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Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Gabriel Costa Martins de Carvalho (Cinema) , Guilherme Venâncio (Cinema),


Uana Jesus de Santana (Licenciatura Artes Visuais), Larissa de Jesus de Araújo
(Licenciatura Artes Visuais)

Texto a respeito do filósofo Kant para matéria de Fundamentos de Filosofia

Cachoeira/BA
2022
Foi a partir da leitura dos textos de Hume que Kant percebeu a necessidade de
repensar a razão. Ele acredita ser necessário repensar o poder que os filósofos haviam
atribuído à razão diante da fraqueza dos argumentos em que eram sustentada. Essa ação de
repensar sobre a razão é o ato de examinar e avaliar os julgamentos que os filósofos haviam
atribuído anteriormente a razão.na filosofia a reflexão significa esse movimento de volta
sobre si si mesmo, um movimento de retorno a si, é o pensamento voltando para si mesmo e
interrogando a si. A necessidade de repensar a razão não significa que ela ou mesmo a
metafísica se tornou inútil, é infundado colocar-se alheio a um campo de pesquisa/estudo
sobre algo que faz parte da natureza humana. Kant segue a linha do Idealismo transcendental
porque ele considera a razão limitada como também o empirismo. No Idealismo se encontra o
raciocínio e a maneira pela qual a pessoa pode trazer à tona o conhecimento que tem dentro
de si. No Realismo, uma pessoa é um vaso vazio de conhecimento, e este só pode vir de fora
do ser, através da observação.A idéia idealismo de Kant diz que conseguimos justificar ou
provar só pelo pensamento, sem a necessidade de um conhecimento da realidade física.
Porém é contra esta ideia que Hume argumenta, insistindo que um dos conceitos
fundamentais para compreender a realidade — e para fazer física — é inteiramente empírico:
o conceito de causalidade. Kant acreditava que a razão motivava as ações ao contrário do que
dizia Hume, assim, criticava o empirismo puro de Hume, dizendo que poderia nos ajudar a
entender sobretudo a ciência, porém é insuficiente.
O realismo em seu conceito compreende que uma realidade é dada e o
conhecimento necessita adequar-se a ela. Enquanto o idealismo entende a
intervenção ativa do espírito na elaboração do conhecimento e a realidade para nós
como uma construção. Em seus estudos Kant optou pelo idealismo por conseguir
admitir conceitos nascidos puramente na razão. Em consonância a isso para o
filósofo a ideia de forma divergia a matéria, pois enquanto a matéria dependia
totalmente da experiência, a forma estava além dela existindo apenas na razão,
sendo assim a priori.
Para Kant seriam as experiências que poderiam transcender o pensamento
clássico da lógica ou da própria matemática. A redescoberta da metafísica grega por
Kant ultrapassa os limites de uma simples reprodução conceitual; esse novo olhar
da metafísica terá como concretização de uma razão para além do ceticismo.
Dentre os argumentos em que a razão de Kant se baseia foi a diferença entre
diversos
sofistas, em especial Protágoras, visto que o relativismo kantiano nada têm haver
com o pensamento do referido sofista. Segundo Kant, a nossa intuição do objeto
depende da não disposição particular ou da organização de tal ou tal sentido, mas
da constituição geral da sensibilidade, que é a mesma em todas as pessoas. Kant
reforça que se nossa intuição do objeto tem um valor geral para todo sentido
humano, ela nada nos dá conhecer da natureza dos objetos considerados em si
mesmos. Vale destacar que o conhecimento dos sofistas estavam baseadas na
“comercialização” do conhecimento da retórica, e já Kant na individualidade das
percepções e sensibilidade.
A essência da Crítica da Razão Pura de Kant se divide em seguintes partes:
Estética Transcendental que trata das formas a priori e a Lógica Transcendental,
que subdivide em; Analítica em que trata das formas a priori do entendimento e
segunda parte a Dialética, em que trata da razão e conceitua os juízos sintéticos a
priori na metafisica.
A metafísica para kant deveria ter êxito em suas pesquisas assim como a matemática e
a física tiveram. racionalismo domático diz que na matemática e na física temos
conhecimentos racionais e objetivos, no sentido de procederem da razão e de se referirem,
não obstante, a objetos, obtido através de uma mudança de método, que consistiu em
determinar o objeto consoante as exigências da razão, em lugar de pôr o objeto como uma
realidade dada, perante a qual a razão não tem outra alternativa senão a de se submeter.
Passando do modo empírico para o racional, os considerando não elementos palpáveis e sim
que existem apenas na razão.
Immanuel Kant filósofo alemão que baseou suas ideias no pensamento
grego, influenciou de forma direta o rompimento de um conhecimento da idade
média, em que os princípios estavam calcados na “precisão” da fé cristã – católica e
no absolutismo católico. A busca pela razão de Kant como meta traz como
perspectiva de modo operante que a metafísica esteja tão respeitada quanto a
física, matemática ou a lógica. A metafísica traz questionamentos relacionados a
existência de deus, a imortalidade da alma, a liberdade do ser humano, e que não
são explicados por equações matemáticas.
É necessário no estudo das teorias de Kant a compreensão de algumas ideias como
universal e geral, universal é aquilo que se obtém na razão e é aplicável a tudo,
enquanto geral apresenta exceções e é gerado empiricamente. Como citado
anteriormente para Kant a priori entende-se como os conhecimentos universais e
indispensáveis na existência de outros conhecimentos, exemplo é o tempo
considerado a forma do sentido interno, pois por ser a priori existe apenas na razão,
que quando tenta entender a si mesma acaba por cair dentro do tempo. Ademais,
outrora contingência entende-se para o alemão como aquilo que o oposto é possível
e só é acessível através da experiência.
Vale salientar, que a razão para Kant é a fonte única de proposições
universais e absolutamente necessária. E, inversamente, não haveria proposições
universais e necessárias , isto é, a priori, se a razão não fosse, por si mesma, fonte
de conhecimento. Com isso pode chamar razão ao entendimento enquanto
pretende captar o incondicionado, e ideias, aos conceitos obtidos nesse tipo de
análise. Diante, o mudo, considerado como um todo, é uma ideia de razão;
igualmente a alma, considerada como existência em si mesma, e Deus, substância
das substâncias causas das causas, são ideias da razão. Já entendimento é
constituído, quer dizer, os seus conceitos dão forma à experiência, a razão é
reguladora, quer dizer, as suas ideias orientam a marcha do pensamento para o
absoluto, mas não lhe permitem atingi-lo.
Com tais conhecimentos é possível então compreender a faculdade de julgar
para Kant, que se divide entre juízos analíticos e sintéticos. Os analíticos abrangem
as proposições cujo predicado é igual o sujeito, exemplo seria os juízos da
metafísica que em sua análise circundam apenas conceitos por eles mesmos
criados. Enquanto os sintéticos fazem a conexão entre representações
heterogêneas, possuindo uma separação entre sintéticos a posteriori e sintéticos a
priori.
Os juízos sintéticos a priori em seu conceito englobam as proposições fruto
apenas da razão sendo universais e indispensáveis. Como exemplo há as
proposições matemáticas e físicas independentes da experiência, nascidas no
campo das ideias para suprir uma lacuna no mundo material. Ademais tais juízos
estão diretamente
ligados a revolução copernicana, pois igualmente a Copérnico que inverteu o Sol de
periferia a centro no modelo planetário do Sistema solar, fez Kant ao propor colocar
os objetos sujeitos ao espectador.
Em consonância a isso, entre os assuntos abordados em “A crítica da razão
pura” livro escrito pelo filósofo estão a sensibilidade, o entendimento e o ato de
conhecer. Enquanto a sensibilidade é a faculdade da intuição responsável por
captar as representações, o entendimento está encarregado da geração dos
conceitos. Ademais, o ato de conhecer para Kant diz respeito a conferir unidade a
uma multiplicidade sensível, dependendo em alguns casos da matéria, em outros
apenasdo sujeito.
Referências

Livro “Compreender Kant” de George Pascal, editora vorazes(2011)


“Kant: Uma leitura das três críticas” de Luc Ferry (2006)
“Immanuel Kant e a questão do entendimento humano” Blog esboços filosóficos
(2013) https://esbocosfilosoficos.com/2013/01/30/immanuel-kant-e-a-questao-do-
entendimento-
humano/#:~:text=5)%20As%20categorias%2C%20para%20Kant,%3D%20categorias%20de
%20rela%C3%A7%C3%A3o%3B%20possibilidade%2C

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