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Manual de Boas Práticas Na Prescrição de Antimicrobianos (Versão 2)
Manual de Boas Práticas Na Prescrição de Antimicrobianos (Versão 2)
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ANTIMICROBIANOS
1. APRESENTAÇÃO:
A resistência microbiana aos antimicrobianos atualmente é uma das maiores preocupações
globais em saúde pública, uma vez que antimicrobianos muito usados estão se tornando ineficazes,
gerando uma série de consequências diretas e indiretas como, por exemplo, o prolongamento da
doença, o aumento da taxa de mortalidade, a permanência prolongada no ambiente hospitalar e a
ineficácia dos tratamentos preventivos que comprometem toda a população. O combate à emergência e
à propagação de bactérias resistentes aos antimicrobianos e ao desenvolvimento de novos mecanismos
de resistência exige uma abordagem conjunta e articulada de vários segmentos governamentais, dos
profissionais de saúde e de toda sociedade.
As boas práticas na prescrição de antimicrobianos consistem em definir, após o diagnóstico
clínico de uma infecção, qual antimicrobiano será utilizado, sua dose e o intervalo entre elas, a forma de
preparo, a administração e a duração do tratamento.
Consistem ainda, em descrever todas essas informações na prescrição e prontuário do
paciente, visando sua correta interpretação e a prevenção de erros de medicação. (DIRETRIZ
NACIONAL PARA ELABORAÇÃO DO PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DO USO DE
ANTIMICROBIANOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA -
ANVISA, 2017).
O Anexo I da Diretriz Nacional para Elaboração do Programa de Gerenciamento do Uso de
Antimicrobianos em Serviços de Saúde/ANVISA/2017, considera como pontos fundamentais para esta
boa prática o exposto nos itens de 2 a 6:
1
Adaptado de Therapeutic guidelines: antibiotic. Version 14. Melbourne: Therapeutic Guidelines Limited; 2010.
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3. SELEÇÃO DO ANIMICROBIANO:
Para a definição do antimicrobiano que será prescrito, deve-se levar em consideração fatores
ligados ao microorganismo, ao paciente e ao próprio medicamento.
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8.2 Grupo B – Antimicrobianos Restritos (auditados, porém com doses liberadas pela
farmácia até à avaliação da CCIRAS). O bloqueio ocorrerá através da análise da segunda
via pela CCIRAS.
1. Aciclovir (FA 250mg)
2. Amoxicilina + Ácido clavulânico (FA 1g+200 mg)
3. Ampicilina + Sulbactam (FA 1,0g + 500 mg)
4. Anfotericina B Desoxicolato (FA 50 mg)
5. Anfotericina B Lipossomal(FA 50 mg)
6. Azitromicina (susp oral 15 ml: 200 mg/ml, comp 500 mg)
7. Cefepima (FA 1,0g)
8. Ceftazidima (FA 1,0 g)
9. Ceftazidima + Avibactam (FA 2g+ 500 mg)
10. Ceftriaxona (FA 1,0 g)
11. Ciprofloxacino (comp 500 mg; Bolsa ou Frasco 100 ml: 2mg/ml)
12. Claritromicina (FA 500 mg)
13. Clindamicina (comp 300 mg, FA 4ml: 150mg/ml)
14. Fluconazol (bolsa ou FA 100 ml: 2mg/mL)
15. Ganciclovir (FA 500 mg)
16. Levofloxacino (FA 500 mg)
17. Linezolida 2mg/ml (bolsa 600 mg/ 300 ml)
18. Imipenem (FA 500 mg/ 2ml)
19. Meropenem (FA 500 mg e 1,0g)
20. Moxifloxacino (Bolsa 400mg/250 ml)
21. Piperacilina + Tazobactam (4,0 g + 0,5 g )
22. Polimixina B (FA 500.000 UI)
23. Teicoplanina (FA 200 mg)
24. Vancomicina (FA 500 mg)
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TRATAMENTO EMPÍRICO
Clindamicina 600mg VO
Sulfadiazina 1.000 mg (peso ou EV 6/6h +
<60 Kg) a 1.500mg (peso
≥60kg) VO 6/6h + Pirimetamina 200mg VO
no primeiro dia, seguida
Sulfametoxazol +Trimetoprim
Pirimetamina 200mg VO no de 50mg/dia (peso < 60
Toxoplasmose (dose de 25mg/kg de SMX,
primeiro dia, seguida de kg) a 75mg/dia (peso ≥
cerebral VO ou EV 12/12h
50mg/dia (peso < 60 kg) a 60 kg) VO +
75mg/dia (peso ≥ 60 kg) VO + Duração: SEIS SEMANAS
Ácido folínico 10 mg/dia
Ácido folínico 10 mg/dia
Duração: SEIS
Duração: SEIS SEMANAS SEMANAS
Manutenção RH
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10.2.1 Ofidismo
Antibioticoterapia deve ser iniciada quando ocorrer a persistências dos sinais fluogísticos
por mais de 48 horas, febre ou formação de abscesso e ainda pacientes que mantiverem
leucocitose após 24 horas da soroterapia;
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10.2.2 Escorpionismo
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Anfotericina B*
1mg/Kg/peso/dia – dose
Fluconazol dose de ataque
máxima 50 mg/dia
800 mg (12mg/kg/peso/dia)
Nenhum
seguido de 400 mg/dia
(6mg/kg/peso/dia)
Suspeita de candidemia
ou hemocultura com
crescimento de leveduras
Fluconazol prévio ou Anfotericina B* Anfotericina B*
colonização por Candida com 1mg/Kg/peso/dia – dose 1mg/Kg/peso/dia – dose
MIC elevado fluco máxima 50 mg/dia máxima 50 mg/dia
* Para os pacientes com Insuficiência renal (aguda ou crônica), avaliar a indicação de uma
equinocandina ou anfotericina lipossomal, em substituição à anfotericina B convencional.
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Pacientes com infecção pelo HIV ou com outras patologias (exceto Neutropênicos):
Tratamento alternativo, para casos refratários ao fluconazol, pode ser realizado com
Anfotericina Desoxicolato 0,6 mg/kg EV ao dia ou formulação lipossomal
3-4mg/kg dia.
Ressalta-se que a grande maioria dos casos de candidíase esofágica responde clinicamente
em 7-14 dias de tratamento antifúngico sistêmico. Na ausência de resposta clínica após esse período,
deve-se levantar a suspeita de um diagnóstico alternativo para o sintoma esofágico.
Clotrimazol:
Miconazol:
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Obs.: Nistatina não deve ser utilizada no tratamento da candidíase vaginal; Não é
necessário tratar o marido assintomático.
• Metronidazol 250 mg, VO, 6/6h ou 500 mg, VO, 8/8h (pode ser IV).
10.4.2 Recorrência:
10.5 COQUELUCHE:
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10.5.1 Quimioprofilaxia:
Pessoas com contato íntimo com o caso confirmado, até 21dias depois do inicio da tosse do
caso índice E:
• Menores de 1 ano ou
• Menores de 7 anos não vacinados, com situação vacinal desconhecida ou com menos de 4
doses de DPT ou
• Imunodeprimidos ou
• Profissionais da saúde ou profissões com contato direto e frequente com menores de 1 ano
ou imunodeprimidos. Nestes casos, recomenda-se afastamento das atividades por 5 dias.
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10.6 CRIPTOCOCOSE:
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* Tratar somente casos graves ou em pacientes com menos de 6 anos ou mais de 50 anos,
doença valvar, aterosclerose grave, neoplasia ou uremia.
** E. coli entero-hemorrágica não deve ser tratada com antimicrobianos devido ao risco de
síndrome hemolítico-urêmica.
10.8 DIFTERIA
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10.8.2 Antibioticoterapia:
Deve ser realizada com a Carnitina que exerce efeito protetor sobre o miocárdio, deve ser
administrada até o 5° dia desde o início da doença.
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10.11 LEISHMANIOSE
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Recomenda-se oferecer a sorologia para HIV para todos os pacientes com LTA,
independentemente da idade. Ressalta-se a importância de obter o resultado da sorologia para HIV o
mais rapidamente possível, para orientar a conduta clínica específica.
10.11.1.2 Tratamento:
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Monitoramento Acompanhame
DROGA DOSE VIA DURAÇÃO durante nto após o
tratamento tratamento
1ª escolha
Difusa: 20 dias
Demais exames
Difusa:
semanalmente
20mg/Sb+5/kg/dia
ALTERNATIVAS
1mg/kg/dia diariamente
ou em dias alternados
(dose máxima diária de
50mg)
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Endovenosa
Isotionato
4mg/kg/dia, em dias Duas vezes por
de
alternados
Ou 3 a 10 aplicaçõesb semana
Mensal, por 3
pentamidina meses
intramuscular
a Esta droga está registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para uso no tratamento da leishmaniose visceral (LV), mas
não existe registro para uso na leishmaniose tegumentar americana (LTA), sendo considerada uma droga off label para essa indicação, pois
ainda não há eficácia comprovada por meio de ensaios clínicos controlados que possam respaldar o seu uso rotineiro. O uso off label de
qualquer medicamento pode ser realizado por conta e risco do médico que o prescreve. A recomendação está baseada em experiências
relatadas na literatura que permitem indicar o uso da anfotericina B lipossomal para LTA, nos casos em que todas as demais opções
terapêuticas tenham sido utilizadas sem sucesso ou contraindicadas.
b Três aplicações para pacientes infectados por L. (V.) guyanensis e 10 aplicações para pacientes infectados por L. (V.) braziliensis ou L. (L.)
amazonensis.
Monitoramento
DROGA DOSE VIA DURAÇÃO
durante tratamento
1mg/kg/dia diariamente
ou em dias alternados
(dose máxima diária de
50mg)
Desoxicolato de Endovenosa Doses aplicadas em
Diário
anfotericina B Deve ser administrada períodos variáveis;
até atingir a dose depende da tolerância
acumulada de 1 a 1,5g
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Endovenosa
Antimoniato de N-
15 mg/kg/d de Sb OU 30 dias Semanal
metil glucamina
Intramuscular
Intramuscular
OU
Isotionato de 4 mg/kg/dia do sal em
10 aplicações1 Semanal
pentamidina dias alternados
Endovenosa
Diariamente até
Anfotericina B
1 a 4 mg/ kg/dia Endovenosa completar 2,5 a 3 g de Diário
lipossomal2
dose total
Fonte: (SVS/MS).
2 No Brasil, esta droga está registrada na ANVISA para uso no tratamento da LV. Entretanto, não existe registro para uso na LT,
sendo então considerada uma droga off label para essa indicação. O tratamento das formas tegumentares com anfotericina B
lipossomal não teve sua eficácia comprovada por meio de ensaios clínicos controlados que possam respaldar o seu uso rotineiro. No
entanto, o uso off label de qualquer medicamento pode ser realizado por conta e risco do médico que o prescreve ().
A recomendação na tabela está baseada em experiências relatadas na literatura que permitem indicar o uso da anfotericina B
lipossomal para LT nos casos em que todas as demais opções terapêuticas tenham sido utilizadas sem sucesso ou contraindicadas.
Doença crônica e sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso,
astenia, adinamia, hepatoesplenomegalia e anemia, dentre outras. Quando não tratada, pode evoluir
para óbito em mais de 90% dos casos.
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A transmissão ocorre pela picada dos vetores infectados pela Leishmania (L.) chagasi. Não
ocorre transmissão de pessoa a pessoa. No Brasil, duas espécies estão relacionadas com a
transmissão da doença: Lutzomyia longipalpis, a principal; e Lutzomyia cruzi.
Crianças e idosos são mais suscetíveis. Existe resposta humoral detectada através de
anticorpos circulantes, que parecem ter pouca importância como defesa.
10.11.2.1 Tratamento:
Quando o escore clínico for maior ou igual a 4, ou o escore clínico-laboratorial for maior
ou igual a 6, o tratamento deve ser realizado em âmbito hospitalar. Para os demais casos, a
hospitalização do paciente é opcional.
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Insuficiência renal;
Insuficiência hepática;
Insuficiência cardíaca;
Gestantes.
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MONITORAMENTO
DROGA DOSE VIA DURAÇÃO DURANTE
TRATAMENTO
1ª ESCOLHA
5 dias consecutivos
+
Anfotericina B
Endovenosa Diário
lipossomal 4 mg/ kg/dia Dose única semanal
por até 5 semanas
(dose total de 25 a 40
mg/kg)
ALTERNATIVAS
Fonte: (SVS/MS).
10.12 LEPTOSPIROSE
10.12.1 Tratamento:
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Uma vez reconhecidos os sinais de alerta do paciente, devem-se iniciar as condutas indicadas
na Figura 2:
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10.12.3.2 Antibioticoterapia:
Fase Precoce: Azitromicina 1g no primeiro dia. Nos demais (2-3) 500 mg, VO. Total 3
dias.
Fase Tardia: Azitromicina 10 mg/kg (dose máxima 500 mg), no primeiro dia. Nos
demais (2-3) 5mg/kg/dia (máximo 250 mg), IV. Total 3 dias.
10.13 MALÁRIA
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O objetivo do tratamento é curar tanto a forma sanguínea quanto a forma hepática (cura
radical), e assim prevenir recrudescência e recaída, respectivamente. Para isso, usa-se a combinação
de dois medicamentos: cloroquina e primaquina.
Importante Lembrar:
Como a primaquina é utilizada por sete dias, muitos pacientes não costumam
tomar a medicação até o final. Após o terceiro dia de tratamento, quando já se
sentem melhores, alguns pacientes param de tomar a primaquina. Assim, é
preciso orientar sobre a necessidade de adesão, ainda que o paciente esteja sem
sintomas.
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Fonte: Guia de tratamento da malária no Brasil Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e
Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
IMPORTANTE:
1. Pacientes que pesem mais de 120 kg (não contemplados nessa tabela) devem ter
sua dose de primaquina calculada pelo peso;
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Fonte: Guia de tratamento da malária no Brasil Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e
Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
IMPORTANTE:
1. Pacientes que pesem mais de 120 kg (não contemplados nessa tabela) devem ter
sua dose de primaquina calculada pelo peso;
Tratamento em Gestantes:
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Fonte: Guia de tratamento da malária no Brasil Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e
Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
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Fonte: Guia de tratamento da malária no Brasil Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e
Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
Tratamento em Gestantes:
Fonte: Guia de tratamento da malária no Brasil Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e
Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
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Fonte: Guia de tratamento da malária no Brasil Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e
Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
Para pacientes com infecção mista por P. falciparum e P. vivax (ou P. ovale), o
tratamento deve incluir artemerter/lumefantrina ou artesunato/mefloquina, que são drogas
esquizonticidas sanguíneas eficazes para todas as espécies, associando-as à primaquina por sete dias
(para o tratamento radical de P. vivax), nas doses especificadas nas tabelas 1 e 2.
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Fonte: Guia de tratamento da malária no Brasil Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e
Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
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Fonte: Guia de tratamento da malária no Brasil Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e
Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
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Embora a maioria dos casos de malária grave seja causada por infecções por P. falciparum,
as por P. vivax também podem causar doença grave e morte, seja por ruptura espontânea ou
traumática do baço, complicações respiratórias ou anemia grave, especialmente em pacientes com
doenças concomitantes, pacientes debilitados e desnutridos. Também não é raro que formas
complicadas de malária vivax (com icterícia ou sangramento) estejam associadas à coinfecções, tais
como dengue.
A orientação da OMS é tratar adultos e crianças com malária grave (incluindo crianças
menores/lactentes e gestantes em todos os trimestres de gestação e em período de amamentação)
com artesunato intravenoso (IV) ou intramuscular (IM), um antimalárico potente e de ação rápida,
por no mínimo 24 horas e até que possam tomar medicação oral (completar então o tratamento
preconizado por espécie parasitária – respeitando as restrições de uso da primaquina).
Assim que o paciente puder usar a medicação oral, deve-se prescrever um ACT por três
dias, ainda que ao final dos sete dias de uso de artesunato injetável.
10.14 MENINGITES:
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Alguns estudos sugerem que o uso de corticoide (dexametasona 0,15 mg/kg a cada 6h por
4 dias) possa melhorar o prognóstico da meningite por S. pneumoniae. Se o corticoide for utilizado, a
vancomicina deverá ser evitada, pois sua penetração no líquor estará diminuída.
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O tratamento antiviral específico não tem sido amplamente utilizado. Em geral, utiliza-se o
tratamento de suporte, com avaliação criteriosa e acompanhamento clínico.
OU
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10.15 PARACOCCIDIOIDOMICOSE:
10.15.1 Antibioticoterapia:
OU
OU
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OU
OU
Fase de Indução:
OU
Fase de Manutenção
OU
OU
OU
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18 meses.
OU
*** Fluconazol endovenoso (600 a 800mg/dia) pode ser também uma opção terapêutica na fase de indução
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dias.
Os pacientes com diagnóstico de PAC devem ser sempre avaliados quanto à gravidade da
doença, cuidado que tem impacto direto na redução da mortalidade.
Os instrumentos validados incluem Pneumonia Severity Index (PSI); mental Confusion, Urea,
Respiratory rate, Blood pressure, and age ≥ 65 years (CURB-65); CRB-65 (sem determinação de ureia);
as diretrizes da American Thoracic Society/Infectious Diseases Society of America (ATS/IDSA) de 2007;
Systolic blood pressure, Multilobar involvement, Albumin, Respiratory rate, Tachycardia, Confusion,
Oxygenation, and pH (SMART-COP); e Severe Community-Acquired Pneumonia (SCAP) — os três
últimos relacionados a pneumonia grave e internação em UTI.
CURB-65 e CRB-65:
O CURB-65 baseia-se em variáveis das quais deriva seu nome (em inglês): Confusão mental
(escore ≤ 8, segundo o abbreviated mental test score)(48); Ureia > 50 mg/dl; frequência Respiratória >
30 ciclos/min; (Blood pressure): pressão arterial sistólica < 90 mmHg ou pressão arterial diastólica < 60
mmHg; e Idade ≥ 65 anos. ) A forma simplificada (CRB-65), sem a dosagem de ureia, é útil em
ambientes nos quais exames laboratoriais não estão disponíveis, como na atenção primária.
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Figura: Escore CRB-65 e sugestões do local de tratamento de pacientes com PAC. CRB65:
CRB-65: C: Confusão mental; frequência Respiratória > 30 ciclos/min; Blood pressure (pressão arterial
sistólica) < 90 mmHg ou diastólica < 60 mmHg; e idade ≥ 65 anos.
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CRITÉRIOS MAIORES
CRITÉRIOS MENORES
1ª OPÇÃO Ceftriaxona 1g, EV, 12/12h + Claritromicina 500 mg, VO/EV, 7-10 dias
de 12/12h
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1ª OPÇÃO Ceftriaxona 1g, EV, 12/12h + Claritromicina 500 mg, EV, de 7-10 dias
12/12h
3ª OPÇÃO Ceftriaxona 1g, EV, 12/12h + Levofloxacino 750 mg, EV, 7-10 dias
24/24h
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10.19.2 Pneumonia associada à assistência a saúde sem fator de risco para bacilos
gram-negativos MDR, mas com fator de risco para S. aureus multirresistente (MRSA):
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OU
10.19.3 Pneumonia associada à assistência a saúde com fator de risco para patógeno
MDR:
OU
ASSOCIADO COM 10-14 dias
Vancomicina 15-20 mg/Kg (com base no peso corporal
real), EV, de 12/12h
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OU
ASSOCIADO COM 10-14 dias
Vancomicina 15-20 mg/Kg (com base no peso corporal
real), EV, de 12/12h
*Embora o uso de dois betalactâmicos seja geralmente evitado, na ausência de ouras opções, é
aceitável usar Aztreonam como um segundo agente para bactérias gram-negativas, pois ambos
terão alvos diferentes dentro da parede celular.
Moléstia infecciosa aguda com prognóstico fatal, causada por vírus da família rhabdoviridae
– e constituído por molécula de RNA.
10.20.1 Tratamento:
O doente deve ser mantido em ambiente confortável, com pouca luminosidade, sem ruídos
e sem visitas, sob rigoroso controle hidroeletrolítico e monitorização de funções cardíacas e
respiratórias.
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Substâncias odoríferas devem ser evitadas afim de não provocar espasmos musculares
dolorosos no paciente.
Reposição de Eletrólitos.
10.21 SÍFILIS
A sífilis é uma infecção bacteriana sistêmica, de evolução crônica, causada pelo Treponema
pallidum. Quando não tratada, progride ao longo dos anos, sendo classificada em sífilis recente
(primária, secundária, latente recente) e tardia (latente tardia e terciária).
Outras opções para não gestantes, como a doxiciclina e a ceftriaxona, devem ser usadas
somente em conjunto com um acompanhamento clínico e laboratorial rigoroso, para garantir resposta
clínica e cura sorológica.
Gestante;
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Fonte: DCCI/SVS/MS.
As pessoas vivendo com HIV (PVHIV) coinfectadas com sífilis devem receber tratamento
clínico semelhante ao das pessoas HIV negativas.
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Esquemas alternativos à penicilina benzatina não foram bem estudados em PVHIV com
sífilis. Pessoas que apresentam reação alérgica grave (anafilaxia) à penicilina benzatina devem ser
cuidadosamente avaliadas quanto à necessidade de receber outra droga que não a penicilina.
Para crianças assintomáticas, ou seja, com exame físico normal, sem alterações
liquóricas, com radiografias de ossos longos normais e sem outras alterações viscerais, com teste não
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treponêmico não reagente, o tratamento com benzilpenicilina benzatina em dose única é eficaz para
prevenção de evidência clínica de sífilis congênita e queda de titulação de teste não treponêmico,
conforme a Figura 8 (PARYANI et al., 1994; RADCLIFFE et al., 1997).
Na ausência de neurossífilis, a criança com sífilis congênita pode ser tratada com
benzilpenicilina procaína fora da unidade hospitalar, por via intramuscular; OU com benzilpenicilina
potássica/cristalina, com internação hospitalar.
Como existem evidências de que os níveis de penicilina no líquor são menores com
penicilina procaína (AZIMI et al., 1994), é recomendado o uso de benzilpenicilina potássica/cristalina
para os casos de neurossífilis, com necessidade de internação hospitalar.
O esquema completo de dez dias com benzilpenicilina deve ser administrado mesmo
nos casos em que a criança tenha recebido Ampicilina por outra causa.
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Crianças diagnosticadas com sífilis congênita após um mês de idade e aquelas com
sífilis adquirida deverão ser tratadas com benzilpenicilina potássica/cristalina.
10.22 TÉTANO
Doença infecciosa aguda não contagiosa, causada pela ação de exotoxinas produzidas
pelo Clostridium tetani, as quais provocam um estado de hiperexcitabilidade do sistema nervoso central.
10.22.1 Tratamento:
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Hidratação Adequada;
10.22.1.5 Antibioticoterapia:
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metronidazol8.
10.23 VARICELA-ZOSTER:
Neonatos
> 12 anos
Gestante
Imunossuprimidos
TRATAMENTO EMPÍRICO
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10.25 HERPES-ZOSTER:
Tratamento oral sempre indicado: Aciclovir 800mg, 5x/dia de 4/4h (pular a dose da noite).
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2. Sanford Guide – Antimicrobial Therapy (latest digital content update: December 17, 2020).
4. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos /
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção
e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
5. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções
Sexualmente Transmissíveis (IST)/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
8. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Guidelines for the Treatment of Malaria. Geneva: WHO,
2015.
9. Guia de Vigilância em Saúde: volume único [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria
de Vigilância em Saúde, Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em
Serviços. – 3ª. ed. – Brasília: da Saúde, 2019Ministério.
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12. Recomendações para o manejo da pneumonia adquirida na comunidade 2018. J Bras Pneumol.
2018;44(5):405-424.https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-
37132018000500405&tlng=en