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1,1 O Cf. 1,30 e 13,1. - ClHsto é, o a.ssunto filosófico que vou em D n 11,32-35. - ~Em 2Mc, o relato do martírio de Elea-
~tar. - e
1,2 A.o colocar a prudencia na primcira fila das zar (6,18 -31) está separado daquele dos sete irrnaos e de sua
11rtudes, o autor adota a doutrina de A ristóteles e dos estoi- mie (7,1 -41). - 1,10 O E sta precisa.o indica talvez que 4~c
aJS.. - 1,4 8 C f. 2,16 ; 3,4; 3Mc 3,22; 7.3; Rm t ,29 (depra- foi composto para uma festa consagrada a comemorac;io dos
lt:f4o). - O Os v. 3-6 apresentam algumas dificuldadea. O mártires. - O O termo gr. designa as q ualidades do sábio e
llxto foi provavelmente deteriorado por ocasiao de sua trans- do hornero de bem. - 1,11 O Trata-se d a tentativa de An-
~. - 1,6 O A divisao d as virtudes que o autor adota: tíocoIV (!Me 1,10-64; 2Mc 5,11- 6,11) de impor ao povoju-
flU<léncia. justic;a, coragem e temperanr;a, remonta a Platao. e
deu a adora9io de divindades pagas. - 1,12 Esta doxolo-
Ela foi adotada pelos estoicos. Essas virtudes foram mencio- gia e a de 18,24 parecem indicar qu e o discurso foi pronun-
~ emSb 8,7. - 1,7OCf. 1,13.30; 8.28; 16.1. - 1,8 OA ciado durante uma cerimonia. - 1,17 e o termo gr. pai.deia,
tilavragr. traduzida por coragem se encontra ero Est gr 10.2; traduzido aqui por educa~. resumia toda a cultura grega.
llic .l,56; 8,2; 9,22; 10,15; 16,23; 2..Vic 14,18. - OEleaza.r é Ao unir apai.deia a Lei, o autor quer mostrar a seus ouvintes
tina das pessoas pon.ckradas do povo, cujo martirio é evocado que toda sabedoria, todo conhecimento, toda inteligencia en-
Td
QUART O L1 RO DOS MACABEUS 1719 QUARTO LIVRO DOS MACABEUS
1,17 4.1
3 pois, embora fosse jovem e no auge do vigor
vinas com reveréncia, e as humanas, coro pro- dissemos, a mente moderada pode subjugar zer sua sede com elas. 11Um desejo irracio-
DSbll.7 veito. 11As diversas formas de sabedoria sao para a rdac;:ao sexual, p~a razao dominou o as paixoes, transformar algumas e dominar nal por água que se encontrava no terrító-
a prudencia, ajustic;:a, a coragero e a tempe- aguilhao das paix6es. 4 E evidente ainda que outras. 19Por que Jacó, nosso pai muito sábio, rio do inimigo o infiamava excitando-o e
ranc;:a". 19A mais importante de todas é a pru- a razao controla nao apenas a manifestac;:ao censurou as casas de Simeao e de Levi por nao cessava de o consumir. 12Como os guar-
dencia", pois é por ela que a raza.o domina as do prazer, mas todo desejo. 5De qualquer ter assassinado de maneira irracional a na- das murmuravam contra esse desejo do rei,
paix0es. 2ºQuanto as paix0es, os dois tipos maneira, é o que diz a lei: "Nao cobic;:arás a c;:ao inteira da tribo de Siquém? E de disse: dois jovens soldados robustos que davam
mais gerais sao o prazer e a dor. Cada uma mulher de teu próximo. .. nem coisa alguma " Maldita seja sua cólera!". 20Se a razao nao prova de respeito ao desejo do rei vestiram
delas existe nao somente no corpo, mas tam- que lhe pertenc;:a". 6Efetivamente, quando ira fosse capaz de dominar a cólera, ele nao te- suas armaduras e, tendo tomado um jarro,
bém na alma". 21 É também importante o cor- a Lei nos diz para nao cobic;:ar, é muito rnais 20J7• ria fa.lado assim. 21Quando Deus formou o atravessaram as trincheiras do inirnigo.
tejo das paix6es em torno do prazer e dador. fácil para eu vos convencer de que a razao é homem, plantou nele suas paix6es e inclina- 13
Iludindo os sentinelas <liante dos portaes,
nAssim,o desejoprecedeoprazer,eogozo capaz de controlar os desejos. ~"· nMas ao mesmo tempo, acima de to- foram procurar água por todo o campo ini-
o segue. 130 medo precede a dor, e a tristeza 7lgualmente para as paix6es que se opOe:m das, entronizou a inteligencia, guia sagrado migo. 14Quando encontraram a fonte, cheios
a segue. 24A cólera é urna pai:xao comum ao ajustic;:a. Pois como alguém que em sua ma- que govema mediante os sentidosA. 23Para a de audácia tiraram a água e a levaram ao
prazer e a dor, se se pensa no que nos atinge. neira de comer é egoísta, glutiio ou bebaclo inteligencia, deu a Lei. Aquele que se con- reí. l.SMas Davi, embora estivesse coro sede
25
No prazer seencontra também urna tenden- pode ser reeducado, se nao é evidente que a duz segundo esta Lei é rei de urna realeza ardente, julgou que era um perigo terrivel
cia maliciosa que, de todas as paixOes, assume raza.o é a soberana das pai:xOes? 8Alguém é ponderada, justa, boa e corajosa. para a alma o fato de ter considerado urna
as formas mais diversas: :26naalma, jactancia, amante do dinheiro? Urna vez que se con- bebida equivalente ao sangueA. 16Eis por
amor ao dinheiro, amor a glória, rivalidade duz de acordo coro a Lei, forc;:a sua natureza A capacidade da razao para vencer as que, opondo a razao ao desejo, ele fez dessa
e ciúme; 27no corpo, voracidade, gula, glu- e empresta sem juros ciqueles que estao em paixOes - 24Talvez alguns pudessem per- bebida urna libac;:ao a Oeus. 1'Pois a inteli-
tonaria solitária. 28Assim, o prazer e a dor, necessidade, emboca esteja próximo o sé- 1.5 guntar: se a Ta.zao é soberana sobre as pai-
gencia ponderada é capaz de vencer a coac;:ao
t.Jt.! 2
como duas plantas que se enraízarnno corpo timo ano que anulará a dívida". 9Alguém x6es, por que nao comanda o esquecimento das paix0es e de apagar o fogo de sua exci-
e na alma, dao numerosos rebentos; 29a razao, é avarento? A Leí.comanda por intermédio e a ignorancia? tac;:ao. 18Triunfa tarnbém sobre os sofrimen-
da raza.o, e ele se abstém de respigar e de 'Te- 1
jardineira universal, limpa tudo ao redor de
cada um, poda, fuca, rega, irriga de diversas
rnaneiras e recupera assim a selva de inclina-
buscar após a colbeita.
Ero todo caso, podemos reconhecer que a
1i.
F 3 Essa objec;:ao é totalmente absurda. Com
efeito, é evidente que a raza.o nao domina
tos do carpo, mesmo quando sao extremos,
e, grac;:as a virtude perfeita da razao, rejeita
1'.Jt.U suas próprias paix<>es, mas as do corpo. com desprezo a tirania das paixoes.
l 1.71J, ~ e paix6es. 30A 1razao, com efeito, é o guia raza.o domina as paix6es. 10Com efeíto, a Leí 2
Ninguém pode erradicar um único de-
8,211.16.1
das virtudes e a dominadora das paix6es. controla a benevolencia para comos país: •&JUt sejo, mas a razao pode ajudar a nao se tomar
01511
A partir da ac;:ao repressiva da teroperan- impede que, por causa deles, a virtude seja • escravo dele. 3Nenhum de vós pode erradi- RELATO DOS MÁRTIRES
c;:a, considerai primeiramente que a razao é a abandonada. 11A Leí domina o amor que se car a cólera de sua alma, mas a razao pode
soberana sobre as paixoes. 31 A teroperanc;:a tero para coro a esposa: corrige suas trans- ajudar a resistir a ela. 4Ninguém pode erra- O castigo divino de Apolonio, governa-
tem poder de dominio sobre os desejos. 32Al- gressóes. 12A Lei exerce todo poder sobre o dicar a m.aüciaA, mas a razao pode ser urna dor da Síria- 19Agora o momento nos con-
guns desejos sao mentais, outros, físicos; ora amor dos filhos: castiga sua disposic;:ao para aliada para nao ceder a ela. 5A razao nao ex- vida a expor a história da razao ponderada.
a razao domina sobre ambos. 33Quando so- o mal. 13A Leí é soberana sobre a relac;:ao com tirpa as pai.xoes, mas combate-as. 20
Enquanto nossos pais desfrutavam de
mos atraídos por alimentos proibidos, como os amigos: desaprova sua perversidade. profunda paz em raza.o da obse:rv.1ncia da lei
14
conseguimos rejeitar o prazer que ddes ad- Nao penseis que grac;:as a Leí seja para- A sede do reí Davi - 6 lsso se torna mais e prosperavam tao bem que até o rei da Ásia,
vém? Nao será porquearazao é.capaz de go- doxal que a razao possa prevalecer mesmo claro quando consideramos o caso da sede Seleuco Nicanor", fornecia-lhes dinheiro pa-
vernar esse desejo de alimentos? De minha sobre o ódio, de talmaneira quenao se car- 1 :?Sm do 1reí DaviA. 7Depois de combater os es-
ra o~ do templo e reconhecia suas ins-
parte, pensoass:im. 34Quando desejamos fru- tero as -árvores frutíferas dos inimigos, que 1°'
J0.1'-31
!J.13.17.
1Cr trangeiros" durante o dia todo, e junto coro
IU>-19
tituic;:Oes, 21exatamente nessa época, alguns
2McJ.1-J
tos do mar, aves e animaís, e alimentos diver- se salvem da destruic;:ao os bens dos adver- os soldados de seu povo ter matado muitos que introduziram novidades contrárias a
sos que a Leí nos profueA, se nos abstemos, sários e que se ajudem alevantar os animais •• ddes, ªao entardecer, suado e extenuado, harmonía pública nos causaram toda espé-
ZJ.4-!I;
é em razao do poder dominador da razao. que caíram. Dt&M chegou a tenda real em torno da qual todo o cie de infortúnios.
35
Com efeito, controlada pela mente comedi- l 5Pode-se demonstrar também que ara- exército de nossos antepassados tinha acam- 1
da, cessa a paixao do apetite, e todos os im-
pulsos do corpo sao refreados pela razao.
zao controla até as paixoes mais violentas,
o amor ao poder, a vaidade, a arrogcincia, o
pado. 'YI"odos os outros estavam jantando.
10
4 Üra, certo Sima.o" se opunha a Onias,
que era entao sumo sacerdote vitalicio,
Extremamente sedento, e apesar de ter homem do mais alto mérito8 . Quando no-
r 2Mc3.1
orgulho, o ciúme. 16Urna mente ponderada fontes abundantes, o rei nao podia satisfa- tou que, apesar de todos os tipos de calúnia,
A Lei nao se OpOe arazao - 1Por que
2 se admirar se os desejos da alma por se
unir com a beleza perdem sua forc;:a? 2 Por
rejeita essas pai:xoes maliciosas". e igual-
mente a cólera, porque tarnbém é soberana
sobre ela. 17Quando se irritou com Datan •= ~tor para justificar sua tese. - 2,21 O Para o autor, as pai- Septuaginta, o termo traduzido aqui por estrangerros designa
Gn esse motivo, o prudente 1José é elogiado por- e Abiran, Moisés nada lhes fez corn cólera, : . .· IOes foramdadas por Deus na cr:iacrio: cf. também 4Esd 3,21 os filisteus (cf. Gn 2t32 oota). - 3,15 O O autor arnen.i.zou o
2,22 E.lA ideiadeque tudochega ainteligencia so-
39.1·20
que, grac;:as a reflexao, subjugou a luxúria, mas a apaziguou grac;:as a raza.o•. 18Como OOta. - propósito deDavi em 2Sm 23,17 LXX: &berei eu o sangue des-
lllenre mediante os sentidos é conforme a filosofia estoica. - tes homens que arriscaram suas vidas?- 3,20 O Trata-se de
3:4.G CT. 1,4 oota. - 3,6 0 Aversaoque4Mcdádesseepi- Seleuco IVFilópator, que corn~u a reinar em 187 e a quem
llidio da vida de Davidifere daquelasde 2Sm 23,13 -17 e tCr sucedeu Anóoco IV Epitanio (175-164). 4Mc nomeia errada-
contrasuaorige:mnaLei (cf. r 24,23-25). - 1,18 BCf.1,6. Lv 11,t -3e Dt14,3-20. - 2,8 eAJusaoprovávelao-= 11,15-19. O autor embelezou alguns detalhes. A expressao de mente o rei Seleuco Nicanor; este era urn dos genera.is de Ale-
que apresenta uma ordem diferente, e a nota. - 1,19 O Cf. bático (Dt 15,1-18) antesqueao ano dojubileu ( Lv25! ZSm 23,15 LXX. Davifoi tomado de um cksejo, sem dúvida xandre e o fundador da dinastia seléucida (305-281). O v. 20
1,2 nota. - 1,20 O O dualismo carpo-alma expresso neste - 2,16 0Cf.1,4nota. - 2,17 OEmNml~~é~ .. dtu-lhe a ideia desse deseovolv:imento sobre o desejo, termo é um resumo de 2Mc 3,1-3. - 4,1 e Preboste do Templo se-
contexto é de inspiracrio filosófica platónica. - 1,34 OCf. 'Moisés apaziguou sua cólera. Esse trecho f01 aJuni.do qtlevolta quatro vezes em tres v. (v. 11.12.16). - 3,7 O Na gundo 2Mc 3,4. - 0 Onias lll. filho de SimaoIl. denunciado
4.1 QüARTO LJ\I RO DO MACABEUS Q UARTO LJ VRO DO MACABEUS 5 ,37
14
foi incapaz de prejuclicar Onias aos albos Onias orou por ele. Salvo milagrosamen- se maotinham armados, o tirano Antíoco 2or- a nosso eotendimento acerca da piedade.
do pavo, fugiu do país com o propósito de te, Apolónio foi informar ao rei o que tinha denou aos guardas que trouxessem cadaju- 19
Portanto, nao creio que seria urna falta leve
2
i !.M e trair sua pátria. Foiao encontro de Apoló-
1 acontecido com ele. deu e os forc;assem a comer carne de parco e se coméssemos alimentos impuros, 2ºporque
10,69;
nio, govemador da íria•, Fenícia e Cilicia, 11c.ar'- alimentos sacrificados aos ídolos; 3se algurtS transgreclir a Lei em matéria de pequenas e
2Mc 3.5.
• .1-6 e clisse: 3 "Porque tenho muito zelo pelos ne- As medidas tomadas por Ant:íoco contra recusassem comer alimentos impuros, se- grandes faltas é igualmente grave: 21em qual-
gócios do rei, venho vos informar que mi- os judeus- 15Quando o reí Seleuco morreu, riam condenados amorte e entregues ªº su- quer caso, a Lei é desprezada do llmesroo • T1 2.IO
lh0es que pertencem a particulares foram seu filhoA Antíoco Epífanes assurniu o trooo. plicio da roda. 4Muitas pessoas foram deti- modo. 22Voce zomba de nossa filosofia. como
depositados no tesauro de JerusaJém•; nad~ Era um hornero arrogante e ~terrível. 16 Des- das, e o primeiro do grupo, um homern cha-
~~ se, grai;as a ela, nao vivessemos segundo a
tendo a ver coro o templo, pertencem ao rei tituiu Onias do pontificado soberano e esta- s.u~1 mado EleazarA, foitrazido perante Antíoco; razao. 23Entretanto, elanos ensina a tempe-
Seleuco". • Após ser informado desses fatos, beleceu como sumo sacerdote 'lJasao, seu ir- 2Wc era de familia sacerdotal, instruido no conbe- ranc;a, que nos permite comandar todos os
Apolónio louvou imao pelasolicitude para mao, 17que pactuara, caso lhe fosse conferido 4.7-10 i :.\k6.l& cimento da Leí, de idade avaoc;ada e conhe- desejos e todos os prazeres, e ela nos exercita
como rei, foi até Seleuco e o inforroou desse tal cargo, pagar 3.660 ta1entos• anuais ao rei. cido de muitas pessoas da corte do tirano. na coragem, de modo que possamos supor-
5
tesauro de dinheiro. 5 Ao receber plenos po- is Antíoco concecleu-lhe ser sumo sacerdote e Quando Antíoco o viu, disseA: 6''Antes tar voluntariamente qualquer sofrimento;
deres para esse negócio, dirigiu-se rapida- também govemante do pavo. 19Jasao mudou de comec;ar a torturar-te, meu velho, queria 24
ela nos educa para a justic;:a, de maneira a
mente a nossa pátriacomo maldito Simao e a forma de viver do povo e dirigiu suacondu- aconselhar-te a comer carne de parco e as- praticar a equidade em nossos comporta-
urna forera militar muito forteA. 6 Ao chegar, ta em total vio~ da Lei; Wnao somente simsalvar sua vida. 7Respeito tua idade e os mentos, quaisquer que sejam nossas dispo-
declarou que vinha por ordem do rei para construiu um ginásio na propria acrópole de cabelos brancas• que.tens desde muito tem- sii;oes; ela nos ensina a piedade, demaneira
confiscar o dinheiro dos particulares depo- nossa pátriaA, mas também suprimiu o ser- :zw. po, mas uma vez que observas as práticas dos a honrar magni.6.camente o único Deus que
4Jl-311
sitado no templo. 7 A essas palavras, o pavo ví~ do templo. 2 1Irritada por esses ates, a jus- judeus, nao me pareces ser um filósofo. 'Por existe. 25Portanto, eis a razao pela qual nao
se irritou e protestou, considerando que se- tic;:a clivina incitou Antíoco a combater con- que detestas comer a excelente carne deste comemos alimentos impuros, porque, ao
ria ultrajante espoliar aqueles que tinham tra eles. 22Pois, quando estava em guerra no animal que a oatu:reza nos doou ? 9 Com efei- crer que Deus estabeleceu a Leí, sabemos
confiado seus depósitos ao tesauro sagra- Egito contra PtolomeuA, Antíoco ouviu um to, é insensato.nao apreciarprazeres inocen- que o Criador do mundo, dando-nos esta
do, e fizeram tudo que pocliam para impe- rumor de que o boato de sua marte se espa- tes e é uma injustic;a rejeitar os dons da oa- Lei, a conformou anossa oatureza. 26Ele nos
dir isso. ªMas, proferindo am~. Apoló- lbara e de que o pavo de Jerusalém se alegrou tureza. 10Parece-me que te comportas de permitiu comer o que é adequado para nos-
nio se clirigiu ao templo. 9 0s sacerdotes•, as muito por isso; rapidarnente marchou contra maneira ainda mais sem sentido se, ademais sas almas, ~ o q ue é contrário a ela, no-Jo
mulheres e as crianc;as estavam no templo, eles 23e, quando os assolou, emitiu um decre- de tuas opini0es erróneas sobre a verdade, 1
p roibiu. Z7E, tiranico COOStranger-nos nao SÓ 11...
suplicando a D eus para proteger o lugar sa- to segundo o qual aqueles flagrados obser- me desprezas a custa de teu proprio sofri- a transgreclir a Lei, mas tambéro a comer 11.1.23
grado que ia ser profartado. 18Quando Apo- vando a Le:i de seus pais seriam punidos com mento. " Nao vaís despertar: das tolices de alimentos impuros que abominamos para
lónio avan~u coro suas foreras armadas para amorte. 24 Mas por seus decretos nao ful ca- tua filosofia e abandonar os disparates de ridicularizar-nos. 28Mas, a respe:i.to desse es-
apoderar-se do dinheiro, apareceram do céu paz de acabar com a fidelidade do pavo aLei; teus raciocinios? Com mentalidade digna camecimento, nao rirás aminha custa, 29pois
2Mc P anjos montados em cavalos, com clarOes de pelo contrário, notava que suas ameac;as e de tua idade, nao vais adatar a verdadeira fi.- nao transgredirei os juramentos sagrados de
25
3,25-26;
luz irradiando de suas armas, incutindo- puni~ eram totalmenteineficazes; 00u- losofia daquilo que é proveitoso? 12Nao vais meus antepassados de observar a Lei, 30nem
3.\ic6.t8
lhes grande temor e terror. 11 Caindo quase ve até mullieres que eram precipitadas do saudar minha exorta~o benevolente e ter mesmo se me arrancares os albos e queima-
morto no pátio dos gentíos•, Apolónio es- alto das muralhas com seus recém-nascidos, piedade de tua velhice? 13Pensa, de verdade, res minbas entranhas. 31Nao sou tao velho,
tendeu as maos para o céu e coro lágrimas porque, embora soubessem qual seria sua que, se houver algum poder que vele por tuas nem tao covarde, para que minharazao nao
suplicou aos hebreus que 'rezassem por ele e sorte, elas os haviam feito circuncidar. práticas, ele te perdoaria toda transgressao tenha mais o vigor de sua juventude para
que lhe tomassem favorável o exército celes- 26 Uma vez que seus decretos eram des- feita sob ~0A". defender a piedade. 32A vista do acorrido,
tial. l 2Ele pecara, dizia, e tao gravemente que prezados pelo pavo, por meio de torturas o m 14
Quando o tirano o obrigou a comer car- prepara as rodas e ativa o fago mais intensa-
merecia amarte, mas se fosse salvo, louvaria tentou abrigar cada membro do pavo a.caner ne ilegal, Eleazar pecliu a palavra. 150btida a mente. 33 ao terei piedade de minha velhice,
aquele lugar sagrado peranteo pavo intei:ro. alimentos impuros e a ~jurar o judaísmo. 1Ut-ll 1Mo pennissaoyara falar, comegm assim seu dis- a ponto de abolir pessoalmente a Lei de
13 Comovido por estas palavras, e receando 41-6' curso: 16''0 Antíoco, persuadidos a viver se- meus país. 34Ó Lei que me educas'", jamais
gundo urna L.ei divina, pensamos que nao
que o rei Seleuco pensasse que Apolónio te-
ria sido eliminado por um compló humano
e nao pelajustis:a divina, o sumo sacerdote
5 Eleaza.r diante de A.ntíoco - 'Sentan-
do-se com seus conselheiros em um lu-
gar elevacfoA, e rodeado de seus soldados que
há compulsao alguma mais forte que a da
obediencia a nossa Leí. 17 Assim, conside-
mentireinem te abjurarei, amo tua tempe-
rani;a. 35Ó razao filosófica, nao me envergo-
nharei de ti f Honorável sacerdócio e conhe-
ramos digno nao a transgredir de maneira cimento da Lei, nao VOS t:enegarei ! 36Voce
alguma. "Mesmo que nossa lei nao fosse nao manchará minha boca de velho venerá-
- 4,15 OAntíooo nioera filho deSeleuco IVFtlópdor•. - realmente clivina, como voce supoe, e que ve~ nem todos esses anos de urna ...Oda con-
aApolonio por Simáo (2M c 3,1-7; 4,1-6}, assassinado por An-
dronico por ordem de Menelau (2Mc 4,30-35}. - 4,2 e Em seu irmao. - 4,17 O Segundo 2Mc 4.8-9, Jasao pa¡p1a» somente nós a estimássemos divina, nem forme a Lei. 37Meus país me acolherao como
2Mc 3,5, ApolOnio é gm"Unador da Celessíria e da Fenícia, e tioco trezentos e ses.sent4 talen ros de prata e oiterd4 ,.,_... assim jamais nos seria permitido renunciar puro, eu que nao temi tuas ameac;as mesmo
em lMc 10,69, é apenas govemador da Celessíria. - 4,3 e o retirar sobre qualquer outra mtrada; aJém disso. • ~
tesouro do Templo desempenhava papel .de banco privado. mete\! a pagar cento uinquenttLoutros talentos. -4,21
- 4,5 BEm 2M c3,7-34, éEliodoro, ministrode Seleuco, que prepos~o em revela a ignorancia~ autor~~·
oonduz a expedii;io. O autor de 4Mc resume os desenvolvi- pografia de Jerus~ . 2Mc 4,1 2 ~1.Zque o ~~ IÍtuar o suplício (d ..Introd. a t e 2M c). - 5,4 e Cf. 3Mc 6,1 t:Iadii;io judaica (Talmud de Babi.IOnia, Sanhedrin 74a) codi-
mentos de 2Mc 3,7-23. - 4,9 OOutro texto: os ancúios. -
4,11 e o pátio dos gentios era urna quadra que representa.va
pelo menos wn ~da superficie total do Templodejeru-
truido ao pé da cidadela (denommada também l'tlnur-~
- 4,.2 2 OPtolomeu VI Filometor (180-145 a.C.);
1,16-19. - 5,1 Olnformai;iomuito~do_l~do___...
e!.:: ~ - 5,5 e Este discurso (v. 5-13), como o de Eleazar
~ ~4-38), está ausente em 2M c 6,18-3L - 5,7 Q Para Gre-
~ 1 azianuno (Discurso XV, 3), os cabelos brancos de
ficará.a conduta a se ter em caso de~ de martirio. Sob
a am~ de marte, peana.ne<%m tres interditos: idolatria,
adultério e assassinato. - 5,34 ea Gl 3,24 nota. Paulo
salém. E raacessível a todos (cf. mapa O Templod.e]eTWlllém). rio. 2 e 4M c nao oferecem nenhum Olltro mdício que.--- ~sao um indicio claro de sua sabedoria. - 5,13 O.A chama a L ei de nossa supervisora .
- 5 ,37 QUARTO LIVRO DOS MACABEU 1783
QUARTO LfVRO DOS l.fACABEU
8,7
das paix<>es. 2'f orturado pelas amea~as do ti-
31
até a morteA. Exercerás a tirania sobre os de até a velhice, e que guardamos nossa re-
ímpios, mas nao te tornarás senhor demeus putac;ao vivendo segundo a Lei, mudássemos rano e subrnerso pelas ondas das t.orturas Jde ~ueles que, com todo corar;ao, cuidam da
pensamentos em favor da piedade, nem por agora; 19seríamos um modelo de impiedade modo algum deixou 0 governo da ~ piedade, ~ sao os únicos capazes de domi-
tuas palavras, nem por teus ato!>"". para os jovens, tornando-nos_ um exemplo
por comer alimentos impuros. 20Seria uma
:té que atrac?u no port.o da vitória irnorta1'. dos
1:'1enhuma odade sitiada com numerosas e
nar as paJXoes da carne, J9pois sao persuadi-
de que em Deusnao morrem , como nao _
Martirio de Eleazar - 1Após esta morrer:am nossos patriarcas Abraao Isaac
6 resposta eloquente de Eleazar as exor-
~ do tirano, os guardas que estavam de
vergonha acrescentarmos um pouco de tem-
po a nossa vida, para serrnos durante esse
tempo motivo de zombaria de todos por
diversas máquinas de guerra jamais resistiu
como este homem perfeitameote santo. Sua Jacó: ~ue vivero para DeusA. zºNao .há con~ 16.25
tra~o, portant.o, no fato de que algumas
santa alma consumida pelo fogo, pelos gol-
pé o conduziram brutalment.e para os instru- causa dessacovardia; 21seríamos desprezados pes e pelas torturas venceu os assediadores ~ parecem ser dominadas por suas pai-
ment.os de t.ortura. 2Primeiramente despoja- pelo tirano como covardes, porque nao tería- grac;as a raza.o, o escudo da piedade. SEsta- 2 xoes por causa da fraqueza de sua razao
ram de suas roupas o velho homem, sempre mos defendido nossa Lei divina até a mor- 'Uma pessoa que vive como filósofo~
bdecendo sua reBexao como um rochedo es-
orna.do coma beleza de sua piedade; 3depois te. 22Portanto, ó filhos de Abraao, morrereia a regra de toda a filosofia, que ere em Deus
carpad?, nosso pai Eleazar quebrou as on- 22
de ter amarrado seus ~. um de cada lado, nobremente pela causa da piedade! 23E vós, das furiosas das pai:xOes. que co~ece a felicidade de suportar qual~
o as;oitaram. 4"0bedecei as ordens do rei! ", guardas do tirano, 1por que demorais? ". 1 9J; 66 sacerdote digno do sacerdócio, nao quer sofrimento pela virtude, nao seria ca-
gritava do outrolado um arauto. 5Mas o ge- 24 Quando o viram tao nobre de espírito 2Mt1..
manchaste teus dentes sagrados, nem pro- p~ de d~ar as paixaes com a ajuda da
neroso e muito nobre Eleazar, como se esti- diante das ameac;as, e de modo algurn aba- fanaste com alimentos impuros as entranhas p~e~ade? S:om efeito, somente 0 homem
lado pela compa.ixao deles, os guardas o Je. sáb10 e corajoso é senhor das paixaes.
vesse sendo torturado apenas em sonho, nao ~e acolheram a piedade e a purificas:;foA.
estava de maneira alguma abalado. 6Com
n1u 1.ss os olhos levantados para o céu, o velho ho-
varam ao fugo. 25Lá o jogaram, queimando-o
com instrumentos refinados e derramando-
? tu que ~stás ~ han:J?.onia coma Lei, fi-
8 Martirio dos seteirmaos - 'Essa é a
losofo da vida d:ivma! ªE assim que devem
mern abandooava aos ac;oites suas carnes lhe misturas fétidas em suas narinas. 26Já sei: o_s defensores da Lei, protegendo-a das naram razao_pela qual adolescentes que se tor-
dilaceradas; o sangue escorria, e seus flan- exaurido até os ossos e prestes a expirar, le- paixoes coro seu próprio sangue e seu nobre filósofos gra~as a raza.o devota domi-
cos estavarn cobertos de feridas. 7Ele caiu vantou os olhos paraDeus e disse: 27"Tu sa- ruu:am
suor até a i;norte. 9Tu, ó pai. por tua perseve- t.o~entos ainda mais cruéis. 2 Com
no chao, e seu_corpo nao suportava mais so- bes, ó Deus, que eu podia me salvar, mas ~~ glonosa, fortalecest.e nossa fidelidade ~· ~epois que em sua primeira tentativa
&imentos; ainda assim mantinba a razao morro por causa daLei, torturado pelo fugo! a Le1 e, ~do com gravidade, nao aboliste ~a sido derrotado publicamente, sendo
no.ssos ntos; por tuas a~0es. tomaste credí- mcapaz. de forc;ar um anciao a comer ali-
21
sensata e inflexível. 8 Um guarda cruel da- Tem misericórdia de teu povo, e1ica satis-
va-lhe pontapés nos flancos para que se le- feito como nosso castigo para eleA. 29Faz.e v~s tuas palavras sobre tua divina filosofia
mentos 1D1puros, o tirano ordenou veemen-
vantasse quando caía nova.mente; 9mas ele que meu sangue o purifique e receba minba 'ºO anci~ mais forte que as t.orturas hon~ ten:iente que outros hebreus fossem levados
suportava as dores, desprezava as ameac;as alma como penhor de sua alma". 30Depoia rarlo ancrao, :maiseoérgico que ofugo ~so ~t:Iv~: se comessem alimentos impuros, se-
e resistia aos maus-tratos; 'ºrecebendo os que disse essas palavras, o santo homern berano sobre as paixaes Eleazarl ' nam liberados, mas se recusassem seriam
golpes como um atleta nobre, o velho ho- morreu nobrei:nente nas torturas e. g~ x,,, "E taro ' . torturados mais cruelmente. '
i;;1-1.; xa ente como nosso pai Aarao, ar- 3
mern triunfavade seus torturadores. ucom a razio, resistía aos tormentos até a marte mado de tunbulo, atravessou a multidao e Depois que o tirano acabou de dar essas
o rosto banhado em suor e ofegando ruido- por amor a Lei. venceu o anjo de fogoA, uassim Eleazar des- o~dens, for:am trazidos a ele sete irmaos bo- 2Mc
samente, EJeazar era admirado por seus tor- cendente de .Aarao, consumido pelo f-~ rutos, J?Ud1cos, de nobre familia e encanta-7,1~1
turadores por sua coragem. Elogio de Eleazar - 31 De comurn acordo. ~aneceu unpassível em sua raza.o. •3Mas
-50,
d?res, JUil~ente com sua mae idosa. •Ao
12
.Entao, seja por compaixao pela suaidade afirmamos que a raza.o devota é soberana ve-los rewudos em torno de sua :miie como
º .IDaIS adrnirável é que este anciao, cuja ener-
11 5,4 avaoc;ada, 13seja por simpatía porque se co- sobre as paixoes. 32 Com efeito, se as pai- gia corporal já estava quebrantada, os mús- em u.m coro, ele se alegrou asua vista e, to-
nbeciam, seja por~ de sua forc;a de xoes tivessem dominado a razio, atestaría- culos afrouxados, os nervos e~~---...:do cad~ pela bela aparencia e nobreza deles,
t . ~~~ ~ sornu p~ eles;, Depois chamou-os para
alma, alguns cortesaes do rei se aproxima- mos sua vitória. 33Mas, urna vez que a razio ~mou-se JOVem 14em espírito grac;as a ra-
ram dele e disseram: W'Eleazar, por que te venceu as paixaes, deve- se atribuir a ela o zao. E por suarazao semelhante a de lsaacA pert':> e disseA: 5 Jovens, che:io de bondade
destróis tao irracionalment.e dessa maneira? poder de governá-las. 34É justo reconhecer tornou ifnpotentes as várias formas de tor~ admiro cada um de voces, estimo especial-
que a soberania pertence a razao, urna wz tura. 0 aben~ velhicel Ó veneráveis me~te a beleza de tal número de irmaos.
15 15
Nós te apresen.taremos alimentos cozidos;
U2Mc salva-te fingindo comer carne de porco! "- que ela domina até os sofrimentos externos. Assun, nao só vos aconselho a nao cair na
cabelos brancos! O vida conforme a Le:i que
6.21·22
16Mas Eleazar, como se fosse torturado 3
5Pois também é ridícuJoA ... E eu demona· o selo fiel da morte ~~-'eimnu 1 mesma loucura que o velbo que acaba de ser
ainda mais cruelmente por esse conselho, tro nao só que a razio vence os sofrimentos,
•6s ~.. r - - · l?~do, mas também vos exorto a nao re-
e, po:tant.o, um anciao desprezou as
gritou: 17 "Nao! Longe de nós urn pensamen- mas também que domina os prazeres e nio torturas ate a morte por causa da piedade s~st:tr e a desfrutar de minha amizadeA. 6As-
to tao abominável; nós, filhos de Abraao•, se deixa dominar por eles. devemos reconhecer que arazao devota go~ sun como posso punir aqueles que deso-
bedec~ minhas ordens, techo 0 poder de
nao iremos representar urna comédiaindigna
de nós. 18Corn efeito, seria irracional se nós,
que vivemos emconformidade coma venia-
7 'Como excelente piloto, de fato a razio
de nosso pai Eleazar, que tinha o Jeme
do barco da.piedade, navegou pelo vasto mar
~a ~s paixóes. ''Mas alguns certamente
dirao: Nem todos dominam as pa.ixóes, pois ~efic_rar aqueles que me obedecem. 7Con-
nem todos possuem a raza.o prudente". 'ªMas
fiai, polS, em mim, e recebereis cargos emi-
nentes em meu governo se renunciardes a
~o da virtude e inimigo da humamdade, pudeste tranger a comer a.li.Inentos impuros, nao e a morree, acrescentou: 1"''Nao vou ser deser- para aqueles que transgridem o mandamen-
0 que fizemos para que nos maltrates ~essa um fracasso total para ti? 26Teu fogo é frio tor da bravura• de meus irmaos. 17lnvoco o to deDeus. 16Por isso, vistamos novamente..a
maneira? sSerá porque honramos o Cnador para nós, as catapultas sao indolores, e tua Deus de meus pais para que seja propício ao armadura do domínio das paix6es que ua-
de todas as coisas e vivemos de acordo_com violencia é impotente. 27Guardas nos prote- nosso povo•. 11Quanto a ti, ele te castigará zao divina nos dá. 17Mortos, seremos acolbi-
sua virtuosa Leí? •Mas tais ai;Oes sao dignas geram, nao aqueles de um tirano, mas aq~ nesta vida presente e após tua morte". 19Pro- dos por Ahraao, Isaac e Jacó, e todos os pais
de louvores, e nao de torturaS, 7se compreen- les da Leí divina. Eis por que a nossa razao ferida essa imprecai;ao, ele selan~u na cal- nos louvaraoA". 18E a cada uro dos innaos
desses os sentimentos humanos e se~ deira e entregou sua alma.. que era levado, os que permaneciam,diziam:
permanece invencível ".
ses a salva<;3.o de Deus. ªMas, estrarigeiro "Nao nos desonres, irmao, e nao traias os:ir-
para Deus, persegu~_aqueles ~e honram a Elogio dos se.te mártires - 1Já que
Deus". 9Enquanto dizia essas coISaS, os _guar-
das amarraram-no e arrastaram-no ate a ca-
Martirio d o sétimo irmiio -
12
1 Quando este também morreu de 13 os sete irmaos desprezaram as dores
até a morte, reconbece-se, portanto, univer-
maos que morreram antes de n ós".
19Nao ignorais a for~ do amor fraterno 17,22:9,2-4;
3Mc5.JO;
que a divina e sapientíssima providencia le- Sb 14.J
forma abenyoada, tendo sido lanc;:a~o em
tapulta. 1ºAmarraram-no dejoelbos, fi.xan- um caldeirao, o sétimo irrnao, o mais Jovem
do-o nela com grilh6es de ferr_o, torc~ de todos, se apresentou•. 2Q tirano teve ~
seus rins para trás nas pontas circulares ate na dele, embora tivesse sido d~ente in-
ficar totalmente estendido e inclinado para sultado por seus irmaos. Vendo-o Jª envolto mae ao grupo de seus filhos. - 12,5 O Título honorífico, cf. tem aqui; cf. Le 21,13 nota.-12,17 O Cf. 6,28-29 e 17,22.
trás como um escorpiao, e seus membros fo- 8,5; 3Mc 2,23 nota. - 12,6 O Outro texto: ele (Antíoco) leria Em 2M c 7,32-33.37-38. o mais jovem dos in.naos afuma igual-
~dela. - 12,7 O A língua hebraica designa sem dúvida mente que ele e seus irmaos sofrem pelos pecados do povo. -
0 uam., como em At 21,40; 22,2; 26.14. - 12,16 BOutro 13,12 O Cf. Gn 22.J>ela submissaoa vontadedeseu pai, lsaac
talidade/castigo ete.m<>; cf. 9.22. - 12,1 ~Em 2~7,n: ltlto: testemunho de rne:us irnuios. 1 'o NT esta palavra ainda torna-se o tipo d o mártir voluntário. Mais adiante, Abraao
10 11 o A diferencra de 2Mc 7,14, que exprimia ~ ~~c;ao 0 relato da morte do mais jovem é. precedido do cli91*W ~temo sentido de mmtírio ou de testnnunho pelo .sangue que serámodelo de fé (cf. 15,2 ). - 13,17 O Cf. 5,37.
~surreic;a<>/nao ressurreic;lio. aqui se evoca a oposicrao tmor-
tí89 QlL-\.RTO LNRO DOS ~1ACABEUS 16.3
QUARTO LIVRO DO MACABEUS
13.19 9Mesmo agora estremecemos ao ouvir as
maneira eu poderia expressar o amor apaixo- d~mo~ que se apraximava. 20Sob teu olhar
gou por meio dos pais entre aqueles que eles torturas desses joveosA; mas eles nao so- nado dos pais por seus filhos? Sobre a tenra dissolv1am as carnes de teus filhos decepa-
geraram. e que ela implantou no seio ma- mente viam. nao apenas ouviam as ameac;as ~eza da ~an~. imprimimos a serne- vam seusmemh.ros, escalpelavam' suas ca-
terno. 20 Aí os rrmaos habitam durante igual instantes pronunciadas contra eles, mas, ~ maravilhosa de nossa alma e de nosso be<yas, lanc;:av'.11ll por terra seus cadáveres ;
periodo; modelados nesse mesmo tempo, além de sofrerem os tormentos, suportavam carpo, sobretudo as maes que, ero razao das vendo a multidao no lugar das tortur d
a:escem pelo mesmo sangue e sao conduzi- com coragem as dores atrozes provocadas dores do parto, estao unidas mais intima- teus filhos, nao derramaste lágrimas as e
dos a maturidade pelo mesmo principio de pelo fogo. 10Há algo mais doloroso? O po- men:e que os país ~m os seres que elas de- d Nemas
21
. melodias das sereias,
· nema · can-
vida 21 E.m seguida. nascem depois do mes- der do fogo, veloz e intenSO. dissolve rapida- ~ a luz. 5Com efeito, quanto mais asmaes to ?s osnes atraíam tanto a aten<;:ao de seus
mo tempo e sao alimentados pelas mesmas tero ª alma frágil e sao prolíficas muito mais ouvmtes quanto a voz dos jovens tortura-
fontes; desses elos se alimentam as almas fra..
mente os corpos. an:am seusfilhos. 6Mas, de tochs as maes, a
mae dos sete filhos é a que mais amou .
dos ~do poc suamae. 22Quao grandes
ternas. 22Crescem cada dia nutridos a mes- Martírio e elogio da mie - L1Entretanto, e múltiplos tormentos sofreu a mae quan-
ma mesa; submetidos aos mesmos hábitos nao considerai algo extraordinário que, entre as sete gestac;:oes lhe haviam impl~= do seus filhos eram torturados na roda e no
cotidianos, recehem a mesma edu.cai;:ao e se oshomens. a razao tenha prevalecido sobre profun~a ternura para coro eles. 7Por causa f~o. llMas, em meio aos sofrimentos, ara-
exercitam na Lei de Deus. DPortanto, se o as torturas. urna vez que o espírito de urna das mw~ dores no parto de cada um, tinha zao devota fortaleceu-a a ponto de desconsi-
amor fraterno é forte, os sete innaos tinham mulher t:ambém desprezou os mais dive.r.;os necessanamente compaixao por eles, 'mas, derar um amor materno temporário. HEm:.
uns pelos outros um amor ainda mais forte. sofrimentos. 12Com efeito. a mae dos sete jo- por ca_usa do temor de Deus, desprezou a hora test.em~asse ad~ de sete fi-
24lnstruídos na mesma Lei, exercitando-se :iaJva~o temporária de seus filhos. 9Nao só lhos e asofi.sticac;:ao dos vários instrumentos
vens suportou as torturaS infligidas a cada ISso, mas ero .razao da virtude perfeita de de tortura, a venerávelmaeignorou tudo por
nas mesmas virtudes, educados juntos em uro de seus filhos. 13Q bservai como é múlti-
urna vida justa, eles se amavam ainda mais. plo o amor materno por seus filhos: isso nos seus filhos e de sua obediencia a Lei, sentia causa de sua fé em Deus. 2seom efeito, como
25 0 zelo comum pela virtude perfeita forti-
por el~ uma ternura ainda maior, 1oporque em. uro tribunal, ela via em sua alma conse-
faz reftetir a respeito das emoc;:Oes mais re-
6.cava sua afei~o mútua e sua concórdia, cónditas. 14Mesmo os animais irracionais rem ei:am J~tos'. moderados, corajosos, magna- lherros terrivei_s, a natureza, a familia, 0 amor:
-
2"pois a piedade tomava seu amor fraterno
rumos ' umdos pelo amor fraterno e ama- materno e os lllStrumentos que torturavam
o mesmo amor e a mesma ternura por seus 6-
ainda mais fervoroso. 27Todavia. sebem que lhotes. 15 Entre as aves, as domesticadas pm- vam sua mae a .p onto de lbe obedecer guar- seus filhos; 26essa mae segurava dais seixos
a for~ de seu amor fraterno tenha sido au- tegem seus filhotes construindo seusninboe dando os prec:eJ.tos da Lei até a marte um para a morte e outro para a sal~ &
uNo entan~o, por mais numerosos . q ue
mentada pela natureza, pela vida comum e debaixo dos telbados das casas. 160utras se
fossem o&motrvos do amor materno q ue le-
seus filhos. 27Elanao
. escolheu urna sal~
que preservana seus sete filhos por pouco
..-o ~ I
pela prática da virtude, foi por causa da pie- reproduzem e se protegein dos agressores ~
dade que os irmaos que ainda viviam supor- construindo seusninhos no cimo dasmonta- vavam es~a roa~ aternura, para nenbum de- tempo, 28mas, como filha do piedoso Abraao
tavam olhar seus irmaos maltratadosA e tor- nbas. nas escarpas abruptas dos precipicios, les as mats vanadas torturas nao puderam l~rou~se de.sua constáncia•. 296 mae ~
turados até a roorte. mudar a razao. UEm vezdisso, individual- nac;:ao, ':'ln!!adora da Lei e protetora da pie-
nas cavidades e sobre as ramas das árvores. mente ~ a todos juntos a mae exortava seus
1Ademais, eles se encorajavam a so- ~de;oVJto.n~sa dalata íntima de seu cora-
17M.as se nao os podem afastar. na angústia
14 frer a tortura, de tal maneira que nao da ternura voam ero círculo ao redor dos fi..
semente. desprezavam os sofrimentos, mas lbotes, chamando-os em sua própria lingua-
filhos a morte por causa da piedade. n6
~ta natureza, amor dos país, ternura filial,
c;:ao! O ~~obre que os varóes por tua
f<;>rc;:a. ~ais viril que os bomens por tua re-
também dominavam as paixoes do amor gem e os socorrendo na medida do possível cUldados da educac;:ao e indomável paixao SISteneta! ltComo a "arca de Noé, que carre- Gn
maternalJ 14Um por um• esta m·ae ve seus
filh A gava OJnundo emmeio ao dilúvio universal 6.1H19
fraterno. 11Mas que necessidade ternos de demons-
2 6 razao mais soberana que os reis, mais o~ tortui:1dos e queimados, mas perma- enfrentou intrepidamente as ondas l2assº '
3
trar o amor da mae pelos filhos mediante
livre que os bomens livres1 Ó santa e har- o exemplo dos animais irracionais por seus n~e mabalavel por causa da piedade. isEla tu, ª guardia da Lei, completam~te :-
moniosa concórdia dos sete irmaos pela pie- filhotes, 19uma vez que as abelhas. na hora ve as carnes de seus filhos consumidas pelo ~ersa no dilúvio das paixóes e nos ventos
dadeAI 4 Nenhum desses sete jovens se aco- de fazer o favo de mel, rechac;:am os que se fago, os_dedos dos seus pés e maos palpitar vtolentos - as torturas de teus filhos - .co~
5 pelo. chao, e as carnes de suas ~ -h,.,.,..~ ateo
' portando-te nobremente, suportaste as tem-
vardou ou teve medo da morte, mas todos aproximam de suas colmeias e as defendem
qu~o expostas como máscaras pestades por causa da piedade.
eles, como se corressem para o caminho da até amarte, e como urna espada atingem os
imortafulade, se apressavam a morrer pelas agressores coro seuferrao? 20Mas o amor por
torturas. 6Com efeito, assim como as maos seus filhos nao abalou a mae desses jovens,
16Q - .
. . mae provada agora por dores mais
crueis que as dores d e parto que sofreu por
16 1Se. pois, uma mulher de idade avan-
~dae mae de sete filhos suportou ve-
e os pés se movem de acordo coro as direti- sua alma era semelhante adeAbraaoA. eles! n() mulbe.r, única entre as mullieres los torturados até a morte, devernos convir
vas da alma, da mesma maneira esses santos 1Ó razao. tirana principal sobre as pai-
qu.e des!e .ªº mundo a piedade perfeita! 11c) ~e a raz _ao devota é.dominadora das pai-
"'º es. 2Ja d ~onstrei que nao somente os s.211
jovens, como movidos pela alma imortal da
1S XOes do amor de urna mae por seus 6-
piedade, foram unanimes a funde morrer lhos! Ó piedade mais cara a mae q ue seus
prunogeruto nao te mudou quando expirou
nem ~ segundo, quando nas torturas olha~
para tt penosamente, nem o tercei.ro, quando
~mens dommaram as paixóes, mas tam-
~ que uma mulher desprezou as torturas
Nl .J.ll.JIO;
por ela. 7 Ó santo número sete dos irmaos proprios filhos! 2Forc;:ada a escolher entre
harrnoniosamente unidos! Com efeito, co- a piedade e a salvac;:ao temporária de seua entregou sua alma. 19 ao choraste quando roa.is atrozes.
mo os sete dias da criac;:ao do mundo giram sete filhos, como o tirano prometera, 3uma ol haste nos
.. olhos
A de cada um deles. vend o - lQs le0es que rodeavam llDani.el nao eram u°" 6
em coro ao redor da piedadeA, 1assim esses mae preferiu a piedade que salva para a vida <=?ro aud ac1a nas torturas os próprios suplí- tao !erozes, nem a fornalha ardente de 'Mi- DnJ
jovens giravam como em coro ao redor do eterna segundo a promessa de Deus. 4De que cios e percebendo em suas narinas os sinais sael: tao abrasada quanto a natureza do amor
número sete, abolindo o medo das torturas.
15,10 Olires
• .v.i.au -- ~ . sao
.:......d es caniealS - evocadas· aprud ' 13,12. - 16,3 e Em Dn. o episódio de D ·e1 lan do
cri~ poderia ser também uma alusao -pitagórica.-· .
'llOmeada mas a . . - . • enaanao
. -
leóes (Dn 6) vem depois do episódio dos~ . c;a ;os
13,27 e Outro te.xto: par4 que eles yrovassem wna f orte com- texto gr. é dificil - 14,9 e Cf. 3,19. 4Mc; poctanl0t. - =iártires.. • ~dade ea vutude ~convém aos nalha (Dn '"'""" JOVens na. [or-
paix4o. - 14,3 ()Sobre estaharmonia, d . 13,8 e 14,8. - ser um discurso público. - 14,20 e Cf. 13,12.
- o
15,19 Lit. aomodo de wn touro. - 15,28 e a. gr 3). .Est:a.orclem é respeitada em1Mc 2,59-60 e
14,7 Neste v. a alusao aos sete ianaos e. aos ~e días da
e
16.3 QUARTO LrVRO DOS l.íACABEUS tí91
QlJARTO LrVRO DOS MACABEUS
materno que inftamava esta mulher ao ver causa dele também nosso pai Abraao se apres- 9
Aquijazem 18.11
seus sete fühos torturados de tantas manei- sou em imolar seu füho Isaac, pai de nossa
um anciao que era sacerdote, a Lei-e sedepiedosos
•ed
em tudo 2-L.-d
OCUJt:l.l! 0 que
ras. •Mas, gra;as a.ru.ao devota, esta mae apa- n~; e quando Isaac viu amao de seu pai a raza.o p1 os_a domina as paixóes, nao 50_
I
em defesa da piedade, mulher e ancia, ven- a sete estrelas, diante de Deus és honrada de Deus sao honrados nao somente por essa tempo de m~a maturidade, permaneci
ceste o tirano por tua fozµ de alma; por teus por: tua piedade e estás solidamente esta-
r~~, mas ainda porque, gra-;as a eles, com meu.mando. Quando os filhos cresce-
~s ~os. nao ?ominaram nossa nacyao; ram, o~~ deles morreu; feliz foi ele, porque,
atos e tuas palavras te revelaste mais forte belecida com eles nos céus. 6Pois teus filhos
que urnhomem. 15 Com efeito, quando fos- sao a descendencia do pai Ahraáo. 0 hr~o fo1 castigado, a pátria purificada, tendo vivido durante apresen,-,, dos filh
te levada com teus 6.lhosA, vendo Eleazar - fr y- os,
suas vidas serviram de resgate pelo pecado nao:>° eu no tempo de sua perda. ioQuan-
torturado, de pé dizias em língua hebraica
de~ i><;>vo. 22J>elo sangue desses homens do ~da estava convosco, ele vos ensinava
a teus filhos: 16"Ó filhos, nobre é o combate CoNCLusA.o h
cheios de piedade e pelo 11sacrificio expiatório a Lei e os Pro~etas. u Ele lia para vós trechos
sob~e o assassmato de Abe! por 'Caim so- Gn•
il.il4-11.
ao qua! sois chamados para dar testemunho iml,2S;
il09Jl·li , de suas mortes, a 'providencia divina salvou
a favor de nossa na-;ao, combatei com ardor A importancia do martirio - 7Se fosse :J\! 1.19; ~el dos m~es que_ o tinham atingidoA. bre_Isaac ~ferecido em holocausto, e s~bre Gn 22
• f>.10; pela ~ de nossos pais.
11.20
17
Com efeito, seria possível para nós pintar um quadro da his- IJol.7
19.z< . Com efei.to, o trrano Antíoco, que ha- Jo~e ?ª pnsao. i2Ele vos falava do zelo de GnJ9-41
vergonhoso que este anciao sofresse esses tória de tua piedade, quem poderia contem- F me1as, vos ensinava a respeito de Anani
D.lci.JO; via ~b~do a virtude de sua coragem e a
!l,19,17.22; Kmzs
tormentos pela causa da piedade e que vós, plá-la sem estremecer e olhar a mae dos sete SbJ4.J
paciencia nas torturas, proclamou solene- I~s e M_isael na fornalha. llLouvava ra:~ No.. 3
jovens, estivésseis atemorizados diante das fühos suportando as torturas mais variadas
mente a coragem deles como exemplo a seus bém Daruel na cova dos leóes, e 0 procla- o.. 6
torturas". 18Lembrai-vos de que é pela gra-;a até a morte por amor a piedade? ªDe fato, ~oldados, z•e assim os tornou nobres e cora- ..mava bem-aventurado. HEJe vos lemb
de Deus que recebestes urna parte neste seria apropriado inscrever também em seus ~-L. "' -- . rava
J<?sos na gue_rra de infantaria e no cerco das "4U.UJl:Ul a escritura de Isaías que diz: 'Ainda
mundo e que desfrutastes a vida. 19Por esse túmulos o seguinte epitálio como memorial crdades, e fo1 vencedor de seus inimigos pi- que ~ pelo fogo, a chama nao te quei- la43,?
motivo deveis suportar tudo por Deus. 20Por para os membros de oosso povoA: lhando a todos. ' mara : ~le cantava para vós o salmo de Davi
~ue ~: Num_e rosas sao as tribulac;Qes dos
16
18 A fé do~ márt;ires é a mesma fé de Justos..: Ele º!3~ para vós o provérbio de
seus Pa.tS - 10 filhos de Israel, des-
Salomao que diz: 'A árvore da vida é para Sl:J.1,20
3Mc 6,6-7. - 16,7 O Expressao comum na Ant:iguidade para que os heróis fizeram, mas também um valor de comunhlo
cendentes da semente de Abraao, obedecei aqueles que fazem sua vontade'. 17EJe vos Pi-J.1s
o periodo de g~. embora o tempo de nove meses fosse co- comDeus. -16,25 O Cf. 7,19nota. - 17,t OOTalmudck
nhecido, tl 2Mc 7,27. - 16,1S e cr t 2,7 nota. - t6,17 e cr BabilOnia (Guittin 57b) relata também a tradj~dosuiádio
dava a conhecer Ezequiel que diz: 'Os ossos
9,5-6: os i.rmaos evocam igualmente o exemplo de Eleazar. - ' o martirio de se.us filhos. - 17,8 O A~·
da mae apos
16,21 O Cf: 16,1. - 0 Os acontecimentos de Dn 3 e 6 foram b?
um_epitáfio emhoru:a dos mártires testemunharia a t:i •
~::sta (cf. In~. a 1 e 2Mc). - 17,19 e Cita~ feita
valorizados ant:igamente numa perspectiva sacrificial Atri- de~ comemorativas. Com efeito, este.sepu)cm_.
buiu-se nao apenas um valor e:xpiatório ao dom de suas vidas podido ser honrado por urna comunidade judaica•"' ·a •
~ Septuagm~a. o hebr. tem em tua mao; a constru- 17,22 OCf..6,28-29. -
que a tra~ da<:-
18,7 BEmrefecencaaGn
. 2,2, em
g?ega, sob tua.s maos, descreve um gesto de prot~. _ ~tuaginta emprega as mesmas palavi:as
para descrever a ca~ da mulher por Deus. - 18,8 e Alu-
P!2
QUARTO LlVRO DOS }>.L\CABEUS
18,17
. - ~, t•E nao se esqueoa daquela descendente de Abraao8: lb
2tEle per-
rt as
' & 37.3 resseqwdos ·yeviverao. . . , . furou as pupilas de seus o os, co _ou s~
de transmitir o cintico de M01ses que ~s~- linguas e os fez morree co_m as m_ais :nn~ INTRODUc;Ao
na· 19'Sou eu que farei morrer e que farei vi- das ~o..... ~ ... 22Por es.ses cnmes. a_Jusb(j(l di-
uD<J2.J'I • "da
ver. Assim é a vossa v1 e o pro o
l ngamenito .
~ ' •ui...,
m1iu e perseguirá o tuano m -
al A ORA~AO DE MANASSÉS
vina perse,,.- . ! JEad
11 o.30.20 de vossos 1'clias"'. dito. 2lMas os filhos de Abraao, JUD_to com ¡:¡
zonia amargo e, no entanto, sem amar- sua mae vitoriosa, estilo agora reurudalmosno t6.n~
gura! O cruel tirano dos gregos, apagan~-º coro dos pais, que recebeu ~e De~s. as ~;;;.;,
fogo coro o fogoA, ero suas cal~eiras crueis ;,.,..,ortais 24A eles seJa a glona pelo rr•t».
duzia para a ca- puras e ~ · , A 2Ta4.11;
e em seu violento f uror con século dos 1séculos. Amero . Hb13,21
tapulta e para novas tortura.S os sete filhos
fÍISTÓRIA DO TEXTO Ü ELO COMO SEGUNDO
L IVRO DAS CRóNICAS
elo menos desde o séc. III d.C .• a tradi~o cris-
P ta conhece um texto que nao existe na Bíblia
hebraica e que é atribuido ao reí Manassés. A cita-
A ÚTafao de Manassés é um texto poético que de-
senvolve o relato concemente ao reí Manassés em
ljáo rnais antiga da Oraf4o de Manassés encontra- 2 Crónicas 33, assim como a Orac;ao de Azaria
se na Didascalia dos Apóstolos (inicio do séc. III). (Dn gr 3,24-45) e o Gintico dos tres jovens (Dn gr
A Ora~o é retomada ero seguida nas Constitui- 3,46-90) ampliam o inicio do livro de Daniel.
fijes apostólicas (fim do séc. IV). Se o autor da Di- A existencia de urna orac;ao é duplamente in-
dasc;alia é uro cristao da Igreja da Siria que escreve duzida pelo relato de 2 Crónicas 33. Segundo o
ero grego, hoje se concorda ero pensar q ue a Ora- texto bíblico, priroeiramente Manassés orou a
fiio de Manassés é um texto anterior e que seria Deus durante seu cativeiro em Babilonia (v. 12-
obra de um j udeu helenizado. Sem poder datá-la 13), mas a Ora~o nao é citada. Em seguida, a no-
com precisao, supóe-se que póde ser composta en- ticia relativa a Manassés termina por um reenvio
tre o séc. Il a.C. e o séc. I d.C., sem dúvida antes aos Atos dos reis de Israel e aos Atos de Hozai, tex-
da destrui~o de Jerusalém no ano 70. tos hoje desconhecidos, para aí ler "sua ora~o a
A Ora~o é igualmente conhecida em certos seu Deus" (v. 18-19).
manuscritos antigos da Septuaginta, como o Ale-
xandrinus (séc. V d.C.). Nao aparece em 2 Cró-
nicas 33 em que é evocado o arrependimeoto de o REl MANASSÉS:
\lanassés, mas figura depois dos Salmos, numa UM PERSONAGEM CONTRADITÓRIO
coleyao de c.atorze Odes q ue retomam canticos
bíblicos (o primeiro é o Cántico de Moisés ero Dt O reino de Manassés (687-642 a.C.) é relatado di-
32,1-43). A presenc;:a dos cinticos de Maria, de Za- ferentemente em 2 Reis e 2 Crónicas. Segundo
carias e de Si.mea.o tomados do evangelho de.Lu- 2 Reís 21,1-18, Manassés, filho de Ezequias, é a
cas indica que essa col~ é obra de crista.os. figura exemplar do reí ímpio, idólatra e criminoso
O texto grego se apresenta segundo tres tra- até sua morte. 2 Crónicas 33 dá-nos uma visao ra-
di~es textuais: a das Constitui~oes apostólicás, a dicalmente diferente do personagem: seu longo
referida pelo Alexandrinus e a mais tarclia do Li- reinado de 55 anos está dividido em dois periodos
im das Horas bizantino. Traduzimos aqui o texto incompatíveis (cf. 2Cr 33,10 nota). O primeiro cor-
estabelecido pela ecli~ critica da Septuaginta de responde ao relato de 2 Reís; termina como castigo
Rahlfs (1935), indicando em notas as variantes do do rei ímpio: vencido e levado cativo a Babilonia.
Livro das Horas bizantino. Do fundo de seu cárcere, volta-se para Deus. Co-
Esta versao nao é a única que existe nem pro- mec;a entao o segundo periodo de seu reinado, em
vavelmente a mais aotiga. Encontrou-se já em que, retomando a Jerusalém, restaura o templo e
Qum.ran uma orayao atribuida a Manassés no restabelece o culto do Deus de Israel.
fragmento 4Q381 que contém urna série de sal- Este personagero de extremos provocou ~
ltk>s. Entretanto, o texto é bastante diferente e, por- opostas. No Apocalipse siríaco de Baruc (fim do
tanto, independente de nossa Orai;ao. Adema.is, séc. I d.C.), Manassés nao é salvo senao para aca-
descobriu-se igualmente uma versao em hebraico bar no endurecimento contra Deus. Igualmente ,
desta orac;ao grega nos fragmentos de Guenizah do no Targum das Cronicas, os anjos fecham as por-
Cairo (fim do séc. X d .C.). Essas diferentes com- tas do céu para que sua orayao nao seja ouvida,
~ir;:Oes testemunham o impacto da conversao do mas Deus acolhe assiro mesmo sua ora~o. N o li-
10___ · -·--..IA o ra Manassés, como relatada em 2 Crónicas, tanto vro de Tobías, ele é salvo (Tb 14,10 nota) e torria-se
Dt 22 25 LXX. - 18,20 O Outro texto: amnernw~
fi -
acom o fogo.- (i) Cf. Le 13,16. - 18,24 O ~ór:mula litúr-
~ do culto dasinagoga, u1Uito comwnno sec.1 d.C.
~ meios judaicos como crista.os. a prova da misericórclia infinita de Deus. Modelo
J
D INTRO DU<;Ao A O RA<;Ao DE MANASSEs
de conversao, seu exemplo é particularmente de- depois do NT, com 3 e 4 Esdras, que nao forain
senvolvido nas Constituif6es apostólicas ao lado de admitidos no canon católico.
outras grandes figuras de pecadores arrependidos Muitos Padres da lgreja, como Basilio de Cesa-
do AT (Davi, Jonas, Ezequias) e do NT (Pedro, reia (329-379), Joao Crisóstomo (349-407), Agog_
Paulo, a mulher adúltera e o filho pródigo). Esses tinho (354-430) e Teodoro Estudita (759-826) a ORAc;Ao DE MANASSÉS
personagens bíblicos sao propostos como modelo, mencionam para ilustrar o tema da conversa.; e
seja aos pecadores arrependidos, seja aos bispos da imediaticidade da salvar;ao. Na lgreja orto-
para persuacli-los a acolher os pecadores. doxa, a orar;ao penitencial antes da comunhio _
atribuída a Sao Basilio - , entre outras reminiscen-
cias bíblicas, compreende a citacyao no v. 9 da Ora-
CoMPOs1<;Ao oo TEXTO ~ao de Manassés. ,
Lutero a traduziu em alemao: ele a admirava
Este poema de 15 versículos aparece como um por sua beleza e pela justeza com que exprime 0 Dnsr
1
Q Senhor soberanoA
mas estabeleceste arrependimento
Deus de nossos p:Us
salmo penitencial. Estrutura-se em dois temas arrependimento, e a citava como exemplo aoa pa.. J.26.S2
Ex rd e Abraao, de Isaac e' de Jacó para mim, .pecador,
maiores: a misericórdia infinita de Deus e a se- derosos de sua época. Ela se encontra na Bíblia de }.6.15-16; 9
porque comet:i pecados mais
l..c S,32;
15,7
e de toda a sua descendenciaª'
Lutero (1534; onde está o único livro apócrifi:, aan
AI J.IJ
guran~ de que a um arrependimento sincero se- de justos, numerosos que os graos de
gue-se um efeito. Constrói-seem quatro tempos: prólogo próprio), na Bíblia de Genelrra (1546; eno GaU, 2 areia do mar.
tu que criaste os rcéus e a terra
6m de 2Cr 33), na King James Version (1611; aiai 2,1
com toda a sua beleza• ' Minhas transgressoes sao
• 1-4: ora~o ao Deus criador; os apócrifos). Está presente em outras ~pro.. J
tu que acorrentaste o mar múltiplas•, ó enhor:
• 5-8: reconhecimento da cólera deDeus contra testan.tes até o início do séc. XIX. Go elas se multiplicara.m,
com a palavra de teu
os pecadores, mas também de sua misericórdia A Or~ao de Manassés figura sempre nas Oda 1.6-10,
e nao sou digno de levantar os
SI 104.9, mandamento forte Lclll,13
sem medidas; que seguem o Saltério ortodoxo em sua edic;io • Jó~ll:
ffAd 16,.58 tu que fechaste o ab~o olhos para os céus
• 9-13e: confissao, súplica e pedido de perdao; parada para uso litúrgico. Faz parte do LivTo cLq Sr43,23 em razao da multidao de
selando-o coro teu nadie
• 13f-15: afirmar;ao da confian~ em Deus e do- HO'Tas das lgrejas copta, etíope, armenia e siriaca. terrível e glorioso· meus pecadosª.
xologia. Em nossos días, na tradi~o monástica ortodma 1
ºEstou sobrecarregado com
é lida toda tarde por ocasiao do oficio das ga,m.. • e diante de ti tuda s: abala e treme
perante teu poder! pesadas correntesA
Ele cria fortes elos textuais com outras ora<;Oes bí- des completas durante a Quaresma, tempo•pe. 5
Com efeito, ninguém pode sustentar para levantar a cabe~ por causa
blicas, por exemplo com o Salmo 51 e a Oracyao de nitencial por excelencia. Encontra-se tamhém no 1511•5.5 demeus pecadosª.
a magnificencia da tua glória
Azaria (Dn gr 3,26-45) e também coro as orar;6es livro ~a Or~ comum utilizado nas Igrejaa epi. Nao existe perdao para mim
e tua cólera que amea~ os '
de Baruc (1,15- 3,8) e de Esdras (9,6-15). Encon- copa1s amencanas. porque provoquei tua cólera
pecadores é irresistível
tram-se também ecos do Salmo 104 que celebra
mas ~m medidas e 1insoddável é a e fiz 0 que é mau a teus albos
Rm ll.D 6
SI 51,6
Deus criador.
ausericórdia de tua promessa· comet~n~o abomina~esc ' 2Crll.2:
INTERESSE TEOLÓGICO: 7
porque tu és o Senhor do unive~o 11
e multiplicando coisas horrorosasº. 2IU21.2
ARREPENDIMENTO E CONVERSÁO 1Ex JH: Agora dobro os joelhos do
Jl.?.13: compassivo, llJento para a cólera '
UMADIFUsAO Jn•.2: meu cora~ao e imploro tua
e repleto de misericórdia·
ANTIGA E ININTERRUPTA A for~ dessa oraiyao vem da expressao íntima do Sl !OJ.8
bondadeA:
que se arrependeA dos mal~ que
cora<;ao que se entrega no momento de sua tl:Ul-
abatem os homensª .
12 p
eque1,. senhor! Pequei
Além da tradu<;ao em hebraico atestada pelo frag- forma~o. 8 e reconher;o minhas transgress6es
mento de Guenizah do Cairo, a difusao da Ora- Coro efeito, ilustra o sentido principal do llllD A_ssim, Senhor, Deus dos justosA, 13 SIS!,5.-6
nao estabeleceste arrependimento Eu te suplico e te imploro: ·
f(io de Manassés tanto no Oriente como no Oci- metanoia: mudanr;a interior que implica um duplo para os justos, perdoe-me, Senhor
dente é essencialmentecrista e parece ligar-seem movimento que relaciona a tomada de comciflti perdoe-me, '
primeiro lugar a seu uso litúrgico. cía dos pecados a conversao. Esta convenio•· para Abraao, Isaac e Jacó, que nao
pecaram contra Ti, nao me destrua por causa de
O uso litúrgico parece remontar ao início do prime também o encontro entre o homem peca- minhas transgressóes,
séc. III d .C . (Didascalia dos Apóstolos). Sem dú- dor e Deus, porque ao arrependimento do pemdai'
vida, no séc. V esta Oracyao faz parte da liturgia corresponde o de Deus. O tema nao é novo: Deus.
de Jerusalém. É encontrada nas ocies do oficio de implorado por um profeta, renuncia as W2l!I" a 1 e Saber, trad
titulo . ano uz 0 gr. pant-Okratcr (aquele que tem tudo)
matinas em Bizancio e nas grandes completas. punir Israel (Ex 32,14; Am 7,3.6). A auclácia~ O aplicado a Deus na Septuaginta; cf. 3M c 22,2 nota __:_ dos numerosos criines de M . cf. 2R
33 1-10 _ (}r"'I · ~es, s ~ l , 1- 11 e 2Cr
Está presente também no Saltério m~. vém aqui da repetir;ao damesma palavra DDI'~ ...;:º desenvolver a fórmula tradicional Deus ck -. ' ·
.
'<-uanto a confissao de pecados mum · ·
l'<'d men - dos
·
• . nossos pau,
crao tres patnarcas de Israel e de sua descend ' cf. Esd 9,6 e a Ora~o de Azaria (D n gr 3,29). - lO~v;:~
a antiga liturgia romana, alguns domingos após versículos que se seguem para exprimir a~ Oa. o autor sublinha a rt d M . en- tas corrmtes lembra.m o cativeiro de Manassés vencido pela
córdia de Deus e a conversao do pecador (v.1'• - 7OO pe en~ e anasses ao povo eleito.
a Epifania e Pentecostes, aparece unida num res-
ponso coro um versículo do Salmo 51. Até o início
do séc. XX está situada como ape.ndice na Vulgata,
Esta aproxim~o acentua a rel~o pessoal
perpétua evolucyao entre Deus e os homens.
e• Dais m~ vecbo arrepender-se encontra-se aplicado a guerra, em Bab~nia (2C r 33,I 1). _ () Pur ~de meus ~-
00 i~_versaogr. de ~x 3~,14; Am 7,3; Jo 3,9-10; Jl 2,13. -
L.lUfO das HOTtU bizmtmo acrescenta: Com efieito S h
cados falta no Lnrro das Horas bizanh -o
uu • -
,,,,. r ·
""rormu 1a que
retoma pal avra por~':":ª a versao da Septuaginta de 2Rs
114 abundáncia de tua bo dad • en ur,
ro JleTdii izqueles n e, pro~teste o arrependimento P21,2 ede 2Crb33,2.. .Visa a idolatriade Manasses · , que se em-
~· 'l1U pecaram contm h. a abundáncia de tua regou em
e su sbturr o culto do Deus d.
e Israel .. el .
Ul us1ve em
ªJua sal uz~ presCTeVeste o arrependimento aos pecadqres para ~ , asa, por aquele ~e Baal e de outras divindades pagas.
~Este termo relao.ona-se aos ídolos; cf. Dt 7 25-26 v.
Horas b~~- - 8 O Em vez de Dew dos justos, o Livro das
tzant:mo traz Deus dos poderes. - 9 O Recorda~ do Lrvro das Huras bizantino: na.o tendo feit-0 tua ~iuk
guardado teu.s mo.ndamenUi.s _ 11 O Esta .
n:
.
· llllagem que mte-
- 13
O RA<;AO DE M A . A ÉS