Você está na página 1de 32

REALISMO

REALISMO
Movimento artístico surgido em França, em
meados do século XIX, cuja influência se
estendeu a numerosos países europeus.

Os protagonistas deste movimento


repudiaram a artificialidade do
Neoclassicismo e do Romantismo.

Retomaram alguns dos temas anteriores,


mas retiram-lhes o idealismo e a
heroicidade. Propuseram uma arte crua,
despojada de artifícios, que retratava a
realidade de forma objetiva. Nas suas obras
abundam as temáticas sociais, com um
sentido de denúncia social e ética.
REALISMO
Gustave Courbet (1819-1877), defensor da
pintura viva, foi o representante máximo do
realismo francês e uma espécie de pintor
maldito. Influenciada pela ideologia
socialista, a sua obra tem um único fim: a
verdade. E por isso choca, escandaliza. «O
realismo», explicava em 1861, «não é mais
do que a negação do ideal».
REALISMO
Os realistas foram acusados de degradar a
arte, quer pela banalidade dos temas, por
vezes ofensivos, quer pela escolha das cores,
classificada como sendo de mau gosto, quer
pela falta de elaboração das suas
composições.

O realismo, porém, abriu a via da arte


moderna, rompendo com tudo o que o havia
precedido.
IMPRESSIONISMO
IMPRESSIONISMO
Movimento surgido em Paris, por volta de
1863, e que revolucionou profundamente a
pintura, dando início às grandes tendências
da arte do século XX. Nasce como evolução
do realismo e como reação ao naturalismo.

São protagonistas deste movimento os


pintores franceses Claude Monet (1840-
-1926), Pierre Renoir (1841-1920) e Edouard
Manet (1832-1883), entre outros. O
impressionismo está estreitamente ligado ao
florescimento da burguesia parisiense e à
descoberta da fotografia.
IMPRESSIONISMO
Para os impressionistas a pintura deve registar
as tonalidades que os objetos adquirem ao
refletir a luz solar num determinado instante,
pois estas modificam-se constantemente em
função das diferentes incidências da luz solar.

A tentativa de fixar a impressão causada pelo


objeto no sujeito, e não o objeto em si, é feita
por meio de uma técnica de justaposição de
cores puras, criando figuras sem contornos
definidos. O resultado é uma pintura amável,
ligeira, plena de luz e de cor, de pinceladas
muito curtas e justapostas.
IMPRESSIONISMO
Em 1874 o movimento expõe coletivamente
no estúdio do fotógrafo Nadar. Nesta mostra,
Monet expõe «Impressão: Nascer do Sol»,
obra que está na base da designação do
movimento. Estes artistas defenderam o
princípio da arte pela arte.
EXPRESSIONISMO
EXPRESSIONISMO
Como movimento artístico, o expressionismo
surgiu na Alemanha em 1905. Procura ir além
das aparências do real e potenciar a
dimensão emocional e subjetiva da arte.
Os expressionistas rejeitam a superficialidade
da descrição impressionista. Caracteriza-se
por cores intensas e simbólicas, imagens
exageradas, visando os aspetos mais
sombrios, trágicos e sinistros da intimidade
da alma humana. O realismo, a harmonia e a
proporção, a medida e a serenidade, são
deliberadamente destruídos para acentuar a
expressividade; são distorcidos e substituídos
pela composição agressiva, pela deformação
gráfica, pela simplicidade das formas e pelo
excesso cromático.
EXPRESSIONISMO
Em alguns artistas, como Wassily Kandinsky
(1866-1944), a deformação expressiva das
formas e o uso intenso e agressivo da cor
conduz à abstração. Os princípios plásticos
enunciados pelo expressionismo marcarão a
estética de todas as disciplinas artísticas do
século XX. Pintores como Vincent van gogh
(1853-1890) e Edvard Munch (1863-1944)
são geralmente apontados como precursores
deste movimento.
CUBISMO
EXPRESSIONISMO

O surgimento do cubismo é frequentemente


datado a partir da obra de Picasso «Les
Demoiselles d’Avignon», de 1907 (primeiro
cubismo). Os criadores do cubismo são
Pablo Picasso (1871-1973) e Georges Braque
(1882-1963).
Renunciam à perspetiva e aos princípios
tradicionais da representação
tridimensional. Formas geométricas e
fragmentadas invadem as composições,
multiplicam-se as possibilidades de
perspetiva e valoriza-se o plano.
Inicialmente (cubismo analítico), Picasso e
Braque trabalham em estreita comunhão.
EXPRESSIONISMO

Características desta fase são a monocromia


(com predomínio dos cinzas e dos castanhos)
e a fragmentação das formas. O artista recria
uma outra realidade, mental e pictórica, que
o espectador pode reconstruir a partir de
uma chave (ou pista) oferecida pelo pintor,
como se de um jogo se tratasse. A segunda
fase (cubismo sintético) corresponde ao
período das colagens. Fragmentos da
realidade passam a fazer parte do conjunto
pictórico. A colagem permite acentuar a
composição plana, destituída de
profundidade, e a dimensão de jogo que une
artista e espectador.
DADAÍSMO
DADAÍSMO
O dadaísmo (ou Movimento Dadá), um dos
movimentos mais vanguardistas da Arte
Moderna e nasceu em Zurique, em 1916, em
plena I Guerra Mundial. Na sua génese o
movimento não envolve uma estética
específica, está antes unido pelo sentimento
comum antirracionalista de rejeição das
convenções artísticas.
DADAÍSMO
A sua característica fundamental terá sido,
precisamente, a atitude marcadamente anti-
-arte e antiestética. Em 1920 teve lugar em
Berlim a 1ª Feira Internacional Dadá. A
atitude provocatória do movimento está
patente no folheto desta mostra: «Nunca
antes um grupo de decadentes, desprovidos
de todo o saber e vontade, teve a coragem
de mostrar-se ao público, como o fazem
estes dadaístas».
DADAÍSMO
O dadaísmo enfatiza o ilógico e o absurdo,
traduzindo-se em formas de expressão como
o poema aleatório e o ready-made, a máxima
expressão do facto antiartístico. Artista não é
aquele que pinta ou esculpe, mas o que
escolhe um objeto, o que se apropria de algo
já feito. Marcel Duchamp (1887-1968) é o
dadaísta por excelência. A sua Fonte (1917) é,
provavelmente, um dos objetos mais
controversos da história da arte. Duchamp
anuncia a morte da pintura e afirma: «Será
arte tudo o que eu disser que é arte». O
dadaísmo influenciou movimentos como o
futurismo e o surrealismo.
FUTURISMO
DADAÍSMO
Em 1909 o poeta italiano Filippo Marinetti
(1876-1944) publicou, no jornal francês Le
Figaro, o Manifesto da Fundação do
Futurismo. Este manifesto apelava não só a
uma rutura com o passado e com a
tradição, como exaltava também um novo
estilo de vida, em conformidade com o
dinamismo dos tempos modernos. O
futurismo é assim um elogio ao progresso, à
máquina e ao motor. É a exaltação da
velocidade, da energia e da força, a par de
uma inquestionável crença no progresso
científico-tecnológico. Contesta o
sentimentalismo e exalta o ser humano de
ação.
DADAÍSMO
Marinetti, que se tornará mais tarde num
defensor convicto do fascismo, glorifica o
esplendor da guerra, do militarismo, do
patriotismo. Nas artes plásticas, combinando
o jogo de planos e formas geométricas do
cubismo com cores vibrantes, os futuristas
visavam transportar para a composição
pictórica o dinamismo de um automóvel ou
de um comboio em movimento.
SURREALISMO
SURREALISMO
O surrealismo nasce em 1924, em Paris,
quando o escritor francês André Breton
(1896-1966) publica o Primeiro Manifesto do
Surrealismo. Breton, que se afasta do
dadaísmo que ajudara a fundar, por preferir
a eficácia ao escândalo, define o novo
movimento desta forma: «Automatismo
psíquico puro [Dalí chamar-lhe-ia método
paranoico-crítico], através do qual nos
propomos expressar, seja verbalmente ou
por escrito, ou de qualquer outro modo, o
funcionamento real do pensamento».
SURREALISMO
O surrealismo procura investigar o que de
mais recôndito há na mente humana e
transportar para a arte o mundo dos sonhos
e do subconsciente. O resultado é um
universo aparentemente absurdo e alógico,
que escapa à razão: elementos
incongruentes, máquinas fantásticas,
isolamento de fragmentos anatómicos,
metamorfoses, evocação do caos, exaltação
da líbido, etc. Do ponto de vista da pintura, o
surrealismo é representado por artistas
como Joan Miró (1893-1983), René Magritte
(1898-1967) e Salvador Dalí (1904-1989).
POP-ART
POP-ART
A pop art (do inglês arte popular) foi um
movimento artístico surgido nos finais dos
anos 1950. A pop art é o resultado de um
estilo de vida urbano, a manifestação plástica
de uma sociedade marcada pelo consumismo
e pela publicidade, onde os objetos perdem o
seu caráter de unicidade para passarem a ser
pensados como produtos em série. Os
artistas da pop art reproduzem até à
exaustão os mesmos objetos, exaltam o valor
iconográfico dos objetos e dos ícones da
sociedade de consumo e visam,
intencionalmente, uma arte «efémera,
popular, barata, produzida em série, jovem,
engenhosa» (Richard Hamilton).
POP-ART
Para estes artistas, a beleza é suscetível de
ser encontrada em qualquer objeto de
consumo: garrafas de Coca-Cola, latas de
sopa ou até pacotes de detergente. O
expoente máximo do movimento, o norte-
-americano Andy Warhol (1927-1987),
afirmava: «A razão por que pinto deste modo
é porque quero ser uma máquina». As
origens da pop art remontam ao dadaísmo, e
muito se tem discutido sobre se constitui
efetivamente arte.
MINIMALISMO
MINIMALISMO
O termo minimalismo, minimal art (sinónimo
de conteúdos artísticos mínimos), remete
para o título de um ensaio do filósofo da arte
Richard Wolheim, publicado em 1965.
Refere-se à corrente estética fundada nos
anos 1960, que privilegia os espaços amplos
e livres, as cores neutras e ténues. O
minimalismo caracteriza-se pela ausência de
conteúdo formal, abstração total (de cunho
fundamentalmente geométrico), máxima
singeleza, monocromatismo (predomínio de
cores neutras), manipulação direta e mínima
de diversos materiais. A arte minimalista
(muitas vezes definida como arte do silêncio)
é o resultado de relações entre espaço,
tempo, luz e campo visual do observador.
MINIMALISMO
Na escultura e na arquitetura, os criadores
minimalistas reduziram ao mínimo as formas
e os volumes. Objetos, esculturas e
instalações de artistas como Carl Andre
(1935-) e Sol LeWitt (1928-2007) inscrevem-
-se neste conceito de arte.

O minimalismo constitui uma reação à pop


art e é uma atualização da pintura
suprematista de Kazimir Malevich (1878-
1935), autor de obras como «Branco sobre
Branco» (1918).

Você também pode gostar