Você está na página 1de 4

AO JUÍZO DE DIREITO DA __ VARA DE FAMÍLIAS DA

COMARCA DE GUAIAQUI

Antônio Pedro, viúvo, profissão..., CPF... RG..., com endereço


eletrônico..., residente e domiciliado na ... vem, por intermédio de
seu advogado (a) propor a presente

AÇÃO DE ALIMENTOS

Em face de Arlindo, estado civil..., profissão..., CPF..., RG... com


endereço eletrônico..., residente e domiciliado na...

I.  DOS FATOS

Antônio foi casado com a Senhora Lourdes por longos anos, deste
matrimônio tiveram um único filho, Arlindo.

O autor, que se encontra com 72 anos, vem passando por


dificuldades financeiras, ao qual o mesmo sobrevive com ajuda.

Arlindo, seu filho, é dono de uma rede de hotéis, o mesmo possui


uma condição econômica boa, porém não presta auxílio para seu
pai, nem mesmo para uma subsistência mínima.

Em vista dos fatos, não restou outra alternativa senão propor a


presente ação para que Antônio possa ter um suporte financeiro.

 
PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA
 
In casu, a parte autora não possui condições de pagar as custas e
despesas do processo sem prejuízo próprio, conforme consta da
declaração de hipossuficiência em anexo.
Ademais, há previsão no artigo 5°, XXXIV, LXXIV e LXXVII, CF/88 e
artigos 98 e 99, CPC/15, consoante inteligência do parágrafo único,
do artigo 2° da Lei n.° 7510/86, estabelecem normas para a
concessão da assistência judiciária aos legalmente necessitados,
recepcionadas por todas as Constituições que lhe sucederam, em
seu artigo 4°, §1°, somado ao artigo 1° da Lei n.° 7115, de 29 de
agosto de 1983, que dispõe sobre a prova documental nos casos
que indica, autorizam a concessão do benefício da gratuidade
judiciária frente à mera alegação de necessidade, que goza de
presunção – juris tantum – de veracidade, milita em seu favor a
presunção de veracidade da declaração de pobreza por ela firmada.
Pelo exposto, com base na garantia jurídica que a lei oferece,
postula a Parte Autora a concessão do benefício da justiça gratuita,
em todos os seus termos, a fim que sejam isentos de quaisquer
ônus decorrentes do presente feito.

II. DO DIREITO

A ação de alimentos é regida por rito especial, consoante art. 1º da


lei n. 5.478/68. In verbis:

 Art. 1º. A ação de alimentos é de rito


especial, independente de prévia distribuição
e de anterior concessão de benefício de
gratuidade.

Assim, requer que o procedimento respeite as disposições contidas


na respectiva lei.

ado o exposto no Código de Processo civil e segundo a


jurisprudência, a partir do momento em que há a relação de
parentesco (pai e filhos), que no momento em que os progenitores
passam por dificuldades para o próprio mantenimento, que é dever
dos filhos ajudá-los financeiramente para que possam garantir sua
sobrevida, já que os pais, outrora, garantiram o sustento dos filhos
em parte de suas vidas.

De acordo o artigo 852, II do Código de Processo Civil, é legítimo


postular pelos alimentos provisionais nas ações de alimentos, a
partir do despacho da petição inicial. 0 artigo 854, por sua vez, em
seu parágrafo único, confere à postulante o direito de requisitar que
o Juiz, ao despachar a petição inicial e sem audiência do Réu,
defina prontamente uma mensalidade para a solicitante.

“São chamados a prestar alimentos, em primeiro lugar, os parentes


em linha reta, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau,
uns em falta dos outros. Assim, se por causa de idade ou moléstia,
a pessoa não pode prover a sua subsistência, deve reclamar
alimentos de seu pai, ou de seus filhos.” ( Sílvio Rodrigues – Direito
de Família – vol. I – grifos nossos).

“…nas mesmas condições, idêntico direito assiste aos pais contra


os filhos. Seria realmente uma coisa escandalosa, diz LAURENT,
ver um filho negar alimentos ao seu pai, dando, por assim dizer, a
morte, a quem lhe deu a vida” (Washington de Barros Monteiro –
Curso de Direito Civil – vol Il.)

Reza o art. 1694/CC, primeira parte:

“Podem os parentes, os cônjuges, os companheiros pedir uns aos


outros os alimentos de que necessitem …..”

A permissão da liminar encontra-se fundamentada, dado que a


Requerente não sofrerá gravames nos elementares direitos e que
deve receber o auxílio de seus filhos, pois fora a encarregada pelo
crescimento e educação deles, tratando-se de reciprocidade
familiar, de retribuir pelo apoio que obtiveram em parte de sua
existência.

As despesas existem e são urgentes. Possuem relação, portanto os


requisitos indispensáveis à concessão da liminar, seja quais forem
“fumus boni juris” e o “‘periculum in mora”, além de constituir-se
matéria prevista em lei.

III – DO PEDIDO

Ante o exposto, pede e requer o autor a Vossa Excelência:

 
I- Seja concedido o benefício da Justiça Gratuita, nos termos do
artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal e da Lei 1060/50 alterada
pela Lei 7510/86, haja vista ser, a representante da Requerente,
pessoa carente na acepção jurídica do termo;
II – Sejam notificados os Requeridos nos domicílios supracitados,
para que exponham, no prazo da lei, sua contestação, sob pena de
revelia;
III – A manifestação do digno representante do Ministério Público
para que atue no feito;
IV – A produção de todos os meios de prova em direito admitidos,
inclusive testemunhal, cujo rol, caso faça-se mister, será
apresentado em momento oportuno.
Requer a procedência da presente ação, sendo os Requeridos
condenados a pagar, liminarmente, a título de pensão alimentícia a
seu pai, o valor de ……… salário mínimo mensal cada um,
corrigidos de acordo com o salário mínimo, vigente à época. Após
sentença, fixado de forma definitiva, sendo o mesmo entregue em
mãos da Requerente até o quinto dia útil de cada mês.
VI – Sejam os requeridos condenados ao pagamento das custas
processuais e honorários advocatícios, na forma do exposto pelo
artigo 11 e parágrafos da Lei n.º 1060/50, com suas alterações
posteriores.
 
Dá à causa o valor de R$.....
Nestes termos,
pede deferimento.

Cidade, data.

Advogado, assinatura/OAB

Você também pode gostar