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GNE292 – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II 1

Professor Luiz Eduardo

1. VASOS DE PRESSÃO
Os vasos de pressão são estruturas que se destinam ao armazenamento ou ao
transporte de fluidos sobre pressão.

Dentre eles, citam-se os taques de armazenamento das indústrias químicas, as


estruturas de geração e condução de vapor industrial, as tubulações de vapor de usinas
termoelétricas, os túneis, os submarinos, os gasodutos, as adutoras, etc.

Um simples botijão de gás de cozinha ou uma panela de pressão, por exemplo,


constituem-se em vasos de pressão. Assim, o projeto dessas estruturas é de interesse em
diversos campos da engenharia e, por natureza, são facilmente modelados
axissimetricamente.

Usualmente, os vasos de pressão são esféricos ou cilíndricos. Nesse último caso, podem
ser contínuos ou curtos. Podem, ainda, serem dotados de paredes finas ou espessas. Quanto
à maneira de carregamento, podem encontrar-se pressurizados internamente, pressurizados
externamente ou de ambas as maneiras.

1.1 VASOS ESFÉRICOS DE PAREDES FINAS

1.1.1 VASOS ESFÉRICOS DE PAREDES FINAS


Para o estudo desse tipo de vaso, explora-se a simetria geométrica apresentada pela esfera, de
maneira a considera-se apenas um dos hemisférios (metade dela), conforme ilustra a Fig. 1.1A.

Figura 1.1 – A: hemisfério de um vaso esférico; B: Equilíbrio de tensões.

Na presente abordagem, considera-se o vaso pressurizado internamente com pressão


uniforme de valor p. A pressão p é denominada pressão hidrostática, cujo significado já foi
estudado.
Para o cálculo das tensões, considera-se o equilíbrio de forças na direção vertical,
conforme ilustra a Fig. 1.1B, considerando:
a. A tensão (ou pressão) hidrostática, p, que solicita o vaso internamente;

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b. A tensão normal à seção da parede, σφ, a qual atua de maneira a resistir à pressão
hidrostática. Observe que essa tensão não é uma tensão circunferencial.
Assim:
∑ 𝐹𝑦 = 0 ↑ + (1.1)
𝑝. 𝜋.
⏟ 𝑟 2 = 𝜎𝜑 . (2𝜋𝑟).
⏟ 𝑡 (1.2a)
⏟ 𝐴 ⏟ 𝐴
𝜎.𝐴
⏟ 𝜎.𝐴

𝐹 𝐹

No primeiro membro da Eq. 1.2, o produto πr2é a projeção, sobre o plano horizontal, da
área do hemisfério sobre a qual atua a pressão p. Por outro lado, o produto 2πr, o qual
aparece no segundo membro multiplicando a espessura t da parede, é o perímetro da seção.
O raio r da esfera é tomado com valor médio, ou seja, com valor dado pela soma do raio
interno da esfera e a da semiespessura da parede. Simplificando-se a Eq. 1.2a, tem-se:
𝑝𝑟
𝜎𝜑 = 2𝑡
(1.2b)

Observe-se que a tensão σr, a qual atua no sentido de comprimir a parede do vaso e
deformá-la radialmente, é desprezada em virtude da premissa de “paredes finas”, a qual
considera o fato de ser a espessura t muito pequena, comparativamente ao raio da esfera.

Ainda, a tensão σφ é uma tensão principal.

1.2.1 VASOS CILÍNDRICOS DE PAREDES FINAS


Considerando, ainda, a premissa de paredes finas, analisa-se um segmento de
comprimento unitário de um cilindro pressurizado (com o fundo fechado), conforme ilustra
a Fig. 1.2.

Figura 1.2 – Vaso de pressão cilíndrico: equilíbrio de tensões.

Escrevendo-se o equilíbrio das forças na direção do eixo z (Fig. 1.2A), tem-se:


∑ 𝐹𝑧 = 0 → + (1.4)
𝑝. 𝜋.
⏟ 𝑟 2 = 𝜎𝑧 . ⏟
(2𝜋𝑟). 𝑡 (1.5)
𝐴 𝐴

a qual, uma vez simplificada, conduz a:


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𝑝.𝑟
𝜎𝑧 = (1.6)
2𝑡

Na direção circunferencial (Fig. 1.2B), o equilíbrio é dado por:


2𝜎𝜃 ⏟
(1,0 . 𝑡) = 𝑝 ⏟
(2. 𝑟. 1,0) (1.7)
𝐴 𝐴

resultando:
𝑝.𝑟
𝜎𝜃 = (1.8)
𝑡

Observe-se que, tanto σz, como σθ, são tensões principais. Ainda, analogamente ao
caso dos vasos esféricos de paredes finas, a tensão σr, a qual atua no sentido de comprimir a
parede do vaso e deformá-la radialmente, é desprezada.
1.2 CRITÉRIOS DE ESCOAMENTO APLICADOS AOS VASOS DE PRESSÃO DE PAREDES
FINAS

1.2.1 CRITÉRIO DE VON MISES


O critério de von Mises estabelece que o material entrará em escoamento quando a
tensão equivalente de von Mises superar o valor da tensão de escoamento do material.
Assim:

𝜎𝑒𝑞 < 𝑓𝑦 (1.9)

Em termos de coordenadas cilíndricas, a tensão equivalente é dada por:


1⁄
𝜎𝑒𝑞 = (𝜎𝜃 2 − 𝜎𝜃 𝜎𝑧 + 𝜎𝑧 2 ) 2 (1.10)

Substituindo 1.8 e 1.6, tem-se:


1⁄
2 2 )1⁄2 𝑝.𝑟 2 𝑝.𝑟 𝑝.𝑟 𝑝.𝑟 2 2
𝜎𝑒𝑞 = (𝜎𝜃 − 𝜎𝜃 𝜎𝑧 + 𝜎𝑧 =[( ) − . 2𝑡 + ( 2𝑡 ) ] (1.10)
𝑡 𝑡

a qual simplificada resulta em:


√3 𝑝 𝑟
𝜎𝑒𝑞 = (𝑡) (1.11)
2

Aplicando a condição de projeto (Eq. 1.9) à Eq. 1.11 no limite da igualdade, tem-se:
√3 𝑝 𝑟
(𝑡) < 𝑓𝑦 (1.12)
2

Por exemplo, a máxima pressão aplicável a um vaso de raio r e paredes com espessura t,
é dada por:
2𝑡
𝑝𝑚á𝑥 < ( ) . 𝑓𝑦 (1.13)
√3 𝑟

Por outro lado, a Eq. 1.12 pode ser rearranjada para o dimensionamento de t ou de r.

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1.2.2 CRITÉRIO DE TRESCA


Segundo esse critério o escoamento terá lugar quando a tensão equivalente de Tresca
superar o valor da tensão de escoamento do material. Assim:
𝜎𝑇𝑟𝑒𝑠𝑐𝑎 < 𝑓𝑦 (1.14)
Por outro lado, a tensão equivalente de Tresca é dada pela diferença entre a maior
tensão principal e a menor delas. Observe-se que a menor tensão é σr, admitida nula.
Portanto:
𝜎𝑇𝑟𝑒𝑠𝑐𝑎 = |𝜎𝜃− 𝜎𝑟 | (1.15)
decorrendo de 1.14 e 1.9 que:
𝜎𝜃 − 0 < 𝑓𝑦 (1.16)
Substituindo a Eq. 1.8, tem-se:
𝑝.𝑟
< 𝑓𝑦 (1.17)
𝑡

Portanto, para a máxima pressão aplicável a um vaso de raio r e paredes com espessura
t, tem-se:
𝑡
𝑝𝑚á𝑥 < 𝑟 𝑓𝑦 (1.18)

Da observação das Eq. 1.13 e 1.18, depreende-se que o critério de von Mises conduz,
coerentemente, a valores menos conservadores para pmáx, ou seja, 2/√3 ≅ 15,47% maiores.

EXEMPLO E1.1 Um vaso de pressão cilíndrico com raio médio r= 150,0 cm, construído com
chapas de aço com espessura t= 10,0 mm encontra-se submetido a uma pressão interna de
25,00 daN/cm2. Se a tensão de escoamento do material vale fy= 3500,00 daN/cm2, pede-se
determinar a estabilidade por meio dos critérios de von Mises e de Tresca, assim como os
coeficientes de segurança envolvidos no problema.

SOLUÇÃO:
a) Tensões equivalentes:
• von Mises:
√3 𝑝 𝑟 √3 25,00. 150,0
𝜎𝑒𝑞 = ( ) = = 3247,595 𝑑𝑎𝑁/𝑐𝑚2
2 𝑡 2 1,0
3500,00
𝛾 = 3247,595 = 1,0777 → 𝛾 ≅ 7,8% portanto: estável.

• Tresca:
𝑝𝑟 25,00. 150,0 𝑑𝑎𝑁
𝜎𝑇𝑟𝑒𝑠𝑐𝑎 = = = 3750,00 𝑐𝑚2
𝑡 1,0
𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝜎𝑇𝑟𝑒𝑠𝑐𝑎 > 𝑓𝑦 , 𝑛ã𝑜 ℎá 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝛾 ≅ 0,933).

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EXEMPLO E1.2 Um vaso de pressão cilíndrico de paredes finas, com diâmetro médio
d=150,0 cm, deve ser projetado e construído com chapas de aço. Sabe-se que o componente
será submetido a uma pressão interna de p= 50,00 daN/cm2. Se a tensão de escoamento do
material vale fy= 4348,00 daN/cm2, pede-se determinar a espessura das paredes laterais por
meio dos critérios de von Mises e de Tresca, de tal maneira que as tensões equivalentes não
ultrapassem 85% da tensão de escoamento.

SOLUÇÃO:
a) Tensão equivalente máxima, σeq, máx:
• von Mises e Tresca:
𝜎𝑒𝑞,𝑚á𝑥 = 0,85. 𝑓𝑦 = 0,85. 4348,00 = 3695,800 daN/𝑐𝑚2
Portanto, nesse caso não será verificada segurança alguma. Ela já está pré-fixada no
enunciado e desenvolvida neste item.
b) Dimensionamento: critério de von Mises:
√3 𝑝 𝑟 √3
𝜎𝑒𝑞 = (𝑡) → 𝑡 = 2𝜎 𝑝 𝑟
2 𝑒𝑞

Fazendo-se σeq, máx tem-se:


√3 √3 150,0
𝑡 = 2𝜎 𝑝 𝑟 = 2,0. 50,0.
𝑒𝑞,𝑚á𝑥 3695,800 2,0

𝒕 ≥ 𝟎, 𝟖𝟕𝟖𝟕 ≅ 𝟎, 𝟗 𝒄𝒎
c) Dimensionamento: critério de Tresca:
𝑝𝑟 1
𝜎𝑒𝑞 = → 𝑡 =𝜎 𝑝𝑟
𝑡 𝑒𝑞

Fazendo-se σeq, máx tem-se:


𝑝𝑟 50,0. 150,0
𝑡=𝜎 = 3695,800.
𝑒𝑞,𝑚á𝑥 2,0

𝒕 ≥ 𝟏, 𝟎𝟏𝟒𝟕 ≅ 𝟏, 𝟎𝟐 𝒄𝒎 (𝑎 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎𝑛ç𝑎)

1.3 DEFORMAÇÕES E DESLOCAMENTOS

1.3.1 DEFORMAÇÕES CIRCUNFERENCIAS


Preliminarmente, note-se que um vaso de pressão em condições isostáticas comporta-
se em EPT. As deformações transversais, em coordenadas cartesianas, são dadas por:
1
𝜀𝑦 = 𝐸 (𝜎𝑦 − 𝜐𝜎𝑥 ) (1.19)

Para os vasos de pressão cilíndricos, o conceito é análogo, o que permite escrever para
as deformações circunferenciais, ou seja, aquelas responsáveis pelo aumento do perímetro
da seção transversal quando o vaso se encontra internamente pressurizado:
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1
𝜀𝜃 = 𝐸 (𝜎𝜃 − 𝜐𝜎𝑧 ) (1.20)

Considerando-se as Eq. 1.8 e 1.6, decorre:


1 𝑝.𝑟 𝑝.𝑟
𝜀𝜃 = 𝐸 ( −𝜐 ) (1.21)
𝑡 2𝑡
𝑝.𝑟 𝜐
𝜀𝜃 = (1 − 2) (1.21a)
𝑡𝐸

1.3.2 DESLOCAMENTOS E DEFORMAÇÕES RADIAIS


Por outro lado, a deformação circunferencial específica, εθ, é dada pela relação entre a
variação o perímetro, δC, e o perímetro inicial, Cinic (= 2πr).
Com isso tem-se:
𝛿𝐶
𝜀𝜃 = 𝐶 (1.22)
𝑖𝑛𝑖𝑐

A relação existente entre a variação do perímetro e a variação do raio passa a ser


calculada. Variação do perímetro C e do raio r:
𝛿𝐶 = (2𝜋𝑟𝑓𝑖𝑛 − 2𝜋𝑟𝑖𝑛𝑖 ) = 2𝜋(𝑟𝑓𝑖𝑛 − 𝑟𝑖𝑛𝑖 ); 𝛿𝑟 = (𝑟𝑓𝑖𝑛 − 𝑟𝑖𝑛𝑖 ) (1.23a, b)
Relação δC/δr:
𝛿𝐶 2𝜋(𝑟𝑓𝑖𝑛 −𝑟𝑖𝑛𝑖 )
= (𝑟𝑓𝑖𝑛 −𝑟𝑖𝑛𝑖 )
→ 𝛿𝐶 = 2𝜋𝛿𝑟 (1.23c)
𝛿𝑟

Das substituições sucessivas das Eq. 1.22 e 1.23 na 1.21a, tem-se:


𝑝.𝑟 𝜐 𝛿𝐶 𝑝.𝑟 𝜐 2𝜋𝛿𝑟 𝑝.𝑟 𝜐
𝜀𝜃 = (1 − 2) → 𝐶 = (1 − 2) → = (1 − 2) (1.24)
𝑡𝐸 𝑖𝑛𝑖𝑐 𝑡𝐸 2𝜋𝑟 𝑡𝐸

resultando:
𝑝.𝑟 2 𝜐
𝛿𝑟 = (1 − 2) (1.25)
𝑡𝐸

ou, considerando 1.21a:


𝛿𝑟 = 𝑟. 𝜀𝜃 (1.25a)
Ainda:
𝛿𝑟
𝜀𝑟 = = 𝜀𝜃 (1.26)
𝑟

equação que demonstra que as deformações específicas, radiais e circunferenciais, são


iguais (observe: deformações específicas e não deslocamentos).
Ainda, da observação da Eq. 1.21a depreende-se que a relação de Poisson atua de maneira a
causar a diminuição da expansão lateral do vaso, ou seja, a deformação axial (orientação do
eixo z), mesmo que de alongamento, causa contração na direção radial.

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EXEMPLO E1.3 Dois cilindros encamisados, o externo de aço, tem espessura ta= 0,40 cm e o
interno, de bronze, tem espessura tbr= 0,6 cm, conforme ilustrado na Fig. E1.3.

Figura E1.3 – Cilindros encamisados submetidos à pressão interna.

Admite-se como ideal a interface de contato entre eles. Se o conjunto é submetido à


pressão hidrostática p= 20,00 daN/cm2, pede-se determinar: a) o valor da tensão de contato
entre os cilindros; b) as tensões circunferenciais, σθ em cada um dos cilindros.
Considerar: Ea=2,1x106 daN/cm2; υa=0,29; Ebr. = 1,08 x106 daN/cm2; υbr.=0,33.
SOLUÇÃO:
a) Raios dos cilindros
0,4
𝐴ç𝑜: 𝑟𝑎 = 25,0 − = 𝟐𝟒, 𝟖 𝒄𝒎
2
0,6
𝐵𝑟𝑜𝑛𝑧𝑒: 𝑟𝑏 = 25,0 − 0,4 − = 𝟐𝟒, 𝟑 𝑐𝒎
2

b) Tensão de contato entre os cilindros


Ao pressurizar-se o conjunto, o cilindro interno tende a expandir-se e o externo reage.
Assim, uma tensão (ou pressão) de contato, pc, é desenvolvida. Essa tensão é responsável
pela expansão do cilindro externo.
Por outro lado, o cilindro interno se expande com a tensão p-pc. Portanto, a partir da Eq.
1.25, tem-se os seguintes deslocamentos circunferenciais:
𝑝𝐶 .𝑟𝑎 2 𝜐𝑎 (𝑝−𝑝𝐶 ).𝑟𝑏𝑟. 2 𝜐𝑏𝑟.
𝛿𝑎 = (1 − ) 𝑒 𝛿𝑏𝑟. = (1 − )
𝑡𝑎 𝐸𝑎 2 𝑡𝑏𝑟. 𝐸𝑏𝑟. 2

Considerando que os deslocamentos dos cilindros, interno e externo, devem ser iguais na
interface, pode-se escrever:
𝛿𝑎 = 𝛿𝑏𝑟. 𝑜𝑢:
𝑝𝐶 .𝑟𝑎 2 𝜐𝑎 (𝑝−𝑝𝐶 ).𝑟𝑏𝑟. 2 𝜐𝑏𝑟.
(1 − )= (1 − ) 𝑒:
𝑡𝑎 𝐸𝑎 2 𝑡𝑏𝑟. 𝐸𝑏𝑟. 2

2𝐸𝑎 (𝜐𝑏𝑟. −1)𝑝 𝑟𝑏 2 𝑡𝑎


𝑝𝑐 = 2𝐸 2𝑡 2𝑡
𝑎 (𝜐𝑏𝑟. −1)𝑟𝑏 𝑎 +𝐸𝑏 (𝜐𝑎 −2)𝑟𝑎 𝑏

Substituindo os dados do problema, decorre:


2,0 .2,1𝑥106 (0,33−1)20,0 . 𝟐𝟒,𝟑𝟎𝟐 0,40
𝑝𝑐 = 2. → 𝒑𝑪 = 𝟗, 𝟖𝟕𝟒𝟕𝟕 𝒅𝒂𝑵/𝒄𝒎𝟐
2,1𝑥106 (0,33−1)𝟐𝟒,𝟑2 . 0,40+1,08𝑥106 (0,29−2). 𝟐𝟒,𝟖𝟎𝟐 . 0,60

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b) Tensões circunferenciais
Da Eq. 1.8 tem-se para o bronze:
(𝑝−𝑝𝐶 ).𝑟𝑏𝑟. (20,0−𝟗,𝟖𝟕𝟒𝟕𝟕 ).𝟐𝟒,𝟑
𝝈𝜽,𝒃𝒓. = = = 𝟒𝟏𝟎, 𝟎𝟕𝟐 𝒅𝒂𝑵/𝒄𝒎𝟐
𝑡𝑏𝑟. 0,60

Para o aço, tem-se:


𝑝𝐶 .𝑟𝑎 𝟗,𝟖𝟕𝟒𝟕𝟕. 𝟐𝟒,𝟖
𝝈𝜽,𝒂 = = = 𝟔𝟏𝟐, 𝟐𝟑𝟔 𝒅𝒂𝑵/𝒄𝒎𝟐
𝑡𝑎 0,40

Observação: Se desprezados os efeitos de Poisson no cálculo de pC, os resultados serão:


pC = 11,08954 daN/cm2; 𝜎𝜃,𝑏𝑟. = 360,874 𝑑𝑎𝑁/𝑐𝑚2 e: 𝜎𝜃,𝑎 = 687,552 𝑑𝑎𝑁/𝑐𝑚2 .
EXEMPLO E1.4 Uma camisa de bronze (bronzina) deve ser firmemente adaptada à
extremidade de um eixo de aço, conforme ilustrado na Fig. E1.4. Para tanto, o encaixe será
procedido termicamente por meio da utilização de tensões iniciais (interferência).

Figura E1.4– Bronzina e eixo a serem encaixados termicamente.


Para o problema pede-se: a) Determinar a variação mínima de temperatura a qual permite o
encaixe das partes; b) Determinar o valor da tensão circunferencial na bronzina, após o
retorno à temperatura inicial; c) Determinar o valor da tensão de compressão introduzida no
cilindro de aço, após o retorno à temperatura inicial; d) A variação do diâmetro do eixo, após
o retorno à temperatura inicial.
DADOS:
Ea =2,1x 106 daN/cm2; α0a=11,7 x 10-6 °C-1; υa=0,29.
Ebr. = 1,08 x106 daN/cm2; α0br.= 18,0 x 10-6 °C-1
SOLUÇÃO:
a) Temperatura para o aumento de diâmetro da bronzina de maneira a permitir o encaixe:
• O perímetro do eixo de aço vale:
𝐶𝑎 = 2𝜋𝑟𝑎 = 𝜋𝑑𝑎 = 𝜋. 15,01 = 47,155306 𝑐𝑚
• O perímetro interno da bronzina é:
𝐶𝑏𝑟. = 2𝜋𝑟𝑏𝑟. = 𝜋𝑑𝑏𝑟. = 𝜋. 15,00 = 47,123890 𝑐𝑚
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• A variação do perímetro da bronzina:


𝛿𝐶 = 𝐶𝑏𝑟. − 𝐶𝑎 = 47,155306 − 47,123890 = 0,031416 𝑐𝑚
Variação de temperatura necessária ao alongamento relativo à variação de perímetros:
𝛿𝐶
𝜀 𝑡 = 𝛼0𝑏𝑟. ∆𝑡 → = 𝛼0𝑏𝑟. ∆𝑡
𝐶𝑏𝑟.
𝛿𝐶 0,031415
∆𝑡 = 𝐶 = 47,123890 .18,0 𝑥 10−6 → ∆𝒕 ≅ 𝟑𝟕, 𝟎𝟑𝟕 ℃
𝑏𝑟. 𝛼0𝑏𝑟.

b) Tensão circunferencial (trativa) na bronzina:


A tensão circunferencial é dada pela Lei de Hooke:
𝛿𝐶 0,031416
𝜎𝜃 = 𝐸. 𝜀 = 𝐸. 𝐶 = 2100000,00. = 1400,003 𝑑𝑎𝑁/𝑐𝑚2
𝑏𝑟. 47,123890

c) Tensão radial de compressão no eixo de aço:


Da Eq. 1.8 tem-se, para a bronzina:
𝑝. 𝑟𝑏𝑟. 𝜎𝜃 𝑡 −1400,003 .0,3
𝜎𝜃 = → 𝑝=− = 15,01 → 𝑝 = −55,963 𝑑𝑎𝑁/𝑐𝑚2
𝑡 𝑟𝑏𝑟.
⏟2,0
𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑛𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑓𝑖𝑔.𝑑𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑎

Após o resfriamento, a pressão hidrostática, p, a qual atua internamente à bronzina no sentido de


expandi-la, é a mesma que comprime o eixo de aço (por mera questão de equilíbrio). Portanto, a
tensão de compressão (radial) no aço, tem o valor:

𝝈𝒓 = − 𝒑 = −𝟓𝟓, 𝟗𝟔𝟑 𝒅𝒂𝑵/𝒄𝒎 𝟐


d) Variação do diâmetro final do eixo de aço, na região:
Da Lei de Hooke tem-se:
1
𝜀𝑟,𝑎 = (𝜎𝑟,𝑎 − 𝜐𝑎 . 𝜎𝑟,𝑎 ) (entendeu isso?)
𝐸𝑎

Substituindo os valores:
1 𝑝
𝜀𝑟,𝑎 = (𝑝 − 𝜐𝑎 . 𝑝) = (1,0 − 𝜐𝑎 )
𝐸𝑎 𝐸 𝑎

𝑝 −55,963
𝜀𝑟,𝑎 = 𝐸 (1,0 − 𝜐𝑎 ) = (1,0 − 0,29) = −1,892082𝑥10−5
𝑎 2,1𝑥106

A deformação radial é dada por:


𝛿𝑟,𝑎
𝜀𝑟,𝑎 =
𝑟𝑎

Invertendo a equação, tem-se o deslocamento radial:


𝛿𝑟,𝑎 = 𝑟𝑎 . 𝜀𝑟,𝑎
Portanto, o deslocamento diametral será:
15,1
𝛿𝑑,𝑎 = 2,0 𝛿𝑟 = 2,0 . ( 2,0 . (−1,892082𝑥10−5 ))

𝜹𝒅,𝒂ç𝒐 ≅ −𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟑 𝒄𝒎 = −𝟎, 𝟎𝟎𝟑 𝒎𝒎

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1.4 VASOS DE PAREDES ESPESSAS


No caso onde a espessura da chapa não pode ser desprezada na formulação, as análises
devem ser procedidas tridimensionalmente, a partir da integração das equações diferenciais
do problema elástico.

1.4.1 VASOS CILÍNDRICOS DE PAREDES ESPESSAS

Figura 1.3 – Vaso de pressão cilíndrico, de paredes espessas.


Também nesse caso, as equações de tensão e de deformação são escritas em
coordenadas cilíndricas. Como referido, os vasos podem ser pressurizados internamente,
externamente ou de ambas as maneiras, conforme ilustrado na Fig. 1.4.

Figura 1.4 – Vaso de pressão pressurizado interna ou externamente.

As tensões que solicitam o vaso pressurizado internamente são dadas por:


• Tensão circunferencial, σθθ:
𝑝𝑎2 𝑏2
𝜎𝜃𝜃 = (𝑏2−𝑎2) (1 + 𝑟 2) (1.27)
𝑖

• Tensão radial, σrr:


𝑝𝑎2 𝑏2
𝜎𝑟𝑟 = (𝑏2−𝑎2) (1 − 𝑟 2) (1.28)
𝑖

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• Tensão axial, σzz (se os fundos forem fechados):


𝑝 𝑎2
𝜎𝑧𝑧 = (1.29)
(𝑏 2 −𝑎2 )

As tensões que solicitam o vaso pressurizado externamente são dadas por:


• Tensão circunferencial, σθθ:
−𝑝𝑏 2 𝑎2
𝜎𝜃𝜃 = (𝑏2−𝑎2) (1 − 𝑟 2) = −𝑝[(𝑟𝑜 2 + 𝑟𝑖 2 )/(𝑟𝑜 2 − 𝑟𝑖 2 )] (1.27a)
𝑖

• Tensão radial, σrr:


−𝑝𝑏 2 𝑎2
𝜎𝑟𝑟 = (𝑏2−𝑎2) (1 + 𝑟 2) (1.28a)
𝑖

• Tensão axial, σzz (se os fundos forem fechados):


−𝑝 𝑏 2
𝜎𝑧𝑧 = (1.29a)
(𝑏 2 −𝑎2 )

Nas equações numeradas de 1.27-1.27a até 1.29-1.29a, as variáveis têm os significados


que seguem: a: raio interno do vaso; b: raio externo do vaso; ri: posição genérica contida na
espessura da parede e p: pressão hidrostática.
Para as tensões equivalentes, as equações de von Mises e de Tresca são escritas da
maneira habitual, considerando-se:

• σ1= σθθ;
• σ2= σrr;
• σ3= σzz (se houver).
A Fig. 1.5 ilustra a distribuição das tensões circunferenciais e radiais, ao longo da
espessura de um vaso pressurizado internamente com p= 25 daN/cm2, sendo a= 2,00cm e
b= 4,00 cm.

Figura 1.5 – Vaso de pressão de parede espessa, pressurizado internamente. Tensões σθθ e σrr.
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Os deslocamentos radiais são dados pela Eq. 1.30:


1−𝜐 (𝑎 2 𝑃𝑖𝑛𝑡 −𝑏2 𝑃𝑒𝑥𝑡 )𝑟𝑖 1+𝜐 (𝑃𝑖𝑛𝑡 −𝑃𝑒𝑥𝑡 )𝑎 2 𝑏2
𝛿= 𝐸 𝑏2 −𝑎 2
+ 𝐸 𝑟𝑖 (𝑏2 −𝑎2 )
(1.30)

1.4.2 VASOS ESFÉRICOS DE PAREDES ESPESSAS


Para os vasos esféricos de paredes espessas, as tensões são dadas pelas Eq. 1.30 e 1.31:

−𝑝𝑎3 (2𝑟𝑖 3 −𝑏 3 )
𝜎𝑟𝑟 = (1.31)
𝑟𝑖 2 (𝑎3 −𝑏 3 )

𝑝𝑎3 (2𝑟𝑖 3 +𝑏 3 )
𝜎𝜃𝜃 = (1.32)
2 𝑟𝑖 2 (𝑎3 −𝑏3 )

EXEMPLO E1.5: Um cilindro de aço de parede espessa apresenta raio interno, a=15,00 cm, e
raio externo, b= 18,00 cm. As faces dianteira e traseira do vaso são fechadas com chapas da
mesma espessura. Sendo fy= 2500,00 daN/cm2, pede-se: a) verificar a estabilidade do
componente se a pressão hidrostática aplicada vale p=400,00 daN/cm2, utilizando o critério
de von Mises; b) calcular o deslocamento na face externa do vaso, se E= 2,1x106 daN/cm2 e
υ=0,29.

SOLUÇÃO:
a) Tensão equivalente de von Mises:
1 1⁄
𝜎𝑒𝑞 = [𝜎𝜃𝜃 − 𝜎𝑟𝑟 )2 + (𝜎𝑟𝑟 − 𝜎𝑧𝑧 )2 + (𝜎𝑧𝑧 − 𝜎𝜃𝜃 )2 ] 2
√2

As tensões são dadas por:


𝑝𝑎2 𝑏2 𝑝𝑎2 𝑏2 𝑝 𝑎2
𝜎𝜃𝜃 = (𝑏2−𝑎2) (1 + 𝑟 2) ; 𝜎𝑟𝑟 = (𝑏2−𝑎2) (1 − 𝑟 2) 𝑒 𝜎𝑧𝑧 = (𝑏2 −𝑎2 )
𝑖 𝑖

Substituindo essas equações na expressão de von Misses, decorre:


𝑝2 (𝑏4 −2𝑏2 Ri2 +4Ri4 )𝑎4
𝜎𝑒𝑞 = √ ri 4 (𝑎2 −𝑏2 )2

Para ri= 15,00 cm (face interior):


400,02 (184 −2. 18,02 . 15,02 +4. 15,04 )15,04
𝜎𝑒𝑞 = √ = 𝟐𝟐𝟔𝟕, 𝟒𝟏𝟏𝟗𝟔𝟔𝟑 ≅ 𝟐𝟐𝟔𝟕, 𝟒𝟏𝟐 𝒅𝒂𝑵/𝒄𝒎𝟐
15,04 (15,02 −182 )2

Naturalmente, a tensão equivalente poderia ter sido calculada diretamente, após os


cálculos, individuais, de σθθ, σrr e σzz.
b) Verificação da estabilidade:
2500,00
𝛾 = 𝟐𝟐𝟔𝟕,𝟒𝟏𝟐 = 𝟏, 𝟏𝟎𝟐𝟓𝟖 → 10,3% ∴ estável.

c) Deslocamentos na face externa


1−𝜐 𝑃𝑎 2 𝑟𝑖 1+𝜐 𝑃𝑎 2 𝑏2
𝑢= +
𝐸 𝑏2 −𝑎 2 𝐸 𝑟𝑖 (𝑏2 −𝑎2 )

1−0,29 400,0.15,02 . 18,0 1+0,29 400,0. 15,02 18,02


𝑢 = 2,1𝑥106 18,02 −15,02
+ 2,1𝑥106 18,0(18,02−15,02) = 𝟎, 𝟎𝟏𝟓𝟓𝟖𝟒𝟒 ≅ 𝟎, 𝟎𝟏𝟔 𝐜𝐦

Os deslocamentos na face interna serão iguais a 0.0166727≅ 0.017 cm.


TEXTO PROVISÓRIO EM FASE DE REVISÃO. © LUIZ EDUARDO T. FERREIRA. DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS
11/08/2022
GNE292 – RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II 13
Professor Luiz Eduardo

EXEMPLO E1.6. Um vaso cilíndrico de aço de paredes espessas, fechado nas extremidades,
encontra-se internamente pressurizado. Sendo os raios interno e externo, a rint= 14,0 cm e
rext= 17,0 cm, respectivamente, pede-se determinar o valor da maior pressão hidrostática, p,
aplicável ao componente, em conformidade com o critério de von Mises.
Dado: fy= 4300 daN/cm2.
SOLUÇÃO
a) Tensão Circunferencial:
A máxima tensão circunferência ocorrerá na posição radial ri= a =14,0 cm, ou seja, junto
à face interna do vaso e terá valor:
𝑝𝑎2 𝑏2 𝑝.14,02 17,02
𝜎𝜃𝜃 = (𝑏2−𝑎2) (1 + 𝑟 2) = 17,02−14,02 (1,0 + 14,02)
𝑖
485,0 𝑝
𝜎𝜃𝜃 = 93,0

b) Tensão radial:
A tensão radial será compressiva, com valor modular máximo também verificado na
posição ri= a =14,0 cm e terá valor:
𝑝𝑎2 𝑏2 𝑝.14,02 17,02
𝜎𝑟𝑟 = (𝑏2−𝑎2) (1 − 𝑟 2) = 17,02−14,02 (1,0 − 14,02)
𝑖

𝜎𝑟𝑟 = −𝑝
c) Tensão axial:
Sendo o vaso fechado nas extremidades, essa tensão atuará paralelamente ao eixo
longitudinal, comprimindo os fechamentos extremos e tracionando o vaso. Ela é dada por:
𝑝 𝑎2 𝑝 14,02
𝜎𝑧𝑧 = (𝑏2 −𝑎2 )
= (17,02 −14,02 )
196𝑝
𝜎𝑧𝑧 = 93

d) Tensão equivalente de von Mises:


1 1⁄
𝜎𝑒𝑞 = [𝜎𝜃𝜃 − 𝜎𝑟𝑟 )2 + (𝜎𝑟𝑟 − 𝜎𝑧𝑧 )2 + (𝜎𝑧𝑧 − 𝜎𝜃𝜃 )2 ] 2
√2
Substituindo os valores das tensões σθθ, σrr e σzz anteriormente determinados, resulta a
seguinte equação:
289
𝜎𝑒𝑞 = 𝑝
31√3

Da aplicação da condição de projeto (σeq < fy):


289
𝑝 < 4300,0 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑞𝑢𝑒:
31√3

𝒑 < 𝟕𝟗𝟖, 𝟗𝟎𝟏 𝒅𝒂𝑵/𝒄𝒎𝟐

TEXTO PROVISÓRIO EM FASE DE REVISÃO. © LUIZ EDUARDO T. FERREIRA. DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS
11/08/2022

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