumentos deriscode contarinagdo.e rejuizos a sade Seguindo as regras, numa jjada regio Leste da capital por exempl, aauxilar de servigos Marllene Rosa da Silva (foto) recolhediariamente seis bacias de alimentos eleva tudo para olixo. Jomal Estado de Minas, 25 de agosto de 2015. PP. Acesso em 25 ago, 15 4# questo - Habilidade: Identificar elementos estruturais de cada género O objetivo do género em foco é A) apresentar detalhadamente os resultados numéricos de uma pesquisa. B) convencer as autoridades que sao necessarias politicas que combatam o desperdicio. C) instrumentalizar didaticamente aqueles que trabalham para reduzir o desperdicio. D) seduzir o leitor para aquisigéo do suporte no qual a matéria foi veiculada, E) sensibilizar para que nao haja desperdicio de alimentos. 28 questo - Habilidade: Inferir a partir de informagées explicitas e implicitas Algumas matérias Jornalisticas utilizam-se estrategicamente da ambiguidade em suas manchetes para captar leitores. Nesses casos, na maioria das vezes, os textos confirmam somente um dos efeitos de sentido que decorrem do titulo. Quanto @ ambiguidade presente no subtitulo “O peso do desperdicio’, € correta a seguinte analise: A) € equivocado 0 uso da palavra “peso” referenciando os efeitos do desperdicio, ao longo do texto. B) legitimam-se os dois sentidos decorrer do texto, com os fragmentos “450 toneladas” e “E comida para alimentar 60 mil alunos da rede publica’. C) nao ha ambiguidade uma vez que se percebe dados numéricos no subtitulo e no corpo do texto. D) nao se confirmam, no corpo do texto, os dois sentidos que podem decorrer da manchete, pois a palavra “peso” é usada somente em seu sentido literal E) 0 que se percebe é somente o sentido figurado da palavra “peso”, que aponta para efeitos negativos do desperdicio. 3# questo - Habilidade: Avaliar propriedade dos sinais de pontuagao. Os usos da virgula so determinados por regras que, se ndo observadas, podem interferir na significagao do texto pelo leitor. Ha situagdes em que sua insergao é obrigatéria e outras em que sao facultativas, ficando a critério do autor coloca-la ou nao. Observa-se adequacao quanto a andlise desse sinal de pontuagao em: A) “E comida suficiente para garantir a merenda escolar de 60 mil alunos da rede pibblica de Belo Horizonte durante trés semanas. ” > Deve-se inserir uma virgula entre “Belo Horizonte” e “durante trés semanas”, pois se trata de uma enumeragéo. B) — “Eisso é considerando somente a quantidade de frutas, legumes e verduras desprezada nos pontos de venda devido a perda do valor comercial. " > Deve-se inserir uma virgula entre ‘verduras” e “desprezada”, pois a oracao sublinhada tem efeito de explicacao. C) “Nas contas da Associacao Mineira de Supermercados, so RS750 milhdes jogados fora por ano. " > A virgula contradiz a gramatica, pois néo se pode inserir virgula entre 0 sujeito e seu predicado. D) “Segundo varejistas, o rigor da lei impede que os produtos sejam doados, sob argumento de risco de contaminacdo e prejuizo 4 saude. * > as duas virgquias do excerto justificam-se em fungéo de uma mesma regra: marcar deslocamento de um termo sintatico. E) —“Seguindo as regras, numa loja da regio Leste da capital, por exemplo, a auxiliar de servigos Marilene Rosa da Silva recolhe diariamente seis bacias de alimentos ¢ leva tudo para o lixo. " > As virgulas presentes no periodo no se justificam pela mesma regra, j4 que a 1° separa termo deslocado e as duas tiltimas, termo explicativo, 4# questo - Habilidade: Identificar estratégia de metalinguagem Embora a linguagem figurada seja mais recorrente em textos literarios, pode também ser utilizada em textos cujo objetivo € a informagao, como se observa no fragmento transcrito a seguir. “Nas contas da Associagao Mineira de Supermercados, sd R$750 milhdes jogados fora. * Observa-se que, no excerto, o autor utiliza-se da seguinte figura de linguagem: A) hipérbole, ja que “R$750 milhées” é uma valor muito alto para desperdicio de alimentos no Brasil B) ironia, visto que 0 objetivo do autor é criticar o descarte de alimentos que poderiam alimentar estudantes. C) metafora, uma vez que estabelece comparagées implicitas nas contas da Associagao Mineira. D) Metonimia, porque ha substituigdo de associados pela associagéo e do valor pelos produtos. E) pleonasmo, pois anterior. 4o R$750 milhdes jogados fora’ repete a ideia expressa na oragao TEXTO Ill Das géndolas para 0 lixo Luciane Evans Publicagdo: 24/08/2015 04:00 Todos os meses sao jogados no lixo pelos supermercados de Minas Gerais cerca de 450 mil quilos de hortifrutigranjeiros que perderam o seu valor comercial. Esse volume, calculado pelo principal distribuidor de alimentos para a rede varejista no estado, é suficiente para alimentar durante ts semanas todos os 60 mil alunos da rede publica da educacdo de Belo Horizonte. Dados da Associaco Mineira dos Supermercados (Amis) também apontam o impressionante desperdicio em Minas: considerando supermercados e sacolées, sao perdidos por ano RS 750 milhdes em alimentos. ‘muita para oem alimentos No Brasil, a Organizacao das Nagées Unidas (ONU) estima que 0 desperdicio alimenticio, tanto das empresas quanto dos consumidores, chegue a R$ 13 bilhGes por ano. Sao 26,3 milhdes de toneladas de comida jogadas fora no pais, quantidade que daria para distribuir 131,5 quilos para cada brasileiro. Entre o que vai para a lixeira e 0 que poderia matar a fome de muitos, estdo iniciativas que comegaram nos paises de primeiro mundo. Em meados de maio, a Franga aprovou uma nova lel que proibe grandes supermercados de destruir alimentos ndo vendidos sob ameaga de multas e até mesmo prisées. Por aqui, a preocupagdo sé aumenta, principalmente diante da retragao da economia, que faz consumidores comprarem menos e a sobra aumentar nos estabelecimentos. “A medida francesa esta se expandindo pelo mundo. Mas la, como os recursos naturais sao escassos, ha uma maior conscientizacdo. Aqui, talvez demore um pouco”, comenta Adilson Rodrigues, superintendente da Amis. Segundo ele, em época de reducao de consumo, o correto & a adequagao dos estabelecimentos, porque, sem as compras, muitos produtos perdem a validade ainda na prateleira. Sobre o desperdicio, ele diz que, em Minas, perde-se em alimentos 2.5% do faturamento total das redes supermercadistas. “Este ano, por exemplo, os supermercados vao faturar cerca de R$ 30 bilhdes e as perdas devem ser de RS 750 milhées. " Diante do cenario, a Amis vem conversando com o Procon mineiro para, segundo Adilson, evoluir neste assunto. “E um problema grave. Ha uma média nacional de 1,7% do faturamento em perdas, mas estamos acima disso’, alerta. A gravidade é notada também pelo proprietario da Denaff, Laerte Gestich, que faz trabalhos de distribuicao de hortifrutigranjeiros ha 27 anos para quase todos os supermercados em Minas. “Nada se aproveita depois que vai para a gondola. Um tomate com problema ou que nao esteja bonito, vai para o lixo. Nao recolhemos para aproveitamento porque o alimento, como é jogado fora junto com outros itens, pode se contaminar e nao podemos, assim, nem doar’, destaca, Orland Ribeiro fi sho desperados no pal CONSUMO RAPIDO Para se ter ideia, de acordo com Laerte, a alface que chega aos supermercados pela manha tem que ser consumida ainda nesse turo. Ele diz que a média das perdas é de 8% do que foi entregue. “O bom € nao ultrapassarmos esse indice, porém, muitas vezes, ele chega a 15% Para que isso se tone menos frequente, uma das estratégias de alguns estabelecimentos, segundo comenta Laerte, é levar um produto com qualidade visual inferior a lojas periféricas, onde, geralmente, é mais consumido. “Se o tomate tem um ‘machucado’, ele ndo é comprado pelo consumidor da Zona Sul. Nao podemos brincar de perder’, diz. Diretor de marketing de uma rede de supermercados de BH, Rodrigo Gosende reconhece a dificuldade de evitar perdas, especialmente na segao de hortifrutigranjeiros. “Temos um departamento de controle para poder comprar menos e sobrar menos, mas a perda esta bem acima do que gostariamos’, comenta. Segundo Rodrigo, 0 consumidor, por exemplo, nao compra uma banana que esteja fora da penca. A auxiliar de servigos gerais do Supermercado Paranaiba, Marilene Rosa da Silva, confirma o inevitavel desperdicio e diz que joga fora, diariamente, cerca de seis bacias de hortaligas frutas, com cinco litros cada uma. Para a consumidora Orlanda Resende Ribeiro, de 78 anos, os numeros assustam. “Tanta gente com fome no mundo, e temos esse desperdicio. La em casa, ndo desperdigamos nada. A minha comadre tinha 0 habito de ir a0 Ceasa e pegar tudo que sobrava por Ia. E 0 correto’, diz, confessando, no entanto, que uma banana fora da penca nao vai para o seu carrinho de compras. “Ela amadurece rapido, por isso, nao levo’, revela Jomal Estado de Minas. 24 de agosto de 2015 5# questo - Habilidade: Reconhecer e operar com relagées morfossintaticas Releia o subtitulo com atengao as relacdes morfossintaticas que nele se estabelecem. “Quantidade de hortifrutigranjeiros que é jogada fora todos os meses pelos supermercados de MG daria para fazer a merenda de 60 mil alunos da rede publica de BH durante trés semanas” Tendo em vista a funcao das palavras e termos a partir dos quais se constréi o excerto € correto que: A) “daria” é 0 verbo da segunda oragao do periodo, que ¢ classificada como oragao subordinada substantiva objetiva direta, B) a locugao conjuntiva “a fim de que” pode substituir, sem que haja alteragao de sentido", a conjungao “para”. C) a palavra “que” é uma conjungdo integrante uma vez que liga uma subordinada substantiva sua principal. D) a segunda oracdo que compée o subtitulo é uma subordinada adverbial temporal em relagao a oragdo anterior. E) 0 periodo € composto por 4 oragdes, encadeadas em um processo de subordinaco por meio de conjungées coordenativas. 6* questo - Habilidade: Avaliar adequagao de recursos lexicais e gramaticais de coeséo em um texto ou sequéncia textual. A estruturagdo de um texto requer cuidado especial quanto a coesdo. E necessario que se recorra a mecanismos a partir dos quais se possa fazer a referenciacdo assim como o uso de categorias gramaticais que explicitem relagao de sentido entre termos, oragées, periodos e paragrafos de modo a favorecer que 0 leitor recupere o efeito de sentido projetado pelo autor. Atenha-se a esses processos no fragmento a seguir. “Todos os meses sao jogados no lixo pelos supermercados de Minas Gerais cerca de 450 mil quilos de hortifrutigranjeiros que perderam o seu valor comercial. Esse volume, calculado pelo principal distribuidor de alimentos para a rede varejista no estado, é suficiente para alimentar durante trés semanas todos 0s 60 mil alunos da rede publica da educagao de Belo Horizonte. " E pertinente a seguinte consideragao em relagao ao excerto: A) coerente a inser¢ao da conjungao de modo que entre o 1° € 0 2° periodos, pois 0 segundo apresenta uma consequéncia em relacdo ao fato que se enuncia no 1°. B) a palavra “que” (2* linha) pode ser substituida por onde, uma vez que retoma “supermercados de Minas Gerais’ que é um antecedente que indica espago fisico. C) as palavras “que” e "seu" (2° linha) referenciam, respectivamente, “Todos os meses’ prejuizo dos supermercados de Minas Gerais. D) _© pronome demonstrativo “Este” indica, no contexto em que se insere, presente em relacéio ao momento da enunciagao. E) a conjungao ‘para’, no contexte em que se insere, pode ser substituida, sem prejuizo por “por isso’, uma vez que ambas marcam a mesma relacao de sentido. 7* questo - Habilidade: Operar com convengées graficas A escrita em registro padrdo pressupée a consideragao de algumas convengées, como as. regras de acentuacdo: monossilabos ténicos, hiatos, oxitonos, paroxitonas, proparoxitonas, dentre outras. Indique, dentre as opg6es a seguir, a alternativa em que as palavras transcritas atendem a uma mesma regra. A) alimenticio; periféricas. B) — desperdicio: paises. C) pais; até, D) —_ porém; sé. E) _ média, inevitavel. Imagem aisponivel em ip /comdanarede. com bri contenuploads’20106 PasC3%:ADses-ceserwolvdos-s°6C34ASo- s.maires responssvC3%A Ives pela porda de alimentos, fam 1308/2014 ‘Acess0 \magem disponivel em. hip be blogspot com/afxsKBvH61a/ Agua) TFA IRA‘as EUusdSze0/s680, Evtando® Desperdt¥sC AD corde+Almentos! jog. Avesso em 120072014, 8* questo - Habilidade: Comparar textos que falem de um mesmo tema quanto ao tratamento desse tema E comum que um mesmo tema seja abordado por diferentes autores, que organizam seus textos com tragos que os diferem dos demais. No caso dos textos em estudo, é certo que: A) 08 dois se utilizam da ironia para denunciar que a fome decorre do desperdicio. B) o IV tem tragos narrativos e o V organiza-se com 0 propésito injuntivo. C) os elementos nao verbais sao indispensaveis a significagao de ambos. D) os dois apresentam critica explicita relacionada ao desperdicio de alimentos. E) 0 lVutiliza-se da linguagem literal e o V, da figurada. TEXTO VI Consumo que virou consumismo Marcus Eduardo de Oliveira Publicado em maio 19, 2014 por Redacso ‘Tags: consumo & consumismo, modelo de desenvolvimento Foi a partir do crescimento exponencial da economia global, alterando substancialmente as relagdes existentes “dentro” do meio ambiente, que se estabeleceu a suprema e inadiavel necessidade de uma reflexao mais detalhada e mais cuidadosa entre a economia e a ecologia. Até a chegada da Revolucdo Industrial, a economia “cabia” dentro da ecologia; o sistema econémico era pequeno em relacéo a grandeza de um sistema ambiental que Ihe fornecia matéria e energia, servindo ainda de “bat!” para a absor¢ao de toda a produgdo econémica Apés a economia global atingir escalas de crescimento sem precedentes na historia, tornou-se clara a existéncia de limites da natureza para continuar “servindo” atividade produtiva. O sistema econémico entéo passou a “engolir” o sistema ecolégico. A economia ja ndo mais “cabia” dentro do sistema ecoldgico. A visio de progresso ilimitado, propugnada especificamente por um sistema econémico expansive que engendra esforgos para produgdes em larga escala, e, em curto espago de tempo, esta além da capacidade de suporte do planeta A capacidade de oferta de recursos naturais, bem como a “disposigao” em receber os residuos vindos da atividade econémica tornou a ecologia “pequena” frente a uma economia cada vez mais expansiva, mais produtiva, mais poluidora e muito mais destruidora das bases e do patriménio da natureza O salto do crescimento econémico global foi absurdamente avassalador: a economia saiu de um PIB global de US$ 4,5 trilhoes, em 1950 para, 50 anos dep atingir US$ 50 trilhdes. De 2000 para ca, o PIB mundial cresceu em mais US$ 25 trilhdes. O crescimento continuo da atividade econémica é, simplesmente, incompativel com uma biosfera finita. Insistir num acentuado crescimento fisico da economia, tendo em conta a finitude dos recursos naturais € energéticos é Incorrer gravemente em mais custos (ambientais) que beneficlos (econémicos) Quanto mais as economias modernas crescem, mais se dilapidam os principais servigos ecossistémicos; mais vidas humanas, fauna e flora se perdem em decorréncia de alteragdes climaticas, fruto de ages antrdpicas, “patrocinadas” pela atividade expansiva de uma economia que pretende ser rotulada de “moderna”; como se o sinénimo de modemidade fosse, de fato, a aquisigao material. Mais produgao, para atender a mais consumo, faz o planeta “pedir socorro’. O consumo humano ultrapassou em 40% a capacidade de reposicdo dos bens e servigos naturais produzidos pela Terra. No mundo, ao ano, séo mais de 70 milhdes de veiculos consumidos. O consumo da humanidade em bens e servigos em 1960 atingiu o equivalente a USS 4,9 trilhdes (ddlares de 2008); em 1996, chegou a USS 23,9 trilhdes e, dez anos depois, atingia mais de USS 30 trlhdes. Na Franca, a média do consumo de proteinas @ de 115 gramasidia, a0 passo que em Mocambique é de apenas 32 gramas. Cada cidadao dos Estados Unidos, na média, consome 120 quilos de carnes ao ano (10 quilos por més), enquanto um angolano consome 24 quilos/ano, (2 quilos/més), Os 315 milhdes de estadunidenses comem 9 bilhdes de aves todos os anos. Na Asia inteira, com mais de 4,0 bilhdes de pessoas, consome-se 16 bilhées de aves ao ano. Ha 150 carros para cada mil habitantes na China, enquanto nos paises da OCDE essa relacao ¢ de 750, e na india, apenas 35. Os gastos com cosméticos ao ano, somente nos EUA, chegam a importancia de USS 8 bilhdes. A Europa gasta com cigarros, também ao ano, mais de US$ 50 bilhdes e mais USS 105 bilhdes sao dispendidos em bebidas alcdolicas. A Terra nao suporta isso. A Terra é um “ser vivo" que se mexe € nao suporta tamanha agressao. Da reflexdo entre a economia e a ecologia, que comecamos a falar no inicio, faz-se necessario surgir, brevemente, um caminho alternativo que rompa, definitivamente, com a cultura do consumo que “virou” um consumismo desenfreado. Marcus Eduardo de OWweira, Articulsta do Portal EcoDebate, & Economista. Especialsta em Politica Internacional @ Mestre em Inegragdo da ‘América Latina (USP), Professor de economia da FAC-FITO # da UNIFIEO, em Sao Paulo. prof marcussdverdo@lbal com br bbtp://www.ecodebate.com.br/2014/05/19/consumo-que-virou-consumismo-artigo-de-marcus-eduardo-de-oliveira 9* questo - Habilidade: Identificar os elementos que caracterizam o texto argumentativo. O artigo de opiniéo € um texto argumentativo que circula, sobretudo, em jornais e revistas. Em sua composicao indispensavel que se apresente uma tese fundamentada por meio de argumentos que podem ser desenvolvidos a partir de estratégias argumentativas, No caso do texto em estudo, a tese € “Apds a economia global atingir escalas de crescimento sem precedentes na histéria, tornou-se clara a existéncia de limites da natureza para continuar “servindo” a atividade produtiva’, em cuja defesa o autor utiliza-se de varios argumentos, dentre 08 quais o transcrito a seguir: A) _ “Ocrescimento continuo da atividade econémica é, simplesmente, incompativel com uma biosfera finita. " B) ‘0 salto do crescimento econémico global foi absurdamente avassalador: a economia saiu de um PIB global de USS 4,5 trilhdes, em 1950 para, 50 anos depois, atingir US$ 50 trilhdes. ” C) "Na Franca, a média do consumo de proteinas é de 115 gramasidia, ao passo que em Mogambique é de apenas 32 gramas. ” D) “Os gastos com cosméticos ao ano, somente nos EUA, chegam a importancia de USS & bilhdes. ” E) ‘Da reflexo entre a economia € a ecologia, que comegamos a falar no inicio, faz-se necessario surgir, brevemente, um caminho alternativo que rompa, definitivamente, com a cultura do consumo que “virou” um consumismo desenfreado. ” TEXTO VII liage/ wun scodabate.com 8 2014L05/19 consume quevisou.consumnisno atige.de marcus aduado de olvsrs! Acesso am 19 set 15 Adaptado. 410* questo - Habilidade: Relacionar imagens a informagées verbais explicitas em um texto. Na charge em estudo, os elementos ndo-verbais so 0 principal elemento a partir dos quais se denuncia: A) a desigualdade social. B) a falta de alimentos no mundo. C) co consumismo desenfreado. D) — odesperdicio de alimentos. E) — ouso de agrotéxicos na agricultura. TEXTO VII Comida Titas Bebida ¢ agua! Comida ¢ pasto! Vocé tem sede de qué? Vocé tem fome de qué? A gente no quer sé comida A gente quer comida, diversao e arte A gente ndo quer sé comida A gente quer saida para qualquer parte A gente no quer sé comida Agente quer bebida, diversao, balé A gente no quer s6 comida A gente quer a vida como a vida quer Bebida ¢ agua! Comida ¢ pasto! Vocé tem sede de qué? Vocé tem fome de qué? A gente nao quer so comer A gente quer comer e quer fazer amor Agente nao quer so comer A gente quer prazer pra aliviar a dor A gente no quer sé dinheiro A gente quer dinheiro e felicidade A gente nao quer sé dinheiro A gente quer inteiro e nao pela metade Bebida é agua! Comida ¢ pasto! Vocé tem sede de qué? Vocé tem fome de qué? A gente no quer s6 comida A gente quer comida, diversao e arte A gente ndo quer sé comida A gente quer saida para qualquer parte A gente no quer s6 comida ‘Agente quer bebida, diversao, balé A gente no quer s6 comida A gente quer a vida como a vida quer A gente no quer sé comer A gente quer comer e quer fazer amor A gente nao quer s6 comer A gente quer prazer pra aliviar a dor A gente no quer sé dinheiro A gente quer dinheiro e felicidade Agente no quer sé dinheiro A gente quer inteiro e nao pela metade Diversao e arte Para qualquer parte Diversao, balé Como a vida quer Desejo, necessidade, vontade Necessidade, desejo, eh! Necessidade, vontade, eh! Necessidade Acesse a musica: http://letras.mus.brititas/91453/ TEXTO IX O Bicho Manuel Bandeira Vi ontem um bicho Na imundicie do patio Catando comida entre os detritos, Quando achava alguma coisa, Nao examinava nem cheirava Engolia com voracidade. O bicho nao era um co, Nao era um gato, Nao era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. ip ivy casodobnuxo com brpossiamibicha him Acesso em 15 set. 2015, 44 questo - Habilidade: Identificar elementos que caracterizam um texto como postico. No texto postico, um “eu” - sujeito poético - revela os seus sentimentos, as suas emogées e a sua visio do mundo. Denire as muitas caracteristicas que particularizam o texto postico, a que é comum aos dois textos 6: A) denotagao B) —_ figuratividade. C) _ presenga de rimas. D) _regionalismo. E) _ subjetividade. 12° questao - Habilidade: Estabelecer relagao entre o texto literdrio e o contexto social e politico de sua produgéo. O texto, muitas vezes, traz indicios que reportam o leitor a seu contexto de producao. Da letra dos Titas, por exemplo, infere-se um tempo em que ha. A) acomodagao frente ao materialismo. B) — desejo de ruptura de uma realidade. C) _ fome generalizada. D) grande desigualdade social. E) grande desperdicio de alimentos PROPOSTA DE REDACAO. Com base na leitura dos textos que compéem esta avaliagao e nos conhecimentos construidos ao longo de sua formagao, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrao da lingua portuguesa sobre o tema DESPERDICIO DE ALIMENTOS, apresentando proposta de acao social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. INSTRUGOES: - 0 rascunho da redagao deve ser feita no espago apropriado; - 0 texto definitive deve ser feito a tinta, na folha prépria, em até 30 linhas; + 0 texto com até 7 linhas sera considerado insuficiente e recebera zero; - a redago que fugir ao tema ou nao atender ao tipo dissertativo-argumentativo recebera nota zero.

Você também pode gostar