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ANTIMICROBIANOS

1. APRESENTAÇÃO:
A resistência microbiana aos antimicrobianos atualmente é uma das maiores preocupações
globais em saúde pública, uma vez que antimicrobianos muito usados estão se tornando ineficazes,
gerando uma série de consequências diretas e indiretas como, por exemplo, o prolongamento da
doença, o aumento da taxa de mortalidade, a permanência prolongada no ambiente hospitalar e a
ineficácia dos tratamentos preventivos que comprometem toda a população. O combate à emergência e
à propagação de bactérias resistentes aos antimicrobianos e ao desenvolvimento de novos mecanismos
de resistência exige uma abordagem conjunta e articulada de vários segmentos governamentais, dos
profissionais de saúde e de toda sociedade.
As boas práticas na prescrição de antimicrobianos consistem em definir, após o diagnóstico
clínico de uma infecção, qual antimicrobiano será utilizado, sua dose e o intervalo entre elas, a forma de
preparo, a administração e a duração do tratamento.
Consistem ainda, em descrever todas essas informações na prescrição e prontuário do
paciente, visando sua correta interpretação e a prevenção de erros de medicação. (DIRETRIZ
NACIONAL PARA ELABORAÇÃO DO PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DO USO DE
ANTIMICROBIANOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA -
ANVISA, 2017).
O Anexo I da Diretriz Nacional para Elaboração do Programa de Gerenciamento do Uso de
Antimicrobianos em Serviços de Saúde/ANVISA/2017, considera como pontos fundamentais para esta
boa prática o exposto nos itens de 2 a 6:

2. REGRAS DE OURO PARA PRESCRIÇÃO DE ANTIMICROBIANOS 1:


 Guiada por resultados microbiológicos, sempre que possível;
 Indicação de uso baseada em evidência científica;
 Espectro restrito, se possível;
 Dose apropriada, de acordo com o sítio e tipo de infecção;
 Quando possível, priorizar a via oral;
 Minimizar a duração da terapia antimicrobiana;
 Monoterapia, sempre que possível;
 Reavaliação do paciente 48h após o início da terapia antimicrobiana.

1
Adaptado de Therapeutic guidelines: antibiotic. Version 14. Melbourne: Therapeutic Guidelines Limited; 2010.
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3. SELEÇÃO DO ANIMICROBIANO:
Para a definição do antimicrobiano que será prescrito, deve-se levar em consideração fatores
ligados ao microorganismo, ao paciente e ao próprio medicamento.

3.1 Fatores Ligados ao Microorganismo


 O princípio básico da terapia antimicrobiana é a determinação do agente causal da infecção
e do seu perfil de sensibilidade aos antimicrobianos, devendo o diagnóstico ser embasado
em resultados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais.
 Quando a definição do antimicrobiano é orientada por testes microbiológicos para os
microrganismos isolados do paciente, trata-se de terapia específica. Por outro lado, há
casos em que o início do tratamento deve ser feito antes do diagnóstico laboratorial,
caracterizando a terapia empírica.
 A terapia empírica não deve prescindir da coleta de amostras para cultura antes do início da
antibioticoterapia, é importante que os resultados laboratoriais sejam utilizados para ajustes
da prescrição. Porém, ela é justificável em casos de infecção grave, impossibilidade de se
obter isolado clínico confiável e ineficiência de testes microbiológicos para algumas
bactérias.

3.2 Fatores Ligados ao Paciente:


Avaliar se o paciente tem peculiaridades clínicas que restrinjam o uso de antimicrobianos
ou direcionem a um grupo de agentes com perfil farmacocinético e farmacodinâmico específico.
São exemplos destas peculiaridades
 Presença de alergia;
 Gestação – avaliar risco fetal e alterações na distribuição do fármaco;
 Aleitamento – avaliar via de eliminação do fármaco e riscos para o lactente;
 Extremos de peso corporal – avaliar via de administração adequada e alteração na
distribuição do fármaco;
 Extremos etários – avaliar perfil de patógenos, contraindicação de acordo com faixa-etária,
presença de imaturidade ou disfunção renal e/ou hepática, peculiaridades na distribuição do
fármaco;
 Presença de comorbidades – avaliar exacerbação do risco de desenvolver eventos adversos
e influência na farmacocinética do fármaco – disfunção hepática e/ou renal;
 Medicamentos utilizados – avaliar interações medicamentosas indesejadas.
Obs: Importante também considerar o histórico do paciente, principalmente com relação ao uso
recente de antimicrobianos, sítio da infecção e tempo de internação.
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3.3 Fatores Ligados ao Antimicrobiano:

Identificar se o fármaco é ativo contra o patógeno suspeito ou confirmado, definindo se é


necessário ou não terapia combinada para aumentar sinergicamente o espectro de ação, tratar
infecções mistas e/ou prevenir resistência microbiana.

Uma vez estabelecida a atividade do antimicrobiano, é necessário avaliar o seu perfil


farmacocinético e compatibilidade com o perfil do paciente e da infecção:

 Perfil de absorção, avaliando se é desejada absorção sistêmica ou não, se é bem absorvido


por via oral ou se há necessidade de via parenteral;
 Perfil de distribuição, avaliando se é disponível no sítio de infecção na concentração
inibitória mínima desejada;
 Perfil de metabolismo, se ele ocorre ou não e por qual via;
 Perfil de eliminação, por qual via ocorre e se é eliminado na forma ativa ou não.

Também é essencial determinar se o custo e a disponibilidade do antimicrobiano selecionado


são compatíveis com o perfil do sistema de saúde e com o poder aquisitivo do usuário.

4. DEFINIÇÃO DA POSOLOGIA DO ANTIMICROBIANO:


Para determinar a posologia adequada (dose, intervalo entre administrações e duração do
tratamento), de diferentes tipos de infecção, comunitárias ou relacionadas à assistência à saúde, em
diferentes faixas etárias, deve-se seguir os protocolos e diretrizes atualizados, embasados em
evidências científicas, sobre a eficácia e segurança de antimicrobianos no tratamento.
A dose e/ou intervalo entre administrações devem ser devidamente ajustados às
peculiaridades clínicas do paciente, como:
 Disfunção hepática ou renal;
 Submissão à hemodiálise ou diálise peritoneal;
 Extremos etários ou de peso corporal;
 Parâmetro laboratorial alterado.

Ao definir o intervalo entre as administrações e tempo de infusão considerar o perfil de


estabilidade em solução do fármaco, e o de segurança infusional.

A duração do tratamento pode variar consideravelmente conforme gravidade da infecção. Ao


definir a posologia, considerar a comodidade de administração para os envolvidos, tal como
enfermagem, cuidador ou paciente.

5. FORMA DE PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DO ANTIMICROBIANO:

5.1 Seleção da Via de Administração:


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Considerar a necessidade ou não da absorção sistêmica, o sítio da infecção e o grau de


biodisponibilidade do fármaco na sua forma ativa, sobretudo nos sítios de difícil manejo como
sistema nervoso central, ossos, ouvido médio e fluido peritoneal.
Infecções mais graves, com dificuldade de adesão do paciente ou situações
emergenciais, podem demandar administração por via parenteral no início ou durante toda a
duração do tratamento.
Ao selecionar a forma de administração, considerar fatores individuais do paciente:
 Disponibilidade da via oral;
 Compatibilidade do medicamento com a via de administração (ex.: injetáveis por
via intramuscular ou intravenosa);
 Se há limitação na ingestão e infusão de volume líquido no paciente;
 Se a camada adiposa é espessa, podendo inviabilizar uso da via intramuscular;
 Feridas cutâneas extensas podem proporcionar absorção sistêmica maior de
fármaco tópico.

5.2 Definição da Forma de Preparo do Antimicrobiano:


Ao fazer a prescrição, apontar a forma de preparo do antimicrobiano, descrevendo o
diluente para a reconstituição em casos de antibióticos na forma de pó liofilizado para solução
injetável ou para suspensão oral, e na diluição em casos de solução injetável de administração
direta ou infusão intravenosa.
Para definir o diluente, levar em consideração o perfil de compatibilidade do fármaco e
dos outros componentes da fórmula farmacêutica (ex.: estabilizadores de pH, conservantes) que
podem variar entre fabricantes. Verificar a compatibilidade em formulário farmacoterapêutico,
bulas do medicamento e com o farmacêutico, para analisar e definir formas de diluição
padronizadas e seguras de acordo com principais marcas adquiridas no serviço de saúde.
Em sistema informatizado de prescrição, incorporar forma de preparo padronizada
visando proporcionar soluções com compatibilidade, estabilidade e segurança.

6. SEGURANÇA NA PRESCRIÇÃO DE ANTIMICROBIANOS:


É necessário que a prescrição de antimicrobianos seja segura para que a dispensação e a
administração também o sejam. Para isso, recomenda-se adotar o “Protocolo de Prescrição, Uso e
Administração de Medicamentos” do Ministério da Saúde, ANVISA e Fiocruz.
Algumas medidas para aumentar a segurança na prescrição são apresentadas no
Quadro 1.:
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7. POLÍTICA DE UTILIZAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS NO HOSPITAL ESCOLA DR HÉLVIO


AUTO (HEHA):
O responsável por determinar a terapia antimicrobiana dos pacientes sob seus cuidados é o
médico assistente. No entanto, a Comissão de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à
Saúde (CCIRAS) tem o dever e o interesse em colaborar para otimizar as prescrições, visando o
controle das infecções hospitalares.
O controle de bactérias multirresistentes depende não somente do uso adequado dos
antibióticos, mas do controle da transmissão cruzada. Portanto, é importante também a adesão às
medidas de precaução e a higienização das mãos pelos profissionais de saúde.

7.1 Princípios Gerais do Controle:


 Restringir os antimicrobianos em número e tempo mínimo necessário para desenvolver
uma terapia efetiva;
 Eliminar o uso duplicado de agentes de uma mesma classe;
 Considerar o padrão de susceptibilidade dos patógenos nosocomiais do HEHA;
 Restringir certos agentes antimicrobianos, devido a indicações especiais, toxicidade,
desenvolvimento de resistência e custo elevado;
 Programar revisões periódicas da padronização de antimicrobianos (semestralmente),
levando-se em conta o padrão de susceptibilidade hospitalar e o desenvolvimento de
novos antimicrobianos;
 Desenvolver e publicar orientações para o uso de antimicrobianos e de terapia empírica,
baseando-se no padrão de susceptibilidade dos agentes do HEHA;
 Estabelecer dose apropriada e intervalos de dose baseando-se no estado da doença e
nos princípios farmacocinéticos e farmacodinâmicos;
 Divulgar o padrão de susceptibilidade aos antimicrobianos semestralmente;
 Focalizar esforços, inicialmente, para se evitar o uso de antimicrobianos de maior
espectro e dos indutores de resistência (Stewardship – Programa de Controle de
Antimicrobianos).

7.2 Principios Gerais do Uso:


 Notificar todo início ou mudança de antibióticos em pacientes internados;
 Situações que podem influenciar a escolha do antimicrobiano: a localização da infecção,
a porta de entrada, idade, história de alergia, gravidez, função renal e hepática e
situação hemodinâmica. Condição de higidez, estado hemodinâmico, função
respiratória e o tipo de infecção devem ser avaliados quanto à urgência da terapêutica,
baseado nas Boas Práticas para Prescrição de Antimicrobianos;
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 Preferencialmente guiar-se pela cultura e pelo teste de susceptibilidade para o início e


troca de antimicrobianos;
 Uma vez identificado o agente, reduzir o espectro, a toxicidade e o custo, levando-se
em conta a biodisponibilidade;
 Preferir terapia única à terapia combinada, exceto em situações de comprovada eficácia
ou outras situações em que se necessita ampliar espectro ou reduzir toxicidade;
 Respeitar dose e intervalos de dose objetivando-se efetividade e menor risco de
desenvolvimento de bactérias multirresistentes;
 Preferir a via oral em detrimento da via venosa, quando não houver contraindicações
desta via e levando-se em conta a biodisponibilidade, o sítio de infecção e a gravidade
clínica;
 Utilizar betalactâmicos e demais antibióticos tempo-dependentes (macrolídeos,
clindamicina, vancomicina e linezolida) obedecendo aos intervalos de dose
preconizados;
 Preferir dose única diária para aminoglicosídeos, exceto em endocardite, neutropenia,
gestação, mucoviscidose e osteomielite;
 Utilizar antibióticos em dose plena para o tratamento de pneumonia, infecções do
sistema nervoso central e outras infecções graves;
 Pacientes que não respondem ou pioram com a terapia inicial, avaliar o diagnóstico
correto de quadro infeccioso. Se infecção, avaliar problemas com o hospedeiro (fatores
locais: coleção, corpo estranho, obstrução e resposta inadequada do hospedeiro), com
o antimicrobiano (erro na indicação, dose, via, intervalo; falta de adesão e; reação
adversa ou interação) e com o microrganismo (outros microrganismos: fungo, vírus,
micobactérias; desenvolvimento de resistência e super infecção);
 Restringir o uso de ciprofloxacina e levofloxacina, por terem ação contra Pseudomonas
spp. e bactérias gram-negativas produtoras de ESBL (Betalactamases de Espectro
Estendido);
 Restringir o uso de ampicilina-subactam por ser a única penicilina com inibidor de
Betalactamase com atividade contra Acinetobacter spp.;
 Estimular o uso de cefepime ou de penicilinas com inibidor de Betalactamase numa
etapa prévia à utilização dos carbapenêmicos. Estes últimos são fortes indutores de
resistência e a última arma terapêutica, mais efetiva, em infecções hospitalares por
gram-negativo;
 Evitar o uso indiscriminado de carbapenêmicos (imipenem e meropenem) por estarem
associados ao desenvolvimento de Pseudomonas spp. multirresistente;
 Restringir o uso indiscriminado de vancomicina por ser a melhor opção para MRSA
(Staphylococcus aureus resistentes à oxacilina) e devido ao potencial de
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desenvolvimento de cepas de Enterococcus spp. e Staphylococcus spp. resistente ou


intermediário a vancomicina;
 Evitar o uso indiscriminado de cefalosporina de primeira geração (cefalotina e
cefazolina), por estarem associadas ao desenvolvimento de MRSA;
 Evitar o uso excessivo de clindamicina e outros antibióticos com ação contra anaeróbios
em hospitais com ocorrências de Enterococcus spp. resistente a vancomicina, por
aumentar a ocorrência destes (seleção);

8. CLASSIFICAÇÃO CONFORME CONTROLE DE ANTIMICROBIANOS – RECEITUÁRIO:

8.1 Grupo A – Antimicrobianos não auditados – sem necessidade de ficha de controle de


antimicrobianos.
1. Aciclovir comprimido (comp 200 mg)
2. Amoxicilina (comp 500mg; susp oral 60 ml: 250mg/5 ml)
3. Amoxicilina + Ácido clavulânico (susp oral 75 ml: 250mg/+ 62,5 mg/5ml; FA 1g+200mg)
4. Amoxicilina + Clavulanato de potássio (comp 500mg + 125mg)
5. Ampicilina (cp 500mg; susp oral 60 ml: 250mg/5ml; FA 1,0g)
6. Antiparasitários
7. Aztreonam (FA 1,0g)
8. Benzilpenicilina benzatina (FA 1.200.000 UI)
9. Benzilpenicilina potássica (FA 5.000.000 UI)
10. Cefalexina (cp 500mg; susp oral 60ml: 250mg/5ml)
11. Cefalotina (FA 1,0g)
12. Cetoconazol (creme 2% 30g; comp 200mg)
13. Claritromicina (susp oral 60ml: 250mg/5ml, comp 500mg)
14. Dapsona (comp 100mg)
15. Eritromicina (susp oral 60ml: 250mg/5ml)
16. Fluconazol (comp 150mg)
17. Gentamicina (AMP 80mg/ 2ml)
18. Norfloxacino (comp 400mg)
19. Oxacilina (FA 500mg)
20. Nistatina (susp oral 50 ml: 100.000 UI/mL; creme vaginal 25.000 UI/g)
21. Sulfametoxazol/Trimetopima (comp 400/80mg; susp oral 60 ml: 40 mg+8mg/ml; amp 5ml:
80+16 mg/ml)
22. Tuberculostáticos
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8.2 Grupo B – Antimicrobianos Restritos (auditados, porém com doses liberadas pela
farmácia até à avaliação da CCIRAS). O bloqueio ocorrerá através da análise da segunda
via pela CCIRAS.
1. Aciclovir (FA 250mg)
2. Amoxicilina + Ácido clavulânico (FA 1g+200 mg)
3. Ampicilina + Sulbactam (FA 1,0g + 500 mg)
4. Anfotericina B Desoxicolato (FA 50 mg)
5. Anfotericina B Lipossomal(FA 50 mg)
6. Azitromicina (susp oral 15 ml: 200 mg/ml, comp 500 mg)
7. Cefepima (FA 1,0g)
8. Ceftazidima (FA 1,0 g)
9. Ceftazidima + Avibactam (FA 2g+ 500 mg)
10. Ceftriaxona (FA 1,0 g)
11. Ciprofloxacino (comp 500 mg; Bolsa ou Frasco 100 ml: 2mg/ml)
12. Claritromicina (FA 500 mg)
13. Clindamicina (comp 300 mg, FA 4ml: 150mg/ml)
14. Fluconazol (bolsa ou FA 100 ml: 2mg/mL)
15. Ganciclovir (FA 500 mg)
16. Levofloxacino (FA 500 mg)
17. Linezolida 2mg/ml (bolsa 600 mg/ 300 ml)
18. Imipenem (FA 500 mg/ 2ml)
19. Meropenem (FA 500 mg e 1,0g)
20. Moxifloxacino (Bolsa 400mg/250 ml)
21. Piperacilina + Tazobactam (4,0 g + 0,5 g )
22. Polimixina B (FA 500.000 UI)
23. Teicoplanina (FA 200 mg)
24. Vancomicina (FA 500 mg)
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9. FLUXO DE PRESCRIÇÃO E LIBERAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS RESTRITOS:

MÉDICO DO PRONTO ATENDIMENTO OU ASSISTENTE: Prescrição de antimicrobiano de


uso restrito

MÉDICO DO PRONTO ATENDIMENTO OU ASSISTENTE: Preenchimento da ficha de


solicitação

FARMACÊUTICO: Liberação do antibiótico

INFECTOLOGISTA DA CCIRAS: Avaliação das solicitações

Discorda da conduta Concorda com a conduta

Discussão do caso com Antibiótico segue liberado


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10. GUIA DE ANTIBIÓTICO:

10.1 ABSCESSO CEREBRAL:

Imunossuprimidos, abscessos com cápsula organizada e necrose, abscessos multilouclados ou


próximos a locais vitais ou não drenados requerem tratamento mais longo.

TRATAMENTO EMPÍRICO

1ª opção 2ª opção 3ª opção

Comunitário Ceftriaxone 2g EV 12/12H +


Penicilina G 3-4 milhões UI
(Realizar Metronidazol 1g EV dose inicial,
EV 4/4h +
aspiração ou seguida de 500mg EV 6/6h a
drenagem 8/8h + Meropenem 2g EV 8/8h
Metronidazol 1g EV dose
cirúrgica para inicial, seguida de 500mg EV
Vancomicina 15-20 mg/kg/dose Duração: 4 -8 semanas
diagnóstico e 6/6h a 8/8h
(não exceder 2g/dose) EV 8/8 a
tratamento).
12/12h Duração: 4 -8 semanas
Duração: 4 -8 semanas

Clindamicina 600mg VO
Sulfadiazina 1.000 mg (peso ou EV 6/6h +
<60 Kg) a 1.500mg (peso
≥60kg) VO 6/6h + Pirimetamina 200mg VO
no primeiro dia, seguida
Sulfametoxazol +Trimetoprim
Pirimetamina 200mg VO no de 50mg/dia (peso < 60
Toxoplasmose (dose de 25mg/kg de SMX,
primeiro dia, seguida de kg) a 75mg/dia (peso ≥
cerebral VO ou EV 12/12h
50mg/dia (peso < 60 kg) a 60 kg) VO +
75mg/dia (peso ≥ 60 kg) VO + Duração: SEIS SEMANAS
Ácido folínico 10 mg/dia
Ácido folínico 10 mg/dia
Duração: SEIS
Duração: SEIS SEMANAS SEMANAS

RHZE 20-35Kg: 2 comprimidos


Intensiva
Tuberculose (2 meses RHZE) 150/75/400/275mg
cerebral
36-50 kg: 3 comprimidos

Manutenção RH
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(10 meses RH) 150/75 mg >50 Kg: 4 comprimidos

10.2 ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS

10.2.1 Ofidismo

 Não fazer antibiótico profilático;

 Antibioticoterapia deve ser iniciada quando ocorrer a persistências dos sinais fluogísticos
por mais de 48 horas, febre ou formação de abscesso e ainda pacientes que mantiverem
leucocitose após 24 horas da soroterapia;

 Antibioticoterapia: Clindamicina 450-900 mg EV de 8/8h + Gentamicina 5,1 mg/Kg EV de


24/24 horas OU Ampicilina 1500 mg/dose de 4/4-6/6 horas + Gentamicina.
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10.2.2 Escorpionismo
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10.3 CANDIDA SPP:

10.3.1 Infecção Invasiva e Candidemia:

 Remover todos os cateteres venosos centrais;

 Na presença de endocardites, meningites ou tromboflebites, a Anfotericina Lipossomal é


a droga de escolha;

 Tempo mínimo de tratamento: 14 dias.

PACIENTE NÃO PACIENTE


SITUAÇÃO CLÍNICA ANTIFÚNGICO PRÉVIO
NEUTROPÊNICO NEUTROPÊNICO

Anfotericina B*
1mg/Kg/peso/dia – dose
Fluconazol dose de ataque
máxima 50 mg/dia
800 mg (12mg/kg/peso/dia)
Nenhum
seguido de 400 mg/dia
(6mg/kg/peso/dia)
Suspeita de candidemia
ou hemocultura com
crescimento de leveduras
Fluconazol prévio ou Anfotericina B* Anfotericina B*
colonização por Candida com 1mg/Kg/peso/dia – dose 1mg/Kg/peso/dia – dose
MIC elevado fluco máxima 50 mg/dia máxima 50 mg/dia

Equinocandina Fluconazol Anfotericina lipídica

Adequar segundo espécie


Fungemia identificada

* Para os pacientes com Insuficiência renal (aguda ou crônica), avaliar a indicação de uma
equinocandina ou anfotericina lipossomal, em substituição à anfotericina B convencional.

** A dose da Anfotericina B lipossomal é 3-5 mg /kg/dia. Em relação às equinocandinas, a dose da


Caspofungina é 70 mg no 1º dia e manter 50 mg /dia. Para a anidulofungina, 200 mg no 1º dia e manter
100 mg /dia.

10.3.2 Infecção Cutâneo-Mucosa:

10.3.2.1 Candidíase Orofaríngea:


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Pacientes com infecção pelo HIV ou com outras patologias (exceto Neutropênicos):

10.3.2.2 Candidíase Esofágica:

Diagnóstico clínico: realizar tratamento empírico. Se não houver melhora clínica em 72 h ou


se houver suspeita de candidíase refratária, realizar endoscopia digestiva alta.

 Fluconazol 200-400mg/dia VO ou 400mg/dia EV nos casos de disfagia importante


OU

 Itraconazol solução oral 200mg/dia;

 Tratamento alternativo, para casos refratários ao fluconazol, pode ser realizado com
Anfotericina Desoxicolato 0,6 mg/kg EV ao dia ou formulação lipossomal
3-4mg/kg dia.

Ressalta-se que a grande maioria dos casos de candidíase esofágica responde clinicamente
em 7-14 dias de tratamento antifúngico sistêmico. Na ausência de resposta clínica após esse período,
deve-se levantar a suspeita de um diagnóstico alternativo para o sintoma esofágico.

 A profilaxia é controversa e não deve ser indicada como rotina4;

10.3.3 Candidíase Vaginal:

Tratamento tópico (inclusive gestantes):

Clotrimazol:

• 500mg 1x/dia dose única ou

• 200mg 1x/dia por 3 dias ou

• 100mg 1x/dia por 6-14 dias ou

Miconazol:
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• 5g creme 1x/dia por 7 dias ou

• 200mg susp. vaginal por 3 dias ou

• Tioconazol creme a 6,5%, aplicação única

Obs.: Nistatina não deve ser utilizada no tratamento da candidíase vaginal; Não é
necessário tratar o marido assintomático.

Tratamento tópico (exceto gestante):

Fluconazol 150mg dose única ou

Cetoconazol 200mg q 12h por 5 dias ou

Itraconazol 200mg 1x/dia por 3 dias.

10.4 CLOSTRIDIUM DIFFICILE:

10.4.1 Episódio Inicial:

• Parar antimicrobianos se possível.

• Metronidazol 250 mg, VO, 6/6h ou 500 mg, VO, 8/8h (pode ser IV).

• Em casos graves ou não responsivos a metronidazol, usar Vancomicina VO 125 mg a 500


mg 6/6h (IV não eficaz).

• Duração: 10 dias ou até 7 dias após a suspensão dos antimicrobianos.

• Não usar antiperistálticos pelo risco de megacólon tóxico.

• Não usar probióticos.

10.4.2 Recorrência:

• Utilizar o mesmo esquema ao qual o paciente respondeu

• A partir do 3.º episódio: Novas drogas? Transplante fecal?

10.5 COQUELUCHE:
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10.5.1 Quimioprofilaxia:

Pessoas com contato íntimo com o caso confirmado, até 21dias depois do inicio da tosse do
caso índice E:

• Menores de 1 ano ou

• Menores de 7 anos não vacinados, com situação vacinal desconhecida ou com menos de 4
doses de DPT ou

• Imunodeprimidos ou

• Adultos no mesmo domicílio de comunicantes vulneráveis (listados acima)

• Profissionais da saúde ou profissões com contato direto e frequente com menores de 1 ano
ou imunodeprimidos. Nestes casos, recomenda-se afastamento das atividades por 5 dias.
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10.6 CRIPTOCOCOSE:
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10.6.1 CRIPTOCOCOSE EM HIV-POSITIVOS: Doença no SNC ou disseminada


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10.6.2 CRIPTOCOCOSE EM HIV-POSITIVOS: Doença pulmonar e outros sítios:

o Colher líquor para avaliar acometimento de sistema nervoso central.

10.6.3. CRIPTOCOCOSE EM HIV-NEGATIVOS: Doença no SNC ou disseminada


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10.5.3 CRIPTOCOCOSE EM HIV-NEGATIVOS: Doença pulmonar e outros sítios

o Colher líquor para avaliar acometimento de sistema nervoso central.

10.7 DIARREIA AGUDA


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10.7.1 Tratamento Específico

PATÓGENO TRATAMENTO DURAÇÃO

Shigella sp SMT+TMP (800+160 mg) VO/EV 12/12 horas 3-5 dias

Ciprofloxacino 500 mg VO de 12/12 horas

Ceftriaxona 2g EV de 24/24 horas

Salmonella não typhi* SMT+TMP (800+160 mg) VO/EV 12/12 horas

Ciprofloxacino 500 mg VO de 12/12 horas


5-7 dias
Ceftriaxona 2g EV de 24/24 horas

Salmonella typhi Ciprofloxacino 400 mg EV 12/12 horas 7-14 dias

Ceftriaxona 2g EV 24/24 horas


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Meropenem 1-2 g EV de 8/8 horas

Campylobacter Eritromicina 500 mg 12/12 horas 5 dias

E. coli** SMT+TMP (800+160 mg) VO/EV 12/12 horas

Ciprofloxacino 500 mg VO de 12/12 horas 3 dias

Ceftriaxona 2g EV de 24/24 horas

Yersinia sp*** SMT+TMP (800+160 mg) VO/EV 12/12 horas

Ciprofloxacino 500 mg VO de 12/12 horas

Giardia Metronidazol 250-750 mg VO/IV q 8h 7-10 dias

Vibrio cholerae Doxiciclina 300mg VO dose única

Tetraciclina 500 mg VO de 6/6 horas 3 dias

Ciprofloxacino 1g VO dose única

Azitromicina 1g VO dose única

* Tratar somente casos graves ou em pacientes com menos de 6 anos ou mais de 50 anos,
doença valvar, aterosclerose grave, neoplasia ou uremia.

** E. coli entero-hemorrágica não deve ser tratada com antimicrobianos devido ao risco de
síndrome hemolítico-urêmica.

10.8 DIFTERIA

10.8.1 Tratamento Específico:

Consiste na administração do soro antidiftérico (SAD) cuja finalidade é inativar a toxina


circulante o mais rapidamente possível e possibilitar a circulação de excesso de anticorpos, em
quantidade suficiente para neutralizar a toxina produzida pelos bacilos.

A administração do soro antidiftérico deve ser sempre precedida da prova intradérmica.Se a


prova intradérmica for positiva (nódulo eritematoso maior ou igual a 03 cm de diâmetro) deve ser feito o
uso prévio (15 minutos antes) de um anti-histamínico (prometazina) antes da aplicação do SAD.
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10.8.2 Antibioticoterapia:

10.8.3 Prevenção da Miocardite:

Deve ser realizada com a Carnitina que exerce efeito protetor sobre o miocárdio, deve ser
administrada até o 5° dia desde o início da doença.

 Carnitina 100mg/kg/dia (máximo de 3g/dia), VO, dividido em 02 ou 03


doses/dia. (xarope a 10%- 500mg/5 ml do princípio ativo).

10.9 DOENÇA MENINGOCÓCICA:

A antibioticoterapia deve ser instituída o mais precocemente possível, de preferência, logo


após a punção lombar e a coleta de sangue para hemocultura. O uso de antibiótico deve ser associado
a outros tipos de tratamento de suporte, como reposição de líquidos e cuidadosa assistência.
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Fonte: Guia de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde, 2019.

O uso de corticoide nas situações de choque é discutível, pois há controvérsias a respeito da


influência favorável ao prognóstico.

10.10 FEBRE EM UTI

É definida como elevação da temperatura corpórea em resposta a um estímulo. A medida


mais confiável da temperatura corpórea é aquela tomada por via oral ou retal, sendo a axilar e timpânica
as menos confiáveis. Apesar disso, em nosso meio a medida axilar com termômetro é a mais usada. A
temperatura axilar é 0,4 a 0,8 ºC menor do que a temperatura retal.

10.10.1 Primeiras medidas:

 Revisão do paciente e do exame físico;

 Coleta de cultura conforme foco suspeito;

 Avaliar condições que possam super ou subestimar a temperatura: diálise, colchões


térmicos, ar condicionado, bypass cardiopulmonar, luzes quentes, hemofiltração
contínua, lavagem peritoneal.

 Iniciar antimicrobiano empírico se infecção for a principal suspeita. Consultar opções


terapêuticas por foco infeccioso e padrões de resistência locais;

 Coletar culturas de possíveis focos entes de iniciar ou realizar a mudança do


esquema antimicrobiano.

10.10.2 Padrões de febre:

 Temperatura acima de 41,1ºC: sugere causa não infecciosa;


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 Quando a causa é infecciosa a temperatura encontra-se mais usualmente entre


38,3˚C e 41,1˚C;

 Febre continua: sugere reação a droga ou lesão de sistema nervoso central.

10.10.3 Causas não infecciosas:

10.11 LEISHMANIOSE

10.11.1 Leishmaniose Tegumentar Americana:

Doença infecciosa, não contagiosa, causada por protozoário gênero Leishmania, de


transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas. No Brasil, foram identificadas sete espécies, sendo
seis do subgênero Viannia e uma do subgênero Leishmania. As principais espécies são: Leishmania
(Leishmania) amazonensis; Leishmania (Viannia) guyanensi; Leishmania (Viannia) braziliensis.
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A transmissão ocorre através da picada da fêmea de flebotomíneos infectadas. Não há


transmissão de pessoa a pessoa. No homem a incubação tem uma média de 2 meses, podendo
apresentar períodos mais curtos (duas semanas) e mais longos (2 anos).

A infecção e a doença não conferem imunidade ao paciente.

Classicamente, a doença se manifesta sob duas formas: leishmaniose cutânea e


leishmaniose mucosa (ou mucocutânea), que podem apresentar diferentes manifestações clínicas. A
forma cutânea caracteriza-se por apresentar lesões indolores, com formato arredondado ou ovalado,
apresentando base eritematosa, infiltrada e de consistência firme, bordas bem delimitadas e elevadas,
fundo avermelhado e com granulações grosseiras. Já a forma mucosa caracteriza-se pela presença de
lesões destrutivas localizadas na mucosa, em geral nas vias aéreas superiores.

10.11.1.1 Coinfecção Leishmania-HIV:

A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) pode modificar a progressão da doença


pelo HIV e a imunodepressão causada por esse vírus facilita a progressão da LTA.

Não há um perfil clínico definido associado à coinfecção em pacientes portadores de HIV.


As lesões cutâneas vão de pápulas a úlceras, podendo haver lesões únicas ou múltiplas, sendo as
úlceras as mais comuns. No entanto, lesões atípicas caracterizadas por máculas ou pápulas
disseminadas podem ser encontradas. Achados não usuais podem ser observados nos pacientes
coinfectados, como, por exemplo, o encontro de Leishmania spp. em pele íntegra, e sobrepondo lesão
de sarcoma de Kaposi, ou em lesões de Herpes simplex e Herpes-zóster. Pode, ainda, haver
acometimento do trato gastrointestinal e do trato respiratório para a coinfecção Leishmania-HIV.

Recomenda-se oferecer a sorologia para HIV para todos os pacientes com LTA,
independentemente da idade. Ressalta-se a importância de obter o resultado da sorologia para HIV o
mais rapidamente possível, para orientar a conduta clínica específica.

10.11.1.2 Tratamento:

10.11.1.2.1 Ausência de Co-infecção com HIV:

A droga de primeira escolha é o antimonial pentavalente, com exceção dos pacientes


coinfectados com HIV e gestantes. Não havendo resposta satisfatória com o tratamento pelo antimonial
pentavalente, as drogas de segunda escolha são a anfotericina B e o isotionato de pentamidina.

Em crianças emprega-se o mesmo esquema terapêutico utilizado para o tratamento de


pacientes adultos.
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Antimoniato de N-metilglucamina é comercializado em frascos de 5 ml, que contêm 1,5


g do antimoniato bruto e 405 mg/Sb . Ou seja, cada ml contém 81 mg de Sb . A posologia deve ser
calculada em mg/Sb para uniformizar o tratamento.

Os esquemas terapêuticos e acompanhamento das formas cutânea localizada ou


disseminada, mucosa e difusa da LTA estão descritas no Quadro 1:

Monitoramento Acompanhame
DROGA DOSE VIA DURAÇÃO durante nto após o
tratamento tratamento

1ª escolha

< 50 anos: semanal


Cutânea localizada ou
disseminada:
15mg/kg/dia (10 - Cutânea localizada ou
20mg Sb+5/kg/dia) disseminada: 20 dias > 50 anos: Mensal, por 3
Endovenosa acompanhamento meses. Não
Antimoniato
eletrocardiográfico havendo resposta
N-metil
Ou duas vezes por satisfatória,
glucamina Mucosa: 20mg/Sb + Mucosa: 30 dias devem-se utilizar
semana.
5/kg/dia intramuscular as drogas
alternativas.

Difusa: 20 dias
Demais exames
Difusa:
semanalmente
20mg/Sb+5/kg/dia

ALTERNATIVAS
1mg/kg/dia diariamente
ou em dias alternados
(dose máxima diária de
50mg)

Desoxicolat Deve ser administrada


Doses aplicadas em
o de até atingir as seguintes
Endovenosa períodos variáveis; Diário Mensal, por 3
anfotericina doses totais: meses
depende da tolerância
B
Forma cutânea: 1 a
1,5g

Forma mucosa: 2,5 a


3g
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Anfotericina Diariamente, até


B 1 a 4mg/kg/dia Endovenosa completar 1 a 1,5g de Diário Mensal, por 3
lipossomala dose total meses

Endovenosa
Isotionato
4mg/kg/dia, em dias Duas vezes por
de
alternados
Ou 3 a 10 aplicaçõesb semana
Mensal, por 3
pentamidina meses
intramuscular

a Esta droga está registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para uso no tratamento da leishmaniose visceral (LV), mas
não existe registro para uso na leishmaniose tegumentar americana (LTA), sendo considerada uma droga off label para essa indicação, pois
ainda não há eficácia comprovada por meio de ensaios clínicos controlados que possam respaldar o seu uso rotineiro. O uso off label de
qualquer medicamento pode ser realizado por conta e risco do médico que o prescreve. A recomendação está baseada em experiências
relatadas na literatura que permitem indicar o uso da anfotericina B lipossomal para LTA, nos casos em que todas as demais opções
terapêuticas tenham sido utilizadas sem sucesso ou contraindicadas.

b Três aplicações para pacientes infectados por L. (V.) guyanensis e 10 aplicações para pacientes infectados por L. (V.) braziliensis ou L. (L.)
amazonensis.

10.11.1.2.2 Coinfectados com Leishmania-HIV:

Em pacientes coinfectados com Leishmania-HIV, o medicamento de primeira escolha


é a anfotericina B. Recomenda-se o uso do desoxicolato de anfotericina B (tanto para a forma clínica
cutânea como para a mucosa). Outras alternativas terapêuticas disponíveis são o antimoniato de N-
metilglucamina e o isotionato de pentamidina.

Monitoramento
DROGA DOSE VIA DURAÇÃO
durante tratamento

1mg/kg/dia diariamente
ou em dias alternados
(dose máxima diária de
50mg)
Desoxicolato de Endovenosa Doses aplicadas em
Diário
anfotericina B Deve ser administrada períodos variáveis;
até atingir a dose depende da tolerância
acumulada de 1 a 1,5g
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Endovenosa
Antimoniato de N-
15 mg/kg/d de Sb OU 30 dias Semanal
metil glucamina
Intramuscular

Intramuscular

OU
Isotionato de 4 mg/kg/dia do sal em
10 aplicações1 Semanal
pentamidina dias alternados
Endovenosa

Diariamente até
Anfotericina B
1 a 4 mg/ kg/dia Endovenosa completar 2,5 a 3 g de Diário
lipossomal2
dose total

Fonte: (SVS/MS).

1 Dez aplicações para pacientes infectados por L(V) braziliensis.

2 No Brasil, esta droga está registrada na ANVISA para uso no tratamento da LV. Entretanto, não existe registro para uso na LT,
sendo então considerada uma droga off label para essa indicação. O tratamento das formas tegumentares com anfotericina B
lipossomal não teve sua eficácia comprovada por meio de ensaios clínicos controlados que possam respaldar o seu uso rotineiro. No
entanto, o uso off label de qualquer medicamento pode ser realizado por conta e risco do médico que o prescreve ().

A recomendação na tabela está baseada em experiências relatadas na literatura que permitem indicar o uso da anfotericina B
lipossomal para LT nos casos em que todas as demais opções terapêuticas tenham sido utilizadas sem sucesso ou contraindicadas.

10.11.2 Leishmaniose Visceral:

Doença crônica e sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso,
astenia, adinamia, hepatoesplenomegalia e anemia, dentre outras. Quando não tratada, pode evoluir
para óbito em mais de 90% dos casos.

Causada por protozoários tripanosomatídeos do gênero Leishmania. Nas Américas, a


Leishmania (Leishmania) chagasi é a espécie comumente envolvida na transmissão da leishmaniose
visceral (LV).
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A transmissão ocorre pela picada dos vetores infectados pela Leishmania (L.) chagasi. Não
ocorre transmissão de pessoa a pessoa. No Brasil, duas espécies estão relacionadas com a
transmissão da doença: Lutzomyia longipalpis, a principal; e Lutzomyia cruzi.

Crianças e idosos são mais suscetíveis. Existe resposta humoral detectada através de
anticorpos circulantes, que parecem ter pouca importância como defesa.

10.11.2.1 Tratamento:

Sempre que possível, a confirmação parasitológica da doença deve preceder o


tratamento. Porém, quando o diagnóstico sorológico ou parasitológico não estiver disponível ou na
demora da sua liberação, o tratamento deve ser iniciado.

O sistema de escores indicadores de gravidade disposto nos Quadros 1 e 2 do Guia de


Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde do Brasil, serve como um critério para decisão sobre o
nível de atenção onde o tratamento do paciente deverá ser realizado.

Quando o escore clínico for maior ou igual a 4, ou o escore clínico-laboratorial for maior
ou igual a 6, o tratamento deve ser realizado em âmbito hospitalar. Para os demais casos, a
hospitalização do paciente é opcional.

O tratamento engloba terapêutica específica e medidas adicionais, como hidratação,


antitérmicos, antibióticos, hemoterapia e suporte nutricional. Exames laboratoriais e eletrocardiográficos
deverão ser realizados durante o tratamento para acompanhar a evolução e identificar possível
toxicidade medicamentosa.
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Fonte: Guia de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde, 2019.


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Fonte: Guia de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde, 2019.

A anfotericina B é a única opção no tratamento de gestantes e de pacientes que tenham


contraindicações ou que manifestem toxicidade ou refratariedade relacionada ao uso dos antimoniais
pentavalentes.

Antimoniato de N-metilglucamina é comercializado em frascos de 5 ml, que contêm 1,5 g


do antimoniato bruto e 405 mg/Sb . Ou seja, cada ml contém 81 mg de Sb . A posologia deve ser
calculada em mg/Sb para uniformizar o tratamento.
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Recomenda-se o antimoniato de N-metil glucamina como fármaco de primeira escolha


para o tratamento da LV, exceto em algumas situações, nas quais se recomenda o uso da anfotericina
B, prioritariamente em sua formulação lipossomal:

 Idade < 1 ano;

 Idade maior que 50 anos;

 Escore de gravidade: clínico >4 ou clínico-laboratorial >6;

 Insuficiência renal;

 Insuficiência hepática;

 Insuficiência cardíaca;

 Intervalo QT corrigido maior que 450ms;

 Uso concomitante de medicamentos que alteram o intervalo QT;

 Hipersensibilidade ao antimonial pentavalente ou a outros medicamentos utilizados para o


tratamento da LV;

 Infecção pelo HIV;

 Comorbidades que comprometem a imunidade;

 Uso de medicação imunossupressora;

 Falha terapêutica ao antimonial pentavalente ou a outros medicamentos utilizados para o


tratamento da LV;

 Gestantes.

10.11.2.1.1 Coinfectados com Leishmania-HIV:

Em pacientes coinfectados com Leishmania-HIV o medicamento de primeira escolha é


anfotericina formulação lipossomal.
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ANTIMICROBIANOS

MONITORAMENTO
DROGA DOSE VIA DURAÇÃO DURANTE
TRATAMENTO

1ª ESCOLHA

5 dias consecutivos

+
Anfotericina B
Endovenosa Diário
lipossomal 4 mg/ kg/dia Dose única semanal
por até 5 semanas

(dose total de 25 a 40
mg/kg)

ALTERNATIVAS

Desoxicolato de 0,7 mg/ kg/d (dose


Endovenosa 28 dias Diário
anfotericina B máxima diária de 50 mg)

Endovenosa Mínimo de duas vezes


Antimoniato de por semana com
N-metil 20 mg/ kg/dia de Sb OU 30 dias ênfase na avaliação da
Glucamina toxicidade pancreática
Intramuscular e cardíaca

Fonte: (SVS/MS).

10.12 LEPTOSPIROSE

10.12.1 Tratamento:

10.12.1.1 Assistência Médica ao paciente:

Hospitalização imediata dos casos graves, visando evitar complicações e diminuir a


letalidade. Nos casos leves, o atendimento é ambulatorial.

A Figura 1 tem como objetivo ajudar na orientação de condutas terapêuticas no


primeiro atendimento de pacientes com síndrome febril aguda suspeita de leptospirose, mas não deve
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ser usado como o único instrumento de decisão terapêutica.

Fonte: Guia de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde, 2019.


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Uma vez reconhecidos os sinais de alerta do paciente, devem-se iniciar as condutas indicadas
na Figura 2:
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Fonte: Guia de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde, 2019.


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10.12.3.2 Antibioticoterapia:

A antibioticoterapia está indicada em qualquer período da doença, mas sua eficácia


costuma ser maior na 1ª semana do início dos sintomas.

 Contra-indicação de uso de Penicilinas ou Ceftriaxona:

Fase Precoce: Azitromicina 1g no primeiro dia. Nos demais (2-3) 500 mg, VO. Total 3
dias.

Fase Tardia: Azitromicina 10 mg/kg (dose máxima 500 mg), no primeiro dia. Nos
demais (2-3) 5mg/kg/dia (máximo 250 mg), IV. Total 3 dias.

10.13 MALÁRIA

Doença infecciosa febril aguda, causada pelas espécies do protozoário Plasmodium


(prevalentes no Brasil: malariae, ovale, vivax e falciparum).
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10.13.1 Esquemas recomendados para a malária não-complicada:

10.13.2 Malária por P. vivax ou P. ovale:

O objetivo do tratamento é curar tanto a forma sanguínea quanto a forma hepática (cura
radical), e assim prevenir recrudescência e recaída, respectivamente. Para isso, usa-se a combinação
de dois medicamentos: cloroquina e primaquina.

Importante Lembrar:

 Crianças menores de 10 kg não devem fazer tratamento com cloroquina com


comprimidos fracionados, sendo necessária a escolha entre
artemeter/lumefantrina (Tabela 1) ou artesunato/ mefloquina (Tabela 2).

 Gestantes, puérperas até um mês de lactação e crianças menores de 6 meses


não podem usar primaquina nem tafenoquina.

 Pessoas com deficiência suspeita ou confirmada de G6PD (atividade abaixo de


30%) deverão fazer a primaquina na dose semanal (0,75 mg/dose) por 8 semanas
(Tabela 5).

 Gestantes, puérperas, menores de 16 anos e pessoas com atividade de G6PD


abaixo de 70% não podem usar tafenoquina.

 Gestantes com infecções por P. vivax ou P. ovale devem usar o tratamento


convencional com cloroquina por três dias e cloroquina profilática (5
mg/kg/dose/semana) até o fim do primeiro mês de lactação, para prevenção de
recaídas.

 Como a primaquina é utilizada por sete dias, muitos pacientes não costumam
tomar a medicação até o final. Após o terceiro dia de tratamento, quando já se
sentem melhores, alguns pacientes param de tomar a primaquina. Assim, é
preciso orientar sobre a necessidade de adesão, ainda que o paciente esteja sem
sintomas.
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Fonte: Guia de tratamento da malária no Brasil Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e
Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020.

IMPORTANTE:

1. Pacientes que pesem mais de 120 kg (não contemplados nessa tabela) devem ter
sua dose de primaquina calculada pelo peso;

2. Administrar os medicamentos preferencialmente após as refeições.


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Fonte: Guia de tratamento da malária no Brasil Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e
Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020.

IMPORTANTE:

1. Pacientes que pesem mais de 120 kg (não contemplados nessa tabela) devem ter
sua dose de primaquina calculada pelo peso;

2. Administrar os medicamentos preferencialmente após as refeições.

Tratamento em Gestantes:
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Fonte: Guia de tratamento da malária no Brasil Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e
Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020.

10.13.3 Malária por P. malariae:

O tratamento de P. malariae assemelha-se ao tratamento para malária vivax (apenas


cloroquina por três dias), porém sem a necessidade de uso da primaquina.

10.13.4 Malária por P. falciparum e Infecções Mistas:

É recomendação da OMS o tratamento de P. falciparum com uma terapia combinada


com algum derivado de artemisinina (ACT). A eficácia e a segurança de artesunato/mefloquina e
artemeter/lumefantrina são bastante semelhantes. Recomenda-se o uso de artemeter/lumefantrina
(Tabela 7) ou artesunato/mefloquina (Tabela 8) para o tratamento de P. falciparum, conforme a
disponibilidade local.

A primaquina deve ser administrada em dose única no primeiro dia do tratamento, na


dose de 0,5 mg/kg (tabelas 8 e 9), independentemente da atividade da enzima G6PD, por se tratar de
baixa dose.
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Fonte: Guia de tratamento da malária no Brasil Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e
Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020.

Tratamento em Gestantes:

Fonte: Guia de tratamento da malária no Brasil Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e
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Fonte: Guia de tratamento da malária no Brasil Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e
Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020.

10.13.5 Malária por Infecções Mistas:

Para pacientes com infecção mista por P. falciparum e P. vivax (ou P. ovale), o
tratamento deve incluir artemerter/lumefantrina ou artesunato/mefloquina, que são drogas
esquizonticidas sanguíneas eficazes para todas as espécies, associando-as à primaquina por sete dias
(para o tratamento radical de P. vivax), nas doses especificadas nas tabelas 1 e 2.
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Fonte: Guia de tratamento da malária no Brasil Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e
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Fonte: Guia de tratamento da malária no Brasil Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e
Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020.

10.13.6 Recorrência por P. falciparum:

No caso de falha de tratamento após o uso de artemeter/lumefantrina (Opção 1) em até


28 dias após o início do tratamento, recomenda-se o uso do esquema terapêutico com
artesunato/mefloquina – Tabela 7 (Opção 2)6.

Em caso de falha de tratamento após o uso de artesunato/mefloquina (Opção 2) em até


42 dias após o início do tratamento, recomenda-se o uso do esquema terapêutico com
artemeter/lumefantrina – Tabela 6 (Opção 1)6.

Caso o paciente apresente alguma parasitemia na gota espessa, seja de formas


sexuadas ou assexuadas, e já tenha sido tratado para malária P. falciparum há mais de 42 dias, tratar
como se fosse caso novo, ainda que o paciente não apresente sintomas.
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10.13.2 Esquemas recomendados para malária complicada:

Embora a maioria dos casos de malária grave seja causada por infecções por P. falciparum,
as por P. vivax também podem causar doença grave e morte, seja por ruptura espontânea ou
traumática do baço, complicações respiratórias ou anemia grave, especialmente em pacientes com
doenças concomitantes, pacientes debilitados e desnutridos. Também não é raro que formas
complicadas de malária vivax (com icterícia ou sangramento) estejam associadas à coinfecções, tais
como dengue.

A orientação da OMS é tratar adultos e crianças com malária grave (incluindo crianças
menores/lactentes e gestantes em todos os trimestres de gestação e em período de amamentação)
com artesunato intravenoso (IV) ou intramuscular (IM), um antimalárico potente e de ação rápida,
por no mínimo 24 horas e até que possam tomar medicação oral (completar então o tratamento
preconizado por espécie parasitária – respeitando as restrições de uso da primaquina).

 Crianças < 20 kg devem receber maior dose parenteral de artesunato (3,0


mg/kg/dose) para garantir uma exposição equivalente ao medicamento.

 Crianças > 20 kg e adultos: 2,4 mg/kg/dose.

Assim que o paciente puder usar a medicação oral, deve-se prescrever um ACT por três
dias, ainda que ao final dos sete dias de uso de artesunato injetável.

Caso um paciente tenha o diagnóstico de malária complicada e o artesunato injetável não


estiver disponível na unidade para uso imediato, deve-se fazer uso de algum ACT disponível até que a
medicação injetável seja disponibilizada.

O uso de clindamicina IV também é uma opção alternativa, apesar de sua ação


esquizonticida lenta (20 mg/kg/ dia, dividido em três doses, por sete dias).

10.14 MENINGITES:

10.14.1 MENINGITES BACTERIANAS

10.14.1.1 ADULTO: Etiologia da Meningite de acordo com a Circunstância Clínica


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Alguns estudos sugerem que o uso de corticoide (dexametasona 0,15 mg/kg a cada 6h por
4 dias) possa melhorar o prognóstico da meningite por S. pneumoniae. Se o corticoide for utilizado, a
vancomicina deverá ser evitada, pois sua penetração no líquor estará diminuída.

10.14.1.2 PEDIATRIA: Antibioticoterapia Empírica de Acordo com a Faixa Etária


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10.14.2 MENINGITES VIRAIS:

O tratamento antiviral específico não tem sido amplamente utilizado. Em geral, utiliza-se o
tratamento de suporte, com avaliação criteriosa e acompanhamento clínico.

Tratamentos específicos somente estão preconizados para a meningite herpética (HSV 1 e


2 e VZV) com aciclovir endovenoso.

Aciclovir 10 mg/Kg/, IV, de 8/8h por 7-10 dias

OU
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Valaciclovir 1000 mg, IV, 12/12h por 7-10 dias.

Na caxumba, a gamaglobulina específica hiperimune pode diminuir a incidência de orquite,


porém não melhora a síndrome neurológica.

10.15 PARACOCCIDIOIDOMICOSE:

Micose sistêmica, provocada pelo complexo Paracoccidioides brasiliensis (P. brasiliensis) e


pela espécie Paracoccidioides lutzii (P. lutzii), relacionada às atividades agrícolas. A evolução insidiosa
do quadro clínico pode ter como consequência sequelas graves se o diagnóstico e o tratamento não
forem instituídos precoce e adequadamente.

A paracoccidioidomicose (PCM) pode comprometer qualquer órgão, aparelho ou sistema,


podendo ser classificada em três tipo, de acordo com a forma clínica:

 Forma aguda/subaguda (juvenil): subclassificada em moderada ou grave;

 Forma crônica (do adulto), subclassificada em leve, moderada, grave;

 Forma residual ou sequelas.

10.15.1 Antibioticoterapia:

FORMA CLÍNICA ANTIBIOTICOTERAPIA

Doença LEVE ou MODERADA Droga de escolha: Itraconazol 200 mg, VO, de


24/24 horas, por 9-18 meses.

OU

*Sulfametoxazol + trimetoprim (800+160 mg), VO, de


8/8 a 12/12 horas, por 18-24 meses.

OU

*Voriconazol 6mg/Kg, VO, por 2 doses. Seguido de 4


mg/Kg, VO, de 12/12 horas, por 9-18 meses.
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OU

*Fluconazol 600-800mg, VO, de 24/24 horas, por 9-


18 meses.

OU

*Cetoconazol 200-400 mg/dia, VO, por 9-18 meses.

Fase de Indução:

*Anfotericina B desoxicolato 0,5 -0,7 mg/Kg/ dia


(DOSE MÁXIMA: 50 mg/dia), EV, de 24/24 horas.
(dose acumulada: 30 mg/Kg), por 2-4 semanas.

OU

*Anfotericina B formulação lipídica 3-5 mg/Kg/dia,


EV, de 24/24 horas, por 2-4 semanas.

Fase de Manutenção

* Itraconazol 200 mg, VO, de 24/24 horas, por no


Doença GRAVE mínimo 12 meses.

OU

* Sulfametoxazol + trimetoprim (800+160 mg), VO,


de 8/8 a 12/12 horas, por 18-24 meses.

OU

*Voriconazol 6mg/Kg, VO, por 2 doses. Seguido de 4


mg/Kg, VO, de 12/12 horas, por 9-18 meses.

OU

*Fluconazol 600-800mg, VO, de 24/24 horas, por 9-


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18 meses.

OU

*Cetoconazol 200-400 mg/dia, VO, por 9-18 meses.

*** Fluconazol endovenoso (600 a 800mg/dia) pode ser também uma opção terapêutica na fase de indução

10.16 PARTES MOLES

10.16.1 Infecções de Pele

DOENÇA TRATAMENTO DE ESCOLHA TRATAMENTO ALTERNATIVO

Cefalexina 1g, VO, de 6/6 horas, por 7 dias Sulfametoxazol+trimetoprim 800+160


mg, VO, de 12/12 horas por 7 dias
OU
IMPETIGO OU
Penicilina Benzatina 1,2 milhões de unidades,
IM,dose única. Clindamicina 300 mg, VO, de 6/6 horas,
por 7 dias.

Penicilina G Cristalina 200.000 Clindamicina 600 mg, EV, 6/6 horas ou


unidades/Kg/dia, EV, divididos de 4/4 horas, 900 mg, EV, 8/8 horas. Por 7-14 dias.
por 10-14 dias.
OU
ERISIPELA
OU
Linezolida 600 mg, EV, de 12/12 horas,
Ceftriaxona 1g, EV, de 12/12 horas, por 7-14 por 7-14 dias.
dias.
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Penicilina G Cristalina 200.000 Clindamicina 600 mg, EV, 6/6 horas ou


unidades/Kg/dia, EV, divididos de 4/4 horas, 900 mg, EV, 8/8 horas. Por 7-14 dias.
por 10-14 dias.
OU
CELULITE
OU
Linezolida 600 mg, EV, de 12/12 horas,
Ceftriaxona 1g, EV, de 12/12 horas, por 7-14 por 7-14 dias.

dias.

10.17 PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE (PAC) EM ADULTOS

Os pacientes com diagnóstico de PAC devem ser sempre avaliados quanto à gravidade da
doença, cuidado que tem impacto direto na redução da mortalidade.

Os instrumentos validados incluem Pneumonia Severity Index (PSI); mental Confusion, Urea,
Respiratory rate, Blood pressure, and age ≥ 65 years (CURB-65); CRB-65 (sem determinação de ureia);
as diretrizes da American Thoracic Society/Infectious Diseases Society of America (ATS/IDSA) de 2007;
Systolic blood pressure, Multilobar involvement, Albumin, Respiratory rate, Tachycardia, Confusion,
Oxygenation, and pH (SMART-COP); e Severe Community-Acquired Pneumonia (SCAP) — os três
últimos relacionados a pneumonia grave e internação em UTI.

CURB-65 e CRB-65:

O CURB-65 baseia-se em variáveis das quais deriva seu nome (em inglês): Confusão mental
(escore ≤ 8, segundo o abbreviated mental test score)(48); Ureia > 50 mg/dl; frequência Respiratória >
30 ciclos/min; (Blood pressure): pressão arterial sistólica < 90 mmHg ou pressão arterial diastólica < 60
mmHg; e Idade ≥ 65 anos. ) A forma simplificada (CRB-65), sem a dosagem de ureia, é útil em
ambientes nos quais exames laboratoriais não estão disponíveis, como na atenção primária.
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Figura: Escore CURB-65 e sugestões do local de tratamento de pacientes com pneumonia


adquirida na comunidade. CURB-65: Confusão mental; Ureia > 50 mg/dl; frequência Respiratória > 30
ciclos/min; Blood pressure (pressão arterial sistólica) < 90 mmHg ou diastólica < 60 mmHg; e idade ≥ 65
anos;
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Figura: Escore CRB-65 e sugestões do local de tratamento de pacientes com PAC. CRB65:
CRB-65: C: Confusão mental; frequência Respiratória > 30 ciclos/min; Blood pressure (pressão arterial
sistólica) < 90 mmHg ou diastólica < 60 mmHg; e idade ≥ 65 anos.

Diretrizes da ATS/IDSA 2007:

Os critérios de gravidade adotados pelo documento conjunto da ATS/IDSA 13 e sua versão


simplificada14 estão classificados como maiores e menores (Quadro). Na presença de um dos critérios
maiores (choque séptico ou indicação de ventilação mecânica), há a indicação de admissão à UTI. Já a
presença de três ou mais critérios menores também indica cuidados intensivos. Esses critérios,
entretanto, não se prestam para a avaliação de pacientes ambulatoriais, motivo pelo qual o próprio
documento recomenda o uso do PSI ou do CURB-65 para guiar a decisão nesses pacientes.

Quadro: Estratificação de risco segundo consenso da American Thoracic Society/Infectious


Diseases Society of America simplificado.
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CRITÉRIOS MAIORES

Choque séptico Necessidade de Ventilação Mecânica

CRITÉRIOS MENORES

FR > 30 ciclos/min Confusão mental PaO2/FiO2 < 250

Ureia ≥ 50 mg/dl Infiltrados multilobares PAS < 90 mmHg

10.17.1 Tratamento PAC paciente internado em ENFERMARIA:

TRATAMENTO EMPÍRICO MONOTERAPIA DURAÇÃO

1ª OPÇÃO Ceftriaxona 1g, EV, 12/12h 7-10 dias

2ª OPÇÃO Levofloxacino 750 mg, VO/EV, 24/24h 5-7 dias

3ª OPÇÃO Moxifloxacino 400mg, VO/EV, de 24/24h 5-7 dias

TRATAMENTO EMPÍRICO COM ASSOCIAÇÃO DURAÇÃO

1ª OPÇÃO Ceftriaxona 1g, EV, 12/12h + Claritromicina 500 mg, VO/EV, 7-10 dias
de 12/12h

2ª OPÇÃO Ampicilina+sulbactam 1,5 a 3g, EV, de 6/6 ou 8/8h + 7-10 dias


Claritromicina 500 mg, VO/EV, de 12/12h

3ª OPÇÃO Piperacilina+tazobactam 4,5g, EV, 6/6h + Claritromicina 500 7-10 dias


mg, VO/EV, de 12/12h
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10.17.2 Tratamento PAC paciente internado em UTI:

TRATAMENTO EMPÍRICO COM ASSOCIAÇÃO DURAÇÃO

1ª OPÇÃO Ceftriaxona 1g, EV, 12/12h + Claritromicina 500 mg, EV, de 7-10 dias
12/12h

2ª OPÇÃO Ampicilina+sulbactam 1,5 a 3g, EV, de 6/6 ou 8/8h + 7-10 dias


Claritromicina 500 mg, VO/EV, de 12/12h

3ª OPÇÃO Ceftriaxona 1g, EV, 12/12h + Levofloxacino 750 mg, EV, 7-10 dias
24/24h

10.17.3 Tratamento PAC alvo-específica:

SITUAÇÃO CLÍNICA ANTIBIOTICOTERAPIA DURAÇÃO

Ceftriaxona 1g, EV, 12/12h


Pneumonia
Levofloxacino 750 mg, VO/EV, 24/24h OU 7-10 dias
Aspirativa
Moxifloxacino 400mg, VO/EV, de 24/24h.

Aspiração de Ampicilina + sulbactam 1,5-3g, EV, 8/8h ou até 6/6h


conteúdo gástrico, OU
Pneumonia
necrosante, Piperacilina+tazobactam 4,5g, EV, 6/6h OU 7-21 dias
Abscesso pulmonar Clindamicina 600 mg, EV, 8/8h OU
ou doença
periodontal grave Moxifloxacino 400 mg, EV, 24/24h OU

S. aureus resistente Clindamicina 600 mg, EV, 8/8h


a meticilina
Linezolida 600 mg, EV, 12/12h OU 7-21 dias

Vancomicina 500-100mg, EV, 6/6 a 12/12h

Pseudomonas spp. Levofloxacino 750 mg, VO/EV, 24/24h OU 10-14 dias


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Piperacilina+tazobactam 4,5g, EV, 6/6h OU

Meropenem 1g, EV, 8/8h OU

Polimixina B 15.000 a 25.000 unidades/Kg/dia, EV,


dividida em 2 doses diárias

10.18 PNEUMONIA COMUNITÁRIA EM PEDIATRIA

IDADE ANTIBIOTICOTERAPIA DURAÇÃO

Penicilina cristalina 150.000 unidades/kg/dia, EV,


6/6h (dose máxima: 24 milhões de unidades/dia) OU

Ampicilina 200 mg/Kg/dia, EV, 6/6h (dose máxima


< 2 MESES 12g/dia) 7-10 dias
+

Gentamicina (dose de acordo com idade


gestacional- IG e cronológica)

1ª opção: Ampicilina 200 mg/Kg/dia, EV, 6/6h


(dose máxima 12g/dia) OU

Penicilina cristalina 150.000 unidades/kg/dia, EV,


6/6h (dose máxima: 24 milhões de unidades/dia)

2ª opção: Amoxicilina + clavulanato 90mg/Kg/dia


2 meses a 5 anos de
(dose máxima: 1g), EV, 8/8 OU 7-10 dias
idade
Ampicilina + sulbactam 200 mg/Kg/dia (dose
máxima: 2g de ampicilina/dose), EV, 6/6h.

Pneumonia Grave: Ceftriaxona 100 mg/Kg/dia


(dose máxima: 4g/dia), EV, 12/12h + Oxacilina 200
mg/Kg/dia (dose máxima: 12g/dia), EV, 6/6h
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6 – 15 anos de idade Penicilina cristalina 150.000 unidades/kg/dia, EV,


6/6h (dose máxima: 24 milhões de unidades/dia) OU
7-21 dias
Ampicilina 200 mg/Kg/dia, EV, 6/6h (dose máxima
12g/dia)

10.19 PNEUMONIA ASSOCIADA À ASSISTENCIA A SAÚDE

10.19.1 Pneumonia associada à assistência a saúde sem fator de risco para


Multidroga resistente (MDR):

TRATAMENTO EMPÍRICO MONOTERAPIA DURAÇÃO

1ª OPÇÃO Cefepima 2g, EV, 8/8h 10-14 dias

2ª OPÇÃO Levofloxacino 750 mg, VO/EV, 24/24h 10-14 dias

3ª OPÇÃO Piperacilina+tazobactam 4,5g, EV, 6/6h 10-14 dias

4ª OPÇÃO Meropenem 1g, EV, 8/8h

10.19.2 Pneumonia associada à assistência a saúde sem fator de risco para bacilos
gram-negativos MDR, mas com fator de risco para S. aureus multirresistente (MRSA):

TRATAMENTO EMPÍRICO DURAÇÃO

1ª OPÇÃO Cefepima 2g, EV, 8/8h 10-14 dias

2ª OPÇÃO Ceftazidima 2g, EV, 8/8h 10-14 dias

3ª OPÇÃO Piperacilina+tazobactam 4,5g, EV, 6/6h 10-14 dias

4ª OPÇÃO Meropenem 1g, EV, 8/8h 10-14 dias

5ª OPÇÃO Aztreonam 2g, EV, 8/8h 10-14 dias

ASSOCIADO COM Linezolida 600mg, EV, 12/12 10-14 dias


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OU

Vancomicina 15-20 mg/Kg (com base no peso corporal


real), EV, de 12/12h

10.19.3 Pneumonia associada à assistência a saúde com fator de risco para patógeno
MDR:

TRATAMENTO EMPÍRICO DURAÇÃO

1ª OPÇÃO Cefepima 2g, EV, 8/8h 10-14 dias

2ª OPÇÃO Piperacilina+tazobactam 4,5g, EV, 6/6h 10-14 dias

3ª OPÇÃO Meropenem 1g, EV, 8/8h 10-14 dias

4ª OPÇÃO Aztreonam 2g, EV, 8/8h 10-14 dias

Amicacina (50, 125 ou 250 mg/mL): fazer 15-20 mg/Kg,


EV, 24/24h OU
Até 7 dias
ASSOCIADO COM Gentamicina (20,40,60,80,120, 160 ou 280 mg/fr): fazer 5-
7 mg/Kg, EV, 24/24h OU

Ciprofloxacino (2-10mg/mL): fazer 400 mg, EV, de 8/8h 10-14 dias

Linezolida 600mg, EV, 12/12

OU
ASSOCIADO COM 10-14 dias
Vancomicina 15-20 mg/Kg (com base no peso corporal
real), EV, de 12/12h

10.19.4 Pneumonia associada à assistência a saúde com fator de risco para


Pseudomonas spp, Acinetobacter spp ou Enterobactericeae (incluindo Klebsiella pneumoniae)
MDR:
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TRATAMENTO EMPÍRICO DURAÇÃO

1ª OPÇÃO Cefepima 2g, EV, 8/8h 10-14 dias

2ª OPÇÃO Piperacilina+tazobactam 4,5g, EV, 6/6h 10-14 dias

3ª OPÇÃO Meropenem 1g, EV, 8/8h 10-14 dias

Polimixina B (500.000 unidades/fr): fazer 2,5-3 mg/Kg, Até 7 dias

ASSOCIADO COM divididos em 12/12h, EV OU

Aztreonam 2g, EV, 8/8h* 10-14 dias

Linezolida 600mg, EV, 12/12

OU
ASSOCIADO COM 10-14 dias
Vancomicina 15-20 mg/Kg (com base no peso corporal
real), EV, de 12/12h

*Embora o uso de dois betalactâmicos seja geralmente evitado, na ausência de ouras opções, é
aceitável usar Aztreonam como um segundo agente para bactérias gram-negativas, pois ambos
terão alvos diferentes dentro da parede celular.

10.20 RAIVA HUMANA

Moléstia infecciosa aguda com prognóstico fatal, causada por vírus da família rhabdoviridae
– e constituído por molécula de RNA.

10.20.1 Tratamento:

Não há antiviral específico, sendo apenas de suporte clínico:

10.20.2 Cuidados Gerais

O doente deve ser mantido em ambiente confortável, com pouca luminosidade, sem ruídos
e sem visitas, sob rigoroso controle hidroeletrolítico e monitorização de funções cardíacas e
respiratórias.
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Substâncias odoríferas devem ser evitadas afim de não provocar espasmos musculares
dolorosos no paciente.

Recomendações à Equipe de Saúde – Uso de EPIs – Máscaras, luvas, óculos, capotes ao


manuseio do paciente com encefalite rábica.

10.20.3 Terapia de Suporte

 Importante – Sonda Naso-Gástrica ou Enteral sob sedação;

 Hidratação Venosa e Balanço Hídrico Adequado:

Solução Fisiológica 0,9% ou Ringer Lactato (rigorosa)

Solução glicosada 10%

Reposição de Eletrólitos.

10.21 SÍFILIS

A sífilis é uma infecção bacteriana sistêmica, de evolução crônica, causada pelo Treponema
pallidum. Quando não tratada, progride ao longo dos anos, sendo classificada em sífilis recente
(primária, secundária, latente recente) e tardia (latente tardia e terciária).

A benzilpenicilina benzatina é o medicamento de escolha para o tratamento de sífilis, sendo a


única droga com eficácia documentada durante a gestação. Não há evidências de resistência de T.
pallidum à penicilina no Brasil e no mundo.

Outras opções para não gestantes, como a doxiciclina e a ceftriaxona, devem ser usadas
somente em conjunto com um acompanhamento clínico e laboratorial rigoroso, para garantir resposta
clínica e cura sorológica.

Devido ao cenário epidemiológico atual, recomenda-se tratamento imediato, com


benzilpenicilina benzatina, após apenas um teste reagente para sífilis (teste treponêmico ou teste não
treponêmico) para as seguintes situações (independentemente da presença de sinais e sintomas de
sífilis):

 Gestante;

 Vitima de violência sexual;


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 Pessoas com chance de perda de seguimento (que não retornarão ao serviço);

 Pessoas com sinais/sintomas de sífilis primária ou secundária;

 Pessoas sem diagnóstico prévio de sífilis.

10.21.1 Tratamento e Monitoramento de Sífilis:

10.21.1.1 Indivíduos não Co-infectados pelo HIV:

A benzilpenicilina benzatina é a única opção segura e eficaz para o tratamento adequado


das gestantes. Qualquer outro tratamento realizado durante a gestação, para fins de definição de caso e
abordagem terapêutica de sífilis congênita, é considerado tratamento não adequado da mãe; por
conseguinte, o RN será notificado como sífilis congênita e submetido a avaliação clínica e laboratorial.
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Fonte: DCCI/SVS/MS.

10.21.1.2 Indivíduo Co-Infectado pelo HIV:

As pessoas vivendo com HIV (PVHIV) coinfectadas com sífilis devem receber tratamento
clínico semelhante ao das pessoas HIV negativas.
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Esquemas alternativos à penicilina benzatina não foram bem estudados em PVHIV com
sífilis. Pessoas que apresentam reação alérgica grave (anafilaxia) à penicilina benzatina devem ser
cuidadosamente avaliadas quanto à necessidade de receber outra droga que não a penicilina.

10.21.2 Sífilis Congênita:

10.21.2.1 Tratamento com dose única de benzilpenicilina benzatina:

Para crianças assintomáticas, ou seja, com exame físico normal, sem alterações
liquóricas, com radiografias de ossos longos normais e sem outras alterações viscerais, com teste não
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treponêmico não reagente, o tratamento com benzilpenicilina benzatina em dose única é eficaz para
prevenção de evidência clínica de sífilis congênita e queda de titulação de teste não treponêmico,
conforme a Figura 8 (PARYANI et al., 1994; RADCLIFFE et al., 1997).

10.21.2.2 Tratamento com benzilpenicilina por dez dias:

Na ausência de neurossífilis, a criança com sífilis congênita pode ser tratada com
benzilpenicilina procaína fora da unidade hospitalar, por via intramuscular; OU com benzilpenicilina
potássica/cristalina, com internação hospitalar.

Como existem evidências de que os níveis de penicilina no líquor são menores com
penicilina procaína (AZIMI et al., 1994), é recomendado o uso de benzilpenicilina potássica/cristalina
para os casos de neurossífilis, com necessidade de internação hospitalar.

O esquema completo de dez dias com benzilpenicilina deve ser administrado mesmo
nos casos em que a criança tenha recebido Ampicilina por outra causa.
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10.21.2.3 Tratamento de sífilis congênita no período pós-natal:

Crianças diagnosticadas com sífilis congênita após um mês de idade e aquelas com
sífilis adquirida deverão ser tratadas com benzilpenicilina potássica/cristalina.

10.22 TÉTANO

Doença infecciosa aguda não contagiosa, causada pela ação de exotoxinas produzidas
pelo Clostridium tetani, as quais provocam um estado de hiperexcitabilidade do sistema nervoso central.

O diagnóstico do tétano é eminentemente clínico-epidemiológico, não dependendo de


confirmação laboratorial.

10.22.1 Tratamento:
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10.22.1.1 Sedação do paciente: O relaxamento muscular é o principal objetivo do


tratamento do tétano, o qual visa permitir a ventilação, reduzir o estímulo doloroso, evitar a hipertonia e
espasmos. Para tais fins, é recomendado o uso de benzodiazepínicos e miorrelaxantes.

10.22.1.2 Neutralização da toxina tetânica:

Administrar anti-histamínico antes do SAT.


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10.22.1.3 Desbridamento do foco infeccioso:

 Limpar o ferimento suspeito com soro fisiológico ou água e sabão;

 Realizar desbridamento, remoção do tecido desvitalizado e corpos estranhos.

10.22.1.4 Medidas Gerais de Suporte:

 Internar o paciente em quarto individual   com redução acústica, de luminosidade e


temperatura adequada;

 Pacientes graves internar em UTI para suporte ventilatório;

 Hidratação Adequada;

 Analgésico para aliviar a dor ocasionada pela contratura muscular.

10.22.1.5 Antibioticoterapia:

Visa a eliminação do Clostridium tetani. Para isso, a penicilina G cristalina ou o


metronidazol são antibióticos de escolha. Não há evidências suficientes que sustentem a superioridade
de uma droga em relação à outra, embora alguns dados mostrem maior benefício com o uso de
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metronidazol8.

10.23 VARICELA-ZOSTER:

Indicação de tratamento: Até 72horas do início do rash

 Neonatos

 > 12 anos

 Gestante

 Imunossuprimidos

 Pacientes em uso crônico de corticoide (oral ou inalatório)

 Pacientes em uso de salicilato

TRATAMENTO EMPÍRICO

Aciclovir VO: 20 mg/kg (máximo 800 mg) 5x/dia, por 5 dias

EV: 10 mg/kg/dose 8/8h, por 7 dias


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10.25 HERPES-ZOSTER:

Tratamento oral sempre indicado: Aciclovir 800mg, 5x/dia de 4/4h (pular a dose da noite).

Tratamento Endovenoso: Nenatos, imussuprimidos, pacientes em uso crônico de corticoide


(oral ou inalatório), pacientes em uso de salicilato e doença complicada.

 Aciclovir 10mg/kg/dose 8/8h por 7 dias.

Tratamento da Nevralgia Pós-Herpética:

 Tópico: Capsaicina a 0,75%, óleo de pimenta ou mentol a 10%, adesivo de lidocaína a


5 – 10 %.

 Sistêmico: Carbamazepina – 100-200 mg 12/12 horas, Amitriptilina 25-75 mg/dia,


Nortriptilina, Gabapentina, Flecaina, analgésicos, opióides;

 Casos refratários: Bloqueio simpático com bupivacaína, simpatectomia, outros.


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11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. ANVISA. Diretriz Nacional para Elaboração do Programa de Gerenciamento do Uso de


Antimicrobianos em Serviços de Saúde. Brasília. 2017.

2. Sanford Guide – Antimicrobial Therapy (latest digital content update: December 17, 2020).

3. Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).


Guia de Utilização de Anti-Infecciosos e Recomendações para a Prevenção de Infecções
Relacionadas a Assistência à Saúde - 2018-2020

4. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos /
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção
e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2018.

5. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções
Sexualmente Transmissíveis (IST)/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2020.

6. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Hospital Hélvio Auto (HEHA) – 2016.

7. Guia de Tratamento da Malária no Brasil [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de


Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2020. Acessado em 21/02/2021:
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/janeiro/29/af-guia-tratamento-malaria-
28jan20-isbn.pdf

8. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Guidelines for the Treatment of Malaria. Geneva: WHO,
2015.

9. Guia de Vigilância em Saúde: volume único [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria
de Vigilância em Saúde, Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em
Serviços. – 3ª. ed. – Brasília: da Saúde, 2019Ministério.

10. Manual de recomendações para diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes com a


coinfecção leishmania-HIV / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – 1. ed., rev. e ampl. – Brasília :
Ministério da Saúde, 2015.
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MANUAL

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BOAS PRÁTICAS NA PRESCRIÇÃO DE
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ANTIMICROBIANOS

11. II Consenso Brasileiro em Paracoccidioidomicose 2017. Shikanai-Yasuda MA, Mendes RP,


Colombo AL, Queiroz-Telles F de, Kono ASG, Paniago AMM et al. Brazilian guidelines for the
clinical management of paracoccidioidomycosis. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2017;50(4):1-26

12. Recomendações para o manejo da pneumonia adquirida na comunidade 2018. J Bras Pneumol.
2018;44(5):405-424.https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-
37132018000500405&tlng=en

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