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FAVENI

FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

RAFAELA DE CÁSSIA BERALDO SILVA

A INCLUSÃO ESCOLAR DE CRIANÇAS COM AUTISMO NA EDUCAÇÃO


INFANTIL

POUSO ALEGRE-MG
2022
FAVENI
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

RAFAELA DE CÁSSIA BERALDO SILVA

A INCLUSÃO ESCOLAR DE CRIANÇAS COM AUTISMO NA EDUCAÇÃO


INFANTIL

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito
parcial à obtenção do título
especialista em EDUCAÇÃO
ESPECIAL E INCLUSIVA.

POUSO ALEGRE-MG
2022
A INCLUSÃO ESCOLAR DE CRIANÇAS COM AUTISMO NA EDUCAÇÃO
INFANTIL

Silva1, Rafaela de Cássia Beraldo.

Declaro que sou autora¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO- O presente artigo visa tratar da inclusão de crianças com autismo na


educação infantil. O objetivo é mostrar como é de suma importância à inclusão de
crianças que possuem Transtorno do Espectro Autista (TEA), afinal o ambiente escolar
no qual estão inseridas, é uma moldura um tanto importante para sua construção como
cidadão, pois a base familiar é seu primeiro ponto de partida para a primeira relação
com a sociedade. Válido ressaltar que no ambiente escolar, a pessoa com deficiência é
amparada por leis que garantem sua autonomia como cidadã, ou seja, lhe concede
direitos amparados por leis federais e pela Carta Magna, Constituição da República
Federativa do Brasil de 1988, como forma de erradicar toda e qualquer forma de
discriminação e preconceito por menor e velado que seja. O ingresso de uma criança
autista em uma escola regular é um direito fundamental amparado por legislação
competente, sendo possível diagnosticá-la por meio de comportamentos diferenciados
apresentados pelas crianças que podem ser identificados pelos professores, que vão
desde dificuldade na afetividade e socialização até ausência de sons vocais, esses
sintomas podem variar de acordo com o grau de autismo. Após o diagnóstico, é
necessário que os familiares e os profissionais da educação busquem maneiras de
colaborar para o desenvolvimento do aluno. Dessa forma é necessário relacionar o
aluno com TEA com os diversos processos inclusivos, superando assim os estigmas e
paradigmas que se formarão ao longo dos anos. A metodologia utilizada para a
elaboração deste artigo foi explicativa e bibliográfica, reunindo pesquisas através da
internet, teses de mestrado e bibliografia acerca do tema que fora escolhido.

PALAVRAS-CHAVE: Transtorno do Espectro Autista. Ensino Infantil Regular.


Direitos e Garantias Fundamentais.

1
rafaelaberaldo16@hotmail.com
1 INTRODUÇÃO

O presente artigo constitui o trabalho de conclusão do curso de pós-


graduação em Educação Especial e Inclusiva do centro universitário Faveni. Tendo
como tema “A inclusão escolar de crianças com autismo na educação infantil”. Um
dos interesses pelo tema foi à inclusão de criança com autismo no ambiente
escolar, já que está previsto na Constituição Federal2 o direito das pessoas com
deficiência de receberem educação preferencialmente na rede regular de ensino,
como uma forma de assegurar o direito de integração na sociedade.

Ao falar de autismo, a maioria das pessoas trata esse transtorno com desprezo
e preconceito, já que a pessoa que possui algum tipo de deficiência é vista com maus
olhos perante a sociedade, isso se dá pelo fato do padrão que é imposto por cada
comunidade, acreditando que pessoas que não se encaixem nesse padrão devem ficar
afastadas ou isoladas.
Este conceito deve ser afastado, obtendo como premissa que todos são iguais
sem nenhuma distinção, objetivando a convivência pacífica de pessoas que possuem
TEA (transtorno do espectro do autismo) com a comunidade. Para possibilitar esse
pensamento, o presente estudo será de suma importância, mostrando como foi à
história da educação inclusiva e a conquista de direitos dos autistas, como por exemplo,
o direito de frequentar escola regularmente.
A maior dificuldade nos dias atuais é aplicabilidade da assistência as crianças
que são diagnosticadas com transtorno de neurodesenvolvimento, ou seja, um distúrbio
cerebral que é mais conhecido como autismo. Atualmente, diante da diversidade de
raças, culturas e religiões no território brasileiro ainda é possível ver pessoas que tem
algum tipo de preconceito, principalmente em situações no dia a dia.
Portanto, este estudo possui como objetivo fundamental a humanização da
assistência às pessoas que possuem transtorno do espectro do autismo, analisando a

2
BRASIL. Constituição da República Federativa do. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em 12 de nov. 2021.
conquista de direitos, assim como, a aplicabilidade pratica das leis 13.146/15 3,
12.764/20124 e 13.977/205, que asseguram os direitos das pessoas com transtornos de
neurodesenvolvimento.
No primeiro tópico, trataremos da história da educação inclusiva, do autismo, da
integração escolar, das características das crianças autistas e a inclusão escolar de
crianças autistas na educação infantil.
No segundo tópico, descreveremos dos direitos dos autistas, da Lei brasileira de
inclusão, Lei Berenice Piana e Lei Romeo Mion.
Por fim, os meios utilizados para o desenvolvimento da pesquisa, obras
utilizadas, através dos métodos históricos.

3
DEFICIÊNCIA. Estatuto da Pessoa com. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em 12 de nov. 2021.
4
AUTISTA. Lei de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro (Lei Berenice
Piana). Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12764.htm. Acesso
em 11 de nov. 2021.
5
CIPTEA, Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Lei Romeo
Mion Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L13977.htm. Acesso em
10 de nov. 2021.
2 DESENVOLVIMENTO

O autismo é caracterizado por desenvolvimento atípico do cérebro, conhecido como


Transtorno do Espectro Autista, sendo que se manifesta de diferentes maneiras, o que
pode de paciente para paciente. No contexto social em que vivemos ainda é possível
perceber que as crianças com TEA com excluídas nas escolas brasileiras, assim como
ainda há de se superar o preconceito existente com as demais deficiências, negros e
todas as demais pessoas que são discriminadas por não se encaixarem no padrão
exigido pela sociedade.
Ainda há muitas dúvidas sobre as causas do autismo, o psiquiatra suíço Paul
Eugen Bleuler6 contribuiu significamente nas pesquisas para o entendimento do
autismo, de acordo com ele a síndrome pode se apresentar de diferentes maneiras que
variam de acordo com grau que podem variar de leves a mais graves. Com a evolução
da medicina o psiquiatra Leo Kanner7 realizou diversas pesquisas na área e retratou a
síndrome como “Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo”, estabelecendo que o
comportamento se caracterizasse pela imobilidade congênita para estabelecer contato
interpessoal e afetivo associado à escolalia, obessividade e estereotipias.
Os sintomas de quem tem transtorno do espectro autista são observados logo na
infância, o diagnóstico clínico é realizado com acompanhamento de um médico que
observa o comportamento da criança, além disso, os pais relatam como é o dia a dia do
seu filho, o que ajuda muito no diagnóstico. Mas há casos em que o diagnóstico é
realizado apenas na adolescência ou fase adulta, sendo que o próprio paciente percebe
as alterações e busca ajuda de um psicólogo ou psiquiatra.
Existem atualmente muitos tratamentos para o autismo, capazes de melhorar a
qualidade de vida dos pacientes, desde acompanhamento com fonoaudiólogo,
psicólogo, psiquiatra, medicação até grupos de interações. Com apoio dos

6
LOURENCETI. Maria Dalva. Autismo: Transtorno do Espectro Autista. Disponível em
http://www.hcfmb.unesp.br/wp-content/uploads/2015/02/Autismo.pdf. Acesso em 12 de nov. 2021.
7
PASSOS. Orlando Cândido dos. Quatro médicos que mudaram a visão do mundo sobre
autismo. Disponível em https://autismoerealidade.org.br/2019/11/27/quatro-medicos-que-mudaram-a-
visao-do-mundo-sobre-autismo/. Acesso em 12 de nov. 2021.
profissionais da área da saúde, pais e professores são possíveis alcançar resultados
benéficos na vida de cada paciente.

2.1 Inclusão escolar

A inclusão escolar é um movimento mundial que busca a valorização das pessoas


e respeito às diferenças, o objetivo é que todas as pessoas tenham uma boa
convivência dentro da diversidade humana. No campo escolar a inclusão prevê a
integração dos alunos que tem algum tipo de necessidade especial, que dependem de
necessidades educacionais especiais durante as aulas, buscando garantir que todos os
alunos sejam tratados de maneira igualitária dentro do mesmo contexto escolar.
Para garantir a inclusão escolar das crianças com algum tipo de deficiência
nas escolas regulares é necessário que mudanças sejam realizadas nos espaços de
ensino, como por exemplo, adaptação das escolas, novas propostas pedagógicas e
especialização dos professores. É necessário que os educadores fiquem atentos as
características de cada aluno, suas dificuldades e habilidades, com propósito de propor
contribuições dentro da organização escolar.
É necessário que os professores adaptem o espaço das aulas e as práticas
pedagógicas para trabalhar com alunos autistas na educação infantil, um exemplo é
investir em exercícios curtos que tragam figuras chamativas, isso manterá o aluno com
atenção na atividade, o que irá motivá-lo. Outro meio que os educadores podem utilizar
é incentivar a socialização por meio de brincadeiras e jogos, criar projeto de inclusão no
qual todos os alunos participem.

2.2 Características das crianças autistas


O autismo8 é um transtorno do desenvolvimento e os sintomas costumam
aparecer na infância, causando dificuldades de interação social e comprometendo as
habilidades comunicacionais. De forma geral o Transtorno do Espectro Autista é a
presença de déficits que se manifestam na forma de interagir e comunicar, por isso é
muito importante que os familiares observem as atitudes de seus filhos e os professores
possam auxiliar no diagnóstico, já que estes têm a possibilidade de identificar as
diferenças alarmantes ainda na pré-escola.
Existem autistas que enfrentam dificuldades de aprendizado, enquanto outros
têm uma vida aparentemente normal, mas sentem que não se encaixam na sociedade
por não conseguirem se socializar com outras pessoas. A síndrome de Asperger 9 é a
forma mais leve de autismo, sendo considerada mais comum em meninos que nas
meninas, quando não diagnosticado na infância poderá o adulto desenvolver quadro de
ansiedade e depressão. O Transtorno Invasivo do Desenvolvimento é uma fase
intermediária, na qual o paciente apresentará sintomas variáveis. Já o Transtorno
Autista o paciente é afetado de forma mais intensa, sendo afetados a cognição,
linguística e os relacionamentos sociais. E por fim, o Transtorno Desintegrativo da
Infância10 é o tipo menos comum e mais grave de quem é portador do espectro autista,
de modo que a criança perde suas habilidades linguísticas, intelectuais e sociais sem
conseguir recuperá-las na fase adulta.
Além de existir diferentes tipos de autismo, o grau também é uma forma de
diferenciar o nível de gravidade. Sendo que o nível um é o de gravidade mais leve, no
qual as crianças têm dificuldade de interação com outras pessoas e problemas de
organização e planejamento. Já o nível dois é o de gravidade moderada onde as
crianças apresentam dificuldade na comunicação verbal e não verbal e limitações nas

8
JÚNIOR. Francisco Paiva. Saiba a definição do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
Disponível em https://www.canalautismo.com.br/o-que-e-autismo/. Acesso em 12 de nov. 2021.

9
TAMANAHA, Ana Carina. Síndrome de Asperger, conhecer para compreender. Disponível em
https://sp.unifesp.br/epe/desc/noticias/sindrome-de-asperger-conhecer-para-compreender. Acesso em 10
de nov. 2021.
10
GAIATO, Mayra; TEIXEIRA, Gustavo. Reizinho Autista: Guia para lidar com comportamentos
difíceis. Editora nVersos; Português; edição 19 de novembro de 2018. Pag . 45.
interações sociais. E por fim, o nível três é o de maior gravidade no qual as crianças
apresentam extrema dificuldade em lidar com mudanças simples do cotidiano, além de
apresentar comportamentos repetitivos que interferem em suas ações.
O Transtorno do Espectro Autista apresenta diferentes graus, com sintomas
diferentes que podem variar de acordo com a intensidade. As características mais
comuns em crianças que são portadoras de autismo são comportamentos repetitivos,
dificuldade de interação social e de comunicação. Outras características também
podem ser notadas nos alunos autistas, como atraso anormal na fala, dificuldade de
participar de brincadeiras e atividades em grupos, obstáculos em demonstrar empatia,
sentimentos, impedimentos na interpretação de gestos, expressões facial e geralmente
não mantêm contato visual com outras pessoas.

2.3 Lei brasileira de inclusão

A Lei brasileira de inclusão ou estatuto da pessoa com deficiência11 foi criada


em 6 de julho de 2015, tendo em seu texto preceitos que foram estabelecidos pela
Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da ONU do ano de 2008, com
objetivo de assegurar e promover em condições de igualdade, o exercício dos direitos e
das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social
e cidadania, conforme dispõe o artigo da Lei n°1.146 de 2015.
Uma grande vitória da legislação brasileira foi a Lei de Inclusão, pois visa
garantir que os direitos das pessoas com deficiência sejam respeitados, como direito a
educação, saúde e transporte, garantia de acesso à comunicação e informação, sendo
que se alguém infringir algumas das exigências estabelecida na lei será punido.
Conforme disposto em lei.

“A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurado sistema


“A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurado sistema

11
DEFICIÊNCIA. Estatuto da Pessoa com. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em 12 de nov. 2021.
educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida,
de forma a alcançar o máximo de desenvolvimento possível de seus talentos e
habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas
características, interesses e necessidades de aprendizagem. ” (Artigo 27 da lei
educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida,
de forma a alcançar o máximo de desenvolvimento possível de seus talentos e
habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas
características, interesses e necessidades de aprendizagem. ” (Artigo 27 da lei
13.146/ 2015).

No âmbito educacional o objetivo é deixar de lado a ideia de educação


especial e adotar a educação inclusiva, sendo que o espaço que será utilizado para as
aulas deve ser modificado para atender a todos, bem como os materiais e metodologias
que serão empregados no processo de aprendizagem.

2.4 Lei Berenice Piana

A lei 12.76412 foi sancionada em 27 de dezembro de 2012 com objetivo de


instituir a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do
Espectro Autista. A lei surgiu após a luta e persistência de uma criança foi
diagnosticada com autismo lutar pelos direitos das pessoas portadoras de autismo,
Berenice Piana se reuniu com um grupo de pessoas e iniciou uma luta diária para
conseguir aprovar uma lei que amparasse os autistas.
Para os autistas uma das garantias é de ter acesso às políticas públicas e de
poder usufruir dos direitos já consagrados pela Lei Brasileira de Inclusão, já que antes
os pacientes tinham que se encaixar em um diagnóstico estabelecido para os autistas.
Além disso, não é admitida a recusa de pessoas com autismo em ingressar em planos
privados de saúde e de se matricular em escolas.

12
AUTISTA. Lei de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro (Lei Berenice
Piana). Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12764.htm. Acesso
em 11 de nov. 2021.
Todos os alunos com ou sem deficiência têm direito de frequentar escola de
forma regular, a partir da vigência da Lei Berenice Piana os administradores das
instituições de ensino podem ser multados pela recusa de matricular uma criança com
TEA, sendo que essa punição se estende a todas as crianças que possuem algum tipo
de deficiência. De acordo com Aristóteles, deve-se “tratar de forma igual os iguais e de
forma desigual os desiguais na medida em que se desigualam”, da mesma forma deve-
se tratar o autista, que necessita de tratamento apropriado para garantir uma condição
de vida digna e igualitária com as demais pessoas, sendo que esses direitos são
básicos de qualquer ser humano.

2.5 Lei Romeo Mion

A lei 13.977/2020 cria a Carteira de Identificação da pessoa com transtorno


do Espectro Autista (CIPTEA),13 que é emitida de forma gratuita a todos portadores de
autismo. Essa nova lei auxilia as pessoas a ter acesso aos direitos previstos na Lei
Berenice Piana e na Lei Brasileira de Inclusão, já que muitas vezes não é fácil
identificar um autista. A carteirinha prevê direitos como atendimento prioritário e
serviços preferenciais.
Essa lei Romeo Mion recebeu esse nome por conta do filho do apresentador
Marcos Mion14 que tem transtorno do espectro autista. Entre os benefícios está maior
facilidade no acesso a programas de atendimento e desburocratização de tarefas, que
necessitavam de apresentação de diversas documentações médicas. Dessa maneira,
há uma facilidade maior para realização das atividades necessárias, visto que o fato de
apresentar o documento é suficiente para o exercício de direitos.

13
CIPTEA, Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Lei Romeo
Mion Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/L13977.htm. Acesso em
10 de nov. 2021.
14
CLAIRE, Marie. MARCOS MION FALA SOBRE FILHO AUTISTA: “O PIOR PRECONCEITO É
O VELADO”. Disponível em http://www.espacopotencial.org.br/exibe.php?id=13. Acesso em 12 de nov.
2021.
A possibilidade legal de portar uma carteirinha de identificação vem como uma
resposta à dificuldade de se perceber à primeira vista que uma pessoa tem autismo. A
impossibilidade de identificar o autismo visualmente com facilidade cria uma série de
obstáculos ao acesso a atendimentos prioritários e a serviços aos quais os autistas têm
direito, como esperar em filas preferenciais ou estacionar em uma vaga para pessoas
com deficiência. Com frequência, pessoas com autismo se viam barradas nestes
espaços.
É importante ressaltar que o uso da carteirinha não é obrigatório. Por conta
disso, a conscientização para lidar com pessoas com TEA continua sendo essencial
para que tanto os autistas, como suas famílias, sejam preservados de passar por
constrangimentos. O novo documento serve para substituir o atestado médico, os
interessados precisam conferir as regras locais, de seus estados e municípios, para
emiti-lo.
3 CONCLUSÃO

A questão acerca de igualdade sobre aquelas pessoas que detém TEA prevalece
nos dias atuais, assim como vários tipos de preconceito. Devemos ter consciência de
que ter preconceito é algo sem fundamento, não podemos julgar as pessoas sem
conhecê-las. A verdade é que somos todos iguais, independentemente de cor ou classe
social, condição clínica e assim deveríamos ser tratados.
Apesar de termos uma Constituição que assegura direitos e garantias
constitucionais a cada cidadão, o desrespeito ainda continua com as pessoas com
Transtorno do Espectro Autista.
Portanto, a sociedade como um todo deve problematizar as situações que
envolvem o discurso, para que as gerações futuras possam se desprender desse
conceito onde encobrimos o passado para garantirmos o presente.
Para efetivar o processo de inclusão é necessário que se tenha conhecimento
sobre o assunto, e que os professores e profissionais da escola estejam preparados
para ajudar os alunos a superar suas dificuldades e necessidades.
Podemos assim, concluir que os autistas conquistaram muitos direitos
após vigência da Lei Brasileira de Inclusão, Lei Berenice Piana e Lei Romeo Mion. Mas
ainda há muito que ser superado e melhorado para beneficiar pessoas com TEA,
principalmente os alunos da educação infantil que estão tendo contato com atividades
simples do cotidiano, que se não forem trabalhadas se torna grandes obstáculos.
4 REFERÊNCIAS

AUTISTA. Lei de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro


(Lei Berenice Piana). Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/l12764.htm. Acesso em 11 de nov. 2021.
BRASIL. Constituição da República Federativa do. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em 12 de nov.
2021
CLAIRE, Marie. MARCOS MION FALA SOBRE FILHO AUTISTA: “O PIOR
PRECONCEITO É O VELADO”. Disponível em
http://www.espacopotencial.org.br/exibe.php?id=13. Acesso em 12 de nov. 2021
CIPTEA, Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro
Autista. Lei Romeo Mion Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2020/lei/L13977.htm. Acesso em 10 de nov. 2021.
DEFICIÊNCIA. Estatuto da Pessoa com. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em 12
de nov. 2021.
GAIATO, Mayra; TEIXEIRA, Gustavo. Reizinho Autista: Guia para lidar com
comportamentos difíceis. Editora nVersos; Português; edição 19 de novembro de 2018.
Pag . 45.
JÚNIOR. Francisco Paiva. Saiba a definição do Transtorno do Espectro do
Autismo (TEA). Disponível em https://www.canalautismo.com.br/o-que-e-autismo/.
Acesso em 12 de nov. 2021.
LOURENCETI. Maria Dalva. Autismo: Transtorno do Espectro Autista. Disponível
em http://www.hcfmb.unesp.br/wp-content/uploads/2015/02/Autismo.pdf. Acesso em 12
de nov. 2021.
PASSOS. Orlando Cândido dos. Quatro médicos que mudaram a visão do
mundo sobre autismo. Disponível em
https://autismoerealidade.org.br/2019/11/27/quatro-medicos-que-mudaram-a-visao-do-
mundo-sobre-autismo/. Acesso em 12 de nov. 2021.
TAMANAHA, Ana Carina. Síndrome de Asperger, conhecer para compreender.
Disponível em https://sp.unifesp.br/epe/desc/noticias/sindrome-de-asperger-conhecer-
para-compreender. Acesso em 10 de nov. 2021.

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