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Estudo Do Batismo
Estudo Do Batismo
João Bat ist a pregava o "bat ismo pela água", não de perdão ou cont rição, mas para a remissão
dos pecados (Lucas 3:3) e se declarava um precursor d'Aquele que iria bat izar "com o Espírit o
Sant o e com o fogo" (Lucas 3:16). Ao fazê-lo, ele est ava preparando o caminho para o
"Senhor".[5] Jesus veio at é o Rio Jordão, onde ele foi bat izado por João num lugar que é
t radicionalment e conhecido como Qasr al-Yahud ("Cast elo dos Judeus").[5][6][7][8][9] Est e
event o t ermina com o céu se abrindo, a descida do Espírit o Sant o na forma de uma pomba e
uma voz divina anunciando: "Tu és o meu Filho dileto, em ti me agrado.".[10] A voz combina
frases chave do Ant igo Test ament o: "Meu Filho" (o rei da linhagem de David adot ado como
Filho de Deus em Salmos 2:1 e Salmos 10:1, "dilet o" (ou "bem-amado" - como Isaque em
Gênesis 22:) e "em t i me agrado" (o servo de Deus em Isaías 42:1)[5]
A maior part e das denominações crist ãs veem o bat ismo de Jesus como um event o
import ant e e a base para o rit o crist ão do bat ismo (veja t ambém At os 19:1-7). A cont rovérsia
reside principalment e com a relação do at o com a heresia do crist ianismo primit ivo conhecida
como adocionismo, que pregava que Jesus só ali se t ornou o Filho de Deus.
No crist ianismo orient al, o bat ismo de Jesus é comemorado no dia 6 de janeiro, a fest a da
Epifania.[11] Na Igreja Cat ólica, na Comunhão Anglicana e em out ras denominações ocident ais,
ela é relembrada num dia da semana seguint e, a fest a do Bat ismo do Senhor. No cat olicismo
romano, o bat ismo de Jesus é um dos Mist érios Luminosos do Sant o Rosário.
Relatos bíblicos
Batismo de Jesus 1520. Por Parmigianino, atualmente na Berlin Staatliche Museen - Gemäldegalerie, em Berlim.
Nos evangelhos, os relat os do bat ismo de Jesus são sempre precedidos por informações
sobre João Bat ist a e seu minist ério.[12][13][14] Neles, João pregava pela cont rição e pelo
arrependiment o para remissão dos pecados e encorajava as esmolas para os pobres (como
em Lucas 3:11) conforme ele ia bat izando as pessoas na região do rio Jordão, próximo da
Pereia, por volt a do início do período conhecido como minist ério de Jesus. O Evangelho de
João (João 1:28) especifica "Bet ânia, além do Jordão", ou seja Bet habara, na Pereia, quando
ele se refere pela primeira vez a ele e, depois, João 3:23 se refere a mais bat ismos num lugar
chamado "Enom, pert o de Salim" "porque havia ali muit as águas".[15][16]
Os quat ro evangelhos não são as únicas referências ao minist ério de João na região do Jordão.
Em At os 10:37-38, Pedro se refere a como o minist ério de Jesus se iniciou "depois do bat ismo
que pregou João".[17] Nas Ant iguidades Judaicas (18.5.2[18]), o hist oriador judeu do século I
Flávio Josefo t ambém escreveu sobre João Bat ist a e sua mort e na Pereia.[19][20]
Nos evangelhos, João já vinha profet izando (como em Lucas 3:16) a vinda de alguém "mais
poderoso do que eu".[1][21] Paulo t ambém se refere a est a ant ecipação por João em At os
19:4.[22] Em Mat eus 3:14, ao se encont rar com Jesus, João diz: "Eu é que preciso ser batizado
por ti, e tu vens a mim?". Porém, Jesus o convence a bat izá-lo mesmo assim.[23] Na cena
bat ismal, após Jesus emergir da água, o céu se abre e uma "voz divina" diz: "Tu és o meu Filho
dileto, em ti me agrado.". O Espírit o Sant o ent ão descende sobre Jesus na forma de uma
pomba em Mat eus 3:13-17, Marcos 1:9 e Lucas 3:21-23.[1][21][23] Em João 1:29-33, em vez de
uma narrat iva diret a, encont ramos João Bat ist a t est emunhando o event o.[1][2]
Est e é um dos casos nos evangelhos onde uma voz divina chama Jesus de "Filho", sendo a
out ra durant e a t ransfiguração de Jesus.[24][25]
Após o bat ismo, os evangelhos sinót icos seguem descrevendo a t ent ação de Jesus, mas
João 1:35 narra o primeiro encont ro ent re Jesus e dois de seus fut uros discípulos, que eram
na época discípulos de João Bat ist a.[26][27] Nest a narrat iva, no dia seguint e, João Bat ist a vê
Jesus novament e e o chama de Cordeiro de Deus e "Os dois discípulos, ouvindo dizer isto,
seguiram a Jesus".[17][28][29] Um deles é chamado de André, mas o nome do out ro não é
revelado. Raymond E. Brown levant a a hipót ese de que o out ro poderia ser o aut or do
Evangelho de João, João Evangelist a.[2][30] Seguindo na narrat iva, os dois agora passaram a ser
discípulos de Jesus daí em diant e e t razem out ros para o grupo. Event ualment e, em At os
18:24 at é At os 19:6, est es discípulos t erminam por se mist urar ao corpo maior de seguidores
de Jesus.[2][26]
Local
Qasr el Yahud, o lugar apontado como local do batismo de Jesus.
No Novo Test ament o, João Bat ist a é descrit o como habit ando a região do desert o do mar
Mort o. E depois iniciou sua pregação na região da Judeia, t endo inst it uído o Bat ismo como
dout rina provenient e de Deus e caminho da salvação et erna. Alguns est udiosos descrevem
est a região como uma das mais corrompidas da época. Algumas t radições religiosas indicam o
local de pregação de João Bat ist a próximo a at ual Pont e Allenby. Jesus encont rou João
Bat ist a anunciando a palavra de Deus nas margens do rio Jordão e lá foi bat izado por ele,
marcando o início de seu minist ério.
O local de bat ismo t uríst ico oficial de Israel é onde o mar da Galileia flui para o rio Jordão.[31]
Est e local é muit o dist ant e do at ual local onde supõe-se que João Bat ist a t enha bat izado
Jesus.[31] Est a realocação foi realizada para evit ar conflit os com a Jordânia.[31]
O local onde se acredit a que Jesus foi bat izado, nas margens do rio Jordão, est eve proibido
desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Devido ao conflit o, igrejas e most eiros da área foram
abandonados e as forças israelit as acabaram por colocar minas nos locais. Em abril de 2020
t erminou o t rabalho que est ava em curso para limpar est es espaços — e devolvê-los ao cult o.
Em 10 de janeiro de 2021 (dia em que a Igreja celebrou o Bat ismo de Crist o), foi a celebrada a
primeira missa.[32]
Cronologia
O bat ismo de Jesus é geralment e considerado como o início do seu minist ério, logo após o
início do minist ério de seu primo, João Bat ist a.[12][14][33] Em Lucas 3:1-2 podemos ler[34][35]:
«No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos
Há, porém, duas t ent at ivas de det erminar quando o reinado de Tibério César se iniciou.[36] A
t radicional é assumir que o reino de Tibério começou quando ele se t ornou co-regent e, em 11
d.C., o que colocaria o início do minist ério de João Bat ist a por volt a do ano 26 d.C. Porém,
alguns acadêmicos assumem que ele começou com a mort e de seu predecessor, August o,
em 14 d.C., implicando que o minist ério de João t eria começado em 29 d.C.[36]
As dat as geralment e aceit as para o início do minist ério de João baseadas nest e t recho ficam,
port ant o, ent re 26-29 d.C., com o minist ério de Jesus e o Seu bat ismo ocorrendo logo em
seguida.[34][35][37][38][39]
Cena do batismo
Em Lucas, Jesus é observado por uma grande mult idão que se reunira para ver João e ser
bat izada por ele, enquant o que em Marcos não há menção de mais ninguém fora Jesus e João
na ocasião. A cena se inicia em Lucas e Mat eus com João proferindo um polêmico discurso,
aparent ement e cont ra os fariseus e saduceus, ali present es. Lucas e Mat eus ent ão se
reencont ram com o relat o de Marcos, que não t rat a dele, ret rat ando Jesus descendo em
direção a João e sendo bat izado por ele.
Enquant o Lucas é explícit o sobre o Espírito de Deus descendo no format o de uma pomba, a
escolha de palavras em Mat eus é vaga o suficient e para que possa ser int erpret ada como
apenas sugerindo que t al descida t eria t omado a forma de uma pomba. Há uma variada gama
de simbolismo relacionado às pombas na época em que est as passagens foram escrit as.
Enquant o Howard Clarke [40] acredit a que eles remet em à figura de Noé enviando a pomba para
encont rar t erra seca, sendo assim um símbolo do renasciment o, Albright e Mann[41] not am que
em Oseias, a pomba é símbolo do povo de Israel. Seja qual for o significado dos evangelhos
sinót icos, a iconografia da pomba se t ornou a part ir daí o símbolo do Espírit o Sant o na art e
crist ã.
O bat ismo de Jesus aparece nos apócrifos do Novo Test ament o e em algumas crenças
consideradas herét icas pelo crist ianismo majorit ário.
De acordo com o Evangelho dos Hebreus, do qual sobraram apenas fragment os, a sugest ão
para que Jesus fosse se bat izar com João veio da mãe e dos irmãos de Jesus, sendo que Ele
originalment e t eria resist ido, dizendo "Em que eu teria pecado para precisar ser imergido por
ele? A não ser, claro, que exatamente isso que agora eu digo seja o pecado da ignorância e da
presunção.".[42]
O adocionismo, a crença de que o homem Jesus foi adot ado como Filho de Deus era uma das
duas crist ologias mais populares do século II. Um t ipo de adocionismo, como o que era
mant ido pelos ebionit as (judeo-crist ãos), defendia que Jesus se t ornara o Filho de Deus no
seu bat ismo. O out ro defendia que isso t eria acont ecido na ressurreição.
O prot o-gnóst ico do século I Cerint o ensinava que Crist o (um espírit o) adent rou no homem
Jesus em seu bat ismo, permanecendo dist int o dele (guiando-o e ensinando-o), e deixou-o na
crucificação.[43]
Representações artísticas
As represent ações do Bat ismo de Jesus são muit o ant igas e podem ser vist as já nas
cat acumbas romanas, em um afresco na Cat acumba de Calixt o, na cript a de Lúcia, do século
II. É uma composição simples em que aparecem soment e Jesus a João Bat ist a. Mais t arde, a
part ir do século VI, a cena se enriquece com det alhes, como a presença de anjos que at uam
com acólit os. O rio Jordão muit a vezes é dest acado e os art ist as muit as vezes o
represent am como as barbas de Deus. Out ro element o recorrent e é um cervo que bebe
pacificament e nas águas do rio.
Nos séculos XIII e XIV os art ist as alt eram a cena. Em vez de ver Jesus submergido nas águas,
se vê João que derrama água sobre a cabeça de Jesus com o auxílio de uma concha, como se
pode cont emplar nos baixos-relevos da port a do Bat ist ério em Florença. Muit os art ist as do
Renasciment o represent am Jesus orando e recebendo a água derramada e anjos part icipando
dest e at o solene.
Referências
1. Jesus of history, Christ of faith by Thomas Zanzig 2000 ISBN 0884895300 page 118
2. The Gospel and Epistles of John: A Concise Commentary by Raymond Edward Brown
1988 ISBN 9780814612835 pages 25-27
3. Essays in New Testament interpretation by Charles Francis Digby Moule 1982 ISBN
0521237831 page 63
4. The Melody of Faith: Theology in an Orthodox Key by Vigen Guroian 2010 ISBN
0802864961 page 28
5. Harrington, Daniel J., SJ. "Jesus Goes Public." America, Jan. 7-14, 2008, pp.38ff
6. Mateus 3:13-17
8. O Evangelho de Mateus, sem paralelo nos demais, inclui uma conversa entre Jesus e
João. Este humildemente reluta em batizar Jesus, insistindo ao invés disso que Jesus é
quem deveria batizá-lo. A preocupação de João parece ser de duas naturezas: (1) João
batizou outros pela contrição e para perdoar os pecados, algo que Jesus, sem pecado,
não necessitaria; (2) O ministério de João Batista incluía a vinda de um "mais poderoso"
que ele que iria trazer uma nova forma de batismo - não apenas com água, mas com o
Espírito Santo e com fogo. Jesus insistiu e João cedeu em batizá-lo. Ao aceitar, Jesus é
visto como se identificando e demonstrando toda a sua solidariedade com a humanidade
pecadora, pois de acordo com o próprio Novo Testamento, ele era desprovido de pecados.
11. http://www.pravoslavieto.com/calendar/feasts/01.06_Bogojavlenie/istoria.htm
12. Jesus and the Gospels: An Introduction and Survey by Craig L. Blomberg 2009 ISBN
0805444823 page 224-229
13. The Cradle, the Cross, and the Crown: An Introduction to the New Testament by Andreas J.
Köstenberger, L. Scott Kellum 2009 ISBN 9780805443653 p. 141-143
14. Christianity: an introduction by Alister E. McGrath 2006 ISBN 9781405109017 pages 16-
22
15. Big Picture of the Bible - New Testament by Lorna Daniels Nichols 2009 ISBN
1579219284 page 12
19. Eerdmans Dictionary of the Bible 2000 ISBN 9053565035 page 583
20. Behold the Man: The Real Life of the Historical Jesus by Kirk Kimball 2002 ISBN
9781581126334 page 654
21. Eerdmans commentary on the Bible by James D. G. Dunn, John William Rogerson 2003
ISBN 0802837115 page 1010
22. The Book of the Acts by Frederick Fyvie Bruce 1988 ISBN 0802825052 page 362
23. The Synoptics: Matthew, Mark, Luke by Ján Majerník, Joseph Ponessa, Laurie Watson
Manhardt 2005 ISBN 1931018316 pages 27-31
25. The Content and the Setting of the Gospel Tradition by Mark Harding, Alanna Nobbs 2010
ISBN 9780802833181 pages 281-282
26. The people's New Testament commentary by M. Eugene Boring, Fred B. Craddock 2004
ISBN 0664227546 pages 292-293
27. New Testament History by Richard L. Niswonger 1992 ISBN 0310312019 pages 143-146
28. The Life and Ministry of Jesus: The Gospels by Douglas Redford 2007 ISBN 0784719004
page 92
29. A Summary of Christian History by Robert A. Baker, John M. Landers 2005 ISBN
0805432884 pages 6-7
30. The Disciple Whom Jesus Loved by J. Phillips 2004 ISBN 0970268718 pages 121-123
32. «Bullet-ridden chapel on River Jordan holds first mass since six-day war» (https://www.the
guardian.com/world/2021/jan/10/bullet-ridden-chapel-on-river-jordan-celebrates-first-mas
s-since-six-day-war-jesus-baptism)
33. The Cradle, the Cross, and the Crown: An Introduction to the New Testament by Andreas J.
Köstenberger, L. Scott Kellum 2009 ISBN 9780805443653 pages 140-141
34. Eerdmans Dictionary of the Bible 2000 Amsterdam University Press ISBN 9053565035
page 249
36. Luke 1-5: New Testament Commentary by John MacArthur 2009 ISBN 0802408710 page
201
37. The Cradle, the Cross, and the Crown: An Introduction to the New Testament by Andreas J.
Köstenberger, L. Scott Kellum 2009 ISBN 9780805443653 page 114
38. Christianity and the Roman Empire: background texts by Ralph Martin Novak 2001 ISBN
1563383470 pages 302-303
39. Hoehner, Harold W (1978). Chronological Aspects of the Life of Christ (http://books.googl
e.com/?id=6z-NcR7fVSIC&dq=CHronological+Aspects+of+the+Life+of+Christ) . [S.l.]:
Zondervan. pp. 29–37. ISBN 0310262119
40. Clarke, Howard W. The Gospel of Matthew and its Readers: A Historical Introduction to the
First Gospel. Bloomington: Indiana University Press, 2003.
41. Albright, W.F. and C.S. Mann. "Matthew." The Anchor Bible Series. New York: Doubleday &
Company, 1971.
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