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BIBLIOTECA DO CONDADO DE NEWTON

7116 FLOYD STREET, N.E.


COVINGTON, GA 30014

O SEGREDO DA LUZ
Por
WALTER RUSSELL

Terceira Edição

UNIVERSITY OF SCIENCE AND PHILOSOPHY


ANTERIORMENTE, WALTER RUSSELL FOUNDATION
SWANNANOA, WAYNESBORO, VIRGÍNIA 22980

BIBLIOTECA DO CONDADO DE NEWTON


1174 MONTICELLO STREET
COVINGTON, GA 30209

Copyright 1947 por Walter Russell


Copyright 1971, 1994 pela University of Science and Philosophy

ISBN 1-87-960510-4
Impresso nos Estados Unidos da América
Ao único Deus, o Deus universal,
este livro é humildemente dedicado
PREFÁCIO À EDIÇÃO DE 1971
O volume original de O SEGREDO DA LUZ foi publicado em 1947. Esta publicação atual inclui algumas
modificações e amplificações que o Doutor Russell fez em relação a este volume específico antes do seu redobramento
em 1963.

Desde que O SEGREDO DA LUZ foi lançado por Walter Russell, nosso Home Study Course anual de Lei Universal,
Ciências da Natureza e Filosofia Viva - e todos os outros livros aqui listados - foram escritos e lançados, pois o mundo
está agora totalmente pronto e muito necessitado dos novos e básicos conhecimentos contidos em todos estes
escritos.

LAO RUSSELL
A RESPEITO D’A ILÍADA DIVINA
A ILÍADA DIVINA é a base deste livro. A ILÍADA DIVINA é uma mensagem inspirada do Criador para dar ao
homem a compreensão necessária de sua relação com seu universo, com o homem, e com Deus, para o próximo ciclo.

O homem progride em ciclos de aproximadamente dois mil e quinhentos anos. No início de cada ciclo de sua
crescente consciência da Luz dentro de si mesmo, Deus envia mensagens através de mensageiros preparados para
promover sua compreensão da Luz. A compreensão dessas mensagens cósmicas exalta gradualmente a humanidade
em seres superiores e, assim, cada ciclo é mais um passo para o homem em direção à plena consciência da Luz, e de
sua Unicidade com Deus.

A ILÍADA DIVINA não pode ser totalmente publicada por muitos anos. O máximo que puder ser publicado agora
aparecerá nestas páginas. Outras partes serão divulgadas à medida que o mundo estiver pronto para recebê-las.

WALTER RUSSELL
PREFÁCIO À EDIÇÃO DE 1994
Esta edição de 1994 da clássica obra-prima de Walter Russell foi editada para corrigir erros ortográficos e
gramaticais, e adicionar várias notas do editor. A preservação da essência dos pensamentos e ensinamentos do Dr.
Russell foi o mais importante para nós.

A investigação científica das ideias de Walter Russell dá uma compreensão mais profunda da natureza do
Universo, e servirá como inspiração e luz para os próximos séculos. A aplicação tecnológica de seus princípios contém
a promessa de um futuro com energia não poluente que é tão desesperadamente necessária no momento.

É com grande esperança e expectativa para a maior compreensão e uso da humanidade d’O Segredo da Luz
que oferecemos esta edição atualizada.
A ONDA
NA ONDA ESTÁ O
SEGREDO DA CRIAÇÃO
PREFÁCIO DO AUTOR
Jesus disse: “DEUS É LUZ”, e nenhum homem daquela época soube o que Ele quis dizer. Chegou o dia em que
todos os homens devem saber o que Jesus quis dizer quando disse que “DEUS É LUZ”.

Dentro do segredo da Luz está um vasto conhecimento ainda não revelado ao homem. A Luz é tudo o que
existe; é tudo o que temos que lidar, mas ainda não sabemos o que é. O objetivo desta mensagem é dizer o que ela é.

A civilização atual avançou muito no conhecimento sobre COMO lidar com a matéria, mas nós não sabemos O
QUE é a matéria nem o PORQUÊ dela. Nem sabemos o que são energia, eletricidade, magnetismo, gravitação e
radiação. Tampouco sabemos o propósito dos gases inertes e O QUE são. Tampouco sabemos a estrutura dos átomos
elementares nem o princípio giroscópico que determina essa estrutura. Tampouco estamos cientes do fato de que
este é um universo bidirecional contínuo de balanceamento em todos os efeitos do movimento e não um universo
descontínuo unidirecional. Nem sequer ouvimos falar ou suspeitamos ainda do mais importante de todos os princípios
da física, O PRINCÍPIO DA ANULAÇÃO e os espelhos e lentes do espaço que são a causa da ilusão em todas as coisas
que se movem.

Nem sequer consideramos todo o universo elétrico material como sendo a ilusão que ele é; não havendo
nenhuma realidade para ele.

Tampouco temos a menor ideia da causa da curvatura do espaço, nem da anulação dessa curvatura em planos
de curvatura zero nos limites dos campos de ondas. Ninguém agora sabe como é que os cristais adquirem suas diversas
formas. Vai surpreender o mundo saber que essas formas de cristais são determinadas no espaço pelas formas dos
campos de ondas que delimitam as várias estruturas elementais.

Nem temos a mínima concepção do que constitui o princípio da vida, nem o princípio do crescimento, nem o
princípio de desdobramento-redobramento simultâneos que repete todos os padrões na Natureza sequencialmente
e os registra e anula à medida que são repetidos. Também não estamos cientes desse princípio de registro por meio
do qual o Criador realiza a soma total de cada ciclo sequencial em Seu universo que se desdobra e redobra até o fim
de suas manifestações sobre um planeta e seu início em um novo planeta.

Nem temos consciência dinâmica das almas e das sementes das coisas. Estas raízes de repetição universal são
agora apenas abstrações metafísicas para a religião e adivinhações físicas para a ciência.

Dentro do segredo da Luz está a resposta a todas estas perguntas até agora não respondidas, e muitas mais,
que ainda não foram resolvidas com o passar das eras. Esta revelação da natureza da Luz será a herança do homem
nesta próxima Nova Era de maior compreensão. Seu desdobramento provará a existência de Deus por métodos e
padrões aceitáveis tanto para a ciência como para a religião. Ela estabelecerá um fundamento espiritual sob o atual
fundamento material da ciência.

Os dois maiores elementos da civilização, religião e ciência, encontrarão assim a unidade no casamento dos
dois. Da mesma forma, as relações humanas se tornarão mais “equilibradas” devido a um maior conhecimento da lei
universal que está por trás de todos os processos que a luz utiliza para entrelaçar as formas padronizadas deste
universo de ondas elétricas.

Não há nenhum departamento da vida que não seja afetado de forma vital por este novo conhecimento da
natureza da Luz, da universidade ao laboratório, do governo à indústria, e de nação a nação.
Portanto, eu o dou a vocês com toda a sua clareza, pois eu mesmo tomei consciência disso nos bastidores
deste cinema cósmico de ilusão de luz que é o nosso universo.

WALTER RUSSELL
OUTROS LIVROS DE WALTER RUSSELL

• A Mensagem d’A Ilíada Divina - Vol. I


• A Mensagem d’A Ilíada Divina - Vol. II
• Um Novo Conceito do Universo
• The Self Multiplication Principle
• The Secret of Working Knowingly With God
• The Electric Nature of the Universe
• The Sculptor Searches for Mark Twain's Immortality
• The Fifth Kingdom Man
• The Dawn of a New Day in Human Relations
• The Immortality of Man
• The Book of Early Whisperings
• Your Day and Night

WALTER RUSSELL EM COAUTORIA COM LAO RUSSELL

• Home Study Course in Universal Law, Natural Science and Living Philosophy
• Scientific Answer to Human Relations
• Atomic Suicide?
• The World Crisis - Its Explanation and Solution
• A Vision Fulfilled!
• The One-World Purpose - A Plan to Dissolve War by a Power More Mighty Than War

LIVROS DE LAO RUSSELL

• God Will Work With You But Not For You


• Love-A Scientific & Living Philosophy of Love and Sex
• Why You Cannot Die! - Reincarnation Explained

Para catálogo de livros e ensinamentos adicionais de Walter e Lao Russell, por favor, escreva ou telefone para:

The University of Science and Philosophy Swannanoa, Caixa Postal 520, Waynesboro Virginia 22980
(703) 942-5161
(800) 882-LOVE (5683) Encomendas de livros
“Eu sou a Luz; só eu SOU.

“O que eu sou tu és. Tu és a Luz. Tu és Um Comigo.

“O homem pode me conhecer ao desejar conhecer a Mim.

“Conhecer a Mim é ser Eu. Somente através da Minha Luz o homem pode Me conhecer.

“O homem é Luz quando sabe que ele é Luz.

“O homem é Eu quando sabe que Ele é Eu.

“Todos os homens virão a Mim no devido tempo, mas deles é a agonia de esperar.”

– d’A ILÍADA DIVINA


Parte I – ONISCIÊNCIA – O Universo do Conhecimento
Capítulo I

A ETERNA PERGUNTA

“Quem sou eu?”

“O que sou eu?”

“Por que eu sou?”

“Até onde estou vinculado?”

“Qual é minha relação com o universo, com o homem, e com Deus?”

“O que é a Verdade? Como posso conhecer a Verdade?”

“De onde vem o meu poder? Qual é a Fonte do meu poder?”

“Como posso encontrar o Balanceamento? Nas minhas relações com meus semelhantes; como conhecer esse
balanceamento em nosso intercâmbio que enriquecerá tanto a eles quanto a mim?”

“Inúmeros são os ensinamentos religiosos, e muitos são os mandamentos para o bem, mas o bem ainda está
velado de meus olhos como uma névoa grossa que esconde Tua Luz, que eu busco em vão.”

“Eu tropeço em sua escuridão. Desbalanceado, eu caio.”

“Ó Tu, Invisível, rasga de meus olhos o véu ofuscante que esconde o caminho para Tua Luz, para que eu possa
encontrar meu caminho até Ti”.

Esse é o grito das eras.

Esta é a pergunta sem resposta que surge do coração desta geração que desperta.

A civilização avança em ciclos. A nova compreensão transforma periodicamente a humanidade em seres


superiores. Um novo ciclo de três mil anos de duração está agora em sua fase de nascimento.

A onisciência, onipotência e onipresença de Deus estão centradas na consciência de cada homem; mas poucos
são os que conhecem a Unicidade de sua Própria Alma com a Alma Universal. O homem necessita de muitos milênios
para começar a ter consciência disso. Cada ciclo do homem o aproxima de sua consciência de sua Unicidade com a Luz
de sua Própria Fonte.

O homem vive em um mundo complexo e desconcertante de EFEITO do qual ele não conhece a CAUSA. Por
causa de sua multiplicidade e complexidade aparentemente infinita, ele não consegue visualizar o simples princípio
subjacente do Balanceamento em todas as coisas. Ele, portanto, complexifica a Verdade até que seus muitos ângulos,
lados e facetas tenham perdido o balanceamento uns com os outros e com ele.

A verdade é simples. O Balanceamento é simples. A troca rítmica balanceada entre todos os pares de
expressões opostas em fenômenos naturais, e nas relações humanas, é a arte consumada do universo da Luz de Deus.
É também a Lei. Nesta Lei Universal fundamental reside a continuidade balanceada de toda expressão criativa no
universo de ondas elétricas de Deus de duas luzes condicionadas em movimento aparente que registram a Ideia Única
Integral da Criação de Deus em inúmeras partes aparentemente separadas dessa Ideia Integral.

A VOZ INTERNA

A grande pergunta não respondida do homem tem uma resposta simples. A Voz Silenciosa dentro de cada
homem está sussurrando-a incessantemente para sua consciência em despertar. Todo desejo escrito sobre o coração
do homem é levado à Fonte, e sua resposta virá, mas poucos são os que perguntam de forma abrangente e menos
ainda os que ouvem.

Muitas são as eras de preparação para o mérito de ouvi-la, pois a consciência do homem está isolada de sua
Fonte pelas sensações de seu corpo eletricamente condicionado que ele pensa erroneamente ser sua Mente e seu Eu.

O que ele chama de sua mente humana objetiva é a sede das sensações elétricas de seu corpo. O que ele
confunde com o pensamento é apenas uma consciência elétrica das coisas sentidas e registradas dentro das células
de seu cérebro para uso repetitivo através do que é chamado de “memórias”. As memórias não têm mais relação com
o conhecimento da Mente Universal que está no homem do que os discos de vitrolas com a fonte de suas gravações.

O que ele pensa como seu corpo vivo é apenas uma máquina motivada eletricamente que simula a vida através
do movimento estendido a ela a partir de sua Alma Própria centralizada que sozinha vive e deseja que o corpo se
mova.

O que ele chama de sua mente subjetiva é sua consciência, seu armazém espiritual de todo conhecimento,
todo poder e toda presença. Essa consciência é seu Eu, seu Eu ETERNO através do qual sua onisciência, onipresença e
onipotência são expressas à medida que ele lentamente se torna consciente de sua presença dentro dele.

Os fios nervosos eletricamente oscilantes que operam seu mecanismo corporal agem quase inteiramente
através de reflexos automáticos e controle instintivo, e em muito pouco grau através de decisões mentais. Cada célula
e órgão de seu corpo tem uma consciência elétrica de seu propósito e cada uma cumpre esse propósito sem qualquer
ação mental por parte da Inteligência que ocupa aquele corpo. Os batimentos cardíacos, por exemplo, são puramente
automáticos. Os glóbulos brancos do sangue correm para reparar um ferimento no corpo tão automaticamente
quanto um sino toca quando um botão é apertado.

Neste corpo e em seu cérebro de registro elétrico, o homem acha que pensa e vive, ama e morre. Ele pensa
que está consciente enquanto está acordado e inconsciente ao dormir; não percebendo que em toda a Natureza não
existe essa condição de inconsciência quando a sensação cessa durante o sono.

O homem não diz que seu dente está inconsciente quando é adormecido por curto-circuito da corrente elétrica
no fio nervoso que dá a consciência elétrica percebida a seu dente. Ele sabe que seu dente não pode estar consciente,
mas não sabe que seu corpo não pode estar consciente.

Nem sabe ainda que a consciência nunca dorme, nunca muda, pois a consciência no homem é sua
imortalidade. É a Luz que ele busca sem saber, mas assume que a sensação de seu cérebro é seu pensamento.

O homem ainda é novo. Ele mal saiu da escuridão de sua selva. Durante os milhões ou mais de anos de seu
desdobramento, ele confiou na sensação de suas ações e na evidência de seus sentidos para seu conhecimento. Ele
tem estado consciente do espírito que há nele apenas há alguns milhares de anos. Neste início de sua nova consciência,
ele está confuso, não sabendo o que é a Mente nele, o que é consciência nele e o que é sensação.

Ele ainda não aprendeu que os corpos são apenas mecanismos autocriados que manifestam seu Eu
centralizador, e que o Eu manifesta Deus como Um com ele. Da mesma forma, ele ainda não aprendeu que os corpos
não vivem nem morrem, mas se repetem continuamente e para sempre, como toda ideia de Mente também se repete.

A roda, por exemplo, é um mecanismo composto por um cubo, raios e um aro. Uma pequena parte da roda
toca o solo, sente-o, depois o deixa, até desaparecer do alcance das sensações que conectam o aro, os raios e o solo.
Mas então ela reaparece.

Quando isso acontece com o homem dizemos: “Ele nasceu, viveu e morreu”. Quando acontece com a maçã, a
chama” ou com a árvore, dizemos: “A maçã foi comida, a chama se apagou e a árvore se decompôs”. Dizemos isso
porque apenas uma pequena parte do ciclo de qualquer ideia está dentro do alcance de nossos sentidos. A maior parte
do ciclo está além de nosso alcance de percepção, assim como a maior parte da roda está além da percepção sensorial
do solo.

Ainda não sabemos que a parte invisível dos ciclos de todas as ideias é tão contínua quanto a roda é contínua.
O ciclo da maçã é a luz que chega do sol e da terra até aquela metade positiva do ciclo da maçã que seguramos em
nossa mão. A metade negativa do ciclo é a luz que retorna ao sol e à terra para se repetir como outra manifestação da
ideia eterna da maçã. O mesmo vale para a chama, a árvore ou qualquer outra parte da Ideia Única Integral da Criação.

A chama “apaga-se” para nossos sentidos. Mas ela ainda É. Da mesma forma, a árvore, a floresta, a montanha,
o planeta e as nebulosas dos céus distantes aparecem, desaparecem e certamente reaparecem.

Da mesma forma, o homem parece desaparecer e reaparecer repetidamente em inúmeros ciclos para
expressar a vida eterna do espírito em repetições eternas daquela parte do ciclo do homem que o corpo do homem
pode sentir.

O homem nunca morre. Ele é tão contínuo quanto a eternidade é contínua. Jesus disse, com razão, que o
homem não verá a morte, pois não há morte para ver ou para conhecer.

Da mesma forma, o corpo do homem não vive, e nunca tendo vivido não pode morrer. Só o espírito vive. O
corpo apenas manifesta o espírito. Aquilo que pensamos como vida no espírito do homem se manifesta através da
vontade do corpo de agir. As ações assim realizadas pelo corpo sob o comando de sua Alma central não têm poder de
motivação ou inteligência em si mesmas; elas são apenas máquinas motivadas por uma inteligência onisciente e
onipotente estendida a elas.

Estas coisas ainda não sabemos, pois o homem está em sua infância. Ele está apenas começando a conhecer
a Luz.

SEDE TRANSFORMADOS PARA SEMPRE

O homem está sempre buscando a Luz para guiá-lo no longo caminho tortuoso que o leva da selva de seu
corpo até o topo da montanha de sua alma em despertar.

O homem está sempre encontrando essa Luz, e está sendo sempre transformado à medida que a encontra.

E à medida que a encontra, ele gradualmente encontra seu Eu que É a Luz.

E à medida que ele se transforma cada vez mais pela Luz-Divina do Eu em despertar dentro dele, ele deixa a
selva abaixo dele na escuridão.

Há aqueles que procuram a Luz que estão desanimados porque aparentemente não conseguem encontrá-la,
totalmente inconscientes de que a têm encontrado desde sempre. Desconhecedores esperam encontrá-la de uma só
vez em algum flash ofuscante de todo o poder, todo conhecimento e toda presença.

Ela não vem dessa forma até que se esteja próximo ao topo de sua montanha. O homem não pode suportar
grande parte da Luz ao mesmo tempo enquanto seu corpo ainda é novo e está muito próximo de sua selva. Todos os
que estão bem fora da selva já encontraram Luz suficiente para iluminar seu caminho para fora de suas profundezas
escuras.
Aquele que está longe da selva e ainda procura a Luz nos Céus está sempre encontrando-a, e está sempre
sendo transformado à medida que a encontra.

Não é possível, nem por um momento, tirar os olhos da busca do seu Céu, pois um leve vislumbre abaixo na
escuridão o leva de volta aos medos da escuridão, que o tentam a mergulhar de volta neles.

Olhai, portanto, para cima, para os Céus da inspiração, onde a glória espera os destemidos e oniscientes
buscadores da Beleza na pureza da Luz universal.

Para ele, cujos olhos estão nos Céus, a Luz virá para sempre, e ele será para sempre transformado à medida
que a encontrar.

O caminho escuro de sua selva até o topo de sua montanha de glória torna-se cada vez mais iluminado durante
a subida do corpo ao espírito.

É um caminho difícil de ser escalado, mas glorioso. Todos devem fazer a escalada.

A ASCENÇÃO DO HOMEM DA ESCURIDÃO À LUZ é a peça sempre repetitiva do homem nos planetas de sóis.

Quando toda a humanidade tiver encontrado a Luz, a peça estará terminada. Da mesma forma, este planeta
estará terminado como uma morada para o homem. Ele será então lançado em sua órbita sempre em expansão
enquanto Vênus está gradualmente sendo preparado para se tornar o palco para a próxima repetição da ASCENÇÃO
DO HOMEM neste sistema solar.

Nós atores da peça devemos, portanto, contentar-nos com as linhas da peça reveladas a cada um de nós na
Luz. Devemos, da mesma forma, estar sempre alegres com nossa contínua transformação, pois cada um de nós
aprende nosso papel, linha por linha, da melhor forma para cumpri-lo de maneira digna.

Todos os papéis da peça são experiências que se tornam a ação da peça. Todas as experiências do homem são
parte de seu desdobramento. Cada experiência é parte de sua jornada das trevas para a Luz. Todas as experiências
são passos nessa jornada até o topo de sua montanha de glória. Todas as experiências, portanto, são boas
experiências.

Não há nada além de BOM. Não existe o mal.

Não há nada além da VIDA. Não existe a morte.


“Eu sou o Todo, o TUDO”.

“Glorifica-me, Aquele que sou, pois sou TUDO, e nenhum outro é.

“Eu, o Sem Sexo, sou a Unidade.

“O que eu sou Tu és, porque Tu és Eu; Tu és o Todo.

“Glorificai-Vos, porque, ao fazê-lo, Me glorificais.

“Eu, o Todo, sou Mente conhecedora. Eu existo para pensar. Todo pensamento é Luz do Meu conhecimento,
mas Meu pensamento não sou Eu.

“Eu sou o Criador, criando com Meu pensamento.

“Da Minha Luz do conhecimento vêm Minhas duas luzes de pensamento nascidas como pares de opostos
sexuados para repetição como pares de opostos sexuados.

“Pensar é criar. Eu crio com Luz. Não há nada que não seja Luz.

“Eu penso ideia. A Luz registra Minha ideia nas duas luzes sexuadas do Meu pensamento, e a forma nasce à
imagem do Meu pensamento.

“A forma não tem existência, nem tem Minha imaginação. Estas não existem, pois não são Eu. Só eu existo;
eu, o TUDO.

“Eu crio meu corpo imaginado com a inspiração de Meu universo pulsante de Mim.

“Meu universo é Minha imagem; mas Minha imagem não sou Eu.

“Todas as coisas são Minha imagem, mas elas não são Eu, ainda que Eu esteja nelas e elas em Mim”.

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo II

CRIADOR E CRIAÇÃO

Deus, o Criador, é tudo o que HÁ; tudo o que EXISTE.

O universo criador de matéria em movimento de Deus parece existir. Para nossos sentidos, ele desaparece
sequencialmente, para reaparecer. Não tem realidade. Ele simula a realidade através da ilusão de luzes projetadas em
movimento bidirecional.

Deus, o Criador, é o Ser Único, a Pessoa Única, a Mente Única, o Pensador Único, o Eu Único, a Vida Única, a
Alma Única, o Poder Único, a Realidade Única.

A Criação de Deus é a forma da imagem de Deus, construída à Sua imagem. É o corpo de Deus, o registro de
Seu pensamento, criado por Ele para expressar a Unicidade da Vida, Amor, Mente, Alma e Poder que está somente
Nele.

A LUZ ÚNICA

Deus é Luz. Deus é a Mente Universal. A Mente é Luz. A Mente conhece.

A Mente pensa o que conhece. A Mente pensa em duas luzes opostas projetadas simultaneamente a partir de
sua Fonte de Luz branca centralizadora e repetida sequencialmente em ciclos.

O pensamento e a imaginação de Deus são qualidades do conhecimento de Deus. A Mente conhecedora de


Deus é atemporal e imóvel. Assim também são o pensamento e a imaginação de Deus, atemporais e imóveis. Assim
também o pensamento e a imaginação do homem são tão atemporais e imóveis quanto o seu conhecimento.

A imobilidade nunca pode ser movimento, ou tornar-se movimento, mas pode parecer ser. O movimento
apenas parece, mas a imobilidade sempre é. O equilíbrio universal nunca pode ser diferente de seu próprio
balanceamento, mas pode parecer ser. A ilusão que é o movimento brota da imobilidade e volta à imobilidade. Este é
um universo de repouso. Não há nada além de repouso no universo.

A mente conhece sua Ideia Única de Criação como Um Todo.

A mente pensa em sua ideia Única Integral em partes aparentes. Daí a ilusão de movimento que chamamos
de Criação, e a ilusão de substância que chamamos de matéria.

A matéria, o movimento, o tempo, a mudança, a dimensão e a substância não existem. Só a Luz da Mente
conhecedora existe.

Há apenas Uma Mente e Um Pensador.

A Luz Única da Mente conhecedora é o Eu de Deus. É o Eu Universal que centraliza todos os corpos
autocriadores onipresentes dos Eu de Deus. Este universo autocriador é a imagem do corpo de Deus, e registro do
pensamento de Deus.
Nós podemos CONHECER Deus. Não podemos CONHECER Seu corpo, mas podemos VÊ-lo. Da mesma forma,
podemos CONHECER o homem. Não podemos CONHECER o corpo do homem, mas podemos VÊ-lo. O que Deus é o
homem é. Deus e o homem são UM.

NOSSA APARENTE DUALIDADE

Aparentemente vivemos em dois universos; o universo cósmico estacionário da Mente do CONHECIMENTO e


o universo de onda de pensamento-da-Mente em movimento do SENTIMENTO.

Não podemos sentir o universo cósmico do conhecimento de Deus nem podemos conhecer o universo de
ondas de pensamento do pensamento de Deus.

O universo cósmico da Mente da Luz Única de todo o conhecimento é tudo o que é.

O universo de ondas de pensamento vibrante do sentimento simplesmente parece.

A LUZ CÓSMICA DE DEUS

A Luz única imóvel de Deus é a Luz cósmica que vela por todas as coisas criadoras em incontáveis pontos
localizáveis pelo homem, mas invisíveis para o homem.

Os sentidos do homem o enganaram a acreditar em uma força chamada magnetismo que atrai agulhas de
bússolas e levanta toneladas de aço. Estes fenômenos de movimento são devidos à eletricidade e não ao magnetismo.
A Luz cósmica está absolutamente imóvel. Ela não atrai nem repele.

Agora precisamos compreender a natureza e a finalidade dos “polos magnéticos” de sóis, planetas e todas as
outras extensões móveis da Luz Única. Da mesma forma, precisamos conhecer a natureza e a finalidade dos dois
trabalhadores elétricos que entrelaçam esta miragem de luz de movimento aparente e a dissolvem sequencialmente
para a reconstrução. Isto dará uma base de conhecimento ao homem que lhe permitirá ver por trás das ilusões que
enganam seus sentidos.

Chegou a hora na história da jornada do homem de sua selva material ao topo de sua montanha espiritual,
quando é imperativo que ele viva cada vez mais no universo da Luz cósmica do conhecimento, e menos no universo
da onda elétrica do sentimento.

O homem deve saber que seu poder está na imobilidade de seu Eu central e não no movimento por meio do
qual ele manifesta essa imobilidade. Ele deve saber que seu Eu é o Deus nele. Também deve conhecer gradualmente
a consciência emergente da Luz cósmica de Deus nele, pois com ela vem a consciência de seu propósito em manifestar
a Luz e o poder de manifestá-la.

O homem deve agora conhecer o universo de Deus pelo que ele é, em vez do que seus sentidos o fizeram
acreditar ser.

Além disso, ele deve saber que este universo eternamente criador que lhe parece tão real não é senão um
cinema cósmico, concebido pelo Mestre Dramaturgo. É apenas uma luz colorida eletricamente projetada e uma peça
de movimento de ondas sonoras de CAUSA E EFEITO na tela preta do espaço e do tempo imaginado.

A CAUSA é real. O EFEITO é apenas uma simulação da realidade.

O Eu do homem é a causa. Seu corpo criador de si mesmo é o efeito.

O universo da Luz magnética de Deus é estático.


O universo de ondas elétricas perpetuamente criadas por Deus de duas luzes em movimento é dinâmico. Ele
se move para sempre. As duas luzes em movimento são projetadas uma através da outra a partir da uma Estática para
criar a ilusão da ideia que elas manifestam. A ilusão que manifesta a ideia de Criação através do movimento aparente
não é a ideia que ela aparentemente manifesta.

A Criação é o produto do conhecimento da Mente, expresso na forma de Pensamento da Mente.

O produto da Mente não é a ideia que ela simula. Nenhuma ideia da Mente jamais é criada. Ela é apenas
simulada pela forma e pelo movimento. A ideia é eterna e pertence ao universo imóvel do conhecimento de Deus.

A forma da ideia na matéria é transiente, mas é eternamente repetida como forma transiente da ideia.

O PRINCÍPIO POSITIVO

A base do universo espiritual é a imobilidade; a imobilidade balanceada da Luz Única magnética de Deus.

A imobilidade balanceada é o Princípio Positivo de estabilidade e unidade. Nela não há negações.

O PRINCÍPIO NEGATIVO

A base do universo físico é o movimento; o movimento sempre em mudança que surge de pares de condições
desbalanceadas que devem se mover para sempre para buscar a imobilidade balanceada da unidade da qual surgiram
como múltiplos pares de unidades.

O movimento desbalanceado é o Princípio Negativo de instabilidade, multiplicidade e separação que é este


universo físico de ondas elétricas oitavas de luzes opostas.

No Princípio Negativo, não há positivo. Ele é composto inteiramente de pares de negações que estão sempre
se anulando, anulando a ação e a reação uma da outra, negando assim uma à outra, nunca permitindo que nenhuma
das duas exceda seu zero fixo de imobilidade universal.

QUALIDADE GERA QUANTIDADES

O universo da Luz imóvel magnética do conhecimento de Deus é uma qualidade invisível, imutável,
incondicionada e incomensurável da qual quantidades visíveis, mutáveis, condicionadas e mensuráveis brotam para
simular essas qualidades através do movimento de onda bidirecional.

Não há uma palavra em nenhuma língua para expressar essa qualidade, então devemos usar muitas palavras,
todas com o mesmo significado, mas com conotações diferentes.

Essas palavras são mente, consciência, amor, vida, verdade, desejo, conhecimento, poder, balanceamento e
lei.

A qualidade divina da Luz Única é aparentemente transformada em quantidades ao ser dividida em pares de
pressões de luz opostas deste universo elétrico. Estes pares divididos são então multiplicados em inúmeras unidades
de ondas de oitava de pressão de luz e colocados em movimento oposto para criar a ilusão de sequência, mudança,
dimensão, condição e tempo em um universo onde nenhum destes efeitos de movimento existe.

O mar calmo, por exemplo, é uma qualidade imutável e incomensurável de unicidade, de mesmice e
imobilidade. Em sua superfície calma não há mudança, nada a contar ou a medir.
No momento em que quantidades de ondas brotam dessa qualidade de calma, essas quantidades podem ser
medidas.

Da mesma forma, elas estão sempre mudando. Tampouco há dois pontos nelas que são condicionados de
forma semelhante.

Este universo elétrico criador é composto de ondas de luz em movimento que brotam de um mar calmo da
Luz Única imóvel.

É um universo de pares em movimento de quantidades que simulam a qualidade de imobilidade da qual essas
quantidades brotam. As quantidades de pares divididas e condicionadas de luzes opostas que assim simulam a Única
não são as que ela simulam.

O Criador é Uma Mente indivisível. A criação é uma Ideia Única Integral da Mente dividida em inúmeras ideias
simuladas da mente, através do movimento. A simulação da Ideia assim expressa não é a ideia que ela expressa.

Partes da Ideia Única Integral são apenas aparentes. Não há duas coisas separadas ou separáveis no universo.
Há apenas uma Simulação Única Integral da Ideia Única Integral.

“Tudo o que é, é tudo o mais que é. Todas as coisas estão indissoluvelmente unidas.”

– d’A ILÍADA DIVINA

Tudo o que acontece em qualquer lugar acontece em todo lugar. A penugem das asclepias flutuando
preguiçosamente no céu de verão afeta o equilíbrio de todo o universo de sóis e galáxias. Cada parte do universo se
move em uníssono interdependente como as rodas de um relógio se movem em uníssono. As rodas de um relógio são
engrenadas mecanicamente. O Universo de ondas rítmicas é engrenado eletricamente.

O universo inteiro é um só e deve ser mantido em balanceamento como um só. As mudanças de condição em
qualquer parte são refletidas simultaneamente em todas as outras partes, e se repetem sequencialmente.
“Dizei estas coisas com palavras do conhecimento do homem, pois, em verdade Eu digo; estou dentro de todas
as coisas, fora de todas as coisas, e envolvido em todas as coisas, pois estou em toda parte.

“Todas as coisas são onipresentes, pois todas as coisas se estendem da Minha Mente, e eu sou onipresente.

“Todas as coisas onipresentes são oniscientes, pois estou dentro delas e sou onisciente. Quando a consciência
do homem o disser de Minha presença dentro e fora dele, ele então saberá todas as coisas, pois Eu sei todas as coisas,
e Eu sou ele.

“Todos os pensamentos manifestam todo o poder quando a consciência dentro deles reconhece sua
onipotência. Até lá, as coisas não são mais do que coisas, não me manifestando, sendo apenas lâminas em branco
sobre as quais se escrevem Meus poderosos pensamentos para os olhos cegos.

“Pois sou onipotente. Eu dou todo o poder a quem me pede, mas não pode pedir a Mim quem não me conhece.
Vê que o homem bem sabe disso e manifesta-te esse princípio de poder em tuas próprias obras.

“Pois Eu digo a todas as formas surgidas de Minha imaginação, que nelas reside o poder de manifestar a Luz
balanceada que as centraliza, fazendo aparecer a Luz Única como duas luzes desbalanceadas que se intercambiam
sequencialmente, mas igualmente.

“E novamente digo que todas as coisas que o homem sente são apenas ondas de luz dupla que registram Meu
pensamento elétrico nas formas criadas de Minha imaginação.

“E também digo que as formas criadas de Minha imaginação não têm Ser, pois só Eu tenho Ser.”

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo III

SENSAÇÃO E CONSCIÊNCIA

Deus é consciência. Consciência é estática. Consciência é o CONHECIMENTO da mente. O conhecimento é


estático.

Consciência é a percepção espiritual do Ser, da onisciência, da onipotência e da onipresença.

O pensamento é elétrico.

O pensamento de Deus é expresso por extensões de onda em movimento bidirecional da consciência, como
uma alavanca balançando sobre um fulcro fixo, ou como ondas que se estendem do mar calmo. A expressão do
pensamento é dinâmica. O pensamento pertence ao universo de movimento vibratório eletricamente sentido e
condicionado. O pensamento é o princípio do não movimento na luz que cria a ilusão de movimento.

O Eu do homem pertence ao universo estático, invisível, consciente, incondicionado do CONHECIMENTO. Nós


expressamos o conhecimento no universo dinâmico, visível, eletricamente condicionado da sensação.

Sensação é a consciência elétrica do movimento que simula as QUALIDADES espirituais da Ideia Única, criando
QUANTIDADES à imagem de formas separadas que parecem ter substância.

A consciência é real. A Sensação simula a realidade através do movimento das luzes que se intercambiam, mas
a miragem de uma cidade não é a cidade que ela reflete.

A confusão e a incompreensão sobre se estamos pensando conscientemente a partir do conhecimento ou


sentindo eletricamente a partir dos registros de memória armazenados em nosso cérebro nos levaram à necessidade
de distinguir entre os dois pelo uso comum de termos como “a mente humana” e “mente mortal”. Sabemos muito
bem, ao usá-los, que existe apenas a Mente Única do Único Deus Vivo do Amor.

A Mente universal centra cada partícula e massa neste universo: animal, vegetal ou mineral, elétron, átomo
ou sol.

O homem é a única unidade na Criação que tem percepção consciente do Espírito dentro dele e percepção
elétrica da luz duplamente condicionada agindo sobre seus sentidos. Todas as outras unidades da Criação têm apenas
percepção elétrica.

Somente o homem pode ser libertado do corpo para pensar com Deus, para falar com Deus e ser inspirado
por Sua Luz centralizadora. Todas as outras unidades da Criação são limitadas em suas ações aos reflexos automáticos
das memórias sensoriais construídas através de eras de sensações e registros de tais sensações como instinto.

Da mesma forma, a mesma confusão nos leva à adoção de termos como “mente subconsciente”, e “mente
superconsciente”.

Há apenas uma Mente Única funcionando universalmente dentro de todas as coisas criadoras, e essa Mente
Única não é estratificada nem dividida em mais ou menos. Não há condições diferentes da Mente Única, nem há tipos
diferentes de mentes.
IMAGINAÇÃO

Deus é o imaginador de Sua Ideia Única.

Tudo imaginado é o imaginário de Deus.

Todas as formas criadoras neste universo de pensamento da imaginação de Deus são construídas à imagem
de Sua imaginação, criando “à Sua imagem”.

Todas as formas neste universo criador de formas imaginadas são apenas registros elétricos da imaginação de
Deus. Eles não têm existência. Registros de Ideias não são a ideia que eles registram.

Eles não têm substância. São apenas luzes negras e brancas de campos de ondas centrados no sol de espaços
montados em sistemas vibratórios para simular substância em um universo objetivo que não é, mas parece ser.

A imaginação de Deus nunca começou e nunca vai acabar.

Não foi “criada” em algum tempo remoto por algum vasto evento cósmico, como comumente se acredita.
Nem está condenada a uma “morte térmica” pela expansão para o nada.

Este é um universo criador, não um universo criado.

Deus não começou a imaginar em algum momento fixo, pois o tempo não existe. Este universo de ondas de
luz que registra o conhecimento de Deus por Seu pensamento e imaginação é tão eterno quanto o pensamento de
Deus é eterno.

INSPIRAÇÃO

Inspiração é a linguagem da Luz que o homem usa para falar com Deus.

Inspiração é aquela percepção profunda da consciência do Ser que diferencia o gênio ou místico do ser de
inteligência média.

A inspiração no homem é acompanhada de um intenso êxtase mental que é característico de todos os que se
tornam intensamente conscientes de sua proximidade a Deus.

Gênios inspirados esquecem seus corpos enquanto estão profundamente conscientes de sua existência como
Mente completa. Seus corpos, assim esquecidos, agem quase automaticamente em obediência ao instinto e aos
reflexos da memória celular.

Os gênios inspirados traduzem o conhecimento de Deus em palavras do homem para a alma do homem. Eles
elevam toda a humanidade ao reinspirar todos os que escutam suas palavras e ritmos extasiantes.

Aquele que sintoniza seu coração com as mensagens dos gênios purifica a si mesmo. Nenhuma impureza pode
haver em seu coração, pois, na verdade, ele está em comunhão com o Santificado.
“Apenas o homem, de todas as minhas coisas criadoras, começou a ouvir Meus sussurros. Desde seu início
Minha pequena voz estática sussurrou dentro dele que eu sou ele e ele é Eu; mas mesmo agora o homem bárbaro em
seu pequeno novo mundo ouve, e faz ídolos que ele guarda perante Mim, pois ele ainda é novo. Ele ainda está no
fermento do seu preparo precoce.

“Pois eu digo que todas as coisas que fluem da Minha Vida têm Minha Vida fluindo através delas, mesmo a
menor delas; mas, eu digo que mesmo que Minha Luz de Vida imortal flua através daqueles símbolos mortais de Meu
pensamento, Ela não os toca em Sua passagem.

“Quando eles conhecerem a Minha Luz neles, então eles serão Eu e Eu, eles.”

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo IV

CONSCIÊNCIA CÓSMICA

Além do gênio está o místico.

O místico é aquele que alcançou a consciência cósmica por uma completa separação da consciência e
sensação. Ele é então quase totalmente inconsciente de seu corpo e está totalmente consciente da Luz de Deus focada
nele. A onisciência chega até ele naquele clarão de luz cegante e intemporal, característico de uma completa
separação. Esta experiência foi descrita na iluminação de São Paulo. Cada clarão intemporal de intensa inspiração que
chega a qualquer homem é uma iluminação parcial, pois a inspiração é a maneira pela qual novos conhecimentos
chegam ao homem a partir do cosmos.

De todos os místicos, Jesus foi o exemplo notável de todos os tempos. Ele foi o Único em toda a história a ter
conhecido a completa unidade cósmico-consciente com Deus.

A Bíblia se refere à experiência cósmico-consciente como “a iluminação” ou “estar na Luz” ou “no Espírito”.

Em toda a história são conhecidos menos de quarenta casos de consciência cósmica parcial, e provavelmente
não mais do que três deles em qualquer lugar chegaram perto do estado completo de iluminação experimentado pelo
Nazareno.

A consciência cósmica é o objetivo final de toda a humanidade. Todos a conhecerão antes que a longa jornada
do homem esteja terminada, mas há muitos nesta nova era que estão prontos para ela em parte, se não totalmente.

Muitos a desejam plenamente, mas o melhor é que ela venha aos poucos pois a separação completa é muito
perigosa. O êxtase desta experiência suprema é tão grande que não se deseja voltar. O poder de separação da alma
do corpo é um feito fácil, mas voltar para o corpo é muito difícil.

O caminho para alcançar gradualmente a consciência cósmica é intensificar a percepção por muita solidão e
companheirismo com Deus, ao mesmo tempo em que O manifesta em cada momento e em cada tarefa da vida.

O companheirismo a todo tempo com Deus traz consigo uma tão grande realização da Unicidade com Ele que
a transformação para aquela plena realização da unidade está apta a ocorrer a qualquer momento.

A dissuasão à consciência cósmica é a sensação de que Deus está longe em vez de dentro, e que só podemos
chegar a esse Deus distante através de fontes fora de nós mesmos.
“Aquele que interpreta o Meu ritmo em si deve percorrer seu caminho em êxtase, sem desvios, para que só Me
veja e não ouça nada além de Mim.

“Dizei ao homem estas palavras:

“Eu sou a fonte da inspiração. Àquele que procura inspiração através de Mim, eu digo: Aprendei a percorrer
meu caminho fortemente na Luz, pois na escuridão não podeis encontrar vosso caminho até Mim. O caminho para
Mim é a Luz, e por ela você pode ver bem seu caminho para Mim.

“Eu sou tua alma. Àquele cuja alma tocar Minha Alma, e sentir o batimento de seu poderoso ritmo, digo eu:
Na medida em que te conheceres como Luz, conhecer-me-ás como Luz.

“Eu sou a Beleza. Na Beleza, o homem deve nascer de novo. Através da Beleza deve o homem conhecedor
tornar-se o homem extasiado.

“Àquele que acrescentaria êxtase ao seu conhecimento, eu digo: Buscai-Me na Verdade; pois somente no ritmo
da Verdade encontrareis o êxtase.

“Em verdade eu digo: as criações do Homem Extasiado são Minhas criações, pois são coisas balanceadas, e eu
sou balanceamento.

“Àquele que cria desbalanceamento, eu digo: A inverdade não existe em Minha casa. Só eu tenho
balanceamento; e os olhos daqueles que veem através de Mim são imunes a tudo menos ao balanceamento.

“Pois eu sou o Equilíbrio. E eu sou Energia, e eu sou o Repouso. Eu sou a Luz do Amor e da Verdade. Sobre essa
base coloquei a pedra angular do Meu universo.”

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo V

EXPRESSÃO CRIATIVA

Só o homem inspirado pode criar coisas duradouras. Para criar, é preciso primeiro conceber.

Para conceber, devemos parar de pensar e CONHECER. Todos os sentidos devem cessar. Não há poder no
pensamento. Pensar apenas expressa o poder que está no conhecimento. Devemos projetar nosso Eu na Luz imóvel
do conhecimento para comungar com Deus. Devemos nos tornar um com Deus para conceber a ideia, a fim de produzir
a forma dessa ideia. Um conceito deve preceder sua manifestação em forma.

A cultura de toda a raça é dada pelos poucos inspirados que conhecem Deus neles. Só eles conhecem a
imortalidade.

A arte de uma civilização vive há muito tempo mais do que a civilização. As pirâmides do Egito ainda falam da
criação de uma raça que há muito se afastou da face da terra. A beleza escultural e arquitetônica da Grécia ainda nos
fala de um tipo de gênio criativo que nunca foi superado. Os grandes nas artes são poucos. “Só a arte perdura. Todo
o resto passa”.

A grande arte só pode ser criada trabalhando momento a momento com Deus como co-criador. Quando o
homem e Deus trabalham juntos, eles comungam um com o outro como uma Única Pessoa. A linguagem de sua
comunhão é a linguagem da Luz que o homem chama de “inspiração”.

Quando o homem trabalha sozinho, suas obras são como os ventos que sopram. Quando o homem trabalha
com Deus como co-criador, suas obras duram para sempre.

Todo grande gênio manifesta esta lei: que ele é Um com a Mente-Deus, que Deus nele é a fonte de todo
pensamento e que ele é inspirado por aquela onisciência e onipotência dentro dele que fazem sua obra durar.
“Todo o conhecimento existe. Todo o conhecimento chega ao homem em seu tempo. Mensageiros cósmicos
periodicamente dão ao homem tal conhecimento de Meu cosmos de uma forma que o homem é capaz de compreender,
mas aquilo que ele pode suportar é como uma gota do poderoso oceano, pois o homem está apenas começando a
compreender.

“Quando o homem conhece a Luz então ele não conhecerá limitações, mas o homem deve conhecer a Luz por
si mesmo e não pode haver quem possa transformá-la em palavras, pois a Luz conhece a Luz e não precisa haver
palavras”.

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo VI

CONHECIMENTO

O conhecimento é cósmico. Pertence à Luz imóvel do princípio positivo. Ele nunca pode se tornar uma
propriedade das duas negações que constituem este universo miragem de matéria em movimento.

“Conhecer todas as coisas” significa ter todo o conhecimento da Ideia Única Integral do cosmos como CAUSA.
Não significa conhecimento das coisas criadas que são o efeito da causa. Toda a Ideia Cósmica é simples. Ela pode ser
conhecida por qualquer pessoa de inteligência média. Suas complexidades se dão pelo efeito da causa.

O homem não pode conhecer o efeito transitório. Ele só pode CONHECER a causa. Ele só pode compreender o
efeito. O homem não pode conhecer um céu ao pôr-do-sol, por exemplo, mas ele pode compreendê-lo se conhecer
sua causa. O conhecimento é, portanto, limitado à causa.

Todo conhecimento existe. Toda a humanidade pode tê-lo para fazer perguntas. Ele está dentro do homem,
aguardando sua percepção de sua presença total.

O conhecimento não pode ser adquirido pelo cérebro a partir do exterior; ele deve ser “recolhido” de dentro
da consciência do Eu. Gradualmente, a percepção surgida é apenas uma lembrança gradual da onisciência que sempre
esteve dentro do homem.

O homem não pode adquirir conhecimento de livros ou escolas. Ele só pode adquirir informação dessa forma,
mas a informação não é conhecimento até que seja reconhecida pela consciência espiritual do homem, assim como o
alimento não é nutrição para o corpo até que se torne parte da corrente sanguínea. A informação obtida pelo
movimento dos sentidos deve ser devolvida à imobilidade da Fonte antes de se tornar conhecimento.

Pela mesma razão, o homem não pode adquirir conhecimento a partir dos chamados “fatos da matéria”, pois
não há fatos da matéria em movimento num universo de matéria transitória. Toda matéria em movimento é apenas
uma série de ilusões que levam o homem a tirar conclusões errôneas.

É impossível para o homem tirar conclusões corretas de sua observação da matéria em movimento até que
ele tenha adquirido a capacidade de traduzir o efeito dinâmico de volta à causa. Isto ele só pode fazer através da
descentralização para a Luz Única de sua consciência da Fonte de todo conhecimento. Até que ele saiba o PORQUÊ do
efeito e seus enganos, ele não tem nenhum conhecimento no qual ele possa confiar. Ele não tem nada além de
informações não confiáveis.

As informações relativas ao corpo, por exemplo, não dão conhecimento sobre a causa do corpo, ou sobre a
relação do corpo com o universo. Informações sobre o nascimento e a morte do corpo, no pressuposto de que o corpo
é o Eu, nunca podem levar ao conhecimento de que o corpo não é o Eu, ou de que o Eu é imortal.

Nem as informações relativas ao corpo material isoladamente, sua química e suas funções, podem curar o
corpo. Os corpos manifestam vida, mas a vida é cósmica. A vida não está no corpo. A vida é espírito, e o espírito é
imóvel. A vida não é química ou germe da matéria. Para curar o corpo para que ele possa manifestar a vida do Eu
espiritual do corpo, é preciso dar ao corpo desbalanceado o balanceamento do espírito. Só o conhecimento da Luz
pode fazer isso. Todas as informações do mundo não curarão um corpo sem a ajuda da Luz nele que cura e nele que
está sendo curado.
“Eu sou LUZ, mas a Luz que sou Eu não é a luz percebida do universo percebido de Minha criação.

“Eu, o Criador, penso. Eu penso em duas luzes estendidas a partir de uma Luz Única de Mim, mas essas duas
luzes não são Eu, nem Meus pensamentos são Eu.

“Em verdade eu digo, eu dou de Mim e eu tiro; pois eu sou o Imaginador que constrói formas de imagem e as
destrói para construir de novo.

“Eu sou a Mente pensante, sempre pensando na imagem mutável do Meu eu imutável.

“Minha imagem muda sempre com a mudança das duas luzes do Meu pensamento, embora Eu, Meu Eu, não
mude.

“Todas as coisas mudam, e sua mudança imóvel são a Minha imagem, mas elas não são Eu”.

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo VII

CONHECIMENTO VERSUS PENSAMENTO

O conhecimento do homem é seu poder. Seu pensamento é a expressão desse poder. A expressão do poder
não é poder; portanto, pensar não é poder.

À medida que o homem se torna gradualmente consciente de sua onisciência, seu pensamento se intensifica
em tensão na proporção do aumento da consciência de sua onisciência.

Pensar é uma extensão de onda elétrica a partir do fulcro centralizador do conhecimento que aparentemente
divide o conhecimento em ideias e coloca essas ideias em movimento para criar formas de ideias como produto do
conhecimento.

O conhecimento do homem é como um poço profundo de água parada. Seu pensamento é como uma bomba
bidirecional que divide a QUALIDADE dessa imobilidade em QUANTIDADES de partes e as coloca em movimento.

É isso que é o universo objetivo, quantidades de muitas formas aparentemente separadas de ideia, todas elas
são apenas partes da Ideia Única Integral.

Cada parte aparentemente separada é uma extensão dinâmica da Unidade Estática Única, mas a separação só
parece, pois tudo está indissoluvelmente unido na luz como uma parte.

O conhecimento é a base dos conceitos do homem.

O pensamento transfere conceitos para o produto. A qualidade do produto do homem depende do grau de
percepção de seu conhecimento e não da qualidade, quantidade ou intensidade de seu pensamento.

A água não pode ser retirada de um poço vazio, nem água limpa pode ser retirada de um poço sujo. Da mesma
forma, um bom produto não pode vir de um pensamento intensivo, a menos que o conhecimento o apoie.

Nenhuma ideia da Mente pode jamais se tornar matéria. A ideia do produto jamais pode se tornar produto.
Além disso, nenhuma expressão de nada na Natureza é a ideia que ela expressa.

O produto da ideia não é a ideia que ela simula. A ideia é cósmica e não pode ser produzida na matéria. A ideia
deve ser concebida na Mente antes de poder ser simulada como produto. As concepções pertencem unicamente ao
Deus-Luz magnético e nunca se tornam matéria.

Uma alavanca, por exemplo, movendo-se sobre seu fulcro, expressa a ideia de poder pelo movimento, mas a
ideia de poder está na fonte fulcral imóvel de poder. Ela não está na alavanca em movimento. A alavanca seria
impotente e imóvel se não tivesse a imobilidade do fulcro a partir do qual estender a simulação de poder.

Um relógio expressa a ideia de tempo, mas o relógio não é tempo. Da mesma forma, ele expressa a ideia de
princípios mecânicos, mas o relógio não é a ideia que é expressa por esses princípios mecânicos.

O poema impresso não é a ideia expressa no poema. Esse poema impresso não tem significado para ninguém
cuja inteligência é insuficiente para refletir a ideia desde a mente do compositor até a sua própria. Nenhuma ideia da
mente jamais se torna matéria.
Da mesma forma, nem a composição musical na página impressa, nem a arte da música que emite como sons
de instrumentos musicais, é a ideia inspirada do músico. A inspiração nunca pode ser produzida. Ela pode apenas ser
refletida de uma mente inspirada para outra que a reconhece. A ideia e a inspiração podem ser ecoadas de espírito a
espírito, mas nunca podem se tornar produto da matéria em movimento.
“A visão do homem baseada nos sentidos o prende à ilusão de Meu duplo pensamento, pois eu apenas construo
a ilusão com Meu duplo pensamento para sua visão baseada em sentidos.

“A visão baseada em sentidos prende o homem a formas e coisas, enquanto o conhecimento da Mente abre
portas de glória para os fios opostos da Luz com os quais eu teço toda ideia de Mente em formas de muitas coisas que
se movem.

“A visão baseada na Mente descentraliza-se para os mais distantes alcances de Meu universo de Mim, e vê
todas as formas como Um.

“Com seus olhos, o homem vê a Luz como matéria energizada, mas não sente que a energia da matéria é a Luz
do Meu pensamento dividido. Com os olhos espirituais do homem, ele conhece a Minha Luz, a Fonte, e sabe que está
ligado a Mim como Um, e eu a ele.

“Eis em Mim teu Deus do Amor, o Único, inseparável.”

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo VIII

PENSAMENTO VERSUS SENSAÇÃO

O homem ainda é um primata, com poucas exceções. Ele ainda não aprendeu a pensar poderosamente a partir
do conhecimento. Ele está apenas começando a pensar como uma extensão do conhecimento.

Sentimos eletricamente e confundimos a sensação elétrica dos efeitos observados com o pensamento. Sentir
não é pensar. A sensação é apenas uma percepção elétrica do movimento das ondas por outras ondas.

Confundimos os registros elétricos das informações que nossos cérebros registraram como sensação, pelo
pensamento e pelo conhecimento.

A informação assim adquirida pelos sentidos não é, no entanto, conhecimento. Um homem pode ter vasta
informação e habilidade, mas tem muito pouco conhecimento.

Os maiores cientistas de hoje, por exemplo, são bem informados. Eles sabem como fazer coisas maravilhosas,
mas será que eles sabem o PORQUÊ do que fazem?

As informações dos efeitos observados, e a habilidade de reunir esses efeitos para fins úteis, multiplicaram-
se enormemente desde que o homem observou os fenômenos naturais pela primeira vez. Seu senso de observação
lhe disse como fazer um barco; depois uma vela para o barco. Ele então descobriu a roda e o fogo. A percepção elétrica
dos efeitos do movimento, mais a memória, mais o poder de raciocinar objetivamente, lhe deu a capacidade de fazer
isso. Muito pouco disso se deveu ou ao pensamento ou ao conhecimento.

Assim, confundimos sentir com pensar e conhecer quando, de fato, temos estado funcionando apenas através
do sentir da percepção elétrica adquirida a partir da informação.

A “informação” assim veiculada é elétrica, não mental. A mensagem telegráfica que passa por qualquer fio
não é o pensamento transmitido por essa mensagem. Mesmo o telegrama datilografado não é o pensamento
transmitido por ele. Seus símbolos informam o pensador do pensamento transmitido por ele, mas não é o
pensamento.

Assim é que nosso vasto universo mecanicista e motivado eletricamente é inter-sensibilizado com o propósito
de informar a cada gânglio nervoso em cada célula de cada parte orgânica e inorgânica dele a condição de todas as
outras partes dele.

NOSSOS SUPOSTOS CINCO SENTIDOS

Ao falar de uma percepção elétrica que chamamos de sensação, pensamos em nossos sentidos como sendo
cinco. Estes são os sentidos da visão, audição, paladar, olfato e tato.

Todos estes cinco sentidos são apenas uma única sensação. Nós não temos cinco sentidos. Ver é uma sensação
de sentir ondas de luz através de nossos olhos. Ouvir é uma sensação de sentir ondas de luz através de nossos ouvidos.
Provar e cheirar são sensações de sentir ondas de luz reagindo sobre a boca e as narinas.

Toda variação na sensação é devida a uma diferença de condicionamento elétrico em matéria de ondas
pulsantes. Se a matéria de onda pulsante é apenas um registro de onda elétrica do pensamento, a sensação também
é apenas um registro de onda elétrica do pensamento. Nenhum dos dois tem realidade. Nenhum deles é o pensamento
que eles registram.

Segue-se também que se matéria, movimento e substância são registros elétricos do pensamento, então a
sensação não tem realidade - pois a sensação é apenas uma consciência elétrica do movimento das ondas por outras
ondas.

Da mesma forma, se a matéria, o movimento e a substância são registros de ondas elétricas do pensamento,
então a eletricidade que registra o pensamento, e o próprio pensamento, são inexistentes.

Há apenas uma coisa neste universo – LUZ – a Luz imóvel de todo o Conhecimento. A Luz Única que é Deus.
Só Deus vive. Seu pensamento e imaginação é Conhecimento; o universo Conhecedor é tudo o que é; a Mente
Conhecedora é imóvel. Não há nenhuma atividade no universo, seja de espírito ou de matéria.

CONHECIMENTO EMPÍRICO

A civilização atual do homem é erguida sobre a base do conhecimento empírico obtido através de seus
sentidos. O que é o conhecimento empírico? A definição no dicionário é: “conclusões baseadas apenas na experiência
e na observação”.

Em outras palavras, o chamado “conhecimento” em que o homem se baseia vem da evidência de seus
sentidos, ou mais simplesmente, nas ondas de movimento inexistentes de uma substância inexistente.

Este fato é a resposta para o porquê da humanidade não ter, até o momento, praticamente nenhum
conhecimento. Durante seus dias de ameba e selva, ela viveu uma existência puramente sensorial. Suas células
corporais eram inteiramente controladas por fios de fluxo instintivo de luz estendidos a ela diretamente do Criador.

O HOMEM AINDA É NOVO

Desses milhões de anos, ele teve apenas alguns milhares de anos desde que a aurora da consciência despertou
nele a mais leve suspeita de sua herança espiritual.

O avanço do homem desde que os primeiros mensageiros de Deus apareceram na Terra para acender nele
uma faísca despertadora, tem sido baseado em informações obtidas por seus sentidos e armazenadas em seu cérebro
elétrico como registros de memória de observações sensoriais. Estas observações foram usadas por ele para chegar a
conclusões sensoriais através de um cérebro eletricamente sensibilizado.

Todas essas conclusões que se baseiam na evidência dos sentidos têm dentro delas os elementos de engano
que caracterizam todos os efeitos do movimento neste universo tridimensional de ilusão.

O homem está ciente de algumas dessas ilusões, tais como as de perspectiva. Ele está ciente de que os trilhos
das ferrovias não se encontram no horizonte, mas ele não está ciente de que todos os efeitos do movimento não são
o que parecem ser. Assim, ele é induzido a tirar conclusões errôneas que não têm qualquer relação com a Natureza.
Não se pode ter conhecimento dos efeitos, pois todo o conhecimento está na causa. Nossas novas leis e princípios
fundamentais devem ser baseados no conhecimento da causa.

LEIS BASEADAS NA ILUSÃO

Newton, por exemplo, confessava não saber o que era a gravitação, mas escreveu leis a respeito dela com
base em sua observação sobre o que a gravitação fazia a uma maçã. Além disso, ele concluiu que a lua cairia sobre a
terra se não fosse por seu movimento. Ele até provou isso matematicamente, não tendo ciência do fato de que essas
mesmas fórmulas matemáticas se aplicariam a cada satélite, planeta e estrela no céu, bem como a cada elétron em
cada átomo, nenhum dos quais está caindo em suas primárias.¹

Os observadores de fenômenos naturais ainda estão calculando a idade do universo e o peso da Terra. O
Universo não tem idade. Ele não teve início. Da mesma forma, a Terra não tem peso em relação a qualquer outra coisa
no Universo. Cada esfera no céu está em perfeito equilíbrio com todas as outras esferas.

MENSAGEIROS DA LUZ

O pouco conhecimento que o homem adquiriu durante estes últimos milhares de anos foi-lhe dado pelos
pouquíssimos gênios, profetas, místicos e outros mensageiros da Luz que vieram para reinspirar a humanidade com
seu conhecimento inspirado.

Destes raros poucos, surgiram os primórdios de nossa cultura. Sem eles, não haveria compreensão da beleza
no mundo. Sem a beleza, o homem ainda seria bárbaro. Somente através da beleza ele se tornará gradualmente
consciente de sua unidade com a Luz.

Quando o homem conhecer a Luz, ele conhecerá todas as coisas. Hoje essa Luz é tão fraca em toda a
humanidade, que ninguém ainda sondou o segredo da Luz, ou da gravitação, da radiação, da eletricidade, do
crescimento, da vida, da reencarnação ou da onda.

Agora chegou o dia em que ele conhecerá estas coisas. Esta é a herança do homem para esta Nova Era.
“Eis em Mim a Luz Única da qual aparentes duas luzes aparecem como pares de opostos que se intercambiam
ritmicamente. Elas são Meus mensageiros de luz. Elas são Meus trabalhadores que constroem Minhas formas
imaginadas e as devolvem a Mim sem forma.

“Elas são o pulsar do Meu corpo, as Criadoras de ciclos eternos de Minha imaginação em formas de coisas.

“As duas são metades iguais de uma. Elas nunca podem se tornar uma só. Elas se intercambiam para sempre
para simular uma unidade balanceada que elas nunca encontram, pois nunca podem ser nada além de dois.

“A partir de Mim uma luz se estende para dar forma às Minhas imaginações, e lhes dá pulsação para simular
a Vida eterna nelas que ESTÁ em Mim. A outra luz dissolve essa forma e a devolve a Mim sem pressa para a ressurreição
em Meu repouso para então repetir Minhas imaginações.

“Diz tu, portanto, que a vida é eterna no homem através das eternidades das ressurreições dele em Mim. E diz
também que sua ressurreição é sua, pois ele é UM Comigo.

“Assim nasceu, dissolveu-se e renasceu Meu universo imaginado de luz dupla; concentrado, descentrado e
reconcentrado; integrado, desintegrado e reintegrado para sempre e para sempre em Meu universo imaginado de
tempo e espaço imaginado.

“E, eis que cada um dos Meus pares de expressões opostas de Mim renascem através de Mim como o outro.
Mais uma vez eu digo, não há nada além de renascimento em Mim. Não há morte.

“Vai tu e diz ao homem que tanto a vida quanto a morte são apenas espelhos uma da outra, que se tornam
uma à outra em seu intertravessar para sempre para seu fulcro imóvel em Meu conhecimento, do qual ambas surgiram
para parecerem ser para registrar as formas imaginadas de Meu pensamento.”

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo IX

A SENSAÇÃO UNE TODAS AS COISAS

A inter-sensibilização elétrica das duas extensões de luz pulsante da Luz Única imóvel tem o propósito de
registrar padrões de pensamento na matéria.

A mente só conhece uma Ideia como um todo. O pensamento é uma Ideia desmontada e padronizada como
ideia separada. O pensamento é uma ideia padronizada expressa eletricamente e registrada eletricamente na matéria
por suas duas luzes pulsantes e intercambiáveis.

Este universo de matéria em movimento é apenas o registro elétrico do pensamento. O processo de registro
é desmontar a Ideia Única Universal indivisa e expressá-la como muitas partes aparentemente divididas. Isto dá forma
e multiplicidade em muitas partes e coisas aparentes de um universo de apenas uma coisa.

A eletricidade é a serva da Mente-Deus. A eletricidade expressa o desejo na Mente-Deus de expressão criativa


ao aparentemente dividir a luz Única imóvel em ondas transitórias de espectro dividido em cores positivas e negativas
de luz.

Todo este universo de aparente substancialidade consiste unicamente em ondas de luz transitórias em
aparente movimento. O próprio movimento é uma ilusão.

APARENTE SEPARATIVIDADE

Todas as criações de pensamentos padronizados de Deus ou do homem são os entrelaçamentos das cores do
espectro dos dois opostos elétricos das ondas de luz com os desenhos padronizados desses pensamentos.

A criação pode ser comparada à tecelagem de tapeçaria que CONHECE a ideia única como um todo, depois
PENSA em partes, depois REGISTRA essas partes entrelaçando suas cores de espectro nas muitas formas que, juntas,
manifestam a ideia inteira.

Para exemplificar nosso significado, considere qualquer pessoa como parte de toda a ideia da Criação - ferro,
por exemplo. O ferro é uma parte separada do todo.

Pensamos no ferro como um metal duro, frio, com certas propriedades que nos possibilitam a sua utilização
em muitos produtos. Quando o ferro está em seu estado congelado, não pensamos nele como luz, mas podemos
fotografá-lo dessa forma se o aquecermos até a incandescência.

Não apenas é luz, mas todas as propriedades que o tornam disponível para nós como ferro saíram de lá. É
como se o tecelão divino tivesse desatado todos os fios da ideia do ferro e os tivesse separado em suas cores de
espectro, fio por fio.

O físico pode lhe dizer que elemento seriam esses fios de luz se fossem congelados. Ao olhar para eles, ele
diria: “Isso é ferro”. Mas não seria a forma do ferro como o conhecemos - seria a ideia sem forma do ferro como o sol
o conhece.
NÃO HÁ SEPARATIVIDADE

No sol incandescente tudo é uma ideia que a Terra conhece. A ideia da maçã da terra está no sol, assim como
a madeira da árvore e a violeta no prado. Da mesma forma, a terra fria está lá, com seus rios e montanhas.

Toda ideia é uma ideia à luz do sol. A luz do sol nunca é dividida em suas muitas ideias aparentemente
separadas até que se estenda eletricamente do sol e essas extensões ecoem eletricamente de volta a ele.

O sol é um cadinho que funde todas as ideias em uma só, depois as coloca no espaço para resfriá-las e separá-
las em muitas unidades dessa ideia.

Da mesma forma, a Ideia da Mente nunca se torna as muitas ideias da Criação até que a eletricidade divida
essa ideia Única em muitas partes separadas.

A Luz Única não pode ser dividida, mas extensões da Luz Única podem parecer que a dividem. As manchas de
luz solar no chão da catedral são muitas, mas são todas extensões da Luz Única de sua fonte no sol. Da mesma forma,
toda a humanidade é uma extensão da Ideia Única do homem pois o homem é apenas Um na Luz de sua Fonte.

Da mesma forma, todas as extensões móveis da Luz Única imóvel, como manifestada na luz branca dos sóis, a
luz negra de seu espaço ao redor, são apenas extensões de uma Fonte.

TODA IDEIA É IMÓVEL

O cinema exemplifica este significado. Sobre a tela estão muitas ideias padronizadas em movimento ruidoso
e violento.

Sabemos, entretanto, que todo o movimento de ideias separadas, e todos os sons que emanam dessas formas
padronizadas e em movimento, cessariam instantaneamente se a fonte de luz imóvel da qual essas imagens e sons
são projetados fosse desligada.

Sabemos que a causa de toda essa divisão transitória em efeito positivo e negativo está na Luz Única imóvel a
partir da qual ela é projetada. Sabemos que os sons que ouvimos emanam dessa imobilidade, mas parecemos estar
totalmente inconscientes do fato de que todo o nosso universo pulsante é apenas uma extensão da Luz Única imóvel
da Mente Universal, projetada através de luz positiva e negativa sobre a tela universal do espaço.

É difícil conceber a Terra e todos os seus fenômenos de movimento, som, pessoas, animais e vida vegetal,
como uma projeção cinematográfica a partir do nosso sol. No entanto, todas as ideias separadas da Terra estão
naquela luz incandescente do sol. Todas são apenas uma coisa, Luz.

Desligue o sol e todas as suas ideias padronizadas na Terra cessariam instantaneamente. A ideia imóvel que
se estende em movimento não está no movimento, mas na imobilidade da qual se estende.
“Pois eu digo que o homem que sente apenas o barro da terra nele está ligado à terra como uma imagem
barrenta da sua terra.

“Imagens barrentas de Minha imaginação que não Me conhecem nelas, são apenas habitantes da escuridão
da terra. Para o homem que sente, as portas do Meu Reino são barradas pelas trevas até que a Minha Luz nele seja
conhecida por ele como Eu.

“Até então, ele é apenas argila em movimento, não Me manifestando nele, enquanto não sente nada a não
ser sua própria argila em movimento; não conhecendo a glória de Minha Luz nele.

“Portanto, eu te digo, exalta-te a ti mesmo além de teu sentir. Conhecei-Me como fulcro de vosso pensamento.
Seja Eu nas profundezas de teu conhecimento.”

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo X

FUNÇÃO DO CÉREBRO

A percepção elétrica dos efeitos observados da matéria em movimento é registrada no cérebro.

Acredita-se normalmente que o cérebro pensa e conhece.

O cérebro não pensa, nem conhece. Ele é apenas um depósito de sensações registradas. O cérebro “se lembra”
desses registros para o uso do homem à medida que ele precisa, e para o cumprimento das exigências de seu corpo.

O cérebro é um complexo estado de movimento expresso por ondas de luz pulsando em ciclos.

Os estados de movimento não podem CONHECER nada, nem podem PENSAR nada.

O cérebro é parte de uma máquina, de uma máquina humana.

Máquinas podem expressar pensamentos que são projetados eletricamente através delas, mas máquinas são
incapazes de pensar os pensamentos assim projetados.

Da mesma forma, as máquinas podem expressar o conhecimento, mas não podem ter conhecimento.

Da mesma forma, as máquinas podem fazer coisas maravilhosas quando padronizadas e controladas pelo
conhecimento, mas não podem CONHECER o que elas fazem.

Apenas a Mente consciente centrada da Alma-desejo do homem pensa projetando o desejo de expressão
criativa através da máquina do cérebro.

O desejo na Mente é expresso eletricamente. A eletricidade é a força motivadora que projeta a Luz Única da
Mente em duas maneiras de criar ciclos de ondas de luz com o propósito de expressar ciclos de pensamento.

O desejo não está no cérebro. Ele está no eu consciente centralizador. O desejo é a causa de todo movimento.

O CÉREBRO REGISTRA SENSAÇÕES

O cérebro é apenas o mecanismo de registro elétrico do pensamento consciente da Mente. É também o


armazém do homem para registros elétricos de memórias e pensamentos desde seu início.

É o servo da Inteligência Universal. Ele opera todos os mecanismos do corpo. Atua como central de todas as
suas ações instintivas voluntárias e involuntárias.

O cérebro é a sede da sensação. Seu objetivo, neste sentido, é manter o corpo eletricamente informado sobre
sua própria condição, por meio de mensagens elétricas.

Tais mensagens não são mentais. Elas são puramente elétricas. Elas produzem sensação. O cérebro sente e
registra cada mensagem. Ele envia mensagens de resposta para outras partes do corpo.
O corpo é um mecanismo vasto e complexo. O cérebro é um gravador, distribuidor, transmissor e receptor
elétrico para todas as partes operacionais daquela máquina multicelular, mas suas ações não têm relação com a
inteligência.

O cérebro registra sensações de experiências e observações que os sentidos transmitem a ele. Tais sensações
são confundidas com pensamento e conhecimento. As sensações decorrentes do movimento elétrico são puramente
automáticas.

O erro em assumir que o cérebro pensa e conhece é devido ao fato de que o homem acredita que está
pensando quando está apenas sentindo. O homem também acredita que ele está adquirindo conhecimento através
da observação sensorial do EFEITO sensorial, quando ele está apenas registrando sensações elétricas que o informam
sobre a natureza das coisas observadas por seus sentidos.

O corpo é uma máquina padronizada, projetada para fazer muitas coisas. A motivação elétrica através de fios
nervosos determina cada movimento.

Quando tais sensações agem em uníssono com sua percepção consciente da Luz que o centra como PESSOA,
ele está então pensando, bem como sentindo.

A consciência centralizadora do homem, a PESSOA, transforma a informação recebida pelos sentidos em


conhecimento na medida em que ele é capaz de reconhecer CAUSA em espírito, antes do EFEITO que seus sentidos
registram.

Até que essa transformação ocorra, o homem está sem conhecimento, não importa até que ponto seus
sentidos possam tê-lo informado, pois informação não é conhecimento.

Um homem pode ser uma verdadeira enciclopédia de informações. Ele pode ter obtido muitos diplomas
universitários por estar bem informado e ainda assim não ter conhecimento suficiente para criar algo.

Por exemplo, não podemos sentir a ideia de uma harpa enquanto ela está imóvel, mas podemos conhecer a
ideia da harpa. Podemos conhecer suas várias possibilidades de expressão, mesmo que suas cordas não estejam
vibrando. Da mesma forma, podemos imaginar incontáveis complexidades de ritmos que ficam inexpressivos dentro
dessas cordas imóveis.

Por outro lado, não podemos conhecer as vibrações que provêm dessas cordas quando as colocamos em
movimento. Podemos apenas sentir essas vibrações através de nossa própria percepção elétrica sentida.
“A Fonte de todas as coisas está dentro de todas as coisas, centralizando-as como Repouso, do qual brota seu
movimento. Está também fora de todas as coisas, controlando seu balanceamento com todas as outras coisas.

“O universo do homem ainda é composto de muitas coisas, muitas coisas separadas, e separáveis.

“Sim, não há uma única coisa em Meu universo imaginado que esteja separada de Mim, nem de si mesma.

“Sim, eu guio minhas coisas que brotam da própria semente através de fios sensoriais de extensões de luz de
Meu pensamento até que elas mesmas possam se guiar. Nem a menor destas não está ligada a Mim na Luz.

“Imagens de Minhas imaginações que crescem da Terra, e aquelas que se movem livremente, todas estas
coisas crescem e se movem através da luz estendida do Meu pensamento dinâmico até que elas mesmas possam
pensar Comigo”.

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo XI

CONSCIÊNCIA ELÉTRICA

Este universo material de muitas partes aparentemente separadas é elétrico.

O universo inteiro de inúmeras partes é interligado por uma eletricidade de “nervos” que informa cada parte
do universo sobre a condição sempre mutável de cada outra parte.

Não há “sensação” entre as partes balanceadas ou condições balanceadas da matéria. Por “sensação”
queremos dizer a sensação da corrente elétrica que transmite a mensagem. A corrente elétrica é impossível em uma
condição de equilíbrio, portanto não podemos sentir nenhuma sensação quando nossos corpos, ou partes deles, estão
em uma condição balanceada.

A percepção elétrica é necessária para um universo eletricamente mecanizado. Uma máquina controlada
eletricamente na fábrica tem exatamente a mesma percepção elétrica que um homem tem. Seu sistema nervoso com
fios transmite mensagens elétricas a suas partes com o duplo propósito de motivá-las, bem como de ajustar todas as
partes umas às outras em continuidade.

As máquinas elétricas fazem o que a percepção elétrica exige delas através da sensação. Assim como o homem,
a árvore, o sistema solar e cada nebulosa do céu.

As células do corpo do homem estão eletricamente conscientes de seus propósitos mecanicistas e respondem
a mensagens elétricas enviadas a elas. Elas têm memória celular elétrica de seus propósitos individuais e grupais. Elas
agem automaticamente quando os reflexos detectados são motivados eletricamente.

Funções corporais, como batimento cardíaco, digestão, transformação química das glândulas, a respiração e
o caminhar, são automaticamente operadas pelos reflexos da memória celular. A memória celular e o instinto causam
a migração das aves, as aranhas a tecer teias e certos crescimentos vegetais a se fecharem em volta de moscas e
peixes.

Ações instintivas e ações de reflexos de memória celular não são mentais. Elas são puramente mecânicas e
automáticas.

A PERCEPÇÃO ELÉTRICA É UNIVERSAL

Este princípio da percepção elétrica, por meio da sensação, não se limita apenas à vida animal. Ele é
igualmente característico dos reinos mineral e vegetal. Ele se estende à menor partícula eletrônica e à galáxia mais
poderosa.

Não apenas cada partícula em cada massa é eletricamente consciente de seu propósito, mas cada partícula
em todo o universo reage em resposta a mensagens elétricas enviadas a ela por qualquer outra partícula do universo.
Este universo físico é controlado unicamente pela sensação elétrica, que é medida e balanceada pela Luz magnética
imóvel, centrando todas as coisas.

“Pois eis que, diz o Universal, estou dentro de todas as coisas centrando-as; e estou fora de todas as coisas
controlando-as”.
– d’A ILÍADA DIVINA

Todo o universo elétrico do movimento é, portanto, perfeitamente condicionado pelos dois trabalhadores
elétricos que constroem o universo e o destroem sequencialmente para a reconstrução, todas as coisas em movimento
nele sentem todas as outras coisas em movimento nele.

Da mesma forma, todas as coisas diferentemente condicionadas no universo reajustam seu condicionamento
a cada mudança de condição de todas as outras coisas no universo.

Há um processo de separação constante na Natureza que para sempre expressa o desejo universal de
mudança e multiplicidade, e há também um processo de nivelamento constante que para sempre expressa o desejo
universal de unicidade.
“Eu, com o homem, estou criando o homem à Minha imagem universal.

“O que eu sou, o homem é.

“Eu penso em ideia; e a forma da Minha ideia aparece no padrão do Meu pensamento.

“Eu penso no homem; e o homem aparece no padrão do Meu pensamento.

“O homem pensa no homem; e o homem aparece na imagem do pensamento do homem.

“O pensamento do homem é o Meu pensamento.

“Todas as coisas que pensam estão pensando o Meu pensamento.

“Todas as coisas criadoras são formadas à imagem das Minhas imaginações para manifestar Minhas
imaginações.

“O universo é Minha imagem, criatura de Minhas imaginações.”

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo XII

INSTINTO

A matéria orgânica gera puramente a partir do desejo da mente de manifestar ideia na matéria. Esse desejo
cósmico de criar forma produz a forma desejada. O desejo é a força motivadora de toda a Criação.

O homem começa a expressar a ideia do homem como uma única célula. A ideia inteira do homem está nessa
única célula. Ela então se desdobra em ordem de tempo e espaço, de acordo com a lei cósmica. Da mesma forma,
toda a ideia de toda a Criação está naquela única célula. Toda ideia é onipresente. Não há partes do Todo.

Cada passo no desdobramento do homem-ideia segue o desejo contínuo de desdobramento. A memória


celular de propósito é dada a cada célula à medida que ela se desdobra. O padrão da ideia segue em sequência assim
como o desejo na Mente Divina e desejo na ideia emergente trabalham juntos para expressar a ideia em forma.

Toda ação de desdobramento do homem é uma parte do desdobramento do homem-ideia tal como ele existe
como um todo na Mente de Deus. Qualquer desejo do homem é, portanto, uma extensão bidirecional da Luz dessa
ideia de Deus para o homem. O que Deus deseja expressar no homem, Ele o expressará, pois Ele é o Criador do homem.

Tudo o que o homem deseja, o Deus nele criará. O homem deve, entretanto, cocriar com Deus, de acordo com
a lei universal de Deus. Se o homem violar essa lei, a lei o violará em igual medida.

A VIDA É UMA SEQUÊNCIA DE EXPERIÊNCIAS

Todas as expressões de desejo no desdobramento de qualquer ideia são parte da ideia. Elas são experiências
nas decisões. Todas as experiências são partes do desdobramento de qualquer ideia.

Sejam quais forem essas decisões, no entanto, elas são registradas no homem individual como sua própria
interpretação do homem-ideia. Da mesma forma, elas são registradas em toda a raça humana como a soma total de
todos os desejos e experiências do homem-ideia como um todo.

Como a ideia de qualquer coisa é uma só, assim também as partes dessa ideia são uma só.

INTERCOMUNICAÇÃO INSTINTIVA

Se não fosse por instinto, a vida animal não poderia sobreviver ou se desenvolver.

O instinto faz com que ações mecânicas ocorram em todos os órgãos para atender às necessidades da
existência. O instinto protege a vida animal dos inimigos. Ele diz o alimento adequado para comer, como construir
ninhos, como cuidar de seus filhotes, como voltar para casa quando se afasta muito, como faz o pombo-correio, e
incontáveis outras coisas maravilhosas que os animais fazem.

Um salmão, que nasce em um determinado rio, deixa instintivamente esse rio e se dirige para o mar até a
maturidade. No momento apropriado para seu acasalamento e desova, ele então retorna, ao longo de milhares de
quilômetros sem trilha, ao próprio rio em que nasceu.
É o instinto que diz às aves para voarem para o sul antes do inverno. O instinto diz a elas a direção sul. O
instinto diz a elas que está mais quente nessa direção. O instinto também governa a migração das focas, a construção
de represas por parte do castor e a tecelagem da teia da aranha.

O instinto pode ser definido como um registro de memória celular de todas as ações de um corpo, e de todas
as sensações causadas por essas ações.

O INÍCIO DO INSTINTO

Sem o instinto em toda a vida animal e vegetal, sua evolução não seria possível. Todas as criações do Criador
são o resultado de registros de ondas elétricas do pensamento do Criador. Elas são partes de toda a ideia desmontadas
e colocadas juntas pouco a pouco. Elas são o resultado da Lei Universal, de Causa e Efeito.

Nenhuma das criações do Criador tem nelas, em seu início, o poder de pensar. São necessários milhões de
anos para que organismos complexos reconheçam o espírito dentro deles o suficiente para pensar. Durante estas
longas eras, eles são guiados quase que inteiramente por seus reflexos instintivos. Apenas o homem começou a
pensar, raciocinar, imaginar, criar e inventar, e somente durante os últimos milhares de anos.

INSTINTO É O CONTROLE DE DEUS

O instinto é, portanto, o controle de Deus sobre as ações de Suas criações. As ações involuntárias do corpo,
como a batida do coração ou a ação dos glóbulos brancos, não conhecem seu propósito no processo de cura do corpo,
mas Deus centraliza e controla cada átomo de Sua Criação e cada um deve cumprir seu propósito.

CONSTRUÇÃO DO INSTINTO POR DEUS E PELO HOMEM

Um bom exemplo da maneira como Deus e o homem trabalham juntos para a expressão criativa é uma mulher
que tricota. O tricô faz parte do homem-ideia que requer uma habilidade. A mulher que deseja tricotar deve desejar
adquirir essa habilidade. O desejo deve preceder toda expressão de tal desejo.

Lentamente, ela dá um ponto de cada vez. Todo o seu poder de concentração é necessário para dar esses
primeiros pontos. Cada ponto dado, entretanto, tem dentro de si o desejo de dar o próximo ponto.

Muito lentamente, ela entrelaça os fios no padrão necessário. As células de seus dedos adquirem
gradualmente memórias celulares de seu propósito. Estas células se coordenam com outras células do corpo no
desenvolvimento de toda a habilidade.

Gradualmente ela aprende a tricotar instintivamente. Sua mente é liberada da concentração e ela pode pensar
em outras coisas e conversar livremente. Só as células de seu corpo trabalharão a partir da memória do propósito que
lhes foi dado.

As habilidades instintivas são assim transmitidas aos corpos do homem pelos esforços cocriativos de Deus e
do homem. O pianista ensina seus dedos a trabalhar instintivamente a fim de libertar sua mente para pensar em
música. Deus está trabalhando com ele. Sem esta cooperação momento a momento com Deus, ele não poderia fazer
nada.

Deus, Criador de todas as coisas, conhece todas as coisas e tem todo o poder.

O homem e Deus são Um. O homem pode conhecer todas as coisas e ter todo o poder na medida em que
deseja conhecer todas as coisas e ter todo o poder. A percepção da Luz no homem lhe dará todo o conhecimento e
poder. O homem não pode estar separado de Deus em nenhum momento. Nem pode nenhuma parte da Criação estar
separada de Deus a qualquer momento.
“Todas as coisas vêm e vão do Meu pensamento dividido.

“Todas as coisas vão do Meu coração para o Meu universo imaginado; e quando elas desaparecem de lá eu
também as levo de volta para o Meu coração.

“Saiba que todas as coisas que criam são coisas ressuscitadas, manifestando novamente a Minha vida através
de Meu pensamento dividido.

“O homem divide seu pensamento ao Me manifestar.

“O corpo do homem dorme, para que possa despertar em Mim, para Me manifestar.

“O corpo do homem morre, para que possa ser ressuscitado em Mim, para Me manifestar.

“O corpo do homem desaparece, para que ele possa reaparecer para Me manifestar.

“O homem que dorme ou morre ou desaparece é apenas a imagem do homem, pois o Eu do homem não dorme,
nem morre, nem desaparece; pois o Eu do homem sou Eu.

“Mais uma vez digo que Eu sou Um, e o homem é Um em Mim quando ele sabe que Eu sou ele”.

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo XIII

INCONSCIÊNCIA, SONO E DOR

Há muita confusão em relação à condição supostamente possível conhecida como “estar inconsciente”.
Quando dormimos, ou estamos anestesiados, dizemos que estamos “inconscientes”.

Não podemos estar inconscientes. Sempre estivemos conscientes sem a mínima percepção disso.

Nossa confusão a este respeito reside em confundir sensação e pensamento com consciência.

Quando deixamos de pensar, adormecidos ou acordados, não deixamos de CONHECER, nem deixamos de estar
conscientes de nosso Ser. Nós apenas deixamos de colocar nosso conhecimento em movimento para expressar a ideia
através das pulsações do pensamento.

A Mente Consciente não dorme. Dormir é apenas a metade negativa do ciclo de onda da percepção elétrica
da sensação. A vigília é a metade positiva.

Toda a natureza dorme quando a luz do sol diminui a capacidade de todas as coisas de manifestar vida. O sono
é a metade da morte do ciclo de vida-morte.

Pode-se dizer: “Não tenho ideia disto ou daquilo”, mas não se pode dizer: “Estou inconsciente” quando se está
sempre consciente.

A percepção consciente é o CONHECIMENTO. Não perceber significa ainda não conhecer. O conhecimento
está dentro do homem, o qual ele pode conhecer quando deseja conhecer.

O sono e a vigília são partes positivas-negativas de um ciclo de ondas, assim como o nascimento e a morte são
extremidades opostas de um ciclo de vida.

Dormir é apenas um anestésico. O sono pode ser induzido quimicamente, seja para todo o corpo ou qualquer
parte dele, dessensibilizando suas células. Quando o corpo ou partes dele são “postas para dormir”, elas não se tornam
“inconscientes”; sua voltagem foi meramente reduzida.

O dentista não se refere a um anestésico local como tendo produzido inconsciência; ele se refere a ele como
uma condição dessensibilizadora, mas quando o cirurgião dessensibiliza o corpo, então supõe-se que ele esteja
“inconsciente”. Presumimos que o cérebro parou de pensar. O cérebro não pensa, portanto não pode deixar de fazer
aquilo que nunca faz. Assumimos que os corpos deixam de ser conscientes, mas a consciência nunca está nos corpos.

Um anestésico local para a dor. A dor é uma corrente elétrica muito intensa. A voltagem é muito grande para
que os fios nervosos suportem a tensão. Eles queimam, e a sobrecarga da queima provoca a dor.

Quando os nervos do corpo SENTEM uma corrente elétrica passando por eles, o corpo está consciente de que
algo está acontecendo para desbalanceá-lo. Quando o corpo está balanceado, ele não tem nenhuma sensação.
Quando o corpo está desbalanceado, a sensação o informa quando e onde, caso contrário ele não poderia funcionar.

A vigília e o sono são apenas a carga e descarga das incontáveis baterias elétricas do corpo. Se essas baterias
fossem mantidas constantemente carregadas, não haveria condições tão alternadas como sono e vigília.
Este planeta está nos transportando em nossa jornada ascendente até nosso ápice. O sol é o gerador que
carrega suas baterias. O sol é esse gerador, mas a Terra está continuamente se voltando e se afastando de seu gerador.

Como a luz do sol desaparece de uma extremidade da borda do planeta à noite, tudo vai dormir. Ao contrário,
todas as coisas despertam ao amanhecer. As baterias de todas as coisas na Terra estão sendo carregadas para sempre
diariamente e descarregadas durante a noite.
“Eu centralizo o eixo móvel do Meu universo, mas não me movo, embora seu poder de mover brote de Mim.

“Eu centralizo os sistemas em crescimento, e mudo as células dos sistemas em crescimento, mas não mudo,
mesmo que seus padrões de mudança brotem de mim.

“Eu centralizo coisas vivas que manifestam Minha vida, mas elas não vivem. Apenas Eu vivo.

“Coisas em crescimento estão movendo coisas no sentido do homem, embora não se movam no conhecimento
do homem.

“Coisas em movimento estão mudando as coisas no sentido do homem, ainda que não mudem no
conhecimento do homem.

“Embora as coisas do sentido do homem se movam rapidamente, elas simulam o repouso, enquanto se movem,
do qual elas brotam em movimento aparente”.

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo XIV

MOVIMENTO SIMULANDO O REPOUSO

Este universo elétrico de movimento se move para sempre para encontrar repouso, mas nunca o encontra. A
matéria em movimento violento simula repouso e balanceamento através do movimento violento. Quanto mais
violento o movimento, maior é a ilusão de repouso e balanceamento. O movimento pode cessar, mas nunca pode se
tornar repouso.

ESTE UNIVERSO DE FAZ-DE-CONTA

Todo o universo de onda dinâmica da matéria elétrica não é o que parece ser. Tudo o que parece estar em
repouso depende de um movimento violento para levar a crer que está em repouso.

Uma roda de fios poderia parecer um disco de aço se girada suficientemente rápido. Quanto mais rápido ela
é girada, mais em repouso parece estar.

Este planeta, aparentemente em repouso, está em violento movimento em torno de seu ponto central de
repouso, do qual se estende eletricamente. Nuvens aparentemente sem movimento, flutuando acima da terra, estão
girando com ela à tremenda velocidade de mil e seiscentos quilômetros por hora no equador, ou quatro vezes mais
rápido que um avião.

Todos os planetas estão girando rapidamente em torno de seu sol central que parece estar parado no espaço,
mas na verdade está se movendo com uma velocidade incrível.

Da mesma forma, todas as estrelas da noite, simulando repouso, estão se movendo a velocidades fantásticas
para ajustar seus desbalanceamentos mútuos neste universo duplo de pressão dividida.

O lápis na mão, a mesa sobre a qual se está escrevendo, a sala cheia de coisas sem movimento, parecendo
estar em repouso, estão apenas simulando repouso através do movimento violento de suas muitas partes. Vibrações
tremendas podem estar naquele peso de papel de vidro.

Nenhuma coisa poderia manifestar o resto que ela simula se não fossem as incríveis velocidades daqueles
átomos que tão incessantemente giram para tornar possível aquele aparente repouso.

MESMO COISAS IMÓVEIS NÃO ESTÃO IMÓVEIS

Toda matéria aparentemente imóvel está manifestando o repouso de faz-de-conta através de um movimento
de faz-de-conta.

O próprio movimento é uma ilusão. O movimento que se sente no cérebro não tem mais realidade do que o
movimento que se sente em um filme.

O aparente movimento do cinema ocorre por sequências de mudança de formas padronizadas projetadas na
tela que dão a impressão de movimento por causa da rápida mudança de padrão nos negativos. Essa mesma ilusão se
aplica ao universo material.
“Sem mudança Minha peça de criação não poderia ocorrer, nem seus atores poderiam atuar. Eis, portanto, o
universo em transformação do Meu imaginário, o universo aparente do Meu pensamento.

“E novamente digo que não há mudança em Mim, o Imutável, portanto, também não há mudança em Meu
universo de pensamento de pares de coisas opostas que se intercambiam para sempre para simular Meu universo de
mudança.

“Mesmo a aparente mudança do Meu universo de pensamento não é mudança, exceto pelos sentidos das
coisas percebidas que estão ligadas a pares de partes de todos.

“Cada par percorre seu caminho através das pressões intercambiáveis de sua jornada elétrica. Cada par
aparece, depois desaparece, para reaparecer.

“Embora os sentidos das coisas percebidas mudem em todas as coisas, elas não mudam para o conhecimento
consciente.

“Por que ser escravo do sentido? Ergue-te acima do teu sentir. Sê Eu em teu conhecimento.”

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo XV

A ILUSÃO DE MUDANÇA

A mudança é uma ilusão dos sentidos devido ao movimento.

Não há nenhuma mudança no universo consciente do conhecimento. Há apenas uma ilusão de mudança criada
pelas duas luzes do pensamento que se intercambiam para dividir a Ideia Única Integral em muitas ideias separadas e
registrá-las na matéria em movimento.

Os sentidos são o público para estas pulsações de pensamento. Os sentidos são uma parte desta ilusão. Os
sentidos são elétricos. Eles pertencem ao universo do pensamento do movimento e não respondem à imobilidade.
Como o próprio movimento é inexistente, os sentidos também são inexistentes.

Os sentidos são apenas os registros imaginados do movimento, da matéria e da mudança imaginados. Como
tal, eles se limitam a espreitar a imensidão que se estende além de seus sentidos. Os sentidos não têm conhecimento
do que eles sentem. Eles simplesmente registram o movimento.

Os sentidos respondem ao movimento em apenas uma direção. Eles sentem o fluxo do tempo para frente,
mas não o seu fluxo para trás. Se eles pudessem registrar ambas as direções, eles tomariam consciência da imobilidade
deste universo zero de movimento aparente.

O Universal o planejou desta forma, caso contrário não poderia haver manifestação sequencial do pensamento
que constitui o universo criador.

Quando nosso conhecimento superar o nosso sentido, não seremos mais enganados pelas ilusões de nossos
sentidos.

Um homem vendo um filme tecnicolor pela primeira vez e sem conhecimento de tais efeitos elétricos pensaria
que estava olhando através de uma janela para acontecimentos reais, sem saber que era apenas uma ilusão “criada”
ao projetar luz positiva através de padrões negativos. Isso é tudo que a criação é; duas luzes projetadas uma através
da outra para simular movimento, forma e mudança.

Nossos sentidos são como passageiros em um trem em movimento rápido. Eles sentem partes da paisagem
enquanto vão para frente, enquanto, para seus sentidos, a paisagem vai para trás. Os sentidos interpretam estes
efeitos como matéria em movimento rápido, que está sempre mudando rapidamente. Um homem, vendo o mesmo
trem a partir de uma montanha, sentiria esse mesmo movimento rápido e mudança rápida como imutável e imóvel.

À medida que o homem se desdobra do homem que sente para o homem espiritual, ele gradualmente se
torna consciente do movimento bidirecional de todo efeito; sendo essas duas direções o efeito visível que responde a
seus sentidos e o efeito invisível que ele conhece, mas não sente.

Gradualmente chega o tempo em seu desdobramento quando sua plena percepção da Causa anula toda a
confiança na sensação.

Ele então se eleva acima de sua intuição. Ele então conhece o universo do movimento pelo que ele é e não
pelo que parece ser.
“Não vejas mais apenas com os olhos exteriores, pois tens olhos de conhecimento para anular as ilusões de
teus sentidos.

“Durante longos éons, o homem caminhou em sua terra com olhos para os sentidos externos, acreditando
nessa terra com sentir do seu corpo. Através de seus novos éons, ele deve caminhar pela terra da visão interna e
conhecer-Me nela como se estivesse vendo-a na Minha Luz e na Luz dele.

“Pois penso na terra, e a terra aparece, desaparece e reaparece em ritmos balanceados de Meu pensamento.
Portanto, eu digo, a terra do homem e o homem não são senão Minha imaginação, para ir e vir com Minha imaginação.
Não sou Eu, nem é ele; nem é o que parece ser para ele.

“O homem não colocará a terra antes de Mim por mais tempo, ganhando nada da terra e nada de Mim.

“Pois eu sou um Deus paciente. Aguardo pacientemente o despertar do homem.

“O homem desperto é aquele que conhece a Minha Luz nele. O homem pode escolher seus próprios éons para
seu despertar, mas deve Me conhecer. Até esse dia, a agonia do homem do conhecimento será somente do homem.
Seu conhecimento deve ser seu próprio desejo.

“O homem conhecedor é o homem cósmico extasiado. Aquele que começa a Me conhecer nele - sim, mesmo
aquele que suspeita de Mim nele, apressa seu desdobramento para o homem cósmico onisciente.”

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo XVI

OS SENTIDOS ENGANAM

Imagine uma roda perfeitamente imóvel e uma mosca andando ao redor de seu aro, movendo-se sempre para
frente sobre o chão em constante mudança, e a roda aparentemente se movendo para trás, durante uma continuidade
de tempo na qual a mosca sente uma constante mudança na roda imutável.

Toda vez que a mosca voltasse ao mesmo ponto, ela calcularia o tempo passado consumido na viagem e o
tempo de avanço necessário para o próximo circuito.

A roda estando imóvel, o movimento, a mudança e o tempo são criados pela própria mosca, pois ela desmonta
toda a ideia da roda ao percorrê-la e examiná-la pouco a pouco.

A mosca sentiu o movimento ao mudar sua posição na roda. Ela sentiu a mudança ao encontrar uma aparente
diferença de condição a cada movimento para frente. Sentiu o tempo criando as sequências necessárias para
desmontar a única ideia da roda e dividi-la em muitas ideias separadas.

Esta simples analogia é um bom símbolo da Criação. Este planeta, como a mosca na roda, move-se para sempre
em sua órbita sem movimento. A órbita é tão rígida e imóvel quanto a roda sobre a qual a mosca está se movendo.

À medida que o planeta se move sobre a roda de sua órbita, ele sente o movimento e a mudança constantes.
Sente mudanças de dias em noites, de primavera se tornando verão, de outono se tornando inverno. Todas estas
mudanças aparentes estão no movimento do planeta e não na roda de sua órbita. Cada mudança é inteiramente
devida ao movimento do planeta e não à órbita imutável. O próprio planeta registra mudanças em sua roda imutável.
Portanto, a mudança está apenas no movimento. Os sentidos são movimento, portanto os sentidos sentem apenas o
que eles mesmos são.

INADEQUAÇÃO DOS SENTIDOS

O homem superestima seus sentidos. Ele coloca muita dependência neles sem justificativa, pois eles não estão
registrando todos os fenômenos de seu entorno. Ele também confia demais neles sem justificativa, pois eles estão
constantemente o enganando.

Enquanto seus sentidos registram a imobilidade e o repouso da Natureza em uma tarde tranquila, eles não
conseguem registrar o movimento violento de tudo em seu ambiente inteiro, desde a fina grama até as nuvens nos
céus acima dele.

Essas nuvens aparentemente sem movimento estão se movendo à velocidade de mil e seiscentos quilômetros
por hora no equador, sem a menor evidência de que esse movimento rápido esteja sendo registrado em seus sentidos.
A Terra também está se movendo muitos quilômetros por segundo em duas direções; uma de rotação sobre seu eixo
e a outra de revolução em torno de sua órbita. Seus sentidos registram a imobilidade. Eles estão eletricamente alheios
desse movimento.

Este engano é como deveria ser, assim como o mesmo engano em um cinema é como deveria ser. O universo
de Deus é apenas um registro elétrico de Seu conhecimento, manifestado por Seu pensamento. Para assim registrar a
ideia de Seu conhecimento nas duas luzes de Seu pensamento, é necessário um universo tridimensional. Se os sentidos
pudessem detectar e registrar todo movimento, ao invés de apenas uma parte dele, a ilusão desapareceria. Os
sentidos veriam por trás da ilusão e descobririam que todo o movimento se anula. A divisão do todo em partes causa
a ilusão. Se o filme fosse removido do projetor, a ilusão de movimento e mudança seria anulada.

É isso que é a Criação, a Luz Única do conhecimento dividida nas partes padronizadas do pensamento. O
sentido é apenas uma tensão elétrica criada pela aparente divisão de um em muitos, que “esticam” para satisfazer
seu desejo de unicidade.

Quando uma unidade de condição é consumada, a sensação entre essas partes cessa porque a tensão cessa.
Os sentidos, sendo apenas uma tensão de desejo de unidade entre as partes divididas, não têm existência.

Os sentidos são fios de fluxo elétrico de luz conectando cada partícula do universo com cada outra partícula.
Eles são os nervos intercomunicantes do único corpo universal.

Quando cessa a tensão do desejo de equilíbrio, repouso ou unidade, cessa a sensação.

Neste universo elétrico, a sensação é a tensão de resistência à separação que existe entre todas as massas
separadas. Toda matéria é uma só. As partículas separadas desejam encontrar essa unicidade.

É parte do plano de Deus que os sentidos se limitem inteiramente ao registro de uma fração muito pequena
do efeito. Os sentidos nunca podem sentir o Todo, mas a Mente consciente pode CONHECER o Todo.
“Estas palavras eu digo agora para o homem que compreende seu novo ciclo.

“Amai-vos uns aos outros, todos os homens; pois sois um em Mim.

“O que fazeis a um em Mim, fazeis a todos; pois todos são um em Mim.

“Amai o vosso irmão como a vós mesmos. Servi ao vosso irmão antes de vós mesmos. Levanta teu irmão para
o alto, levanta-o para os altos cumes, pois teu irmão é teu eu.

“Por uma verdade, digo, o amor a si mesmo, ou a nações, volta o próximo contra o próximo, e nação contra
nação. O amor-próprio gera ódio e semeia sua semente em todos os ventos para soprar onde quiser. Portanto, digo
eu, ame ao próximo pelo próximo, e nação pela nação, una todos os homens como um só.

“Serve primeiro teu irmão. Magoai primeiro a vós mesmos, e não ao próximo. Não se ganha nada com ele
desbalanceado por sua causa. Protege os fracos com tuas forças, pois se usares tuas forças contra ele, sua fraqueza
prevalecerá contra ti, e tuas forças não te servirão de nada”.

“Aquele que dá amor prospera poderosamente; mas aquele que não recebe nada, não ganha nada.

“Por que perder tudo para ganhar o mundo, não ganhando nada?

“Aquele que não depositou um tesouro no céu para igualar o tesouro ganho da terra, procurou a escuridão.

“Para ele, a Luz está longe.”

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo XVII

O NOVO CICLO DO HOMEM

Esta próxima era marcará um avanço épico na evolução do homem em direção a seu objetivo de onisciência
e onipotência.

O homem se torna um ser superior com maior poder à medida que adquire conhecimento. Somente no
conhecimento reside o poder. Somente através do conhecimento o homem pode se tornar cocriador com Deus.

O conhecimento só pode ser obtido pelo homem através da percepção do Espírito dentro dele. A falta dessa
percepção é a tragédia da civilização atual.

Durante o último século do maior progresso científico da história do homem, grandes nações do mundo
mataram, roubaram e escravizaram outros homens para construir seus próprios impérios.

Ainda hoje o homem mata aos milhões, justificando sua matança como necessária para sua autopreservação.
Agora ele está apenas colhendo o que plantou. Aquele que vive pela espada, morrerá pela espada.

Nenhum homem pode ferir outro homem sem se condenar a um dano maior.

O medo domina o mundo de hoje. Enquanto o medo está no mundo, o amor também não pode estar. O amor
nunca pode dominar o mundo até que o homem deixe de viver uma existência sentida principalmente e conheça a
Luz do espírito dentro dele.

Esta nova era traz o homem um passo mais próximo ao universo do conhecimento maior através de uma maior
compreensão da relação do homem com o homem, e com Deus.

Cada ciclo passado do crescimento do homem em direção a níveis mais elevados tem sido iluminado pelos
poucos mensageiros inspirados da Luz que conheceram Deus em si mesmos.

Novos mensageiros inspirados que conhecem a Deus em si mesmos também darão a Luz a este novo ciclo. E
esses poucos mensageiros da Luz devem multiplicar-se em legiões, pois a necessidade de um despertar espiritual é
grande.

Toda a razão de ser do homem é passar gradualmente através de seus milhões de anos de sensações físicas
para seu objetivo final de conhecimento espiritual. O homem atingiu agora um ponto de transição em seu
desdobramento onde ele deve ter esse conhecimento. Ele pode adquirir esse conhecimento somente através de uma
maior percepção da Luz do Eu universal que o centra como Um com Deus.
PARTE II – ONIPOTÊNCIA – O Universo do Poder
“Sem o pensamento, Minha Ideia Única não poderia se tornar muitas ideias únicas para o meu palco.

“Sem movimento Minha peça cósmica não poderia ser representada, nem seus atores poderiam atuar.

“Sem mudança, minha Ideia Única indivisível não poderia se desdobrar.

“Sem tempo, Meu drama de Meu universo criador não poderia ter sequências.

“Sem movimento, tempo, mudança e sequências, o desdobramento das imaginações da Minha Mente não
poderia ter espaço um para seus palcos, nem uma tela para suas projeções de luz.

“Portanto, veja-as como eu as imagino; mas saiba que elas são apenas padrões desdobrados do Meu
conhecimento através do Meu pensamento.

“Saiba, portanto, que o tempo não é nada, nem há coisas em movimento que mudam; nem há vida, nem morte,
nem frio, nem calor, nem bom, nem mau em Meu universo de Mim”.

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo I

AS DUAS SUPREMAS ILUSÕES DO HOMEM

O segredo da Luz só é compreensível para o homem se ele resolver primeiro suas duas supremas ilusões. A
maior delas é a ilusão do próprio universo. O homem nunca conheceu seu universo pelo que ele realmente é, mas
apenas pelo que seus sentidos o fizeram acreditar que ele é. Seus sentidos o enganaram poderosamente.

A outra é a ilusão do próprio homem. Com exceção do nazareno, o homem nunca conheceu o homem até
agora. Tampouco conheceu sua relação com o universo, nem com seu Deus ainda mais insondável.

O pouco que o homem conhece de si mesmo e de seu universo é o que os olhos e ouvidos de seu corpo lhe
disseram que viram e ouviram sobre si mesmo e sobre seu universo.

Mas o homem tem olhos e ouvidos do espírito que veem e ouvem o que os olhos e ouvidos focados no sentido
do homem nunca podem ver ou ouvir, pois o homem ainda é muito novo em seu desdobramento. Ele ainda está
apenas no seu início.

O homem sente o movimento, a mudança, a sequência, a multiplicidade, o tempo, a atividade, a vida, a morte,
o bem e o mal. Destas coisas, ele tem certeza. Seus sentidos o tornaram mais certo de sua realidade substancial. Diante
do fato de que ele viveu com seu universo familiar durante toda sua vida, não é fácil para ele aceitar a afirmação de
que ele não tem existência alguma, que é tudo ilusão, tudo isso, não restando nada sobre o qual sequer basear essa
ilusão.

Ele pode aceitar a ilusão de que os trilhos da ferrovia se encontram no horizonte, mas os trilhos da ferrovia
são reais, mesmo que seu aparente encontro não seja. Eles, pelo menos, ainda permanecem como base para sua
própria ilusão.

Uma miragem de uma cidade é compreensível para o homem também como uma ilusão. Ele sabe que ela não
existe, mas também sabe da realidade da cidade que se repete assim, como um fantasma, nos espelhos e lentes das
ondas de luz dos céus acima da cidade. Dizer-lhe que a cidade, assim como sua própria miragem, não tem existência
é impor um fardo muito pesado sobre sua credulidade e paciência.

Mas é isso que o segredo da Luz revela, e é isso que devemos dizer, de forma simples e convincente, tanto a
leigos, religiosos e cientistas, e nos padrões e métodos de linguagem que cada um exige para sua convicção.

Portanto, venha, e conheça Deus, Seu universo e o homem com outros olhos que não os que se baseiam nos
sentidos. Os olhos do espírito são olhos conhecedores. O universo do saber de Deus é tudo o que é. O universo do
movimento aparente não existe.

“Por que ser escravo do sentido. Sê Eu em teu conhecimento.”

– d’A ILÍADA DIVINA


“Os céus e as terras do Meu universo curvo são pai-mãe do Meu universo, cada um do outro e cada um para o
outro. Nenhum deles pode ser a não ser que o outro também seja.

“Nem um pode deixar o outro, dizendo: ‘Senta-te aqui enquanto eu viajo para os confins do mundo’.

“Nem pode haver nada sobre a terra sem o céu paternal, nem nos céus sem a maternidade da terra; nem
homem, nem pássaro, nem réptil, nem peixe, nem animal da selva selvagem; nem árvore, nem flor, nem inseto
cantante; nem tempestade, nem tornado selvagem, nem brisa suave de um mar calmo; nem nuvem, nem névoa, nem
gota de orvalho para pétalas de flores; nem uma destas coisas pode nascer só da terra sem a paternidade da terra,
nem o céu só pode gerá-las sem a maternidade da terra.

“Mais uma vez eu digo: Eu, a Luz, sou Um. Mas meu pensamento é dois, pois o pensamento é dois em cada
coisa criadora, duas metades de Um que nunca pode ser Um. Sempre devem ser dois para ir de Mim e de volta a Mim
por ter se reencontrado com o outro depois de ter encontrado repouso em Mim.”

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo II

GÊNESIS

No princípio, Deus, o Pai.

O Pai é Luz, a Luz imóvel do Espírito que nenhum homem pode ver.

A morada do Pai é o Reino dos Céus; e é sem forma e vazia.

Na Luz está a semente da Criação; e a Luz é o Pai da semente. Na Luz está o Ser, e na semente está o desejo
de Ser. E o desejo na semente é a alma na semente.

O Pai Celestial conhece Sua Ideia. Ele a conhece como Única, Indivisível.

Na Luz do Pai, a Luz é a semente da onisciência. Nele está o duplo desejo de desdobrar e redobrar Sua semente
de onisciência em formas à imagem de Sua imaginação, dividindo a totalidade em partes, a imobilidade em
movimento, o imutável em mudança, o incondicionado em condicionado, o vazio em forma, o infinito em medida, a
eternidade em tempo e a imortalidade em mortalidade.

II

O espírito de Deus se moveu para satisfazer Seus dois desejos e disse: “Que haja Luz; e que a escuridão brilhe
da Luz e a Luz da escuridão”. E assim foi.

A Luz Única do Pai em Seu Reino dos Céus dividiu o vazio. E eis que duas luzes pai-mãe de sóis sem noite
brilhavam da escuridão do vazio e o dia aparecia na unicidade indivisível do dia eterno.

E o Pai centrou Seus sóis como semente de Seu desejo de que as formas aparecessem da Luz sem forma para
satisfazer Seu desejo de divisão do Um em muitos, formados à imagem de Sua imaginação.

E poderosas respirações polares de desejo dentro dos sóis sem noite geraram a terra para o curso dos céus
distantes dos sóis para dividir o dia e dar a noite ao dia. E, ah! a noite nasceu nas terras do dia sem noite e o dia nasceu
da noite.

E Deus percebeu que era bom que cada um dos dois, gerado de Um, nascesse do outro, para desaparecer em
Um, para reaparecer como o outro.

Assim a Luz Única do conhecimento de Deus se estendeu à duas de Seu pensamento, pulsou como os três de
todas as coisas criadoras, o Um centrando os dois, os dois estendidos do Um; o Espírito; a polaridade Pai-Mãe de Luz;
a Trindade centrando o eixo das Criações, o fulcro de seu batimento cardíaco, o todo UM.

III
A forma de extensão do conhecimento de Deus ao Seu pensamento foi da seguinte forma:

O Pai do Reino estendeu Seus braços de Luz imóvel até Seu céu e disse para uma: “Senta-te aqui e olha para
dentro. Sê tu semente do Meu conhecimento para repetir o Meu pensamento. Refresca as formas de Meu imaginário
dentro de tua imobilidade e devolve-as a Mim para a ressurreição nas formas à imagem de Meu imaginário.

“Sejas Pai do Meu pensamento; e que teu nome seja Norte, pois Norte, na Luz, significa inspiração dos céus
em direção à unidade na semente. Guia tu as formas envolventes de Minha imaginação, desde a Tua semente até a
Minha semente centrada”.

E para a outra Luz o Espírito centralizador disse: “Senta-te aqui e olha para fora”. Sê tu o ventre do Meu
conhecimento para a criação do Meu pensamento. Desdobrai Minha semente a partir da imobilidade da semente e
dai aos céus formas terrestres delas para Me manifestar.

“Sejas Mãe do Meu pensamento; e que teu nome seja Sul, pois Sul, na Luz, significa expiração da semente
para os céus. Entrelaça teus fios de luz das terras e sóis com fios de luz dos céus em padrões de Meu pensamento
estendido do Meu conhecimento para manifestar Meu conhecimento”.

IV

Ao Norte e ao Sul o Pai disse: “Eis em Ti e em Mim o firmamento do meu desejo de espelhar a Luz do Meu
conhecimento nas formas pai-mãe do Meu imaginário”.

E as terras apareceram abaixo e os céus acima do firmamento, cada um sendo um, cada um espelhado do
outro para se tornar o outro.

E ah! todas as imaginações na semente da terra se desdobraram nos céus para que o céu se redobrasse em
sementes na terra para o renascimento da terra; e eis que as imaginações de Deus pulsaram com a vida de Suas
imaginações dentro de Seu reino onipresente.

Desta forma Deus dividiu as águas das águas: as que estavam debaixo do firmamento, as que estavam acima
do firmamento, e cada uma era de cada uma, e cada uma das outras.

E Deus viu que era bom. Todas as coisas estavam assim divididas, como duas metades de uma que nunca
poderia ser uma, mas que deveria nascer uma da outra para sempre para manifestar o Conhecimento do Um como os
dois desejos opostos de Seu pensamento.

E a onisciência estava na Luz. E Deus semeou sóis de sementes de Luz onisciente até longe de Seu firmamento,
para que se transformassem em imagens padronizadas de Sua imaginação.

“A terra fez brotar a vegetação: plantas que dão sementes de acordo com as suas espécies, e árvores cujos
frutos produzem sementes de acordo com as suas espécies. E Deus viu que era bom”. (GÊNESIS 1:12)

“E Deus disse: Que as águas tragam abundantemente a criatura que se move e tem vida, e as aves que podem
voar sobre a terra no firmamento aberto do céu”.

“Assim Deus criou os grandes animais aquáticos e os demais seres vivos que povoam as águas, de acordo com
as suas espécies; e todas as aves, de acordo com as suas espécies. E Deus viu que era bom”.

“E Deus os abençoou, dizendo, Sede fecundos e multiplicai-vos, e enchei as águas dos mares; e deixai as aves
multiplicarem-se na terra”. (GÊNESIS 1:20, 22)
“E Deus disse: Que a terra produza o ser vivo de acordo com sua espécie, o gado, o réptil, e os animais
terrestres de acordo com sua espécie: e assim foi.

“Deus fez os animais selvagens de acordo com as suas espécies, os rebanhos domésticos de acordo com as
suas espécies, e os demais seres vivos da terra de acordo com as suas espécies. E Deus viu que era bom”. (GÊNESIS
1:24 e 25)

VI

E Deus havia sussurrado ao homem por longas idades enquanto o homem era novo, mas o homem não ouvia
os sussurros de Deus.

E Deus disse: ‘Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes
do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se
movem rente ao chão’”. (GENESIS 1:26)

E eis que o homem conheceu Deus nele e emergiu da escuridão de sua selva para a aurora da Luz nele e virou
seus olhos para cima em direção ao Monte de sua ascensão, do sentimento ao conhecimento. E o homem desejou sua
ascensão para a Luz.

E Deus viu que era bom e habitou dentro do homem para dar-lhe a Luz da onisciência, como o homem em
despertar desejava a Luz da onisciência.
“A grande arte é simples. Meu universo é uma grande arte, pois é simples.

“A grande arte é balanceada. Meu universo é arte consumada, pois é simplicidade balanceada.

“Meu universo é um universo no qual muitas coisas têm medidas majestosas; e, mais uma vez, muitas têm
medidas muito pequenas para serem percebidas.

“No entanto, não tenho uma lei para coisas majestosas, e outra lei para coisas que estão além dos sentidos.

“Só tenho uma lei para todos os Meus pares opostos de coisas criadoras; e essa lei só precisa de uma palavra
para soletrá-la, então Me escute quando digo que a única palavra de Minha única lei é

BALANCEAMENTO

“E se o homem precisa de duas palavras para ajudá-lo em seu conhecimento do funcionamento dessa lei, essas
duas palavras são

INTERCÂMBIO BALANCEADO

“Se o homem ainda precisa de mais palavras para ajudar a conhecer Minha única lei, dê-lhe outra, e deixe que
essas três palavras sejam

INTERCÂMBIO RÍTMICO BALANCEADO”.

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo III

A LEI DO BALANCEAMENTO

A lei fundamental da Criação é o INTERCÂMBIO RÍTMICO BALANCEADO em todas as transações na Natureza.


É o único princípio do qual depende a continuidade do universo. Da mesma forma, é o único princípio do qual depende
a continuidade das transações do homem, sua saúde e felicidade. É a manifestação dos dois desejos opostos de Deus
em todos os processos da criação.

O BALANCEAMENTO é o princípio da unidade, da unicidade. Nele está a estabilidade que reside na CAUSA. O
balanceamento é a base do universo.

O INTERCÂMBIO BALANCEADO simula a unicidade através do intercâmbio entre pares de opostos. É o princípio
igual entre todos os pares móveis de opostos desequilibrados que constituem este duplo universo elétrico. Nele está
a instabilidade do EFEITO. A instabilidade busca permanentemente a estabilidade. Ela nunca pode encontrá-la, mas
pode simulá-la, balanceando sua instabilidade através de igualdade de intercâmbio.

O INTERCÂMBIO RÍTMICO BALANCEADO é o princípio da continuidade do EFEITO, o Intercâmbio balanceado


entre opostos repete a simulação da estabilidade, e o intercâmbio rítmico balanceado continua essa repetição.

A OBEDIÊNCIA À ÚNICA LEI É ABSOLUTA

O intercâmbio rítmico balanceado é a lei inviolável que deve ser obedecida. A natureza a viola
persistentemente e paga instantaneamente o preço de suas violações em suas tempestades, tornados, avalanches e
tragédias em campos, florestas e selvas.

O homem a viola persistentemente e paga instantaneamente o preço de sua violação em suas falhas
comerciais, inimizades, infelicidade e doenças.

Todas as tempestades da Terra não podem afetar o balanceamento da Terra, pois o balanceamento no
universo não pode ser perturbado. A Terra continua em sua órbita fixa, balanceada com tanta precisão que sua posição
pode ser determinada a qualquer momento à frações de segundo.

Se a Terra desobedecesse a esta lei pela menor variação, seus oceanos varreriam seus continentes para longe
de todas as coisas vivas e em crescimento.

O HOMEM DEVE PAGAR PELA DESOBEDIÊNCIA

A desobediência do homem à lei não pode afetar o balanceamento do homem em toda sua jornada, pois cada
ação desbalanceada de sua parte deve eventualmente ser balanceada. O homem está a caminho de seu objetivo
cósmico de Unicidade com seu Criador e não pode de forma alguma desviar-se daquela órbita fixa que eventualmente
o levará ao seu destino de glória no céu. Desobedecendo à lei, ele está apenas se ferindo durante sua jornada, mas
ele deve fazer a jornada e deve balancear cada ação desbalanceada durante o caminho.

É como se um homem em um grande transatlântico desobedecesse às leis do navio. Apesar de sua


desobediência, o navio está levando-o ao seu destino e ele deve ir com ele. Da mesma forma, ele se machucou
diminuindo a felicidade de sua viagem.
Todo o princípio da Criação está em dar igualmente. A Unicidade da Luz é dividida em dois iguais e opostos, e
todo intercâmbio entre os dois deve ser igual em sua doação.

A divisão da Luz de Deus em duas aparentes é manifestada na Natureza por ondas elétricas de duas luzes
opostas que brotam do mar imóvel da Luz magnética de Deus, assim como as ondas de água brotam do oceano imóvel.

A característica marcante das ondas é que elas se intercambiam para sempre. As depressões se tornam cristas
e as cristas se tornam depressões. A pressão da gravidade acima e abaixo de seu eixo é igual. Enquanto a igualdade de
intercâmbio continuar ritmicamente, as ondas repetem seu intercâmbio. Quando a areia inclinada na praia impede
esta igualdade de intercâmbio rítmico balanceado, as ondas acumulam desbalanceamento até se chocarem com a
costa.

Toda transação nas relações humanas ou continua ou cessa de acordo com a obediência ou desobediência a
esta lei única. Um homem que vende e dá menos valor pelo que lhe é dado, lança as bases para sua própria quebra.
Ele tem cada vez mais dificuldade para vender e perde muitos compradores ganhando sua inimizade. Aquele que dá
igualmente pelo que lhe é dado, multiplica seus compradores e prospera ganhando sua amizade.

A pulsação, o pêndulo oscilante, a inspiração e expiração dos seres vivos exemplificam a única lei de Deus de
intercâmbio rítmico balanceado. Qualquer desvio dessa lei na batida do coração de um homem poria em perigo sua
continuidade, mas quando há um intercâmbio rítmico balanceado entre os dois opostos de compressão e expansão,
a vida do homem continua a funcionar no máximo.

O homem tem o direito livre de escolher suas próprias ações, mas deve balancear essas ações com reações
iguais e opostas até aprender que a única lei de Deus deve ser obedecida. Esta lei é inviolável.

Todo o propósito da vida é aprender a manifestar Deus na Verdade e na Lei. A lição é difícil, mas o próprio
homem a torna difícil por desconhecer a lei. À medida que o homem conhece gradualmente seu propósito e a lei ao
conhecer Deus nele, a vida se torna cada vez mais bela, e o homem mais poderoso em sua manifestação de poder.

O poder do homem está em dar. Ele deve aprender a dar como a Natureza dá. Cada metade de um ciclo dá
eternamente à outra metade para dar de novo. A Natureza se desdobra para sempre em muitas com o propósito de
se redobrar em uma só. Cada indivíduo deve manifestar esta lei universal.

O desejo de alguns dos chamados pais “superprotetores” de administrar a vida de seus filhos por eles, muitas
vezes afirmando que sacrificaram suas próprias vidas por eles, estão tirando de seus filhos - não dando. Eles estão
tirando a iniciativa que as crianças precisam para completar seus próprios ciclos: eles devem viver suas próprias vidas
por si mesmos.

O homem deve conhecer o princípio da Criação: dar entre cada metade oposta intercambiante de cada ciclo
com o propósito de dar de novo. Esta é a lei universal e cada indivíduo deve manifestar esta lei.

O homem guerreará para sempre com o homem até que aprenda a dar tudo com a plena expectativa de
receber de forma igual, e nunca tomando aquilo que não é dado como uma recompensa merecida por sua doação.
“Todas as coisas são Uma, mas feitas para se parecerem como duas extensões de Uma centralizada.

“Saiba que as duas extensões do Meu pensamento registrado são divididas por Aquele que centraliza os dois,
Aquele que balanceia os dois, Aquele que controla os dois.

“Eu, o Único, não estou dividido em dois, como pares de opostos de Mim. Eu divido as duas extensões de Meu
pensamento, mas não sou Meu pensamento, nem eu sou dois.

“Quando o homem pensa apenas no homem, negando a Mim, então é a imagem do homem, não a Minha e a
do homem, pois o padrão de Minhas imagens balanceadas e rítmicas dentro do homem não pode ser visto nele; nem
a glória de Minha Luz pode ser vista nele ou conhecida por ele.

“Quando o homem pensa em Mim, ao conhecer a Mim, então ele é padronizado pela Minha imagem e Eu sou
ele.

“Quando o homem pensa em Mim nele, então o balanceamento do homem é absoluto.

“Quando o homem pensa assim, então ele tem todo o poder que eu, teu Pai-Mãe-Pensador da Criação, tenho”.

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo IV

A FONTE DO PODER

Deus, o Criador, é PODER. Não há outro poder: Toda a energia está dentro da imobilidade da Luz Única
Magnética de Deus.

Deus é Mente, a Inteligência do Universo. Na Mente de Deus está a Ideia Única, que Deus conhece como Ideia
Única Integral.

Na Mente de Deus está o desejo de dar expressão criativa a essa Ideia Única, pensando-a em partes. O desejo
na Luz da Mente é a qualidade do poder da Mente. O desejo é a alma da Mente; a vontade da Mente.

Deus expressa o desejo da Mente de manifestar Sua Ideia criando este universo de ondas elétricas.

Este universo elétrico é o único produto da Mente de Deus.

Todo produto de Deus ou do homem é o resultado do desejo da Mente de criar produto.

O poder de criar produto está na Mente. Ele não está no produto. O produto não tem o poder em si mesmo
de produzir a si mesmo.

Esta suposição de que o produto tem poder em si mesmo para produzir a si mesmo é outra das ilusões do
homem que enganaram os sentidos do homem durante estes primeiros dias de seu desdobramento. É como se o
arquiteto tivesse dado à sua catedral o poder de criar a si mesma.

A catedral é uma expressão do desejo do arquiteto de dar forma à ideia de seu conhecimento. O poder de
criar a ideia está no conhecimento. A ideia da catedral já existe. Os olhos do espírito podem ver sua imagem espiritual
tão claramente quanto os olhos do corpo podem senti-la na pedra como produto de seu conhecimento.

A expressão do poder de criar a ideia como produto reside na ação elétrica de pensar a ideia em repouso na
Luz da Mente como duas luzes de ondas de movimento que simulam essa ideia.

Como servo da Mente, a eletricidade dá forma em movimento à ideia, realizando o trabalho necessário para
produzi-la. O poder de produzir, portanto, não está na eletricidade nem no movimento. Ele reside apenas no desejo
da Mente. Sem esse desejo, a Criação não ocorreria. Sem esse desejo da Mente no homem, seu poder de criar não
ocorreria.

A mente é Luz em repouso. O desejo da mente é expresso através de ondas de luz em movimento. A expressão
do poder em ondas não é poder. Todo o poder do oceano está em sua imobilidade, seja expresso ou não. Da mesma
forma, todo o poder da Luz está na imobilidade de seu conhecimento, seja ele expresso por ondas de luz ou não.

Todas as expressões de energia brotam do repouso, procuram um ponto de repouso e retornam a uma
condição de repouso. A força de uma alavanca em movimento não está na alavanca nem em seu movimento. Ela está
na imobilidade de seu fulcro do qual ela toma emprestada sua capacidade de manifestar o poder de seu fulcro.

Deus é o fulcro do homem, e do universo. Nem o homem nem qualquer coisa em movimento no universo,
tem poder dentro de si mesmo para fazer qualquer coisa. Todo poder expresso pelo homem deve ser estendido
diretamente do Pai no céu para as luzes pai-mãe da terra e dos céus que O manifestam.
O princípio mecânico por meio do qual o poder é expresso pelo Criador está nas ondas de luz de movimento
bidirecional que registram Seu pensamento bidirecional. As ondas são ciclos bidirecionais que são divididos igualmente
para expressar os dois desejos da Mente de criar imagens a partir das imaginações da Mente e de destruir essas formas
sequencialmente para se reformar.

Ondas de movimento brotam da imobilidade do equilíbrio universal. Elas são o batimento universal do coração
que manifesta a vida eterna e o poder na imobilidade de Deus por repetições eternas de vida e poder simulados,
expressos em ondas de movimento.

As ondas de movimento expressam o poder do desejo de desbalanceamento e movimento que está na Luz em
repouso, e também expressam o desejo oposto de balanceamento e repouso que está em movimento.

O desejo na Luz Única da Mente é positivo. Sua expressão nas duas luzes do movimento oposto é negativa.
Toda expressão de poder na Natureza é negada por sua expressão oposta.

Os sentidos são limitados à percepção de apenas uma dessas negações de cada vez, e depois apenas em
pequenas frações de ciclos inteiros. Se os sentidos pudessem registrar o todo de cada ciclo de ambas as maneiras, eles
registrariam a imobilidade, não o movimento, pois cada ação seria anulada por sua reação de fluxo oposto.
“Pois eu ordenei que o pai-mãe do Meu palco imaginado, seus atores e seus movimentos se tornem uma
extensão-retração igual da Minha Luz.

“Dois iguais devem ser dois iguais, pois o desejo de cada um deles de desbalancear cada um perturbaria Meu
palco espacial e toda a descendência pai-mãe de Meu palco.

“Portanto, eu estabeleci uma medida em Meu alto céu para balancear cada um com cada um, para que cada
um possa ter o seu todo, mas nem mais um pouco; nem perder nada, nem ganhar um pouco mais.

“Por isso eu, o ÚNICO, cuido de todos os Meus pares de coisas pai-mãe criadoras com Meus dois olhos
medidores para balancear o pai do Meu universo com a mãe dele.

“E como Meu universo elétrico sexuado é dois, assim também seus olhos medidores devem ser dois, centrados
por outro Um do qual os dois se estendem e parecem se mover como aquela expressão miraculosa do Meu pensamento
parece se mover”.

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo V

ESTE UNIVERSO ELÉTRICO SEXUALIZADO

A Luz magnética imóvel do Pai de toda a Criação é Única. A Luz Única é o princípio positivo. É a CAUSA.

As luzes elétricas pai-mãe em movimento de toda a Criação são duas. As duas são opostas uma da outra. As
duas se negam uma à outra. São os nervos intercomunicantes do corpo universal, como os do corpo do homem através
dos quais ele sente as coisas. Elas não têm existência, a não ser uma percepção uma da outra. Elas são apenas
extensões miraculosas da imaginação da Mente que sente aquilo que elas apenas manifestam.

Cada oposto elétrico condiciona o outro com desbalanceamento sexual. Cada condição sexuada dá
desbalanceamento à outra para separar uma da outra para aumentar o poder de uma de se opor à outra. Cada uma
então se dá à outra para anular a condição desbalanceada da outra. A fim de efetuar o balanceamento em cada uma,
cada uma deve tornar-se a outra. A carregada deve ser descarregada e a descarregada deve ser carregada. A anulação
do desbalanceamento só pode vir dessa forma. Da mesma forma, a repetição só pode vir dessa forma.

O universo elétrico é o princípio negativo. Ele é o EFEITO. As duas luzes em movimento do universo elétrico
são duas metades iguais que se expressam em direções opostas. Seu único objetivo é se opor.

Os opostos que se opõem violentamente e se anulam mutuamente nunca podem se tornar um só, nem podem
se atrair um ao outro.

SEXO DEFINIDO

O sexo é a divisão de uma condição balanceada em duas condições igualmente desbalanceadas que se negam
periodicamente com o objetivo de repetir as duas condições desbalanceadas.

O sexo é o princípio criativo. É a dupla força de desejo na mente para expressar sua única ideia. Sem uma
divisão da Luz Única não condicionada em duas luzes aparentemente condicionadas, a Criação não poderia ocorrer.

O sexo não é uma coisa, é uma condição de uma coisa.

Uma condição eletricamente balanceada de qualquer coisa é sem sexo, seja homem, mulher, bateria elétrica,
ou a atmosfera.

Uma condição sexuada é uma condição desbalanceada. Uma bateria elétrica que está totalmente carregada é
duplamente desbalanceada pelas pressões elétricas opostas de compressão e expansão. Estas duas condições opostas
desbalanceadas desejam violentamente retornar à unicidade de balanceamento a partir da qual foram divididas em
duas. Um curto-circuito entre os dois polos da bateria lhe dará esse balanceamento. Dizemos então que ela está morta,
pois não realizará mais o trabalho expressando seu desejo de balanceamento.

Uma atmosfera desbalanceada buscará violentamente uma condição balanceada, dependendo da intensidade
da condição desbalanceada. Quando a calma segue a tempestade, significa que o desejo por balanceamento saiu dela,
pois quando o balanceamento for alcançado pelo repouso, o movimento não é mais possível.

A condição sexuada de desbalanceamento no homem é exatamente a mesma em todos os fenômenos na


Natureza. Uma condição sexual desbalanceada no homem exige balanceamento da mesma forma, e sua violência
depende de sua medida elétrica de desbalanceamento. Quando esse desejo é satisfeito e o balanceamento é
restaurado, o homem é tão desprovido de sexo quanto a bateria morta e pela mesma razão.

O homem é recarregado em uma condição sexuada por seu batimento cardíaco, pela comida que ele come e
por sua respiração. Estes são os geradores que recarregam as “baterias de armazenamento mortas” de todo o universo
em “baterias vivas” sexualmente condicionadas.

Uma condição sexuada e uma condição elétrica são idênticas. A eletricidade condiciona toda a matéria sem
sexo em sua condição sexuada, dividindo uma condição sem pressão em duas pressões opostas que desejam ser
liberadas de sua oposição. Todo o trabalho do universo é realizado como resultado desse desejo na matéria
desbalanceada para buscar repouso em uma condição balanceada.

Este é um universo elétrico sexuado em cada efeito de movimento, seja no coração de um sol gigante ou na
pétala de uma violeta.

Toda ação de movimento no universo é resultado do desejo sexual de movimento a partir de um estado de
repouso, ou de repouso a partir de um estado de movimento.

Esses dois desejos sexuais de ação e reação elétrica são o resultado dos dois desejos do Pai de manifestar Sua
Luz Única através das extensas luzes pai-mãe que entrelaçam Sua ideia de Criação nas múltiplas formas dessa ideia e
as anulam periodicamente com o propósito de repeti-las.

O desejo de movimento bidirecional em ação e reação iguais se reflete no duplo desejo elétrico de dar para
dar novamente, e de desdobrar para redobrar.
“Cada coisa em Meu universo é emparelhada como expressões opostas daquela coisa. Nenhuma expressão é
aquela que ela expressa; portanto, tanto a vida quanto a morte das coisas que parecem viver e morrer, não são nem
vida nem morte.

“Pois todas as coisas em Meu universo se intercambiam com seus opostos e com todas as outras coisas.

“Cada oposto se torna o outro sequencialmente, pois, digo, em Mim está o Balanceamento. Eu balanceio todos
os opostos dos pares de coisas com os opostos iguais dos pares de coisas”.

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo VI

OPOSTOS CONDICIONADOS POR SEXO

A totalidade deste universo balanceado é então dividida em pares desbalanceados de parceiros sexuais pai-
mãe condicionados por sexo, com o propósito de aparentemente dividir a Unicidade universal em um universo de
muitos outros.

Não importa os nomes que usamos para designar um par de parceiros sexuais de outro, se é gravidade e
radiação, masculino e feminino, positivo e negativo, carga e descarga, centrípeto e centrífugo, generativo e radiativo,
integrador e desintegrador, mais e menos, calor e frio, vida e morte, comprador e vendedor, produtor e consumidor,
importação e exportação, esvaziamento e preenchimento, interior e exterior, norte e sul, céu e terra, crescimento e
decadência - todos eles são condicionados de forma semelhante pelos dois condicionadores elétricos opostos.

Em outras palavras, todos eles estão sendo comprimidos ou expandidos se utilizarmos termos de pressão; ou
carregados e descarregados se utilizarmos termos elétricos. Ambos são o mesmo. Da mesma forma, todos que estão
sendo comprimidos ou carregados por eletricidade positiva estão sendo simultaneamente expandidos e
descarregados por eletricidade negativa, em menor grau. Da mesma forma, tudo que está sendo expandido pela
eletricidade negativa está sendo simultaneamente comprimido e carregado pela eletricidade positiva, em menor grau.
Este é um universo de dois sentidos em todos os efeitos do movimento, e ambos os efeitos opostos são expressos em
ambos os pares simultaneamente e também sequencialmente.

ESTE UNIVERSO BIDIRECIONAL

A eletricidade está sempre enrolando a luz em esferas quentes, rodeadas por campos de ondas cúbicas frias
de espaço e, da mesma forma, desenrolando-as sequencialmente para enrolá-las de novo. Enquanto as enrola em
massas de luz comprimida, elas são simultaneamente desenroladas em menor grau. Por outro lado, enquanto se
desenrolam, elas são rebobinadas simultaneamente em menor grau.

Cada oposto de um par se carrega no excesso de sua descarga durante a metade de seu ciclo. Ele então se
descarrega no excesso de sua carga. A vida e a morte são bons exemplos. A vida carrega um corpo em excesso de sua
descarga durante metade de seu ciclo e a morte o descarrega em excesso para a outra metade.

Da mesma forma, o sol carrega a terra durante a metade de seu ciclo de vinte e quatro horas em excesso de
sua carga no lado noturno do planeta. O lado noturno se torna sequencialmente o lado diurno. A descarga da noite
então reverte-se para uma preponderância de carga.

O princípio pai-mãe é fundamental em cada expressão e ambos são simultaneamente manifestados em cada
expressão, sendo cada um preponderante sequencialmente durante a metade de cada ciclo.

O princípio pai multiplica a luz em densidade e alto potencial. O princípio mãe a divide em vapores e gases de
menor potencial. Assim, a luz é multiplicada e dividida em sóis e planetas rodeados de “espaço”.

A “matéria” da Terra é a mesma que a matéria dos céus com apenas uma diferença; VOLUME. E aí reside o
segredo do batimento universal. O espaço é uma divisão da solidez em tenuidade. É também uma multiplicação do
volume em detrimento do potencial. O intercâmbio entre estes dois opostos desbalanceados é a base de todo o
movimento neste universo rítmico.
Pares sexuais são duas metades iguais de um. Eles nunca podem ser um só. Eles nunca podem se unir, pois
são os opostos do movimento. Os opostos de movimento podem deixar de ser e por deixar de ser podem gerar o outro
oposto, mas nunca podem ser diferentes do oposto.

OPOSTOS GERAM UNS AOS OUTROS

A compressão nunca pode se expandir, mas a expansão nasce da compressão. Por outro lado, a expansão
nunca pode se comprimir, mas a compressão nasce da expansão.

Eles podem intercambiar com seus opostos a cada pulsação, e o fazem. Cada oposto nasce do outro. Cada
pulsação traz cada oposto mais próximo da anulação de cada um e completa troca no outro, Ele se torna o outro
sequencialmente na metade de seu ciclo, mas ainda é um oposto. Os opostos se opõem. Eles nunca desempenham
nenhuma outra função a não ser a de se opor.

Só a oposição produz a ideia de separação em um universo de uma coisa inseparável.

O oposto de água é o vapor de água. A água é uma condição comprimida. É da luz-pai. O vapor de água é a
condição expandida da água. É da luz-mãe. São duas metades de uma que nunca podem ser uma só.

A luz-mãe se desdobra a partir da luz-pai. A luz-pai redobra o vapor de água em água. Cada uma nasceu da
outra. Cada uma É a outra, mas elas nunca podem se unir para se tornarem uma só.

Toda ideia da Mente é assim dividida em pares sexuais de parceiros opostos. A matéria é dividida em sólidos
e gases. Os gases são os sólidos ligados externamente em direção ao céu. Os sólidos são os mesmos gases ligados
internamente em direção à gravidade.

O calor e o frio são opostos. Os raios de luz ligados internamente geram calor a partir do frio ao comprimir o
frio. Os raios de luz ligados externamente degeneram o calor em frio ao expandir o calor. Diz-se que o frio é menos
calor. Pode-se também dizer que o leste é menos oeste. Leste e oeste são dois opostos, assim como o frio e o calor
são opostos.

CONDIÇÕES SEXUAIS OPOSTAS GERAM UMA À OUTRA

A matéria e o espaço também são parceiros sexuais. Cada um se tornou o que é ao se opor ao outro para
alcançar a aparência de separação. Então, cada um se intercambia entre si, inspirando e expirando um ao outro até
que o espaço se desintegre e se torne o que o outro era. O espaço desintegra sóis e terras pelo caminho dos equadores
e os gera pelo caminho dos polos. O calor gerado pelo frio pelo caminho dos polos é irradiado pelo caminho dos
equadores. Os sóis, portanto, giram de dentro para fora. O frio perfura os buracos negros através de seus polos e os
grandes sóis tornam-se anéis, como os de Lira e outras nebulosas anelares que são abundantes nos céus.

Toda a matéria é gerada pela degeneração do seu oposto. Da mesma forma, toda a matéria gerada é
degenerada sequencialmente pela geração de seu oposto.

A compressão da matéria é balanceada por uma evacuação igual no espaço. Toda condição desbalanceada na
Natureza deve ser balanceada por uma oposta igual. Todos os empréstimos do banco da Natureza são debitados com
uma quantia igual ao crédito concedido, assim como o dinheiro emprestado do banco do homem é debitado e
creditado.

O DESEJO DE REPOUSO SEGUE O DESEJO DE MOVIMENTO


Os dois são sempre dois e nunca podem tornar-se um só, embora o desejo de unicidade esteja com cada um
durante todo o seu ciclo. É este desejo de unicidade que os faz intercambiar. Quando os créditos e débitos são
balanceados pelo intercâmbio um com o outro, eles deixam de ser. Eles não se tornam um só.

Quando os opostos elétricos assim se anulam pelo intercâmbio de suas condições de mais e menos, eles não
se neutralizam mutuamente, como comumente se acredita – eles deixam de ser.

O MOVIMENTO NÃO PODE SER NEUTRALIZADO

Não há nenhuma exceção a este processo da Natureza. Toda ideia é registrada eletricamente em pares iguais
de expressões opostas. Cada um dos pares cancela o outro em periodicidades cíclicas. Cada um então se torna o que
o outro era.

A geração de qualquer ideia excede a radiação durante a primeira metade de seu ciclo. A radiação então
excede a geração durante a segunda metade do ciclo. Ambas essas simulações da ideia, expressas por movimento,
desaparecem. A ideia ainda existe, no entanto. A ideia está em repouso em sua semente, da qual ela pode aparecer
novamente em forma de ideia.

Os dois pontos de repouso que são as bases de cada ciclo são: o ponto de início no eixo de onda e o ponto de
intercâmbio entre opostos positivos e negativos na amplitude da onda.

Nesses dois pontos de repouso, o movimento cessou completamente. Ele não foi neutralizado em condição
de repouso.
“A Minha Luz Única deseja ser duas. Duas divisões sentidas do Um em guerra brotam de Minha Unicidade não
sentida para um espaço imaginado. Duas luzes anuladoras de Minha Luz Única Branca brotam de seu Repouso em
unidade para encontrar seus próprios repousos, mas encontrar não dois, mas um, pois dois repousos não podem existir
em Meu universo de Um.

“Pois eu digo que cada luz busca o repouso em cada uma onde a onda do Meu pensamento pulsado encontra
a onda, e nesse ponto de repouso mútuo uma anula a outra no Um do qual outras duas brotam em seus infinitos
espelhados.

“Ouve-me quando digo que todas as coisas que fluem de Mim são pares condicionados por sexo, até mesmo à
poeira cósmica do espaço que forma novos mundos, sim, e até mesmo o coração das chamas dos sóis mais quentes.

“Nada existe em Meu universo dividido que não seja condicionado por sexo, intercambiado por sexo e
balanceado por sexo. Assim, estes pares em movimento procuram o balanceamento na anulação eternamente para
repetir os padrões de pensamento do Meu pensamento na anulação do balanceamento sexual do seu
‘condicionamento.’”

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo VII

O PRINCÍPIO REPRODUTIVO SEXUAL

Todas as coisas que criam são emparelhadas como parceiras desbalanceadas de sexo igual e oposto.

A reprodução de dois parceiros desbalanceados não pode ser repetida até que o balanceamento tenha sido
restaurado primeiro. A superfície calma do oceano pode ser quebrada em ondas, mas essas ondas não podem ser
repetidas até que a superfície calma do oceano tenha sido restaurada ao equilíbrio de sua posição de repouso, mesmo
que essa posição de repouso não seja mantida.

A reprodução começa no ponto de repouso onde termina o ciclo de ondas anterior. A reprodução do
desbalanceamento deve encontrar um fulcro a partir do qual a alavanca de onda pode saltar para expressão de onda
para a repetição do padrão. Isto é o que é Criação, apenas a repetição de padrões com padrões adicionados para
sempre.

Este é um universo de ondas dentro de ondas e ondas fora de ondas; ondas pulsantes de luz dupla,
estendendo-se para sempre para fora até os extremos do espaço espelhado e refletindo novamente para centros
microscópicos de repouso dos quais podem novamente brotar do repouso para buscar o repouso através do
movimento duplo, mas nunca encontrá-lo.

Trata-se de um universo elétrico dividido em sexo, oposto e bidirecional que cria e anula através de pares
desbalanceados, mas repete (reproduz) através de pares anulados.

OS SEXOS NÃO SE UNEM

A reprodução de pares sexuados dinâmicos não vem através da união de pares sexuados dinâmicos, mas da
anulação da condição sexual, e com ela, o poder da reprodução da expressão sexual dinâmica.

A reprodução não é a unidade de duas metades opostas de uma coisa padronizada; é a anulação do poder da
expressão dinâmica que todos os opostos desbalanceados expressam.

A reprodução é a cessação dessas duas condições desbalanceadas que restaura um balanceamento a partir do
qual formas negativas de padrão semelhante revertem suas expressões e se tornam formas positivas.

OS OPOSTOS SEXUAIS SE REPRODUZEM ATRAVÉS DA ANULAÇÃO SEXUAL

Desta forma, todas as formas padronizadas repetem seus padrões sequencialmente.

Todos os pares de opostos desbalanceados vêm de Deus, o Único, e retornam balanceados como um só, a
Deus.

Todos os pares desbalanceados de coisas condicionadas separadamente devem primeiro encontrar a anulação
do desbalanceamento e a anulação da oposição. Eles devem então se tornar seus próprios opostos para adquirir
novamente um desbalanceamento necessário para outra anulação e consequente repetição. Todos os dois devem ser
anulados no Um para que se tornem novamente dois. A reprodução de opostos desbalanceados, por opostos
desbalanceados, é impossível. A oposição deve primeiro ser anulada. A dinâmica deve emergir do repouso e deve ser
anulada em repouso para que possa se tornar novamente dinâmica.

O DESEJO POR BALANCEAMENTO

Todas as coisas buscam o balanceamento. Duas metades opostas e desbalanceadas estão sempre buscando
balancear sua oposição. Duas crianças em uma gangorra são equilibradas quando estão em nível com seu fulcro.
Quando estão em dois níveis diferentes, elas estão então desbalanceadas com seu fulcro. Elas são então dinâmicas. O
fulcro não as centraliza mais, embora elas estejam balanceadas em si mesmas. Em tal posição, elas são obrigadas a se
mover. A repetição de seu movimento é impossível enquanto estiverem em balanceamento com seu fulcro, mas é
imperativo quando o fulcro não as centraliza mais.

Uma condição sem sexo é imperativa antes que uma condição sexuada possa ser repetida. Assim como todo
movimento começa do repouso e volta ao repouso, também uma condição elétrica sexuada surge de uma condição
sem sexo.

Os dois sexos, portanto, não podem ser unidos para causar reprodução. Eles devem ser primeiramente
anulados.

A condição desbalanceada e a mudança não podem se unir para reproduzir a condição desbalanceada e a
mudança. A condição desbalanceada e a mudança devem ser anuladas a fim de repetir o desbalanceamento e a
mudança.

OS OPOSTOS SEXUAIS NÃO NEUTRALIZAM - ELES ANULAM

Os sexos como os dois opostos de movimento não podem “neutralizar-se” um ao outro pela chamada “união”.
A dinâmica não pode ser “neutralizada”.

Da mesma forma, não pode se tornar estática. Mas pode ser anulada. A condição estática não toma então seu
lugar, pois a condição estática é eterna. Ela estava lá antes do surgimento da condição dinâmica.

A condição dinâmica do som, por exemplo, surge da condição estática do silêncio, mas o som não se torna
silêncio. O som é anulado; o silêncio é eterno.

As condições dinâmicas do sódio e do cloro não se unem para se tornarem a condição estática do cloreto de
sódio, nem são neutralizadas. Elas devem ser anuladas antes que possam ser repetidas.

SEXO DETERMINADO PELA AÇÃO DAS PRESSÕES

Os opostos não são coisas; são condições de coisas. Assim como calor e frio, ou leste e oeste, ou dentro e fora,
ou compressão e expansão não podem se unir para se tornar um, assim também os sexos opostos não podem se unir,
pois são apenas pressões para dentro e para fora.

A oposição sexual é uma diferença na condição de pressão das coisas. A condição masculina é de compressão,
a feminina é de expansão. Os sexos são assim diferentemente condicionados pelas duas direções das pressões
elétricas, de acordo com os dois desejos opostos do Criador. A diferença de condicionamento faz com que substâncias
basicamente semelhantes pareçam ser coisas diferentes e substâncias diferentes.

Todas as coisas são divididas por sexo. Quando, portanto, quaisquer duas metades sexuais opostas e
desbalanceadas de uma coisa condicionada balanceiam seu condicionamento oposto através do movimento, elas
parecem se tornar outras coisas ou substâncias.
Esta aparência é um engano dos sentidos, pois elas não se tornam outra coisa. Elas se tornam anuladas e outra
coisa, da qual ambas são estendidas, aparece em seu lugar. Na química, chamamos estes pares de compostos estáveis,
como os sais.

A água, por outro exemplo, é uma anulação de oxigênio e hidrogênio, pois não há oxigênio ou hidrogênio na
água. Nem o oxigênio e o hidrogênio se transformam em água. A água é o resultado da anulação de duas condições
desbalanceadas e opostas causadas pela equalização de pressões opostas em equadores estáticos.

Considere a condição estática do oceano calmo. Uma tempestade transforma essa superfície em uma condição
dinâmica.

Ondas que brotam da superfície estática do oceano em direção a cristas e depressões não se unem para
reproduzir outra onda; elas se retiram para a superfície do oceano. Elas desaparecem completamente e depois
reaparecem dela em sentido inverso para repetir a próxima onda.

A anulação absoluta de uma condição deve ocorrer antes que a repetição possa ser seguida.

O movimento anulado é registrado na imobilidade da qual foi desdobrado para que possa ser repetido a partir
daquele registro.

Registros de movimento são sementes para a repetição do movimento. Na semente está o desejo de
manifestar formas de ideia imaginada. Todas as formas são formas de ondas, todas as formas de ondas se desdobram
a partir de registros de sementes dessas formas de ondas.
“Eu sou uma Mente de pensamento dual, pensando em ação e reação.

“Eu sou uma Mente de pensamento dinâmico, pulsando com Meu pensamento dinâmico.

“Com uma pulsação de Meu pensamento dual, construo Minha múltipla imagem única e ligo todas como Um
em Mim. Depois as cancelo com a outra pulsação anuladora. Cada uma então não é nada, mas ambas são sementes
para outras duas.

“Assim eu produzo, anulo e reproduzo; gero, irradio e regenero em ciclos sem fim.

“Pois eis que meu universo imaginado se espelha até o infinito; ele se repete até o fim sem fim; no entanto, há
apenas múltiplos de três em todo o Meu universo. E novamente te digo que dois desses três não são nada além de
Minha imaginação, pois Minha Trindade é apenas Um.

“Os dois estão em Mim, e são de Mim, mas não são Eu, nem Eu sou eles”.

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo VIII

ELETRICIDADE DEFINIDA

A eletricidade é a tensão criada pelos dois desejos opostos do pensamento da Mente universal: o desejo de
ação balanceada e o desejo de repouso.

Este universo elétrico é uma complexidade de tensões causadas pela interação destes dois desejos elétricos
opostos e em constante intercâmbio.

Toda a matéria é elétrica. Toda a matéria é condicionada em maiores ou menores tensões de acordo com a
intensidade do desejo que é a causa de todas as tensões elétricas às quais ela é submetida.

Quanto mais distante do repouso, maior é a tensão. O que chamamos de alto potencial elétrico é apenas uma
grande tensão para manter uma condição que está longe da condição de repouso.

A bola de retornoi com a qual uma criança brinca é um bom exemplo de tensão elétrica. Quando a bola é
jogada da mão, o elástico se aperta gradualmente para aumentar a tensão de resistência à tensão gerada no elástico.
A tensão continua a se intensificar até que a bola entre em repouso. Quando a bola retorna, a tensão diminui
gradualmente até que a bola volte ao repouso na mão da criança. Quando isso acontece, o esforço e a tensão são
anulados. A tensão não SE TORNOU repouso; ela deixou de existir.

Todo este universo elétrico é um complexo labirinto de tensões semelhantes. Cada partícula de matéria no
universo é separada de sua condição de unicidade, assim como a bola de retorno é separada da mão, e cada uma é
conectada à outra por um fio elétrico de luz que mede a tensão dessa separação.

É como se todo o universo de partículas separadas estivesse jogando bola de retorno umas com as outras.
Quando uma condição de unidade foi atingida na matéria, a tensão elétrica deixa de existir. O cloreto de sódio irá
ilustrar este significado. Quando sódio e cloro desejam separar-se de sua condição de unicidade no cloreto de sódio,
uma tensão elétrica é criada entre essa trindade separada. Quando o desejo de separação do sódio e do cloro acaba,
as tensões elétricas que as ligam à condição de repouso da qual surgiram são anuladas. Da mesma forma, o sódio e o
cloro são totalmente anulados.

A razão disto é que toda a matéria é uma série de tensões elétricas. Quando as tensões cessam, as condições
estabelecidas por elas cessam. É como se duas crianças em uma gangorra fossem para seu fulcro.

As tensões sexuais intensificam quanto mais distantes elas são afastadas do repouso. Quando as tensões
sexuais desbalanceadas anulam seu desbalanceamento através do intercâmbio entre os desejos elétricos opostos que
causaram essas tensões, a força elétrica deixa de existir. Da mesma forma, o desejo sexual deixa de existir.

As tensões elétricas existem apenas entre matéria elétrica desbalanceada em movimento que está separada
de outra matéria elétrica em movimento. Onde quer que haja uma condição de repouso, a eletricidade deixa de existir.
A eletricidade é, portanto, uma força dupla que aparentemente desbalanceia uma condição de repouso, dividindo-a
em duas condições opostas e as coloca em aparente movimento. A troca entre os dois opostos de movimento anula a
condição de desbalanceamento no final de cada ciclo de expressão elétrica.

Como o repouso não pode ser desbalanceado, salvo por ilusão, a eletricidade que causa essa ilusão não tem
existência.
NT: Do original return ball. Brinquedo geralmente utilizado por crianças que consiste em uma bola que se liga
i

por meio de um cordão de nylon até o punho.


“Eis em Mim o Um, inseparável.

“Há duas coisas que não existem em Meu universo. Há apenas Eu.

“Tudo o que é, é de todas as outras coisas que são. Nada é de si mesmo. Todas as coisas são indissoluvelmente
unidas.

“Este é um universo de aparência; um universo imaginado de pensamento; um universo de ação de desejo. O


que a Mente deseja aparecerá na imagem daquele desejo.

“Buscai, portanto, o que quereis em Mim e o encontrareis. Desejai o que quereis e vereis que está diante de
Vós. Ao longo das eras ele tem sido teu sem que tu o saibas, embora tu o tenhas pedido.

“Não vos senteis e pedis, sem agir, pois vosso desejo não virá até vós sem o auxílio de vossos braços fortes.

“Eis que estou dentro de todas as coisas centrando-as; e estou fora de todas as coisas controlando-as, mas não
sou as coisas que centralizo nelas e controlo no espaço que as cerca.

“Eu sou o centro de Meu universo de Mim. Onde quer que eu esteja é o centro de todas as coisas, e eu estou
em todos os lugares.”

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo IX

OS DOIS DESEJOS ELÉTRICOS

A eletricidade é a serva da mente. Ela faz todo o trabalho de criar este universo de ondas de luz em sequências
de desdobramento-redobramento que a Mente deseja. A Mente universal tem dois desejos - o desejo de expressão
criativa através da ação do pensamento concentrador e o desejo de repouso da ação através do pensamento
descentrador.

Um desejo é de separação da Unicidade em uma multiplicidade desbalanceada e o outro é de anulação da


multiplicidade em Unicidade balanceada. Um desejo é de ação e o outro é de repouso.

Esses dois desejos da Mente constituem o princípio de dar para dar de novo por meio do qual todas as coisas
na Natureza crescem ou se desdobram, aparecendo da anulação do repouso no reino dos céus do qual todas as coisas
criadoras aparecem, desaparecem e reaparecem em ciclos sequenciais.

A expressão elétrica dos dois desejos é refletida no batimento do universo. Uma pulsação comprime, a outra
expande. A pulsação compressiva dá forma à ideia ao buscar o repouso em amplitudes de onda através da ação
centrípeta. A pulsação destrutiva se anula em busca de repouso em eixos de onda através da reação centrífuga.

Estes dois desejos opostos são característicos de todos os efeitos do movimento. Toda vida animal, vegetal e
mineral busca a ação e o repouso alternadamente.

Todos os efeitos do movimento manifestam esse princípio. Uma bola jogada no ar procura repouso de sua
ação e retorna de sua condição desbalanceada para buscar repouso através da reação.

Após um dia de trabalho, o homem repousa para que possa repetir seu dia de ação.

Por causa desses dois desejos opostos da Mente-pensante universal, todas as coisas criadoras aparecem na
terra a partir o vazio de seus céus, desaparecem a partir da terra para o vazio de seus céus e reaparecem a partir desse
vazio para repetir seus desejos.

Isto explica o mistério da “matéria que aparece do espaço para ser engolida alternadamente pelo espaço”.
“Mais uma vez digo, eu sou a Alma do Meu universo de coisas criadoras.

“Dentro de Meu Ser está o desejo de manifestar Meu Ser. Desejo em Mim é Alma em Mim.

“Aquilo que é Alma em Mim deseja manifestar-se em forma através da Luz. A Luz se estende da Alma em Mim
e retorna à Alma em Mim, sendo a extensão e o retorno duas luzes aparentes de Mim.

“Mais uma vez eu digo, eu sou a semente do meu universo de desdobramento-redobramento. Dentro de Minha
Luz, toda semente sem forma de ideia planejada está envolta em Meu Ser em repouso em Mim.

“Mais uma vez eu digo, tudo se estende de Mim e volta para Mim. De Mim todas as coisas nascem da semente
do pensamento em Mim, e nascem de novo, com cada pulsação de Meu pensamento.

“Não há nada além do nascimento em Minha imaginação. Não há morte em Mim, pois fins e começos são um
só em Mim. Nada além da vida reaparece de Mim, e nada além da vida encontra a vida de volta para o renascimento
em Mim.

“Por isso eu digo: Vós deveis nascer de novo e de novo até aquela infinidade de alcances espelhados que é a
Minha imaginação. Assim é a Minha Ideia Única continuada infinitamente em formas à imagem de Meu pensamento.
Assim renasce Minha Ideia Única como muitas outras nos espelhos multiplicadores de Minha Luz, para sempre sem
fim.

“Mais uma vez eu digo, os múltiplos espelhados de Minhas imagens de pensamento são apenas reflexos de
Minhas imagens. Eles não são Eu.”

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo X

O PRINCÍPIO DO DESDOBRAMENTO-REDOBRAMENTO

As duas expressões opostas de desejo elétrico da Mente desdobram toda a ideia da Mente a partir de seu
padrão na semente em formas imaginadas para simular a ideia de Mente e redobrá-la em seu padrão registrado na
semente, para novamente se desdobrar.

Cada uma desbalanceia a outra para que cada uma possa buscar o balanceamento na outra para desaparecer
e reaparecer como a outra.

A eletricidade positiva é a luz-pai, que gravita em direção a um ponto de repouso que centraliza todas as coisas
criadoras.

A eletricidade negativa é a luz-mãe, que irradia em direção aos planos da Luz Única em repouso, que liga todos
os campos de movimento das ondas.

A eletricidade positiva enrola a luz do movimento em sólidos densos ao redor de pontos de Luz imóvel
magnéticos. Ela comprime o movimento em esferas incandescentes cercadas pela vacuidade da eletricidade negativa.

A eletricidade negativa desenrola a luz do movimento da densa solidez para a tênue vacuidade, expandindo-
a para campos de ondas cúbicas do espaço.

A eletricidade positiva puxa para dentro em espiral a partir de dentro contra a resistência oposta da
eletricidade negativa que empurra para fora em espiral a partir de dentro.2

Este universo radial bidirecional de movimento aparente é o produto destes dois condicionadores elétricos
opostos da matéria que passam um pelo outro em direções opostas. Cada um se intercambia com o outro em
pulsações sequenciais à medida que passam um pelo outro de pontos de gravidade para os limites do campo de ondas
e de volta em ciclos intermináveis. Cada um se torna o outro em pontos de repouso de meio caminho de seus ciclos.

Exemplos em grande escala deste processo podem ser vistos em qualquer uma das nebulosas espirais,
notadamente a Nebulosa 74 Piscium. Dois braços espirais ardentes de luz-mãe radiante estendem-se do equador de
seu sol central para criarem seus inúmeros outros sóis e terras, desdobrando-os a partir de sua semente
centralizadora. (Figs. 35 e 37)

Fig. 35 – A luz vem das trevas e as trevas vêm da luz.


Figs. 36 e 37.

Dois braços negros de luz-pai gravitacional puxam em espiral para dentro dos céus em direção aos polos do
sol gigante centralizador para gerar o sol em unicidade incandescente de todas as formas.2 A luz-pai da gravidade
redobra todas as formas desdobradas da semente da Criação em luz sem forma de sóis e lhes dá corpos em
crescimento.

A gravitação é o princípio masculino da Criação. A gravidade se redobra em direção à semente.

A radiação é o princípio feminino da Criação. A radiação se desdobra a partir da semente.

A luz geradora da gravitação e a luz degeneradora da radiação são projetadas uma através da outra de repouso
em repouso em sequências pulsantes para manifestar a ideia através da geração de formas de ideia pai-mãe através
de seu intercâmbio de anulação. Este princípio de intercâmbio rítmico e balanceado entre as luzes pai-mãe de
gravitação e radiação é fundamental em todas as coisas criadoras.

É o princípio de dar de duas vias iguais que manifesta a qualidade do Amor na Luz do Um.
“Traduz a Luz do Meu pensamento em palavras humanas para sua orientação.

“Eu sou o Balanceamento. Em mim todas as minhas imaginações são balanceadas em seu aparente
desbalanceamento.

“Acrescento; mas o que acrescento a uma pulsação de Meu pensamento, subtraio da outra.

“Eu divido; mas o que eu divido eu multiplico.

“Meus pares de opostos são iguais; mas novamente digo que são opostos, e os opostos se opõem em meu
universo de Mim.

“Os opostos anulam os opostos, enquanto que os semelhantes mantêm suas órbitas amigáveis lado a lado.
Todos os sóis do céu dão luz um a outro, enquanto a escuridão anula a luz e a luz, da mesma forma, anula a escuridão.

“Minhas duas luzes se movem de maneiras opostas para evitar o caminho da outra, mas descobrem que estes
caminhos são trilhas que levam para dentro e para fora dos vórtices centrados por apenas um polo de repouso onde
os dois polos não são nada, nunca tendo sequer se encontrado como dois.

“Pares de opostos são atraídos para dentro dos vórtices um do outro, onde eles se anulam apaixonadamente.
Cada um é então nada, um zero simulando aquele Zero de sua Fonte da qual eles brotaram - mas eles também são
semente para outros dois que parecem emergir da Unicidade de sua Fonte”.

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo XI

A ILUSÃO DA ATRAÇÃO E REPULSÃO DA MATÉRIA

Uma das grandes ilusões dos sentidos é que matéria atrai e repele matéria. Acredita-se também que partículas
elétricas opostas se atraem umas às outras e cargas semelhantes repelem.

Há muitas evidências dos sentidos para justificar tal conclusão, mas é da mesma natureza ilusória das
evidências que enganam os sentidos dizendo que os trilhos das ferrovias parecem se encontrar no horizonte.

Vemos as marés subir em direção à lua de um lado da terra e afastar-se dela do outro. Concluímos que a lua
atrai a terra e assim puxa o oceano em direção a ela, mas isso não explica o fato de que as marés também se elevam
do lado oposto da terra para longe da lua. O que está realmente acontecendo é que toda matéria condicionada está
constantemente procurando balancear sua condição com toda outra matéria.

A lua e a terra centram seus respectivos campos de ondas rodeados pelo espaço. Todos os campos de ondas
estão ligados por planos de curvatura zero e uma condição de pressão zero, que isolam cada campo no universo de
todos os outros campos. As próprias formas dos campos de ondas da Terra e da Lua estão mudando para sempre para
ajustar seu balanceamento à medida que a Lua gira ao redor da Terra. Como resultado, os equadores mútuos dos dois
campos devem se alongar, em forma de disco, em um plano que intersecta o centro de gravidade de cada corpo.
Naturalmente, as marés sobem em direção à lua e afastam-se dela. Se a terra fosse toda líquida em vez de sólida, ela,
da mesma forma, se alongaria sensivelmente em seus equadores, em forma de disco, e se tornaria plana em seus
polos para satisfazer o intercâmbio de balanceamento entre os campos da lua e do sol, como Júpiter e os outros
planetas estão fazendo de forma tão perceptível. Ela também teria anéis assim como Saturno e como está ocorrendo
com todas as estrelas do céu, e pela mesma razão.

POLARIDADE

Vemos o polo positivo da agulha de uma bússola apontando para o polo negativo de um ímã e o polo negativo
do ímã apontando para o polo positivo. Esta evidência é uma das bases de nossa conclusão. Isso é o que nossos olhos
veem. O que realmente está acontecendo é que eles estão anulando mutuamente sua condição de desbalanceamento
para buscar o balanceamento através um do outro.

Os polos opostos se afastam o máximo possível uns dos outros, até que sua oposição seja anulada pelo
balanceamento em seu fulcro e eles deixem de existir.

Quando o polo positivo de um ímã é colocado em contato com o polo negativo de outro ímã, esse efeito que
pensamos como atração é um efeito de anulação. É uma cessação da oposição ou do poder de manifestar qualquer
coisa. A polaridade cessa totalmente naquele ponto e cada oposto se estende para cada extremo oposto, cada um
afastando-se do outro e através do outro, em espiral, na medida do possível.

Se polos opostos se atraíssem, eles estariam juntos no meio de um ímã em vez de em suas extremidades.

A MATÉRIA É IMPOTENTE PARA ATRAIR

A matéria não atrai nem repele outras matérias. Condições desbalanceadas na matéria buscam as
balanceadas. Toda matéria é movimento em busca constante de repouso.
Isto ela só pode encontrar balanceando sua condição com a matéria igualmente condicionada, anulando as
tensões de sua condição sexuada. Essa é a única causa do movimento e a razão de sua continuação ou descontinuação.

TODA MATÉRIA EM MOVIMENTO BUSCA DE REPOUSO

Este é um universo de uma COISA ÚNICA. Toda matéria que é eletricamente separada daquela unicidade
procura essa coisa. Este é um princípio fundamental e um desejo subjacente de toda a Criação. É tão verdadeiro para
os humanos e suas emoções quanto para a matéria.

Repetimos novamente que a eletricidade é uma divisão da Luz Única em duas extensões daquela Luz projetada
uma através da outra, cada uma se tornando a outra alternadamente. A Luz Única é uma condição sem pressão e sem
sexo. As duas luzes que se estendem de uma são pressões opostas e condições sexuadas opostas.

Assim, existem apenas duas condições de matéria - ou se expandindo da imobilidade ou se contraindo em


direção à imobilidade. Cada condição surge da outra; no instante em que ela se torna seu próprio oposto, ela se afasta
tanto quanto é necessário para encontrar o balanceamento em uma condição semelhante. Ela procura sua condição
semelhante para encontrar o repouso em uma condição balanceada e não porque a matéria que procura é atraída
pela matéria que procura. Um tronco flutuando rio abaixo está buscando uma condição balanceada e não está sendo
atraído pela barragem ou por outros troncos.

Estes opostos representam o princípio de compressão-extensão pai-mãe que integra a luz em sólidos e a
desintegra em vapores e gases.

TODAS AS MASSAS EM MOVIMENTO SÃO DESBALANCEADAS

Dizer que estes opostos atraem uns aos outros equivale a dizer que o norte atrai o sul, que o interior atrai o
exterior, que a umidade atrai a secura, ou que a escuridão atrai a incandescência.

A água, por exemplo, é uma condição comprimida.

Quando a água se vaporiza, ela se expande para sua própria condição oposta. Ela então procura repouso em
nuvens de condições semelhantes. Quando assim encontra repouso em condição de balanceamento, seu movimento
cessa e sua oposição também cessa.

PROVAS ILUSÓRIAS

Outro efeito do movimento que induziu os sentidos a acreditar que os opostos se atraem é que se diz que o
ar quente sobe em direção ao frio e o ar frio desce em direção ao calor. Isso não é o que está acontecendo, pois
semelhantes buscam semelhantes. O ar frio está se expandindo e subindo em direção ao frio, e o ar quente está se
contraindo e descendo em direção ao calor.

Bolhas de oxigênio negativo se acumulam no polo positivo de uma bateria elétrica em carga e as bolhas de
hidrogênio positivo se acumulam no polo negativo. O que está realmente acontecendo é que o polo positivo está
retirando a condição positiva da água, deixando o oxigênio negativo como resíduo. O polo negativo está, igualmente,
retirando a condição negativa da água, deixando o hidrogênio positivo como resíduo. Novamente semelhante busca
semelhante.

A demonstração marcante do princípio de condições semelhantes buscando condições semelhantes está nos
elementos da matéria. Se os opostos se atraíssem de acordo com os conceitos atuais, seria impossível reunir um quilo
de elementos iguais. Todos os elementos buscam a sua espécie. Em qualquer decomposição química de misturas
compostas, cada elemento procura e encontra elementos condicionados de forma semelhante.
O princípio giroscópico da natureza faz isto automaticamente. Cada elemento tem sua própria relação
giroscópica com o eixo e a amplitude de sua onda. Cada elemento busca essa relação de pressão e se move até se
encontrar na órbita de seu próprio plano giroscópico de pressão.
“Eis em Mim a Luz de todo o conhecimento. Na Luz está toda a ideia do conhecimento.

“Na Minha Luz dividida, o pensamento do Meu conhecimento é registrado em formas móveis de Minha
imaginação que refletem cada uma dividida em sua oposição para manifestar Meu conhecimento. Cada uma espelha
a Luz da outra para manifestar Meu conhecimento através de seus espelhamentos.

“Sabei que as coisas em movimento não se movem. O movimento delas é apenas aparente.

“Sabei também que só as coisas que se movem sentem as coisas que se movem e não as conhecem, pois as
coisas que se movem não têm mais nada nelas, a não ser seu movimento aparente.

“A luz que se move dos espelhamentos de Meu pensamento é Meu universo de construção de imagens em
luzes de Minha imaginação. Estes não têm Ser, pois não são Eu. Só eu tenho Ser”.

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo XII

LUZ

A Luz não pode ser vista; ela só pode ser conhecida. A Luz é imóvel. O sentido da visão não pode responder à
imobilidade. O que os olhos “sentem” e acreditam ser Luz é apenas um movimento de onda que simula a ideia de Luz.
Como todas as outras coisas neste universo de ondas elétricas, a ideia de Luz não pode ser produzida. As ondas
elétricas simulam apenas a ideia. Elas não se tornam ideia.

Quando o homem vê a luz do sol, ele acredita que está realmente vendo luz quando os nervos de seus olhos
estão apenas “sentindo” as vibrações intensas, rápidas e de ondas curtas do tipo de movimento ondulatório que ele
sente como incandescência. A corrente elétrica intensamente vibrante espelhada nos sentidos dos olhos os queima.
Eles não suportam essa alta taxa de vibração. Os olhos seriam destruídos por tal vibração, mas a luz não seria a causa
de tal destruição. O movimento rápido, simulando a luz, seria a causa. Seria como enviar uma corrente elétrica de alta
voltagem sobre um fio tão fino que a corrente o queimaria.

O homem também não pode ver a escuridão. Os nervos de seus olhos que sentem o movimento diminuem a
uma taxa de vibração que ele não pode mais “sentir”.

O homem está tão acostumado à ideia de que ele realmente vê a luz em várias intensidades iluminando várias
substâncias em maior ou menor grau, que é difícil para ele perceber que seus próprios sentidos não passam de
espelhos para refletir várias intensidades de movimento ondulatório. Mas isso é tudo que ocorre.

Cada coisa condicionada eletricamente na Natureza reflete as vibrações de cada outra coisa, para satisfazer
seu desejo de sincronizar suas vibrações com cada outra coisa. Toda matéria é o movimento da luz. Todo movimento
é expresso em ondas. Todas as ondas de luz são espelhos que refletem a condição uma da outra até a estrela mais
distante.

Este é um universo de ondas condicionadas eletricamente. Todas as condições de onda estão sempre
buscando a unicidade. Por esta razão, todas as sensações respondem a todas as outras sensações.

A LUZ É ONDA OU CORPÚSCULO?

Surgiu muita controvérsia sobre se a luz é corpuscular, como Newton afirmava ser, ou se é uma onda. Há
muitas evidências a favor de ambas as teorias. São ambas. A luz é expressa pelo movimento. Todo movimento é
movimento de onda. Todas as ondas são expressas por campos de pressões iguais e opostas de movimento
bidirecional. Todo o volume dentro dos campos de ondas é preenchido pelas duas expressões opostas de movimento
- a expressão positiva que comprime a luz em sólidos, e a expressão negativa que a expande para o espaço ao redor
dos sólidos.

Todo o espaço dentro dos campos de ondas é curvado. A curvatura termina em planos de curvatura zero que
delimitam todos os campos de ondas. Estes planos fronteiriços de Luz magnética onipresente atuam como espelhos
para refletir toda a curvatura em todos os outros campos de onda no universo, e como fulcros a partir dos quais o
movimento em um campo de onda é universalmente repetido.

TODA MATÉRIA É MOVIMENTO DE ONDA


Juntos, constituem o que chamamos de matéria e espaço. Tem sido difícil conceber a luz como sendo
puramente corpuscular, pois presume-se que a luz preencha todo o espaço. O espaço não é vazio. Ele está cheio de
movimento de onda. Os corpúsculos da matéria são uma metade dos ciclos de onda da luz. O espaço é a outra metade.

Não precisa haver mistério quanto a se a luz é corpuscular ou onda, pois as ondas de movimento que simulam
a luz e a escuridão do espaço são tudo o que há.

A luz e o movimento da matéria sólida, e da matéria gasosa do espaço, diferem apenas em volume e condição.
A água da terra é comprimida em pequeno volume enquanto a água dos céus é expandida milhares de vezes em
volume. Cada condição é a metade oposta do ciclo da água.

O vapor de água é a água virada de dentro para fora. Novamente ele se torna água ao virar de fora para dentro,
sequencias de expansão-contração resultam deste processo.

TODA MATÉRIA É LUZ SIMULADA

A água dos céus ainda é água, e ainda é onda de luz. Não houve nenhuma mudança entre as águas da terra e
as do céu, exceto uma mudança de sua condição de preponderância positiva para negativa. Esta mudança se deve
unicamente a uma mudança de direção em relação ao seu centro de gravidade.

Toda matéria densa e fria, como ferro, pedra, madeira e todas as coisas em crescimento ou em decomposição,
são luz. Não as vemos como luz, mas todas são ondas de movimento, e todas as ondas de movimento são luz.

A Luz é tudo o que existe no universo espiritual do conhecimento, e a simulação dessa Luz em extensões
opostas é tudo o que existe no universo de ondas elétricas de sensações. A simulação da Luz na matéria não é Luz.
Não há Luz na matéria.

Talvez a confusão que atende a esta ideia fosse atenuada se classificássemos tudo que diz respeito ao universo
espiritual, como vida, inteligência, verdade, poder, conhecimento e balanceamento como sendo a LUZ ÚNICA do
CONHECIMENTO, e tudo que diz respeito à matéria e ao movimento como sendo as DUAS LUZES SIMULADAS do
pensamento.

O pensamento expressa o conhecimento na matéria, mas a matéria não pensa, nem conhece.

O pensamento também expressa vida, verdade, ideia, poder e balanceamento ao registrar as ideias dessas
qualidades nas duas luzes da matéria em movimento, mas a matéria não vive, nem é verdade, balanceamento ou
ideia, mesmo que simule essas qualidades espirituais.

A confusão do homem em relação a esta diferenciação reside em assumir por muito tempo a realidade da
matéria. Sua suposição de que seu corpo é seu Eu, que seu conhecimento está em seu cérebro, e que ele vive e morre
porque seu corpo se integra e se desintegra, tem sido uma parte tão fundamental de seu pensamento que é difícil
para ele reverter seu pensamento para o fato de que a matéria é apenas movimento e não tem nenhuma realidade
além da simulação da realidade.

A luz que pensamos ver não é senão movimento. Nós não vemos luz. Nós sentimos as vibrações das ondas
criadas pelo movimento que simula a luz, mas o movimento das ondas elétricas que simulam a luz não é o que ela
simula.

CONFUSÃO SOBRE CORPÚSCULOS DE LUZ

Há muita confusão em relação aos muitos tipos de partículas de matéria como elétrons, prótons, fótons,
nêutrons e outros. Estas muitas partículas são supostamente diferentes devido à crença de que algumas estão
carregadas negativamente, algumas estão carregadas positivamente e outras estão tão igualmente carregadas que
uma supostamente neutraliza a outra.
Não existe tal condição na natureza como carga negativa, nem há partículas carregadas negativamente. Carga
e descarga são condições opostas, como enchimento e esvaziamento, ou compressão e expansão são condições
opostas.

Os corpos compressores estão se carregando em condições potenciais mais elevadas. Ao contrário, corpos em
expansão estão se descarregando em condições de menor potencial. Descrever um elétron como um corpo carregado
negativamente é equivalente a dizer que é um corpo em expansão-contração.

Os corpos em contração e em expansão movem-se em direções opostas. Os corpos em contração movem-se


radialmente para dentro em direção aos centros de massa, e os corpos em expansão movem-se radialmente para fora
em direção ao espaço que circunda as massas. Neste universo bidirecional, a luz que se dirige para dentro em direção
à gravidade carrega a massa e descarrega o espaço. Quando direcionada para o espaço, ela carrega o espaço e
descarrega a massa. Toda a direção da força na Natureza é espiral.

A condição de carga é positiva. Ela multiplica a velocidade de movimento em densidade de substância. O


princípio da multiplicação do movimento por causa da diminuição do volume é a causa da aceleração da gravidade. A
condição de descarga é negativa. Ela divide a velocidade de movimento em tenuidade de substância. O princípio da
divisão do movimento por causa da expansão do volume, é a causa da desaceleração da radiação.

Pode-se compreender melhor este princípio, sabendo que o que chamamos de substância é puramente
movimento. O movimento simula a substância por sua variação de pressões, sua velocidade e sua relação giroscópica
com seu eixo de onda.

As partículas são condicionadas de forma variada quanto à pressão, mas não há diferentes tipos de partículas.
Todas são ondas de luz enroladas em partículas que são duplamente carregadas. Sua posição em qualquer ponto de
sua onda faz com que elas tenham a condição elétrica apropriada para aquele ponto.

As partículas de luz estão sempre se movendo em suas ondas de oitava. Todas estão indo em direção ao seu
cátodo ou ao seu ânodo, o que significa em direção à vacuidade ou à gravidade. Todas elas estão se movendo para
dentro ou para fora, em espiral.

TODAS AS PARTÍCULAS DE LUZ SÃO SEMELHANTES

Todas as partículas de luz estão expressando o princípio da luz-mãe ou o princípio da luz-pai. Por exemplo, se
uma partícula está na amplitude da onda, ela seria uma esfera verdadeira, e como uma esfera verdadeira não seria
nem positiva nem negativa. Poderia então ser adequadamente chamada de nêutron. Uma partícula que se dirige em
espiral para dentro em direção ao ápice de um vórtice no processo de se tornar uma esfera pode ser adequadamente
chamada de próton, por expressar o princípio da luz-pai.

Novamente, se estiver se movendo em espiral para fora, poderia ser adequadamente chamada de elétron,
porque então estaria descarregando em excesso de sua carga ou se expandindo em excesso de sua contração.

Os raios de luz, por exemplo, que deixam o sol, estão descarregando o sol. Eles também estão descarregando
a si mesmos porque estão se expandindo a um maior volume. Eles também estão diminuindo seu próprio potencial
ao multiplicar seu volume. Eles revertem sua polaridade quando convergem radialmente sobre a terra. Estão então
carregando a terra e a si mesmos ao se contraírem em volume menor e estão simultaneamente multiplicando seu
próprio potencial ao se contraírem.

ALTERAÇÃO SEMICÍCLICA

Em uma corrente elétrica há um intercâmbio constante entre ânodo e cátodo ou polos positivos e negativos.
Uma partícula de luz se expande ao deixar o ânodo na direção radial para fora e se contrai ao se aproximar radialmente
do ânodo3. Esta partícula de luz foi sempre a mesma partícula de luz em todas as partes de seu percurso. Sua variação
de carga e descarga, sua direção de movimento e a condição de pressão de onda em que se encontra a qualquer
momento são as únicas razões para sua mudança de uma condição para outra. As partículas de luz são todas as
mesmas partículas de luz, sendo todas diferentes apenas na condição de pressão.

Isto também é verdade para os elementos da matéria. Sejam eles ferro, carbono, silício, bismuto ou rádio,
todos são compostos do mesmo tipo de partículas de luz.

Todos parecem ter qualidades e atributos diferentes, mas essas qualidades e atributos também lhes são dados
puramente pelas posições que ocupam em suas ondas.

TODAS AS COISAS SIMULAM LUZ

Uma partícula de luz que pertence a um sistema atômico de sódio tem nela toda a gama dos elementos, além
de todas as outras coisas criadoras do universo. Ela age para levar o propósito da ideia de sódio simplesmente porque
está na condição de pressão do sódio, e é parte do padrão de desdobramento da semente de gás inerte da oitava da
qual se desdobrou.

Se essa mesma partícula se desdobrasse da semente do carvalho, ela seria parte da fibra de madeira de seu
tronco, ou folha, ou da clorofila que coloriu suas folhas, mas seria o mesmo tipo de partícula que cumpre o propósito
da celulose e que cumpre o propósito do sódio.

Toda matéria neste universo é apenas um movimento condicionado que simula a luz, e todas as diferenças de
condição são diferenças de pressão.

A LUZ NÃO VIAJA

A velocidade com que a luz supostamente viaja é de 299.792 quilômetros por segundo. A distância entre as
estrelas é tão grande que a velocidade da luz é calculada como anos-luz, pois a distância calculada por unidades
menores de tempo produziria números tão grandes que não fariam sentido.

A luz parece apenas viajar. É apenas mais uma das incontáveis ilusões causadas pelo movimento das ondas.
As ondas do oceano parecem atravessar o oceano, mas só parecem fazê-lo, pois as ondas são pistões nos motores
universais, e os pistões operam para cima e para baixo. Os pistões de onda da luz, ou do oceano, operam radialmente
e em espiral para dentro e para fora, em direção a e se afastando da gravidade.

Ondas de luz não viajam. Elas se reproduzem umas às outras de campo de ondas para campo de ondas do
espaço. Os planos de curvatura zero que ligam todos os campos de ondas atuam como espelhos para refletir a luz de
um campo em outro. Isto cria a aparência de que a luz viaja, o que é pura ilusão.

A luz do sol que sentimos em nosso corpo não é a luz real do sol. O que realmente está acontecendo é que o
sol está reproduzindo sua própria condição na terra, estendendo as reproduções através do espaço frio em campos
de ondas cada vez maiores até que essas reproduções comecem a convergir novamente em direção ao nosso centro
de gravidade em campos de ondas cada vez menores. O calor que sentimos e a luz que vemos dependem inteiramente
da capacidade dos campos de ondas de reproduzir a luz e o calor, e essa capacidade está condicionada à quantidade
de umidade na atmosfera.

Se não houvesse umidade na atmosfera, nossos corpos carbonizariam a partir do calor assim reproduzido. Não
se pode pensar consistentemente nesse calor como raios diretos do sol, pois essa mesma luz solar era intensamente
fria durante sua jornada reproduzida através dos imensamente expandidos campos de ondas do espaço entre o sol e
a terra.

A luz e o calor que parecem vir da estrela ou do sol nunca deixaram a estrela ou o sol.
Aquilo que o homem vê como luz e sente como calor são as contrapartes reproduzidas da luz e do calor que
são sua causa.

A taxa de vibração em um campo de ondas depende de seu volume. Vibração em um campo de ondas significa
o pulso de troca entre seu núcleo comprimido e o espaço ao redor desse núcleo. Uma vibração lenta em um grande
campo de ondas esfriaria um corpo, ou mesmo o congelaria, enquanto que uma rápida pulsação de intercâmbio em
campos de ondas extremamente pequenos poderia afetar um corpo.

Uma lente que multiplica a luz e o calor em direção a um ponto focal que incendeia o papel apenas comprime
campos de ondas maiores em campos de ondas menores. A taxa de vibração aumenta pela mesma razão que os
planetas mais próximos do sol se movem muito mais rápido em suas pequenas órbitas do que aqueles que estão
distantes do sol. A lei de Kepler que cobre as velocidades dos planetas se aplicará às taxas de vibração nos campos de
ondas tão apropriadamente como com os movimentos no sistema solar.

“O universo imaginado de Meu duplo pensamento é um intercâmbio bidirecional entre pontas de alavanca
desbalanceadas de luz que se estendem de Mim, seu fulcro de poder em repouso, e voltam para Mim.

“Eis em Mim o fulcro de Meu universo em transformação que manifesta mudanças, embora eu não mude, nem
me mova.
“Pois Eu sou o Repouso. Só em Mim está o Balanceamento.

“Aquele que encontra o poder deve saber que ele se estende de Mim, que Eu sou ele.

“Aquele que encontra o repouso deve voltar para Mim, ser Eu, ser o fulcro de seu próprio poder”.

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo XIII

CICLOS

Toda a energia é expressa em ciclos de ondas.

Um ciclo é uma jornada elétrica bidirecional de um ponto de repouso de compressão onde a gravidade cessa
e a radiação começa, para um ponto de repouso de expansão nos limites do campo de ondas onde a radiação cessa e
a gravidade começa. É o batimento universal do coração deste universo pulsante de movimento bidirecional.

O ciclo de vida e morte do homem é uma onda em uma corrente elétrica. O crescimento e a decadência, ou a
inspiração-expiração, são duas metades de ciclos.

A matéria é expressa em ciclos bidirecionais porque a matéria não é senão um registro do conhecimento de
Deus, expresso pelos dois desejos opostos de Seu pensamento de auto-anulação bidirecional.

Toda a Natureza é uma expressão dos dois desejos do Criador, o desejo de separação da unicidade do repouso
Nele em uma multiplicidade de formas à imagem de Sua imaginação, e de uma anulação dessa multiplicidade por um
retorno ao repouso em Sua unicidade.

Um ciclo é como enrolar e desenrolar uma mola de relógio, exceto que a matéria é enrolada em esferas visíveis
e desenrolada em cubos invisíveis. O desenrolar de uma mola do relógio é um processo inverso ao de seu enrolamento.
A natureza é contínua. Ela nunca inverte, como o pistão em um motor, ou duas crianças em uma gangorra.

A natureza vira suas ondas de dentro para fora e de fora para dentro em um fluxo espiral contínuo de direção.
A matéria sólida se intercala gradualmente com o espaço em seus ciclos respiratórios até que a gravitação tenha
atingido seu máximo. A radiação então excede o poder da gravitação e a matéria começa a se expandir em vez de se
contrair.

A radiação é a luz ligada para fora a partir da semente. A gravitação é a luz ligada para dentro em direção à
semente. A luz ligada para fora manifesta o desdobramento da luz padronizada a partir da semente. É a mãe da
Criação. A luz ligada para dentro manifesta o desdobramento da luz padronizada em sua semente. É o pai da criação.

A mãe da Criação dá corpos padronizados à ideia, desdobrando a ideia para os céus. Essa é a primeira metade
de cada ciclo. O pai redobra toda a ideia desdobrada de volta para sua semente, caso contrário a forma desdobrada
não poderia se tornar visível como matéria. Esta é a segunda metade de cada ciclo. Todas as coisas em crescimento
manifestam este processo de desdobramento e redobramento em cada pulsação de intercâmbio entre as luzes pai-
mãe da Criação.

A expiração-inspiração de todas as coisas é o constante processo cíclico de intercâmbio por meio do qual um
oposto se torna gradualmente o outro até que cada um se torne o outro na totalidade, completando o intercâmbio.

Cada expiração-inspiração é um ciclo. Cada meio ciclo é cancelado por sua outra metade até que ambos sejam
cancelados. Nenhum dos dois se manifesta então. Ambos desaparecem em seu equilíbrio para reaparecer como o
outro.

Vida e morte se intercambiam gradualmente para cancelar um ao outro com o propósito de repetir o ciclo de
vida e morte.
A morte nasce no mesmo berço da vida, mas a vida é forte enquanto a morte é fraca. Desde o primeiro suspiro
do recém-nascido, a morte anula a vida por cada expiração e a vida anula a morte por cada inspiração. Na maturidade,
a morte se torna balanceada com a vida e a morte então se torna mais forte até que ambas desaparecem para
reaparecer com a vida como o mais forte e a morte como o oposto mais fraco.

ESTE UNIVERSO EM EXPANSÃO

Diz-se que o universo está se expandindo até a morte por calor, que todo o calor está gradualmente saindo do
universo, deixando-o totalmente frio e vazio.

Acredita-se que a radiação é um “fluxo descendente de energia” que não é compensado por um “fluxo
ascendente” igual. A radiação é conhecida como energia radiante.

A radiação não é mais do que a expiração deste corpo universal que respira em sua totalidade exatamente
como o homem e todas as outras coisas na Natureza respiram. A radiação é a luz-mãe que se desdobra.

A inspiração da Natureza é a gravitação. A gravitação é a luz-pai que redobra o que se desdobra.

Para cada gota de água que a “energia radiante” descarrega da terra, a “energia da gravitação” a carrega com
a queda das águas. Um desses opostos é o fluxo descendente da energia expressa e o outro é seu fluxo ascendente
igual.

Toda coisa criadora neste universo tem um pai e uma mãe, não apenas a vida animal e vegetal, mas todos os
corpúsculos de matéria do universo. Da mesma forma, toda coisa criadora é tanto pai quanto mãe. A mãe gera o pai
e o pai gera a mãe. O próton gera o elétron e o elétron gera o próton. Um era o outro e cada um se torna
sequencialmente o outro através do sopro pulsante do intercâmbio de ondas.

EVIDÊNCIAS ENGANOSAS

Uma das ilusões que enganaram o homem ao acreditar que o corpo universal de Deus estava morrendo foi a
descoberta de que todas as nebulosas estão se afastando umas das outras com velocidades incríveis. Este fato levaria
à total dissolução do universo no tempo. O chamado “desvio para o vermelho” no espectro provou ser um fato.

O fato é verdade. Elas se afastam uma da outra, mas a conclusão tirada desse fato observado não é justificada
pelos processos da lei natural. A razão da expansão universal que está ocorrendo agora é que o universo como um
todo inspira e expira, assim como todas as coisas na natureza.

Ciclos de respiração em grande escala de todo o corpo universal consomem eras para a conclusão de um ciclo
enquanto o homem consome apenas alguns segundos para completar seu ciclo. O homem de eras futuras
testemunhará o efeito das nebulosas correndo umas para as outras na mesma velocidade para o mesmo número de
eras.

Em toda a Natureza não há efeito de movimento que não seja contrabalanceado por um efeito contrário. O
universo é todo sexuado. Um sexo não pode existir sem o outro. A “energia radiante” é impossível sem energia
generativa para gerá-la.

O desejo do Criador de separatividade deve ser balanceado com Seu desejo de unicidade. O curso de expansão
do pistão universal deve ter um curso de compressão de balanceamento para que o corpo universal possa manifestar
a vida de seu Criador.

O universo inteiro se expande lentamente em direção à morte pela metade de seu ciclo respiratório, e depois
se contrai em direção à vida na outra metade.
Cada massa separada no universo está em sua própria parte de seu ciclo, seja inspirando em direção ao ponto
alto de sua maturidade ou expirando em direção à sua ressurreição. Cada uma, seja gerando ou degenerando, está
sendo gerada para uma vida prolongada pela inspiração do todo, do qual cada uma é uma parte indissolúvel.
“Em Meu universo imaginado todas as coisas são duas, centradas por Mim, pois todas as coisas se estendem
do pêndulo duplo e móvel de Meu pensamento, e Meu pensamento são dois. Eu, a Luz Única, centralizo as duas luzes
que registram Meu pensamento, mas eu não sou essas duas luzes, nem eu sou Meu pensamento.

“Eis em Mim a Trindade, o Um estendido para os dois, o Criador Único centralizando os dois estendidos.

“Em Meu universo imaginado todo efeito é também dois: todas as medidas térmicas e os pesos das coisas; o
dois da matéria, e do tempo, e da direção; o dois da cor, e dos elementos; o dois da onda de Meu pensamento, e suas
expressões. A Minha própria Luz Única se estende nas duas luzes da Minha imaginação.

“Nada existe em todo Meu universo que não seja parte e contraparte de pares de coisas, pares iguais e opostos
de coisas que criam e repetem, cada um buscando desbalancear cada um, e cada um buscando sempre o
balanceamento em cada um.

“Pois eis que Eu sou Luz, mas o universo do Meu imaginário é luz dupla; luz dividida e multiplicada pela raiz
comum direta e inversamente aplicada a todas as coisas que para sempre se movem de dois modos entre as duas luzes
estendidas de seu centro Único para expressar Meu conhecimento pelo Meu pensamento.”

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo XIV

PESO

O peso é uma medida de desbalanceamento. Indica a intensidade do desejo de qualquer massa que esteja
desbalanceada de encontrar o balanceamento.

Cada massa no universo tem sua posição potencial apropriada. Toda massa encontrará essa posição se não
for impedida de fazê-lo pelas ligações de outras massas.

O peso deveria ser medido duplamente como a temperatura. Deve ter um acima e um abaixo de zero para
medir a intensidade do desejo em massas para se elevar da terra, assim como para cair em direção a ela.

O PESO É A MATÉRIA FORA DO LUGAR

Toda matéria é um registro de seu potencial no local de seu nascimento em sua onda. Massas de matéria,
como boias flutuando no oceano para marcar os cursos para navios, estão flutuando no espaço para registrar o
potencial elétrico da posição de seu nascimento.

Sempre que a matéria está no lugar de seu nascimento, ela pertence lá. Está, portanto, balanceada. Ela flutua
em seu campo balanceado. Nessa posição ela não tem peso em relação a qualquer outra coisa no universo. Sempre
que é retirada de centro de seu campo, ou se torna uma parte excêntrica de outro campo, ela está desbalanceada
com as duas forças agindo sobre ela. Então ela tem peso, e a medida desse peso é a medida de seu desbalanceamento
com seu ambiente.

O peso da matéria e a medida do potencial elétrico são a mesma coisa.

PESO É DESBALANCEAMENTO

Um corpo que flutua não tem peso mensurável. Ele está em balanceamento com seu ambiente. Da mesma
forma, uma bateria descarregada não tem potencial elétrico mensurável. A agulha do amperímetro aponta para zero.
Suas duas condições desbalanceadas de carga e descarga foram anuladas uma pela outra.

A medida chamada “peso” e a medida chamada “potencial elétrico” são a expressão da força que os dois
opostos elétricos de carga e descarga exercem um contra o outro em qualquer ponto do universo.

O potencial de todas as órbitas de matéria no espaço em que a matéria flutua é igual ao potencial da massa
que flutua nele.

O plano da região equatorial de nossa Terra coincide com um plano equipotencial de pressão que é igualmente
balanceado em relação àquela parte da Terra que flutua acima daquele plano, e aquela parte que flutua abaixo dele.
Neste plano, a Terra não tem qualquer peso em relação a nada no universo inteiro, pois está em uma posição
balanceada em relação ao universo inteiro e continua se movendo para uma nova posição apenas devido ao
movimento de todas as outras massas no universo.
NOSSA TERRA BALANCEADA NÃO TEM PESO

A terra só poderia ter peso se fosse removida para outras pressões mais distantes do plano da roda em forma
de lente da nosso sol é o ponto central. Se ela pudesse ser empurrada em direção ao sol por alguma mão gigante, ela
buscaria o balanceamento em sua própria órbita quando liberada, exatamente como um homem se levantaria quando
mergulhado abaixo de seu próprio nível de balanceamento na água. Cada massa em movimento livre no universo
flutua em seu próprio campo de ondas igualmente dividido, exatamente como um homem flutua na água.

A lua não está caindo sobre a terra, como geralmente se supõe, pois ela está balanceada com seu ambiente e
não pode cair. Sua massa contraída é igual à massa expandida que ela desloca em seu campo de ondas.

Pela mesma razão, uma nuvem flutua no céu. Se alguém pudesse colocar balanças sob ela, descobriria que ela
não teria peso, a menos que fosse levantada acima ou empurrada abaixo de seu nível equipotencial. Se ela
condensasse em vapor mais pesado, cairia para procurar um novo equador estático onde flutuaria novamente. Se
condensasse para chover, cairia no mar para encontrar o balanceamento em uma condição semelhante.

O peso não é uma propriedade fixa da matéria. Ele é tão variável quanto a matéria é variável.

Um homem pesa menos quando sobe uma montanha, pesa mais quando desce em uma mina e não pesa nada
quando flutua na água.

A menos que, e até que, a matéria se estenda de um plano de igual pressão, não pode haver peso, nem pode
haver potencial elétrico.

O PESO CURVA A GRAVIDADE

O equilíbrio do nível do mar é um bom exemplo. Se esse equador estático não tem extensões de ondas
dinâmicas, não pode haver pressões elétricas para se expressar em peso, nem pode haver peso de ondas quando as
ondas não são estendidas a partir dele. Ondas acima do nível do mar têm um peso positivo quando caem em direção
à gravidade. Ondas abaixo do nível do mar têm peso negativo quando sobem em direção ao espaço para encontrar o
balanceamento ao nível do mar.

O peso é, portanto, apenas uma dimensão de desbalanceamento. Só o desbalanceamento pode ser pesado,
pois não pode haver peso para balancear.

PESO DEFINIDO

As seguintes definições de peso estão em conformidade com a Lei Natural.

O peso é a soma das diferenças entre as duas pressões que atuam sobre cada massa.

O peso é a medida das diferenças de potencial elétrico entre qualquer massa e o volume que ela ocupa.

Peso é a medida do desbalanceamento entre qualquer massa e seu ambiente deslocado.

O peso é a medida da força que um corpo exerce na busca de seu verdadeiro potencial.

O peso é a soma da diferença entre a força de atração da gravitação para dentro e a força de radiação para
fora.
2

O peso é a medida da intensidade do desejo dentro de toda matéria de expressar movimento ou buscar o
repouso a partir do movimento.
“Pois novamente eu digo, cada uma das duas luzes que dão forma ao Meu conhecimento, através do Meu
pensamento, se dá completamente à outra para se tornar a outra, sequencialmente.

“A luz dá às trevas para se tornar novamente luz, assim como a vida dá à morte para se tornar novamente
vida. Do mesmo modo, as trevas do céu dão as trevas aos sóis para se tornarem novamente trevas, assim como os sóis
dão a luz aos céus para se tornarem novamente sóis.

“Assim, todas as coisas da terra dão aos céus para que se tornem de novo coisas da terra pelo que é dado dos
céus. Então, todas as Minhas coisas criadoras simulam a unicidade do Meu conhecimento ao intercambiar tudo por
Unicidade em Mim. Esse intercâmbio registra Meu conhecimento em pulsações de Meu pensamento, mas Meu
pensamento não é Eu. Meu conhecimento é somente Eu”.

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo XV

A FONTE DE ENERGIA SOLAR

Um dos maiores mistérios da ciência é a fonte da energia renovável do sol.

No ritmo atual da radiação solar, o sol já deveria ter se esgotado há muito tempo.

O que mantém seu fogo aceso? O que é que gera calor no sol para evitar que ele se resfrie?

Uma teoria é que sua contração o gera, pois a contração supostamente aquece.

Mas essa não é a resposta, pois a contração não aquece nem gera. A contração só é possível como resultado
da geração, não como sua causa.

A geração deve preceder a contração. Ela não vem depois.

O calor vem como resultado da contração. O calor irradia. A radiação é o oposto de geração, e os opostos
agem de maneira oposta.

A radiação se expande e a expansão resultante esfria; enquanto a geração se contrai e a contração resultante
aquece.

Aqui novamente está o princípio pai-mãe manifestando sua lei de intercâmbio igual, oposto e sequencial.

O frio do espaço expandido gera o calor do sol ao comprimir grande volume em volume menor.

A alta pressão da incandescência nasce da baixa pressão da escuridão vazia, de acordo com a lei do
intercâmbio rítmico balanceado entre todos os pares de opostos pai-mãe.

O CICLO DE TEMPERATURA

O ciclo da temperatura resultante do intercâmbio balanceado entre o frio do espaço e o calor dos sóis é o
seguinte: o frio gera; a geração contrai; a contração aquece; o calor irradia; a radiação se expande, e a expansão esfria.

Assim, nosso sol quente está sendo gerado do espaço frio através de seus polos e é irradiado novamente para
o espaço através de seu equador de acordo com o processo alternado pai-mãe de viradas de dentro para fora e de
fora para dentro, e continuará a gerar calor crescente no sol até se tornar uma verdadeira esfera. Esta perfeição
esférica ainda não foi alcançada, pois o sol ainda não atingiu a amplitude de sua onda onde toda a matéria formadora
se torna verdadeiras esferas.

UM OPOSTO GERA O OUTRO

Quando a posição de amplitude for atingida, sua radiação começará então a exceder sua geração. Ela estará
na mesma condição que um homem que acaba de passar seu ponto alto de maturidade quando a morte e a vida
trocam suas preponderâncias.
A partir daí, o espaço frio abrirá um buraco negro através do sol de polo a polo e se expandirá para um anel
gigantesco centrado por um sol menor recondensado a partir do remanescente de seu eu em expansão. Muitas dessas
nebulosas anelares são visíveis nos céus, notadamente na Nebulosa do Anel de Lira (M. 57). (Fig. 61).

Fig. 61 - Nebulosa do anel em Lira.

AS ESTRELAS CONTAM A HISTÓRIA TODA

Excelentes exemplos da degeneração de um sol em anel ou anéis pelo processo de virar de dentro para fora
da eletricidade negativa são a Nebulosa de Coruja, (M. 97) em Ursa Major e a Nebulosa do Haltere em Vulpeculae.
(Fig. 62).

Fig. 62 – Nebulosa de Coruja.

Pode-se também testemunhar este processo de virar de dentro para fora em sua cozinha. Jatos de gás
queimando são vistos como uma chama azul e verde ao redor de buracos negros que centram cada jato. Estes gases
são negativamente preponderantes, o que significa que eles são empurrados para fora de seu centro no excesso de
puxar para dentro dele.2
NÃO EXISTE MORTE

“Aquele que busca a vida sem a Luz encontrará a morte; mas aquele que busca a Luz encontrará a vida eterna,
mesmo quando caminha em direção à morte.

“Aquele que não conhece a Luz morrerá para encontrá-la, mas aquele que conhece a Luz jamais morrerá.

“Na inspiração do homem há vida, e a morte segue sua expiração, mas o homem deve expirar para viver
novamente e profundamente para que possa morrer.

“Saiba então que só eu vivo. Eu não morro, mas de Mim provém tanto a vida quanto a morte.

“A vida não é senão o fluxo interior do Meu pensamento pulsante dividido, e a morte é seu fluxo exterior.

“Saiba também que as divisões de Meu pensamento são apenas metades iguais de Um; pois novamente digo
que sou Um; e que todas as coisas que vêm de Mim são Um, divididas para aparecerem como dois.

“Todas as coisas vêm e vão de Meu pensamento dividido.

“Todas as coisas que vêm são coisas vivas, e as que vão são coisas mortas.

“Saiba que todas as coisas criadoras são ressuscitadas das mortas, e as coisas mortas vivem novamente
através de Meu pensamento dividido.

“Mais uma vez digo que todas as coisas estão ligadas como Uma através da Luz.

“Estou para sempre criando Meu corpo vivo e destruindo-o em morte aparente para que ele possa viver em
Mim para morrer e viver novamente.

“O fim da vida na morte é o novo começo da vida. Tanto a vida quanto a morte são um só em Mim.

“Todas as coisas estão vivendo e morrendo para sempre; e enquanto vivem, morrem; e também enquanto
estão na morte, vivem.

“Tal é Meu decreto, Minha lei universal, da qual não há escape para o homem, ou estrela, ou grão de areia;
pois todas as coisas fluem de Mim para que apareçam ao homem, e retornam a Mim, para que desapareçam de seus
sentidos no ciclo de Meu pensamento.

“Eu sou o Deus repetitivo. Todas as coisas que fluem para Mim e de Mim fluem novamente através de Mim
para sempre em um ciclo que não termina, nem começou.

“De Minha mão direita a vida flui num sentido e retorna a Mim plenamente gasta como morte, enquanto a
morte plena flui no outro sentido e retorna a Mim renovada como vida”. Ao redor de Meu ciclo tanto a vida quanto a
morte percorrem seus caminhos opostos, cada um buscando cada um até que os dois se encontrem balanceados na
maturidade, onde cada um dá a metade a cada um. Mas quando passam aquele ponto médio em seus caminhos
separados para Mim, cada um então pensa em cada um, e então ambos sabem, ao retornarem para Mim, que cada
um é ambos, e ambos são Um em Mim.

“A morte é a semente da vida.

“A morte se recupera da morte como a vida.

“Da morte brota a vida do solo; e da vida flui a morte mesmo quando o perfume deixa a rosa.
“A morte dá de si mesma à vida para que a vida possa viver; e da mesma forma a vida dá à morte para que a
morte possa morrer.

“A vida é a morte regenerando, e a morte é a vida degenerando.

“A luz deixa teu sol como morte e vem a ti como vida; e quando tua morte te deixa, também ela se torna nova
vida para quem, ou no que, seu impacto se acelera com tua morte.

“Há duas formas de respirar, a inspiração-carga da vida e a expiração-descarga da morte. Todos os pares
opostos de Meu pensamento dividido passam de formas opostas ao longo desses dois caminhos em sua travessia do
Meu ciclo.

“Todas as coisas que dividi em pares de opostos têm dentro delas vida e morte; mas uma delas é maior do que
a outra até que se encontrem como iguais a meio caminho do Meu ciclo de vida-morte. Quando se encontram e
passam, então trocam estas qualidades, a maior crescendo menos e a menor crescendo mais.

“Mesmo que a vida esteja cheia quando a vida nasce, a morte emana da própria vida como morte, e toma o
caminho oposto para a morte.

“Da mesma forma, a vida emana da morte para enfraquecê-la quando a morte é forte, até que a vida conquiste
a morte para fazer a morte viver como vida.

“Em verdade eu digo, a vida não pode viver sem morrer à medida que vive. A morte também não pode
conquistar a vida e reunir nada a ela, a não ser a morte.

“A vida é Minha respiração multiplicadora de ação compressiva; e a morte é Minha respiração dividida, oposta,
que se expande à medida que a vida reage.

“Ouve-me quando eu digo novamente que a vida e a morte são opostos que passam um pelo outro em Meu
ciclo seguindo caminhos opostos. A vida atrai a vida para a vida por sua compressão e a morte repele tanto a morte
como a vida por sua expansão.

“Eu sou o ponto de intercâmbio entre a vida e a morte. Balanceio a vida com a morte; e nunca em suas
mudanças a morte ou a vida podem desbalancear a morte ou a vida.

“Escreva que a morte e a vida são uma só, pois o pêndulo oscilante é um só, embora ele oscile de duas maneiras
em seu balanço incessante.

“Aquele que viaja para o Leste em Meu universo curvo chega ao Oeste tão seguramente quanto aquele que
viaja para o Oeste.

“Da mesma forma, a vida percorre a estrada do leste para chegar à morte, enquanto a morte toma a estrada
do oeste onde a vida espera para acelerar a morte como vida.

“Assim também a morte percorre a estrada da vida para se intercambiar com a vida, enquanto a vida também
percorre a estrada da morte para se encontrar através da morte.

“Ouça-me dizer que não há morte em todo o Meu universo imaginado”. Nele não há nada além da Vida, pois
nada além da Vida e do Amor está em Mim e em Meu conhecimento.

“Nada está em Meu pensamento, que não é Meu conhecimento; e nada além da Vida e do Amor está em Meu
pensamento.

“Tirai a morte do homem dele neste novo dia do homem. Dá-lhe a Vida eterna em Mim conhecendo-Me nele”.

– d’A ILÍADA DIVINA


Capítulo XVI

O PRINCÍPIO DA VIDA

Há séculos o homem vem buscando o princípio dA vida nos germes da matéria. Ele poderia muito bem lançar
suas redes ao mar em busca de oxigênio.

Não há vida na matéria, nem morte, pois a matéria é apenas movimento, o movimento começa e termina,
para recomeçar, mas a vida é imortal. Ela não tem começo. Ela não tem fim. Ela não pode morrer.

O homem há muito acredita que seu corpo é seu Eu, a Pessoa, o Ser. O corpo do homem é apenas movimento.
Ele não pode ter nenhum Ser. Deus habita no homem. A Pessoa, o Ser no homem, é imortal. A vida nele é Deus nele.
O corpo do homem manifesta Deus nele, manifestando a vida em sequências de vida-ressurreição, como todas as
coisas que criam-destroem-recriam na Natureza também fazem.

O corpo do homem deve renascer para sempre até o fim infinito para manifestar Deus nele. Não há nada além
do nascimento neste universo cíclico e pulsante. Não há morte.

A ideia do homem é uma parte da Ideia Única Integral da Criação. Toda a Criação é apenas uma expressão
dessa Ideia Única, parte por parte, sendo cada parte uma parte do Todo. Deus dá uma eterna repetição de corpos a
todas as partes de Sua Ideia para manifestar essa ideia em ciclos de ondas da luz dividida de Seu pensamento. Uma
metade de cada ciclo desdobra a ideia na forma daquela ideia e lhe dá ação para produzir aquela forma. A outra
metade do ciclo redobra a ideia para dar-lhe repouso na Luz de sua Fonte com o propósito de repetir a manifestação
em uma repetição daquele corpo.

Um retorno ao repouso na Luz não é morte; é um retorno à Vida com o propósito de renascer para manifestar
novamente a Vida em um corpo renovado.

Não dizemos que o homem está morto quando descansa no sono para renovar parcialmente seu corpo.
Sabemos que ele despertará com novas partes de seu corpo para substituir aquelas que serviram a seu propósito e
desapareceram.

Quando o corpo inteiro do homem se desgasta e precisa ser substituído, ele também descansa em um sono
mais longo. O corpo do homem é apenas ondas padronizadas de luz em movimento. As ondas desaparecem na calma
do oceano, mas elas reaparecem.

O oceano é uma parte da ideia da Criação. As ondas expressam a ideia do poder do oceano, mas o poder e a
ideia estão na calma do oceano, sejam elas expressas pelas ondas ou não.

A turbulência do oceano brota de sua calma, assim como o movimento da alavanca brota de seu fulcro imóvel.
Todo movimento é uma extensão bidirecional da imobilidade.

Não pensamos que o oceano está morto enquanto está em repouso em sua calma, pois sabemos que ele
manifestará novamente seu poder por ondas de movimento quando o desejo é forte o suficiente nele para manifestá-
lo por movimento.

Ondas de luz que dão forma transitória ao corpo de um homem são apenas seu corpo. Elas não são o homem,
nem o homem-ideia. O corpo do homem é uma extensão de outras ondas de luz pai-mãe no sol, e a ideia do homem
existe na Luz imóvel que centraliza o sol.
O homem nunca pode morrer pois ele é Luz onipresente e ele existe em todos os lugares. Da mesma forma, o
corpo do homem não pode morrer porque o corpo do homem manifesta o homem imortal, e o homem imortal sempre
tem um corpo no qual se manifestar.

Esse corpo que se estende da terra desaparece para os céus e para a terra, mas aquele que desaparece para
o homem terreno que sente não deixou de existir, pois seu padrão foi registrado para se repetir. Ele ainda É e
reaparecerá.

Os sentidos do homem não estão sintonizados com o resto do ciclo da jornada corporal do homem, do
desaparecimento ao reaparecimento, mas o conhecimento do homem se estende por todo o ciclo e o homem pode
conhecer a repetição eterna de seu corpo quando conhece Deus nele.

Quando a água desaparece além dos sentidos como vapor de água e gases, sabemos que eles reaparecerão
como água quando tiverem completado sua jornada cíclica. Como o homem conhece a Luz que há nele, ele certamente
saberá que voltará por eras para completar o propósito de manifestar seu Criador como uma parte da Ideia Integral.
Esse propósito não pode ser completado em um ciclo de vida, nem em dez vezes dez milhões de ciclos de vida. O
homem só começou a expressar o homem-ideia neste planeta. Ele ainda tem um longo caminho a percorrer, e o corpo
que ele precisa para se manifestar voltará para ele tão seguramente quanto a luz do dia reaparece da escuridão da
noite na qual ela desapareceu.

O QUE ACONTECE APÓS A “MORTE

O mistério ainda não respondido de “para onde vamos quando morremos” precisa de uma resposta
abrangente. Abstrações e teorias não são satisfatórias. Os processos da natureza são simples e são todos iguais. O que
acontece a uma coisa que desaparece, acontece a todas as coisas. Não há exceções a este processo da Natureza.

Todas as coisas neste sistema solar vêm do sol e regressam a ele.

O “germe da vida” que o homem procura está no sol. A ideia do homem está no sol; do mesmo modo, toda a
ideia de todas as coisas está no sol à espera de nascer em forma. A luz pulsante da polaridade leva toda a ideia à sua
forma, quando as condições são favoráveis para que cada ideia seja criada por uma extensão do sol.

Tudo na Natureza é uma extensão em movimento a partir de um ponto imóvel da Luz Única. O centro do Sol
no nosso sistema solar é o ponto de Luz imóvel a partir do qual tudo em todo o sistema solar irradia em espiral, e para
o qual ele gravita em espiral para renascer num outro ciclo.

O Sol é a semente deste sistema solar do qual todas as manifestações de ideia em todo este sistema se
estendem, e para o qual elas regressam.

O movimento tem o único objetivo de manifestar a ideia. Toda a ideia brota de um estado de repouso na sua
semente. À medida que se desdobra a partir da sua semente, ela se redobra nela. Segue-se, portanto, que o
movimento é uma aparente extensão-retração bidirecional a partir de/para um ponto e não tem existência, a não ser
para os sentidos, que sentem apenas a extensão, e não a retração simultânea da anulação.

Todos os sóis de todos os céus estão centrados pelos pontos de Luz onipresentes de onde toda a ideia se
estende e regressa. Os sóis são sementes de ideia. Dessas sementes emerge toda a forma. A essas sementes, todas as
formas regressam.

A terra foi estendida do sol para esse mesmo fim. A vida orgânica é parte da Ideia Única Integral de Deus. A
vida orgânica não pode ser expressa em forma no sol, embora a ideia da mesma esteja lá. Tudo o que aparece na terra
como forma de ideia está no sol como conceito dessa ideia na semente. A semente é a luz-pai que estende a sua ideia
de homem e outras coisas criadoras para um espaço distante onde os seus filhos, os planetas, arrefeceram o suficiente
para manifestar o homem-ideia na forma orgânica.
Os sóis são cadinhos que geram seus filhos, as terras, e os colocam para esfriar para que a ideia de Deus, que
está nos sóis sem forma, possa manifestar-se nas extensões do sol.

OS SÓIS SÃO AS SEMENTES DA CRIAÇÃO

O Criador espalha as Suas sementes de luz por todo o espaço para ser pai e mãe de todas as formas de imagens
geradas a partir da Sua imaginação.

No centro imóvel dos sóis está toda a ideia de nascimento em imagens da imaginação de Deus, mas na
unicidade da luz dos sóis elas estão sem forma e vazias. Todas as sementes são sem forma e vazias, embora o padrão
de toda a ideia esteja nelas.

A unicidade dos sóis incandescentes deve ser dividida e estendida a terras arrefecidas antes que as ideias dos
reinos mineral, vegetal e animal possam desdobrar-se sequencialmente para preparar o caminho para o
desdobramento do homem a partir da sua semente ao sol.

Toda a expressão da ideia da terra está igualmente no sol e deve ser estendida à terra para se manifestar. As
montanhas e os oceanos estão no sol, mas também todo o resto, o choro de um recém-nascido, o rugido de uma
avalanche ou os ruídos da rua de uma cidade. Tudo isto é luz, e tais expressões da Luz só são possíveis através da
divisão e extensão da Luz Únicas em duas que manifestam o Um.

Há milhões de anos, este planeta tornou-se suficientemente distante do sol para que a ideia da água fosse
expressa como pares de opostos e a vida orgânica apareceu na terra em formas modestas. Estas formas foram-se
complexando gradualmente até que o homem-ideia começou a ser expresso, não por um germe, mas pela polarização
da própria luz, como manifestado na batida do coração da luz pai-mãe do universo.

A ideia de todas as coisas é onipresente na Luz Única imóvel. A expressão de toda ideia se estende às duas
luzes de sóis brancos e ao espaço negro ao redor dos sóis que manifestam os dois desejos do Criador.

O desejo de expressão é manifestado pelas sequências de ação-reação elétrica de intercâmbio entre as duas
luzes opostas de sóis brancos e negros e o espaço. É esse intercâmbio que polariza a semente imóvel da ideia em uma
forma desdobrada dessa ideia.

Polarizar significa dividir a imobilidade em extensões pulsantes opostas. É como estender uma alavanca a
partir de um fulcro fixo e colocá-la em movimento para expressar a ideia que está no fulcro imóvel.

Desta forma, o ventre da mãe terra fica impregnado com a semente do homem-ideia estendida a partir do sol,
e a primeira célula do homem se desdobra da mãe terra para os céus em direção à luz redobrada do pai.

Esta primeira pulsação da luz-mãe que está gerando a ideia de Deus em uma forma padronizada é a metade
negativa da luz negra de seu ciclo de pulsação. A luz-mãe desdobrada que se estende até os céus é a luz negra da
expansão. A luz negra é o padrão negativo da ideia positiva de luz, expressa pela incandescência. Em outras palavras,
a luz negra é a luz branca expandida, ou desdobrada. Ao contrário, a luz incandescente branca é a luz negra contraída,
ou redobrada.

Este é o método da Natureza de dar corpos formados para uma ideia sem forma. A luz-pai positiva redobra a
luz-mãe negativa desdobrada em pulsações cíclicas de ondas que o homem chama de “crescimento”, mas o
crescimento não é mais que um retrato em movimento de padrões sequenciais de ideia desdobrada projetados sobre
a tela tridimensional imaginada do tempo e do espaço.

Este é o método do Criador de registrar eletricamente Sua Ideia Única Integral em muitas formas de corpo de
matéria multipadronizadas sentidas eletricamente.
VIDA E MORTE DE CORPOS

Para entender o significado da vida e da morte, devemos conhecer mais sobre os processos da Natureza,
especialmente os que dizem respeito ao nosso corpo e ao espírito que motiva o corpo e registra para sempre nossa
individualidade em constante mudança. Devemos conhecer a base de nossa individualidade e a razão de sua constante
mudança. A fim de entender “o que acontece após a morte”, devemos conhecer melhor os processos da Natureza que
nos dão corpos e os levam para que sejam gerados novos corpos a fim de cumprir a lei de repetição da Natureza.

O corpo sentido eletricamente do homem não é o homem imortal que seu corpo manifesta. Seu corpo não é
o indivíduo ao qual ele atribui sua vida e seu Ser. Seu corpo é composto de alguns elementos químicos emprestados
da Terra e do Sol para formar um instrumento para seu uso.

Quando seu corpo desaparece, o indivíduo que habitou aquele corpo não está morto. Cada corpo emerge de
um estado sem forma para um com forma em repetidos ciclos de aparição, desaparecimento e reaparição.

Todas as coisas criadoras são sem forma como ideia em sua Fonte. Depois se desdobram em ideia formada
através do desejo de se desdobrar. Este processo de emergência de um estado sem forma e um retorno a esse estado
tem acontecido dentro do corpo do homem desde seu início.

Todos os corpos de todas as coisas criadoras estão sempre virando de dentro para fora e de fora para dentro
durante os seus ciclos. Durante uma pequena parte do ciclo, os corpos estão dentro do alcance do sentido humano,
mas durante a maior parte do ciclo, eles estão além desse alcance. Em nenhum momento durante todo o ciclo existem
coisas criadoras sem corpos, ou registros padronizados de corpos, a partir dos quais novos corpos irão novamente se
tornar fiéis a seus registros padronizados.

Cada ciclo de inspiração-expiração está desdobrando a forma de um novo corpo a partir de um registro de
padrão já existente. O processo de redobramento constante que o homem chama de morte é registrado enquanto se
redobra para repetição em seu próximo ciclo de vida.

A natureza registra cada ação e desejo do corpo, assim como cada desejo e pensamento consciente da alma
naqueles elementos cósmicos que são chamados de “gases inertes” - hélio, neônio, criptônio, argônio e outros. Estes
elementos cósmicos, que não se unem aos elementos físicos, são a base do sistema de registro de Deus por meio do
qual cada pensamento e ação de cada coisa criadora é armazenado neles como sementes-extensões dos centros
solares e terrestres para repetição até que seus propósitos sejam cumpridos.

Tudo na Natureza tem um propósito e nada na Natureza cumpre seu propósito em um único ciclo de vida.

A natureza multiplica as dimensões de tempo de suas ondas de luz para que registros padronizados de formas
que se expandiram além do alcance do sentido do homem possam vir dentro desse alcance, depois divide essas
dimensões de tempo até que desapareçam novamente na outra metade de seu ciclo além do alcance do sentido do
homem.

A INDIVIDUALIDADE DO HOMEM

A maior dificuldade do homem em compreender “o que acontece depois que ele desaparece na morte” é
devido à falta de compreensão de sua imortalidade que nunca desaparece. Seu corpo visível seria inútil se não
estivesse centrado por seu Eu invisível, imortal, Alma ou Pessoa.

O homem está consciente de si mesmo como indivíduo, mas seu conceito do que constitui sua individualidade
é vago. Sua individualidade é o que ele interpreta inconscientemente como sendo seu Eu imortal. Seu Eu, ou Alma,
nunca muda, nunca aparece ou desaparece, mas sua individualidade muda constantemente para se adequar para
sempre ao conceito de mudança do que ele interpreta como sendo seu Eu imortal. À medida que todo homem vai
gradualmente conhecendo a Luz de seu Eu, sua individualidade muda pela constante elevação em direção àquela
crescente percepção de sua onisciência centrada.
À medida que a maior percepção da Luz do Eu Universal chega ao homem, ele gradualmente perde sua
individualidade e se torna mais o Eu Universal. Quando a humanidade se torna plenamente consciente de Deus nela,
a peça do homem neste planeta está terminada, seu propósito cumprido, e o homem individual deixa de ser.

O homem perde sua expressão de vida na matéria - para encontrar a vida eterna na Luz.

NÃO HÁ MORTE.
“Saiba que as luzes divididas que registram Meu conhecimento são luzes de sóis, e escuridão nascida de sóis.
Todas as formas imaginadas de Minha onisciência nascem da escuridão para a luz, e espelhadas de volta para a
escuridão para nascer para sempre na luz.

“Dentro dos centros imóveis de Meus sóis está Minha onisciência. A Luz imóvel do Meu conhecimento das luzes
de Meu pensamento se intercambia para manifestar Meu conhecimento em formas móveis de Minha imaginação.

“Por isso espalho a semente de Minha onisciência por todo o Meu Reino como luz de muitos sóis e filhos desses
muitos sóis, para ser pai-mãe de Meu onisciente em formas móveis de Minha imaginação.

“E eis que cada sol de Meu pensamento é pai de um universo inteiro de Minha imaginação, dando luz à sua
escuridão que se desdobra, para sempre acelerar a escuridão pela luz.

“Dessa forma, toda a Ideia de Mim acelerada dentro dos céus da terra e dos sóis se desdobra de ventres escuros
da terra para a luz dos sóis, para se redobrar dentro dos túmulos e ventres da terra para o renascimento até os céus
da terra e dos sóis.

“Desta forma é o Meu desejo de dar completamente a partir de uma parcela igual do Meu dar pela
multiplicação do dar de novo.

“Vede que o homem sabe bem que Eu, o Pai-Mãe de Meu universo, centralizo todo o seu dar e seu dar de novo
e os meço com olhos vigilantes para balanceá-los em Mim.

“Diz-lhe que seu movimento é Meu movimento, pois sem Mim ele não pode de modo algum se mover, mesmo
para Me manifestar em sua mudança.”

– d’A ILÍADA DIVINA


O RELÓGIO CÓSMICO
PARTE III – ONIPRESENÇA - O Universo do Ser

O Mistério da

Gravitação e Radiação
“Em Meu universo existe apenas uma forma da qual todas as formas aparecem. Essa única forma é o cubo-
esfera pulsante, duas metades do batimento cardíaco do Meu duplo pensamento.

“Todas as formas pulsam, portanto, todas as formas são duas, uma forma para o pulso inspiratório, que gera,
e outra para o pulso expiratório, que irradia. O cubo é a esfera expandida pela expiração até o repouso negro no espaço
frio, e a esfera é o cubo comprimido até a incandescência de sóis brancos quentes pela inspiração.

“Todas as esferas emergem dos cubos pulsantes e respiratórios do espaço e retornam a eles para encontrar
fulcros de repouso para emergir novamente.

“Eis que eu centro uma forma que procura o repouso em Mim a partir da ação do Meu pensamento, e envolvo
essa forma com sua outra metade onde ela pode novamente encontrar o repouso em Mim como outro fulcro para a
expressão do Meu pensamento.

“Estas duas metades sexuadas se estendem de Mim e voltam para Mim, mas não são Eu, nem são duas
metades de uma, pois nunca podem ser duas metades de uma”. Elas são sempre duas, e nunca uma. Nem podem se
unir, nem se encontrar, pois seus caminhos são caminhos opostos que nunca se encontram, pois cada uma delas anula
a outra em seu aparente encontro.

“Eis que estou dentro de todas as coisas, centrando-as; e estou fora de todas as coisas, controlando-as”. Mas
eu não sou as coisas que centralizo e controlo”.

– d’A ILÍADA DIVINA


“Vede que o homem sabe que cada luz dividida de seu condicionamento, que se estende de Mim a ele, é sempre
balanceada, pois Eu sou o Balanceamento. E esta é a Verdade e a Lei, pois Eu sou a Verdade e a Lei.

“Diz-lhe: cada coisa é tudo e cada coisa está em toda parte.

“Pois eu digo que todas as coisas são a mesma coisa, pois todas as coisas são universais. Cada coisa chega
através de cada outra coisa até a estrela mais distante. Para este fim, coloquei Meus espelhos e Minhas lentes de luz
dupla para alcançar um infinito em Meu universo imaginado, no qual nenhuma medida é.

“E também digo que o infinito do homem termina aos olhos do homem onde ele começou. Todas as coisas em
Meu universo espelhado terminam onde elas começaram. A Eternidade assim termina no AGORA, e o Agora em
Eternidade.

“Vede que o homem conhece bem as ilusões que enganam seu sentido. Apontai-lhe Meus espelhos e minhas
lentes que curvam Meu universo aparente em esferas imaginadas de Meu pensamento como semente para multiplicar
Um em muitos outros.

“Diz-lhe: todas as coisas ocupam o mesmo espaço, e cada coisa ocupa todo o espaço. Todas as coisas se
estendem de todas as coisas e são extensões de todas as coisas”. Da mesma forma, eu digo: todas as coisas centram
todas as coisas e estão envolvidas em todas as coisas.

“Dizei estas coisas com palavras do conhecimento do homem. E dizei que eu, a Luz, centralizo a ele e a todas
as outras coisas, pois estou em toda parte”.

– d’A ILÍADA DIVINA


“Mais uma vez digo que todas as coisas se estendem a todas as coisas, a partir de todas as coisas, e através
de todas as coisas. Pois, a ti novamente digo, todas as coisas são Luz, e a Luz não separa; nem tem limites; nem está
aqui e não ali.

“O homem pode tecer o padrão de seu Eu em Minha Luz, e de sua imagem em Minha Luz dividida, assim como
o sol tem seu arco de muitas tonalidades de Minha Luz dividida, mas o homem não pode estar separado de Mim, como
o espectro não pode estar separado da Minha Luz.

“E como o arco-íris é uma luz dentro da luz, inseparável, assim é o Eu do Homem dentro de Mim, inseparável;
e assim é sua imagem a Minha imagem.

“Em verdade eu digo, cada onda engloba todas as outras ondas até o Um; e as muitas estão dentro do Um,
até a menor das Minhas ondas.

“E digo ainda que cada coisa se repete dentro de cada outra coisa, até o Um.

“E, além disso, eu digo que cada elemento que o homem pensa como sendo apenas de si mesmo está dentro
de todos os outros elementos, mesmo para os átomos da menor unidade.

“Quando o homem te pergunta assim: ‘Dizes tu que neste ferro há ouro e todas as outras coisas?’ podes
responder: ‘Dentro da esfera, e englobando-a, está o cubo, e toda outra forma que existe; e dentro do cubo, e
englobando-o, está a esfera, e toda outra forma que existe.’”

– d’A ILÍADA DIVINA


ESTE UNIVERSO MAGNÉTICO-ELÉTRICO

EM POSTULADOS E DIAGRAMAS

Deus é Luz. Deus é Amor.

O universo criador de Deus é baseado no Amor. Ele está criando com a Luz.

O princípio do amor é o desejo de dar. Deus dá amor estendendo Sua Luz. O amor de Deus é um espelho da Luz
que reflete Sua doação de amor por meio da redoação do amor.

A lei do amor é um intercâmbio rítmico balanceado entre todos os dar e dar novamente.

O símbolo do amor é a onda de luz dupla que dá e dá novamente de forma igual e rítmica. Este é um universo
de dupla onda elétrica de troca de luz. (Fig. 1)

Fig. 1 – Símbolo do amor estendido do repouso ao movimento.

O Amor de Deus está em toda parte; Sua Luz está em toda parte. Não há nada que não seja bom no universo
onisciente de Deus. O mal é um produto do pensamento do homem.

Deus estende Seu amor, Seu poder e Seu conhecimento, radialmente, de pontos zero de imobilidade
onipresente para outros pontos zero na medida de Seu desejo de dar forma a Suas imaginações. A intensidade do
desejo estendido de pontos centrados de repouso para pontos estendidos de repouso determina a dimensão do
desejo. (Fig. 2)

Fig. 2- Símbolo do poder estendido do repouso ao repouso.

ESTE UNIVERSO RADIAL

Todo o princípio mecânico da Natureza, por meio do qual são produzidas suas ilusões de luz de movimento, é
o efeito consequente de tais extensões radiais. Por causa disso, a aparente multiplicação e divisão do equilíbrio
universal em pressões elétricas opostas de gravitação e radiação, que formam a base deste universo de mudanças,
são possíveis. (Fig. 3)
Fig. 3 - O Universo radial.

A imaginação de Deus se estende do repouso ao repouso em Seu universo radial tridimensional de


comprimento, largura e espessura - para se tornar o palco do espaço para Seu universo radial imaginado de matéria,
tempo, mudança e movimento. (Fig. 4)

Fig. 4 – Espelhos de projeção de ação de Deus.

Pontos de repouso, estendidos a outros pontos de repouso, formam três planos de reflexão de Luz magnética
imóvel que estão em ângulos retos uns com os outros. (Fig. 4) A partir do centro destes três planos espelhados de
curvatura zero, as doações de Deus são radialmente projetadas para seis planos espelhados opostos para se reprojetar
como novas doações, para desdobrar e redobrar as formas da imaginação de Deus no universo elétrico curvo de Seu
desejo. (Fig. 5)

Fig. 4 – Espelhos de projeção de ação de Deus.

Fig. 5 – Planos espelhos de reação

NASCIMENTO DOS CAMPOS DE ONDAS

O desejo de Deus de dar Seu amor se manifesta em uma ação projetada como uma explosão a partir de um
ponto central de repouso que age como um fulcro. O desejo de dar novamente é simultaneamente “rastreado” de
volta de cada ponto de seu progresso para redobrar a ação de desdobramento. Toda ação na Natureza está
desaparecendo para sempre em um espelho de sua própria imagem de igual potencial. (Figs. 5 e 6)

Fig. 5 – Planos espelhos de reação

Fig. 6 – As ações explosivas.

Toda ação projetada na Natureza que é simultaneamente “rastreada” de volta como uma reação reprojetada
é repetida sequencialmente como um eco semelhante de seus planos de limite de campo de ondas de curvatura zero.
(Fig. 7)

Fig. 7 – Reações simultâneas

Todas as ações na Natureza são explosões - ações lentas de coisas em crescimento, ou ações rápidas de
dinamites ou bombas atômicas liberadas. Por outro lado, todas as reações são implosões. As ações desdobram a falta
de forma em forma definida. Reações desdobram a forma na falta de forma. As ações são a base da radiação. As
reações são a base da gravitação. (Fig. 8)

Fig. 8 – Reações sequenciais.

Toda ação em qualquer lugar é repetida em todos os lugares do universo. Como consequência, centros
harmônicos da mesma medida de desejo estendem suas ações para fora de seus centros em direção a outros centros
harmônicos. As explosões harmônicas de igual medida preenchem assim todo o espaço no universo onipresente de
Deus. (Fig. 9)
Fig. 9 – Toda ação é onipresente.

As explosões que se encontram não podem ser esferas, pois todo o espaço deve ser preenchido. Bolas de tênis
esmagadas juntas se transformam em cubos ao serem gradualmente achatadas onde se encontram em seis pontos
em superfícies curvas. Da mesma forma, as explosões externas se achatam em seis planos dos cubos. (Fig. 10)

Fig. 10 – Explosões repetidas se encontram.

As explosões-implosões são resistidas ao máximo na direção dos seis pontos onde as esferas se encontram.
Consequentemente, elas são desviadas para os oito pontos de menor resistência que se tornam diagonais de cubos
ao invés de raios de esferas. (Fig. 11)

Fig. 11 – Explosões repetidas comprimem.

Assim, são geradas oito direções de força expressas bidirecionalmente que se tornam a base da onda da oitava.
(Fig. 12)

Fig. 12 – As oito direções bidirecionais da força.

As explosões-implosões projetadas uma através da outra desenvolvem duas pressões opostas. A direção para
fora divide seu potencial, expandindo radialmente. A direção interna o multiplica ao comprimir radialmente. Assim,
são produzidas as duas condições opostas de equilíbrio positivo e negativo que motivam este universo elétrico de
movimento bidirecional, dão a ele sua pulsação e produzem todos os efeitos de ilusão causados pelo intercâmbio das
duas condições da matéria.

O CUBO-ESFERA

Pares de condições opostas de intercâmbio nascem um do outro e se tornam um ao outro como consequência
desse intercâmbio, pois todos os opostos na Natureza também nascem assim. O cubo e a esfera são os dois opostos
de forma dos quais nascem todas as formas de todas as coisas. Eles são as únicas formas já criadas, sendo pai-mãe de
todas as formas. (Figs. 13,14)
Fig. 13 – O cubo.

Fig. 14 - A esfera.

Tanto a esfera quanto o cubo manifestam o princípio cósmico do balanceamento. Sua posição em ondas de
luz está na posição balanceada na onda onde compressão e expansão pararam de se opor, que está na amplitude da
onda (conhecida como crista). O carbono e o cloreto de sódio são bons exemplos de verdadeira cristalização do cubo.
Da mesma forma, suas unidades atômicas são esferas verdadeiras. O iodeto de sódio ou brometo de sódio não se
cristalizam em um cubo verdadeiro por causa de suas posições desbalanceadas perto do plano, mas não sobre ele, de
amplitude de onda.

O cubo e a esfera são um só, sendo duas fases opostas de uma mesma coisa. O cubo é a esfera estendida à
frieza negra enquanto que a esfera é o cubo contraído à incandescência branca. Cada esfera verdadeira em cada onda
de luz é um sol incandescente, independentemente de sua dimensão. Esferas prolatas, como nosso sol, estão se
tornando incandescentes para dentro em direção a seus centros, enquanto esferas oblatas, como nossos planetas,
estão se tornando frias em direção a seus centros.

O cubo nasce da esfera para satisfazer o desejo do Criador de produzir forma ao projetar luz da incandescência
em direção à escuridão fria dos céus. Por outro lado, a esfera nasce do cubo para satisfazer o outro desejo de unicidade
ao reprojetar o frio escuro dos céus para a luz na semente.

A criação de todas as formas de matéria é um eterno intercâmbio entre a luz-pai das esferas incandescentes
e a luz-mãe dos cubos frios. Todas as formas são criadas na direção da frieza do espaço e são anuladas na direção da
incandescência.

Todo corpo criador é colocado no espaço a partir de seu cadinho no sol para resfriar na forma apropriada à
sua extensão a partir do sol. Essa é a metade da jornada cíclica de cada corpo desde o sol e de volta a ele. A outra
metade do ciclo é o retorno ao sol para anular o corpo de sua forma com o propósito de adquirir um novo corpo. Cada
ciclo de movimento é uma viagem do calor para o frio e de volta para ele.

Todos os corpos são formados pelo congelamento e anulados pelo derretimento. Os pontos de congelamento
e de derretimento de todos os corpos dependem de suas respectivas densidades e condicionamento elétrico.

A esfera é o barro da terra, a luz dos sóis e a falta de forma da semente. É o ventre “a partir do qual o barro
da terra se estende até os céus cúbicos para se expandir em forma, e é o túmulo dentro do qual toda a forma é anulada
para se dar novamente aos céus como uma nova forma.

Toda forma na Natureza está se tornando um cubo ou uma esfera, ou é uma seção de qualquer um deles. Os
corpos complexos são múltiplos de esferas de matéria circundadas por múltiplos cubos de espaço em múltiplos
campos de ondas. Todas as formas de cristal são seções de cubos. Suas formas são determinadas por suas posições
em seu campo de ondas. (Fig. 15)
Fig. 15 – Todos os cristais são seções cúbicas.

Os cubos do espaço são campos de ondas que unem todos os movimentos de intercâmbio entre as duas
condições dentro dele. O movimento não pode passar por esses planos, mas pode ser refletido simetricamente para
trás ou estendido simetricamente em direção ao centro do campo de ondas adjacente.

Dentro de cada campo de cubos está o universo curvo da ilusão de luz bidirecional; e além disso, até os confins
do espaço, é uma repetição da ilusão de campos de ondas para campos de ondas à taxa de aproximadamente 300.000
quilômetros por segundo. Essa é a velocidade na qual cada ação-reação em qualquer lugar se repete em todos os
lugares. Esta ilusão de movimento dá origem à crença de que a luz “viaja”.

Os planos limite do campo de ondas de curvatura zero isolam todos os efeitos do movimento, que ocorrem
dentro dele, de todos os outros campos de ondas. Centrando o campo ondulatório está a esfera incandescente que o
acompanha. O potencial de todo o campo é dividido igualmente entre sua esfera centrada de matéria multiplicada e
o espaço circundante de matéria dividida.

Cada par de cada campo de ondas no universo é balanceado com seu par oposto, mesmo ao peso de um
elétron. A razão pela qual a esfera centrada é de alto potencial e seu espaço circundante é de baixo potencial é devido
a uma diferença de volume. A esfera centralizadora pode ter alguns milhares de quilômetros de diâmetro e seu espaço
circundante muitos milhões de quilômetros de diâmetro; no entanto, elas são iguais, potencial por potencial, mas
desiguais em volume por volume.

Nenhum desses pares poderia manter sua separação de condição, a menos que se alternasse constantemente
para dar tudo de si ao outro alternadamente em ciclos repetitivos. As esferas devem dar aos cubos do espaço,
expirando para se descarregar e carregar o espaço. O espaço deve então dar-se novamente às esferas, expirando a si
mesmo para se descarregar e recarregar as esferas.

Cada ciclo curto de troca é acumulado em um ciclo de vida-morte mais longo, no qual os sólidos desaparecem
completamente no espaço e o espaço intercambia seu potencial para se tornar sólido. Este princípio constitui as voltas
para dentro e para fora da Natureza por meio das quais todas as formas aparecem, desaparecem e reaparecem
sequencialmente.

A inspiração das esferas converte baixo potencial em alto. O processo generativo da Natureza é a gravitação.
A expiração das esferas irradia alto potencial em baixo. O processo degenerativo da Natureza é a radiação.
A multiplicação e divisão da energia expressa em alto e baixo potencial de gravitação e radiação é possibilitada
pelo plano da Natureza que faz com que todas as ações da Natureza se estendam radialmente a partir de pontos
onipresentes; pontos de Luz magnética.

A gravitação puxa em espiral de dentro para dentro para enrolar as ondas de luz em sólidos para centralizar o
espaço.2 A radiação impulsiona em espiral para fora, para desenrolar os sólidos densos no espaço, para envolver os
sólidos. Cada uma é uma reação igual da outra. Cada uma se torna a outra sequencialmente.

A gravitação é o princípio elétrico positivo que exerce suas pressões centralmente em direção aos pontos
incandescentes máximos de compressão em cada campo de ondas. É o princípio pai da Natureza, o princípio integrador
do “fluxo ascendente de energia” que equilibra para sempre seu “fluxo descendente”.

Fig. 16

O MISTÉRIO DA GRAVITAÇÃO E RADIAÇÃO²

A radiação é o princípio elétrico negativo que exerce suas pressões de forma centrífuga em direção a seus
planos limite do campo de ondas de luz magnética. É o princípio mãe da Natureza, o princípio desintegrador do “fluxo
descendente de energia” que balanceia para sempre seu “fluxo ascendente”.

O Criador estende o poder de movimento a apenas metade de um ciclo para cada uma das duas manifestações
opostas de Seu desejo. A gravidade dá uma forma material aos corpos para manifestar a ideia de corpos. A
radioatividade dá aos céus a ausência de formas espirituais para que os céus possam dar-se novamente à Terra como
corpos formados.

A gravidade começa seu meio ciclo como reação implosiva de uma ação explosiva, cumprindo assim a lei de
que todas as expressões opostas nascem uma da outra e se intercambiam para se tornar a outra. Ela termina seu meio
ciclo em um ponto de repouso no ponto imóvel de luz magnética que centraliza cada corpo material seja de dimensão
microcósmica ou macrocósmica. A gravidade, então, cessa quando seu movimento cessa.

Não há “centro de gravidade” na Natureza. A Luz centralizadora de cada massa é a Luz magnética imóvel. Da
mesma forma, o eixo imóvel de cada vórtice é a Luz magnética imóvel.

A radioatividade então começa seu meio ciclo a partir daquele ponto de repouso e termina nos planos limite
do campo de ondas de Luz magnética onde a gravidade começou. A radioatividade então cessa quando seu movimento
cessa.
Tanto a gravidade quanto a radioatividade emprestam seu poder para encontrar o balanceamento em repouso
no final de sua jornada a partir dos pontos de repouso de seu início. Cada uma delas retribui seus empréstimos
separadamente à outra em cada ponto de suas respectivas jornadas. Assim, cada uma se anula perpetuamente ao
dar-se à outra. No final de cada jornada, cada oposto se anula, dando de si tudo ao outro. Renasce então como o
outro. Em todos os lugares da Natureza, cada ação é sua própria reação.

“A morte dá à vida para que a vida possa viver; e a vida dá à morte para que a morte possa morrer”.

– d’A ILÍADA DIVINA

Toda ação na Natureza demonstra este princípio. Uma bola jogada no ar deve partir de um ponto de repouso,
motivada pela energia emprestada do “centro de gravidade” desta terra que é seu fulcro. O ponto de repouso na mão
do lançador é uma extensão do centro imóvel da Terra.

À medida que a bola sobe, ela desacelera ao pagar ao espaço a energia que pegou emprestada, carregando
assim o espaço com os empréstimos da terra e descarregando igualmente a terra. Quando o empréstimo é totalmente
pago, a bola volta ao repouso. A partir daí, ela deve novamente tomar emprestada a energia do espaço que tomou
emprestada da Terra para pagar seu retorno à Terra. Ao acelerar sua viagem à terra, ela passa cada ponto na mesma
velocidade que registrou no meio ciclo ascendente, descarregando assim o espaço e carregando igualmente a terra
para balancear todos os empréstimos e pagamentos.

Todas as ações na Natureza são extensões-retrações do zero ao zero, e de volta ao zero. Todas são balanceadas
simultânea e sequencialmente. Este é um universo zero positivo e zero negativo que nunca excede o zero da Luz Única
da qual brotou aparentemente como multiplicidade.

AS DUAS CONDIÇÕES ELÉTRICAS OPOSTAS

Este universo zero de equilíbrio exige duas condições opostas a fim de simular aquilo que nossos sentidos
interpretam para movimento e mudança. Essas duas condições necessárias são o equilíbrio positivo e negativo;
eletricidade positiva e negativa. (Fig. 17)

Fig. 17 – X mais zero é igual a zero menos X.

Zero positivo significa um crédito de pressão emprestado do equilíbrio universal para comprimir um grande
volume em um pequeno volume. Zero negativo significa uma expansão igual para balancear a compressão
emprestada.

Mil dólares emprestados de um banco é um acréscimo de crédito que é balanceado por um débito igual de
mil dólares. O zero central representa o banco. Os zeros estendidos representam o crédito e o débito. Ambos são
iguais, mas opostos. Um crédito de mil dólares é igual a zero. Quando o crédito é pago em parte ou na totalidade, o
débito é proporcionalmente anulado simultaneamente com o crédito.

Estas duas condições opostas de crédito e débito correspondem às duas condições opostas de compressão e
expansão na Natureza das quais o movimento depende. Quando uma pressão de equilíbrio é dividida em condições
opostas a partir do zero das quais ambas são estendidas, o movimento entre as duas torna-se imperativo. Elas devem
trocar entre si para anular suas condições desbalanceadas. Este é o princípio da corrente elétrica.

A Fig. 18 representa uma sala de igual pressão. Dois tanques nela estão conectados com um tubo e uma
válvula. Ao bombear todo o ar de um tanque para o outro, as duas condições positiva-negativa foram estabelecidas,
o que torna o movimento imperativo. A natureza sempre gera um oposto a partir do outro desta maneira.
Fig. 18 – Base de Movimento.

Ao abrir a válvula, uma explosão ocorrerá no tanque positivo. Uma implosão de igual potencial ocorrerá no
tanque evacuado. O tanque positivo descarregará parte de sua condição comprimida para carregar o negativo. A
bateria elétrica é a mesma, em princípio. (Fig. 19)

Fig. 19 – Potenciais iguais opostos.

Na Natureza, a radiação descarregada que explode do sol simultaneamente implode como gravitação.

CAUSA DA PULSAÇÃO UNIVERSAL

A matéria e o espaço constituem as duas condições necessárias para o intercâmbio do movimento diagramado
nas Figs. 18 e 19 com uma diferença característica. Essa diferença é que as duas condições representadas pelos
tanques do ar comprimido e expandido e as duas células da bateria elétrica são iguais em volume, enquanto os corpos
de matéria e seu espaço circundante são desiguais em volume.

Fig. 18 – Base de Movimento.

Fig. 19 – Potenciais iguais opostos.

A condição expandida do espaço é milhões de vezes maior em volume do que a condição comprimida de seu
corpo centralizador.

Isto explica o aparente mistério da gravitação e da radiação que faz com que objetos sólidos caiam em direção
à terra e que os gases subam em direção ao espaço.

Na bateria elétrica, o intercâmbio entre as duas condições de pressão pode anular ambas em um flash
explosivo por um curto-circuito, se o fio que conecta as duas células for suficientemente pesado. Se um pequeno fio
conectar ambas as células, o intercâmbio leva tempo para completar a anulação. Cada condição dá à outra em
parcelas, pois o fio não é grande o suficiente para anular ambas as condições instantaneamente. A consequente
doação e redoação pelas duas pressões opostas constituem as oscilações da corrente elétrica. O intercâmbio elétrico
por parcelas é medido e registrado por ondas, e o elemento temporal desses registros de intercâmbios são frequências
de ondas. Elas constituem a pulsação da corrente elétrica. Quando um fio elétrico pulsa com frequências de onda de
uma corrente elétrica, dizemos que se trata de um fio vivo. Quando ele para de pulsar porque a corrente está
desconectada, dizemos que o fio está morto, pois ele não pulsa mais.

Todos os pulsos da Natureza em frequências medidas com o batimento cardíaco da corrente elétrica universal,
como evidenciado pela inspiração universal, em direção aos corpos, e expiração universal, em direção ao espaço.
Quando a respiração é desligada no corpo do homem pela interrupção do intercâmbio entre as duas condições opostas
de pressão da matéria, dizemos que o homem está morto. Resolvendo o mistério da “troca em parcelas” entre os
corpos e o espaço, pode-se compreender melhor o fato de que nem pulsações, nem respirações, nem frequências de
ondas de troca têm qualquer relação com a vida, pois elas se relacionam apenas com o princípio por meio do qual a
vida ou energia se manifesta pelo movimento.

O primeiro passo para resolver este mistério reside no princípio pelo qual a matéria e o espaço se tornam
desiguais em volume.

A Fig, 20 representa a bateria elétrica com a linha AB dividindo as duas condições de pressão como o equilíbrio
de ambas. Esta linha representa um equador estático - um plano de repouso a partir do qual ambas as condições
opostas são estendidas em ângulos retos como um equador dinâmico – linha CD.

Fig. 20 – Intercâmbio balanceado entre condições iguais.

A Fig. 21 representa equadores estáticos e dinâmicos (ou magnéticos e elétricos) a noventa graus um do outro.
Como as duas condições opostas que se estendem destes planos de repouso são iguais, as linhas de força que
conectam ambos são simétricas a ambos os diâmetros, como se fossem refletidas por espelhos colocados em ângulos
retos um ao outro. Tal simetria pertence apenas ao cubo e à esfera.

Fig. 21 – Simetria do cubo AB: Equador estático, CD: Equador dinâmico.

A Fig. 22 representa a bateria elétrica com a célula negativa muito maior do que a célula positiva. Os equadores
estáticos e dinâmicos ainda estarão em ângulos retos um ao outro, mas 'o equador estático não estará no meio. Ele
estará muito mais próximo do polo positivo e será curvo porque linhas de força que registram a medida de intercâmbio
entre as duas pressões opostas podem ser simétricas apenas ao equador dinâmico, e não ao equador estático.

Fig. 22 – Intercâmbio entre opostos desiguais.

Tal simetria pertence ao universo radial das seções cônicas. Todos os equadores dinâmicos são radiais, e todas
as linhas de força de simetria cônica estão sempre mudando para registrar o potencial em constante mudança dos
equadores dinâmicos.

A Fig. 23 ilustra este princípio que forma esferas e cria a ilusão que faz com que objetos pesados pareçam ser
atraídos radialmente em direção à terra e a matéria tênue empurrada radialmente para longe dela. A linha AB mostra
a curvatura do equador estático que faz com que o equador dinâmico se expanda em sua extremidade negativa e se
contraia em sua extremidade positiva para os raios de um cone. O impulso externo das pressões radiativas curvaria a
base do cone assim produzido para corresponder à curvatura de seu equador estático, AB.
Fig. 23 – A curvatura aumenta.

A Fig. 24 representa um ímã de barra que foi dividido nas duas condições de pressão opostas deste universo
elétrico ao enrolar um fio carregado ao redor da barra de aço, formando assim dois vórtices elétricos positivos e
negativos opostos com intensidades medidas nos polos.

Fig. 24 – Intercâmbio igual.

Dois pregos de igual peso são suspensos nesses polos. No entanto, não é o magnetismo que atrai estes pregos.
São os vórtices elétricos que os atraem, pois os vórtices ainda são efetivos sobre aquela barra de aço, mesmo que o
fio eletricamente carregado tenha sido removido.

É o movimento de turbilhão do vórtice elétrico que realiza o trabalho de levantar esses pregos e não a
imobilidade dos polos de Luz magnética.

Se o ímã de barra for aumentado em uma extremidade, ele se torna um cone. A divisão em duas condições
opostas ainda será igual, como na Fig. 25, mas o volume será tão grande em uma em comparação com a outra que o
prego que a extremidade positiva ainda atrairá não poderá ser levantado pela extremidade negativa a menos que o
prego seja moído a um pó fino. A extremidade negativa levantará então o mesmo peso no total, mas apenas dividindo
o prego por todo o volume.

Fig. 25 A e B – Intercâmbio entre volumes desiguais.

Antes que este princípio seja aplicado à matéria e ao espaço, é necessário corrigir a impressão geral de que a
terra é um ímã. Referindo-se ao ímã de barra retratado na Fig. 24, pode-se ver que somente seus polos expressam a
gravidade. A terra, ao contrário, expressa a gravidade em seu centro. (Fig. 26)
Fig. 24 – Intercâmbio igual.

Fig. 26.

A terra é formada entre as fendas magnéticas de sua onda à medida que todos os corpos são formados (Fig.
27). Se dois ímãs de barra forem colocados de modo que as extremidades negativa e positiva estejam próximas uma
da outra, aquele ponto imóvel que chamamos de centro de gravidade irá se evidenciar entre as duas extremidades.
Se forem colocadas limalhas de ferro nesta fenda, condições de gravidade semelhantes às da terra serão encontradas
ali. A gravidade terminará e a radiação começará naquele centro. Os pregos cairão a partir de qualquer direção, como
fazem os objetos pesados na terra, e as agulhas das bússolas seguirão as direções dos vórtices das linhas de força que
se estendem em direção a seus polos.

Fig. 27 – A matéria é formada em ondas entre polos opostos.

A analogia entre as células de bateria desiguais e os ímãs de barra é agora suficientemente completa para
compará-las com a matéria e o espaço. Na Fig. 28, dois ímãs de barra foram expandidos em cones. O peso que a
extremidade positiva vai atrair como sólido tem que ser finamente dividido para que o volume expandido da
extremidade negativa possa atraí-lo.

Fig. 28 – A curvatura aumenta à medida que os potenciais dividem e multiplicam.

A diferença essencial entre as duas condições de pressão opostas da bateria elétrica e as duas de matéria e
espaço é que na bateria os potenciais opostos são iguais porque os volumes são iguais.

Na bateria universal da matéria e espaço as duas condições opostas são conspicuamente desiguais. O alto e
baixo potencial resultante contrastam tão violentamente um com o outro que a matéria sólida “caindo” em direção
ao alto potencial da condição comprimida deve ser dividida em vapores e gases antes que a mesma substância “caia”
em direção ao baixo potencial da condição expandida. Uma barra sólida de ferro cairá radialmente em direção à terra
porque ambos são sólidos comprimidos de alto potencial. Se suficientemente dividida ao ser vaporizada, essa mesma
barra de ferro cairá radialmente em direção ao céu.

Gravidade e radioatividade são condições de pressão opostas da mesma coisa. Ambas essas condições de
pressão estão em todas as coisas criadoras. Toda coisa criadora pode se expandir para diminuir seu potencial, ou pode
se contrair para elevá-lo. Condições semelhantes buscam condições semelhantes para encontrar o balanceamento.
Coisas criadoras mudando suas condições comprimidas para condições expandidas devem se mover para encontrar o
balanceamento em condições semelhantes. Essa é a única causa do movimento bidirecional.
Todo potencial tem uma posição de balanceamento potencial em algum lugar do universo. O desejo de
encontrar essa posição está em cada coisa criadora e qualquer restrição exercida para impedi-la de se mover para
encontrar seu potencial de balanceamento pode ser medida como peso.

A causa do universo radial que constitui a matéria e o espaço está na desigualdade de suas duas condições de
pressão opostas, tanto em termos de volume quanto de potencial.

A causa da pulsação universal e da respiração que motiva a manifestação da vida em cada coisa criadora está
também nesta desigualdade. Todas as coisas criadoras pulsam e respiram como a “vida” orgânica pulsa e respira, mas
isso não é vida; é apenas movimento.

AS DUAS DIREÇÕES ELÉTRICAS OPOSTAS

O universo é dual - o universo magnético imóvel da realidade e o universo elétrico dinâmico, radial e
bidirecional da ilusão que se estende do universo estático a um ângulo de noventa graus.

No universo elétrico dinâmico há duas direções - para dentro e para fora radialmente a partir de um ponto
imóvel de Luz magnética para planos imóveis de Luz magnética. Todos os movimentos dentro dos campos de ondas
magnéticas são controlados pelo Criador. (Figs. 29, 30)

Fig. 29 – Norte.

Fig. 30 – Sul.

“Pois eis que estou dentro de todas as coisas, centrando-as, e estou fora de todas as coisas, controlando-as”.

– d’A ILÍADA DIVINA

A direção interna radial é Norte - a direção compressiva da gravidade que multiplica o potencial ao comprimir
radialmente as ondas de luz em volumes menores de frequências maiores. A direção radial externa é Sul - a direção
expansiva da radiação que divide o potencial pela expansão das ondas de luz em volumes maiores de frequências
menores. (Fig. 31)
Fig. 31 – O princípio da divisão e multiplicação.

As duas direções do universo estático são Leste e Oeste. Elas são estáticas porque são esféricas. Elas seguem
planos curvos de pressões equipotenciais imutáveis, tais como o contorno da terra ou do sol ou das órbitas dos
planetas ou das nuvens flutuantes. Leste e Oeste não se opõem um ao outro. Cada um chega a seu próprio ponto de
partida sem mudança de potencial. (Fig. 32)

Fig. 32.

Norte e Sul, ao contrário, se opõem diametralmente um ao outro. Eles estão em constante mudança. Eles
buscam direções opostas, cada um passando pelo outro em faixas opostas em espiral; cada um se intercambiando
com o outro à medida que passa; cada um anulando o outro através desse intercâmbio, e cada um se tornando o outro
por causa disso. (Fig. 33)

Fig. 33.

Os planos esféricos Leste-Oeste formam os eixos de ondas de luz a partir dos quais o universo dinâmico
estende sua onda giroscópica, radialmente, em amplitudes de noventa graus e também seus outros tons de oitava
giroscópica nos diversos graus de pressão em que os elementos da matéria são formados.

Os planos esféricos Leste-Oeste também são os fulcros das alavancas de onda que curvam a gravidade, uma
vez que bombeiam alto potencial em baixo para expandir os sólidos nos gases do espaço, e baixo potencial em alto
para comprimir as ondas de luz nos sólidos da terra. (Fig. 34)

Fig. 34.
Sóis incandescentes de luz branca e quente nascem da escuridão negra fria e o espaço escuro frio nasce de
sóis quentes brancos.

ESTE UNIVERSO ELÉTRICO CURVO

Todos os sóis são gerados em incandescência por dois rios negros de luz evacuada que fluem centripetamente
para dentro, em direção a seus centros imóveis intactos, pelo caminho de seus polos. Por outro lado, a escuridão do
espaço é irradiada por dois rios incandescentes de luz branca, que fluem centrifugamente a partir dos equadores dos
sóis. (Fig. 35)

Fig. 35 – A luz vem das trevas e as trevas vêm da luz.

Assim, os quatro braços de todas as nebulosas espirais se formam como dois pares de opostos que
intercambiam entre si para se tornarem os outros dois; os dois braços negros pertencem à gravidade e os dois brancos
à vacuidade. (Figs. 36, 37, 38)
Figs. 36 e 37.

Fig. 38 – Os quatro rios da luz.

Este universo elétrico é cuvo - o movimento é espiral. Onde o movimento cessa, a curvatura cessa. As clivagens
entre os planos limite do campo de ondas de cristais os separam em suas formas cristalinas individuais. O movimento
não pode passar por esses planos, pois lá não há nada além de imobilidade. O movimento é repetido em todos os
campos de ondas por extensão refletida a partir dos planos limite do campo de ondas.

A curvatura é imperativa sob tais condições, pois as pressões opostas resistem umas às outras e cada uma
deve se curvar para encontrar passagem para sua própria expressão de força. O movimento e a curvatura começam e
terminam simultaneamente quando a oposição começa e termina. (Zero na Fig. 39)

Fig. 39
0 - Planos espelhos de luz imóvel.
A – Tela do espaço para luzes de movimento projetadas
Cada campo de ondas é como uma máquina de projeção separada na qual seu próprio universo de movimento
curvo é duplamente projetado sobre sua tela zero de espaço automedida. (A na Fig. 39). A esfera incandescente de
luz que a centra imagina as formas de desejo na medida do desejo de manifestação. (Veja também a Fig. 38).

Fig. 38 – Os quatro rios da luz.

Fig. 39
0 - Planos espelhos de luz imóvel.
A – Tela do espaço para luzes de movimento projetadas

Este universo curvo consiste de lentes e espelhos de luz que refletem, dobram, curvam, concentram e
descentram a luz em suas incontáveis formas. Qualquer ação em qualquer lugar é repetida em toda parte por e através
de inúmeros planos espelhados de campos de ondas e lentes do espaço. (Figs. 40,41)

Fig. 40 – Os seis planos limites de campos de onda.

Fig. 41 – O universo de movimento projetado.

Esferas concentradas, como a terra e o sol, são cercadas por camadas de luz de igual pressão. Nuvens flutuam
ao redor da terra nelas. A razão pela qual elas flutuam em curvas paralelas à terra é devido a esses planos esféricos
equipotenciais de pressões que se curvam como as curvas da terra.

As pressões curvas da luz atuam como lentes para multiplicar e dividir a luz radialmente. Os raios de luz que
passam por planos curvos se concentram em direção a um ponto quando projetados através de lentes de luz do espaço
na direção convexa e descentram quando passam na direção côncava. (Figs. 42, 43)

Fig. 42 – Raios de luz são paralelos ao passarem por planos de curvatura zero.
Fig. 43 – Raios de luz são radiais ao serem projetados através de planos esféricos.

A gravidade e a radioatividade são explicadas por este fato. Todo objeto que cai em direção à terra cai
radialmente em direção ao seu centro devido a este fato. Não existem dois homens que se mantenham em pé
balanceados com a gravidade que fiquem paralelos um ao outro. Linhas desenhadas através dos pés e da cabeça de
quaisquer dois homens em pé em ambos os hemisférios formariam um cone com sua base nos céus e seu ápice no
centro da Terra. A chuva caindo verticalmente de uma nuvem cai de maneira cônica. A área da base do cone na nuvem
é maior do que sua medida cônica na terra (Figs. 44, 45). O potencial elétrico da chuva aumenta conforme ela cai,
devido à multiplicação das pressões pelas lentes de luz que circundam a terra. Pela mesma razão que um homem pesa
menos à medida que ele sobe uma montanha e recupera o peso ao descer. As lentes de luz subtraem de seu potencial
multiplicando seu volume enquanto ele sobe e o multiplica enquanto ele desce, subtraindo de seu volume.

Fig. 44 – Não há duas linhas verticais que sejam paralelas neste universo radial.
AA – equador estático.

Fig. 45 – A chuva, ao cair verticalmente, forma cones.

A curvatura dos eixos das ondas de luz, por contração ou expansão entre planos de curvatura zero é a causa
de todas as pressões; todos os padrões; todos os atributos da matéria, tais como densidade, tenuidade, ponto de
fusão, fragilidade, condutividade e inúmeros outros efeitos que são anulados quando a curvatura cessa em planos de
repouso nos limites do campo de ondas, ou em pontos de repouso em torno dos quais o movimento gira em espiral.

A ESPIRAL NA NATUREZA

Dentro do campo de ondas, espirais centrípetas enrolam ondas de luz em esferas e depois deixam de ser
espirais. Esferas centrífugas desenrolam esferas em cubos e também deixam de ser espirais. As espirais centrípetas e
as centrífugas são pares eletricamente sexuados. Sua troca envolve todas as formas e também anula todas as formas.
(Fig. 46) As espirais centrípetas são eletropositivas. Elas enrolam luz para dentro das esferas incandescentes. Elas vêm
da luz-pai que redobra as formas desdobradas. Elas começam seus meios ciclos nos planos de contorno dos campos
de ondas e terminam nos centros das esferas. A Fig. 47 diagrama os seis planos espelhados que refletem a luz em
gravitação de forma centrípeta para dentro através dos polos.
Fig. 46

Fig. – 47 Os seis espelhos externos da gravitação

As espirais centrífugas são eletronegativas. Elas desenrolam a luz das esferas incandescentes em luz negra fria
do espaço. Elas vêm da luz-mãe que desdobra a ausência de formas em forma.

Elas começam seus meio-ciclos em centros de repouso em esferas e os terminam nos espelhos de reprojeção
dos planos do campo de ondas. A figura 48 diagrama os seis planos espelhados que projetam a luz irradiando de forma
centrífuga para fora dos equadores.

Fig. – 48 Os seis espelhos internos de radiação

A Fig. 49 diagrama a tela do espaço que simula o movimento devido à projeção bidirecional de luzes
condicionadas opostas para dentro e para fora, uma através da outra para criar a ilusão de movimento, mudança,
sequência e tempo. (Veja também a Fig. 39)

Fig. – 49 espirais de onda em seu eixo de onda


Fig. 39
0 – Planos espelhos de luz imóvel.
A – Tela do espaço para luzes de movimento projetadas

Esferas e sistemas esféricos, como o carbono, são gerados onde as espirais centrípeta e centrífuga se
encontram. A matéria registra o potencial da posição de seu nascimento. Por essa razão, flutua em órbitas
equipotenciais adequadas à sua posição em seu campo de ondas, juntamente com todas as unidades de seu sistema.
Na corrente elétrica, nascem sistemas eletrônicos onde os laços familiares de força ocorrem ao redor de um fio
carregado (Fig. 50). As Figs. 51, 52 e 53 são diagramas de sistemas elétricos se formando em AA.

Fig. 50 – AA - Nascimento de sistemas eletrônicos.

Fig. 51 – Pares Espirais. Unidades de corrente elétrica.

Fig. 52 – Sistemas atômicos se formando.


Fig. 53
AA - Sistemas atômicos se formando.
BB – Eixo da onda.

A espiral é uma esfera incompleta, assim como as formas de cristal são cubos incompletos. Espirais e cristais
têm individualidade que perdem pela anulação na unicidade das esferas e cubos.

A individualidade é dada a corpos com a finalidade de manifestar a separatividade e a multiplicidade.


Individualidade, separatividade e multiplicidade são então anuladas na unicidade.

A individualidade em cada coisa criadora é um registro momentâneo de seu desdobramento e de seu


redobramento. É o fruto do desejo cósmico de expressão criativa. Ela começa quando o ciclo começa, termina com
seu fim e se repete em cada ciclo até que o ciclo inteiro de qualquer ideia expressa seja anulado completamente.

Espirais bidirecionais condicionadas ao sexo são os indivíduos consumados de toda a Criação. Elas condicionam
todos os corpos com a condição de seus corpos. Elas desdobram toda a ideia da imobilidade da Mente em forma móvel
de Mente-imaginação e a redobram na imobilidade da Mente-conhecimento. Elas são os trabalhadores elétricos que
satisfazem o desejo da Mente entrelaçando fios de luz em formas padronizadas e registrando essas formas
padronizadas na Luz imóvel que centraliza cada par em espiral, como o eixo de um cone centraliza o cone.

O eixo centralizador de ambas as espirais é o eixo sobre o qual gira o universo dinâmico.

Todo o movimento gira sobre eixos imóveis centralizadores, e todos os eixos são extensões de dois sentidos
de pontos que levam a, e através de, centros de esferas.

A linha de onda familiar que registra todos os efeitos do movimento controla esses efeitos. Pode-se registrar
essa linha de onda, mas não se ter consciência de que ela é o poder estendido pelo Criador na medida do desejo por
poder.

A linha de onda é um registro da quantidade de energia emprestada de seu equador estático para expressar
qualquer processo mecânico, como a vibração de uma corda de harpa, as pulsações de um motor, o cardiograma do
batimento cardíaco, ou o padrão de um terremoto, como registrado por um sismógrafo. (Figs. 54, 55, 56, 57, 58)

Fig. 54.

Fig. 55
AB – O eixo da terra e da lua.

Fig. 56.
Fig. 57.
A – A medida da energia emprestada.
B – sua repetição.

Fig. 58.
A – é um crédito.
B - é um débito igual.

O eixo de uma onda é uma linha traçada através de cada ponto sobre a superfície de um oceano perturbado
por ondas em uma seção vertical, onde água e céu se encontram. Em torno do eixo imóvel da onda, todos os
movimentos das espirais de onda se entrelaçam com os padrões e formas de desejo.

Todas as formas espirais devem ter uma individualidade intensa a fim de expressar tais surpreendentes
variedades de formas e padrões. (Fig. 59)

Fig. 59 – Vários padrões de eixos de onda registrando a energia emprestada.

As viradas de dentro para fora e de fora para dentro de todas as formas criadoras se deve ao princípio do
desdobramento-redobramento da Natureza. Este processo é controlado por pares em espiral que são motivados por
eixos imóveis de Luz magnética centralizadores. Os pares opostos de espirais se expandem gradualmente de forma
centrífuga para planos que se encontram em equadores estáticos para completar a metade de um ciclo de
desdobramento. Eles então se contraem como o oposto do que seriam para completar a outra metade. Durante toda
a jornada, eles continuam sem inversão de direção.

Uma espiral no sentido horário é sempre uma espiral no sentido horário durante toda sua jornada centrípeta
até seu ápice e sua jornada centrífuga até sua base. Os pares opostos que giram sobre o mesmo eixo são anti-horários,
pois ambos são projetados um através do outro. (Fig. 60)

Fig. 60 – As direções do movimento espiral nunca se invertem.

O princípio característico do desdobramento-redobramento, de dentro para fora e de fora para dentro da


Natureza causa a integração da matéria nos polos e a desintegração nos equadores. A matéria se integra pela
contração de um par de espirais ao redor dos eixos que a enrola em esferas por meio de seus polos, e a desintegra
pela expansão do outro par que a desenrola por meio de equadores.
O par de espirais que enrolam ondas de luz em esferas continua a enrolar até que se formem furos através de
esferas e anéis, auxiliado pela força centrífuga exercida pela expansão das espirais opostas.

Os anéis são a “morte” da metade dos ciclos das esferas. Os anéis condensam-se novamente em torno de
pontos no espaço e se enrolam como esferas. A majestosa nebulosa do anel em Lira (Fig. 61) é um excelente exemplo
do processo de desintegração da Natureza. O anel exemplifica a metade “morte” do ciclo e o sol recém formado em
seu centro, a metade “vida”. Um novo corpo nasceu do antigo enquanto se expandia para os céus.

Fig. 61 - Nebulosa do anel em Lira.

Os céus abundam com novos corpos surgindo dos antigos que desapareceram em outra forma. A Nebulosa de
Coruja demonstra este princípio com dois anéis e duas estrelas renascendo deles. (Fig. 62)

Fig. 62 – Nebulosa de Coruja.

Os anéis de Saturno se tornarão luas, assim como seus outros anéis se tornaram suas várias outras luas. Nossa
própria lua nasceu de um anel da terra à medida que expande seu volume absorvendo seus oceanos, e acelera sua
rotação como todos os planetas externos fizeram. (Fig. 63)

Fig. 63
Júpiter está nesse momento desenvolvendo cinturões que serão jogados fora como anéis, para se tornarem
luas. Estas luas se tornarão cometas e eventualmente mergulharão no sol, como todas as coisas neste sistema solar.

A Fig. 64 ilustra o processo de desenrolamento por meio do qual as luas se libertam das amarras de seu eixo
mãe para novamente buscar a revolução em torno do eixo de seu início no sol.

Fig. 64.

[BALÃO DO CANTO SUPERIOR ESQUERDO DA FIGURA 64: Um planeta nesta posição estar girando e
rotacionando na direção oposta à de A-B-C-D-E-F, mas na realidade é apenas uma ilusão da posição do satélite em
referência a um observador.]

[BALÃO DO CANTO SUPERIOR DIREITO DA FIGURA 64: Um satélite nesta posição não seria direto nem
retrógrado em termos de revolução ou rotação.]

[BALÃO DO CANTO INFERIOR DIREITO DA FIGURA 64: Os satélites cujas órbitas se encontram nestas relações
com suas primárias têm uma rotação direta e uma revolução direta.]

A desintegração de sóis e planetas pela radiação é acompanhada por um achatamento em seus polos. As
esferas se formam por prolação e se apagam por oblação. A causa deste fenômeno é a velocidade cada vez maior de
rotação ao redor dos eixos. Os planetas internos giram muito lentamente sobre seus próprios eixos porque estão
muito próximos ao eixo mãe no sol, mas giram muito rapidamente em suas órbitas ao redor do sol. (Fig. 65)
Fig. 65 – A medida que os polos acharam, o equador alonga.

O MÉTODO DA NATUREZA DE ARMAZENAR ENERGIA EM MASSA

Fig. 65 – A medida que os polos acharam, o equador alonga.

Mercúrio, nossa própria lua, e Fobos, a lua interior de Marte, estão tão perto do eixo mãe que são obrigados
a girar rapidamente, com a mesma face sempre em direção a sua primária. Os planetas externos se afastaram tanto
da influência de seu eixo-mãe no sol que seus anos se alongaram materialmente, seus dias se encurtaram visivelmente
e suas faces estão em constante mudança em relação ao sol.

Ciclones, trombas d’água e tornados se desenvolvem em nossa terra quando espirais se apertam em torno de
seus eixos, pois quanto mais eles assim se contraem, maior é a velocidade. Quando as espirais são tão largas em suas
bases que seus ângulos em relação à superfície da terra são insignificantes, há calma e paz; mas quando se contraem
à finuras de lápis que aceleram furiosamente em torno de eixos centralizadores de imobilidade magnética a noventa
graus em relação à superfície da terra, eles então causam danos inestimáveis. (Fig. 66)
Fig. 66.

A OITAVA UNIVERSAL

A pulsação do universo, partindo do zero de repouso, faz um movimento espiral de seu mínimo para seu
máximo e de volta ao zero, em quatro pares de ações e reações opostas. Estes quatro pares de entrelaçamentos
elétricos opostos constituem a onda espiral universal de oitava por meio da qual o universo dinâmico de efeito se
eleva a partir do universo estático de causa. (Fig. 67)
Fig. 67.

A fórmula da onda de oitava que governa todo o movimento, e sua posição de nascimento na onda universal
é mostrada na Fig. 68:

Fig. 68 – Jornada bidirecional do zero – passando pelo zero – até o zero.

Zero a quatro significa a direção centrípeta até o ápice da espiral, o que leva a um maior potencial, densidade,
gravidade e o calor branco da incandescência. Quatro a zero significa a direção centrífuga até a base da espiral, o que
leva a menor pressão, menor potencial, vacuidade, radiatividade e o frio negro do espaço. Cada um deles é metade
de um ciclo.

A razão pela qual uma oitava não pode ser contada de um a oito, em vez de um a quatro, é porque cada uma
das pressões - que têm as relações de um a quatro positivas na oitava - é uma pressão de crédito, que tem sua pressão
de débito oposta igual em um a quatro negativos. Os elementos da matéria, nascidos nos pares espirais de opostos
como tons, têm a mesma relação que os tons da música têm com a onda de oitava.

Todos os movimentos de onda são expressos em oito tons - quatro pares de opostos. O par do meio é
aparentemente um só. A oitava é normalmente expressa em sete por este motivo. Uma oitava é uma série de tons
harmônicos ordenados. Os tons são multiplicados e divididos em pressões de luz, espaçados ritmicamente com
precisão matemática sobre cada oitava de onda de movimento. A lei que se aplica a um efeito de movimento se aplica
a todos, seja onda sonora, corrente elétrica, espectro de cores ou oitavas de “elementos de matéria”.

Nenhum estado de movimento tem permanência ou mesmo duração. Tudo está para sempre em estado de
transição, mudando sua posição em sua onda, multiplicando ou dividindo suas frequências de vibração para mudar
seu condicionamento.

A base de todas as oitavas é a tônica do repouso da qual a oitava brota para expressar a ideia que está dentro
da imobilidade magnética daquela tônica. O fulcro da onda de oitavas musicais é sua tônica a partir da qual todas as
mudanças tonais na oitava são matematicamente calculadas em frequências e volume de onda. Essa tônica está
sempre na consciência de uma pessoa, quer a nota esteja sendo tocada ou não. É o balanceamento de suas oitavas.
Todos os tons estão sempre desbalanceados em relação a ela e desejam para sempre o balanceamento. Nenhum
estado de movimento pode escapar da tônica de onde ele surgiu, nem pode ser separado dela eletricamente na
matéria - ou conscientemente na Mente.

Não importa que instrumento produza tons de oitava, suas frequências e outras dimensões devem estar na
ordem exigida pelos pares espirais de abertura e fechamento que controlam esses tons ao condicioná-los. Da mesma
forma, independentemente do instrumento, seja ele a laringe do homem, a corda do violino, o campo de ondas do
carbono ou o espectro de cores, seu único poder motivador para produzir mudança de dimensão com o propósito de
produzir mudança de tom é a pressão elétrica dirigida pelo desejo e emprestada da tônica da imobilidade da oitava.
Além disso, todo o poder assim emprestado para uma expressão em qualquer tom de oitava deve estar balanceado
com o oposto daquele tom dentro do qual esses empréstimos foram debitados.

Este fato notável da lei natural deve ser levado em conta ao considerar esses princípios como aplicados à
mecânica da onda universal que produz os tons de onda da oitava dos elementos da matéria com tal precisão que
qualquer efeito produzido por qualquer um deles em combinação, ou separadamente, produzirá sempre esse mesmo
efeito.

A periodicidade é uma característica de todos os fenômenos da natureza

As nove oitavas dos elementos da matéria manifestam o princípio da polarização para produzir ação dinâmica
ao estender dois equadores a partir de um ponto fulcral de apoio. Esses dois equadores surgem a partir da ação
giroscópica, multiplicada centripetamente, em quatro esforços concentradores para um plano de amplitude que é 90
graus a partir do plano zero dos gases inertes. Eles então descem em quatro estágios descentradores e despolarizantes
para desaparecer em seus gases inertes e reaparecer deles em infinitos ciclos por toda a eternidade. Todos os corpos
aparecem e desaparecem – para reaparecer – para sempre.
Fig. 69.

Uma das duas tabelas de Mendeleiev completadas dos elementos que Walter Russell deu para o mundo da
ciência em 1926.

A Tabela Periódica dos Elementos de Russell


Fig. 70.
Os outros dois quadros dados ao mundo por Walter Russell em 1926.4

OS ELEMENTOS DA MATÉRIA

Uma característica invariável da Natureza é expressar os ciclos de vida-morte de qualquer ideia, em nove ciclos
menores de entrelaçamento envoltos em um. Quando pensamos no homem como uma ideia, pensamos nele como
adulto até a meia idade. Até lá, pensamos no homem como infância, criança e juventude. Após seus ciclos de geração
vêm os degenerativos, nos quais ele gradualmente paga todos os seus empréstimos a partir de seu zero de repouso e
retorna a esse zero para novamente emprestar poder para re-expressar a ideia do homem. (Fig. 71)
Fig. 71. – O ciclo universal da nona oitava.

Este processo da Natureza, que expressa seus ciclos de ideia em nove ciclos menores, está conspicuamente
presente nos ciclos de vida-morte dos elementos da matéria. Somente o carbono expressa a ideia de matéria. Todas
as nove oitavas dos elementos são fases de desdobramento e de redobramento do carbono. As primeiras quatro
oitavas e meia levam à maturidade do carbono através da contração generativa da gravidade. É o mais difícil de todos
os outros estágios de sua transição, tendo o ponto de fusão mais alto. As últimas quatro oitavas e meia levam da
maturidade até a velhice ao desaparecimento no final do ciclo de nove oitavas pela expansão radiativa da vacuidade.
(Fig. 70)
Fig. 70.
Os outros dois quadros dados ao mundo por Walter Russell em 1926.4

A atividade generativa começa no nascimento do carbono na primeira oitava com a velocidade explosiva
interna generativa da luz, que é de aproximadamente 300.000 quilômetros por segundo. Termina com a mesma
velocidade radioativa e explosiva externa. Esta velocidade é o limite no qual o movimento pode se reproduzir em
campos de ondas curvas antes de chegar a zero, onde o movimento e a curvatura cessam.

O carbono cumpre o plano do Criador em seu desejo de criar apenas uma forma: o cubo-esfera. Somente o
carbono se cristaliza em cubo verdadeiro, com todas as qualidades do cubo verdadeiro e da esfera totalmente
exemplificadas. Todos os outros elementos que se cristalizam como cubos são extensões de oitavas de carbono. Todas
essas extensões ocupam a posição quatro-zero-quatro da amplitude da onda.
Fig. 72 – Relações de pressão de oitava.

No carbono estão todos os elementos de seus estágios anteriores, assim como no homem estão todas as ações
e reações de seus estágios anteriores. O hidrogênio é um protótipo de carbono com uma oitava de comprimento de
onda. Ele se forma na amplitude de onda em quatro-zero-quatro, assim como o carbono se forma em quatro-zero-
quatro uma oitava à frente. No hidrogênio, é uma oitava inteira de tons elementais. Vários destes foram recentemente
descobertos e erroneamente denominados isótopos. Os isótopos são tons divididos, como aqueles que um violinista
poderia produzir entre tons completos.

Uma coisa surpreendente acontece neste ponto do desdobramento do registro de vida do carbono. O ponto
de fusão do hidrogênio está 259 graus abaixo de zero centígrado, e em uma oitava o processo de enrolamento da
natureza age como um chicote no meio do caminho, onde a radioatividade e a generatividade se encontram como
iguais. Este efeito aperta o enrolamento do carbono em uma substância tão densa que o ponto de fusão salta para
3600 graus acima de zero naquela oitava.

A natureza imediatamente contrabalanceia essa ação aceleradora ao liberar o nitrogênio, o próximo elemento
depois do carbono, em um gás que derrete a 210 graus abaixo de zero. Ele não se recupera da condição gasosa durante
o resto de sua oitava.

A semente cósmica da oitava do carbono é o hélio.

O silício é uma oitava mais velho que o carbono. O ponto de fusão do silício cai para menos da metade de seu
estágio mais jovem: 1420 graus.

A semente cósmica da oitava do silício é o neônio.

Quando o carbono se torna ainda outra oitava mais velho na posição quatro-zero-quatro do cobalto na sexta
oitava, ele divide seu tom completo em dez tons de isótopo dividido; cinco de cada lado. (Fig. 70)
Fig. 70.
Os outros dois quadros dados ao mundo por Walter Russell em 1926.4

Nesta fase, o carbono perdeu muito de sua vitalidade e muda seu caráter ao dividi-lo em isótopos de cobalto.
Seu ponto de fusão caiu para 1480 graus, o que é ligeiramente superior ao estágio de silício do carbono. Por
compartilhar essa posição com dez outros, perdeu muito de sua verdadeira qualidade de balanceamento em cubo-
esfera, que a posição quatro-zero-quatro manifesta.

A evidência disso é a qualidade metálica do cobalto que seria impossível na verdadeira posição do cubo-esfera
de quatro-zero-quatro na onda de oitava.

A posição quatro-zero-quatro é de balanceamento entre os pares de opostos metálicos, como ferro e níquel,
manganês e cobre, cromo e zinco ou sódio e cloro. Quando algum destes pares perde sua qualidade metálica, como
ferro e oxigênio na ferrugem, ou sódio e cloro no cloreto de sódio, eles encontram repouso e balanceamento na
qualidade pedregosa dos sais; eles cristalizam no sistema cúbico se forem pares opostos iguais ou quase iguais. O
cloreto de sódio é um bom exemplo. Pode-se ver seus cubos aproximadamente verdadeiros no cloreto de sódio (sal
de mesa comum) ou nos cristais de cubos distorcidos de iodeto de sódio.
A posição quatro-zero-quatro nas oitavas dos elementos é a posição de repouso onde qualquer ação deve
terminar sua metade do ciclo e iniciar sua outra metade. Ela chega a um ponto de repouso antes de retornar a um
ponto de repouso, como ocorre com todas as ações e reações na natureza.

Em uma oitava de envelhecimento ainda maior, o carbono torna-se ródio e novamente sobe para sua posição
de amplitude a quatro-zero-quatro por cinco esforços e desce por mais cinco. O ródio é mais vital que o cobalto, pois
seu ponto de fusão é 1950 graus. (Fig. 70)

Fig. 70.
Os outros dois quadros dados ao mundo por Walter Russell em 1926.4

A semente cósmica da oitava do ródio é o criptônio.

Uma grande vitalidade é frequentemente evidenciada nas criações da Natureza depois de terem amadurecido
completamente. O princípio da morte radioativa é tão vital na desintegração do corpo quanto o princípio generativo
na sua integração. Essa vitalidade é reforçada pela oposição da resistência generativa contra ela. Metais tão fortes e
vitais como a prata, o níquel, o cobre, o tântalo, o tungstênio, o ósmio, a platina e o ouro pertencem aos meios ciclos
de envelhecimento do carbono.

Fig. 73 – Ciclo dos elementos do repouso ao repouso.

O tântalo é um metal radioativo que se torna tão denso por causa da oposição entre os dois condicionadores
elétricos que seu ponto de fusão atinge 3400 graus centígrados, ou dentro de duzentos graus de carbono. O ósmio
segue com um ponto de fusão de 2700 graus e a platina a 1755 graus. Nesta oitava, a queda violenta do ponto de
fusão do carbono para o ponto de fusão do nitrogênio a 210 graus negativos é balanceada por esta reação generativa
correspondente.

Na oitava seguinte do envelhecimento do carbono, o princípio da morte radioativa se torna mais evidente no
lutécio. Após atingir sua posição de três na metade positiva de sua oitava, ele chega a sua posição de balanceamento
quatro-zero-quatro somente após fazer treze esforços, como evidenciado por treze isótopos, incluindo
desconhecidos.5 Estes são balanceados por treze no meio ciclo negativo. Entre estes treze está o tungstênio vital, um
metal negativo de grande valor comercial. Ao bombardear este metal com uma corrente suficientemente alta para
causar sua desintegração, ele irá descarregar sua semente de gases cósmicos inertes, assim como um carvalho irá
descarregar sua semente cósmica em frutos.

A semente cósmica da oitava do lutécio é xenônio.

A semente cósmica da última oitava de desaparecimento do carbono surge do gás nitônio inerte.6 As oitavas
se desdobram de sua semente registrada no passado e devem ter uma semente na qual seu registro atual possa se
redobrar. Esse princípio é absoluto na Natureza.

O rádio e o actínio evidenciam fortemente o processo de ir para a semente de todos os ciclos completos de
crescimento das coisas. Pode-se ver este processo ocorrendo no rádio sem recorrer ao processo de eletrocussão
referido como aplicado ao tungstênio.

Um pequeno instrumento telescópico, o espintariscópio, contém uma agulha sobre a qual foi colocada uma
porção microscópica de rádio em frente a uma tela fluorescente. Olhando através de suas lentes no escuro, pode-se
ver o derramamento da semente cósmica do carbono que morre lentamente em seu estágio de rádio, à medida que
os raios dessas sementes cósmicas bombardeiam a tela. O efeito é belo, como olhar para o céu em uma noite estrelada
com todas as estrelas aparecendo e desaparecendo à medida que os vagalumes cintilam no prado em uma noite
escura.

O carbono nunca entra na percepção do tômio, mas seus esforços para alcançar o tômio são evidenciados no
grupo de isótopos de urânio, dos quais há quinze antes do tômio ser alcançado. Deste grupo foram encontrados e
utilizados vários, especialmente aqueles a partir dos quais a bomba atômica foi produzida. (Fig. 70)
Fig. 70.
Os outros dois quadros dados ao mundo por Walter Russell em 1926.4

A radioatividade chegou tão perto de seu máximo neste ponto que a velocidade do galpão de sementes
cósmicas destes isótopos foi medida a 290.000 quilômetros por segundo, que é aproximadamente a velocidade da luz
chegando ao seu ponto final no tômio, onde a oitava começa novamente no alphanon.

OS GASES INERTES

As oitavas dos elementos da matéria “crescem” a partir da semente, assim como todas as coisas crescem a
partir da semente. Desde o momento em que os elementos se desdobram de sua semente, eles estão em constante
estado de transição, desde o início de seu ciclo até o final. Os elementos não são coisas criadoras fixas. Eles são
condições de pressão de ondas de luz. Essas condições de pressão de luz estão constantemente mudando da infância
para a velhice nos elementos da matéria, da mesma forma que estão no reino animal. Os gases inertes são elementos
cósmicos que não se combinam com nenhum outro elemento. Eles constituem o sistema de registro deste universo
criador. Eles rodeiam o zero do qual o movimento brota e para o qual ele retorna. Eles representam o mínimo
movimento na onda, assim como as amplitudes representam o máximo movimento. Eles são as sementes das oitavas
de matéria, e cada oitava tem uma semente diferente, assim como árvores diferentes têm sementes diferentes.

Os elementos são ondas, e as ondas desaparecem e reaparecem. O sistema de registro de Deus não permite
que nenhuma coisa criadora desapareça sem registrar as ações e reações de seus estágios de aparição. Todos os
estados de movimento são registrados nos gases inertes. Nos gases inertes estão as almas de suas manifestações
corporais no universo do movimento. Neles está o desejo de expressão e a forma padronizada desse desejo.

Os gases cósmicos inertes preenchem todo o espaço entre as estrelas do céu. Eles isolam os estados de
movimento uns dos outros através de seu zero balanceador. Eles trazem todo o movimento à existência através da
vontade do Criador, fiel ao padrão do desejo. Eles são a fonte do balanceamento dos raios cósmicos que se
intercambiam entre o zero e a matéria. Eles vitalizam a matéria com a onipotência do desejo criativo que se encontra
dentro do zero desses raios cósmicos.

Existem nove gases cósmicos; o primeiro e o último sendo um. O alphanon inicia o ciclo e o termina. Não há
início e não há fim.

A lista de gases cósmicos segue: alphanon, betanon, gammanon, *hélio, *neônio, *argônio, *criptônio,
*xenônio, e *nitônio.6

* Indica os que são conhecidos.

ANÁLISE DO ESPECTRO

As oitavas conhecidas que estão dentro do intervalo de percepção são cinco oitavas e meia. Estas começam
com a terceira, ou “oitava” do hidrogênio, e terminam com o grupo do urânio que são isótopos do actínio e tômio na
última oitava.7

As oitavas invisíveis de matéria finamente dividida de espaço são três e meia em termos de número. Estas
oitavas estão além do nosso alcance de percepção, mas não estão além do nosso conhecimento.8

A luz é a linguagem universal. Através da análise do espectro das ondas de luz, o homem foi capaz de analisar
e reconhecer cada elemento quando em seu estágio incandescente.

Por meio do espectroscópio, ele foi capaz de dividir os raios de luz através de seus prismas nas partes
componentes que compõem a história de vida de cada etapa de seu ciclo bidirecional.

Cada elemento conta a história de todas as suas “encarnações” anteriores em outras oitavas, desde seu início.
Qualquer linha em uma oitava é repetida na oitava seguinte, mas deslocada em posição por causa das mudanças de
pressão de cada oitava sucessiva.

O espectro do hidrogênio é preponderantemente vermelho. Uma linha vermelha brilhante indica sua oitava
atual. Outras linhas vermelhas contam sua história passada em oitavas inferiores.

A história simples do hidrogênio, em comparação com o espectro complexo do ferro, é como a história de uma
juventude obscura em comparação com a de Napoleão.

Na análise do espectro do ferro, as linhas que pertencem ao ferro e aquelas que contam sua história recente
e remota podem ser vistas num relance. Estas linhas também indicam a capacidade relativa do átomo de ferro de
carregar ou descarregar.

O comprimento de onda de 7181,8 é imediatamente reconhecível como pertencente ao ferro em sua oitava
atual; 6916,8 é a história recente e 6944,8 é a história extremamente remota. Aqui segue uma lista parcial de linhas
cujos comprimentos de onda pertencem ao ferro ou a seus associados imediatos de tom médio, e também outras
listas que indicam sua história recente e mais remota.9
O espectro visível e invisível está dividido em milhares de linhas. Cada linha é diferente em sua tonalidade de
cor e em seu plano. Cada linha prova que este universo de movimento variável é um universo de pressões variáveis.

Fig. 74 – Relação dos tons dos elementos com os tons dos espectros.

ESTRUTURA ATÔMICA

Os elementos da matéria não são substâncias diferentes ou coisas diferentes. São diferentes condições de
pressão de ondas de luz. As unidades de luz dos elementos são todas iguais, mas são condicionadas de forma diferente
pelas pressões elétricas exercidas sobre elas durante a jornada espiral para dentro ou para fora do zero ao zero.

O mistério sem resposta de como os elementos se tornam tons de oitava matematicamente precisos, assim
como os tons musicais ou tons de cor do espectro são matematicamente precisos em ordem de vibração, reside no
princípio giroscópico do campo de ondas.

Juntos, os oito elementos de uma oitava formam duas metades de um ciclo inteiro de tons que sobem de zero
para a posição quatro-zero-quatro de amplitude e depois descem novamente para zero para começar de novo.

Esta jornada espiral se contrai em pressões maiores à medida que se aproxima das posições de amplitude do
campo de ondas em ápices espirais, e se expande para as mais baixas na jornada de retorno às bases espirais.

Essa jornada espiral bidirecional de cada meio ciclo se estende entre seis espelhos de Luz imóvel que compõem
o campo de ondas, e se enrola ao redor de um eixo imóvel que centraliza a espiral. Três desses espelhos são os
espelhos de ação e três são os espelhos de reação. (Fig. 75)
Fig. 75 – Os locais dos elementos nos campos de onda são determinados por espelhos de campos de onda.

Os três de ação são os planos internos de interseção do cubo e os três de reação são os planos externos de
limite do campo de ondas.

Todos esses planos do campo de ondas são de curvatura zero, mas o universo espiral que está se formando
dentro desses planos é curvo. Planos curvos de luz atuam como lentes bidirecionais que dobram a luz para pontos
focais e a estendem radialmente a partir desses pontos focais.

Como as espirais bidirecionais de formação de matéria se estendem do centro do campo de ondas em direções
opostas em direção às interseções do campo de ondas, os seis planos espelhados de luz imóvel focalizam três pontos
de luz imóvel sobre o eixo imóvel de cada meio ciclo. Centros são formados nestes pontos focais que se tornam o um,
dois, três elementos positivos e negativos da matéria girando giroscopicamente sobre as rodas de luz que atuam como
equadores para aqueles tons nascentes.

A multiplicação e a divisão das pressões determinam a densidade e o volume de cada elemento seguinte. O
espectro de cores registra essas pressões como o histórico completo de cada elemento de oitava a oitava de todo o
ciclo de nove oitavas dos elementos.

A multiplicação das pressões da espiral também afeta a curvatura de suas lentes de luz a tal ponto que as
posições de foco mudam suas relações matemáticas em conformidade com a aceleração da gravidade e a
desaceleração da radiação.

As posições dos centros focais das rodas giroscópicas sobre o eixo da onda são assim afetadas como
diagramadas na Fig. 76 e Fig. 72. Cada elemento é o quadrado da distância de, e para, seu sucessor, de acordo com
sua direção. A direção da gravidade é o quadrado inverso, e a direção oposta é o quadrado direto.
Fig. 76 – O princípio giroscópico da oitava.

Fig. 72 – Relações de pressão de oitava.

O volume de cada elemento seguinte é também afetado direta e inversamente como o cubo.

Assim, seis das oito rodas giroscópicas de toda a oitava são contabilizadas pela projeção geométrica de luzes
bidirecionais opostas, a partir de dois conjuntos de três campos limitantes de espelhos. O quarto tom duplo é formado
no ponto de repouso, onde oito campos de ondas cúbicas se encontram. Este é o ponto de repouso conhecido como
o centro de gravidade nas terras ou sóis - onde o movimento e a curvatura cessam.

A esfera completa torna-se assim uma seção de oito campos de ondas adjacentes e gira em torno daquele
ponto de repouso sobre o eixo da onda onde os dois meios ciclos da onda se encontram.

Por esta razão, a posição quatro-zero-quatro é de balanceamento em que o amarelo do laranja é a cor
dominante de uma de suas duas rodas giroscópicas e o amarelo do verde é a outra, centrada pelo branco.

Nos dois pontos sobre o eixo imóvel da esfera giratória onde o eixo penetra em sua superfície estão os polos
magnéticos de Luz imóvel que controlam o balanceamento do giro de cada esfera. Um deles é o polo magnético norte
que controla o enrolamento da esfera em densidade pela força elétrica centrípeta, e o outro é o polo magnético sul
que controla seu desenrolamento centrífugo no espaço.10

Em uma esfera como nosso sol quase maduro, esses polos magnéticos estão praticamente sobre o polo de
rotação do sol, mas sobre planetas oblatos, como nossa terra, os polos magnéticos são removidos desse polo de
rotação de acordo com a medida da oblação da terra.

Os elementos da matéria são sistemas estelares em miniatura. Todos os princípios e leis que se aplicam a um
se aplicam ao outro. Este sistema solar é uma roda giroscópica na posição que o ferro ocupa na série elementar.
Quando se desenvolve um pouco mais em espiral, corresponderá a um átomo de carbono.11 O sol será então uma
verdadeira esfera e seus novos planetas também serão verdadeiras esferas.

O princípio do giroscópio responde por essa lei da natureza que faz com que elementos semelhantes procurem
uns aos outros. Todos os compostos em decomposição são ordenados, elemento por elemento, giroscopicamente.

Os esforços do homem para transmutar um elemento em outro devem ser regidos por este princípio, e não
pela teoria de que outra substância será obtida ao “derrubar um elétron”. Não faz diferença quantos planetas existem
em um sistema solar ou atômico, no que diz respeito a sua “substância” como elemento. Um ou mais elementos
adicionados ou subtraídos não mudariam o elemento em outra substância mais do que uma ou mais crianças afetariam
a nacionalidade de seus pais.

A transmutação será simplificada observando-se que o plano de rotação, em relação à amplitude, e a


velocidade de rotação da roda giroscópica sobre seu eixo imóvel, mudarão sozinhos de volume, multiplicando-se ou
dividindo-se a densidade.

Grandes possibilidades em novos metais residem na aplicação adequada deste princípio.

A FORMA DO UNIVERSO

Este universo sem idade não tem forma. Tem uma extensão aparentemente infinita, mas essa extensão é
refletida. Este universo elétrico de luz estendida bidirecional é apenas uma série de espelhos que refletem um no
outro através de lentes curvas. Sua aparente extensão pode ser comparada a uma luz dentro de uma sala espelhada.

Uma luz dentro de uma sala espelhada se estenderia infinitamente, mas a luz assim espelhada seria a mesma
luz. A extensão refletida não teria nenhuma realidade.

A ideia de continuidade ou descontinuidade é baseada no efeito espelhado de uma Causa inicial. A


continuidade infere o tempo. O tempo é apenas um dos efeitos que constituem este universo. O tempo flui em dois
sentidos, mas os sentidos detectam apenas o fluxo para frente. Eles não podem detectar o fluxo para trás que cancela
o fluxo para a frente. O tempo é tão irreal quanto o universo das ondas é irreal.

O que é verdade em princípio para uma onda, é verdade para todas as ondas. Cada onda é uma extensão
refletida em dois sentidos de um zero de balanceamento que chamamos de vibração. As vibrações aparecem,
desaparecem e reaparecem de sua fonte de repouso para manifestar a ideia que existe por si só no repouso. Assim
como a vibração de uma onda desaparece em seu zero universal de imobilidade, também todas as vibrações
desaparecem em seu zero universal de imobilidade. Este universo zero de ondas vibrantes não pode ter outra forma
que não seja uma aparente.

O PRINCÍPIO DA ANULAÇÃO

Este é um universo zero de aparente movimento mecânico de força exercido em um universo tridimensional
aparente. Toda ação de qualquer natureza começa com zero, conta até nove, para terminar e recomeçar com zero. A
partir de nove não pode ir, mas até nove deve ir. Nove é universal.

Nove é universal porque é o número do campo de ondas - o oito do cubo centrado pelo zero da gravidade na
esfera.

Nosso sistema decimal é baseado no campo de ondas do cubo-esfera. É o seguinte:

A escala musical e o espectro da Natureza correspondem aos tons do campo de ondas. Eles são os seguintes:
A Fig. 75 demonstra este fato. Os três planos centralizadores são centrados por zero. Todas as interseções
destes planos somam até oito. Oito, centrados por sua fonte zero, é igual a nove. Da mesma forma, o cubo em si soma
oito, contando as interseções de suas seis faces. Há também oito direções de ação e oito de reação; cada oito sendo
quatro pares, que são nove pela adição do zero centralizador.

Fig. 75 – Os locais dos elementos nos campos de onda são determinados por espelhos de campos de onda.

Nove é três vezes três de comprimento, largura e altura estendidas a partir do zero. O comprimento, a largura
e a altura de qualquer expressão são dois zeros estendidos a partir do zero. (Fig. 2)

Fig. 2- Símbolo do poder estendido do repouso ao repouso.

Comprimento e largura são estáticos, pois ambos estão em níveis equipotenciais. A altura é dinâmica, pois é
radial.

O nove universal da matéria e espaço são três espelhos de repouso, centrados pelo repouso, dos quais os três
se estendem em ângulos retos um ao outro, cada um se espelhando no outro. (Fig.75)
Fig. 75 – Os locais dos elementos nos campos de onda são determinados por espelhos de campos de onda.

O nove universal da oitava é quatro pares de pressões opostas que se estendem diagonalmente a partir do
zero que centraliza o cubo a oito zeros que ficam nos cantos do cubo. (Fig. 75)

Fig. 75 – Os locais dos elementos nos campos de onda são determinados por espelhos de campos de onda.

A medida de extensão de zero a zero é o desejo de extensão. O desejo de extensão de zero a zero é a energia
em zero. A energia estendida de zero a zero é manifestada por pressões de desejo igualmente multiplicadas e divididas
- igualmente somadas e subtraídas - igualmente creditadas e debitadas – e condicionadas igualmente e de maneira
oposta. A soma de todos estes efeitos balanceados é zero. (Fig. 75)
Fig. 75 – Os locais dos elementos nos campos de onda são determinados por espelhos de campos de onda.

Pressões zero igualmente multiplicadas e divididas são manifestadas pela ação e reação do movimento. O
movimento é uma projeção das pressões energéticas opostas do desejo interno de um zero centralizador aos espelhos
estendidos do repouso, que medem o desejo e o espelham de volta ao repouso no zero centralizador como desejo
expresso. A soma do movimento duplamente refletido assim expresso é zero.

O zero assim estendido pela ação para cumprir o desejo de expressão, e simultaneamente espelhado de volta
para manifestar o cumprimento do desejo expresso, é tudo o que há neste universo de repouso. Zero multiplicado ou
dividido - adicionado ou subtraído - estendido ou retraído - resulta em zero. Este é um universo zero em todos os
efeitos do movimento - um universo aparente no tempo e na sequência - e um universo miragem de uma forma
imaginada.

É um universo de duas negações que simultaneamente se cancelam e repetem sequencialmente o


cancelamento de suas negações para criar a ilusão de que o zero pode ser multiplicado - ou dividido - ou adicionado -
ou subtraído - para criar uma realidade que nunca é nem pode se tornar. (Fig. 75)

Fig. 75 – Os locais dos elementos nos campos de onda são determinados por espelhos de campos de onda.

Isso é o que é a Criação. É a imaginação do conhecimento. Conhecimento é Luz. Luz é imóvel. Imaginar é pensar.
Pensar é a ação e reação imaginada do movimento espelhado a partir do zero de repouso para o zero de
repouso.

Este é um universo imóvel da Luz do conhecimento. Nele não há atividade.

Mas e quanto aos nossos sentidos? Nossos sentidos nos dizem o contrário. Nossos sentidos são inadequados.
Eles nos enganam poderosamente. E isso é bom, pois se não fosse isso, a peça da Criação não poderia ser atuada. Os
sentidos registram, mas pouco do todo. Se os sentidos só pudessem ver o todo, não haveria peça. Os sentidos
registram apenas o movimento pois os sentidos são apenas movimento. O movimento é uma ilusão que só parece.
Ele não tem ser.

Os sentidos não conhecem, mas o homem acredita que seus sentidos conhecem - e nessa crença reside a
confusão do homem.

Os sentidos, sendo apenas movimento, sentem coisas em movimento e luz em movimento que se espelha
como coisas em movimento. Eles sentem o movimento para frente de um avião acumulando compressão à sua frente
- mas não registram a contraparte invisível espelhada daquele plano - igual a ele em potencial e velocidade - movendo-
se para trás em um vácuo atrás do avião que simultaneamente anula a compressão à sua frente.

Esta inadequação dos sentidos para registrar o fluxo para trás de coisas que se movem para frente - causa as
ilusões de sequência e de tempo.

Na Fig. 77 este princípio, diagramado por setas que se estendem por dois caminhos a partir de cada elemento
de toda a série conhecida, indica que a integração é balanceada simultaneamente pela desintegração. Nenhum
intervalo de tempo decorre entre o débito de qualquer crédito estendido a opostos na Natureza.

Fig. 77 – Ações opostas anulam umas às outras simultaneamente.

A Fig. 78 diagrama toda a matéria como pares de condições opostas. Cada linha está conectada com seu par
oposto. Cada um dos pares é uma negação do outro. Cada par é condicionado da mesma forma que os dois tanques
de ar na Fig. 18 e a bateria de armazenamento na Fig. 19, são condicionados. Cada um destes pares de elementos é
uma extensão espelhada igual e oposta de um fulcro zero centralizador.
Fig. 78 – Este universo de matéria é composto por pares de negações que nunca ultrapassam o zero.

Fig. 18 – Base de Movimento.

Fig. 19 – Potenciais iguais opostos.

O fulcro de todo efeito é a Luz Única de Deus.


SÓ DEUS ESTÁ - NO HOMEM - E EM TODAS AS COISAS
“Toda ação é anulada conforme ocorre, é repetida conforme é anulada, e registrada conforme é repetida”.

– d’A ILÍADA DIVINA


NOTAS
1. Walter Russell mostra aqui que a observação sensorial pode resultar em visão incompleta e leis científicas
incompletas. Ele ressalta que Newton baseou sua lei de gravitação em sua observação do que a gravidade fazia a uma
maçã, ao mesmo tempo em que admite não saber o que era a gravidade. Newton não sentiu todo o ciclo da maçã no
tempo “caindo” até os céus à medida que ela se desintegra e inverte seu potencial.

Walter Russell afirma que as fórmulas matemáticas de Newton, escritas para provar que a lua cairia na Terra
se seu movimento fosse interrompido, se aplicam a “cada satélite, planeta e estrela nos céus, bem como a cada elétron
em cada átomo, nenhum dos quais está caindo em suas primárias”. Walter Russell implica que as leis da gravitação de
Newton estavam incompletas. É evidente a partir da cosmogonia de Russell que a lua nunca pode parar seu
movimento, nem nenhum dos outros corpos que se movem em torno de suas primárias pode parar de se mover. Eles
não caem porque estão sempre buscando e encontrando, perdendo e reencontrando suas posições potenciais em
seus movimentos. Se eles parassem seu movimento, eles e todo o Universo desapareceriam. Se eles parassem seu
movimento orbital e se movessem para dentro ou para fora, para ou a partir de suas primárias, haveria um movimento
de contrabalanceamento de suas primárias para balancear esta mudança de padrão até o ponto mais distante do
Universo.

Em Um Novo Conceito do Universo, Walter Russell retoma esse assunto. Ele diz que Newton concluiu que “a
Lua tem peso em relação à Terra, semelhante a como uma bola de canhão tem peso em relação à Terra. Isso assume
que a lua teve que ter um “impulso inicial” para mantê-la girando ao redor da Terra para evitar que ela caísse. Russell
concluiu que a crença de Newton de que o peso é uma propriedade fixa da matéria em vez de uma propriedade em
constante mudança de polaridade era resultado de uma observação sensorial. Veja referência a esta nota na página
23, na terceira edição de O Segredo da Luz.

2. Walter Russell, em todos os seus escritos posteriores, falou da gravidade como sendo um empurrão para dentro a
partir de fora. Por exemplo, em Atomic Suicide? este conceito é expresso de várias maneiras, como na página 134:
“Tenha em mente o fato de que você está comprimindo de fora para dentro”, e na página 135: “Não há força de
nenhuma natureza que a mantenha unida por um puxão interno. A natureza não atrai nem repele. Ela se comprime
dentro de um vácuo.” Ele também expressa esta ideia nas páginas 89, 104-105, 138-139, e 145. Em Home Study Course
esta ideia é expressa na página 719: “A palavra ‘magnetismo’ também é injustificável. A palavra GRAVIDADE deveria
ser usada em seu lugar, pois a gravidade tanto se multiplica como se divide ao empurrar para dentro a partir de fora
para comprimir e para fora a partir de dentro para expandir.” Este ponto de vista é explorado em detalhes
consideráveis nas páginas 719, 724-727 e 733-735 do Home Study Course.

Na página 20 de Um Novo Conceito do Universo Russell diz: “Uma dessas duas condições de movimento
elétrico empurra para dentro em direção a um centro para criar um vórtice centrípeto para simular a gravidade. No
outro lado do equador divisor, a outra condição empurra para fora a partir de um centro para criar um vórtice
centrífugo para simular a vacuidade.” Na página 37 a ideia é expressa como: “Uma explosão para fora comprime no
sentido da direção da ação e simultaneamente evacua na direção oposta. A metade seguinte do ciclo é inversa. A
condição evacuada torna-se comprimida e a condição comprimida torna-se evacuada”. Esta ideia é expressa
diretamente e implícita em muitas outras páginas em Um Novo Conceito do Universo. Veja referências a esta nota nas
páginas 149, 185, 189, 226 e 227 nesta edição de O Segredo da Luz.

3. Todos os movimentos - sejam elétricos, ondas de luz ou qualquer tipo de movimento - ocorrem entre um cátodo e
um ânodo. O movimento do cátodo para ânodo ocorre de forma centrípeta e interna, direcionado para o sentido de
mais densidade e maior massa no ânodo. Todo movimento nesta direção é compressivo e de contração. O movimento
do ânodo para o cátodo ocorre de forma centrífuga e voltada para fora, em direção a uma maior tenuidade no cátodo.
Todo o movimento de ânodo para cátodo é extensivo e de expansão. A referência a esta nota aparece na página 167.
4. Nota dos editores sobre o gráfico periódico de nove oitavas (a partir de 1994). Havia elementos previstos por Walter
Russell como desconhecidos em seus gráficos de 1926 que foram descobertos antes desta data e que ele desconhecia.
Estes elementos, suas datas de descoberta e posições de oitavas são: Háfnio (1923) na oitava oitava, no terceiro ponto
de travamento, décima terceira posição isotópica no lado espectral azul; e Rênio (1925) na oitava oitava, terceiro
ponto de travamento, décima posição isotópica no lado espectral azul.

O Protactínio foi descoberto em 1917 e Walter Russell o nomeou como Urânio XII em seus gráficos de 1926.
Este elemento ocorre na nona oitava, terceiro ponto de travamento, segunda posição isotópica no lado espectral
vermelho.

Havia elementos previstos por Walter Russell em seus gráficos de 1926 que foram descobertos após 1926 e
antes da publicação de O Segredo da Luz em 1947 - cuja descoberta naquela época ele ainda desconhecia. Estes
elementos, suas datas de descoberta e posições de oitavas são: Tecnécio (1937), sétima oitava, terceiro ponto de
travamento, quarta posição isotópica no lado espectral vermelho; Frâncio (1939), nona oitava, primeiro ponto de
travamento, no lado espectral vermelho; e Astato (1940), onda da oitava oitava, primeiro ponto de travamento no
lado espectral azul.

Note que cada oitava vai da tônica de gases inertes até a próxima tônica de gases inertes com o elemento de
amplitude no centro de cada oitava. Por exemplo, gammanon é a tônica para a oitava de hidrogênio com o hidrogênio
como elemento de amplitude, de modo que a oitava vai do gammanon através do carbogênio e do helionon até o
hélio como a próxima tônica para as oitavas de carbono. As oitavas são designadas pelos parênteses verticais aos lados
dos nomes dos elementos e os elementos de amplitude são designados por seus nomes e as linhas horizontais que
percorrem estas posições de amplitude. A referência a esta nota aparece na página 262.

5. Há treze isótopos, se você considerar e contar o elemento desconhecido entre neodímio e samário na metade
positiva ou masculina, vermelha do ciclo; e há treze isótopos na metade negativa ou feminina azul do ciclo contando
os dois isótopos desconhecidos entre o lutécio e o tântalo e entre o tungstênio e o ósmio e se você também contar
mais dois isótopos, que Walter Russell diz em uma nota, que devem existir entre o chumbo e o bismuto. Veja referência
a esta nota na página 269.

6. Nitônio, descoberto em 1908, é agora conhecido como Radônio. Veja as páginas 269 e 272.

7. As oitavas visíveis podem ser consideradas em número de cinco e meia se forem ignorados os três elementos
conhecidos da terceira oitava; e os elementos desconhecidos e invisíveis da última metade da nona oitava. A última
metade da nona oitava é considerada como parte das primeiras oitavas de espaço invisíveis. Ela precede a primeira
oitava completa que começa com a tônica alfanumérica do gás inerte alphanon. Ver página 272.

8. As oitavas de espaço invisíveis além da nossa percepção atual podem ser consideradas três e meia em número: se
considerarmos 1) a última metade da nona oitava como parte das primeiras oitavas de espaço invisíveis, e 2) todos os
elementos da terceira oitava como sendo desconhecidos, embora apenas quatro elementos ainda não tenham sido
descobertos. A última metade da nona oitava inclui os elementos tômio, alberton, blacton e boston. Os quatro
elementos ainda desconhecidos da terceira oitava são carbogênio, luminon, halanon e helionon. Os três elementos
conhecidos desta oitava são hidrogênio, etlogênio (deutério) e bebegênio (trítio). Ver página 273.

9. A fonte de referência de Walter Russell para as linhas espectrais do ferro veio de An introduction to The Study Of
Spectral Analysis no Catálogo de Espectros, páginas 185-206. Autoria de W. Marshall Walts D.Sc., B.Sc. F.I.C. , publicado
em 1904 por Longmans Green and Company, Londres, e impresso pela William Glowes And Sons, Londres. Os textos
científicos atuais têm diferentes padrões e diferentes leituras espectrais para o ferro. Veja referência a esta nota na
página 274 deste livro.

10. Em todos os outros lugares de sua obra, Walter Russell fala dos polos magnéticos norte e sul como sendo ambos
polos de carga que carregam a esfera em densidade pela força centrípeta. Mais tarde ele também removeu o termo
magnetismo em relação ao que normalmente chamamos de campo magnético, dizendo que este também era um
movimento elétrico. Na página 32 de Um Novo Conceito do Universo Russell diz: “A radiação é um efeito elétrico. Não
magnético”. E novamente na mesma página ele diz: “Não há linhas magnéticas de força na Natureza”. O termo
magnetismo foi reservado para a “imobilidade” do “universo zero do conhecimento da mente”.
Na página 30 de Um Novo Conceito do Universo Russell diz: “Estes dois pontos de imobilidade onde o
movimento elétrico inverte de uma condição de pressão oposta à outra são o que a ciência chama de polos
magnéticos. A função dos polos magnéticos é balancear e controlar todos os movimentos eletricamente divididos no
universo. ...Toda a matéria eletricamente dividida, ...é controlada por um ponto central imóvel de luz magnética”.
Nesta visão, todos os efeitos que a ciência normalmente chama de elétricos e magnéticos, ele escolheu chamar de
elétricos.

Isto correspondeu a sua mudança na descrição da gravidade. Ele também nomeou a eletricidade e a gravidade
como Uma. Ele chamou a gravidade de movimento elétrico dirigido tanto para dentro quanto para fora, dizendo que
era um impulso para dentro a partir de fora e um impulso para fora a partir de dentro. Veja a nota número um.

Desta forma, ele unifica o que normalmente é chamado de gravidade, radiação, eletricidade e magnetismo
como a mesma entidade ou processo. Em uma fase, é ligado para dentro, comprimindo, aquecendo, carregando e
contraindo; na outra, é ligado para fora, estendendo-se, resfriando, descarregando e expandindo. Na página 715 do
Home Study Course, os Russell dizem: “A criação deve doravante ser vista como UM UNIVERSO ÓPTICO DE LUZ
CONTROLADA PELA GRAVIDADE...”.

Na página 32 de Um Novo Conceito do Universo ele diz, “ A curvatura da gravitação é centrípeta. É controlada
pelos polos magnéticos norte-sul”. E, na mesma página continua, “O sistema de curvatura radial é centrífugo. É
controlado por dois polos magnéticos ainda desconhecidos que serão amplamente descritos mais tarde como polos
leste-oeste”.

Portanto, poderíamos reescrever as frases a que esta nota se refere na página 279 de O Segredo da Luz da
seguinte maneira: Nos dois pontos sobre o eixo da esfera giratória onde o eixo penetra em sua superfície estão os
polos magnéticos norte-sul de Luz imóvel, que juntamente com os polos circunferenciais equipotenciais leste-oeste
de Luz imóvel magnética, controlam o balanceamento do giro da esfera. Os polos magnéticos norte-sul controlam o
enrolamento da esfera em densidade por meio da força de gravidade elétrica generativa centripetamente direcionada,
e os polos leste-oeste controlam seu desenrolamento por meio da força de gravidade elétrica radiativa
centrifugamente direcionada.”

Desta forma, a declaração está de acordo com sua visão posterior de como ele denominou magnetismo,
radiação e geração: O magnetismo reside na imobilidade do centro do ponto zero do eixo do polo (a Luz da Mente
magnética imóvel); a radiação exibe o impulso elétrico da gravidade para fora; e a geração exibe o impulso elétrico da
gravidade para dentro. A referência a esta nota aparece na página 279.

11. Depois de espiralar ainda mais, o ferro corresponderá a um átomo de cobalto na posição de amplitude do carbono.
Ver página 280.
Sumário
PREFÁCIO À EDIÇÃO DE 1971............................................................................................................................................ 3
A RESPEITO D’A ILÍADA DIVINA ......................................................................................................................................... 4
PREFÁCIO À EDIÇÃO DE 1994............................................................................................................................................ 5
PREFÁCIO DO AUTOR ........................................................................................................................................................ 7
Parte I – ONISCIÊNCIA – O Universo do Conhecimento.................................................................................................. 11
Capítulo I ..................................................................................................................................................................... 12
A ETERNA PERGUNTA ............................................................................................................................................. 12
A VOZ INTERNA ....................................................................................................................................................... 13
SEDE TRANSFORMADOS PARA SEMPRE ................................................................................................................. 14
Capítulo II .................................................................................................................................................................... 17
CRIADOR E CRIAÇÃO ............................................................................................................................................... 17
A LUZ ÚNICA ............................................................................................................................................................ 17
NOSSA APARENTE DUALIDADE ............................................................................................................................... 18
A LUZ CÓSMICA DE DEUS ........................................................................................................................................ 18
O PRINCÍPIO POSITIVO ............................................................................................................................................ 19
O PRINCÍPIO NEGATIVO .......................................................................................................................................... 19
QUALIDADE GERA QUANTIDADES .......................................................................................................................... 19
Capítulo III ................................................................................................................................................................... 22
SENSAÇÃO E CONSCIÊNCIA ..................................................................................................................................... 22
IMAGINAÇÃO .......................................................................................................................................................... 23
INSPIRAÇÃO............................................................................................................................................................. 23
Capítulo IV ................................................................................................................................................................... 25
CONSCIÊNCIA CÓSMICA .......................................................................................................................................... 25
Capítulo V .................................................................................................................................................................... 27
EXPRESSÃO CRIATIVA .............................................................................................................................................. 27
Capítulo VI ................................................................................................................................................................... 29
CONHECIMENTO ..................................................................................................................................................... 29
Capítulo VII .................................................................................................................................................................. 31
CONHECIMENTO VERSUS PENSAMENTO ............................................................................................................... 31
Capítulo VIII ................................................................................................................................................................. 34
PENSAMENTO VERSUS SENSAÇÃO ......................................................................................................................... 34
NOSSOS SUPOSTOS CINCO SENTIDOS .................................................................................................................... 34
CONHECIMENTO EMPÍRICO .................................................................................................................................... 35
O HOMEM AINDA É NOVO ...................................................................................................................................... 35
LEIS BASEADAS NA ILUSÃO ..................................................................................................................................... 35
MENSAGEIROS DA LUZ ............................................................................................................................................ 36
Capítulo IX ................................................................................................................................................................... 38
A SENSAÇÃO UNE TODAS AS COISAS ...................................................................................................................... 38
APARENTE SEPARATIVIDADE .................................................................................................................................. 38
NÃO HÁ SEPARATIVIDADE ...................................................................................................................................... 39
TODA IDEIA É IMÓVEL ............................................................................................................................................. 39
Capítulo X .................................................................................................................................................................... 41
FUNÇÃO DO CÉREBRO ............................................................................................................................................ 41
O CÉREBRO REGISTRA SENSAÇÕES ......................................................................................................................... 41
Capítulo XI ................................................................................................................................................................... 44
CONSCIÊNCIA ELÉTRICA .......................................................................................................................................... 44
A PERCEPÇÃO ELÉTRICA É UNIVERSAL .................................................................................................................... 44
Capítulo XII .................................................................................................................................................................. 47
INSTINTO ................................................................................................................................................................. 47
A VIDA É UMA SEQUÊNCIA DE EXPERIÊNCIAS ........................................................................................................ 47
INTERCOMUNICAÇÃO INSTINTIVA .......................................................................................................................... 47
O INÍCIO DO INSTINTO ............................................................................................................................................ 48
INSTINTO É O CONTROLE DE DEUS ......................................................................................................................... 48
CONSTRUÇÃO DO INSTINTO POR DEUS E PELO HOMEM ....................................................................................... 48
Capítulo XIII ................................................................................................................................................................. 50
INCONSCIÊNCIA, SONO E DOR ................................................................................................................................ 50
Capítulo XIV ................................................................................................................................................................. 53
MOVIMENTO SIMULANDO O REPOUSO ................................................................................................................. 53
ESTE UNIVERSO DE FAZ-DE-CONTA ........................................................................................................................ 53
MESMO COISAS IMÓVEIS NÃO ESTÃO IMÓVEIS ..................................................................................................... 53
Capítulo XV .................................................................................................................................................................. 55
A ILUSÃO DE MUDANÇA ......................................................................................................................................... 55
Capítulo XVI ................................................................................................................................................................. 57
OS SENTIDOS ENGANAM ........................................................................................................................................ 57
INADEQUAÇÃO DOS SENTIDOS ............................................................................................................................... 57
Capítulo XVII ................................................................................................................................................................ 60
O NOVO CICLO DO HOMEM.................................................................................................................................... 60
PARTE II – ONIPOTÊNCIA – O Universo do Poder ........................................................................................................... 61
Capítulo I ..................................................................................................................................................................... 63
AS DUAS SUPREMAS ILUSÕES DO HOMEM ............................................................................................................ 63
Capítulo II .................................................................................................................................................................... 65
GÊNESIS ................................................................................................................................................................... 65
I................................................................................................................................................................................ 65
II............................................................................................................................................................................... 65
III.............................................................................................................................................................................. 65
IV ............................................................................................................................................................................. 66
V .............................................................................................................................................................................. 66
VI ............................................................................................................................................................................. 67
Capítulo III ................................................................................................................................................................... 69
A LEI DO BALANCEAMENTO .................................................................................................................................... 69
A OBEDIÊNCIA À ÚNICA LEI É ABSOLUTA ................................................................................................................ 69
O HOMEM DEVE PAGAR PELA DESOBEDIÊNCIA ..................................................................................................... 69
Capítulo IV ................................................................................................................................................................... 72
A FONTE DO PODER ................................................................................................................................................ 72
Capítulo V .................................................................................................................................................................... 75
ESTE UNIVERSO ELÉTRICO SEXUALIZADO ............................................................................................................... 75
SEXO DEFINIDO ....................................................................................................................................................... 75
Capítulo VI ................................................................................................................................................................... 78
OPOSTOS CONDICIONADOS POR SEXO................................................................................................................... 78
ESTE UNIVERSO BIDIRECIONAL ............................................................................................................................... 78
OPOSTOS GERAM UNS AOS OUTROS ..................................................................................................................... 79
CONDIÇÕES SEXUAIS OPOSTAS GERAM UMA À OUTRA ........................................................................................ 79
O DESEJO DE REPOUSO SEGUE O DESEJO DE MOVIMENTO................................................................................... 79
O MOVIMENTO NÃO PODE SER NEUTRALIZADO.................................................................................................... 80
Capítulo VII .................................................................................................................................................................. 82
O PRINCÍPIO REPRODUTIVO SEXUAL ...................................................................................................................... 82
OS SEXOS NÃO SE UNEM ........................................................................................................................................ 82
OS OPOSTOS SEXUAIS SE REPRODUZEM ATRAVÉS DA ANULAÇÃO SEXUAL .......................................................... 82
O DESEJO POR BALANCEAMENTO .......................................................................................................................... 83
OS OPOSTOS SEXUAIS NÃO NEUTRALIZAM - ELES ANULAM .................................................................................. 83
SEXO DETERMINADO PELA AÇÃO DAS PRESSÕES................................................................................................... 83
Capítulo VIII ................................................................................................................................................................. 86
ELETRICIDADE DEFINIDA ......................................................................................................................................... 86
Capítulo IX ................................................................................................................................................................... 89
OS DOIS DESEJOS ELÉTRICOS .................................................................................................................................. 89
Capítulo X .................................................................................................................................................................... 91
O PRINCÍPIO DO DESDOBRAMENTO-REDOBRAMENTO ......................................................................................... 91
Capítulo XI ................................................................................................................................................................... 94
A ILUSÃO DA ATRAÇÃO E REPULSÃO DA MATÉRIA ................................................................................................ 94
POLARIDADE............................................................................................................................................................ 94
A MATÉRIA É IMPOTENTE PARA ATRAIR................................................................................................................. 94
TODA MATÉRIA EM MOVIMENTO BUSCA DE REPOUSO ........................................................................................ 95
TODAS AS MASSAS EM MOVIMENTO SÃO DESBALANCEADAS .............................................................................. 95
PROVAS ILUSÓRIAS ................................................................................................................................................. 95
Capítulo XII .................................................................................................................................................................. 98
LUZ .......................................................................................................................................................................... 98
A LUZ É ONDA OU CORPÚSCULO? .......................................................................................................................... 98
TODA MATÉRIA É MOVIMENTO DE ONDA ............................................................................................................. 98
TODA MATÉRIA É LUZ SIMULADA ........................................................................................................................... 99
CONFUSÃO SOBRE CORPÚSCULOS DE LUZ ............................................................................................................. 99
TODAS AS PARTÍCULAS DE LUZ SÃO SEMELHANTES............................................................................................. 100
ALTERAÇÃO SEMICÍCLICA...................................................................................................................................... 100
TODAS AS COISAS SIMULAM LUZ.......................................................................................................................... 101
A LUZ NÃO VIAJA ................................................................................................................................................... 101
Capítulo XIII ............................................................................................................................................................... 104
CICLOS ................................................................................................................................................................... 104
ESTE UNIVERSO EM EXPANSÃO ............................................................................................................................ 105
EVIDÊNCIAS ENGANOSAS...................................................................................................................................... 105
Capítulo XIV ............................................................................................................................................................... 108
PESO ...................................................................................................................................................................... 108
O PESO É A MATÉRIA FORA DO LUGAR................................................................................................................. 108
PESO É DESBALANCEAMENTO .............................................................................................................................. 108
NOSSA TERRA BALANCEADA NÃO TEM PESO ....................................................................................................... 109
O PESO CURVA A GRAVIDADE ............................................................................................................................... 109
PESO DEFINIDO ..................................................................................................................................................... 109
Capítulo XV ................................................................................................................................................................ 111
A FONTE DE ENERGIA SOLAR ................................................................................................................................ 111
O CICLO DE TEMPERATURA .................................................................................................................................. 111
UM OPOSTO GERA O OUTRO ................................................................................................................................ 111
AS ESTRELAS CONTAM A HISTÓRIA TODA ............................................................................................................ 112
Capítulo XVI ............................................................................................................................................................... 115
O PRINCÍPIO DA VIDA ............................................................................................................................................ 115
O QUE ACONTECE APÓS A “MORTE...................................................................................................................... 116
OS SÓIS SÃO AS SEMENTES DA CRIAÇÃO.............................................................................................................. 117
VIDA E MORTE DE CORPOS ................................................................................................................................... 118
A INDIVIDUALIDADE DO HOMEM ......................................................................................................................... 118
PARTE III – ONIPRESENÇA - O Universo do Ser ............................................................................................................. 122
ESTE UNIVERSO MAGNÉTICO-ELÉTRICO ................................................................................................................... 126
EM POSTULADOS E DIAGRAMAS .......................................................................................................................... 126
ESTE UNIVERSO RADIAL ........................................................................................................................................ 126
NASCIMENTO DOS CAMPOS DE ONDAS ............................................................................................................... 127
O CUBO-ESFERA .................................................................................................................................................... 129
O MISTÉRIO DA GRAVITAÇÃO E RADIAÇÃO²......................................................................................................... 132
AS DUAS CONDIÇÕES ELÉTRICAS OPOSTAS .......................................................................................................... 133
CAUSA DA PULSAÇÃO UNIVERSAL ........................................................................................................................ 134
AS DUAS DIREÇÕES ELÉTRICAS OPOSTAS ............................................................................................................. 138
ESTE UNIVERSO ELÉTRICO CURVO ........................................................................................................................ 140
A ESPIRAL NA NATUREZA ...................................................................................................................................... 143
O MÉTODO DA NATUREZA DE ARMAZENAR ENERGIA EM MASSA ...................................................................... 150
A OITAVA UNIVERSAL............................................................................................................................................ 151
OS ELEMENTOS DA MATÉRIA................................................................................................................................ 155
OS GASES INERTES ................................................................................................................................................ 162
ANÁLISE DO ESPECTRO ......................................................................................................................................... 163
ESTRUTURA ATÔMICA .......................................................................................................................................... 164
A FORMA DO UNIVERSO ....................................................................................................................................... 167
O PRINCÍPIO DA ANULAÇÃO ................................................................................................................................. 167
NOTAS ........................................................................................................................................................................... 174

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